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Belo Horizonte 2018 NOME COMPLETO SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAGOGIA ABORDAGENS PARA O TRABALHO COM HIPERATIVIDADE TDAH NA GESTÃO ESCOLAR Belo Horizonte 2018 ABORDAGENS PARA O TRABALHO COM HIPERATIVIDADE TDAH NA GESTÃO ESCOLAR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção do título de pedagogia. Tutor eletrônico: Patrícia Luciana Pereira Sanches Tutor de sala: Fabiane Reis Armanelli Gonçalves NOME COMPLETO DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao grandioso Deus que por seu amor é capaz de nos dar força e sabedoria. Ao meu marido Carlos Gomide, sempre presente e dando apoio total em todas as horas. A minha filha Vitoria. Minha família que a todo momento me incentivou no decorrer da minha caminhada. GOMIDE, Nome Completo. ABORDAGENS PARA O TRABALHO COM HIPERATIVIDADE TDAH NA GESTÃO ESCOLAR: 2018. 17 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Pedagogia – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Pitágoras Unopar, Belo Horizonte - MG, 2018. RESUMO As reflexões acerca do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), de crianças em idade escolar de alfabetização são importantes pelo modo com que veremos as diferentes atitudes que o professor deverá tomar frente a cada aluno. Alguns autores em concordância com o Comitê Nacional para os Distúrbios de Aprendizagem dos Estados Unidos (1981) incluem, entre os transtornos de aprendizagem, além das dificuldades significativas em habilidades tradicionalmente acadêmicas como escutar, falar, ler, escrever, raciocinar, calcular, a dificuldade em dominar as capacidades adaptativas ou sociais. O psicólogo Piaget, preocupou-se com vários aspectos do conhecimento dando ênfase ao desenvolvimento cognitivo. Entre os transtornos de aprendizagem, foi incluído os quadros psiquiátricos com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Propõe-se nesta pesquisa um estudo aprofundado sobre o TDAH, para analisar a temática com suas características. O presente estudo tem como objetivo maior refletir sobre a escuta do desenvolvimento cognitivo no tratamento do TDAH. A definição do TDAH e suas principais características são necessárias para tornar o estudo mais relevante no meio acadêmico. As possíveis causas e o manejo do tratamento também serão citados ao longo do trabalho. Palavras – chave: Hiperatividade. Transtornos de aprendizagem. Déficit de atenção. Interação social. Escola e família. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 2 UMA BREVE ANÁLISE SOBRE O TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE ................................................................... 5 2.2 O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE ........ 9 2.3 O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E A ESCOLA ................... 11 3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO ...... 13 3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA .................................................................. 13 3.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 13 3.3 PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................................. 13 3.4 OBJETIVOS ................................................................................................. 14 3.5 CONTEÚDOS .............................................................................................. 14 3.6 PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO..................................................... 14 3.7 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO ......................................... 15 3.8 RECURSOS NECESSÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DO PREJETO ........ 15 3.9 AVALIAÇÃO ................................................................................................. 15 4 CONCLUSÃO .............................................................................................. 16 REFERENCIAS ................................................................................................... 17 4 1 INTRODUÇÃO É muito comum encontrarmos pais que não entendem os comportamentos e atitudes dos alunos, que agitados, arrancam os brinquedos de seus colegas, andam de um lado para o outro e não conseguem ficar muito tempo sentado, no mesmo lugar. O objetivo deste trabalho tem como linha mestra repassar as estratégias metodológicas para que o especialista possa auxiliar no tratamento e no desenvolvimento cognitivo das crianças portadoras do TDAH, uma vez que não há uma solução fácil para administrar a Hiperatividade na sala de aula ou em casa, a eficácia de qualquer tratamento deste problema na escola depende do conhecimento e da persistência da Escola, da família e do Professor. A escolha dessa temática foi realizada após análise de todos os aspectos que a Hiperatividade possui e por se tratar de um assunto que apesar de comentado por muitos, é tratado por poucos, sendo um fator influenciador no comportamento do educando que se não diagnosticado e tratado poderá prejudicá-lo em toda a sua vida. É visível que vários fatores (sociais, estruturais), os educadores acabam perdendo a verdadeira compreensão do problema uma vez que lhes faltam informação e ajuda para tratar com a situação. O mais importante neste momento é garantir ao professor e ao psicopedagogo que eles podem auxiliar a escola e principalmente a criança portadora do TDAH nos diferentes níveis cognitivos dentro da Educação Infantil. 5 2 UMA BREVE ANÁLISE SOBRE O TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE O termo hiperatividade, refere-se a um dos distúrbios de comportamento mais freqüente na idade escolar caracterizado por um nível de atividade motora excessiva e crônica, déficit de atenção e falta de auto-controle. Uma criança mesmo sendo considerada inteligente é muito mal aceita no grupo, porque não consegue parar, levantando-se, andando pela sala de aula, distraindo-se e distraindo outros alunos, perturbando os colegas, impacientando seus professores, promovendo a indisciplina. Sendo o TDAH um transtorno bastante freqüente na idade escolar, pouco se sabe sobre suas causas, apenas conhecemos suas manifestações sintomáticas, porém é um termo bastante usado para descrever uma criança com o comportamento agitado e desatento (BORGES, 1997). Segundo a Revista Nova Escola (2004, ed. 172), alunos agitados ou desatentos sempre causam preocupação. Antes de atribuir a eles algum tipo de perturbação, é preciso observá-los atentamente, pois há uma série de componentes sociais que também levam uma criança manifestar-se de modo não convencional. A TDAH é considerado um distúrbio psiquiátrico, portanto uma doença. Na escola os indícios que uma criança possui esse mal precisam ser registrados por no mínimo seis meses antes de encaminhar o aluno a um possível tratamento. De acordo com a Revista Nova Escola (edição maio, 2000), os professores que têm alunos hiperativos precisam de paciência e disponibilidade e principalmente conhecimento sobre TDAH, pois eles exigem tratamento diferenciado, mais atenção e uma rotina especialmente adaptada para eles, uma vez que tem a necessidade de estimular e desenvolver a capacidade de atenção da criança hiperativa. Valorizando assim seu potencial. De acordo com Goldstein (1996), em diversos momentos do século XX, tem-se referido a tais crianças como acometidas de inquietação, falha de controle moral, disfunção cerebral mínima, distúrbio pós-cefálico, reaçãohipercinético da infância, distúrbio de falta de atenção e distúrbio de atenção por hiperatividade. 6 Conforme Borges (1997), o comportamento, agitado da criança que antes era tolerado pela a família passa a ser inconcebível quando ela inicia a escolarização, por ser a escola o primeiro espaço estruturado e com regras de comportamento. É na escola que geralmente são encaminhadas as crianças com sintomas de hiperatividade aos consultórios médicos e psicólogos. Tentando enquadrá-las no esquema de ensino e aprendizagem, uma vez que as dificuldades da criança se acentuam na escola. A criança que possui Hiperatividade, segundo Barkley (2002), pode ser diagnosticada através das seguintes características: - esquece as atividades diárias; - A criança não enxerga detalhes; - tem dificuldade de manter a atenção; - é desorganizado; - parece não ouvir; - não consegue seguir instruções; - evita atividades que exijam esforço mental prolongado; - é distraído; - são inquietos, e outros. - interrompe e se intromete excessivamente; Mesmo com todas as suas dificuldades é errôneo afirmar que uma criança que apresenta hiperatividade não aprende. Embora não exista cura para a hiperatividade, um tratamento multidisciplinar adequado, que trabalhe efetivamente na administração dos sintomas, pode melhorar o progresso acadêmico, o desempenho no trabalho e a aquisição de habilidades sociais que propiciem relacionamentos interpessoais mais satisfatórios. Um diagnóstico minucioso da hiperatividade na infância deve incluir oito tipos de informações: histórico, inteligência, personalidade, desempenho escolar, amigos, comportamento na sala de aula, consulta médica. (GOLDSTEIN, 1992, p. 43). Segundo Patt (1991), a criança hiperativa é sempre candidata ao fracasso escolar, pois seu comportamento é turbulento e suas dificuldades de aprendizagem foge a norma escolar e ao que é esperado de um bom-aluno. 7 O papel da escola é fundamental na observação da criança hiperativa, pois geralmente ela costuma nos intervalos se meter em brigas, ou brincar quase sempre sozinha, tenta chamar atenção ou se comporta como se fosse alienada. Após analisar os dados, cheguei às seguintes inferências que para compreender e trabalhar no processo de ensino e aprendizado com uma criança com TDAH é necessário que o psicopedagogo e o professor tenham bem definido o que é uma criança hiperatividade e quais são as suas dificuldades e limitações. Notei que o professor é o articulador do processo de aprendizagem de uma criança com TDAH. Seu desafio é fazer com que o aluno com hiperatividade consiga se concentrar e aprender de maneira significativa em todo o processo de aprendizagem. Ressalta Wallon (1971) que é preciso compreender que por trás da descarga impulsiva existe a expressão das necessidades múltiplas da criança que reclama de afeto, ajuda e compreensão. Segundo Silva (2004) em sua monografia acredita que as escolas deixam muito a desejar, confundindo TDAH com indisciplina e destaca que a sala de aula deve ser organizada e estruturada, e que o professor deve estar preparado para receber uma criança portadora de TDAH e a avaliação deve ser freqüentemente e imediata, procurando valorizar o potencial e habilidades da criança. Afirma Melvin (1990) que o quadro de hiperatividade é mais freqüente em crianças primogênita, e que o estresse e transtorno psiquiátrico na família aumenta o risco do aparecimento dos sintomas do TDAH. O tratamento é multidisciplinar e compreende conversas com a criança e a família, consultoria escolar, mudanças ambientais e medicação. Em casos leves o distúrbio pode ser tratado apenas com terapia e reorientação pedagógica, e em casos graves necessitam de tratamento com medicamentos que deve durar até a adolescência. Informa Goldstein (1996) que pais de crianças hiperativas devem possuir uma compreensão realista dos tratamentos médicos e não médicos adequado, e que não existe cura, porém, pais e educadores, podem encontrar formas para ajudá-los a serem bem sucedidos. Nem sempre os pais admitem que o filho é hiperativo, muitos acham que a criança é esperta e está sempre 8 interessados em novidades. É importante que os pais busquem terapia para adquirirem informação e apoio, diminuindo assim o sentimento de frustração e isolamento que atinge à família. O comportamento, antes aceito como engraçadinho ou imaturo, já não é tolerado... A criança precisa aprender a lidar com regras e os limites de uma educação organizada. De contra partida seu temperamento simplesmente não se ajusta as expectativas da escola. (GOLDSTEIN, 1996, p. 106). “A hiperatividade é uma das disfunções causada por uma deficiência neurológica de origem genética, que afeta muitas crianças e é percebida logo na primeira infância. Muitos estudiosos acreditavam que este mal desapareceria com a adolescência, hoje sabe-se que este mal acompanha todo o percurso da vida da criança e que se não tratado poderá trazer danos afetivos na vida profissional na idade adulta”. (Barkley, 2002). 2.1 DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO Inicialmente foi definido como um distúrbio neurológico, vinculado a uma lesão cerebral (lesão cerebral mínima). As dificuldades para objetivar a existência dessa lesão provocaram uma mudança importante na conceituação do distúrbio. Assim nos anos 60, surgiu a necessidade de definí-lo a partir de uma perspectiva mais funcional, dando ênfase à caracterização da hiperatividade como síndrome condutual, e considerando a atividade motora excessiva como o sintoma primordial. Na década de 80, e como resultado de diversas investigações, são ressaltados os aspectos cognitivos da definição da síndrome, principalmente o déficit de atenção e a falta de autocontrole ou impulsividade. Estas mudanças na caracterização do distúrbio produziu certa confusão em relação a sua definição e denominação (por exemplo, hiperatividade, lesão cerebral mínima, distúrbio de déficit de atenção com hiperatividade, etc.). 9 2.2 O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE A criança com déficit de atenção e hiperatividade apresenta problemas em quatro áreas: atenção, controle de impulsos, atividade motora e baixo limiar para a frustração. É importante lembrar que os problemas causados pelo déficit de atenção e hiperatividade podem variar em gravidade de acordo com a criança e a forma como os pais e a escola lidam com o problema. Na sala de aula, por exemplo, a criança pode inicialmente entender o que deve fazer e começar a tarefa, mas a movimentação do colega ao lado ou um barulho do lado de fora podem fazê-la "perder o fio da meada", diferentemente do que acontece com outras crianças, que conseguem permanecer atentas ao que estão fazendo. A criança hiperativa tem muita dificuldade de se controlar em situações que exigem planejamento, reflexão sobre consequências futuras ou seguimento de regras. Cabe registrar ainda que o apoio da escola e de outros profissionais da área especializada é fundamental para o aluno com TDAH. Os dados reafirmam que se o psicólogo, a família devem ficar em sintonia, tendo um vinculo maior, para conhecer o máximo a criança. Assim a convivência em relação ao professor e aluno poderão ter sucesso com possibilidades de aprendizagem significativa. Será importante a continuidade deste estudo, com novos enfoques, como o psicopedagogo introduz um olhar interdisciplinar sobre uma criança com TDAH e reflexões sobre tipos de desatenção de uma criança hiperatividade e destaco também o conceito básico ligados à problemática da inclusão de uma criança hiperativa.Responde-se aos objetivos sem, no entanto, justificá-los. É importante identificar corretamente se a criança realmente tem o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) para que ela receba atendimento adequado o mais rápidopossível. A criança com TDAH não é distraída ou agitada porque quer. Ela se comporta dessa forma porque não consegue ser diferente! Por isso, se você desconfia de que a conduta do seu filho (ou seu aluno) pode ser um sinal de que ele tenha o TDAH, procure um neuropediatra ou um psiquiatra infantil (ou então 10 sugira que os pais da criança façam isso). Algumas dicas para lidar com a criança com TDAH: - Um ambiente organizado ajudará na organização interna da criança. Nunca dê mais que uma instrução ao mesmo tempo. A criança certamente se esquecerá de alguma coisa. Ao falar com a criança, olhe sempre nos olhos dela. Isso a ajudará a manter a atenção no que você está dizendo. Repita sempre as instruções, pois a criança precisa disso. - Na escola, o professor deve procurar dar tarefas curtas para a criança. Se a tarefa for longa, é importante tentar dividi-la em tarefas menores para que a criança não tenha a sensação de que é longa demais e que nunca vai terminar tudo aquilo. Sempre valorize suas conquistas. - Para melhorar a qualidade de vida e garantir um aproveitamento escolar satisfatório para uma criança com TADH, a escola e a família precisam estar em sintonia. 1 A melhor coisa a fazer é se informar bastante sobre o transtorno para conseguir entender como funciona a cabeça destas crianças. Alternar métodos de ensino, evitar aulas repetitivas e ter uma dose extra de paciência é fundamental; 2 Ter paciência não significa ser permissivo e tolerante em excesso. O professor precisa manter a disciplina em sala e exigir que os limites sejam obedecidos; 3 Caso perceba que algum aluno apresenta os sintomas do TDAH, o professor deve informar à família imediatamente; 4 Sempre elogie o aluno quando ele conseguir se comportar bem o realizar uma tarefa difícil. Nestes casos, estimule a criança a compensar os erros que ela cometeu; 5 É fundamental que haja rotina nas aulas, o professor deve deixa as regras de conduta bem claras e explícitas. A criança precisa saber com clareza o que é esperado dela e como ela deve se comportar; 6 Se surgir qualquer dificuldade, uma boa opção é pedir para o terapeuta ou médico que trata da criança visitar a escola e conversar com os professores e orientadores educacionais 11 Todos esses aspectos poderiam se constituir num somatório de dificuldades que impedem o estabelecimento interativo proveitosos a formação de vínculos afetivos com aqueles que os rodeiam. Afirma Goldstein (1996), que durante os últimos dez anos profissionais de saúde mental e educadores, manifestaram interesse na área de aptidão sociais e desenvolvimento de amizade, a fim de que a criança possa manter as relações, visto que é um importante fator para prognosticar a felicidade desta criança até a maturidade. Crianças hiperativas mais velhas tem uma grande dificuldade de fazer amigos e desenvolver aptidões sociais mais complexas, por causa do seu comportamento desatento impulsivo e intempestivo (GOLDSTEIN, 1996, p. 83). 2.3 O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E A ESCOLA Desde a infância o portador de TDAH enfrenta dificuldades que vão desde rótulos negativos até a sua desqualificação como pessoa. Em função de tal situação, desenvolve uma baixa autoestima e passa a crer que é incapaz de fazer corretamente as tarefas cotidianas. O diagnóstico de TDAH é clinico: deve ser feito por um profissional como o psiquiatra, neurologista, ou psicólogo. É necessário que sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade estejam presentes, com prejuízo significativo para o portador. O transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade (TDAH) é um dos grandes fatores do fracasso escolar. As crianças portadoras de TDAH têm uma dificuldade para manter a atenção, e principalmente em atividades muito longas quando necessitam sua concentração, acabam se distraindo facilmente por qualquer coisa no ambiente. A falta de conhecimento dos profissionais em saber como lidar com este tipo de situação agrava ainda mais as condições da criança na escola. O Psicopedagogo não tendo na sua formação docente informações sobre osignificado desse transtorno e como trabalhar em sala de aula, com o aluno que possui este transtorno, acaba automaticamente diagnosticando a criança hiperativa com termos depreciativos, por exemplo, 12 como mal educados. Silva (2007, p.18) afirma que: Quando a escola e os educadores não estão preparados para receber uma criança com TDAH, sua vida e a vida da família podem se tornar uma grande aflição. A dificuldade pode, equivocadamente, ser confundida com falta de limite, preguiça, falta de educação ou falta de caráter, o que aumenta ainda mais a dificuldade de integração. Educar é uma tarefa que exige paciência, dedicação afeto e treinamento. Dificuldades maiores começam a surgir no âmbito escolar, quando a criança é solicitada a cumprir metas e a seguir rotinas. A criança com TDAH, agora precisa ajustar-se às regras e a estrutura de uma educação continuada, em que a há cobrança de desempenho. Muitas vezes, experimentará dificuldades em adequar-se a rotinas tão esquematizadas. A criança com TDAH tem dificuldade em organizar suas próprias regras e de controlar seu comportamento. É necessário que o professor deixe as regras bem claras, explicitas e visíveis. A criança hiperativa enfrenta as tarefas com muito esforço, e não obtém nenhum reconhecimento, por isso os resultados são ruins, acabando em reprovações. Por tanto, a formação do psicopedagogo sobre as dificultades e problemas do TDAH, pode delinear um papel importantísimo na vida de uma criança portadora, porque nela o docente comprende as necessidades do aluno e desenvolvendo as prácticas pedagógica, por acompanhar sempre muito de perto as dificuldades e limitações. O psicopedagogo com o professor pode ser um grande instrumento para dar embasamento técnico, e operacionalizar diretriz educacional impondo uma linguagem direta e clara. Um dos dados importantes foi que a maioria das escolas não tem recurso para lidar com a criança hiperativa e acaba não tendo capacitação para desenvolver atividades que prendam a atenção desta criança com transtorno. Por outro lado, a afetividade em relação professor/ aluno estando presente, já é um bom começo. É importante haver muita paciência e dedicação dos professores e psicopedagogos envolvidos. 13 3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO 3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA A temática trabalhada dentro da escola hoje é fator fundamental pois existe vários tipos de criança, com distúrbio, diferentes especialidades, onde cabe a escola junto com o professor se inteirar do assunto para entender melhor aquela criança, trabalhar melhor o que fazer para chamar atenção das mesmas. 3.2 JUSTIFICATIVA A temática escolhida é resultado da visão das crianças já diagnosticada com TDAH, onde foi sentido a necessidade e a vontade em conseguir ajuda-las e possuir o entendimento nos processos que se passa com cada uma delas. 3.3 PROBLEMATIZAÇÃO Esta pesquisa apresenta como questionamento a expectativa do professor no desenvolvimento de aprendizagem de uma criança hiperativa. O rigor excessivo com o aluno portador de TDAH, poderá contribuir para acentuar as dificuldades e diminuir a sua auto-estima. A fim de compreender melhor o convívio do professor com o aluno portador do TDAH, buscamos a contribuição da psicopedagogia que tem como objetivo geral examinar a forma como o professor desenvolve seu trabalho docente com a criança hiperativa. Esta pesquisa apresenta como questionamento a expectativa do professor no desenvolvimento de aprendizagem de uma criança hiperativa. O rigor excessivo com o aluno portador de TDAH, poderá contribuir para acentuar as dificuldades e diminuir a sua auto-estima. A fim de compreender melhor o convívio do professor com o aluno portadordo TDAH, buscamos a contribuição da psicopedagogia que tem como objetivo geral examinar a forma como o professor desenvolve seu trabalho docente com a criança hiperativa. 14 3.4 OBJETIVOS Descobrir o que a criança diagnosticada com TDAH tem de diferente das outras e o que pode ser feitos para ajuda-la • Estudar sobre o TDAH (pesquisa, vídeos, livros, etc.) • Orientar a família a procurar um profissional que realmente saiba o que a criança possa ter. • Entender a criança em todo o seu contexto. 3.5 CONTEÚDOS Os conteúdos serão apresentados para os professores e toda a gestão escolar, conceitos e matérias que trazem conhecimento sobre a temática apresentada. 3.6 PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO Para alcançar os objetivos proposto, será desenvolvido o projeto “Entendendo melhor o TDAH”, onde em um primeiro momento será feito uma roda de conversa, para saber os conhecimentos prévios de cada participante do projeto. Logo depois será projetado alguns vídeos que falam sobre a temática do TDAH. Em um segundo momento será convidado um Psicólogo da área que trabalha com crianças com a TDAH para dar uma palestra e discutir maneiras para uma melhor abordagem e vivencias com essas crianças que são diagnosticadas com o TDAH. Na terceira semana do projeto, será apresentado brinquedos que auxiliam no processo de aprendizagem de cada criança que apresenta o transtorno. E na última semana para o encerramento do projeto será convidado uma família que tem em seu contexto familiar uma criança que tem TDAH para mostrar como se deve lidar com uma criança com esse tipo de transtorno. Dando a oportunidade de olhar no olhos dessa família e entender 15 melhor a realidade que se é vivida com uma criança com TDAH. 3.7 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO O projeto será elaborado durante todo o mês de Fevereiro, sendo três encontros por semana, cada um com duração de 1 hora, onde será feito na primeira semana a introdução da temática do projeto, com uma roda de conversa e vídeos sobre o TDAH, na segunda semana será feita uma aula com um Psicólogo, na terceira semana será desenvolvido alguns brinquedos que ajudam no contado dos alunos que possuem TDAH e na última semana do projeto será feito uma palestra com uma família que tem uma criança com TDAH. 3.8 RECURSOS NECESSÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DO PREJETO Os matérias necessários para a realização serão: Retroprojetor Notebook Régua Cadeira Folhas Brinquedos 3.9 AVALIAÇÃO A avaliação do projeto será feita como uma roda de conversa, perguntando para os participantes sobre o que eles adquiriram de conhecimento e esclarecimento, durante todo o tempo do projeto. O que seria feito para cada um deles se eles tivessem um aluno que apresentasse esse tipo de transtorno, para deixar como reflexão a necessidade do conhecimento sobre o assunto que foi abordado durante todo o projeto. 16 4 CONCLUSÃO Os aspectos abordados neste trabalho são de interesse quando objetivamos deslocar a criança do lugar de indisciplinada para o lugar de hiperativa, reestruturando família e escola, a fim de atender a criança. Para que as práticas pedagógicas incorporem estas possibilidades, a escola, a família e todos os que estão envolvidos no caso precisam aprender a lidar com a diversidade humana, respeitando sempre a individualidade do sujeito, com suas limitações e falhas. A presença de professores compreensivos e que dominem o conhecimento a respeito do transtorno, a disponibilidade de sistemas de apoio e oportunidades para se engajar em atividades que conduzem ao sucesso na sala de aula são imperativas para que um aluno com TDAH possa desenvolver todo o seu potencial. Porém a formação de um educador é um processo continuo. Não há limites para a leitura, a pesquisa, a reflexão. No espaço que dispunha, busquei entender o que é a hiperatividade e como separar de outros problemas, pesquisei bibliografias e profissionais especializados que indicaram caminhos a serem seguidos. Deixo aqui uma colocação do psicólogo Herbert de Souza, para que ela nos faça repensar a nossa prática educativa. “Se não vejo na criança uma criança, é porque alguém a violentou antes e o que eu vejo é o que sobrou de tudo que lhe foi tirado 17 REFERENCIAS ARAÚJO, P. Déficit de atenção. Revista Nova Escola. 2004, nº 172, p. 28 – 29. BARKLEY, Russel A. – Transtorno do Déficit de Atenção/hiperatividade in: Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. BORGES, S.M.C. Há um fogo queimando em mim: as representações sociais da criança hiperativa.UFC.Fortaleza,1997. GOLDSTEIN, S. M. Hiperatividade: como desenvolver a capacidade de atenção da criança. 2ª ed. Papirus. SãoPaulo,1996. PATT, M.H. A produção do fracasso escolar: história de submissão e rebeldia. Queiroz LTDA. São Paulo, 1991. SAMPAIO, S. TDAH informações e orientações. Disponível em: http://www.geocites.com.br Acesso em 17 março 2007. SILVA, R. da. SOS sala de aula inquieto ou hiperativo. Revista Nova Escola. Disponível em: http://www.novaescola.com.br. Acesso em 21 novembro 2007. WALLON, H. As origens do caráter da criança. Difusão europeia do livro. São Paulo, 1971. 1 Introdução 2 uma breve análise sobre O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade 2.2 O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE 2.3 O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E A ESCOLA 3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino 3.1 Tema e linha de pesquisa 3.2 JUSTIFICATIVA 3.3 PROBLEMATIZAÇÃO 3.4 OBJETIVOS 3.5 CONTEÚDOS 3.6 PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO 3.7 TemPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO 3.8 RECURSOS NECESSÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DO PREJETO 3.9 AVALIAÇÃO 4 CONCLUSÃO REFERENCIAS
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