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"Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.". Paulo Freire, declarado, em 2012, patrono da educação brasileira, defendeu incansavelmente a importância da educação como agente crucial na formação de cidadãos críticos e participativos na sociedade. Nesse viés, destaca-se a relevância do professor como principal precursor educacional e transformador do corpo social, cujo papel encontra-se desvalorizado em meio à histórica repulsa ao ensino como potencial ameaça ao poder público e à perda da exclusividade na educação social. Em primeiro olhar, os educadores encontram-se desvalorizados devido à herança histórica brasileira de encontrar nas escolas um ambiente formador de cidadãos informados e conscientes, ameaças ao poder opressor vigente. Por exemplo, em 1964, Paulo Freire foi preso e exilado por intimidar a ditadura civil-militar brasileira ao incentivar a educação dos mais pobres e oprimidos, que poderiam vir a questionar a política do país. Desse modo, o professor deixa de ser reconhecido devido à caracterização de seu espaço de trabalho como empecilho à soberania de governos autoritários. Ademais, o profissional educacional enfrenta desafios em sua valorização com o surgimento de outros profissionais na área. De acordo com o professor português António Sampaio da Nóvoa, em meio aos novos acessos à informação, o professor não mais detém o monopólio da sabedoria, deixando de ser o único representante do saber. À vista disso, nota-se a perda de representação do educador na cultura acadêmica como um dos motivos para sua desvalorização. Portanto, observa-se, historicamente, o desafio de se valorizar o professor no Brasil a partir da visão da escola como ambiente ameaçador e do educador como não mais detentor exclusivo do saber. Nessa perspectiva, cabe ao governo federal, por meio do Ministério da Educação, principal órgão federal da área educacional, criar políticas públicas que incentivem, nas aulas de história e sociologia do ensino médio, a discussão da valorização do professor por entre as décadas, e, por meio da Secretaria do Trabalho, desenvolver campanhas que valorizem o profissional como uma figura imprescindível no desenvolvimento da educação brasileira. Por fim, as principais personagens na formação da população serão devidamente reconhecidas, e, finalmente, em sintonia com o patrono da educação brasileira, a educação levará à transformação do mundo.
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