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0 Caderno Pedagógico - Professor ANOS FINAIS 1 Estimado Professor, Este Caderno Pedagógico foi idealizado a partir da elaboração do Documento de Referência Curricular de Mato Grosso da Área da Ciências da Natureza, com a finalidade de oferecer subsídios para reflexões sobre práticas pedagógicas, vivenciadas no cotidiano escolar. Assim, apresentamos a você professor esse Caderno Pedagógico que tem como objetivo, contribuir com o trabalho docente visando a promoção de um ensino com qualidade, que favoreça a aprendizagem dos estudantes do Ensino Fundamental – Anos Finais. Tem também, a finalidade de instigar as percepções dos professores e os demais profissionais da área de educação, no sentido de possibilitar as inúmeras possibilidades entre o ensino de Ciências, os Objetivos Gerais de Formação, as competências gerais e específicas e as habilidades. Além disso, compreendemos que o presente material, também contribuirá na construção do processo de aprendizagem proporcionando um pensamento flexível e fluido com relação às outras áreas do conhecimento, bem como auxiliar na percepção e ampliação da visão de mundo em relação a sustentabilidade, aproveitamento das tecnologias para resolução de problemas, com vistas ao desenvolvimento da empatia no espaço escolar, numa perspectiva dialógica e humanitária. O Currículo de Referência para o Estado de Mato Grosso tem como bases direcionadoras, as competências gerais e habilidades propostas na Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Tais competências e habilidades deverão ser desenvolvidas e consolidadas ao longo do Ensino Fundamental. É preciso enfatizar que na BNCC, há uma mudança nos conceitos, os eixos são denominados de unidades temáticas e os conteúdos das aulas, como objetos de conhecimento, dentre outras nomenclaturas. Portanto, este Caderno visa propiciar aos professores uma percepção mais contextualizada do Currículo de Referência para o Estado de Mato Grosso, no sentido de apoiar e explicar de maneira mais concreta como organizar o ensino do componente ciências de acordo com o novo currículo, ou seja, apresentar aos professores perspectivas suporte para o planejamento e elaboração das aulas, considerando os diversos contextos. Ainda assim, ressaltamos que é essencial o estudo sistematizado do Documento de Referência Curricular para Mato Grosso. 2 Neste contexto, frisamos que as Orientações Pedagógicas sugeridas neste Caderno foram elaboradas para favorecer seu trabalho em sala de aula, numa demonstração clara de que esse será o primeiro passo para organizar, coletivamente, conhecimentos fundamentais que garantam as oportunidades de aprendizagem para todos os estudantes mato-grossenses, uma vez que a proposta da BNCC não é levar ao professor o que se deve passar enquanto “conteúdos” e sim, o que precisa ensinar, ou seja, o que o estudante precisa aprender ao longo da Educação Básica. Dessa forma, o que se pretende é que os estudantes sejam estimulados a criar suas próprias formas e modelos de aprendizagem, a partir de seus sentimentos, ideias e percepções sobre o mundo. Portanto, esperamos que o presente material seja fonte de inspiração para os colegas no espaço da sala de aula, no sentido, de auxiliar a promoção de um processo de ensino e aprendizagem pautado na mediação do conhecimento, e, portanto, incentivando o protagonismo dos nossos estudantes no processo de desenvolvimento de competências e habilidades que viabilizam uma formação integral direcionada para o exercício da cidadania. Bom trabalho! Um abraço. Equipe de Redatores: Beine José da Silva Frank Eduardo Ferreira de Souza Leodenil Alves Duarte Mara Rosane Batirola da Silva Valtrícia Lucelita Frozi Colaborador: Isaltino Alves Barbosa 3 4 Sumário 1. Orientações sobre o Planejamento do Ensino e a Organização das Aulas ............................... 6 2. Competências Específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental .................... 8 2.1 A BNCC Estabelece Novas Nomenclaturas ....................................................................... 9 2.2. Currículo em Espiral ..................................................................................................... 10 2.3 A facilitação da aprendizagem significativa crítica .......................................................... 11 2.3.1. Princípio do conhecimento prévio. Aprendemos a partir do que já sabemos. ......... 11 2.3.2. Princípio da interação social e do questionamento. Ensinar/aprender perguntas ao invés de respostas. .......................................................................................................... 11 2.3.3. Princípio da não centralidade do livro de texto. Do uso de documentos, artigos e outros materiais educativos. Da diversidade de materiais instrucionais. .......................... 11 2.3.4. Princípio do aprendiz como perceptor/representador. .......................................... 12 2.3.5. Princípio do conhecimento como linguagem. ......................................................... 12 2.3.6. Princípio da consciência semântica. ....................................................................... 12 2.3.7. Princípio da aprendizagem pelo erro...................................................................... 12 2.3.8. Princípio da desaprendizagem. .............................................................................. 13 2.3.9. Princípio da incerteza do conhecimento. ............................................................... 13 2.3.10. Princípio da não utilização do quadro-de-giz. Da participação ativa do aluno. Da diversidade de estratégias de ensino. .............................................................................. 13 2.3.11. Princípio do abandono da narrativa. De deixar o aluno falar. ............................... 14 3. Perspectivas de estratégias para a mediação do conhecimento no espaço da sala de aula. . 14 3.1 Atividade Pedagógica do Sexto Ano ............................................................................... 15 3.2 Articulando jogos digitais para o ensino de ciências ....................................................... 18 3.3 Trabalhando com materiais alternativos para a promoção de uma aprendizagem ativa . 20 3.4 Utilizando Brainstorming para auxiliar o desenvolvimento de habilidades. .................... 23 3.5 Atividade Pedagógica para o Sétimo Ano ....................................................................... 29 3.6. Implantação de uma horta escolar para uso pedagógico. ............................................. 35 3.7 Imunizações: a vacina o organismo ................................................................................ 37 3.8 Trabalhando com história em quadrinhos para a promoção de um processo de ensino mais motivador para o estudante. ....................................................................................... 40 4.0 Atividade Pedagógica Oitavo Ano. ..................................................................................... 42 4.1 Objetivos ....................................................................................................................... 42 4.2 - 1ª Etapa: De que depende o consumo de energia elétrica? ......................................... 42 4.3 - 2ª Etapa: Conta de consumo de energia elétrica .......................................................... 43 4.4 - 3ª Etapa: Estimativa de consumo................................................................................. 44 5 4.4.1 - Materiais Relacionados ......................................................................................... 44 4.4.2. Atividades colaborativas e mediação .....................................................................45 5.0 Atividade Pedagógica Nono Ano. ....................................................................................... 47 5.1 Para complementar podemos realizar com os estudantes ............................................. 50 5.2. Perspectiva de Aula - Mergulhando no Mundo das Cores ............................................ 53 5.3 Vamos discutir como entender a compreensão da estrutura da Matéria ....................... 54 6. Referências Bibliográficas Utilizadas ...................................................................................... 59 6 1. Orientações sobre o Planejamento do Ensino e a Organização das Aulas O ensino de Ciências se insere num contexto em que a sociedade contemporânea está fortemente organizada com base na significação por parte dos estudantes dos conhecimentos históricamente construídos de modo contextualizado e articulado com o desenvolvimento científico e tecnológico. Nesse sentido, essa articulação contempla desde a metalurgia, que produziu ferramentas e armas, passando por máquinas e motores automatizados, até os atuais chips semicondutores, onde ciência e tecnologia vêm se desenvolvendo de forma integrada com os modos de vida que as diversas sociedades organizaram ao longo da história. No entanto, o mesmo desenvolvimento científico e tecnológico que resulta em novos ou melhores produtos e serviços também pode promover desequilíbrios na natureza e na sociedade, sendo assim, no processo de mediação dos conhecimentos historicamente elaborados é necessário que o professor discuta também aspectos relacionados a sustentabilidade nos processos de desenvolvimentos tecnológicos. O componente Ciências da Natureza deve debater e tomar posição sobre alimentos, medicamentos, combustíveis, transportes, comunicações, contracepção, saneamento e manutenção da vida na Terra, entre muitos outros temas, que são imprescindíveis tanto para os conhecimentos éticos, políticos e culturais quanto para os conhecimentos científicos. Nessa perspectiva, observamos alguns aspectos que ressaltam a importância da área de Ciências da Natureza, na educação formal e seu compromisso com a formação integral dos estudantes. Nesse sentido, ao longo do Ensino Fundamental, a área de Ciências da Natureza tem um compromisso com o desenvolvimento do letramento científico, que envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências. Em outras palavras, apreender ciência não é a finalidade última do letramento, mas, sim, o desenvolvimento da capacidade de atuação no e sobre o mundo, importante ao exercício pleno da cidadania. Nessa ótica, a área de Ciências da Natureza, por meio de um olhar articulado de diversos campos do saber, precisa assegurar aos alunos do Ensino Fundamental o acesso à diversidade de conhecimentos científicos produzidos ao longo da história, bem 7 como a aproximação gradativa aos principais processos, práticas e procedimentos da investigação científica. Além disto, o planejamento deve estar articulado com o currículo e com os objetivos da escola, com o Plano de ação dos gestores (Direção e Coordenação Pedagógica) e com o Projeto Político Pedagógico – PPP. No planejamento das atividades pedagógicas, considerar: Realização da avaliação diagnóstica – traçar o perfil do grupo; Estudo sobre o desenvolvimento do estudante; Conhecimento mínimo sobre os processos de alfabetização e letramento científico; Estudo da BNCC e do Currículo de Mato Grosso/ Município; Conhecimento das competências gerais, especificas e das habilidades; Escolha da metodologia a ser adotada; Coerência entre objeto de conhecimento, metodologia e avaliação do processo. Neste contexto, é importante enfatizar que o planejamento serve para reorganizar o currículo, em função das atividades futuras e dos objetivos considerados mais importantes. Nele, você, professor, deve trabalhar articulando as habilidades progressivamente, visando o desenvolvimento de competências específicas, e, portanto, viabilizando que as 10 competências gerais sejam desenvolvidas durante o processo de formação dos estudantes no ensino básico. 8 As 10 competências gerais da BNCC 2017 p.6 2. Competências Específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções 9 (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. 2.1 A BNCC Estabelece Novas Nomenclaturas Professor, o que antes conhecíamos como: 10 Quanto a Estrutura da BNCC Na Perspectiva da Ciências da Natureza e suas Tecnologias– Ensino Fundamental: 2.2. Currículo em Espiral Para que o currículo em espiral funcione, os objetos de Conhecimento precisam reaparecer progressivamente durante a educação básica. Para isso, é relevante destacar que a nossa prática pedagógica está muito horizontal e é necessário verticalizar, pois é preciso aprender a planejar verticalmente, ter contato não só do professor do ano anterior como também do ano seguinte. Isto posto, é relevante comentar também nessa perspectiva de abordagem que a avaliação formativa é um importante elemento estruturante, pois serve para que possamos acompanhar nosso próprio trabalho, ou seja, ir verificando o que deve ser feito em toda aula, para diagnosticar as dificuldades dos estudantes na apropriação dos objetos de conhecimento. 11 2.3 A facilitação da aprendizagem significativacrítica De modo semelhante aos princípios programáticos de David Ausubel destinados a facilitar a aprendizagem significativa, serão propostos alguns Princípios pedagógicos no Caderno Pedagógico Referência para o Estado de MT, ideias ou estratégias facilitadores da Aprendizagem Significativa Crítica, tendo como referência as propostas de Postman e Weingartner, porém que a metodologia adotada esteja imbricada na aprendizagem ativa, no modo colaborativo, no rodizio por estações, na utilização de mapas conceituais e mapas táteis, e sobretudo enfatizando o letramento e alfabetização cientifica, que seja implementado no PPP, como referência crítica de metodologia de ensino aprendizagem onde o professor possa indagar, experimentar, praticar juntos com os estudantes, de modo sustentável, democrático, com vistas a inclusão e que seja instrumento capaz de facilitar o ensino aprendizagem. A seguir os princípios facilitadores de aprendizagem significativa crítica. 2.3.1. Princípio do conhecimento prévio. Aprendemos a partir do que já sabemos. O ponto de partida consiste em obter e internalizar significados socialmente construídos e contextualmente aceitos, pois é a condição prévia, para uma aprendizagem significativa crítica. Ao planejar as aulas, levar em conta o que os estudantes sabem, ponto de partida de toda a aprendizagem. 2.3.2. Princípio da interação social e do questionamento. Ensinar/aprender perguntas ao invés de respostas. Planejamos a aula com a possibilidade de desenvolver habilidades para atingir as competências, mas se for baseado em respostas transmitidas primeiro do professor para o estudante e, posteriormente, no sentido estudante/professor mediado pelas provas, deixa de ser crítico e com tendências a gerar aprendizagem não crítica, de forma geral torna-se mecânica. 2.3.3. Princípio da não centralidade do livro de texto. Do uso de documentos, artigos e outros materiais educativos. Da diversidade de materiais instrucionais. Professores e estudantes utilizam em demasia o livro de texto como facilitador de ensino aprendizagem. Como metodologia de aprendizagem ativa e até colaborativa, a 12 utilização de Artigos científicos, contos, poesias, crônicas relatos, estudos de casos, obras de arte e tantos outros materiais facilitadores de aprendizagem podem ser explorados pedagogicamente, pois são alternativas que possibilitam a aprendizagem ativa, de forma colaborativa é uma boa opção para a produção do conhecimento humano. 2.3.4. Princípio do aprendiz como perceptor/representador. O estudante é um perceptor/representador porque percebe/observa o mundo e o representa de acordo com as habilidades e competências atingidas. Nesse sentido, o que o estudante recebe ele percebe. Portanto, a discussão sobre a recepção não apresenta elevado índice de retenção, mas a percepção é mais expressiva. De modo significativo o que se percebe é, na maioria, função de percepções prévias. 2.3.5. Princípio do conhecimento como linguagem. O que costumamos designar de "conhecimento" se transforma em linguagem. O processo de compreensão de um objeto de conhecimento, está associado ao domínio da linguagem especifica do objeto de conhecimento. O domínio de uma área de conhecimento é uma maneira de ver o mundo, um modo de conhecer/perceber, e tudo o que é conhecido na área de conhecimento é inseparável dos símbolos/códigos inerentes do conhecimento nela produzido. 2.3.6. Princípio da consciência semântica. Enfatizamos como a primeira, a percepção (perceptor) de que o significado está nas pessoas, ou seja, não está nas palavras. Os significados das palavras, foram atribuídos a elas por pessoas. Contudo, é importante perceber que os significados atribuídos às palavras são decorrentes das experiências até então vividas. O conhecimento prévio é relevante no campo dos significados prévios para construir e ou descontruir novos significados conceituais de desenvolvimento de habilidades especificas relativas ao ensino de ciências. 2.3.7. Princípio da aprendizagem pelo erro. Nos deparamos com situações novas o tempo todo e somos desafiados a encontrar possíveis soluções para os eventos, e em alguns acabamos errando e até repetindo o erro. Ao corrigir seus erros o homem passa por novo processo cognitivo de 13 aprendizagem. Ao falarmos de conhecimento, não há nada errado em errar, e em muitas situações precisamos desconstruir conhecimentos. É fundamental enfatizar que a verdade não é absoluta, que o conhecimento é permanente. A função da escola é mostrar ao estudante que o conhecimento é limitado e construído através da superação do erro. A partir do momento que somos capazes de descrever, explicar e até fazer previsões, cognitivamente construímos um modelo mental capaz de superar as dificuldades relativas a habilidade até então prevista. 2.3.8. Princípio da desaprendizagem. Nesse processo de aprendizagem, o novo conhecimento interage com o conhecimento prévio da estrutura cognitiva, e possivelmente acaba ancorando nele. Para aprender de maneira significativa, o perceptor busca a relação entre o conhecimento prévio e o novo conhecimento. Quando o conhecimento prévio impede de captar significados do novo conhecimento associado ao objeto de conhecimento, trata-se de um caso que necessita de uma desaprendizagem.) 2.3.9. Princípio da incerteza do conhecimento. Nosso conhecimento é incerto pois, está relacionado com as perguntas que fazemos sobre o mundo a nossa volta. Ao responder, precisamos perceber o mundo, e como sabemos a observação é função do sistema de símbolos a disposição do observador. Para um sistema limitado de símbolos menor será a capacidade de perceber o mundo e propor soluções. 2.3.10. Princípio da não utilização do quadro-de-giz. Da participação ativa do aluno. Da diversidade de estratégias de ensino. Quando o professor escreve na lousa, os estudantes anotam no caderno, memorizam e reproduzem na avaliação. A lousa é símbolo que estimula um ensino no qual o estudante espera que o professor escreva respostas certas, que transmita certezas, porque este acredita que ao fazê-lo estará ensinando. Hoje as escolas estão sendo equipadas com lousa digital, que em muitos casos são utilizados do mesmo modo, ou seja, como mero veículo transmissor de objetos de conhecimentos para o estudante. Nesse sentido cabe a utilização de metodologias colaborativas de ensino aprendizagem. 14 2.3.11. Princípio do abandono da narrativa. De deixar o aluno falar. Este princípio é complementar ao da não utilização do quadro-de-giz que, por sua vez, é complementar ao da não centralidade do livro de texto. Usar um livro de texto como referência única de um certo conhecimento, transmite a ilusão da certeza, não promove a aprendizagem significativa crítica e estimula a aprendizagem mecânica. Por que não deixar que o aluno interprete o que está nos livros e externalize sua interpretação aos colegas a ao professor? Este poderia ouvir calado as interpretações e negociações de significados entre os alunos e intervir quando apropriado trazendo à discussão os significados aceitos naquele tempo e no contexto do objeto de conhecimento, deixando claro que poderão mudar e que podem haver interpretações alternativas, até mesmo contraditórias para determinados conhecimentos. 3. Perspectivas de estratégias para a mediação do conhecimento no espaço da sala de aula. A necessidade de implementar estratégias de mediação que facilitem a busca pelo conhecimento e que viabilize um maior envolvimento dos estudantes no processo de ensino e aprendizagem nos instiga a sugerir algumas perspectivas de mediação pedagógica no ensino de ciências, articulando as competências e habilidade elencadas no Documento Curricular de Referência para Mato Grosso de modo a racionalizar elementos que articulem o desenvolvimento da BNCCno espaço da sala de aula, conforme descreve o esquema abaixo: 15 3.1 Atividade Pedagógica do Sexto Ano Imagem adaptada de: http://madscience.com.br/blog/5-truques-geniais-para-ensinar-ciencias-nos-primeiros-anos-de-escola Caro professor, o desafio de ensinar ciências na perspectiva apresentada no DRC-MT consiste em propiciar no espaço da sala de aula um ambiente que permita a experimentação desempenhar a função de desencadeadora do processo de significação do mundo para o estudante e, portanto, viabilizar o desenvolvimento de habilidades e competências por meio da articulação entre teoria e prática, sem estabelecer entre esses processos uma hierarquia (GIORDAN, 1999). A seguir vamos apresentar uma atividade para o 6° Ano, nesse contexto, é preciso destacar que nessa etapa de ensino os estudantes já estão possibilitados a aprenderem sobre o sistema produtivo que envolve a exploração dos fenômenos relacionados aos materiais e à energia e seus impactos na qualidade ambiental e são, portanto, necessárias compreender a natureza da matéria e os diferentes usos da energia. De maneira que os mesmos possam avaliar vantagens e desvantagens da geração de impactos nos recursos naturais através das transformações da matéria sua origem, utilização e o processamento de recursos naturais e energéticos para seus diversos usos natural e artificial. http://madscience.com.br/blog/5-truques-geniais-para-ensinar-ciencias-nos-primeiros-anos-de-escola 16 Imagem adaptada de: http://jornalismocolaborativo.com/o-mundo-precisa-de-mais-mulheres-cientistas/ 6º Ano MATERIA E ENERGIA (EF06CI01) Classificar como homogênea ou heterogênea a mistura de dois ou mais materiais (água e sal, água e óleo, água e areia etc.). (EF06CI02) Identificar evidências de transformações químicas a partir do resultado de misturas de materiais que originam produtos diferentes dos que foram misturados (mistura de ingredientes para fazer um bolo, mistura de vinagre com bicarbonato de sódio etc.). (EF06CI03) Selecionar métodos mais adequados para a separação de diferentes sistemas heterogêneos a partir da identificação de processos de separação de materiais (como a produção de sal de cozinha, a destilação de petróleo, entre outros). Objeto de Conhecimento: - Misturas homogêneas e heterogênea; - Separação de materiais - Materiais sintéticos - Transformações químicas Vamos pensar como promover um processo de mediação para o desenvolvimento das habilidades apresentadas na tabela abaixo: 17 Parando para pensar Sugestões metodológicas: Os experimentos descritos abaixo têm como objetivos a distinção entre materiais homogêneos de heterogêneos, a verificação do número de fases de um sistema, a separação dos constituintes de uma mistura e o reconhecimento e a aplicação de alguns métodos simples de fracionamento de misturas. Estudo de misturas homogêneas -Junte aproximadamente 2 mL de água com 2 mL de álcool comum em um tubo de ensaio ou um copo de vidro. Discuta com os estudantes o que pode ser observado após o procedimento de mistura das substâncias. -Note que é impossível distinguir os componentes: há uma única fase. Estudo de misturas heterogêneas -Junte aproximadamente 2 mL de água com 2 mL de óleo em um tubo de ensaio ou um copo de vidro. Discuta com os estudantes se o mesmo pode ser observado os mesmos aspectos em relação ao caso anterior, mistura de água com álcool. -Note que é possível distinguir os componentes: há duas fases. Procedimento para desencadear uma avaliação do processo de aprendizagem: Após os estudantes executarem os experimentos supracitados apresente a questão abaixo para serem discutidas com os estudantes: Em um experimento, água, óleo de cozinha, corante alimentício e açúcar foram utilizados para produzir misturas. Após cada mistura, observou-se quando ocorria dissolução ou não. A tabela a seguir resume as informações relativas e esse experimento. Como eu estou avançando no ao trabalhar com metodologias colaborativas? 18 Pode-se afirmar que são misturas homogêneas: (A) as misturas 1 e 2. (B) as misturas 2 e 3. (C) as misturas 3 e 4. (D) as misturas 1 e 4. Comentário pedagógico: A questão consiste de uma dimensão de conhecimento conceitual: relacionado à inter-relação dos elementos básicos num contexto mais elaborado que os estudantes seriam capazes utilizar dos conhecimentos desenvolvidos por meio da prática investigativa. Ou seja, elementos mais simples foram abordados e agora precisam ser conectados. Por outro lado, quando observamos os níveis de aprendizagem exigidos para a resolução da questão observamos que: lembrar, compreender e analisar, são níveis cognitivos necessárias de serem mobilizados pelos estudantes, pois é preciso que o estudante consiga lembrar do significado dos termos da área de ciência da natureza, por exemplo, o que significa homogêneo ou mistura; compreenda como utilizar os conhecimentos desenvolvidos em contextos diferentes e consiga observar dados categorizados e realizar inferência sobre os mesmos. Por último, é importante, salientar que ao realizar uma atividade no contexto avaliativo ou no contexto de desencadear um processo de mediação do conhecimento é imprescindível realizar uma análise de caráter bidimensional: nível de aprendizagem e dimensão do conhecimento. Links/sites para auxiliar o professor na implementação da aula. 1- http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22609&request_locale=es 2- https://www.youtube.com/watch?v=xPSyrHZDuic 3.2 Articulando jogos digitais para o ensino de ciências Caro Professor, compreendemos que o papel do professor no contexto do DRC- MT é de ajudar os estudantes a ir além de onde conseguiriam fazê-lo sozinhos. Até alguns anos atrás, ainda fazia sentido que o professor explicasse tudo e o estudante http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22609&request_locale=es https://www.youtube.com/watch?v=xPSyrHZDuic 19 anotasse, resolvesse exercícios e mostrasse o quanto aprendeu. Atualmente, a forma de mediação do conhecimento no espaço da sala de aula mudou bastante (MORAN, 2018), nessa perspectiva, é importante frisar que existe uma ampla quantidade de Objetos Digitais de Aprendizagem (ODAs), por exemplo, vídeos, animações, jogos relacionados a conhecimentos dos diversos componentes curriculares que podem ser articulados ao planejamento dos professores, visando facilitar o processo de mediação pedagógica. Imagem adaptada de: http://chaodesaladeaula.blogspot.com Os jogos e as aulas roteirizadas com a linguagem de jogos (gameficação) estão cada vez mais presentes na escola e são meios importantes de mediação pedagógica e também para a motivação de um processo de aprendizagem mais significativo. Nesse contexto, para favorecer que os estudantes desenvolvam a habilidade (EF06CI08), na perspectiva de uma mediação pedagógica pautada no uso das tecnologias digitais de informação e comunicação, segue abaixo a descrição de um ODA disponível na plataforma: https://www.aprendizageminterativa.seduc.mt.gov.br/odas/visao-humana. Professor, por meio desse ODA, você poderá desencadear um processo de aprendizagem onde a necessidade de apropriação de objetos de conhecimento será favorecida nos estudantes, pois ao utilizar o recurso, descrito abaixo, os estudantes http://chaodesaladeaula.blogspot.com/ https://www.aprendizageminterativa.seduc.mt.gov.br/odas/visao-humana 20 serão instigados a perceber a relevância do estudo de ciências para o a compreensão da vida. Isto posto a seguir apresentamos a descrição do jogo Visão humana: Sugestão de Vídeos que apresentam o tema: https://www.youtube.com/watch?v=2LygM--ioKAhttps://www.youtube.com/watch?v=lgD_G0_5EYE https://www.youtube.com/watch?v=z0Y3BzUWnMI 3.3 Trabalhando com materiais alternativos para a promoção de uma aprendizagem ativa De acordo com Axt (1991), uma das principais dificuldades encontradas na implementação do trabalho prático no ensino de Ciências e Biologia nas escolas é a falta de materiais e equipamentos, que geralmente são onerosos e de difícil manutenção. Nesse contexto, a construção de microscópios simples, conforme descrito na imagem abaixo, com materiais de fácil obtenção, permite superar este problema. 6º Ano Unidade Temática: VIDA E EVOLUÇÃO Habilidades: Objeto de Conhecimento: Lentes corretivas (EF06CI08) explicar a importância da visão (captação e interpretação das imagens) na interação do organismo com o meio e, com base no funcionamento do olho humano, selecionar lentes adequadas para a correção de diferentes defeitos da visão. (EF06CI10. 2 MT) explicar o comportamento da luz nas substâncias transparentes, e como a luz pode provocar queimadas a partir de garrafas de vidro transparentes deixadas em regiões de campo aberto. https://www.youtube.com/watch?v=2LygM--ioKA https://www.youtube.com/watch?v=lgD_G0_5EYE https://www.youtube.com/watch?v=z0Y3BzUWnMI 21 Imagem adaptada de Sepel et al. (2011). Construindo um microscópio de garrafa PET. A– Material necessário para construção: 1- tubo plástico cônico, 2- tesoura, 3- fita adesiva, 4-lente, 5-garrafa PET; B- Observando ao microscópio de PET. Disponível no link https://www.youtube.com/watch?v=7-PwVOkfaKM De acordo com Chassot (2008) as ciências naturais têm como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da natureza. Do ponto de vista científico, entende-se natureza como conjunto de elementos integradores que constitui o universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaços, matéria, movimento, força, campo, energia e vida. Assim, para que o estudante esteja hábil a mobilizar os saberes a luz da teoria da Alfabetização Científica, é imprescindível que os mesmos tenham a percepção da minucia do trabalho científico para a promoção de um ensino de Ciências contextualizado e significativo. Sepel et al. (2011) reportou um procedimento para elaboração de um microscópio simples com materiais de fácil obtenção, conforme os autores enfatizam o principal objetivo da elaboração desse equipamento é permitir ao estudante uma iniciação ao “posso fazer” e, a partir disso, possibilitar o desenvolvimento da criatividade e inovação. https://www.youtube.com/watch?v=7-PwVOkfaKM 22Imagem adaptada de: http://jornalismocolaborativo.com/o-mundo-precisa-de-mais-mulheres-cientistas Imagem adaptada de: timfazciencia.com.br Veja como você pode fazer um microscópio com seus estudantes! Caro professor acesse ao site: http://blog.cpbedu.me/cienciasemtodaparte/wp-content/uploads/sites/197/2017/02/Genetica-na- Escola-62-Artigo-01.pdf . Vamos pensar como promover um processo de mediação para o desenvolvimento das habilidades apresentadas na tabela abaixo: http://jornalismocolaborativo.com/o-mundo-precisa-de-mais-mulheres-cientistas http://blog.cpbedu.me/cienciasemtodaparte/wp-content/uploads/sites/197/2017/02/Genetica-na-Escola-62-Artigo-01.pdf http://blog.cpbedu.me/cienciasemtodaparte/wp-content/uploads/sites/197/2017/02/Genetica-na-Escola-62-Artigo-01.pdf 23 6º Ano Unidade Temática: Vida e Evolução Habilidade 05: (EF06CI05) Explicar a organização morfofisiológica básica das células e seu papel como unidade estrutural e funcional dos seres vivos Habilidade 06: (EF06CI06) Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou modelos (físicos ou digitais), que os organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de organização. Objeto de Conhecimento: - Célula como unidade da vida Sugerimos conforme reportado por Sepel et al. (2011), após a produção do microscópio simples ou caso a unidade escolar possuir um aparelho de microscópio padrão instigar os estudantes a observarem as células, com possibilidade de observação de núcleos, por meio da remoção da película externa da cebola. Esse epitélio, que é facilmente destacável, pode ser colado diretamente sobre a fita adesiva e analisado por meio do microscópio simples reportado por Sepel et al. (2011). Além da atividade supracitada sugerimos ao professor assistir ao vídeo: Célula de gelatina. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FMiTu4lCaiE. Utilize o vídeo para subsidiar seu planejamento, visando articular em seu plano de aula processos que propiciem aos estudantes um processo de aprendizagem mais significativo. 3.4 Utilizando Brainstorming para auxiliar o desenvolvimento de habilidades. A estratégia de mediação denominada de Brainstorming (chuva de ideias ou tempestade cerebral), consiste essencialmente, como o próprio nome já diz, em uma https://www.youtube.com/watch?v=FMiTu4lCaiE 24 técnica em grupo, utilizando a diversidade de pensamentos e experiências para gerar soluções inovadoras, desencadear conhecimentos prévios para discussão de objetos do conhecimento. Nesse sentido, consideramos importante elencar algumas maneiras que você professor pode usar para começar uma discussão das habilidades descritas no quadro abaixo. Destacamos a relevância da compreensão da tempestade cerebral, pois conforme ressaltamos no caderno de concepções do DCR-MT o processo de mediação pedagógica no espaço da sala de aula é imprescindível para o desenvolvimento de habilidades e competências. 6º Ano Unidade Temática: Vida e Evolução Habilidade 07: (EF06CI07) Justificar o papel do sistema nervoso na coordenação das ações motoras e sensoriais do corpo, com base na análise de suas estruturas básicas e respectivas funções. Habilidade 08: (EF06CI08) Explicar a importância da visão (captação e interpretação das imagens) na interação do organismo com o meio e, com base no funcionamento do olho humano, selecionar lentes adequadas para a correção de diferentes defeitos da visão. Habilidade 09: (EF06CI09) Deduzir que a estrutura, a sustentação e a movimentação dos animais resultam da interação entre os sistemas muscular, ósseo e nervoso. Habilidade 10: (EF06CI10) Explicar como o funcionamento do sistema nervoso pode ser afetado por substâncias psicoativas. Objeto de Conhecimento: - Interação entre os sistemas locomotor e nervoso Tempestade cerebral Imagem adaptada de:camir.com.br 25 (I) Utilizar vendas nos olhos (imagem descrita abaixo), para que os estudantes tentem reconhecer diferentes objetos, com texturas e tamanhos diferentes, misturas/líquidos com sabores diferentes. Outra estratégia e formar duplas e no pátio da escola, um será conduzido e outro o condutor, constatando assim que o olho além de estar diretamente relacionado ao sistema nervoso, tem papel fundamental na codificação das informações. Imagens adaptadas de: https://www.idaam.com.br/cidade-nova/noticia/820-Aula-pratica-5-ano-Sistema-Nervoso; http://www.colegioilluminare.com.br/site/e-possivel-identificar-objetos-sem-usar-a-visao-2016/ http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI777-10528,00-BRINCADEIRAS+TEM+GOSTO+DE+QUE.html (II) Preparar uma aula juntamente com o professor de Educação Física, na qual serão evidenciadas as contrações musculares. Propor uma diversidade de exercícios físicos de aquecimento, alongamento e aeróbicos, para que os estudantes percebam a contração e relaxamento de alguns músculos, nomeando os músculos para serem identificados. https://www.idaam.com.br/cidade-nova/noticia/820-Aula-pratica-5-ano-Sistema-Nervoso http://www.colegioilluminare.com.br/site/e-possivel-identificar-objetos-sem-usar-a-visao-2016/ 26 Imagem adaptada de: http://web.sinodal.com.br/sao-leopoldo-1/n/alunos-do-oitavo-ano-tem-aula-de- yoga-para-conhecer-sistema-muscular-1477 (III) Utilizar lanternas ou luminárias (imagem descrita abaixo), numa sala escura e realizar a observação do comportamento da luz sobre os objetos de vidro, em seguida também a observação da luz do sol sobre os objetos, trazendo a discussão sobre as possibilidades de queimadas nos ambientes, por objetos de vidro deixados na natureza. Imagem adaptada de: https://www.idaam.com.br/djalma-batista/noticia/1794-Atividade-Pratica-Luz-e-Sombra. Imagem adaptada de: https://timfazciencia.com.br/noticias/atividades-para-explorar-a-luz-em-diversas-formas/ (IV) Utilizar a luz solar para realização de atividades para explorar a luz de diferentes formas (imagem a seguir representa os estudantes nessa atividade). http://web.sinodal.com.br/sao-leopoldo-1/n/alunos-do-oitavo-ano-tem-aula-de-yoga-para-conhecer-sistema-muscular-1477 http://web.sinodal.com.br/sao-leopoldo-1/n/alunos-do-oitavo-ano-tem-aula-de-yoga-para-conhecer-sistema-muscular-1477 https://www.idaam.com.br/djalma-batista/noticia/1794-Atividade-Pratica-Luz-e-Sombra https://timfazciencia.com.br/noticias/atividades-para-explorar-a-luz-em-diversas-formas/ 27 6º Ano Unidade Temática: VIDA E EVOLUÇÃO Habilidade: (EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características; (EF06CI12) Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos; (EF06CI13) Selecionar argumentos e evidências que demonstrem a esfericidade da Terra. Objeto de Conhecimento: Forma, estrutura e movimentos da Terra Comentários Pedagógicos: -Explicitar habilidades como identificar e reconhecer distintos modelos representativos do planeta Terra em diferentes culturas, como os modelos presentes nos mitos dos povos guarani, de matriz africana, gregos e portugueses à época das navegações,bem como compreender o impacto do desenvolvimento científico na construção dos modelos representativos do planeta Terra; - orientar procedimentos investigativos para exploração dos tipos de solo, como terra roxa, massapé, aluvial, entre outros, encontrados na região onde se encontra a escola ou a residência do aluno. Nessas ações exploratórias do ambiente, sugere- se estimular o desenvolvimento de habilidades como identificar, selecionar e classificar rochas com base na descrição do local, da origem das rochas (magmáticas, metamórficas e sedimentares) e de suas características, associando- as aos períodos geológicos; - Destacar habilidades relativas à busca e seleção de informações e evidências da esfericidade da Terra, em artigos, ensaios, textos de divulgação e outras fontes. Pode-se, também buscar imagens ou fotografias do espaço em fontes confiáveis ou agências de pesquisas espaciais e relacionar as informações coletadas aos modelos representativos da Terra. É importante, ainda, identificar e explicar fenômenos como as mudanças visíveis em constelações no céu, ciclos do dia e noite, movimento de translação e rotação, observações sobre a posição do sol e 28 da lua em diferentes períodos de tempo como fontes de evidência para provar a esfericidade da Terra; Imagens adaptadas: https:///www.google.com/search?q=plano+de+aula+ Identificar+as +diferentes+camadas+que+estruturam+o+planeta+Terra 6º Ano Unidade Temática: VIDA E EVOLUÇÃO Habilidades: (EF06CI14) Inferir que as mudanças na sombra de uma vara ao longo do dia em diferentes períodos do ano são uma evidência dos movimentos relativos entre a Terra e o Sol, que podem ser explicados por meio dos movimentos de rotação e translação da Terra e da inclinação de seu eixo de rotação em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol. (EF06CI14.2MT) Conhecer1 o movimento de precessão da terra e sua importância para inclinação da terra em seu plano orbital. Objeto de Conhecimento: Forma, estrutura e movimentos da Terra https://www.google.com/search?q=plano+de+aula 29 Comentários Pedagógicos: Alternativas metodológicas Inicialmente, a aula deverá ser motivada por meio da projeção de sombras. Nesse sentido a proposta é mostrar ao estudante que a ausência de luz gera uma sombra projetada, e posteriormente que o estudante possa inferir que as mudanças na sombra estão associadas com a posição da terra em relação ao sol. A atividade/proposta inicial deve explorar o tamanho da sombra de acordo com o tipo de fonte luminosa utilizada, isto é, caso seja extensa ou puntiforme, como é a sombra projetada em função da fonte e do formato do objeto, destacando se há ou não a formação da sombra e ou penumbra, caso ocorra. O professor deve considerar o conhecimento prévio dos estudantes, para que o desenvolvimento cognitivo do estudante seja aprimorado em relação a habilidade almejada, e desse modo consiga estabelecer relações entre o conhecimento prévio e assim, ressignificar e realizar reconciliações integradoras a medida que vai desenvolvendo as habilidades e competências especificas do componente curricular ciências. Sugestões de Links/sites: 01. https://www.youtube.com/watch?v=6B1LtMqBKz4 02. https://www.youtube.com/watch?v=onDE_ZAdkkE 03. https://www.youtube.com/watch?v=eB7NCwY-7Us 04. https://www.youtube.com/watch?v=cwlHCrnDDMI 05. https://www.youtube.com/watch?v=fZck6AwWmjc 06. https://youtu.be/EXG29DZxZWA 3.5 Atividade Pedagógica para o Sétimo Ano https://www.youtube.com/watch?v=6B1LtMqBKz4 https://www.youtube.com/watch?v=onDE_ZAdkkE https://www.youtube.com/watch?v=eB7NCwY-7Us https://www.youtube.com/watch?v=cwlHCrnDDMI https://www.youtube.com/watch?v=fZck6AwWmjc https://youtu.be/EXG29DZxZWA 30 Os Terrários (imagens apresentadas abaixo) são apresentados como modelos de Ecossistemas terrestres e constituem-se de mini-laboratórios práticos, por meio dos quais procura-se reproduzir as condições do meio ambiente. São montados em potes (caixas de vidro do tipo aquário ou potes de vidro), onde são depositados cascalhos, areia, terra preta, pequenas plantas, assim como um pequeno recipiente com água. (ROSA, 2009). Imagem adaptada de: https://eefpvendelinowiemes.blogspot.com/2018/07/terrario-um-mini-mundo-para-os-alunos.html; https://educacao.estadao.com.br/blogs/blog-dos-colegios-santa-maria/zoobotanica-aplicada-a- ecologia/;http://leocienciaetecnologia.blogspot.com/2011/11/terrario_11.html; https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/montando-um-terrario.htm Caro professor, compreendemos que a equidade no contexto do DRC-MT, pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudantes são diferentes, nesse sentido, um planejamento com foco na equidade exige um claro compromisso do professor em viabilizar que os diversos grupos sociais – como os povos indígenas e as populações das comunidades remanescentes de quilombos e demais afrodescendentes – e também os estudantes que residem no campo tenham condições para se apropriarem dos conhecimentos culturalmente construídos abordados nas diferentes componentes curriculares. Nesse contexto corroboramos com Moura et al., (2015), na perspectiva de elaboração de terrários pode contribuir para fortalecer uma Educação do Campo nas suas especificidades, no seu contexto cultural e natural. Destacamos, nesse sentido, em nível de demonstrar que muitas das abordagens discutidas nas concepções de ensino e aprendizagem discutidas no DRC-MT já fazem parte do cotidiano de algumas escolas de Mato Grosso, com base nessa compreensão é importante refletir como essas O terrário como estratégia para desenvolvimento de habilidades seria uma possibilidade de viabilizar a equidade no Ensino de Ciências? https://eefpvendelinowiemes.blogspot.com/2018/07/terrario-um-mini-mundo-para-os-alunos.html https://educacao.estadao.com.br/blogs/blog-dos-colegios-santa-maria/zoobotanica-aplicada-a-ecologia/ https://educacao.estadao.com.br/blogs/blog-dos-colegios-santa-maria/zoobotanica-aplicada-a-ecologia/ http://leocienciaetecnologia.blogspot.com/2011/11/terrario_11.html https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/montando-um-terrario.htm 31 estratégias de mediação do conhecimento contemplam as habilidades descritas no DRC-MT. Isto posto, enfatizamos o trabalho realizado Escola Estadual Senador Filinto Muller, localizada no Distrito de Irenópolis, no município de Juscimeira-MT (MOURA et al., 2015). Isto posto, recomendamos na perspectiva de inspirar outras unidades do Estado a realizarem estratégias de mediação semelhantes a reportada em: “O terrário como temática no ensino de ciências na educação do campo1” por Moura et al., (2015), pois desse modo o professor poderá trabalhar de forma dinâmica e criativa as habilidades descritas no quadro abaixo ((EF07CI07) e (EF07CI08)). Ainda no contexto de inspirar práticas pedagógicas alinhadas as habilidades (EF07CI07 e EF07CI08. 1MT, por exemplo) destacadas no quadro abaixo enfatizamos o plano de aula disponível no site da Nova Escola. Professor, você poderá ter acesso ao plano por meio do site: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/1862/os-biomas-brasileiros- caracterizacao# 1 Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/remoa/article/viewFile/20463/pdf 7º Ano Unidade Temática: Vida e Evolução (EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas, enfatizando os biomas mato-grossenses. (EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetamsuas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc. (EF07CI08. 1MT) Perceber as alterações da biodiversidade mato-grossense elencando as espécies, animais e vegetais, ameaçadas de extinção em decorrência das ações antrópicas e ocupação do solo. Objeto de Conhecimento: ●Diversidade de ecossistemas; ●Fenômenos naturais e impactos ambientais. https://novaescola.org.br/plano-de-aula/1862/os-biomas-brasileiros-caracterizacao https://novaescola.org.br/plano-de-aula/1862/os-biomas-brasileiros-caracterizacao https://periodicos.ufsm.br/remoa/article/viewFile/20463/pdf 32 7º Ano Unidade Temática: MATÉRIA E ENERGIA Habilidades: (EF07CI03.1MT) Entender como a propagação do calor (infravermelho), pode contribuir no dia a dia no acionamento dos aparelhos eletrônicos. (EF07CI06.3MT) Perceber como ocorre nas máquinas térmicas a transformação de energia em calor, resultando em trabalho, na produção de biocombustíveis diversos. Com esta prática objetivamos motivar os estudantes para o entendimento dos conceitos físicos relativos a propagação do calor (infravermelho), e como pode contribuir no dia a dia no acionamento dos aparelhos eletrônicos. Link: https://www.amazon.com.br/Torneira-eletr%C3%B4nica-com-sensor-infravermelho/dp/B07QB9D5ST Pensar na interação do infravermelho e aplicações no dia-a-dia. Objeto de Conhecimento: Fenômenos naturais e impactos ambientais Professor, para desenvolvimento de habilidades, pensar que o Ensino de Ciências deve ter interação entre a Química, Física e Biologia durante o ensino fundamental. O ensino de conceitos deve ser contextualizado. Fi gu ra 1 t o rn ei ra e le tr ô n ic a co m s en so r in fr av e rm e lh o https://www.amazon.com.br/Torneira-eletr%C3%B4nica-com-sensor-infravermelho/dp/B07QB9D5ST 33 Comentários Pedagógicos: Professor, a aprendizagem é mais eficiente quando o estudante utiliza mais a memória permanente do que a memória de trabalho. Na memória de trabalho o acesso é rápido e limitado, nesta área de processamento a informação dura poucos segundos. Já a memória de longa duração (ou permanente) é responsável por armazenar todo o conhecimento de uma pessoa. Para isso uma das opções é a Sala de Aula Invertida, pois nela o estudante participa de Debates, de Projetos de Simulação, de games, elaboração de mapas conceituais, de Trabalhos em grupos e de Solução de problemas. https://www.google.com.br/search?q=ondas+sonoras&client=ms-android-om- lge&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjis_rThZziAhWaDrkGHbw- CpMQ_AUIDigB&biw=1024&bih=625#imgdii=ktZkqHc0z- FPqM:&imgrc=ZuD8GOAYbUUWpM: A figura apresenta o comprimento de onda, indica que é onda sonora, portanto sugere uma possível velocidade da onda no ar e um intervalo de frequência. O professor pode explorar a onda analisando o comprimento de onda ser diretamente proporcional a velocidade e inversamente Vamos elencar algumas atividades que vocês professores já fazem que podem ser usadas para mediar o desenvolvimento das habilidades supramencionadas, lembrando de relacionar com as competências. 34 proporcional a frequência, e nesse sentido usar abordagem colaborativa por meio de mapas táteis como facilitador de ensino aprendizagem como preconiza a aprendizagem significativa. Caro professor, explore as ferramentas que a internet oferece. Criar um blog e postar as lições deixa aberto o caminho para pesquisa. Desse modo, as discussões em sala de aula podem se estender ao ambiente virtual, promovendo uma troca mais interessante com links de artigos ou entrevistas sobre o estudo das ondas sonoras e infravermelho. https://blog.wpensar.com.br/pedagogico/aprendizagem-ativa/ Os jogos pedagógicos podem ser uma ótima opção! Que tal explorar jogos que estejam relacionados com produção utilizando máquinas térmicas e a relação com a Internet das coisas (IOT) pedindo para que os alunos anotem informações sobre o tópico em uma folha de papel? Um Talk-show também pode ser bastante divertido: um aluno é entrevistado, encenando personagens históricos ou de um livro que tenha vínculo com ensino de ciências da natureza. 35 3.6. Implantação de uma horta escolar para uso pedagógico. https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/importancia-projetos- horta-escolar-educacao-ambiental/ https://novaescola.org.br/conteudo/9827/uma-horta-na-escola http://meioambientetecnico.blogspot.com/2013/07/como-montar-uma-horta- na-escola-e-sua.html Roda de conversa com o intuito de perceber semelhanças e diferenças entre os diversos ecossistemas regionais. https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/importancia-projetos-horta-escolar-educacao-ambiental/ https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/importancia-projetos-horta-escolar-educacao-ambiental/ https://novaescola.org.br/conteudo/9827/uma-horta-na-escola http://meioambientetecnico.blogspot.com/2013/07/como-montar-uma-horta-na-escola-e-sua.html http://meioambientetecnico.blogspot.com/2013/07/como-montar-uma-horta-na-escola-e-sua.html 36 http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=14956 https://www.estudopratico.com.br/ecossistemas-brasileiros-definicao-e- principais-ecossistemas/ Situações de observação das interações entre elementos da natureza, em locais como jardim, lago, rio, entre outros, próximos à escola. http://educacaopublica.cederj.edu.br/revista/artigos/a-aula-de-campo-como- instrumento-facilitador-da-aprendizagem-em-geografia-no-ensino-fundamental https://auladecampo.wordpress.com/ Entrevista com moradores antigos do bairro com o objetivo de conhecer como eram os aspectos naturais do bairro e como são atualmente. https://sites.google.com/site/projetosereflexoes/home/projetos- pedaggicos/nosso-bairro-ontem-hoje-e-sempre https://www.youtube.com/watch?v=7KTRvsO-DP8 http://colegiometodista.g12.br/saobernardo/noticias/3os-anos-entrevistam- antigos-moradores-do-bairro-rudge-ramos http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=14956 https://www.estudopratico.com.br/ecossistemas-brasileiros-definicao-e-principais-ecossistemas/ https://www.estudopratico.com.br/ecossistemas-brasileiros-definicao-e-principais-ecossistemas/ http://educacaopublica.cederj.edu.br/revista/artigos/a-aula-de-campo-como-instrumento-facilitador-da-aprendizagem-em-geografia-no-ensino-fundamental http://educacaopublica.cederj.edu.br/revista/artigos/a-aula-de-campo-como-instrumento-facilitador-da-aprendizagem-em-geografia-no-ensino-fundamental https://auladecampo.wordpress.com/ https://sites.google.com/site/projetosereflexoes/home/projetos-pedaggicos/nosso-bairro-ontem-hoje-e-sempre https://sites.google.com/site/projetosereflexoes/home/projetos-pedaggicos/nosso-bairro-ontem-hoje-e-sempre https://www.youtube.com/watch?v=7KTRvsO-DP8 http://colegiometodista.g12.br/saobernardo/noticias/3os-anos-entrevistam-antigos-moradores-do-bairro-rudge-ramos http://colegiometodista.g12.br/saobernardo/noticias/3os-anos-entrevistam-antigos-moradores-do-bairro-rudge-ramos 37 3.7 Imunizações: a vacina o organismo Segundo Teixeira (2015), existe uma pulsante exigência atual, no sentido de transformar a educação científica num processo que permita aos estudantes a leitura do mundo e a interpretação/reflexão sobre os acontecimentos presentes em nossa realidade. Aos professores, nestes novos tempos, incidem exigências no sentido de deixar de serem informadores para se tornarem formadores, na presente preocupação com um ensino que se enraíze na construção de uma alfabetização cientifica, pois segundo CHASSOT (2014) éno ensino fundamental o locus para a realização da uma mesma. Nesse contexto discutir a temática “Vacinas” é imprescindível para a formação de um estudante capaz de descodificar a linguagem científica apresentada no seu cotidiano, e além disso refletir sobre as contribuições da ciência para melhorar a qualidade de vida dos seres humanos e animais. 7º Ano Unidade Temática: Vida e Evolução (EF07CI10) Argumentar sobre a importância da vacinação para a saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a vacina atua no organismo e o papel histórico da vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva e para a erradicação de doenças. (EF07CI10. 1MT) Entender o papel da vacinação para a erradicação de doenças em Nesse contexto para o desenvolvimento das habilidades elencadas no quadro abaixo destacamos algumas formas que você, Professor, poderá usar para auxiliar os estudantes na apropriação do conhecimento. 38 Mato Grosso e se existe equidade na distribuição de vacinas entre os municípios mato-grossenses. Objeto de Conhecimento: ●Programas e indicadores de saúde pública 2Sugestão para mediar o desenvolvimento das habilidades: EF07CI10 e EF07CI10. 1MT A charge abaixo foi veiculada na revista O Malho em 29 de outubro de 1904. Nela é possível perceber a conflituosa realidade de mudanças instituídas durante a presidência de Rodrigues Alves (1902-1906). A revolta da vacina consistiu em manifestações populares contra a política de sanitização instituída pelo diretor de saúde (cargo equivalente ao ministro da saúde), o médico Oswaldo Cruz. Era preciso investir em medidas que diminuíssem os efeitos da febre amarela, varíola e peste bubônica que assolavam a então capital brasileira, o Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz dirigia nessa época o Instituto Soroterápico Federal (atual Fundação Oswaldo Cruz/FIOCRUZ), que realizava pesquisas para a criação de vacinas e soros para o combate a microrganismos. Devido à crítica situação com milhares 2 Atividade foi obtida de: Masquio, V.S.; Santos, M.C.F. “PROF. CIÊNCIAS”– ATIVIDADES PRÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: LEITURAS E PROPOSTAS PEDAGÓGICAS COLABORATIVAS. Rio de Janeiro: CAp./UERJ, 2018. P.62 Oswaldo Cruz e a varíola no Brasil Resumo: Elaboração de uma cena teatral sobre a Revolta da Vacina. Esta atividade objetiva o estudo pelos estudantes de um fato histórico importante da imunização brasileira e reflexões sobre a contribuição das vacinas para a saúde da população. 39 de mortes por varíola no ano de 1904 ele sugeriu ao governo que instituísse a vacinação obrigatória da população carioca. A obrigatoriedade da vacinação fez explodir uma revolta que foi incitada por outros interesses além da pura resistência à vacinação. Interesses políticos contrários ao então presidente e ao regime republicano impulsionaram a população contra o governo. Os populares julgavam a obrigatoriedade uma invasão aos seus direitos individuais. Apesar de todos os conflitos, apenas dois anos após a implementação da vacinação obrigatória, em 1906, a mortalidade causada pela varíola foi reduzida praticamente a zero. Houve ainda três surtos (1908, 1914 e 1926) até que em 1930 o número de casos foi zerado no Rio de Janeiro e se manteve em número reduzido pelo país até que em 1973 foi alcançada a erradicação da doença. Organizando a atividade Sugere-se a exibição de um vídeo de curta duração sobre a Revolta da Vacina Os/as alunos/as produzirão um esquete (uma cena rápida), representando as circunstâncias vividas no Rio de Janeiro em outubro de 1904. Para isso os estudantes serão solicitados a realizar um levantamento sobre os acontecimentos em livros e jornais da época e escreverão um roteiro com as falas que sintetizem as principais ideias debatidas na época. Um narrador pode discorrer sobre as condições de vida da população e os surtos da doença. As falas dos personagens podem retratar as dúvidas da população sobre a vacinação e como elas foram abordadas, estabelecendo relações entre as dificuldades de vacinação na época atual e no passado. Sugestão de vídeo A HISTÓRIA DA REVOLTA DA VACINA https://www.youtube.com/watch?v=6i6v9f_aWjg&vl=pt OSWALDO CRUZ NA AMAZÔNIA E A REVOLTA DA VACINA https://portal.fiocruz.br/video-oswaldo-cruz-na-amazonia-revolta-da-vacina 40 3.8 trabalhando com história em quadrinhos para a promoção de um processo de ensino mais motivador para o estudante. No contexto do DRC-MT, é incontestável que a aprendizagem pode melhorar significativamente outras linguagens forem usadas em articulação com metodologias ativas. Nesse sentido, a história em quadrinhos deixa de ser apenas ilustrativa ou um meio de entretenimento para se tornar uma ferramenta pedagógica importante, pois pode melhorar a compreensão do estudante sobre determinados assuntos. Nesse contexto ressaltamos que histórias em quadrinhos podem ser interessantes para abordar temas que podem ser considerados “polêmicos” por envolverem concepções culturais e sociais dos estudantes. Nessa perspectiva enfatizamos, em nível de exemplo, utilizar história em quadrinhos para desencadear o processo de desenvolvimento de habilidades (descritas no quadro a seguir). Além disso, reforçamos também o uso de para o 9°Ano do ensino fundamental, pois consideramos que os estudantes estão melhor preparados para compreender e debater as ironias, que na maioria das vezes, se fazem presentes. 7º Ano Unidade Temática: Terra e Universo EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mistura de gases, identificando sua composição, e discutir fenômenos naturais ou antrópicos que podem alterar essa composição. (EF07CI13) Descrever o mecanismo natural do efeito estufa, seu papel fundamental para o desenvolvimento da vida na Terra, discutir as ações humanas responsáveis pelo seu aumento artificial (queima dos combustíveis fósseis, desmatamento, queimadas etc.) e selecionar e implementar propostas para a reversão ou controle desse quadro. (EF07CI13.1MT) Conhecer como ocorre o efeito estufa e as variações de temperatura em sua região realizando diferentes registros ao longo do dia, bem como a sensação térmica associadas. (EF07CI14) Justificar a importância da camada de ozônio para a vida na Terra, 41 identificando os fatores que aumentam ou diminuem sua presença na atmosfera, e discutir propostas individuais e coletivas para sua preservação. (EF07CI14) Justificar a importância da camada de ozônio para a vida na Terra, identificando os fatores que aumentam ou diminuem sua presença na atmosfera, e discutir propostas individuais e coletivas para sua preservação. (EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais (como vulcões, terremotos e tsunamis) e justificar a rara ocorrência desses fenômenos no Brasil, com base no modelo das placas tectônicas. (EF07CI16) Justificar o formato das costas brasileira e africana com base na teoria da deriva dos continentes. Objeto de Conhecimento: ●Composição do ar ●Efeito estufa ●Camada de ozônio ●Fenômenos naturais (vulcões, terremotos e tsunamis) ●Placas tectônicas e deriva continental Comentários Pedagógicos: Demonstrar que o ar é uma mistura de gases, identificando sua composição, e discutir fenômenos naturais ou antrópicos que podem alterar essa composição. Descrever o mecanismo natural do efeito estufa, seu papel fundamental para o desenvolvimento da vida na Terra, discutir as ações humanas responsáveis pelo seu aumento artificial (queima dos combustíveis fósseis, desmatamento, queimadas etc.) e selecionar e implementar propostas para a reversão ou controle desse quadro Sugestões metodológicas: - Links/sites: https://www.youtube.com/watch?v=2oxCnVUJCwQ https://www.youtube.com/watch?v=2oxCnVUJCwQ42 4.0 Atividade Pedagógica Oitavo Ano. 8º Ano Unidade Temática: Matéria e Energia Habilidades: (EF08CI04). Calcular4 o consumo de energia de eletrodomésticos a partir dos dados de potência (descritos no próprio equipamento) e tempo médio de uso para avaliar o impacto de cada equipamento no consumo doméstico mensal. Objeto de Conhecimento: Cálculo de consumo de energia elétrica 4.1 Objetivos Construir o conceito de potência elétrica e sua relação com o consumo de energia elétrica. Compreender a importância do consumo consciente de energia. 4.2 - 1ª Etapa: De que depende o consumo de energia elétrica? Lance a seguinte questão aos estudantes: o que consome mais energia elétrica: um chuveiro ligado durante 30 minutos ou uma TV ligada por 8 horas? No início não devem ser dadas outras informações, mas fique disposição para oferecer especificações sobre os aparelhos. Os estudantes devem estar reunidos em grupos, e cada grupo tem direito a duas perguntas sobre as especificações (que serão respondidas somente para o grupo que pergunta). Se um grupo perguntar, por exemplo, a tensão de funcionamento dos dois aparelhos, não conseguirá responder à questão. A ideia é que percebam que, além do tempo, a informação necessária é a 43 potência! Claro que se dispuserem, por exemplo, da tensão de funcionamento e da resistência elétrica de cada aparelho (4 informações ao todo), podem calcular as suas potências. Mas cada grupo só pode obter 2 informações, e por isso devem discutir que informações seriam essas. Tipicamente um chuveiro funciona na tensão de 220V e apresenta uma potência de 4500W. Assim, sua resistência vale cerca de 10,8 Ω. E a corrente que a atravessa é da ordem de 20,45A. Já uma TV pequena apresenta potência de cerca de 100W e é ligada em uma tomada de 110V. Logo, sua resistência elétrica é de cerca de 121Ω. E a corrente elétrica que a atravessa é de 0,91A. No final deve-se discutir com a sala quais eram as informações necessárias para determinar o consumo de energia elétrica de cada aparelho. Deve-se chegar à conclusão de que o consumo depende da potência do aparelho e do tempo de uso. 4.3 - 2ª Etapa: Conta de consumo de energia elétrica Peça aos alunos que tragam uma conta de consumo de energia elétrica ou então providencie cópias de uma conta e distribuí-las aos alunos. Primeiramente peça aos alunos que identifiquem na conta o consumo mensal em reais. Depois, que digam qual foi o montante de energia elétrica consumida e qual a unidade de medida. Os alunos perceberão, então que o consumo é dado em kWh (quilo watts hora). Nesse momento uma discussão contextualizada sobre as unidades de medida pode ser introduzida: quais unidades de medida de energia conhecidas pelos estudantes? Provavelmente joule (J), que é do sistema internacional (SI) e caloria (cal), utilizada para energia dos alimentos. Mostre, então, qual é o fator de conversão entre kWh e J, e por meio disso justifique porque o consumo residencial é dado em kWh. 1kWh=1.1000.3600s= 3,6. 106J e estabeleça a relação com calorias. Geralmente as contas de consumo de energia elétrica trazem gráficos que comparam 44 os consumos dos últimos meses e a média de consumo. O professor deve pedir aos estudantes que comparem o consumo daquele mês com o dos meses anteriores. Outra coisa a se reparar é que há valores diferentes em reais para diferentes faixas de consumo. Na primeira faixa de consumo os quilowatts-hora são mais baratos. Na segunda faixa o preço sobe um pouco e assim sucessivamente. Uma discussão sobre o motivo disso é uma ótima oportunidade para uma abordagem CTS (Ciência Tecnologia e Sociedade) da questão. Os estudantes podem inclusive comparar esse sistema de cobrança com o de pagamento de impostos. 4.4 - 3ª Etapa: Estimativa de consumo Os estudantes, em grupos, devem pensar em uma família fictícia, determinando o número de integrantes, suas profissões, salários, onde moram, que equipamentos possuem. A partir daí devem estimar o consumo mensal de energia elétrica dessa família e o consumo diário por pessoa. Se houver computadores com acesso à internet disponíveis, os grupos podem utilizar o simulador disponível sugerido no item 3 do Para organizar o seu trabalho. Se não houver computadores e internet, apresente a lista também sugerida no item 3 que poderá ser disponibilizada para cada grupo. Lembre-se de considerar as habilidades e competências tanto gerais quanto especificas nessa abordagem. Ainda vale apena propor uma discussão a respeito das bandeiras tarifárias. O consumo individual diário de energia elétrica deve ser convertido para calorias (1kWh= 3,6 .106J e 1 cal= 4,2J) e então comparar com a energia que consumimos diariamente nos alimentando, ou seja, cerca de 2000kcal. O professor, para finalizar, pode pedir que a dupla de alunos formule uma proposta de economia de pelo menos 20% de energia elétrica de suas próprias residências. 4.4.1 - Materiais Relacionados Há hoje em dia uma grande preocupação com o consumo excessivo de energia 45 elétrica. A diminuição do consumo doméstico depende não só do desenvolvimento de aparelhos mais eficientes, mas também do uso racional dos aparelhos que dispomos. Para isso, é necessário compreender como se calcula o consumo e a partir daí planejar a otimização desse consumo. 4.4.2 reveja conceitos sobre potência elétrica e energia elétrica: Conceitos Básicos De Eletricidade Potência Em Um Aparelho Elétrico 4. 5. Assista aos vídeos explicativos em: Potência Elétrica Potência 4.4.2. Atividades colaborativas e mediação Providencie cópias de uma conta de luz e analise os consumos e os custos. Links/sites: https://www.youtube.com/watch?v=72SMe1hxe_A https://www.youtube.com/watch?v=r4djprgS0uo https://www.youtube.com/watch?v=GRgPEy0x3Ok https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de- aula/consumo-de-energia-eletrica/ 8º Ano - Unidade Temática: Terra e Universo (EF08CI12) Justificar, por meio da construção de modelos e da observação da Lua no céu, a ocorrência das fases da Lua e dos eclipses, com base nas posições relativas entre Sol, Terra e Lua (EF08CI13) Representar os movimentos de rotação e translação da Terra e analisar o papel da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação à sua órbita na ocorrência das estações do ano, com a utilização de modelos tridimensionais. (EF08CI14) Relacionar climas regionais aos padrões de circulação atmosférica e oceânica e ao aquecimento desigual causado pela forma e pelos movimentos da Terra. (EF08CI15) Identificar as principais variáveis envolvidas na previsão do tempo e http://fisica.cdcc.sc.usp.br/olimpiadas/01/artigo3/conceitos.html#calculo http://www.espie.cinted.ufrgs.br/~dsbit/pdf/eletrica/cap4.pdf http://www.youtube.com/watch?v=SKuxGDURqbE&feature=search http://www.youtube.com/watch?v=GE4t-QJgRtM&NR=1&feature=endscreen https://www.youtube.com/watch?v=72SMe1hxe_A https://www.youtube.com/watch?v=r4djprgS0uo https://www.youtube.com/watch?v=GRgPEy0x3Ok https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/consumo-de-energia-eletrica/ https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/planos-de-aula/consumo-de-energia-eletrica/ 46 simular situações nas quais elas possam ser medidas. (EF08CI16) Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da identificação de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana. Objeto de Conhecimento: Sistema Sol, Terra e Lua Clima Comentário Pedagógico: - identificar e reconhecer as representações da Lua em diferentes culturas - as identificadas nos mitos e contos, além das transmitidas pela história oral. Aprofunda- se a habilidade ao desenvolver
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