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Sumário COMO CRIAR UMA BIBLIOTECA DE MATERIAIS ........................................................................ 4 BIBLIOTECA DE APARÊNCIA X BIBLIOTECA DE MATERIAIS ...................................................... 4 O NAVEGADOR DE RECURSOS NÃO CRIA NOVOS MATERIAIS!! .............................................. 9 CRIAÇÃO E DUPLICAÇÃO DE NÍVEIS ........................................................................................ 13 RODAPÉ, RODA-TETO E FRISOS .............................................................................................. 16 PAREDE: MOLDURA............................................................................................................. 16 PAREDE: FRISO .................................................................................................................... 23 PERFIS PERSONALIZADOS .................................................................................................... 24 CRIAR PERFIL DE VARREDURA PERSONALIZADO .................................................................... 31 CRIAR PERFIL PERSONALIZADO............................................................................................ 32 DESENHAR UM PERFIL EM CIMA UMA IMAGEM .................................................................. 35 DESENHAR UM PERFIL EM CIMA UM ARQUIVO DWG .......................................................... 41 CRIAÇÃO DE FAMÍLIAS – FUNDAMENTOS .............................................................................. 45 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 45 UNIDADE DO ARQUIVO. ...................................................................................................... 48 PLANOS DE REFERÊNCIA...................................................................................................... 48 PLANOS DE REFERÊNCIA – REVIT ......................................................................................... 49 PLANO DE TRABALHO.......................................................................................................... 50 PLANOS DE TRABALHO – REVIT ........................................................................................... 50 CRIAÇÃO DA FAMÍLIA .......................................................................................................... 51 SUBSTITUIR VERSÃO EXISTENTE – REVIT .............................................................................. 85 TRABALHAR COM FASES NO REVIT......................................................................................... 86 FASES DOS OBJETOS ............................................................................................................ 87 FASES DO PROJETO (FASES DAS VISTAS) .............................................................................. 89 CONFIGURANDO AS FASES .................................................................................................. 91 FASES DO PROJETO ............................................................................................................. 92 FILTROS DE FASE ................................................................................................................. 93 SOBREPOSIÇÃO DE GRÁFICOS ............................................................................................. 96 IDENTIFICAR ÁREA DO PROJETO ............................................................................................ 99 AMBIENTE ......................................................................................................................... 100 ÁREA ................................................................................................................................. 100 IDENTIFICANDO ÁREAS ..................................................................................................... 101 APLICAR LEGENDA DE PREENCHIMENTO DE COR .............................................................. 106 IDENTIFICAR AMBIENTES NO REVIT ..................................................................................... 112 IDENTIFICAR AMBIENTES................................................................................................... 113 IDENTIFICANDO AMBIENTES ............................................................................................. 116 CRIAR FAMÍLIA DE IDENTIFICADOR DE AMBIENTES ............................................................. 121 IDENTIFICADOR DE AMBIENTES PERSONALIZADO ............................................................. 122 IDENTIFICADORES ABNT: PORTAS E JANELAS ....................................................................... 132 IDENTIFICADORES: PORTAS E JANELAS .............................................................................. 134 TOPOGRAFIA – CORTE E ATERRO NO REVIT ......................................................................... 150 GUIA BÁSICO – COORDENADAS NO REVIT ......................................................................... 150 TERRAPLENAGEM ............................................................................................................. 151 SONDAGEM DO TERRENO ................................................................................................. 151 CORTE ............................................................................................................................... 152 ATERRO ............................................................................................................................. 152 SEÇÃO MISTA .................................................................................................................... 153 EMPOLAMENTO DO SOLO ................................................................................................. 153 ÁREA DA SUPERFÍCIE E ÁREA PROJETADA .......................................................................... 154 CORTE E ATERRO NO REVIT ............................................................................................... 156 CRIAR TOPOGRAFIA COM REVIT ........................................................................................ 156 TRABALHAR COM FASES NO REVIT .................................................................................... 156 PLATAFORMA DE CONSTRUÇÃO ........................................................................................ 164 PLATAFORMA DE CONSTRUÇÃO ........................................................................................ 165 TABELA DE QUANTIDADES ................................................................................................ 167 LINHA DE DIVISA DO TERRENO ............................................................................................. 171 O QUE É UMA MATRÍCULA? .............................................................................................. 171 O QUE É AZIMUTE? ........................................................................................................... 175 O QUE É RUMO? ............................................................................................................... 177 LINHA DE DIVISA ............................................................................................................... 181 POSICIONAR O NORTE VERDADEIRO NO REVIT .................................................................... 193 https://qualificad.com.br/caixa-de-escopo/ .......................................................................... 199 https://qualificad.com.br/multiplos-materiais-por-camada-revit/ ......................................... 199 CONFIGURAR EXIBIÇÃO DOS EIXOS – REVIT ......................................................................... 199 CRIAR FAMÍLIA DE EIXO PERSONALIZADA .......................................................................... 199 CRIARCOTA DE NÍVEL ABNT 6492 – REVIT ........................................................................... 203 NÍVEL OSSO E NÍVEL ACABADO.......................................................................................... 203 COTA DE NÍVEL ABNT NBR 6492 (PLANTA)......................................................................... 205 COTA DE NÍVEL ABNT NBR 6492 (ELEVAÇÃO) .................................................................... 213 PLANOS DE REFERÊNCIA – REVIT .......................................................................................... 221 PLANO DE REFERÊNCIA ..................................................................................................... 221 EIXOS E NÍVEIS – PROPAGAR EXTENSÕES .......................................................................... 225 PESO GRÁFICO E ESPESSURA DE LINHA – REVIT ................................................................. 228 REVIT – CAIXA DE ESCOPO ................................................................................................. 230 IMPRESSÃO E PLOTAGEM NO REVIT .................................................................................... 238 FOLHA ............................................................................................................................... 238 CRIAR FOLHA COM CARIMBO NO REVIT ............................................................................ 239 CRIANDO UMA FAMÍLIA DE FOLHA.................................................................................... 240 CRIANDO O CARIMBO DA FOLHA ...................................................................................... 244 INSERIR VISTAS ................................................................................................................. 252 RECORTAR VISTA NO REVIT ............................................................................................... 254 ALINHAR VISTAS COM EIXO GUIA ...................................................................................... 255 IMPRESSÃO .......................................................................................................................... 255 CONFIGURAR PESO GRÁFICO – REVIT ................................................................................ 255 IMPRESSORA ..................................................................................................................... 257 FAIXA DE IMPRESSÃO ........................................................................................................ 258 ARQUIVO .......................................................................................................................... 261 OPÇÕES............................................................................................................................. 261 CONFIGURAÇÕES .............................................................................................................. 262 CONFIGURAÇÃO DE IMPRESSÃO ....................................................................................... 262 PAPEL................................................................................................................................ 263 ORIENTAÇÃO .................................................................................................................... 264 COLOCAÇÃO DO PAPEL ..................................................................................................... 264 VISTA DE LINHAS OCULTAS ................................................................................................ 264 ZOOM ............................................................................................................................... 265 APARÊNCIA ....................................................................................................................... 266 OPÇÕES............................................................................................................................. 267 PLANOS DE TRABALHO – REVIT ............................................................................................ 268 PLANOS DE REFERÊNCIA.................................................................................................... 268 SALVANDO AS CONFIGURAÇÕES ....................................................................................... 272 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 274 COMO CRIAR UMA BIBLIOTECA DE MATERIAIS 1. Abra o Navegador de materiais: clique na guia gerenciar painel Configurações Materiais. 2. Na barra de ferramentas do Navegador de materiais, no canto inferior esquerdo do navegador, clique no menu Criar nova biblioteca. Menu da barra de ferramentas do navegador de material A janela é aberta, solicitando que você especifique o nome e a localização do arquivo. 3. Na janela, navegue para uma localização onde deseja armazenar a biblioteca, insira o nome da biblioteca e clique em Salvar. 4. No Navegador de materiais, adicione materiais para a nova biblioteca ao clicar e arrastar a partir de outras bibliotecas ou a partir da lista de materiais do projeto. Dica: É possível criar categorias em uma biblioteca a partir do menu da barra de ferramentas do Navegador de materiais. Antes de mais nada, qual a diferença da Biblioteca de aparência e da Biblioteca de materiais? É importantíssimo que você saiba a diferença de ambos para um melhor aproveitamento dos materiais disponíveis e inclusive evitar erros, como estragar um material que já está sendo utilizado. BIBLIOTECA DE APARÊNCIA X BIBLIOTECA DE MATERIAIS Quando você acessa o Navegador de materiais, você encontra uma relação de materiais prontos que você utilizar em qualquer família que você precisar. Estes materiais estão disponíveis dentro do seu arquivo, não sendo necessários carregá-los. Justamente por este motivo, temos poucos materiais, para que seu arquivo não fique pesado demais de forma desnecessária. Mas para você não ficar na mão o Revit disponibiliza uma Biblioteca de materiais, que é instalada junto do Revit. Para acessá-la, você deve clicar no botão Exibe/Oculta o painel da biblioteca, disponível no campo superior. A Biblioteca é exibida na parte inferior, com uma vasta lista de materiais para você utilizar. Na lateral esquerda você pode selecionar os materiais por categorias, agilizando o processo de busca do seu material. A direita você pode visualizar os materiais e selecionar o material desejado. Lembre-se que estes materiais não estão disponíveis no seu arquivo e sim fora dele, sendo assim você deve carregá-lo para o seu arquivo. Para fazer isso passe o mouse sobre o material desejado que serão exibidas duas setas. A primeira seta adiciona o material ao seu arquivo. A segunda faz o mesmo, a diferença é que as propriedades e recursos do material selecionado são exibidas no painel à direita. Certo, mas e a tal biblioteca de aparência? A biblioteca de aparência tem um conceito diferente da biblioteca de materiais. Para que você possa utilizá-la corretamente, primeiro você tem que entender o que é um material para o Revit. No Revit um material não se resume apenas a sua aparência estética. Ele tem uma série de propriedades, denominadas Recursos. Todos os recursos de um material são exibidos no painel à direita. Os recursos disponíveis são: Identidade, Gráficos, Aparência, Físico e Térmico. Não necessariamente um material tem todos estes recursos, por exemplo, ao criar um novo material do zero os recursos Físico e Térmico não estão disponíveis. Estes recursos são disponibilizados individualmente em uma biblioteca, chamada Navegador de recursos. Para acessá-los vá até a parte inferior esquerda do Navegador de materiais e clique em Abre/Fecha o navegador de recursos. Observe que a janela Navegadorde recursos é exibida separadamente da janela do Navegador de materiais. Aqui temos uma diferença fundamental no entendimento do uso destes recursos. O NAVEGADOR DE RECURSOS NÃO CRIA NOVOS MATERIAIS!! Hein? Como assim? Simples. Selecione um material qualquer. Observe que ele é composto por uma série de recursos. Ao acessar a biblioteca de recursos você tem duas opções: Adicionar um recurso que este material não tem. Trocar um recurso existente pelo recurso selecionado. Para entender melhor o funcionamento da janela Navegador de recursos vamos criar um novo material. Para volte para o Navegador de materiais e no canto inferior esquerdo clique no ícone criar novo material. Observe que o novo material é genérico. Não tem nenhuma configuração, principalmente na aba do recurso de Aparência. Mantenha este material selecionado e clique para ativar o Navegador de Recursos. Na janela do Navegador de recursos, temos duas colunas. Na esquerda podemos escolher o tipo de recurso e a direita selecionamos o recurso desejado. Observe que temos diversas pastas, mas vamos diretamente para a pasta Biblioteca de aparência. Aqui você vai encontrar uma lista gigantesca de “Recursos de aparência” de materiais. Como assim “Recursos de aparência”? Entenda que o que você está vendo aqui não são materiais completos e sim apenas uma “aba do material”, que chamamos de “Recurso de aparência”. Logo, o que você faz não é criar um novo material e sim substituir uma aba existente pela aba que você escolher. Ou melhor dizendo, você substitui o recurso atual pelo novo recurso. Desta forma o que acontece não é a criação de um novo material e sim a modificação de um material existente. Vamos testar, vou escolher um dos primeiros, o Acetinada – Lavanda. Parando o mouse sobre o recurso é exibida uma seta com a mensagem “Substitui o recurso atual no editor por este recurso”. Você lembra que nós criamos um material básico? Nele a aba de Aparência não possui nenhuma configuração, está com a cor cinza e demais parâmetros desativados. Clicando na seta a aba Aparência “cinza” será substituída pela aba Acetinada – Lavanda. Prontinho! Um recurso de aparência todo configurado e pronto para usar! CRIAÇÃO E DUPLICAÇÃO DE NÍVEIS Na seção anterior, discutimos o propósito geral dos objetos de referência; no entanto, existem condições especiais relacionadas com a criação de níveis. Primeiro, você deve entender que um nível nem sempre requer uma vista de planta associada. Os níveis que possuem vistas planas terão um gráfico azul símbolo no final (clique duas vezes nele para ir para essa visualização), enquanto aqueles que não têm, terão um símbolo gráfico. O azul representa os dados com hiperlink, que você pode encontrar nos níveis, seção cabeças e outras anotações. Ao criar um novo nível, você tem a opção de criar uma visualização do plano correspondente usando a opção criar visualização do plano da barra de opções. Copiar um nível existente não criará as vistas de planta correspondentes. Isso é útil se vocês estão trabalhando em um projeto maior, como um arranha-céu, e você deseja configurar rapidamente vários níveis sem criá-los um de cada vez. Você também pode usar os níveis apenas como referência para conteúdo, mas não para um plano específico, como para um patamar intermediário ou mezanino. Embora seja fácil criar muitos níveis copiando ou ordenando, apenas crie os níveis que são necessários para gerenciar as principais partes do seu projeto e que precisam ser mostrados em sua documentação. Você não precisa criar um nível para cada deslocamento de laje, escada ou piso, pois os objetos podem ser deslocados no deslocamento da direção Z para qualquer nível. Muitos níveis podem ter um impacto negativo em seu projeto e seu desempenho, uma vez que consomem recursos para gerenciar. Em seguida, siga estas etapas: 1. Abra o arquivo do exercício e certifique-se de que o Navegador de projeto esteja aberto - lembre-se de que pode estar em uma paleta com guias com Propriedades. Expanda a árvore Visualizações e a seguir expanda Elevações. Clique duas vezes em Sul para ativar essa vista na área de desenho. Você verá dois níveis que geralmente estão presentes quando você cria um novo projeto usando o modelo padrão. 2. Na guia Arquitetura na faixa de opções, encontre o painel Datum e clique na ferramenta Nível. Dentro a barra de opções, certifique-se de que a opção Make Plan View está selecionada. 3. Da esquerda para a direita, desenhe um novo nível exatamente 10′-0 ′ ′ (3000 mm) acima do Nível 2. Quando você passa o ponteiro do mouse em qualquer lugar próximo a qualquer ponto final dos níveis existentes, você verá guias de alinhamento (linhas tracejadas) que ajudam a manter as extensões do datum objetos consistentes. 4. Clique no botão Modificar ou pressione a tecla Esc, e você notará que o novo nível tem um alvo azul. Clique duas vezes no alvo para o Nível 3 e a planta do Nível 3 será aberta. 5. Retorne à vista de elevação Sul e selecione o Nível 3. Na guia “Modificar” na faixa de opções, clique na ferramenta “Copiar”. Na barra de opções, selecione a opção Multiple. 6. Crie duas cópias do Nível 3: uma que seja 2′-0 ′ ′ (600 mm) acima do Nível 3 e outra que seja 9′-0 ′ ′ (2700 mm) acima daquele, conforme mostrado na Figura 2.25. 7. Você pode alterar os nomes e elevações dos níveis selecionando um nível e clicando em o nome ou o valor de elevação. Renomeie o Nível 3 para Nível 2B, Nível 4 para Nível 3 e Nível 5 para o telhado. Se você for solicitado a renomear as visualizações correspondentes, clique em Sim. DICA: Se os nomes dos níveis se sobrepõem e você deseja vê-los claramente, ajuste a escala do padrão 1/8 ′ ′ = 1′0 ′ ′ a 1/4 ′ ′ = 1′0 ′ ′. Como afirmamos anteriormente, as vistas de planta não são criadas para níveis que são copiados ou organizados. Este dá a você a flexibilidade de gerar rapidamente níveis para edifícios mais altos sem todos as visualizações que podem aumentar o tamanho do arquivo do projeto desnecessariamente. Embora este fluxo de trabalho possa ser benéfico para você nas fases iniciais de design, o que você faz quando precisa de todas as plantas baixas e planos de teto para aquele projeto de arranha-céus? Se você deseja converter um nível que não tem uma visualização em um que tem, encontre o painel “Criar” na guia Vista, selecione o menu desdobrável Vistas de plantas e o comando Planta de piso. Este abre a caixa de diálogo mostrada na Figura 2.26. Você pode selecionar entre todos os níveis sem correspondência sponding views em seu projeto. Apenas os níveis que você copiou no exercício anterior são listados na caixa de diálogo. RODAPÉ, RODA-TETO E FRISOS Uma dúvida muito comum entre profissionais iniciantes é sobre como criar elementos como rodapés, roda-tetos ou frisos. O Revit conta com duas ferramentas para isso, “Parede moldura” e “parede friso”. As ferramentas “Parede: Moldura” e “Parede: friso” geram famílias hospedeiras, isto é, elas funcionam de forma similar com portas e janelas, ficando hospedadas em uma parede. Importante lembrar que para utilizar estas ferramentas é necessário utilizar ou a vista 3D ou uma elevação frontal da parede que você deseja aplicar. Vamos conhecer como cada uma dessas ferramentas funcionam. PAREDE: MOLDURA O processo é muito simples, basta você clicar na ferramenta e mover o cursor sobre a parede para que a moldura ou o friso sejam inseridos na parede. Após clicar o friso é inserido. Antes de inserir uma moldura é possível fazer alguns ajustes. Para isso clique na ferramenta “Parede: Moldura” e na aba de contexto, “Modificar|Colocar moldura de parede” e escolha entre “Horizontal” e “Vertical”. Apesar de simples isso já proporciona um leque interessante de possibilidades. Mas e se eu não quiser que a moldura ocupe a parede inteira? Simples, ao selecionaruma moldura já inserida, serão exibidas duas alças de manipulação, uma em cada extremidade. Você pode mover a moldura para a posição que você preferir, porém observe que ele não oferece uma cota temporária, o que pode gerar alguma dificuldade para alterar o tamanho/posição do friso com precisão. Uma boa opção para resolver este problema é criar um plano de referência na localização desejada e usar o comando alinhar. Quer saber mais sobre planos de referência? Acesse a publicação abaixo: Ctrl + PLANOS DE REFERÊNCIA – REVIT Certo, mas e a altura? A altura também pode ser ajustada tanto selecionando a moldura e utilizando a cota temporária bem como acessando o painel de “Propriedades”. Um outro recurso interessante dentro da janela Propriedades, é a possibilidade de configurar o deslocamento da parede, porém seja sensato, deixar a moldura flutuando ou afundada dentro da parede não é a solução mais interessante. Claro que tudo depende do contexto. Um outro “probleminha” que pode acontecer é você precisar inserir mais de uma moldura em uma mesma parede e o cursor do mouse ficar com símbolo de proibido. A solução é bem simples. Vá até a aba “Modificar|Colocar moldura de parede” e clique na opção “Reiniciar varredura da parede”. Com isso você consegue inserir quantas molduras precisar na mesma parede. Um outro recurso muito interessante é que você pode utilizar a mesma moldura percorrendo múltiplas paredes. O processo é muito simples, basta inserir uma moldura na primeira parede e ir clicando nas paredes seguintes que a moldura é inserida de forma conectada. Também é possível remover um segmento desta sequência. Selecione o perfil e na aba “Modificar|Moldura de parede” clique na opção “Adicionar/Remover paredes”. Agora basta clicar na parede que você quer que a moldura não seja inserida. Agora um problema que provavelmente você vai ter que resolver. A ferramenta Parede: Moldura não insere moldurar em “topo” de parede, o que pode render uma saia justa no seu projeto. Para solucionar este problema podemos recorrer a opção “Modificar retornos”. Selecione o perfil desejado e no painel “Modificar|Moldura de paredes”, clique em “Modificar retornos”. O processo é simples. Clique no topo do perfil que você deseja fazer a “virada”. Em seguida selecione a alça para puxar e preencher o espaço até dar o acabamento. PAREDE: FRISO A ferramenta Parede: Friso tem praticamente os mesmos recursos que a ferramenta Parede: Friso, a diferença é apenas o resultado, que ao invés de uma moldura nós temos um recorte na parede, ou como o próprio nome da ferramenta diz, um friso. Um aspecto que nem todos estão acostumados é que no Revit esses elementos são “vazios sólidos”, ou seja, apesar de termos um recorte na parede gerando o friso, temos neste espaço um elemento sólido selecionável. Isso permite selecionarmos o perfil e fazermos as edições que forem necessárias, por exemplo, alterar o seu comprimento. De resto, todos os recursos apresentados na ferramenta “Parede: Moldura” podem ser aplicados na ferramenta “Parede: Friso”. Agora vamos aprender a criar perfis personalizados (Afinal esses disponíveis são feios demais!). PERFIS PERSONALIZADOS Você deve ter notado que não temos muitas opções de molduras e frisos (na verdade só temos uma de cada), então vamos entender como criar perfis personalizados. No Revit, os perfis também são famílias, então vamos criar uma família para o nosso novo perfil. Vá até a aba Arquivo, clique em Novo e selecione Família. Localize a opção Perfil métrico e clique em abrir. Observe que temos um novo ambiente de trabalho onde temos novas abas com recursos voltados a criação da nossa família de perfil. No centro da área de trabalho temos dois planos de trabalho que a intersecção deles está indicando o centro da área de trabalho. Esta localização é muito importante, porque este mesmo centro corresponde a posição na qual o perfil será inserido na família de moldura. Se observarmos um perfil em 3D, aquela alça de edição (bolinha azul) corresponde exatamente a interseção dos planos de referência, então precisamos desenhar o nosso perfil encostado neste centro para obtermos o resultado desejado. Outro detalhe importante são as unidades do arquivo. Por padrão o Revit iniciou o arquivo com a unidade milímetros, então se você quiser alterar as unidades do arquivo basta digitar UN para acessarmos o painel de unidades. No painel você pode alterar para a unidade que preferir. Eu vou trabalhar com centímetros. Certo, mas como eu desenho o meu perfil? É simples. Na aba “Criar” localize o painel “Detalhe” e clique no botão “Linha”. Observe que será exibido o painel “Modificar|Colocar linhas”, aqui teremos o painel “Desenho” com todas as ferramentas que precisamos para elaborar o desenho do nosso perfil. Aqui um cuidado com o excesso de detalhes. Se concentre no principal ao desenhar o seu modelo. No exemplo, vou criar um rodapé simples. Detalhes importantes. O seu perfil deve ser um perímetro completamente fechado para que o Revit não gere mensagens de erro. Outra coisa importante é salvar o arquivo de perfil antes de carregá-lo no seu arquivo. Se você carregar o perfil no arquivo antes de salvar o Revit vai usar o nome temporário do arquivo, como por exemplo, Família 1. Isso é bem ruim porque até você descobrir que o arquivo Família35 é um rodapé e o arquivo Família 43 é um perfil de gesso você vai ter perdido um bom tempo à toa, então, sempre salve o arquivo com um nome adequado. Para salvar vá até a aba “Arquivo”, localize a opção “Salvar como” e clique em “Família”. Após salvar o arquivo temos que carregá-lo no nosso arquivo. Para isso vá até a opção “Carregar no projeto e fechar”. Assim carregamos o nosso perfil e já fechamos o arquivo ao mesmo tempo. Ao voltar para o nosso projeto não vamos perceber muita diferença, mas pode confiar que o perfil já está disponível. Agora precisamos criar uma Família de Moldura. Para isso vá até a aba “Arquitetura” no painel “Construir” selecione a ferramenta “Parede: Moldura”. Agora vamos ao painel “Propriedades” e clicamos em “Editar Tipo”. Agora que estamos na janela “Editar Tipo” precisamos duplicar a família existente e criar nossa família personalizada. Clique na opção “Duplicar” e dê um nome adequado. Vou chamar a minha de rodapé. Agora a etapa mais importante, precisamos aplicar o perfil a nossa família. No campo “Construção”, dentro da opção “Perfil”, use a rolagem e lá no final estará o nosso perfil (no meu caso o Rodapé). Agora é só testar o seu perfil personalizado. Se quiser saber mais detalhes sobre o processo de criação de perfis acesse a publicação abaixo: CRIAR PERFIL DE VARREDURA PERSONALIZADO De início, vamos esclarecer alguns pontos, sendo o primeiro o que é um perfil? Perfil é uma representação bidimensional (2D) que podemos aplicar uma extrusão. Mas o que é uma extrusão? É quando convertemos este perfil bidimensional (2D) em um objeto tridimensional (3D) ao longo de um caminho, preservando a sua forma original por toda a sua extensão. Por exemplo uma calha em um telhado. O Revit já tem algumas famílias de perfis, mas em algum momento do seu projeto você vai precisar de um rodapé, sanca ou corrimão personalizado, então como fazer? É justamente isso que vamos aprender agora! CRIAR PERFIL PERSONALIZADO Assim como qualquer elemento do Revit, um perfil é uma família então precisamos criar uma família adequada. Vá até o Menu de aplicação (R azul), clique em Novo e selecione Família. No navegador, localize o arquivo Perfil métrico. Após abrir, observe que a interface do programa muda, a interface para a criação de uma família é bem diferente da que estamos acostumados, principalmente o menu “Ribbon”. Agora vamos aos primeiros ajustes. É muito normal se utilizardiferentes tipos de unidades de acordo com o tipo de família, por exemplo, para a criação de um perfil, que geralmente é um elemento muito pequeno (em comparação a uma casa, por exemplo) recomendo que trabalhe em “milímetros”, isso facilitará a modelagem. Mas isso não vai dar erro quando eu inserir no meu projeto em metros?? Não, não vai. Pode ficar tranquilo, o Revit consegue interpretar muito bem as diferenças de unidade sem alterar as dimensões reais dos objetos. como exemplo, vamos utilizar o perfil de uma calha. Para quem está acostumado a trabalhar no AutoCAD, aqui vai ser super tranquilo. Como um perfil é um elemento 2D, vamos precisar trabalhar com linhas, círculos, arcos etc. ferramentas bem básicas. Para acessar essas ferramentas você deve ir à aba “Criar” e no painel “Detalhe” clicar em “Linha”. Após clicar no botão “Linhas” observe que você foi direcionado para a aba “Modificar|Colocar Linhas” e agora você tem acesso a todas as ferramentas de que precisa. Acho que não será necessário explicar muita coisa sobre as ferramentas, onde você tem o painel “Desenhar” para criar as formas e o painel “Modificar” para editar as formas criadas. O desenho de um perfil tem algumas regras simples, onde é necessário que o seu perfil seja perfeitamente fechado, sem linhas sobrepostas e que as linhas não tenham intersecções (transpasses). Você até consegue salvar a família que tenha esses problemas, porém quando for utilizá-la em seu projeto o Revit irá exibir uma mensagem de erro. Dependendo do perfil que você for desenhar isso pode levar um certo tempo (assim como levaria no AutoCAD), para agilizar o processo, podemos recorrer a duas opções: Desenhar o perfil em cima de uma imagem. Desenhar o perfil em cima de um arquivo DWG. DESENHAR UM PERFIL EM CIMA UMA IMAGEM Para facilitar o seu trabalho, você pode importar uma imagem para o Revit e desenhar por cima. Este processo não tem muita precisão, porém dá um pouco mais de velocidade para o desenho. Para importar a imagem vá até a aba “Inserir”, painel “Importar” e clique em “Imagem”. Antes mesmo de procurar a imagem você receberá um alerta. O que acontece é o seguinte: apesar da imagem não aparecer, o Revit “contabiliza” a imagem, ou seja, se a imagem tiver 10 mb, os mesmos serão acrescentados ao seu arquivo, porém não aparecerão. Então a melhor coisa a se fazer é assim que finalizar o desenho por cima da imagem, deletar a imagem. Pode clicar em fechar. Localize a imagem desejada e clique em “Abrir”. Clique em qualquer lugar da tela para inserir a imagem. Não se preocupe com o seu tamanho, vamos corrigir isso. Agora precisamos redimensionar a imagem. Selecione a imagem e vá até a aba “Modificar|Imagens Raster” e no painel “Modificar” clique em “Escala”. O processo é bem simples. Escolha uma linha como referência (você precisar saber o tamanho real desta linha). Clique onde a linha começa e depois clique onde a linha termina, em seguida digite o tamanho desejado para a linha. Corrigido o tamanho basta desenhar por cima da imagem. Lembrando que você não vai conseguir uma precisão muito fiel, em função da qualidade da imagem, distorções, etc. Portanto o recomendado é que mesmo com uma imagem de referência, você saiba as dimensões reais do objeto na qual está desenhando. A primeira coisa que recomendo fazer é fixar a imagem no local, evitando que a mesma seja movimentada acidentalmente durante a modelagem. Selecione a imagem e na aba “Modificar|Imagens Raster”, localize no painel modificar a ferramenta “Fixar”. Basta clicar sobre a ferramenta que um “Alfinete” é colocado na imagem. Quanto à etapa de elaborar o desenho, não há muitas dicas para passar, é mão na massa mesmo! Ao finalizar não esqueça de deletar a imagem, mas antes disso remova o alfinete, clicando sobre o mesmo. Agora vamos ao posicionamento da imagem. Você deve ter notado que ao abrir o arquivo nos deparamos com dois planos de referência cruzados, sendo que a intersecção dos pontos corresponde a coordenada zero. Não entendi nada, o que isso quer dizer? Simples, a ideia não é que a calha fique encostada no telhado? Então, para que isso aconteça você deve posicionar o seu desenho alinhado em relação ao encontro das duas linhas, isso vai te poupar o trabalho de ficar reposicionando a calha (ou o objeto que você desenhar) no seu projeto. Posicione da maneira que for mais conveniente para o seu projeto. O processo é bem simples. Selecione todos os objetos que compõem o seu desenho e na aba “Modificar|Linhas” clique na ferramenta “Mover”. Agora é só posicionar corretamente. Uma dica importante. Ao finalizar já é possível carregar este perfil no seu projeto para que ele seja usado, porém nunca esqueça de salvá-lo antes de fazer isso. Mas por que? Faz alguma diferença? Faz, e muita! A partir do momento que o perfil é carregado o Revit usa o nome do arquivo do perfil, ou seja, ao invés de procurar por um nome mais objetivo, você terá o nome Família1. E seu projeto começa a ficar um caos! Então, agora que você finalizou o desenho, vá até o “Menu de Aplicação” (R Azul) clique em “Salvar como” e selecione “Família”. Agora vamos à segunda opção, importar um arquivo do AutoCAD e desenhar por cima. DESENHAR UM PERFIL EM CIMA UM ARQUIVO DWG O Revit interpreta arquivos dwg muito bem, identificando linhas e outras entidades geométricas, além do desenho ficar muito preciso. Para importar a imagem vá até a aba “Inserir”, painel “Importar” e clique em “Importar CAD”. No navegador localize o arquivo e antes de clicar observe que existem algumas opções que podem ser configuradas na parte inferior. Vou dar um breve resumo das configurações: Cores: Como no AutoCAD temos uma tela preta e no Revit uma branca, é possível preservar, inverter ou deixar as cores em preto e branco. Camadas/Níveis: Você pode definir se vai importar todas as camadas ou somente as camadas desejadas. Unidade de importação: Recomendo que não deixe como Auto detectar, indique a unidade que você está trabalhando (metro, centímetro, etc). Posicionamento: Também recomendo cuidado, já que o Revit irá alinhas a coordenada absoluta do AutoCAD em relação a coordenada absoluta do Revit (a intersecção dos planos de referência). Eu costumo usar a opção Manual origem e defino manualmente o lugar em que desejo posicionar o desenho Colocar em: Como estamos em uma família bidimensional não há o que editar aqui. Resumindo, não esqueça de inserir a unidade de importação e alterar o posicionamento para Manual-Origem. Ao finalizar, pode clicar em Abrir. Para inserir o desenho você pode clicar no lugar da tela que desejar. Agora você pode utilizar as ferramentas de desenho e desenhar por cima do arquivo importado. Neste caso vou sugerir que utilize a ferramenta “Selecionar linhas”. Esta ferramenta permite que ao clicar em uma linha do arquivo importado, seja criada uma linha correspondente no Revit, agilizando muito o trabalho. Não esqueça de excluir o arquivo importado do AutoCAD. Outra opção é que quando inserirmos um arquivo DWG, o mesmo vem de forma similar a um Xref, porém é possível explodir o arquivo fazendo com que o Revit reconheça todas as linhas. Para isso selecione o arquivo importado e na aba “Modificar|Importações nas famílias”, basta clicar no botão “Explodir”. Agora todas as linhas fazem parte do projeto. Caso exista alguma linha indesejada, basta excluir. Não esqueça de posicionar corretamente e salvar a família. Pronto! Agora é só carregar no seu projeto e usar! CRIAÇÃO DE FAMÍLIAS – FUNDAMENTOS Importante deixar claro que existem diversos tipos de famílias então vou me concentrar no básico do básico, sendo esse o mínimo necessário para você modelar suas primeiras famílias. INTRODUÇÃO Para apresentar os fundamentos de modelagem de famílias vou fazer um passo a passode uma mesa quadrada. Na tela inicial do Revit você pode escolher entre criar um novo “Projeto” e criar uma “Família”. No campo “Família”, clique em “Novo”. Caso você esteja com um arquivo aberto basta ir na aba “Arquivo” e no campo “Novo”, selecione a opção “Família”. Assim como projetos, o Revit trabalha com templates (arquivos de modelo), mas a diferença é que a lista de templates para a criação de famílias é imensa! Isso é necessário porque cada tipo de família pertence a uma determinada categoria que agrupa objetos com características similares. Temos famílias que precisam furar paredes, famílias que precisam ser fixadas no teto ou mesmo famílias de anotação, que tem um padrão de uso e comportamento totalmente diferente. Para o nosso caso, vamos escolher a opção “Mobiliário métrico”. Observe que tivemos uma mudança drástica nas abas de ferramentas. Temos agora ferramentas de criação de formas. Estas ferramentas permitem criar formas geométricas tridimensionais a partir de formas bidimensionais, ou seja, você desenha em 2D e elas convertem seu desenho em uma forma 3D. Se quiser saber mais sobre cada uma das formas fiz publicações independentes de cada uma delas, mas recomendo que acesse essas publicações após finalizar a leitura completa dessa publicação. Agora vamos a alguns pontos importantes, começando pelas unidades. UNIDADE DO ARQUIVO. Diferente do AutoCAD, no Revit você pode utilizar a unidade que quiser para criar sua família que não teremos nenhum erro ou ajuste para fazer, o Revit faz isso sozinho. Recomendo que sempre analise o que você vai modelar, para escolher uma unidade apropriada. Por exemplo, elementos muito pequenos podem ser melhor modelados em milímetros, já objetos como mobiliário centímetros pode ser uma boa opção. Não há uma regra, escolha a unidade que achar melhor. Para alterar a unidade digite “UN”, que a janela Unidades do projeto será exibida. Em seguida clique em Linear para mudar a unidade do arquivo para centímetros e coloque duas casas decimais. Com as unidades corrigidas vamos ao próximo item, Planos de referência. PLANOS DE REFERÊNCIA Um aspecto importante que você deve se atentar é que para controlar as dimensões de uma família nós devemos focar não na geometria e sim nos Planos de referência (Linhas tracejadas verdes). O processo é basicamente o seguinte, criamos planos de referência e modelamos a geometria associada a esses planos, que é aquele “cadeadinho” que aparece ao criamos uma linha ou utilizarmos o comando alinhar. criação-de-famílias-fundamentos A partir do momento em que a geometria está associada a um plano de referência, ao mover o plano, a geometria se move junto. Simples assim. Repare que iniciamos um arquivo de criação de uma nova família ele já veio com dois planos de referência, formando uma cruz. Não sabe o que são planos de referência? Veja a seguir como trabalhar com eles. PLANOS DE REFERÊNCIA – REVIT Esses planos de referência que já vieram com o arquivo têm por função identificar os planos centrais do nosso arquivo, e que também permite identificar onde está o ponto central do nosso arquivo (coordenada zero absoluta). Se quiser conferir vá até aba “Criar” e no painel “Plano de trabalho” clicar em “Exibir” o plano de trabalho será visualizado e você irá perceber que os planos de referência estão perfeitamente alinhados em relação ao plano de trabalho. https://qualificad.com.br/planos-de-referencia/ Este ponto central é por onde você vai “segurar” sua família quando ela for inserida em um projeto. Este é o ponto que será alinhado em relação ao cursor do mouse. Então, de acordo com o tipo de família e aplicação, o posicionamento da família em relação a este ponto central será fundamental. PLANO DE TRABALHO Por fim temos o plano de trabalho, que nada mais é do que a orientação dos eixos X, Y e Z em relação a geometria que estamos modelando. No Revit, temos um plano de trabalho já atribuído a cada vista, o que em um projeto geralmente já é suficiente, porém na criação de famílias temos que ficar constantemente alterando o posicionamento do plano de trabalho para conseguirmos modelar o que precisamos. Se quiser saber mais sobre planos de trabalho acesse a publicação abaixo onde explico com maiores detalhes como utilizar esta ferramenta. PLANOS DE TRABALHO – REVIT O plano de trabalho pode ser alterado indo na aba “Criar”, painel “Plano de trabalho” e clicando em “Definir”. A mudança de plano de trabalho vai variar de acordo com a complexidade da família que você está modelando, então você deve utilizar a opção que melhor se adapte às suas necessidades. https://qualificad.com.br/planos-de-trabalho-revit/ Certo, agora vamos para o que interessa, começar a modelar a nossa família. CRIAÇÃO DA FAMÍLIA Na aba “Criar”, vá até o painel “Dados” e clique em “Plano de referência”. Será exibida a aba “Modificar|Colocar plano de referência”, mas observe que não temos tantas opções assim, então basta desenhar nossas linhas. Desenhe dias linha verticais, uma de cada lado da linha que já existe. Colocados os planos, vamos fazer os primeiros ajustes. Coloque duas cotas em série, clicando nas três linhas verticais. A proposta é que você consiga alterar a largura ou comprimento da mesa, mas para uma melhor precisão, vamos utilizar o comando equidistância nas cotas, para isso, basta selecionar a cota e clicar no símbolo EQ. Observe que agora as cotas não exibem mais o seu valor original, mas sim o texto EQ. Isso quer dizer que ao alterar a posição de um dos planos de trabalho o outro ficará exatamente com a mesma distância. Agora vamos aos itens mais importantes de uma família. Os parâmetros. Mas o que são esses parâmetros? Os parâmetros dentro de uma família permitem controlar informações da família, como cotas, materiais e outras características. Legal, mas como eu crio isso? Vamos acrescentar uma cota com a distância total entre os dois planos de referência que acabamos de criar. Até aqui temos uma cota normal. Agora vamos criar um parâmetro para esta cota, para isso selecione a cota e na aba “Modificar|Cotas” ao lado do painel “Cota da Legenda” clique no botão “Criar parâmetro”. Agora estamos na janela “Propriedades de parâmetros”, onde podemos fazer algumas configurações. Temos basicamente dois campos, sendo o Tipo de parâmetro, onde podemos escolher entre Parâmetros de família e Parâmetros compartilhados. Neste campo, não faremos alterações, pode manter como Parâmetros de família. Logo abaixo temos o campo principal, Dados de parâmetro. Aqui definimos como será o nome, disciplina, tipo e grupo à qual pertence o parâmetro. Também podemos definir se o parâmetro será de Tipo ou Instância. Para este parâmetro, a configuração é simples, vamos chama-lo de Largura e deixar marcada a opção Tipo. Em parâmetros de grupo sob a opção já está correta, é Cotas. Pode clicar em Ok. Agora observe que a sua cota está representada de uma maneira diferente. O que acontece é que você acabou de criar o seu primeiro parâmetro! Neste caso um parâmetro de controle dimensional, ou seja, será possível controlar a largura desta família. Certo, e como eu posso testar isso? Simples, vá até a aba “Criar” e no painel “Propriedades” clique em “Tipos de famílias”. Ao clicar será exibido o painel “Tipos de famílias”, onde podemos visualizar o nosso primeiro parâmetro. Para testar o seu parâmetro basta alterar o valor da largura e clicar em aplicar. Tente posicionar a janela de forma que seja possível visualizar a janela e a área de trabalho. Uma coisa muito importante aqui! Temos um parâmetro criado, porém nenhum objeto 3D. O que temos que fazer é criar uma geometria 3D e associar a este parâmetro, desta forma, poderemos controlar a largura da geometria 3D. Tà meio confuso isso… Calma, vamos fazer todas as etapas. Masantes de prosseguir vamos repetir o processo, porém criando dois planos de trabalho verticais agora. Não se esqueça das cotas equidistantes. Não esqueça de criar um novo parâmetro para a cota vertical, mas lembre-se, estamos em uma vista em planta, logo este parâmetro não corresponde à altura e sim profundidade! Selecione a cota e na aba “Modificar|Cotas” clique em “Criar parâmetro”. Basta inserir o nome do parâmetro e clicar em ok. Pronto! Agora temos os dois primeiros parâmetros! Dica importante! Sempre que você criar um novo parâmetro vá até a aba Propriedades e clique no botão Tipos de família e teste o parâmetro. Dependendo da complexidade da sua família, um parâmetro pode entrar em conflito com outro! Certo, criados os parâmetros iniciais vamos a geometria. Na aba “Criar” vá até o painel “Formas” e clique em “Extrusão”, onde vamos criar o tampo da mesa. Observe que estamos agora no modo de croqui, onde devemos desenhar uma geometria com um perímetro fechado, porém temos uma etapa importantíssima aqui, que são as restrições (cadeados!). Usando a ferramenta retângulo, desenhe um retângulo dentro da área correspondente ao tampo da mesa, porém encostado nos planos de referência que acabamos de criar (e parametrizar). O detalhe fundamental para o correto funcionamento da sua família é: Feche todos os cadeados! E uma dica importante, você fez um quadrado, logo ele tem quatro lados, então vá fechando os cadeados e contando até dar quatro. Parece idiota isso, mas se um cadeado ficar aberto a família já não vai se comportar como devia. Finalizado o retângulo e fechados os cadeados, pode confirmar a extrusão, clicando no painel “Modo” em “Confirmar Extrusão”. Agora se quiser fazer um teste, vá até a vista 3D e clicando em “Tipos de família”. Altere os valores de profundidade e largura para ver se o tampo responde corretamente. mesmo que ele esteja respondendo como deveria precisamos fazer alguns ajustes, afinal ele foi criado no chão e ainda nem nos preocupamos em conferir a espessura do tampo. No navegador de projetos clique em qualquer uma das elevações. Na vista escolhida, observe que temos o nosso tampo posicionado rente ao “chão”. Temos algumas formas de corrigir isso, mas já que estamos numa etapa de aprendizado vamos criar um parâmetro de altura. Para isso crie um novo “plano de referência” acima do “Nível de referência”. Precisamos agora criar uma cota e um parâmetro de altura, porém temos que tomar cuidado. O ideal é que a cota seja criada entre os planos de referência, porém na base temos o nível de referência e a base da extrusão, então quando for criar a cota, use a tecla “Tab” para se certificar de que selecionou mesmo o plano de referência. Criada a cota crie um parâmetro com o nome Altura, da mesma forma que configuramos os anteriores. Observe que agora temos outro parâmetro disponível dentro de “Tipos de famílias”. Aqui você deve observar o seguinte, a extrusão que acabamos de criar tem como base o “Nível de referência”, ou seja, a cota zero, sendo assim se você selecionar a geometria e olhar em suas propriedades verá que temos dois campos importantes, o “Final da Extrusão” e o “Início da extrusão”. O problema que temos é o seguinte, precisamos que o tampo da mesa se mova conforme o parâmetro de altura criado, logo, vamos precisar associar essa geometria ao plano de referência. Para isso vamos usar o comando “Alinhar”. Clique no comando “Alinhar”, selecione o plano de referência e em seguida clique na face superior da geometria. Importante! Não se esqueça de colocar o cadeado! Se você selecionar a geometria, irá observar que o valor de “Final da extrusão” foi alterado. Claro que isso acontece devido ao comando “Alinhar”. Agora precisamos definir a espessura do tampo da mesa. No meu caso, quero que fique com 5cm. Podemos fazer o ajuste diretamente no campo “Início da extrusão”, porém será necessário fazer uma “continha”, afinal a espessura total é a subtração do valor “Final da Extrusão” pelo valor “Início da extrusão”. Como o valor final da minha extrusão é de 120.00 o valor inicial será de 115.00. Apesar do resultado ainda não resolvemos nosso problema. Como assim? O tampo ficou com 5cm! Realmente, ele está na espessura desejada, porém é necessário que essa espessura acompanhe o parâmetro altura. Se você fizer um teste irá perceber que ao editar a altura da mesa a espessura se altera. Isso acontece porque apenas o topo da geometria está associado ao parâmetro de altura, porém a sua base não, logo, ao fazermos edições no valor da altura a base permanece onde está. Eu devo criar um novo parâmetro só para o base da geometria? Não precisa, podemos resolver isso facilmente com uma simples cota com restrição. Crie uma cota selecionando o plano de referência superior e a face inferior da geometria e não esqueça de colocar o cadeado. Simples assim. Agora teste novamente o parâmetro de altura clicando em Tipos de famílias. Nossa família já está tomando forma. Agora vamos para os pés da mesa. Volte para a vista Planta de piso > Nível de referência. Agora vamos criar mais quatro planos de referência, na parte interna do tampo da mesa, porque o objetivo é ter controle da espessura dos pés da mesa. Criados os planos de referência vamos criar os seus respectivos parâmetros. Primeiro, crie quatro cotas, duas verticais e duas horizontais, conforme a imagem. Não se preocupe em corrigir as medidas. Claro que não queremos um parâmetro para cada um dos pés, isso seria exagero, então vamos criar um mesmo parâmetro e aplicá-lo a todas essas cotas. Para isso selecione qualquer uma delas e em “Modificar|Cotas” clique em “Criar parâmetro”. Vamos criar um parâmetro de tipo chamado “Pés”. Observe que a cota selecionada já está se comportando como um parâmetro. Certo, mas como eu aplico esse parâmetro nas outras cotas? É muito simples. Selecione uma das outras cotas e observe o painel “Cota da legenda”. No campo de parâmetros, onde está escrito nenhum, você pode escolher um parâmetro existente e aplicá-lo a cota selecionada. Basta selecionar o parâmetro Pés (que acabamos de criar) e aplicar a cota selecionada. Repita o processo com as demais cotas. O mais interessante aqui é que temos um mesmo parâmetro controlando quatro elementos distintos. Observe que assim que você aplicou o parâmetro Pés à cota a dimensão foi imediatamente corrigida para o valor do parâmetro. Agora, não menos importante. teste este parâmetro dos pés e teste os parâmetros de largura e profundidade. Temos que conferir se não ocorre nenhum erro ou conflito entre os parâmetros. Certo, agora vamos efetivamente criar os pés da mesa. Para este processo, não precisamos criar um por um, podemos criar os quatro dentro da mesma forma, no caso a extrusão. Porém devemos nos lembrar que a colocação dos cadeados é importantíssima, então use a dica que dei anteriormente. Crie o retângulo, e para fechar os cadeados, conte até quatro. Vá até a aba “Criar” e no painel “Formas” clique em “Extrusão”. Selecione a ferramenta retângulo e vá criando os retângulos e fechando seus cadeados. Observe que em vários momentos os cadeados aparecem sobrepostos, então é necessário ter atenção e paciência. Ao finalizar mude para uma vista de elevação. Os quatro pés foram criados simultaneamente, então agora temos que fazer com que fiquem conectados à parte inferior do tampo da mesa. Para isso vamos usar o comando “Alinhar” e não esquecer de colocar o cadeado. Agora vamos testar a mesa em uma vista 3D. Pronto! Agora você tem a sua primeira família paramétrica! Mas antes de carregá-la em seu projeto vamos observar algo importante, o nome do arquivo. Se você carregar esta família agora para o seu projeto, ela irá com o nome temporário, ou seja, Família1. Evite ao máximofazer isso. Sempre salve a família e escolha um nome apropriado, afinal este nome além de facilitar a identificação, pode ser associado a uma tabela de quantitativos, o que pode gerar muita dor de cabeça. Vou salvar a família com o nome de Mesa quadrada. O processo para salvar uma família é o mesmo que usamos para salvar um projeto, basta selecionar a opção Salvar e clicar em Família. Agora sim, com o nome correto vamos carregar essa família em um arquivo de projeto. Para isso vá até o menu superior e clique em Editor de família clique na opção “Carregar no projeto”. Lembre-se que é preciso ter um projeto aberto, caso não tiver nenhum o Revit vai exibir um alerta. E caso tenha mais de um arquivo aberto será necessário escolher em quais dos projetos você deseja carregar a sua família. Vou carregar a família em um projeto vazio, para facilitar a visualização. Vamos analisar alguns detalhes importantes aqui. Selecione a família carregada dentro do seu projeto e olhe a aba de “Propriedades”. Nossa, poucas opções né? Exato, as opções disponíveis são as que você criou. Aqui cabe um detalhe importante. Lembra que quando criamos os parâmetros da família da mesa escolhemos sempre a opção “Tipo” e não a opção “Instância”? Pois é, as opções de instância aparecem na aba de propriedades, logo, como não criamos nenhuma, a aba está apenas com opções básicas. Agora clique em “Editar tipo”. Ao entrar em editar tipo você terá acesso a todos os parâmetros que criamos. Os campos Altura, Largura, Profundidade e Pés estão ali prontos para serem alterados. Um ponto muito importante aqui é você entender o que são parâmetros de tipo e de instância. Parâmetros de tipos são visíveis apenas na janela editar tipo, logo ao fazer a alteração de qualquer um deles, todos os demais são alterados. Vou criar algumas cópias da mesa para mostrar o resultado. Agora vamos criar um parâmetro diferente, um parâmetro de material. Selecione a família dentro do seu projeto e na aba “Modificar|Mobiliário” clique em “Editar Família”. De volta ao arquivo da família da mesa vamos a uma vista 3D. Observe que a mesa foi criada com um material genérico. Altere o material do tampo da mesa para um material de sua preferência. Vou colocar um material de madeira. O que acabamos de fazer foi definir um material para a família, porém este material não está parametrizado. Isso quer dizer que caso você precise alterar o material da mesa será necessário selecionar a família e clicar em Editar tipo, ou seja, você só terá acesso ao material se editar a família. Para evitar isso vamos criar um parâmetro para este material, para isso selecione o tampo da mesa novamente e em “Propriedades” você vai clicar em um pequeno botão a direita do material escolhido para o tampo. Sim, o botão é super escondido! Mas clicando sobre ele temos acesso a janela “Parâmetro de família associado”. Nesta janela você deve clicar em outro pequeno botão, o “Novo parâmetro”. E cá estamos novamente na janela Propriedades de parâmetro. Aqui vamos configurar da seguinte forma, coloque o nome do parâmetro de Material e selecione a opção Instância. Não vamos alterar mais nenhum campo. Pode dar ok. Observe que voltamos a janela “Parâmetro de família associado”, onde a opção Material foi criada e já está selecionada. Pode dar ok novamente. Note que agora o campo “Material” está bloqueado e o botão de “parâmetro de família associado” está com um símbolo de “igual”. Agora vá até a aba “Cria” e é no painel “Propriedades” clique em “tipos de famílias”. Observe que o parâmetro de material já está ali disponível. Aqui não faremos alterações ou testes, vamos apenas salvar o arquivo da família e carregá-lo novamente no projeto. Como a família já foi carregada anteriormente será exibida uma mensagem devido aos parâmetros novos. Escolha a opção “Substituir a versão existente e seus valores de parâmetros”. Quer saber a diferença dessas duas opções? Clique na publicação abaixo que fiz explicando com detalhes. SUBSTITUIR VERSÃO EXISTENTE – REVIT Observe que todas as mesas foram corrigidas e estão com o material escolhido aplicado no tampo. Selecione uma delas e observe que no painel “Propriedades” temos um campo “Material” disponível agora. Altere o material para qualquer outro de sua preferência. https://qualificad.com.br/substituir-versao-existente/ Observe que apenas a mesa selecionada teve o seu material alterado. Então agora você sabe a diferença entre tipo e instância. Propriedades de tipo, quando alteradas modificam todas as famílias que foram inseridas no seu projeto. Propriedades de instância, alteram apenas os objetos selecionados. Mas quando eu uso um ou outro? Vai depender da sua necessidade. Então será necessário pensar e analisar qual o melhor uso dentro do seu projeto. Mas enfim, o foco aqui é apresentar um pacote mínimo de conhecimento para a criação de uma família básica no Revit. Acredito que isso irá abrir a sua cabeça, permitindo que você comece a criar suas próprias famílias e deixe de ser o “mendigo” do Revit. TRABALHAR COM FASES NO REVIT O Revit é uma ferramenta não só para simular o projeto, mas também para planejar como ele será executado, e organizá-lo em fases proporciona um melhor entendimento do que acontece em cada etapa da obra. Quando trabalhamos com fases no Revit estamos falando de tempo. Sendo assim cada objeto será executado em um determinado momento (tempo) no seu projeto. Mas este aspecto de tempo é bem simples quando falamos de fases. Podemos resumir em quatro situações. O que já estava ali (passado), o que foi criado agora (presente) e o que vai ser removido antes da conclusão (não tem futuro) ou não vai ser removido (tem futuro). Pensando desta forma temos dois fatores a serem configurados no Revit quando estamos falando de fases. O primeiro é que você precisa configurar os objetos informando o respectivo momento em que eles foram criados. Essa configuração é realizada diretamente na instância do objeto, não sendo possível fazer isso diretamente no tipo, ou seja, você tem que selecionar o objeto e dizer o momento em que ele foi criado. Ainda se confunde com propriedades de Tipo e Instância? Recomendo que leia essa publicação que fiz. Após determinar as fases a qual os objetos pertencem, o segundo fator é que você pode visualizar o seu projeto por fases, permitindo assim que os objetos tenham diferentes formas de exibição, facilitando muito o entendimento do projeto. Vamos começar pela fase dos objetos, para depois controlarmos a exibição do projeto por fases. FASES DOS OBJETOS Ao selecionar um objeto qualquer no Revit, como uma parede, é possível visualizar no painel de “Propriedades” o campo “Fase”, onde temos duas opções. “Fase criada” e “Fase demolida”. Mas o meu projeto não tem reforma! Calma, é importante que você interprete corretamente o que cada campo quer dizer. Para ficar mais simples interprete da seguinte maneira: Fase criada: Indica em que momento o objeto foi criado. Fase demolida: Indica em que momento o objeto foi (ou não) removido. Então, caso o seu projeto não tenha demolição, basta indicar que o objeto não foi removido. Aproveitando, cada um desses campos conta com algumas opções, sendo assim temos: FASE CRIADA: Construção nova ou Construção existente. FASE DEMOLIDA: Existente, Construção Nova ou Nenhum. Nossa, está meio confuso isso. Calma, como temos poucas combinações, vou fazer todas e vamos analisar o que cada uma delas quer dizer. Fase Criada: Construção Nova / Fase Demolida: Nenhum. (O objeto foi criado agora e vai permanecer no projeto. Por exemplo, uma nova parede). Esta é a configuração padrão de fases do Revit para todos os objetos, caso você não faça nenhuma alteração. Fase Criada: Construção Nova / Fase Demolida: Construção Nova. (o objetofoi criado agora e será demolido agora. Por exemplo, uma parede construída para o canteiro de obras, que será demolida antes da conclusão da obra, um elemento temporário). Fase Criada: Construção Nova / Fase Demolida: Existente. Essa combinação é impossível e o próprio Revit avisa isso. Afinal o objeto não pode ser criado agora e ser demolido na fase anterior. Fase criada: Existente / Fase demolida: Nenhum. (O objeto já existia e não será removido. Por exemplo, paredes que não vão ser alteradas). Fase Criada: Existente / Fase Demolida: Construção Nova. (O objeto já existia e será demolido. Por exemplo, uma parede a demolir). Fase Criada: Existente / Fase Demolida: Existente. temos um problema similar. Se o objeto foi criado na fase anterior e demolido na fase anterior ele nem faz parte do seu projeto. Isso enxuga as possibilidades de combinação para quatro e assim fica ainda mais fácil de entender como as fases podem ser aplicadas aos objetos. Em resumo temos as seguintes possibilidades: O objeto foi criado agora (presente) e vai permanecer (tem futuro). O objeto foi criado agora (presente) e vai ser demolido (não tem futuro). O objeto já existia (passado) e vai permanecer (tem futuro). O objeto já existia (passado) e vai ser demolido (não tem futuro). Observe que para cada fase, a forma de exibição dos objetos fica completamente diferente, então agora que sabemos como configurar as fases na qual os objetos foram criados, vamos configurar a exibição desses objetos. FASES DO PROJETO (FASES DAS VISTAS) Após definir em que momento os objetos foram criados ou removidos, podemos nos preocupar em como visualizar este padrão de comportamento. O primeiro aspecto a se observar é que esses modos de visualização estão atrelados a vista que você está trabalhando, sendo assim ao definir uma Fase de projeto a ser exibida ela só afeta a vista que você está trabalhando. Quando digo vistas, me refiro a qualquer item do Navegador de projetos. O mais recomendado é criar uma nova vista para representar as fases do projeto e você pode fazer isso Duplicando as vistas. Não sabe duplicar vistas? Veja essa publicação que fiz e aprenda! Então depois de criar as vistas necessárias você deve configurá-las, para isso basta ir no painel Propriedades (certifique-se que não há nenhum item selecionado) e ir até o final dele que você encontrará o campo Fases. Aqui as opções são diferentes das que temos quando selecionamos um objeto. Observe que os campos disponíveis são Filtro de Fase e Fase. Vamos ver o que cada um nos oferece. FILTRO DA FASE – Aqui recomendo não se preocupar com as opões disponíveis, já que elas são nada mais do que filtros que podem ser personalizados de acordo com a sua necessidade. Você vai aprender a criar esses filtros. FASE – O campo fase nos dá apenas duas opções, sendo: Existente e construção nova. Parece pouco, mas se você parar para pensar é mais do que suficiente, afinal ou o elemento já estava ali ou ele foi criado agora. Claro que de acordo com a complexidade da sua obra terão mais fases, mas fique tranquilo, você pode criar mais opções para aparecerem aqui. Essas fases também podem ser personalizadas, afinal de acordo com a complexidade do seu projeto ele pode ser executado em diversas etapas, onde cada uma tem o seu “já estava ali ou foi criado agora”. CONFIGURANDO AS FASES Para personalizar e configurar as fases do seu projeto, temos que ir até a aba “Gerenciar” e no painel Fase clicar no botão Fases. Dentro da janela Fases temos três abas, sendo: Fases do projeto, Filtros de fase e Sobreposição de gráficos. Vamos entender o que podemos fazer dentro de cada uma delas. Mas o que cada aba faz? A grosso modo, temos os seguintes controles nas abas disponíveis: Fases do projeto – Quais as principais fases do seu projeto? Filtros de fase – Como você usará as propriedades de fase para filtrar visualizações na documentação do seu projeto? Sobreposição de gráficos – Qual é a convenção gráfica para identificar a fase de um objeto? Agora, para um melhor entendimento, vamos conferir o que pode ser feito em cada aba. FASES DO PROJETO Na aba Fases do projeto temos as opções Existente e Nova construção. Mas é importante observar os campos Passado e Futuro. Conforme você acrescentar fases você deve se preocupar com o “momento temporal” na qual esta fase acontece. Para criar as etapas no lugar correto use o painel inserir e escolha a opção “Antes” ou “Depois”. Aqui temos alguns problemas. Ao criar uma nova fase a mesma não pode ser movida para cima ou para baixo. E o pior problema, ela não pode ser apagada. Como assim? Não dá pra apagar? Pois é, não dá. Nesses casos a alternativa é combiná-la com outra fase existente, assim você faz essa “gambiarra” para resolver o problema, mais uma para o Autodesk. Acredito que a primeira coisa que a maioria pensa é que em uma obra simples temos além destas fases a etapa de Demolição, porém, não recomendo que inclua uma Fase de Demolição aqui. Mas por que? Se uma parede será demolida ela é uma parede existente, não precisa de uma etapa de demolição. Para identificar quais paredes vão ficar e quais paredes serão demolidas podemos usar Filtros de fase para controlar como esse elemento será visualizado no projeto. Mas como configuro esse filtro de fase? O processo é bem simples, vamos conferir agora! FILTROS DE FASE Em Filtros de fase você consegue controlar o comportamento visual dos objetos conforme a Fase escolhida. Você tem a liberdade de criar quantas combinações quiser, e inclusive remover combinações existentes. Para você se localizar melhor o que estamos controlando aqui é o que aparece no campo Filtros de fase, que fica na janela Propriedades. A organização do campo Filtros da fase é feita por colunas. Na primeira coluna você escolhe um nome de sua preferência para a Fase. Inclusive você pode remover ou alterar Filtros de fase existentes, caso não estejam atendendo sua necessidade. As demais colunas (Novo, Existente, Demolido e Temporário) permitem decidir como a geometria será exibida nestas situações. Aqui também é meio confuso né? Calma, para entender melhor as colunas que interessam, vamos pensar da seguinte forma: NOVO – Foi criado na fase atual? É novo. EXISTENTE – Foi criado em uma fase anterior? Isso é existente. DEMOLIDO – Foi criado em uma fase anterior e demolido na atual? Isso é demolido. TEMPORÁRIO – O objeto é criado e demolido na mesma fase? Isso é temporário. Esses filtros de fase definem como os objetos serão (ou não) exibidos. Por isso que independente de qual coluna você escolha só terá três opções, sendo: POR CATEGORIA – O objeto será exibido conforme suas configurações por categoria. SOBREPOSIÇÃO – Você pode definir uma sobreposição de gráficos. NÃO EXIBIDO – O objeto ficará oculto. Sendo assim, quando você for até a aba Propriedades (sem nenhum objeto selecionado), no campo Fases a opção Filtro de fase é uma combinação de como as opções Novo, existente, demolido e temporário serão exibidas. Para acrescentar novos filtros basta clicar na linha novo que uma nova linha será adicionada. Lembrando que você terá, além de dar um nome adequado, que configurar as colunas Novo, existente, Demolido e temporário. Mas como faço para que os filtros fiquem “coloridos” na identificação da fase? Isso é simples, temos a possibilidade de manter o objeto como ele realmente é sem alteração da sua forma de exibição (Por categoria), podemos configurar para que ele não apareça (Não exibido) ou podemos alterar sua configuração de exibição, deixando o objeto com cores diferentes quando ele estiver configurado para uma fase específica (Sobreposição). Por este motivo que temos uma última aba, a Sobreposição, que vamos entender como ela funciona agora. SOBREPOSIÇÃO DE GRÁFICOS A aba Sobreposição permite criaruma configuração para sobrepor a configuração da categoria (apenas nesta vista). Observe que as opções disponíveis são correspondentes as colunas da aba Filtros de fase. Então aquelas visualizações “coloridas” são configuradas aqui. Importante lembrar que o nome Sobreposição de gráficos não está aqui à toa. Estas opções só serão ativadas quando você estiver na aba Filtros de fase e em qualquer coluna escolher a opção Sobreposição de gráficos. Nos demais casos o objeto será exibido do jeito que ele é. Logo, todos estes campos vão ignorar as configurações de categoria dos objetos e usar as configurações de sobreposição nestes respectivos “Filtros de fase”. Mas como eles vão ficar visualmente? Para os “Novos elementos”, quando a sobreposição estiver ativa, nas vistas Projeção ou superfície o material ficará em cinza com linhas grossas em preto. Já na vista de planta ou corte, o material terá um preenchimento em preto. Para “Elementos existentes”, quando a sobreposição estiver ativa, nas vistas Projeção ou superfície o material ficará em cinza claro com linhas cinza claro. Já na vista de planta ou corte, o material terá um preenchimento em cinza claro, também com linhas cinza claro. Para “Elementos demolidos”, quando a sobreposição estiver ativa, nas vistas Projeção ou superfície o material ficará vermelho e suas linhas tracejadas em preto. Já na vista de planta ou corte, o material terá um preenchimento vermelho com linhas tracejadas em preto. Para “Elementos Temporários”, quando a sobreposição estiver ativa, nas vistas Projeção ou superfície o material ficará azul e suas linhas tracejadas em preto. Já na vista de planta ou corte, o material terá um preenchimento azul com linhas tracejadas em preto. Não é possível criar novas opções de fases, porém acredito que as fases disponíveis são mais que suficientes. Caso seu projeto tenha uma complexidade maior talvez seja o momento de pensar na integração com um software que trabalhe com 4D, assim terá um controle de tempo conforme o processo BIM propõe. Acredito que para quem veio do AutoCAD esse recurso seja um dos mais impressionantes em questão de organização do seu projeto, principalmente quando falamos de praticidade! No início é confuso sim (eu mesmo sofri pra aprender) mas depois que você entende o processo fica super rápido e intuitivo! IDENTIFICAR ÁREA DO PROJETO O Revit oferece duas ferramentas quando queremos trabalhar com a identificação dos espaços de um projeto sendo elas Ambiente e Área. Então nada mais justo do que primeiro entender a diferença entre ambas. AMBIENTE Quando falamos de ambientes podemos entender uma sala ou qualquer outro espaço dentro de uma edificação como um espaço único. Este espaço é calculado por seus “limites” que podem ser paredes ou linhas que desenhamos com a opção Separador de ambientes. Não sabe trabalhar com Ambientes? Veja as publicações abaixo onde eu ensino a usar a ferramenta Ambiente e na publicação seguinte como você pode criar um identificador de ambientes personalizado. ÁREA Já quando falamos de área você mesmo pode definir quais são os limites para cada área, conforme a necessidade do seu projeto. Então vamos entender como usar essa ferramenta e quais cuidados devemos ter quando criamos e delimitamos áreas. IDENTIFICANDO ÁREAS Para identificar a área de um projeto devemos ir até a aba Arquitetura e no painel Ambiente e Área localizar o botão Área. Ao clicar no botão área observe que temos dois campos sendo Planta da área e Área. Ei! Porque o campo Área está bloqueado? Aqui temos um detalhe importante. Quando estamos trabalhando com áreas, o Revit cria uma planta exclusiva para trabalharmos com os espaços que irão compor a nossa área. Clique na opção Planta da área. Será exibida a janela Nova planta de área. A primeira coisa que você deve definir é o tipo de área que você irá trabalhar. Esse campo tipo tem por finalidade organizar a informação que você quer trabalhar, por exemplo, você quer criar uma planta para identificar a área construída e outra planta para identificar a área permeável do imóvel. É possível criar outros tipos conforme a sua necessidade, mas por enquanto vamos nos concentrar em alterar para Área construída e deixe o Nível 1 selecionado. Uma mensagem será exibida perguntando se as linhas de delimitação podem ser criadas automaticamente. O recomendado é colocar NÃO. Por mais que o Revit tenha uma “boa intenção” com a ferramenta ele não consegue interpretar a sua necessidade de projeto. Clique em não. Uma nova vista será criada, você pode inclusive conferir no Navegador de projetos o campo Plantas de área (Área construída). Certo, agora que temos a nossa vista precisamos delimitar os espaços correspondentes ao ambiente (ou ambientes). Para isso ainda no painel Ambiente e área localize a ferramenta Limite de área. Ao clicar na ferramenta Limite de área você será direcionado para a aba Modificar|Colocar limite de área que vai permitir que você utilize as ferramentas de desenho por croqui. O processo é simples, basta você delimitar a área que deseja identificar, porém cabe um aviso importante. As áreas delimitadas não precisam ter perímetros perfeitamente fechados. Se você tiver um transpasse nas extremidades isso não impede o Revit de fazer o cálculo (também achei esquisito, mas fazer o quê? rs!). Explicado esse detalhe você pode criar linhas delimitando os espaços que pretende identificar como áreas. No exemplo vou criar quatro áreas. Uma área comum que contempla a sala grande a e o corredor, uma para as salas de cima, uma para as salas de baixo e outra para a área externa. Entenda que estamos apenas delimitando os espaços, então agora queremos identificá-los, para isso vá ao painel Ambiente e área e clique na ferramenta Área. Observe que agora ela está disponível para uso. O uso da ferramenta é muito simples, basta mover o mouse até uma área delimitada que você já tem uma prévia da área que foi detectada. Ao clicar a área e o identificador de área são inseridos. Importante! Uma área é um elemento “invisível” que é inserido no espaço delimitado. O texto é um identificador que detecta a área inserida e informa o tamanho da área. Se você passar o cursor do mouse sobre a área vai perceber um “X” que pode ser selecionado. Este X é a área. Estou avisando isso para que você entenda que caso deseje excluir uma área não basta remover o identificador, mas sim ambos (ambiente e identificador de área). Ao inserir uma área um texto genérico (escrito área) é inserido. Você pode clicar duas vezes sobre ele e colocar o nome que julgar mais adequado. Agora vamos para a última etapa, aplicar um esquema de cores para as áreas identificadas. APLICAR LEGENDA DE PREENCHIMENTO DE COR Agora que as áreas estão devidamente identificadas, você pode inserir uma legenda de preenchimento de cores para identificar de maneira mais didática as áreas correspondentes ao seu projeto. Para isso vá até a aba “Anotar” e no painel “Preenchimento de cores” clique em “Legenda de preenchimento de cores”. Ao clicar em “Legenda de preenchimento de cores” será exibido junto do cursor dou mouse um quadrado com o texto “Nenhum esquema de cores atribuído para a vista”. Escolha um lugar da área de trabalho e clique (não se preocupe, você pode reposicionar a legenda depois). Ao clicar, será exibida a janela “Escolher tipo de espaço e legenda de cor”. Pode deixar com a configuração que está, clique em ok. Ao confirmar, você terá a legenda com o título “Legenda da área da construção” e logo abaixo indicado a “Área construída bruta”. Ei! Ficou tudo verde! Sim, precisamos configurar nossa legenda, para isso selecione a legenda e observe a aba “Modificar|Legenda de preenchimento de cores”. Clique na opção “Editar esquema”. Agora você está na janela editar esquema de cor.
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