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6 - Primeira Semana do Desenvolvimento

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Primeira Semana do Desenvolvimento Humano 
 
• A primeira semana do desenvolvimento humano tem início com a fecundação, 
originado o óvulo e posteriormente zigoto até o início de sua implantação, processo 
denominado nidação. 
• Após as 24 horas inicias de fertilização, o zigoto inicia o processo de clivagem. 
CLIVAGEM: 
• A clivagem consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um 
rápido aumento do número de células. 
• As células embrionárias formadas com a clivagem - os blastômeros - tornam-se 
menores a cada divisão. 
• A clivagem ocorre normalmente quando o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao 
útero. 
• Vale lembrar que neste estágio o zigoto ainda possui uma espessa zona pelúcida, que 
tem o papel de filtrar as secreções das glândulas uterinas que nutrem o zigoto 
enquanto não há placenta. 
• Vale ressaltar também que nos mamíferos o tipo de clivagem realizada é a holoblástica 
igual e que os ovos são classificados como alécitos (pouco vitelo). 
• A zona pelúcida tem importância não apenas na nutrição do zigoto, mas também 
permite que este sofra as clivagens sem aumentar de tamanho, mantendo os 
blastômeros unidos.
• Até 8 blastômeros o arranjo celular é dito frouxo. 
• Após o número de 8 blastômeros, o zigoto sofre o processo de compactação, 
formando adesões entre as células. 
• Duas glicoproteínas estão envolvidas no processo de compactação: 
• Uvomorulina (E - caderina): atua no início da compactação.
• Conexina 43: atua na manutenção do processo de compactação.
• A compactação permite uma maior interação célula com célula e é um pré-requisito 
para a segregação das células internas em uma massa celular interna ou 
embrioblasto. 
• Quando já existem de 12 a 32 blastômeros, o ser humano em desenvolvimento é 
chamado de mórula.
• A mórula alcança o útero cerca de 3 dias após a fecundação. 
Não disjunção dos cromossomos: erros nas clivagens, como a não disjunção dos 
cromossomos, pode gerar um embrião com dupla linhagem celular. Dentre esses erros: 
• Mosaicismo: é dito um mosaico quando uma célula possui mais cromossomos 
do que outra. Isso pode afetar células germinativas, nesse caso o indivíduo não 
apresenta manifestação clínicas mas pode passar essa característica para as 
próximas gerações, é o caso da Síndrome de Klinefelter, Síndrome de Turner e 
Osteogênese imperfeita. Além das células germinativas, o mosaicismo pode 
afetar as células somáticas, neste caso há manifestação clínica, como é o caso 
da Síndrome de Down e de alguns cânceres. 
• Quimerismo: ocorre quando dois zigotos fundem suas células, originando um 
único indivíduo com dupla linhagem familiar. É o caso de gêmeos dizigóticos que 
se uniram em um único indivíduo. 
FORMAÇÃO DO BLASTOCISTO: 
• Logo após a mórula ter alcançado o útero, no 4 dia, surge no interior da mórula um 
espaço preenchido por fluído produzidos pelos blastomeros em compactação, a 
cavidade blastocística (blastocele). 
• O fluído dessa cavidade separa os blastômeros em duas partes: 
• Trofoblasto: uma delgada camada celular 
externa que formará a parte embrionária da 
placenta (cório). As células que compõe o 
trofoblasto possuem receptores importantes 
para a implantação. 
• Embrioblasto (massa celular interna): 
uma grupo de blastômeros localizados 
centralmente que darão origem ao embrião 
e contribuirão para a formação do âmnio e 
do saco vitelino. 
• A partir da formação destas duas porções celulares, a mórula ja é chamada de 
blastocisto. 
• O embrioblasto agora se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto forma a 
parede do blastocisto. 
• A zona pelúcida gradualmente se degenera e desaparece, graças a uma enzima 
secretada pelo trofoblasto, a estripsina. 
• Com o desaparecimento da zona pelúcida, o blastocisto aumenta rapidamente em 
tamanho. 
• Cerca de 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial, 
normalmente adjacente ao polo embrionário. 
• Para que a implantação ocorra de forma ideal é necessário uma “conversa molecular” 
entre trofoblasto e endométrio. Quem participa deste processo são enzimas e proteínas 
como fibronectina, heparan sulfato e fator de crescimento epidérmico. 
• Logo que ele adere ao epitélio endometrial, o trofoblasto começa a proliferar 
rapidamente e gradualmente se diferencia em duas camadas: 
• Citotrofoblasto: camada interna e única que possui células individualizadas que 
reveste o ovo. Possui uma alta capacidade proliferativa, dando origem ao 
sinciciotrofoblasto. É o citotrofoblasto que origina a porção embrionária da 
placenta. 
• Sinciciotrofoblasto: massa celular externa, sem células individualizadas, que 
forma uma sincício. É uma estrutura invasiva com capacidade de corroer o 
endométrio, graças à produção de enzimas proteolíticas. É o sinciciotrofoblasto 
que produz o beta-HCG, utilizado em testes de gravidez (nessa etapa, os níveis 
de beta-HCG ainda estão muito baixos, sendo possível mensurá-los para testes 
somente depois da segunda semana)
• Em torno de 6 dias, os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto se estendem 
para o epitélio endometrial e invadem tecido conjuntivo. 
• No fim da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado no 
endométrio e obtém sua nutrição dos tecido maternos erodidos. 
• É também no fim da primeira semana que surge uma camada de células na superfície 
do embrioblasto voltada para a cavidade blastocística, o hipoblasto (endoderma 
primitivo).

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