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PCC FUNÇÕES COGNITIVAS DO CÉREBRO - PRISCILA CELMA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Graduação em Pedagogia
Disciplina: NEUROCIÊNCIA COGNITIVA
FUNÇÕES COGNITIVAS DO CÉREBRO E COMO SUAS FUNÇÕES ESTÃO LIGADAS AO PROCESSO EDUCATIVO E NA FORMAÇÃO DO SUJEITO.
Professor: CAROLINE KERN
Aluno: Priscila Celma de Lima 
Turma: ESD0001
Matrícula: 202004007491
16/11/2020
O que é Neurociência Cognitiva? 
Dentre as subdivisões da Neurociência, uma delas é a Neurociência Cognitiva, ela tem como foco, o estudo a respeito das capacidades mentais do ser humano, como seu pensamento, aprendizado, inteligência, memória, linguagem e percepção.
 Com base nisso, as sensações e a percepção do indivíduo são o que norteiam os estudos da Neurociência Cognitiva, ou seja, como uma pessoa adquire conhecimento a partir das experiências sensoriais a que é submetida; uma música, um aroma, o gosto de uma comida, uma imagem ou uma sensação corporal, tudo isso engloba as experiências sensoriais e são elas as responsáveis por captar os dados do ambiente e levá-las ao cérebro.
 Verifica-se então, que a Neurociência Cognitiva não diz respeito apenas ao sistema nervoso, como também, como as experiências sensoriais adquiridas ao longo da vida são processadas pelo no cérebro e são transformadas em conhecimento.
 O que são as funções cognitivas? 
Denomina-se funções cognitivas os processos mentais que nos permitem desenvolver qualquer tarefa. Fazendo com que seja possível que o indivíduo tenha um papel ativo nos processos de recepção, seleção, transformação, armazenamento, elaboração e recuperação da informação, o que permite que ele se desenvolva de forma adequada no mundo que lhe rodeia.
 Para que utilizamos as funções cognitivas? As funções cerebrais superiores como o raciocínio, a memória ou a atenção são fundamentais para termos uma vida plena e independente. Durante o dia, utilizamos continuamente as funções cognitivas. Nosso cérebro usa as distintas capacidades cognitivas para realizar atividades como preparar a comida, dirigir o carro, fazer reuniões, etc., ativando-se em maior ou menor proporção distintas partes dos hemisférios. 
Quais são as funções cognitivas mais importantes? 
As funções cognitivas mais importantes são a atenção, a orientação, a memória, as gnosias, as funções executivas, as praxias, a linguagem, a cognição social e as habilidades visuoespaciais. A seguir falarei sobre 3 delas: 
O que são as funções executivas? 
As funções executivas são atividades mentais complexas, são necessárias para planejar, organizar, guiar, revisar, regularizar e avaliar o comportamento adequado para adaptar-se bem ao novo entorno e para alcançar as metas desejadas (Bauermeister, 2008). Dentro das funções executivas encontramos diferentes processos, os quais são fundamentais para o nosso dia a dia: 
• Memória de trabalho: sistema que permite a manutenção, manipulação e a transformação da informação na mente.
• Planejamento: capacidade de gerar objetivos e desenvolver planos de ação para conseguir realizá-los (sequências de passos), e escolher o mais adequado, baseando-se na antecipação das consequências. 
• Raciocínio: capacidade de comparar resultados, deduzir, elaborar conclusões, estabelecer relações abstratas, etc. 
• Flexibilidade: capacidade de gerar novas estratégias para adaptar a conduta de acordo com as necessidades exigidas pelo ambiente. 
• Inibição: capacidade de ignorar os impulsos ou a informação irrelevante, tanto interna como externa, quando estamos realizando uma tarefa. 
• Tomada de decisões: capacidade de escolher a melhor maneira de atuar, após analisar as diferentes opções existentes e seus possíveis resultados e consequências. 
• Estimativa temporal: capacidade de calcular, aproximadamente, o passar do tempo e a duração de uma atividade ou acontecimento. 
• Tarefa dupla: capacidade de realizar duas tarefas ao mesmo tempo (ambas devem ser diferentes), prestando atenção a ambas, constantemente.
 • Multitarefa: capacidade de organizar e realizar simultaneamente, de maneira eficiente, mais de uma tarefa, intercalando-as e mantendo o controle de como estão cada uma em todo momento. Memória O que é a memória? A memória é a capacidade de codificar, armazenar e recuperar, de maneira eficaz, informações e fatos obtidos através de experiências vividas. Podemos distinguir vários tipos de memória:
 • Memória episódica: se refere às informações sobre fatos e experiências vividas, localizados no espaço e no tempo. 
• Memória semântica: refere aos conhecimentos em âmbito geral. 
• Memória processual: se refere às informações sobre fatos e experiências vividas, localizados no espaço e no tempo. Linguagem O que é a linguagem? A linguagem é uma função superior que desenvolve os processos de simbolização relativos à codificação e decodificação. A produção da linguagem consiste na materialização de signos (sonoros ou escritos) que simbolizam objetos, ideais, etc., de acordo com uma convenção própria de uma comunidade linguística (Lecours y cols., 1979). Dentro da linguagem existem diversos processos que podem ser afetados: 
• Expressão: capacidade de formular ideias com sentido e gramaticalmente corretas. 
• Compreensão: capacidade de entender o significado das palavras e das ideias.
 • Vocabulário: conhecimento do léxico. 
• Denominação: capacidade de nomear objetos, pessoas, fatos, etc.
 • Discriminação: capacidade de reconhecer, diferenciar e interpretar conteúdos relacionados com a linguagem. 
• Repetição: capacidade para produzir os mesmos sons que se escuta.
 • Escritura: capacidade para transformar ideias em símbolos, caracteres e imagens.
 • Leitura: capacidade para interpretar símbolos, caracteres e imagens e transformá-los em fala. 
SOBRE O Experimento Do Marshmallow 
O experimento do marshmallow é um dos estudos científicos mais discutidos em diversos livros de ciência comportamental. 
O experimento da universidade de Stanford era relacionado ao auto-controle: 
Crianças de 5 anos de idade sentavam numa mesa onde havia um prato com um marshmallow. O facilitador dizia que precisava sair da sala, e que a criança poderia comer o marshmallow se quisesse ou se esperasse o facilitador retornar, ganharia mais um marshmallow. 
Um efeito inesperado do estudo: anos mais tarde, quando os pesquisadores retomaram o contato com as crianças do teste, as que apresentaram um maior auto-controle estavam mais estáveis em suas vidas do que as que comeram o marshmallow inicial.
 Como Daniel Kahneman em Pensando Rápido e Devagar, o livro divide o comportamento em dois sistemas: quente e frio. Onde o sistema quente é mais impulsivo e foca em recompensas imediatas e o sistema frio é o mais racional capaz de esperar por uma recompensa maior. O livro é muito interessante, pois expande o experimento inicial e ao invés de apenas postular que o auto-controle é algo inato, exemplifica táticas que o estudo usou para estimular o autocontrole das crianças que podem nos ajudar a melhorar nosso auto-controle e postergar a recompensa para ganhar algo maior: 
1. Fortalecer a compreensão e reiterar a lógica do SE/ENTÃO: se eu esperar, então ganharei dois marshmallows 
2. Distrair-se com alguma atividade
 3. Imaginar que o Marshmallow ou prêmio caiu no chão/algo de ruim aconteceu
 4. Não deixar o objeto a vista
 5. Imaginar uma barreira de vidro entre você e o marshmallow
 O estudo inicial comprova que existe um componente genético que favorece o auto-controle. Assim como existe uma correlação entre a genética e tendência ao vício. Porém, o autocontrole não é uma característica universal. 
Um profissional pode ser excelente em evitar distrações durante o horário de trabalho, porém ter pouco controle em relação à sua dieta. Por fim, uma das maiores lições que o autor compartilha durante o livro é de um colega psicólogo que analisava uma paciente que sofria de ansiedade. A paciente pergunta ao analista “estou desmoronando?” e o analista responde: “você gostaria de desmoronar?”. 
Essa história é importante pois demonstra que há uma escolha mesmo que subconsciente em deixarmos nos levar pelos nossos comportamentos.Fortalecer o autocontrole é uma forma de identificar os momentos em que realizamos essas escolhas e como podemos mudar nosso comportamento para atingir nossos objetivos. 
FUNÇÕES COGNITIVAS DA APRENDIZAGEM 
O termo cognição é, consequentemente, sinônimo de "acto ou processo de conhecimento", ou "algo que é conhecido através dele", o que envolve a coativação integrada e coerente de vários instrumentos ou ferramentas mentais, tais como: atenção; percepção; processamento (simultâneo e sucessivo); memória (curto termo, longo termo e de trabalho); raciocínio, visualização, planificação, resolução de problemas, execução e expressão de informação. Naturalmente que tais processos mentais decorrem por um lado da transmissão cultural intergeracional, e por outro, da interação social entre seres humanos que a materializam.
 O treino de funções cognitivas, conativas e executivas é, quanto a nós, uma das chaves do sucesso escolar e do sucesso na vida, quanto mais precocemente for implementado, mais facilidade tende a emergir nas aprendizagens subsequentes.
 O aperfeiçoamento e o enriquecimento da tríade de funções mentais da aprendizagem resulta de uma alquimia neuropsicopedagógica complexa porque elas influenciam-se mutuamente em termos de comportamento, de performance e produtividade.
 Referências Bibliográficas: 
https://neuronup.com.br/areas-de-intervencao/funcoes-cognitivas/linguagem
 https://hipervolatil.wordpress.com/2020/01/20/resenha-o-teste-do-marshmallowwalter-mischel/ 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 84862014000300002

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