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Política de Redução de danos e Consultório na Rua

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TEMÁTICA: Política de Redução de danos e Consultório na Rua 
 
5) Apresentação dos objetivos de aprendizagem: 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
● Discutir a Política de Redução de Danos. 
● Conhecer as ferramentas de cuidado com enfoque na Reabilitação Psicossocial 
 
 
QUESTÕES NORTEADORAS 
 
1) OS INSTRUMENTOS LEGAIS E AS POLÍTICAS SOBRE DROGAS NO 
BRASIL. 
 
a) Quais os principais marcos internacionais de políticas sobre drogas e novas 
abordagens sobre o tema no mundo? 
Convenções da ONU que tratam da temática das drogas: 
1961 - Convenção Única sobre Entorpecentes (Nova Iorque, EUA): Define substâncias que 
devem ficar sob controle da comunidade internacional, regras para garantir sua disponibilidade 
para uso médico e científico, e para evitar o desvio de substâncias para o comércio ilícito. 
1971 - Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas (Viena, Áustria): Define substâncias que 
devem ficar sob controle da comunidade internacional, regras para garantir sua disponibilidade 
para uso médico e científico, e para evitar o desvio de substâncias para o comércio ilícito. 
 
1988 - Convenção contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas 
(Viena, Áustria): Define substâncias que devem ficar sob controle da comunidade 
internacional, regras para garantir sua para uso médico e científico, e para evitar o desvio de 
tais substâncias para o comércio ilícito. organização de colaboração entre países. 
Características em comum entre as convenções 
● Todas elas reconhecem a dependência de drogas como um problema social e de saúde 
pública, e que a melhor forma de combater tal problema é definir programas e ações 
integradas e coordenadas entre os países. 
● Principal estratégia das três convenções: inibição da produção, circulação, comércio e 
uso de substâncias consideradas problemáticas por meio de controles rígidos de 
matérias-primas e do estabelecimento de penas altas para quem comercializa ou faz uso 
de tais substâncias. 
Nos últimos anos, alguns países e associações não governamentais passaram a 
questionar os resultados alcançados pelas abordagens que priorizam ações repressivas em 
relação aos usuários. 
Outras convenções da ONU, especialmente relacionadas a direitos humanos e os 
direitos à saúde, serviram como fonte para novas propostas de abordagem sobre o assunto. 
Foram realizados debates sobre políticas alternativas, e alguns países têm alterado suas regras 
locais para propor novas abordagens voltadas ao usuário e ao cuidado, ou seja, não restritas 
à punição criminal. 
 
b) Quais são os modelos de regulação das drogas existentes na atualidade? 
Para você, enquanto profissional de saúde, quais experiências e legislações 
seriam mais adequadas para reduzir os problemas relacionados às drogas 
no nosso país? Como mudanças na legislação no Brasil impactariam no seu 
trabalho e na sua comunidade? 
(assistir vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ifuvtnM_yLE ) 
 
c) Os instrumentos internacionais aos quais o Brasil está vinculado impõe 
algumas obrigações ao país em relação ao controle de substâncias e a 
repressão ao tráfico ilícito de drogas, não bastando apenas a aprovação de 
uma Lei estabelecendo crimes e penas e sim, uma Política Nacional 
envolvendo ações mais amplas. Que ações seriam essas? 
É necessário estabelecer uma política nacional envolvendo ações mais amplas, 
como a redução da oferta (por meio da repressão à produção e ao comércio de 
drogas ilícitas) e ações de redução da demanda (por meio de ações de prevenção e 
tratamento de uso problemático de drogas que causem dependência). 
 
 
d) Em relação às políticas para a criança e o adolescente o que temos de 
políticas públicas voltadas ao jovem no Brasil? Cite alguns exemplos. 
 
PRÓJOVEM, PROUNI, JOVEM APRENDIZ, PROERD. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=ifuvtnM_yLE
e) A Legislação Brasileira prevê que o porte para uso de drogas deverá estar 
sujeito a penalidades alternativas à prisão e relacionadas ao objetivo de 
prevenção e ressocialização. Quais são essas penalidades? 
➢ advertência sobre os efeitos das drogas; 
➢ prestação de serviços à comunidade, preferencialmente em locais 
públicos ou privados que se ocupem da prevenção do uso ou da 
recuperação de usuários e dependentes de drogas; 
➢ medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo; 
➢ atendimento gratuito em estabelecimento de saúde, preferencialmente 
ambulatorial, para tratamento especificado à disposição pelo Estado ao 
usuário ou dependente. 
 
f) Quais as penalidades destinadas ao tráfico de drogas no Brasil? (observar a 
legislação vigente) 
 
No artigo nº 33 fala sobre as penalidades da Lei nº 11.343, de 
23 de agosto de 2006. 
 
. 
g) A grande discussão em torno da Lei de Drogas se dá sobre a distinção entre 
usuários / dependentes e traficantes de drogas. Pela lei, para a 
diferenciação em cada caso, é necessário analisar o tipo de droga, a 
quantidade de droga, as circunstâncias sociais e pessoais da pessoa 
portadora de drogas, a situação de apreensão e a conduta e antecedentes 
criminais da pessoa portadora de drogas.Como você, profissional de saúde, 
vê essa questão de diferenciar o usuário e o traficante? Qual seria o melhor 
caminho para evitar avaliações equivocadas? (assistir vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=POX2ZbTZ49A&t=406s). 
Alguns Pesquisadores criticam o Fato de Que a diferenciação Atual Entre Usuário e 
traficante Não ESTÁ objetivamente Definida, podendo Ser Muito subjetiva OU sutil nenhum 
momento da Aplicação da lei, de forma Que Usuários PODEM Ser Presos Como traficantes. 
Esses pesquisadores defendem que o lei estabelece estabelecer critérios e objetivos, para 
distinguir entre o traficante e o usuário, como a quantidade de droga apreendida. Assim, uma 
apreensão abaixo de uma quantidade especificada, ante a falta de qualquer outro critério, seria 
considerada para uso, enquanto uma quantidade acima do limite seria presumida como tráfico. 
Por outro lado, há quem seja contrário aos limites objetivos, defendendo a manutenção da lei 
como é hoje. Para eles, definir uma quantidade a ser considerada como destinada ao uso 
pessoal criaria limites artificiais, que não levariam em conta como particularidades de cada 
caso. A principal crítica recai sobre a possibilidade de uma distinção objetiva ser usada pelos 
traficantes, que passariam a andar somente com a quantidade exata para serem enquadrados 
como usuários. 
Há bons argumentos e respectivas posições, tanto favoráveis como contrários , aos 
critérios presentes na legislação atual e à proposta de diferenciação objetiva entre usuários e 
traficantes. É importante saber que ambas as posições existem, e que diferentes países adotam 
posições distintas. De qualquer forma, é fundamental que as várias posições sejam discutidas e 
https://www.youtube.com/watch?v=POX2ZbTZ49A&t=406s
que as mudanças sejam sempre avaliadas, para que seja possível analisar seus resultados e, se 
for o caso, propor mudanças e correções legislativas 
 
 
2) O CUIDADO AO USUÁRIO DE DROGAS NA PERSPECTIVA DA ATENÇÃO 
PSICOSSOCIAL 
 
a) Discorra sobre o Programa Crack, é possível vencer. 
O programa Crack, é possível vencer é uma política pública que surgiu, em 2011, da 
necessidade de responder às consequências do uso de crack , álcool e outras drogas na 
sociedade brasileira. O programa foi concebido com base no entendimento de que o consumo 
de drogas é um fenômeno histórico, político, social, econômico e cultural que requer uma 
abordagem ampla, um trabalho em rede e envolvido de vários setores da sociedade, não apenas 
do Estado. 
Nesse contexto, o programa tem a redução de articular, permanentemente, diversos 
setores para integrar ações, de forma descentralizada, entre estados e municípios, a fim de 
reduzir a oferta ea demanda, enfrentar o tráfico de drogas e ampliar a oferta e o acesso dos 
usuários e seus familiares aos serviçosde tratamento. 
Realiza-se por meio de ações articuladas, descentralizadas e integradas com a sociedade 
civil, universidades e as diversas políticas setoriais, focando, em especial, saúde, direitos 
humanos, educação, assistência social e segurança. O programa está construído a partir de três 
grandes eixos de atuação, os quais são detalhados a seguir: 
 
Para viabilizar a execução das ações e o cumprimento das metas do programa , o 
Governo Federal disponibiliza recursos públicos a estados e municípios que aderem ao 
programa , assumindo contrapartida e implementando os equipamentos de saúde, assistência 
social e segurança. Cabe aos estados e municípios a instalação de integração de gestão 
integrada do programa local (comitês gestores) que articulem como áreas de segurança, saúde, 
assistência social, educação, entre outras, para o planejamento, execução e avaliação das ações. 
Os estados e os municípios também precisam disponibilizar recurso financeiro para a 
implementação qualificada dos serviços, pois a responsabilidade deve ser de todos os entes 
governamentais. 
A partir da explicação sobre a Rede de Atenção Psicossocial, sobre o programa de 
crack, é possível vencer , sobre as questões que atravessam a substituição de um modelo 
hospitalocêntrico e fechado p ou uma rede aberta, esperamos que você tenha conseguido 
identificar uma possibilidade de uma Rede que se pretende Mais articulada com OUTRAS 
redes. 
 
b) A partir dos seus conhecimentos sobre as RAPS, sobre o Programa Crack, 
é possível vencer, sobre as questões que atravessam a substituição de um 
modelo hospitalocêntrico e fechado por uma rede aberta, quais perspectivas 
futuras podemos identificar no cenário das Políticas sobre Drogas? 
 
A Rede de Atenção Psicossocial tem como desafio potencializar a articulação intrassetorial, de 
forma a ampliar a oferta de cuidado dos pacientes, fortalecendo o diálogo entre o CAPS e os 
demais serviços. A RAPS aposta na promoção da saúde mental no território enquanto que as 
equipes da Atenção Básica se responsabilizam pelo enfrentamento de importantes problemas 
de saúde pública, como os agravos vinculados ao uso abusivo de álcool, drogas e diversas 
outras formas de transtorno mental. 
 
As políticas repressivas trazem riscos, então alternativas ao proibicionismo podem melhorar a 
saúde pública. Os caminhos a serem trilhados incluiriam: a descriminalização do uso, posse e 
pequenas vendas de drogas; a redução da violência e da discriminação associadas ao 
policiamento; o foco em políticas de redução de danos; a abordagem das especificidades 
relacionadas ao gênero; incluir variáveis sociais como métrica do sucesso no tratamento do uso 
problemático de drogas; e o incremento da pesquisa para a produção de evidências científicas. 
Pode-se acrescentar ainda a necessidade de se consolidar o status legal do uso terapêutico de 
substâncias ora proscritas, como a maconha e alguns psicodélicos. 
 
Vale lembrar que a Política Nacional sobre Drogas tem como um dos seus objetivos "Educar, 
informar, capacitar e formar pessoas, em todos os segmentos sociais, para a ação efetiva e 
eficaz nas reduções de oferta e demanda, com base em conhecimentos científicos validados e 
experiências bem-sucedidas, adequadas à realidade nacional, apoiando e fomentando serviços e 
instituições, públicas ou privadas atuantes na área da capacitação e educação continuada 
relacionadas ao uso, ao uso indevido e à dependência do tabaco e seus derivados, do álcool e de 
outras drogas." 
 
Gomes-Medeiros, Débora et al. Política de drogas e Saúde Coletiva: diálogos necessários. 
Cadernos de Saúde Pública [online]. 2019, v. 35, n. 7 [Acessado 22 Setembro 2021] , 
e00242618. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-311X00242618>. Epub 29 Jul 2019. 
ISSN 1678-4464. https://doi.org/10.1590/0102-311X00242618. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9761.htm 
 
 
 
3) CONSELHOS E MOVIMENTOS SOCIAIS: ESPAÇOS DE PARTICIPAÇÃO 
(assistir o vídeo: Roda de Conversa - Tânia Maris Grigolo, Celio Vanderlei Moraes e 
Karen Santana de Almeida Vieira https://www.youtube.com/watch?v=JbikY17c11U ) 
 
a) Em relação aos conselhos de políticas sobre drogas, é necessário entender primeiro o 
que o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD) , instituído pela 
Lei n.º 11.343, de 23 de agosto de 2006, tem por norma: I - a prevenção do uso 
indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas; II - a 
https://www.youtube.com/watch?v=JbikY17c11U
repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas. A mesma lei foi 
responsável pela criação do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD). 
Quais são os conselhos voltados às políticas sobre drogas que existem na atualidade e 
como ocorre a atuação de cada um? 
Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD): É o Órgão Superior do Sistema 
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD), de carater normativo e de Deliberação 
coletiva. Este tem por objetivo integrar e organizar as ações dos diversos órgãos dos governos 
federal, estadual e municipal, com vistas a estabelecer orientações estratégicas, articular e 
acompanhar as questões relacionadas à redução da demanda e da oferta de drogas; 
 
Conselhos Estaduais de Políticas sobre Drogas (CONEN): atuam no assessoramento Ao 
Governo do Estado, na Promoção de Articulação, Integração e Organização de Programas de 
Redução da demanda, dos Danos e da oferta de drogas. 
 
Conselhos Municipais de Políticas sobre Drogas (COMAD): São Órgãos consultivos, 
normativos, e de Natureza paritária, Responsáveis Pela Elaboração, Articulação, Implantação, 
Acompanhamento e Fiscalização das Políticas Municipais sobre Drogas, em sintonia com o 
CONEN E O CONAD. 
 
4) EPIDEMIOLOGIA DO USO DE DROGAS NO BRASIL (arquivo AVA) - Discussão. 
 
5) O CUIDADO AO USUÁRIO DE DROGAS NA PERSPECTIVA DA ATENÇÃO 
PSICOSSOCIAL 
 
a) Desenhe a Rede de cuidados a pessoas que têm problemas com drogas e explique 
qual o tipo de atendimento que cada dispositivo pode oferecer? 
O cuidado deve considerar uma clínica ampliada e a construção de planos terapêuticos 
singulares e intersetoriais. A clínica ampliada visa não apenas ao sujeito e à doença, mas 
também à família e ao contexto social, tendo como objetivo produzir saúde e aumentar a 
autonomia do sujeito, da família e da comunidade. Além disso, o atendimento às pessoas que 
usam drogas deve ser feito na perspectiva da atenção psicossocial, sustentando-se sobre o tripé 
acolhimento , vínculo e corresponsabilização (construindo com o usuário um PTS) 
 
 
b) Qual a importância da intersetorialidade na construção de uma rede de serviços de 
cuidado a pessoas que têm problemas com drogas? Nessa relação entre os serviços, é 
importante praticar o matriciamento. Defina matriciamento e exemplifique de que 
forma ele pode acontecer na Rede de cuidados a pessoas que têm problemas com 
drogas. 
 
 
A necessidade do matriciamento decorre do fato de que cada serviço não possui 
recursos para cuidar de todas as necessidades inerentes a todos os casos. Ademais, em cada 
serviço, os profissionais não têm o conhecimento e a experiência para cuidar de todos os 
aspectos de cada caso. Cabe registrar, no entanto, que os profissionais de um serviço que 
possuem mais experiência com determinado aspecto podem dar suporte aos de outro serviço 
com menos experiência. Com isso, evita-se que o usuário tenha de ser atendido em múltiplos 
serviços. Por exemplo, um usuário psicótico que está bem vinculado a um CAPS geral não 
requer ser atendido também em um CAPS AD apenas porque usa drogas. Os profissionais do 
CAPS gerais podem, nesse contexto, discussão o caso com os profissionais do CAPS AD para 
que estes sugeriram uma abordagem do problema com drogas. Nesse exemplo, a discussão do 
caso profissionais pelos CAPS AD e pelos CAPS geralconstitui uma prática de matriciamento. 
EXEMPLO de uma forma de estabelecer parcerias e articulação entre os serviços é a 
experiência do Fórum AD do Rio de Janeiro. Trata-se de uma reunião mensal da qual 
participam profissionais de quaisquer serviços que atendem usuários de drogas no estado do 
Rio de Janeiro. As reuniões contam com profissionais de Centros de Atenção Psicossocial 
Infantojuvenil (CAPSi), CAPS AD, CAPS gerais, hospitais gerais e psiquiátricos, serviços da 
assistência social - como CREAS, CRAS, Conselhos Tutelares, etc. , como os promotores, 
participam do Fórum AD. Baia, são discutidos casos que são atendidos por vários serviços. A 
discussão casos ajuda a articular a rede e estabelecer contatos. 
 
Quando solicitar um matriciamento? • Nos casos em que a equipe de referência sente 
necessidade de apoio da saúde mental para abordar e conduzir um caso que exige, por 
exemplo, esclarecimento diagnóstico, estruturação de um projeto terapêutico e abordagem da 
família. • Quando se necessita de suporte para realizar intervenções psicossociais específicas 
da atenção primária, tais como grupos de pacientes com transtornos mentais. • Para integração 
do nível especializado com a atenção primária no tratamento de pacientes com transtorno 
mental, como, por exemplo, para apoiar na adesão ao projeto terapêutico de pacientes com 
transtornos mentais graves e persistentes em atendimento especializado em um Centro de 
Atenção Psicossocial (CAPS). • Quando a equipe de referência sente necessidade de apoio 
para resolver problemas relativos ao desempenho de suas tarefas, como, por exemplo, 
dificuldades nas relações pessoais ou nas situações especialmente difíceis encontradas na 
realidade do trabalho diário. 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_matriciamento_saudemental.pdf 
 
c) O que são as Estratégias de Redução de Danos (RD)? 
Redução de danos é um conjunto de políticas e práticas cujo objetivo é reduzir os danos 
associados ao uso de drogas psicoativas em pessoas que não podem ou não querem parar de 
usar drogas. Por definição, redução de danos foca na prevenção aos danos, ao invés da 
prevenção do uso de drogas; bem como foca em pessoas que seguem usando drogas. 
A RD não pressupõe que deva haver imediata e obrigatória extinção do uso de drogas - 
seja no âmbito da sociedade, seja no caso de cada sujeito - seu foco incide na informação de 
práticas que diminuam os danos, direcionadas àqueles que usam drogas e aos grupos sociais 
com os quais convivem. 
 
d) No território de abrangência da sua UBS, são realizadas ações de prevenção? Caso 
sim, elas caminham em direção à redução de danos ou seguindo um viés mais 
proibicionista? Você consegue visualizar os impactos dessas práticas? 
 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_matriciamento_saudemental.pdf
 
e) Quais as diferenças entre entre ações de prevenção e tratamento na redução de 
danos? 
 
f) Contextualize os Consultórios na Rua e sua dinâmica de funcionamento. 
Os Consultórios na Rua constituem uma modalidade de atendimento extramuros dirigida aos 
usuários de drogas que vivem em condições de maior vulnerabilidade social e distanciados 
da rede de serviços de saúde e intersetorial. 
São dispositivos clínico-comunitários que ofertam cuidados em saúde aos usuários em seus 
próprios contextos de vida, adaptados para as especificidades de uma população complexa. 
Promovem a acessibilidade a serviços da rede institucionalizada, a assistência integral e a 
promoção de laços sociais para os usuários em situação de exclusão social, possibilitando um 
espaço concreto do exercício de direitos e cidadania. 
As equipes multiprofissionais desenvolvem ações integrais de saúde frente às necessidades 
dessa população, de forma itinerante e, quando necessário, desenvolver ações em parceria com 
as equipes das Unidades Básicas de Saúde do território. 
 
g) Na sua opinião, quais são os desafios para que se encontrem soluções mais satisfatórias 
para os problemas com as drogas? 
Ainda existem grandes desafios para que se encontrem soluções mais satisfatórias para os 
problemas com as drogas. Entre eles, está a situação em que o sujeito, por conta do seu 
envolvimento com drogas, está colocando sua vida em risco ou oferecendo risco de vida 
para os demais, mas, apesar disso, não percebe ou não aceita a necessidade do tratamento. 
 
Nessa situação, é importante diferenciar o que é um risco imediato, concreto e grave, e o que é 
um risco suposto, em longo prazo, ou menos provável. Por exemplo, pessoas que fumam 
cigarro de tabaco estão se expondo a um risco de vida em longo prazo. Não se cogita, no 
entanto, tratamento compulsório para sexo. 
 
Por outro lado, um jovem que usa uma droga e se coloca continuamente em risco, sem perceber 
a necessidade de tratamento, pode precisar receber alguma forma de controle externo para 
preservação da sua vida ou das pessoas com quem convive. De uma forma geral, seus entes 
mais próximos (familiares, amigos, colegas ou chefia de trabalho) podem ajudá-lo a 
restabelecer seu controle da vontade e, para isso, deve exercer alguma pressão, constituindo um 
controle externo provisório. Em casos mais graves, ou quando os familiares não conseguir 
funcionar como essa instância de controle externo, a intervenção dos profissionais da Saúde 
pode ser necessária. Atualmente, profissionais e entidades da Justiça se capacitam, 
compreendendo a questão das drogas por sua vertente social e de saúde, para desenvolverem 
parcerias com outros profissionais e serviços, complexidade das questões e a particularidade da 
situação diversa de cada um dos envolvidos. O que pode funcionar muito bem para um pode ter 
resultados desastrosos para outro. 
 
6) O TRABALHO COMUNITÁRIO E A CONSTRUÇÃO DE REDES DE CUIDADO E 
PROTEÇÃO 
 
a) O conceito de rede supõe o entendimento de que qualquer situação coletiva deve 
ser vista como uma totalidade, e não a partir apenas dos elementos que a compõem 
de forma isolada. Por esse motivo, ao pensar em rede, o mais apropriado é 
fortalecer sempre à necessidade de “formar laços” ou “aprimorar a rede” do que 
criá-la, já que ela sempre existe, ainda que está muitas vezes desarticulada. Nesse 
sentido, para aprimorar qualquer rede há alguns elementos que são necessários e 
devem ser discutidos abertos com base nas teorias que investigam seu 
funcionamento. 
Quais desses elementos poderiam ser aplicados a Rede de cuidados a pessoas que 
têm problemas com drogas? 
➔ Incentivo às relações e lideranças democráticas nas redes 
➔ Aprimoramento dos canais de comunicação nas redes 
➔ Fortalecimento da coesão das redes (grupo coeso no território) 
➔ Participação social e trabalho comunitário 
 
7) TEMAS TRANSVERSAIS 
a) As drogas e os meios de comunicação; 
b) Trabalho infantil fatores de risco para a violência e para o uso de álcool e outras drogas; 
c) Violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes; 
d) Mediação de conflitos.

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