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UNIP – Universidade Paulista Instituto de Ciências Exatas e de Tecnologia Curso: Engenharia Mecânica COGERAÇÃO Bruno de Souza Lima RA: C4206h8 Turma: TT0P18 Código: 189R Ribeirão Preto 2020 2 SUMARIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................3 1.1 Tipos de sistemas de cogeração................................................4 2 TECNOLOGIAS DE SISTEMA DE COGERAÇÃO...............................5 2.1 Tecnologias convencionais.........................................................5 2.1.1 Turbinas de gás...........................................................6 2.1.2 Motores alternativos....................................................7 2.1.3 Turbinas de vapor........................................................8 2.2 Tecnologias emergentes.............................................................8 2.2.1 Microturbinas...............................................................8 2.2.2 Pilhas de combustível..................................................9 3 REFERENCIAS BIBLIOFRAFICAS......................................................10 3 1 INTRODUÇÃO A cogeração basicamente é a geração simultânea de vários tipos de energia útil, normalmente são elétricas e térmicas, num sistema integrado, a partir de uma única fonte primaria. Onde temos um aproveitamento com mais de 60% da energia térmica proveniente dos combustíveis utilizados no processo.(Perrella, 2002). Observando a 2ª lei da termodinâmica, a utilização da eletricidade é evidente, no entanto é praticamente impossível converter totalmente em eletricidade a energia contida numa fonte térmica. Um dos principais locais de aplicação deste tipo de sistema é na indústria, com necessidade de calor no recinto da indústria, que necessita de calor para aquecimento. A Figura 1 mostra como exemplo, um gerador que utiliza um combustível, como gás natural, que, no processo de combustão, libera calor e expande, gerando trabalho, que movimenta um eixo acoplado a um gerador de energia elétrica. Os gases produtos da combustão são eliminados pela exaustão. Porém, antes de serem descartados na atmosfera, passam por uma caldeira de recuperação ou um chiller de absorção para geração de vapor ou água gelada, respectivamente.(Perrella, 2002). Figura 1 – Exemplo de sistema de cogeração. Fonte: Togawaengenharia, 2018. 4 1.1 TIPOS DE SISTEMAS DE COGERAÇÃO As classificações dos sistemas de cogeração baseiam-se nos tipos de máquinas térmicas que os equipam. Atualmente para uso são utilizados, tradicionalmente, motores alternativos (de explosão – ciclo otto ou de compressão interna – ciclo diesel) ou as turbinas, sendo elas (a gás ou a vapor) e, como estamos avançando cada dia mais, podemos destacar as, microturbinas e pilhas de combustível.(Castro, 2009). Em alguns países, são muito utilizados no sistema de cogeração motores alternativos. A seguir, podemos analisar as principais vantagens e desvantagens de alguns tipos tecnológicos do sistema de cogeração em alguns tópicos. • TURBINAS A GAS: Vantagens: não necessita de refrigeração, emissões poluentes baixas. Desvantagens: rendimento reduzido a carga parcial, ineficiente em processos com poucas necessidades térmicas. • MOTORES DE EXPLOSÃO: Vantagens: arranque rápido, operação com gás a baixa pressão. Desvantagens: custos de manutenção elevados, necessidade de refrigeração. • TURBINA A VAPOR: Vantagens: operação com diversos tipos de combustível, rendimento global elevado. Desvantagens: arranque lento, rendimento elétrico baixo. • MICROTURBINAS: Vantagens: peso reduzido, não necessita de refrigeração. Desvantagens: calor de baixa temperatura, custos elevados. • PILHAS DE COMBUSTIVEL: Vantagens: emissões de poluentes baixas, ruído baixo. Desvantagens: tecnologia em manutenção, custos elevados. 5 2 TECNOLOGIAS DE SISTEMAS DE COGERAÇÃO Hoje em dia as centrais de cogeração são divididas em dois grandes grupos, de acordo com o grau de necessidade, desenvolvimento tecnológico e disseminação comercial em que se encontram: • Tecnologias convencionais - Turbinas de gás - Motores alternativos (explosão e de ignição por compressão) - Turbinas de vapor de contra pressão • Tecnologias emergentes - Microturbinas - Pilhas de combustíveis Para melhor esclarecimento nos parágrafos posteriores teremos todos os processos discriminados sucintamente. 2.1 TECNOLOGIAS CONVENCIONAIS A fim de esclarecimentos para melhor entendimento, a conversão de energia nas centrais convencionais como (carvão ou a fuel) faz-se de acordo com o já conhecido ciclo de rankine, em que o fluido de trabalho – a água – vai mudando sua fase ao longo do tão conhecido ciclo termodinâmico.(Castro,2009) Na indústria para diversos outros fins temos outros equipamentos de conversão, como motores de explosão, motores diesel, turbinas de gás, onde encontram-se gases como fluido de trabalho. Ao decorrer da utilização desses processos o fluido utilizado vai sofrendo mudanças em sua composição. Por exemplo, “quando o fluido de trabalho começa por ser o ar, ao qual, durante o processo de combustão, é adicionado combustível, transformando-se numa mistura de as e combustível, designada por produto de combustão”.(Castro,2009). 6 2.1.1 TURBINAS DE GAS Operando em ciclo aberto as turbinas a gás funcionam de tal forma que o ar atmosférico é conduzido ao compressor, onde a temperatura e a pressão são elevadas conforme Figura 2. Na câmara de combustão, o ar entra em contacto com o combustível que está a arder a pressão constante. Os gases resultantes desta mistura, a alta temperatura, entram na turbina, onde são expandidos, produzindo trabalho. O trabalho útil é a diferença entre o trabalho entregue pela turbina e o trabalho entregue ao compressor. Os gases exaustos são rejeitados, sendo possível aproveitar, de forma útil, o calor associado. (Cittadin, 2012) A temperatura dos gases da exaustão é relativamente elevada – da ordem de 400 a 500ºC nas turbinas das pequenas unidades industriais, podendo mesmo atingir cerca de 600ºC nas turbinas de maior dimensão. A instalação de um recuperador de calor permite aproveitar este calor para produzir vapor ou água quente. (Cittadin, 2012). Figura 2: ciclo aberto, turbina a gas. Fonte: utptermodinamica, 2013 7 2.1.2 MOTORES ALTERNATIVOS Para fins de conhecimento existem hoje dois tipos de motores alternativos, sendo eles: de explosão (ignição por faísca) representado na Figura 3, que usam normalmente o gás natural, embora também possam ser utilizados tanto o propano quanto a gasolina, e os motores de ignição por compressão que operam com diesel. (Cittadin, 2012). Habitualmente são utilizados os motores de explosão nas instalações de cogeração, uma vez que possuem várias fontes de recuperação de calor: gases da exaustão e circuitos de refrigeração do óleo do motor. (Cittadin, 2012) Figura 3: Esquemático de um motor de explosão e seu funcionamento. Fonte: autonocion, 2020 Analisando a Figura 3 podemos dizer que basicamente ela compõe-se de uma câmara de combustão que em seu interior contém um cilindro, duas válvulas (uma de admissão e outra de escape) e por fim uma vela de ignição. O pistão que se move no interior do cilindro é acoplado á biela que de articula com a cambota. A cambota transforma o movimento de vaivém num movimento rotativo. (Castro, 2009) 8 2.1.3 TURBINAS DE VAPOR Turbinas de vapor são um dos mais conhecidos equipamentos das centrais térmicas convencionais, onde utilizam (carvão ou fuel), incluindo asde ciclo combinado (a gás natural). (Balestieri, 2002). O funcionamento das turbinas a vapor é descrito pelo ciclo de rankine (Figura 4). Figura 4: Diagrama T/S do ciclo de Rankine. Fonte: wikipedia, 2015 2.2 TECNOLOGIAS EMERGENTES 2.2.1 MICROTURBINAS O princípio de operação das microturbinas é muito semelhante ao das turbinas a gás, recorrendo ao ciclo de Brayton para caracterizar o seu funcionamento. A dimensão é a principal marca distintiva das duas tecnologias: as microturbinas situam-se na gama 30 – 300 kW, enquanto as turbinas a gás ocupam o campo desde 0,5 a 250 MW. O compressor comprime ar, o qual é pré-aquecido usando um permutador de calor que recupera o calor dos gases de exaustão da turbina. O ar aquecido é, então, misturado com o combustível na câmara de combustão e os gases quentes resultantes da combustão são expandidos na turbina. O calor 9 remanescente dos gases de exaustão pode ser aproveitado para outros fins úteis. Como vantagem, temos que: As microturbinas podem operar com uma grande variedade de combustíveis: principalmente gás natural, mas também combustíveis líquidos como gasolina, querosene e óleo diesel. Mas também contendo como desvantagem: A velocidade de rotação do veio é muito elevada (da ordem das 50.000 a 60.000 rpm), pelo que é necessária uma montagem do tipo retificador-inversor para injetar energia na rede. (Balestieri, 2002) 2.2.2 Pilhas de combustível Uma tecnologia ainda em fase de desenvolvimento e aperfeiçoamento, configuram um modo de obtenção de energia elétrica completamente diferente tanto das tecnologias convencionais que usam combustíveis fosseis, como das tecnologias que fazem uso de recursos renováveis. As pilhas de combustível são, de certo modo, semelhantes às conhecidas baterias, no sentido em que ambas geram energia em corrente contínua através de um processo eletroquímico, sem combustão, nem transformação intermédia em energia mecânica. Contudo, enquanto as baterias convertem a quantidade finita (e muito limitada) de energia química armazenada em energia eléctrica, as pilhas de combustível podem, em teoria, operar indefinidamente, desde que lhes seja fornecida continuamente uma fonte de combustível, no caso, o hidrogénio. O hidrogénio requerido pode ser obtido, no local, a partir de um hidrocarboneto, tipicamente o gás natural, enquanto o oxigénio é retirado do ar ambiente. (Castro, 2009) 10 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://togawaengenharia.com.br/blog/cogeracao-de-energia/2018 http://utptermodinamica2.blogspot.com/ 2013 https://www.autonocion.com/motores-combustion-diesel-gasolina-vs-electricos- par/(2020) https://es.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Rankine (2015) marioloureiro.net/tecnica/co-trigeracao/Cogeracao_ed2p0.pdf (Castro, 2009) https://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/article/viewFile/631/445 (Perrela, 2012). Livro- Cogeração, geração combinada de eletricidade e calor (Balestieri, 2002).
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