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COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Professor: Dr. Nestor Proenza Pérez Outubro 2017 COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Definição de Cogeração. História da cogeração. Aspectos básicos da prática da cogeração. Seleção de ciclos. Tecnologias de Cogeração. Aplicações de Cogeração. Tecnologias inovadoras. Impactos da Cogeração. Análise Econômica de Sistemas de Cogeração. REFERÊNCIAS BILIOGRAFICAS: BALESTIERI, J.A.P., "Cogeração: Geração Combinada de Eletricidade e Calor", Editora da UFSC, 279 p., Florianópolis-SC, 2002. HORLOCK, J. H., "Cogeneration - Combined Heat and Power (CHP): Thermodynamics and Economics", Krieger Publishing Company, Flórida, USA, 1997. BOYCE, M. P. , “Handbook for Cogeneration and Combined Cycle Power Plants”, 2002. KOLANOWSKI, B. F. , “Small-scale cogeneration handbook”, 2nd Edition, 2003. TEMAS Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS SEGUNDA DEFINIÇÃO É uma técnica de produção simultânea de duas formas de energia térmica e energia mecânica ou elétrica a partir da queima de um único combustível. Que coisa é COGERAÇÃO???? Na lingua inglesa definada como: CHP (combined heat and power) PRIMEIRA DEFINIÇÃO: Técnica de conservação de energia primaria que visa a produção de energia térmica e mecânica / elétrica simultaneamente. Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Método tradicional Método Cogeração Economia de energia Primária (combustível) (154-100) / 154 = 35 % Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Aumento da eficiência da conversão e uso de energia. (menor custo de energia elétrica e térmica) Reduz as emissões para o meio ambiente de todos os principais gases de efeito estufa. Em alguns casos, podem ser utilizados combustíveis biomásicos e alguns tipos de resíduos, como gases de refinação, processos ou resíduos agrícolas. Essas substâncias podem facilmente alimentar a planta de CHP e, se disponível diretamente no local onde o sistema funcionar, pode aumentar em grande parte a relação custo-rendimento, especialmente reduzindo os custos de fornecimento de combustível e eliminação de resíduos. (melhor qualidade da energia produzida) Uma oportunidade real para desenvolver formas mais descentralizadas de geração de energia, onde as plantas são projetadas para atender às necessidades dos consumidores locais, proporcionando alta eficiência, evitando perdas de transmissão e aumentando a flexibilidade no uso do sistema. (maior confiabilidade de fornecimento de energia) A verdadeira oportunidade de aumentar a diversidade na geração de eletricidade e proporcionar concorrência no mercado de geração de energia. (criar novas oportunidades de trabalho e de negócios) Os principais benefícios obtidos quando uma unidade de CHP funciona corretamente são : VANTAGENS DA COGERAÇÃO Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS DESVANTAGENS DA COGERAÇÃO Dimensionamento exato, uma vez que a produção de energia precisa combinar o máximo possível os requisitos de energia Disponibilidade de um know-how confiável é crucial Geralmente associada a altos custos de capital e esforços de manutenção Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Origens Originária dos sistemas de elevação de carga a partir de gases quentes (smokejacks): Registros alemães do século XIV; Emprego na Itália e Alemanha no século XVI; 1685: o inglês John Evelyn tinha um em casa havia mais de 100 anos; 1758: Benjamin Franklin sugeriu uso no verão a partir da ventilação natural de chaminés. Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Leonardo da Vinci, 1452-1519. Il Codice Atlantico della Biblioteca Ambrosiana di Milano. Foglio 21-recto. Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Desenvolvimento moderno 1870: Máquinas a vapor de eixo alternativo acopladas a geradores em áreas de grande densidade populacional; A central de Pearl Street Station, projectada por Thomas Edison, que entrou em funcionamento em 1882, na cidade de Nova Iorque, foi provavelmente a primeira aplicação deste princípio. Esta produzia electricidade, para a iluminação pública, e o vapor era direccionado para indústrias e edifícios situados nas proximidades. - Favoreceria o aquecimento de ambientes; - Impulso para a difusão da tecnologia; 1909: apenas 150 sistemas de aquecimento de ambientes nos EUA; denominados vulgarmente por “redes de vapor”, operando com baixos níveis de eficiência. Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Décadas de 20-30: desenvolvimento de sistemas de calefação de ambientes no norte da Europa, União Soviética e países do bloco comunista; Nos anos 40, a cogeração nos EUA, 50% de energia elétrica total gerada, e na Europa 30% (Distric Heating) . Pós-guerra: cresce significativamente o número de centrais de cogeração; Ao final dos anos 60, Europa 15% e nos EUA 5%, devido a expansão das redes de transmissão, distribuição e monopólio dos serviços elétricos. DESIGUALDADES N-S CONSUMO DE ENERGIA PER CAPITA Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Década de 70: crise do petróleo e resistência de grupos ambientais à energia nuclear trazem grande impulso à cogeração. Nos anos 80, a cogeração passou a ser encarada como uma importante alternativa energética. Durante os anos 90, foram intensificadas as pressões por processos de conversão energética sustentáveis e com menores emissões de CO 2 para atenuar os impactos globais do efeito estufa. consolidação da cogeração através de regulamentação governamental (por exemplo, o PURPA (Public Utilities Regulatory Policy Act) nos EUA); Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS TIME Magazine: Foto do satélite 20 horas antes e 7 horas depois do black out de New York (agosto/2003) GERAÇÃO CENTRALIZADA COGERAÇÃO A crise de energia na Califórnia, ano 2001 Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Grandes eventos meteorológicos e desastres naturais (terremotos, furacões, tsunamis etc) Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Nos EUA 40 GW de geração adicionais foram acrescidos entre 1980 e 1995, atingindo 54 GW no ano 2000 e com perspectivas de atingir 200 GW ate 2020. Nos países europeus estima-se que atualmente existam cerca de 97 GW de capacidade instalada, se espera para 2020perspectivas de se agregar até 150 GW. Estima-se que a capacidade instalada em Cogeração, a nível global, se encontre atualmente num valor próximo dos 330 GWe, o que corresponde a cerca de 10% da capacidade de produção eléctrica mundial Capacidades instaladas de Cogeração (MWe), 2007 https://www.voltimum.pt/artigos/artigos-tecnicos/cogeracao-evolucao-da Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS http://www.turbomar.pt/cat/temas/temas-cogeracao/cogeracao-o-que-e Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Cogeneration & Trigeneration – How to Produce Energy Efficiently Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS No Brasil Setor elétrico brasileiro fortemente hídrico, aliado à pouca necessidade de aquecimento de ambientes, não proporcionava um cenário propício para a cogeração; Historicamente, a implantação de sistemas de cogeração eram restritas a aplicações muito específicas, como refinarias e plataformas de petróleo; O choque do petróleo, na década de 70, mudou este cenário: Necessidade de se utilizar a energia de modo mais racional (conservação de energia): sistemas de cogeração se viabilizaram nas indústrias alimentícias, de papel e celulose, siderúrgicas e outras Introdução do álcool combustível (Pró-álcool): cogeração nas usinas sucroalcooleiras, hoje o setor mais intensivo em cogeração no Brasil Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS No ano de 1997 foi instituído um novo marco regulatório para o setor elétrico, chamado Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro (RESEB), prevendo grande participação do capital privado, com o intuito de expansão do sistema de geração e orientada ao preço de mercado da energia elétrica. Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) em 1999. Disponibilidade de gás natural impulsionou novas aplicações, como no setor terciário (hotéis, centros comerciais, hospitais etc); Criado no ano 2000 o Programa de Incentivo à Cogeração através do Edital 212/2000, com o objetivo a curto prazo de incentivar o investimento privado em sistemas de CHP que ofereçam uma capacidade instalada de geração termelétrica aprimorada no país. No 2002, foi criado o Programa de Incentivo à Fonte de Energia Alternativa (PROINFA) pela Lei 10.438 para estimular a geração de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis, e o uso de sistemas de cogeração associados a esses sistemas é promovido através de incentivos de financiamento público disponíveis no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), subsídios diretos, incluindo redução de impostos e taxas de importação em equipamentos de cogeração, bem como garantia de contratos de longo prazo e preços de venda atraentes para empresas de cogeração Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Observa-se os requisitos mínimos, segundo aspectos de racionalidade energética, para o reconhecimento da qualificação de centrais termelétricas cogeradoras, com vistas à participação nas políticas de incentivo ao uso racional dos recursos energéticos. De acordo com o parágrafo 2° do artigo 4° da resolução normativa 235 da ANEEL de 14 de Novembro de 2006, uma central cogeradora preenche os requisitos mínimos de racionalidade energética mediante o cumprimento das seguintes inequações: ]kW[fontedaenergiaE ]kW[calorutilidadedaenergiaE %15 E E f t f t resoluçãoda4artigodo1.paragno existentetabeladaretiradosfatores%FeX ]kW[instaladanicaeletromecâenergiadecapacidadeE %F E E X E E oo e c f e f t fE = energia recebida pela central termelétrica cogeradora tE = energia da utilidade calor, cedida pela central termelétrica cogeradora, descontando das energias brutas entregues ao processo as energias de baixo potencial térmico que retornam à centralProfessor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Principais barreiras: Energia elétrica ainda apresenta baixo custo; Equipamentos importados; Necessidade de ar-condicionado; Riscos elevados; Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS 2017 17,400 MW incremento 9,4% 64% Biomassa – 11,200 MW 15,7% Gás natural -2,700 MW 14,3% licor negro – 2,488 MW Fonte: http://www.cogen.com.br/cogeracao/cogeracao-no-brasil/biomassa Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Fonte: Estudo Da Cogeração Em Uma Indústria De Beneficiamento De Madeira Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE COGERAÇÃO As tecnologias de cogeração são usualmente classificadas em dois grupos, de acordo com a ordem relativa de geração de potencia e calor, do ponto de vista do fluxo energético: Ciclos “topping” (ciclo de topo ou ciclo montante) : O calor residual do processo de geração de energia eletromecânica é recuperado para geração de calor útil. Fonte: A cogeração de energia e a sua inserção em indústrias arrozeiras utilizando a casca de arrozFonte: Combined Heat and Power (CHP) Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS BRAYTON RANKINE MCI Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Ciclos “bottoming”: (ciclo de fundo ou ciclo jusante) O calor residual do processo de geração de energia térmica útil é recuperado para geração de energia eletromecânica Fonte: A cogeração de energia e a sua inserção em indústrias arrozeiras utilizando a casca de arroz Fonte: Combined Heat and Power (CHP) Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Os sistemas comuns que utilizam este ciclo são aplicações industriais com processos de alta temperatura tais como fornos de reaquecimento de aço, fornos de argila e vidro, cimenteiras, refinarias de petróleo. Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Estratégias de operação Energia térmica útil: vapor, água gelada, água quente, ar quente etc Qual delas um sistema de cogeração deve atender prioritariamente? Restaurante Universitário da UnB (Universidade de Brasilia) fonte: tese a cogeração e sua inserção ao sistema elétrico. Gabriel de jesus Azevedo Barja Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Fonte: Charter Cogeneration Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Fonte: Charter Cogeneration Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação TecnológicaCelso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS SELEÇÃO DE TECNOLOGIAS COMB E´ S´ E S PRODUTO Bem de serviço COGERAÇÃO PARIDADE TERMICA: S´ = S E´ > E (Excedente) E´ < E (Déficit) PARIDADE ELÉTRICA: E´ = E S´ > S (Joga calor fora) S´ < S (Equip. Auxiliares) E´ = Energia Elétrica produzida na cogeração S´ = Energia Térmica produzida na cogeração Setor Industrial o Terciário Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Modos de operação de Sistemas de Cogeração Uma vez conhecidas as possíveis tecnologias para implantação de sistemas de cogeração, torna-se necessário estabelecer regras e definir os modos de operação destes sistemas. O modo de operação é definido como sendo o caminho no qual o sistema de cogeração deve operar de maneira a assegurar a viabilidade da instalação e a utilização racional da energia no processo. Assim, fatores técnicos e econômicos devem ser correlacionados com o modo de operação escolhido, para completar a validade da avaliação de implantação de um sistema de cogeração em um determinado estabelecimento do segmento industrial ou terciário. Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Existem basicamente 3 estratégias normais de operação para o projeto de um sistema de cogeração: _ Operação em paridade térmica; _ Operação em paridade elétrica; _ Operação econômica. Existe ainda um quarto modo de operação, que pode ser economicamente conveniente em situações excepcionais, denominado: _ Operação em cargas parciais. Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Nesse modo de operação, o sistema de cogeração é projetado para ser capaz de produzir os requerimentos térmicos em cada período de tempo considerado, de maneira que o calor é o produto principal e a eletricidade é um subproduto da cogeração. Operação em paridade térmica O sistema deve ser conectado a rede da concessionária, de modo a propiciar a venda de eletricidade excedente ou a compra de eletricidade adicional para o caso de déficit, dependendo dos perfis de demandas do estabelecimento e das condições operacionais. Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Nesse modo de operação, o sistema de cogeração é projetado para ser capaz de produzir os requerimentos elétricos em cada período de tempo considerado (pico ou base), de maneira que a eletricidade é o produto principal e o calor é um subproduto da cogeração. Se o calor produzido é insuficiente para satisfazer as necessidades do estabelecimento, um sistema auxiliar é acionado para produzir esta diferença. Em caso contrário, parte do calor produzido no sistema de cogeração é rejeitado para o ambiente. Operação em paridade elétrica Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS 10 MPa 500 °C 3375 kJ/kg1 2 processo 0.5MPa 210 °C 2875 kJ/kg 10 15 kg/s 3000 6000 kW demanda de vapor demanda elétrica Determinar a potência elétrica e a vazão de vapor nos regimes de paridade elétrica e térmica. 38 Estudo de caso – Exemplo 1 Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Caracterização do segmento industrial ou terciário Tanto os segmentos do setor industrial como os do setor terciário podem ser caracterizados, do ponto de vista da demanda energética associada, como consumidores de energia elétrica ou mecânica e de energia térmica. Baseado nesse fato, é possível definir o parâmetro adimensional ALFA, característico de cada segmento com variações em função do tipo de tecnologia empregada. Caracterização do segmento industrial ou terciário SEGMENTO DO SECTOR INDUSTRIAL OU TERCIARIO S E Produção ou Bem estar Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Para ilustrar a variação deste parâmetro ALFA, a tabela apresenta alguns valores para diversos segmentos do setor industrial e terciário. Define-se a relação: ALFA = E/S onde: E – Energia elétrica e/ou mecânica consumida no segmento [kW] S – Energia térmica consumida no segmento [kW] Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Caracterização do sistema de geração Analogamente à caracterização do segmento industrial ou terciário, o sistema de cogeração pode ser esquematizado em função dos fluxos energéticos associados. de modo a permitir a sua caracterização através de uma parâmetro adimensional BETA. SISTEMA DE COGERAÇÃO S´ E´ Combustível Caracterização do sistema de cogeração Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Define-se: BETA = E’/S’ onde: E' - Energia elétrica e/ou mecânica produzida [kW] S' - Energia térmica produzida [kW] O valor de BETA depende do tipo de tecnologia de cogeração utilizada e das condições de operação. Segundo Kovacik (1982), o valor de BETA varia entre 0,08 a 0,26 para as tecnologias com turbinas a vapor, entre 0,48 a 0,77 para as de turbinas a gás e entre 0,60 a 1,09 para as de ciclo combinado. Evans (l993) reporta valores entre 0,4 a 1,0 para as tecnologias utilizando motores de combustão interna (ciclo Otto ou Diesel). Estudos realizados por Pak e Suzuki (l990), sobre os valores de BETA para sistemas de cogeração com turbinas a gás mostram existir uma grande flexibilidade com relação ao valor deste parâmetro. principalmente em função de modificações possíveis nesses sistemas. Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Typical power‐to‐heat ratios for diverse sectors Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Typical power‐to‐heat ratios for diverse technologies Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Heat-to-Power Ratio ou relação calor/trabalho • Parâmetro que pode ser utilizado em avaliação preliminar para escolha do tipo de tecnologia a ser utilizada. • Esta razão apresenta valores típicos dependendo do sistema utilizado, como podemos ver na tabela abaixo. • Valores de razão calor-trabalho para alguns sistemas Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Relação CALOR/TRABALHO que caracteriza cada tecnologia de cogeração. Uma vez que, de uma forma geral, essas relações não são coincidentes com as relações de demanda de potencia e calor da unidade industrial. Disponibilidade de combustíveis adequados a cada tecnologia, a custos relativamente Baixos. Impactos ambientais podem afetar de maneira favorável ou desfavorável. Custo dos investimentos necessários, bem como aos gastos na operação emanutenção dos sistemas. Eficiência de conversão do combustível em energia elétrica. Disponibilidade operacional dos sistemas de cogeração, que influencia a confiabilidade do sistema elétrico e o custo final do suprimento. Critérios de seleção de tecnologias Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS Cogeração Seguros Energia de Back-up Fornecimento de Gás Manutenção das Caldeiras Manutenção das Turbinas Concepção do Projeto Manutenção Elétrica Operação da Planta Projeto e Construção Professor Dr. Nestor Proenza Pérez COGERAÇÃO Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca UNEd-ANGRA DOS REIS A Cogeração provavelmente será mais atraente nas seguintes circunstâncias: (a)A demanda de vapor e eletricidade é equilibrada, isto é, consistente com a demanda de vapor: taxas de saída de potência podem ser obtidas a partir de uma planta de cogeração adequada. (b) Uma única planta ou grupo de plantas tem demanda suficiente de vapor e eletricidade para permitir economias de escala a serem alcançadas. (c) Os picos e descidas na demanda podem ser gerenciados ou, no caso da eletricidade, sistemas de backup adequados podem ser abastecidos da empresa de serviços públicos. (d) A proporção de calor/trabalho requerida por um lugar pode variar durante diferentes horas do dia ou durante as estações do ano. O poder de importação da rede pode compensar a queda na saída elétrica da unidade de cogeração e as caldeiras em espera podem satisfazer a demanda de calor adicional. Professor Dr. Nestor Proenza Pérez
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