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Seleção de Exercícios de Português - Banca Consulplan

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CURSO ONLINE CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS – CONSULPLAN - Prof. Jacira Fernandes Granato 
www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. Direitos Reservados. Página 1 
 
 
 
 
SELEÇÃO DE EXERCÍCIOS 
CONSULPLAN 
 
 
Autora: Jacira Fernandes Granato 
 
 
 
 
http://www.portuguessemlimites.com.br/
CURSO ONLINE CORREÇÃO DE EXERCÍCIOS – CONSULPLAN - Prof. Jacira Fernandes Granato 
www.portuguessemlimites.com.br Reprodução Proibida. Direitos Reservados. Página 2 
2ª BATERIA DE EXERCÍCIOS: CONCORDÂNCIA & CRASE 
 
CONSULPLAN/2017/Órgão: TRF 2ª Região/Analista Judiciário Área Judiciária 
 
Texto para responder à questão seguinte. 
 
O mundo e os refugiados 
[...] Na discussão dos extremos no século 21 cabe um paralelismo com os do século 20. 
Lembro, assim, a análise de Hannah Arendt a respeito daqueles que na Europa pós 1ª Guerra 
Mundial se viram, por obra dos totalitarismos, expulsos da trindade Estado-povo-território, 
tornaram-se indesejáveis não documentados em quase todos os lugares e tidos como 
descartáveis – ponto de partida dos campos de refugiados, facilitadores dos campos de 
concentração. 
Foi a reação diplomática a essas catástrofes que levou à “ideia a realizar”, que está na 
origem da ONU, de institucionalizar uma comunidade internacional atenta aos direitos 
fundamentais e à dignidade do ser humano. Partiu-se conceitualmente do pressuposto kantiano 
de um direito à hospitalidade universal, lastreado na hipótese de que a violação do direito num 
ponto da Terra seria efetivamente sentida em todos os demais. É esta, a “ideia a realizar” de uma 
comunidade internacional tuteladora do direito à hospitalidade universal, que está hoje em 
questão de maneira dramática. 
Na perspectiva do efeito destrutivo atual dos extremos, cabe sublinhar a trágica 
precariedade que assola a vida de pessoas nas regiões do que pode ser qualificado de o arco da 
crise. No Oriente Médio e em partes da África há Estados falidos (como o Iraque e a Líbia), 
Estados em estado pré-falimentar, conflitos e guerras civis que se prolongam com intervenções 
extrarregionais, como a que desagrega a Síria, a precariedade e artificialidade de fronteiras 
interestatais, que instigam conflitos étnicos e religiosos. Tudo isso, em conjunto, vem catalisando 
a existência dessa enorme população de excluídos do mundo comum, refugiados que fogem do 
arco da crise, sem encontrar destino e acolhida. 
O número de pessoas que buscam asilo, estão internamente deslocadas nos seus países 
ou são refugiadas por obra de guerras e perseguições, se elevou de 59.6 milhões em 2014 para 
65.3 milhões de pessoas no final de 2015. Isso significa que uma em cada 113 pessoas da 
população mundial está fora do mundo comum e não tem acesso ao direito à hospitalidade 
universal. Cerca de 51% de refugiados do mundo são crianças, muitas separadas dos pais e 
viajando sozinhas à procura de destino. A situação da Síria, a do Sudão do Sul, a do Iêmen, 
do Burundi, da República Centro-Africana são forças alimentadoras desse fluxo de pessoas de 
países de baixa renda que enfrentam essa dura realidade. 
O limbo em que se encontram os excluídos do mundo comum, mais tenebroso que os 
círculos do inferno de Dante, é, na perspectiva de uma razão abrangente da humanidade, a mais 
grave tensão difusa que permeia a vida internacional. 
 
(Celso Lafer, 17 Julho 2016. Disponível em: 
http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,omundoeosrefugiados, 10000063317. Acesso em: 
janeiro de 2017. Adaptado.) 
 
20. De acordo com a norma padrão da língua portuguesa, quanto às estruturas linguísticas do 
período “O número de pessoas que buscam asilo, estão internamente deslocadas nos seus 
países ou são refugiadas por obra de guerras e perseguições, se elevou de 59.6 milhões 
em 2014 para 65.3 milhões de pessoas no final de 2015.” (4º§), analise as afirmativas a 
seguir. 
I. A forma do reflexivo “se” foi empregada para exprimir a reciprocidade da ação, indicando que 
tal ação é mútua entre mais de dois indivíduos. 
II. A expressão “estão deslocadas” é uma referência ao termo “número” cujo sentido coletivo 
permite que a concordância seja estabelecida no plural. 
http://www.portuguessemlimites.com.br/
http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,omundoeosrefugiados
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III. Ao verbo “buscar”, no trecho destacado, faculta-se a variação quanto ao número – singular ou 
plural – de acordo com a concordância estabelecida. 
 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) 
a) I. 
b) III. 
c) I e II. 
d) II e III. 
 
CONSULPLAN/2017/TRF 2ª REGIÃO/Analista Judiciário Contabilidade 
Texto para responder à questão seguinte. 
Medo e preconceito 
O tema é espinhoso. Todos somos por ele atingidos de uma forma ou de outra, como 
autores ou como objetos dele. O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, 
antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo 
diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se 
de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia – a perpetuação da espécie era o 
impulso primeiro. Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no 
preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar 
nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância. Que mata sob muitas formas, em guerras 
frequentes, por questões de raça, crença e outras, e na agressão a pessoas vitimadas pela calúnia, 
injustiça, isolamento e desonra. Às vezes, por um gesto fatal. 
Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, 
pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim). 
Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, 
mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos 
porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. Nessa guerra ou guerrilha 
usamos muitas armas: uma delas, poderosa e sutil, é a palavra. Paradoxais são as palavras, que 
podem ser carícias ou punhais. Minha profissão lida com elas, que desde sempre me encantam e 
me assombram: houve um tempo, recente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha 
de ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda 
Raça Negra, congressos de Negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, 
podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões 
de afeto. “Meu nego”, “minha neguinha”, podem chamar uma pessoa amada, ainda que loura. 
“Gordo”, tanto usado para bullying, frequentemente é o apelido carinhoso de um amigo, que 
assim vai assinar bilhetes a pessoas queridas. Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, 
alemão” carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito. 
De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, 
“macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado 
pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar – a grosseria, e a nossa própria 
inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e 
precisamos da lei. No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. 
Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem 
limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não 
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deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, 
comunidade, equipe ou país. Algumasdoenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma 
delas. 
“Isso não tem jeito mesmo”, me dizem também. Acho que tem. É possível conviver de 
forma honrada com o diferente: minha família, de imigrantes alemães aqui chegados há quase 
200 anos, hoje inclui italianos, negros, libaneses, portugueses. Não nos ocorreria amar ou 
respeitar a uns menos do que a outros: somos todos da velha raça humana. Isso ocorre em 
incontáveis famílias, grupos, povos. Porque são especiais? Não. Simplesmente entenderam que 
as diferenças podem enriquecer. 
Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter 
energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela 
cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa 
se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, 
impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha 
selvageria. Mudar é preciso. 
(LUFT, Lya. 10 de setembro, 2014 – Revista Veja.) 
21. Em qual frase a seguir NÃO se cometeu erro de concordância nominal? 
a) Os alunos acabam sendo bastantes estimulados a não seguirem regras. 
b) Em determinados casos as punições deveriam ser o mais duras possíveis. 
c) Descobriram várias firmas fantasma na metrópole que incitavam o racismo. 
d) Nas sociedades antigas olhos verde-claro eram mais aceitos do que olhos negros. 
 
 CONSULPLAN/2017/CFESS/Analista 
Texto para responder à questão seguinte. 
São só contas de vidro 
Os índios ficaram deslumbrados com as contas de vidro que os portugueses lhes davam. 
Por quê? Por causa da beleza dessas contas de vidro? Pouco provável. Para encontrar coisas 
belas, tudo o que os nativos tinham de fazer era olhar ao redor: as árvores, os pássaros, as flores. 
Mas as contas de vidro representavam duas coisas. Em primeiro lugar, eram novidade, coisa 
desconhecida por ali. Em segundo lugar, eram novidade, de uma tecnologia que os índios não 
dominavam e que, por isso, admiravam. Mais de cinco séculos se passaram e continuamos 
dominados pela mesma reverência à tecnologia. Exemplo: o automóvel tem absoluta prioridade 
em relação aos pedestres, mesmo em situações em que estes são vários e em que o veículo 
transporta uma única pessoa. Muitos brasileiros ficam assombrados ao saber que em Brasília os 
motoristas respeitam a faixa de segurança. Em outras cidades, faixa de segurança é mero 
detalhe, pouco importante diante da potência que é o automóvel. Isso também explica a 
quantidade de acidentes de trânsito que temos; a sensação de poder de que goza o motorista 
muitas vezes perturba sua capacidade de discernimento. 
O verdadeiro progresso traz junto consigo os mecanismos de controle para esses 
excessos. Na Europa e nos Estados Unidos, os motoristas, em geral (claro que há numerosas 
exceções), dirigem com cautela, pela simples razão de que podem responder no tribunal por 
qualquer problema, até mesmo psicológico, que venham a causar a outras pessoas. A noção de 
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Paula Monteiro
Nota
Bastantes é advérbio - não tem variação. 
P/ confirmar - troca-lo pela palavra "muito" = ficar no singular, "bastante" tbm fica no singular. 
Paula Monteiro
Destacar
Paula Monteiro
Destacar
Paula Monteiro
Nota
Toda palavra substantivo de origem(morfologicamente) que trabalha sinteticamente como Adjetivo não pode ter flexão.
Paula Monteiro
Lápis
Paula Monteiro
Destacar
Paula Monteiro
Nota
"Claro" - Adj. deve concordar c/ "olhos"
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espaço público lá está muito presente. No Brasil é diferente. Se o espaço é público, isso não 
significa que é de todos, que todos têm de cuidar dele; não, se o espaço é público, ele não é de 
ninguém. Nos cinemas brasileiros, celulares tocam com frequência e às vezes seus proprietários 
mantêm longas conversas, em voz alta, durante a exibição do filme. Os outros espectadores que 
se lixem. Existe aí um motivo adicional, além do desrespeito ao local coletivo. O telefone, no 
Brasil, ainda guarda a aura de um passado em que era privilégio de poucos. Conseguir uma linha 
era missão quase impossível. Quem tinha telefone tinha poder, e esta imagem, de certo modo, 
persiste. Infelizmente, porque poucos meios de comunicação são tão invasivos. Cartas e e-mails 
ficam pacientemente à nossa espera. O telefone, não. O telefone soa insistentemente, e temos de 
atender, não importa o que estejamos fazendo no momento – almoçando, tomando banho, 
fazendo amor. E quem liga também não dá bola para esses detalhes. A elementar pergunta – 
“Você pode falar? ” – raramente é feita. Ligação telefônica desloca para um segundo plano 
qualquer outra coisa. Digamos que você esteja sendo atendido por um funcionário no banco. Se 
tocar o telefone, você e todos os outros que estão esperando terão de se conformar: o 
funcionário atenderá à chamada, não raro longa. 
O celular é ótima coisa. Pessoas que, por falta de telefone, ficavam em verdadeiro estado 
de marginalização social, agora podem se comunicar facilmente. Existe hoje uma verdadeira 
cultura do celular, mas ela, infelizmente, ainda não inclui a noção de respeito ao outro. 
Chegaremos lá, claro, se não mediante leis, como fazem os países mais adiantados, então pela 
evolução natural da arte do convívio. As pessoas aprendem. E um dia descobrem que as 
brilhantes contas de vidro são só isto: contas de vidro. 
(SCLIAR, Moacyr. Do jeito que nós vivemos. Belo Horizonte: Ed. Leitura, 2007.) 
22. Assinale a alteração para a frase: “Existe aí um motivo adicional, além do desrespeito ao local 
coletivo.” (3º§) cuja correção linguística pode ser observada: 
a) Existe aí motivos adicionais, além do desrespeito ao local coletivo. 
b) Haveriam aí motivos adicionais, além do desrespeito ao local coletivo. 
c) Deve haver aí motivos adicionais, além do desrespeito ao local coletivo. 
d) Devem haver aí motivos adicionais, além do desrespeito ao local coletivo. 
 
CONSULPLAN/2016/ Prefeitura de Venda Nova do Imigrante ES/Psicólogo 
Texto para responder à questão seguinte. 
A importância da família estruturada 
Um levantamento do Ministério Público de São Paulo traz um dado revelador: dois terços 
dos jovens infratores da capital paulista fazem parte de famílias que não têm um pai dentro de 
casa. Além de não viverem com o pai, 42% não têm contato algum com ele e 37% têm parentes 
com antecedentes criminais. 
Ajudam a engrossar essas estatísticas os garotos Waldik Gabriel, de 11 anos, morto em 
Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo, depois de fugir da Guarda Civil Metropolitana, e 
Ítalo, de 10 anos, envolvido em três ocorrências de roubo só em 2016, morto pela Polícia Militar 
no início de junho, depois de furtar um carro na Zona Sul da cidade. O pai de Waldik é 
caminhoneiro e não vivia com a mãe. O de Ítalo está preso por tráfico. A mãe já cumpriu pena 
por furto e roubo. 
http://www.portuguessemlimites.com.br/
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É certo que um pai presente e próximo ao filho faz diferença. Mas, mais que a figura 
masculina propriamente dita, faz falta uma família estruturada, independentemente da 
configuração, que dê atenção, carinho, apoio, noções de continência e limite, elementos que 
protegem os jovens em fase de desenvolvimento. A mãe e a avó, nessa família brasileira que 
cresce cada vez mais matriarcal, desdobram-se para tentar cumprir esses requisitos e preencher 
as lacunas, mas são “atropeladas” pela rotina dura. Muitas vezes, não têm tempo, energia, 
dinheiro e voz para lidar com esses garotos e garotas que crescem na rua, longe da escola, em 
bairros sem equipamentos de esporte e cultura, próximos de amigos eparentes que podem estar 
envolvidos com o crime. 
A criança precisa ter muita autoestima e persistência para buscar nesse horizonte 
nebuloso um projeto de vida. Sem apoio emocional, sem uma escola que estimule seu potencial, 
sem ter o que fazer com seu tempo livre, sem enxergar uma luz no fim do túnel, ela fica muito 
mais perto da droga, do tráfico, do delito, da violência e da gestação na adolescência. É nessa 
mesma família, sem pai à vista, de baixa renda, longe da sala de aula, nas periferias, que pipocam 
os quase 15% das jovens que são mães na adolescência, taxa alarmante que resiste a baixar nas 
regiões mais carentes. 
E o que acontece com essa menina que engravida porque enxerga na maternidade um 
papel social, uma forma de justificar sua existência no mundo? Iludidas com a perspectiva de 
estabilizar um relacionamento (a família estruturada que não têm?), elas ficam, usualmente, 
sozinhas, ainda mais distantes da escola e de seu projeto de vida. O pai da criança some no 
mundo, e são elas que arcam com o ônus do filho, sobrecarregando um lar que já vivia no limite. 
Segue-se um ciclo que parece não ter fim. 
Sem políticas públicas que foquem nessa família mais vulnerável, no apoio emocional e 
social para esses jovens, em uma escola mais atraente, em projetos de vida, em alternativas de 
lazer, a realidade diária na vida desses jovens continuará a ser a gravidez na adolescência, a 
violência e a criminalidade. (Jairo Bouer, 11/07/2016. Disponível em: 
http://epoca.globo.com/colunaseblogs/jairobouer/noticia/2016/07/importanciadafamiliaestr
uturada.html.) 
23. Considerando as estruturas linguísticas apresentadas nos trechos a seguir selecionados, 
assinale o comentário referente em que há correção. 
a) A indeterminação do sujeito ocorre em “Ajudam a engrossar [...]” (2º§) estando o verbo na 
terceira pessoa do plural. 
b) Caso o termo “ciclo” sofresse variação quanto ao número, também seria alterada a forma 
verbal destacada em “Segue-se um ciclo que parece não ter fim.” (6º§) 
c) É passível de variação, podendo ser aceita a forma no singular ou plural, a forma verbal 
apresentada em “[...] fazem parte de famílias [...]” (1º§) por se tratar de concordância 
estabelecida com número fracionário. 
d) A forma verbal destacada em “[...] desdobram-se para tentar cumprir esses requisitos [...]” 
(4º§) estabelece concordância corretamente com a expressão “família brasileira” por se tratar de 
expressão indicativa de aspecto coletivo. 
 
CONSULPLAN/2016/Prefeitura de Venda Nova do Imigrante ES/Assistente social 
Texto para responder à questão seguinte. 
 
http://www.portuguessemlimites.com.br/
http://epoca.globo.com/colunaseblogs/jairobouer/noticia/2016/07/importanciadafamiliaestruturada.html
http://epoca.globo.com/colunaseblogs/jairobouer/noticia/2016/07/importanciadafamiliaestruturada.html
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Escolhas e repercussão social 
Toda sociedade grande e complexa tem, na verdade, duas qualidades: é muito firme e 
muito elástica. Em seu interior, constantemente se abre um espaço para as decisões individuais. 
Apresentam-se oportunidades que podem ser aproveitadas ou perdidas. Aparecem 
encruzilhadas em que as pessoas têm de fazer escolhas, e de suas escolhas, conforme sua posição 
social, pode depender seu destino pessoal imediato, ou o de uma família inteira, ou ainda, em 
certas situações, de nações inteiras ou de grupos dentro delas. Pode depender de suas escolhas 
que a resolução completa das tensões existentes ocorra na geração atual ou somente na 
seguinte. Delas pode depender a determinação de qual das pessoas ou grupos em confronto, 
dentro de um sistema particular de tensões, se tornará o executor das transformações para as 
quais as tensões estão impelindo, e de que lado e em que lugar se localizarão os centros das 
novas formas de integração rumo às quais se deslocam as mais antigas, em virtude, sempre, de 
suas tensões. Mas as oportunidades entre as quais a pessoa assim se vê forçada a optar não são, 
em si mesmas, criadas por essa pessoa. São prescritas e limitadas pela estrutura específica de 
sua sociedade e pela natureza das funções que as pessoas exercem dentro dela. E, seja qual for a 
oportunidade que ela aproveite, seu ato se entremeará com os de outras pessoas; desencadeará 
outras sequências de ações, cuja direção e resultado provisório não dependerão desse indivíduo, 
mas da distribuição do poder e da estrutura das tensões em toda essa rede humana móvel. 
(ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.) 
24. As afirmativas a seguir se referem aos aspectos da construção do texto; analise as 
considerações. 
I. Em “funções que as pessoas exercem dentro dela” há uma indicação de circunstância temporal e 
de lugar, respectivamente. 
II. Em “Apresentam-se oportunidades que podem ser aproveitadas ou perdidas” a forma verbal 
destacada apresenta-se no plural corretamente e justifica-se por se tratar de um verbo de 
transitividade direta. 
III. Caso a forma verbal “têm” fosse substituída por “objetivam” em “as pessoas têm de fazer 
escolhas” haveria alteração apenas quanto ao efeito semântico já que a relação entre o termo 
regente e o termo regido seria mantida. 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) 
a) I, II e III. 
b) I, apenas. 
c) II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
 
CONSULPLAN/2016/Prefeitura de Cascavel PR/ Técnico de Informática 
Texto para responder à questão seguinte. 
As famílias da sociedade órfã 
A família transformou-se em bode expiatório das mazelas de nossa sociedade. Crianças 
se descontrolam, brigam, desobedecem? Jovens fazem algazarras, bebem em demasia, usam 
drogas ilegais, namoram escandalosamente em espaços públicos? Faltou educação de berço. 
http://www.portuguessemlimites.com.br/
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Como é bom ter uma “Geni” para nela atirar todas as pedras, principalmente quando se trata dos 
mais novos. 
Até o Secretário Estadual da Educação de São Paulo, em um artigo de sua autoria, para 
defender sua tese de que estamos vivendo em uma “sociedade órfã”, inicia suas justificativas 
afirmando que “... a fragmentação da família, a perda de importância da figura paterna – e 
também a materna – a irrelevância da Igreja e da Escola em múltiplos ambientes geram um 
convívio amorfo”. 
As escolas também costumam agir assim: quando um aluno é considerado problemático 
e indisciplinado, ou apresenta um ritmo de aprendizagem diferente do esperado pela instituição, 
a família é chamada para resolver o “problema”. 
Vamos refletir sobre expressões usadas a respeito da família: “família fragmentada”, 
“família desestruturada”, “família disfuncional”, “família sem valores” e outras semelhantes. Não 
lhe parece, caro leitor, que tais expressões apontam na direção de que a família decidiu entornar 
o caldo da sociedade? Não é a família que está fragmentada: é a vida. Hoje, os tratamentos 
médicos, o conhecimento, as metodologias, as relações interpessoais, as escolas, o Estado etc. 
estão fragmentados. Mesmo não sendo a família um agente passivo nesse contexto, é salutar 
lembrar que ela se desenvolve conectada ao clima sociocultural em que vive. 
A família não está desestruturada ou disfuncional: ela passa por um período de transição, 
com sucessivas e intensas mudanças, o que provoca uma redefinição de papéis e funções. Esse 
processo está em andamento, o que nos permite falar, hoje, não em família, mas em famílias, no 
plural, já que há grande diversidade de desenhos, dinâmicas etc. 
As famílias não estão sem valores: elas têm valores fortes, em sua maioria eleitos pelas 
prioridades que a sociedade determina. O consumo é um deles: as famílias não decidiram 
consumir cada vez mais,foi o sistema econômico que apontou esse valor para elas. 
Há problemas com a escola, sim: ela tem ensinado sem educar devido, principalmente, à 
primazia do conteúdo – que insisto em dizer que não é conhecimento –, às políticas públicas 
adotadas e à ausência de outras, prioritárias. Por isso, a escola tem tido um papel irrelevante na 
formação dos mais novos. 
Há famílias em situações de risco e fragilidade? Há. A escola perdeu sua importância na 
socialização de crianças e jovens? Sim. Mães e pais podem estar mais ocupados com suas vidas 
do que com os filhos? Sim. Mas isso ocorre porque as ideologias socioculturais da juventude, do 
sucesso e da instantaneidade ganharam grande relevância, e não há políticas públicas – de novo 
– que busquem equilibrar tal contexto. E, mesmo assim, têm sido as famílias a instituição 
protetora dos mais novos! 
A sociedade não precisa, tampouco demanda, que o Estado exerça a função de babá, de 
pai ou de mãe. Ela necessita que o Estado reconheça, na prática, que as famílias e a escola 
dependem de ações públicas de apoio ao seu pleno desenvolvimento e que garantam os seus 
direitos. 
(Rosely Saião. Disponível em: 
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2016/04/1759920asfamiliasdasociedadeorfa. 
shtml.) 
http://www.portuguessemlimites.com.br/
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2016/04/1759920asfamiliasdasociedadeorfa
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25. “Há famílias em situações de risco e fragilidade?” (9º§) A concordância do verbo haver foi 
corretamente empregada no trecho em evidência. Assinale a alternativa em que a concordância 
em relação ao mesmo verbo está INCORRETA. 
a) Houve muitas acusações às famílias. 
b) Na reunião escolar haviam muitas famílias. 
c) Na competição entre família e escola não há titulares. 
d) As famílias e o estado se houveram bem durante a reunião. 
e) O estado e a escola já haviam se manifestado em relação às famílias. 
 
CONSULPLAN/2015/HOB/Enfermeiro 
Texto para responder à questão seguinte. 
Conversa de grego 
Tinha recebido pequena herança de uma tia. Queria aplicar o dinheiro numa atividade 
que lhe desse algum lucro, porém, mais que lucro, satisfação intelectual. Descartou a ideia de 
abrir uma banca de jornal. Jornaleiro tem que acordar de madrugada. Queria coisa mais suave. 
Foi pedir conselho a um amigo. Ainda há pessoas que acreditam em conselhos. O amigo era 
criativo. 
-Abra um curso de grego. Todo mundo está abrindo cursos de línguas. Inglês, espanhol... 
Hoje, com o Mercosul, são comuns jogos de futebol contra a Argentina, o Uruguai, o Chile, o 
espanhol está em alta. Não se admite mais o portunhol de antes. O negócio de hoje é abrir um 
curso de espanhol. Inglês também, é claro. Atualmente até para comer um sanduíche é preciso 
saber inglês. McDonald's, Coca, Blue Life... Não se diz mais apartamento. É loft. Daqui a uns vinte 
anos, quando o Brasil tiver liquidado sua dívida externa, as relações pessoais com o resto do 
mundo serão feitas no idioma de Cervantes, de Carlos Gardel e, claro, na língua do Clinton... 
Entendeu? 
-Não. 
 -É simples. É preciso alargar os horizontes. É a razão por que em qualquer esquina da 
cidade surgem placas de cursos de línguas. Você tem que ser esperto... Entendeu? 
-Ainda não. 
-Serei mais objetivo. A cidade está saturada de cursos de inglês e de espanhol... Percebe? 
-Percebo. 
-Muito bem. Agora me diga: quantos cursos de grego você conhece na cidade? 
-Bem... 
-Taí. Nenhum... Nem um, cara. O que existe é escola de inglês, de espanhol, de 
informática... Até de ikebana. Mas de grego, rapaz, não existe. Então é isso. Você tem que 
aproveitar as brechas que o mercado oferece. Abra um curso de grego. 
-Mas... 
-Não tem mas. Já pensou formar classes de alunos interessados em ler Xenofonte no 
original? O problema do Brasil é que todo mundo quer ir pelo caminho mais fácil. O sujeito abre 
uma pizzaria, no mês seguinte outros doze cidadãos resolvem abrir o mesmo tipo de negócio na 
mesma rua. Desse jeito é claro que não vai dar certo... Veja o caso da comida por quilo. Está 
arruinando com o negócio do prato feito. O tradicional prato feito elaborado com carinho, 
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Paula Monteiro
Destacar
Paula Monteiro
Nota
Verbo "Haver" quando vier c/ pronome oblíquo ("se") = esta no sentido de entrar em "acordo com/haviar" = Verbo pronominal.
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artesanalmente, cada bar com seu tempero peculiar... Hoje o prato feito está indo pro brejo. Só 
tem comida por quilo. O mercado vai acabar saturado de comida por quilo. Escute o que lhe digo: 
daqui a cinquenta anos, ou um pouco mais, quando o Brasil tiver se safado da dívida externa, 
ninguém vai poder nem olhar comida por quilo... Entendeu? 
-Hum... 
-Vou explicar melhor, Anaxágoras. Teu pai não era comandante da marinha mercante 
grega? 
-Foi. 
-E tua genitora? Nasceu onde? 
-Em Chipre. 
-Era cipriota. Eu sabia. Perguntei por perguntar. Veja bem. Teu pai era comandante de 
navio grego, tua mãe era cipriota, você se chama Anaxágoras, passou a infância ouvindo os pais 
falando grego. Cursou a universidade... Que curso você fez na faculdade? 
-Grego, ué. Você sabe disso... 
-Aí é que está. Você tem tudo para abrir um curso de grego. 
-Você acha que há alguém disposto a aprender grego? Qual a utilidade prática? Inglês vá 
lá... Até jogador do Palmeiras precisa disso para disputar a taça Toyota... 
-Taça Mitsubishi. 
-Mitsubishi, Honda, tanto faz... Tem o torneio Mercosul... 
-Mercosur. 
-Tanto faz. Mas, grego? Nem sei se a Grécia tem time de futebol. 
- Claro que tem. Mas não estamos falando de futebol. As pessoas precisam alargar seus 
horizontes culturais. Quantas pessoas sabem quem foi Alexandre, o Grande? A vida de Alexandre 
é uma novela. Novela você entendeu o que quero dizer? Novela. Já imaginou emplacar uma 
novela grega na TV? Quem dominou o mundo? Quem chegou a Roma e a Cartago? Quem 
atravessou as Colunas de Hércules? Os gregos mudaram a face do mundo, rapaz. Ainda hoje, 
quando se quer falar que uma mulher é de fechar o comércio, o que se diz? 
-Que é boazuda. 
-Isso quem fala é a ralé. Gente educada diz: “É uma mulher de beleza helênica". As 
pessoas ainda têm muito o que aprender com Tucídides, com o general Brásidas, com o cerco de 
Esfactéria, com a guerra do Peloponeso... A Grécia dá samba, amigo. Infelizmente, as pessoas 
estão sendo induzidas a se entreter com histórias de macarronada, de amores entre fazendeiros 
e mucamas... Vá por mim, Anaxágoras. Abra um curso de grego. Você vai faturar uma nota. Daqui 
a cem anos, quando o Brasil.. 
- ...zerar a dívida externa... 
-Exato. O grego vai voltar a ter a importância cultural do passado. Mas alguém tem que 
iniciar o processo. Entendeu? 
-Entendi... 
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-Então o próximo passo é bolar o nome da escola. Que tal Ágora? Ágora era a praça onde 
os gregos discutiam filosofia. Me parece um bom nome para um curso de grego. Gostou da ideia? 
-Não é ruim. Apenas precisa de uns ajustes técnicos... 
Três meses depois Anaxágoras inaugurava o Ágora, um restaurante especializado em 
delivery de prato-feito grego. 
(DIAFÉRIA, Lourenço. Conversa de grego. In.: PINTO, Manuel da Costa. Crônica brasileira 
contemporânea. São Paulo: Moderna, 2008. p. 5256.) 
26. O uso formal da língua exige o respeito às normas de concordância verbo-nominal. 
Considerando esse aspecto, analise os trechos a seguir e os respectivos comentários. 
I. “Hoje, com o Mercosul, são comuns jogos de futebol contra aArgentina, o Uruguai, o Chile, o 
espanhol está em alta." (2º§) – O verbo destacado deve ficar no plural para concordar com o 
núcleo do sujeito “jogos". 
II. “(...) as relações pessoais com o resto do mundo serão feitas no idioma de Cervantes, de Carlos 
Gardel e, claro, na língua do Clinton..." (2º§) – A concordância do verbo destacado não é 
considerada correta pela norma padrão, pois o núcleo do sujeito está no singular. 
III. “É a razão por que em qualquer esquina da cidade surgem placas de cursos de língua." (4º§) ? 
Também seria gramaticalmente correto dizer: “É a razão por que em qualquer esquina da cidade 
surge placas de cursos de língua." ? A concordância verbo-nominal seria, no caso, com o termo 
“esquina". 
IV. “As pessoas ainda têm muito o que aprender com Tucídides, com o general Brásidas, com o 
cerco de Esfactéria, com a Guerra do Peloponeso..." (28º§) – A concordância está conforme a 
norma padrão. 
O núcleo do sujeito (“pessoas") está no plural e atrai o verbo para essa flexão. 
De acordo com o ponto de vista da correção gramatical, estão corretos apenas os trechos 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) III e IV. 
 
CONSULPLAN/2011/CREARJ/Nível Médio 
Texto para responder à questão seguinte. 
O livro da solidão 
Os senhores todos conhecem a pergunta famosa universalmente repetida: “Que livro 
escolheria para levar consigo, se tivesse de partir para uma ilha deserta...?” 
Vêm os que acreditam em exemplos célebres e dizem naturalmente: “Uma história de 
Napoleão.” Mas uma ilha deserta nem sempre é um exílio... Pode ser um passatempo... Não sei se 
muita gente haverá reparado nisso – mas o Dicionário é um dos livros mais poéticos, se não 
mesmo o mais poético dos livros. O dicionário tem dentro de si o universo completo. 
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O dicionário é o mais democrático dos livros. Muito recomendável, portanto, na 
atualidade. Ali, o que governa é a disciplina das letras. Barão vem antes de conde, conde antes de 
duque, duque antes de rei. Sem falar que antes do rei também está o presidente. 
O dicionário responde todas as curiosidades, e tem caminhos para todas as filosofias. 
Vemos as famílias de palavras, longas, acomodadas na sua semelhança, – e de repente os 
vizinhos tão diversos! Nem sempre elegantes, nem sempre decentes, – mas obedecendo a lei das 
letras, cabalística como a dos números... 
O dicionário explica a alma dos vocábulos: a sua hereditariedade e as suas mutações. E 
as surpresas de palavras que nunca se tinham visto nem ouvido! Raridades, horrores, 
maravilhas... E como o bom uso das palavras e o bom uso do pensamento são uma coisa só e a 
mesma coisa, conhecer o sentido de cada uma é conduzir-se entre claridades, é construir 
mundos tendo como laboratório o dicionário, onde jazem, catalogados, todos os necessários 
elementos. Eu levaria o dicionário para a ilha deserta. O tempo passaria docemente, enquanto eu 
passeasse por entre nomes conhecidos e desconhecidos, nomes, sementes e pensamentos e 
sementes das flores de retórica. Poderia louvar melhor os amigos, e melhor perdoar os inimigos, 
porque o mecanismo da minha linguagem estaria mais ajustado nas suas molas 
complicadíssimas. E sobretudo, sabendo que germes pode conter uma palavra, cultivaria o 
silêncio, privilégio dos deuses, e ventura suprema dos homens. 
(São Paulo, Folha da Manhã, 11 de julho de 1948, Cecília Meireles) 
27. Quanto à concordância verbal, assinale a afirmativa correta: 
a) Minas Gerais revelaram grandes escritores. 
b) Tratava-se de assuntos importantes. 
c) Ainda não chegou os relatórios. 
d) Os responsáveis são nós. 
e) Aluga-se casas. 
CONSULPLAN/2010/ CONSULPLAN/Prefeitura de Congonhas MG/Técnico de Laboratório 
Informática 
Texto para responder à questão seguinte. 
Onde fica o gol? 
Em função da mobilização com a Copa do Mundo, andei me lembrando de uma conversa 
que tive com um amigo, anos atrás. Ele liderava uma equipe numa agência de publicidade e 
trabalhava em ritmo alucinado. No decorrer do papo, ele desabafou dizendo que era difícil 
conviver com colegas que não sabiam para que lado ir, o que fazer, como agir, e que, por causa 
dessas incertezas, perdiam tempo e faziam os outros perderem também. E exemplificou: 
− Sabe por que eu sempre gostei do Pelé? Porque o Pelé pegava a bola em qualquer lugar 
do gramado e ia com ela reto para o gol. Ele sabia exatamente para onde tinha que chutar. Isso 
que você nem é muito fã do esporte. − Comentei. 
− Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro: entro em campo e já saio 
perguntando onde é que é o gol. É pra lá? Então é pra lá que eu vou, sem desperdiçar meu tempo, 
sem ficar enfeitando. 
Taí o que a gente precisa se perguntar todo dia quando acorda: onde é que é o gol? 
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Muitas pessoas vivem suas vidas como se dopadas, chutando para todos os lados, sem 
nenhuma estratégia, contando apenas com a sorte. Elas acreditam que, uma hora dessas, de 
repente, quem sabe, a bola entrará. E até que isso aconteça, esbanjam energia à toa. 
Goal, em inglês significa objetivo. Você deve ter um. Conquistar um cliente, ser o padeiro 
mais conceituado do bairro, melhorar a aparência, sair de uma depressão, ganhar mais dinheiro, 
se aproximar dos seus pais. Pode até ser algo mais simples: comprar as entradas para um show, 
visitar um amigo doente, trocar o óleo do carro, levar flores para sua mulher. Ou você faz sua 
parte para colocar a bola dentro da rede ou seguirá chutando para as laterais, catimbando, sem 
atingir nenhum resultado. 
Quase invejo quem tem tempo a perder: sinal de que é alguém irritantemente jovem, que 
ainda não se deu conta da ligeireza da vida. Já os veteranos não podem se dar ao luxo de acordar 
tarde, e, no caso, “acordar tarde” não significa dormir até meio dia: significa dormir no ponto, 
comer mosca. Não dá. Depois de uma certa idade, é preciso ser mais atento e proativo. 
Parece um jogo estafante, nervoso, mas não precisa ser. O gol que você quer marcar 
talvez seja justamente aprender a ter um dia a dia mais calmo, mais focado em seus reais 
prazeres e afetos, sem estresse. É uma meta tão valiosa quanto qualquer outra. Só que não pode 
ser um “quem sabe”, tem que ser um gol feito. 
Esta é a diferença entre aqueles que realizam as coisas e os que ficam só empatando. 
(Revista O Globo, 04 de julho de 2010, Martha Medeiros) 
28. Assinale a afirmativa que apresenta a forma verbal adequada: 
a) Naquele dia, faltou dez pessoas. 
b) O pessoal gritavam. 
c) Ainda não chegaram os documentos. 
d) Haviam muitas pessoas nesse lugar. 
e) Paulo eram as alegrias daquela família. 
 
CONSULPLAN/2010/Prefeitura de Campo Verde MTP/Contador 
Texto para responder à questão seguinte. 
A bola e o livro 
A má distribuição de renda no país, os megapatrocínios, a idolatria constante na nossa 
cultura fazem surgirpessoas despreparadas para o uso de tanto dinheiro, enquanto escolas 
despencam, hospitais deixam de atender ao mais simples diagnóstico, aposentados choram pelo 
minguado aumento. Até quando isto vai continuar? A sociedade já não suporta ver estes “ídolos” 
na mídia. Por que os salários não são igualitários? Por que se concedem altos aumentos na 
política? Por que alguns artistas ganham a peso de ouro? Por que jogadores ganham tanto 
dinheiro e poder sem ter ficado nos bancos escolares? Por que tanto interesse das empresas em 
patrocinar estes jogadores? Será que uma bola é mais valiosa que um livro? 
(Maria Marta Nascimento Cardoso – Rio In Carta dos Leitores, O Globo 11/07/2010) 
29. Houve ERRO de concordância em: 
a) Sempre tu e ela fostes amigas inseparáveis. 
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b) Existem salários a peso de ouro. 
c) Um grande número de jogadores não ficou nos bancos escolares. 
d) Concede-se aumentos insignificantes aos aposentados. 
e) Sempre houve pessoas desonestas nesta sociedade. 
CONSULPLAN/2010/Prefeitura de Campo Verde MTP/Técnico de Informática 
Texto para responder à questão seguinte. 
Grandes e pequenas mulheres 
Há mulheres de todos os gêneros. Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, 
inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, 
mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas se eu fosse homem 
prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo 
que empurra pra baixo. 
Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Meiaverdade. Ele 
pode ser grande estando sozinho também. Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a 
lugar algum. Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica 
telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que apoia quando ele diz que vai 
pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo. 
Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, 
a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não 
avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está. 
Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não 
perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa 
matérias de revista que possam interessa-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade. 
Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha 
taco para assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem 
ciúmes da secretária. 
Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas 
festas e nas roubadas, a que tem bom humor. 
Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos 
e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi. Se por trás de todo grande homem existe 
uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista 
uma mulherzinha de nada. 
(Martha Medeiros) 
30. Assinale a afirmativa que se encontra de acordo com a norma culta da língua: 
a) Falta três minutos para começar a aula. 
b) Os resultados é que foram diferentes. 
c) A bebida alcoólica é proibido 
d) Comprou alimentos o menos caro possível. 
e) Bastante motivo obrigaram-no a faltar. 
 
CONSULPLAN/2010/ Prefeitura de Santa Maria Madalena RJ/Agente Administrativo 
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31. Assinale a afirmativa que apresenta a concordância adequada: 
a) Os jogadores ficaram alertas. 
b) Havia bastante razões para ele jogar. 
c) Ela estava meio preocupada com o resultado do jogo. 
d) Mais de um avião caíram no mar. 
e) Bebida alcoólica é proibida para menores. 
 
CONSULPLAN/CODEVASF/ Técnico em Informática 
Texto para responder à questão seguinte. 
Alguém paga 
Trinta anos após a Declaração de Alma Ata, aprovada na Conferência Internacional sobre 
Cuidados Primários de Saúde, cuja meta era levar “Saúde para Todos no Ano 2000”, um terço da 
população mundial continua sem acesso a serviços básicos de saúde. Em todo o mundo, centenas 
de milhões de pessoas sofrem com a falta de alimentos, água potável, moradia, saneamento 
básico e educação. 
A situação persiste e desafia a liderança e a capacidade de ação de autoridades e 
especialistas porque lida com uma complexa conjunção de fatores políticos, sociais, econômicos 
e científico-tecnológicos. Problemas globais demandam soluções globais. Nesta categoria está a 
ampliação do acesso das populações aos medicamentos. 
E o ponto central quando se aborda a questão da oferta de medicamentos a “preços 
acessíveis” são as fontes de financiamento para a pesquisa e o desenvolvimento (P&D) de 
substâncias para o tratamento de doenças de larga incidência em países pobres e ricos. 
Pois os custos envolvidos nas diversas etapas de P&D de um medicamento são estimados 
em centenas de milhões de dólares. E o dinheiro precisa vir de algum lugar: Poder Público (isto 
é, a população), empresas (acionistas e investidores), etc. 
Recentemente, um laboratório público anunciou a venda de um novo medicamento a 
“preço de custo”. Na verdade, a pesquisa do produto foi paga por um consórcio de países e 
organizações não-governamentais. O tal preço de custo referia-se apenas aos gastos de 
fabricação. Se o medicamento tivesse de ser desenvolvido integralmente – da pesquisa básica à 
última fase da pesquisa clínica –, seu preço seria muito maior. 
Para o economista Jeffrey Sachs, assessor especial do secretário-geral da ONU para as 
Metas de Desenvolvimento do Milênio, doenças como a malária poderiam ser superadas por 
meio de investimentos coordenados mundialmente. Ele reconhece, no entanto, que faltam 
fundos globais para que este objetivo seja alcançado. Enquanto a comunidade internacional não 
chega a um consenso sobre um grande pacto que defina fontes de financiamento, a indústria 
farmacêutica realiza os elevados investimentos necessários ao desenvolvimento de moléculas 
inovadoras, que serão mais tarde recuperados no preço de venda desses produtos. Sem a 
decisiva contribuição da indústria, a mobilização para o controle da epidemia de Aids não teria 
tido o sucesso que alcançou, no bojo de um processo que levou à criação de 88 medicamentos e 
atualmente financia o teste de 92 novas substâncias. 
Em 2006, a indústria farmacêutica mundial investiu mais de US$ 75 bilhões na pesquisa 
de moléculas para o tratamento de milhares de doenças, como tuberculose (19 substâncias), 
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malária (20), doenças materno-infantis (219), doenças predominantes entre as mulheres (mais 
de 700), etc. Para além da retórica e de projetos ainda incipientes, o fato é que os principais 
avanços das últimas décadas na síntese de medicamentos resultaram da iniciativa da indústria 
farmacêutica e não de governos, organismos internacionais ou ONGs. 
(Ciro Mortella, O Globo, 25/08/2008) 
32. Assinale a alternativa INCORRETA quanto à concordância verbal: 
a) Alagoas fica na Região Nordeste. 
b) Alguns de nós serão bem classificados no concurso. 
c) Algum de nós paga o preço de custo do medicamento. 
d) Os Estados Unidos está em campanha para eleger o novo presidente. 
e) Derrubaram a palmeira e o coqueiro centenários. 
 
CONSULPLAN/2008/TRE-RS/ Técnico Administrativo 
33. Está em desacordo com a norma culta da língua apenas: 
a) O Amazonas deságua no oceano Atlântico. 
b) "Os EUA são um lugar onde tudo é possível." 
c) Os Estados Unidos terão novo presidente. 
d) Santos ficam em São Paulo. 
e) Campos é cidade fluminense. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONSULPLAN/2008/SDSSC/ Técnico de Informática 
Texto para responder à questão seguinte. 
 
 
34. Todas as frases estão de acordo com a norma culta, EXCETO: 
a) “Arturzinho objetou que pretende usar barbeador elétrico.” 
b) “Comem-se os ovos e toma-se a sopa.” 
c) “Mas se serve de montaria,como é que a gente vai comer ele?” 
d) “Querida, eu nunca vi carne de zebra no açougue, mas posso garantir que não é listrada.” 
e) “... devemos amar os animais e não maltratá-los...” 
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CONSULPLAN/2008/ SDSSC/Técnico de Informática 
35. A concordância está correta em: 
a) Devem haver profissionais competentes nas salas de aula. 
b) Do pelo faz-se tapetes. 
c) Bateram oito horas o relógio da igreja. 
d) Sopa é bom no inverno. 
e) Quando chegar os livros, ficarei satisfeito. 
 
CONSULPLAN/2015/ EMBRAPA/Advogado 
Texto para responder à questão seguinte. 
 
36. “Forte e dono de boa musculatura, ele tem instinto agressivo...” Se pluralizarmos o pronome 
ele, da frase anterior, teremos a forma verbal: 
a) têem 
b) têm 
c) terão 
d) teriam 
 
CONSULPLAN/2016/Prefeitura de Venda Nova do Imigrante ES/Psicólogo 
 
Texto para responder à questão seguinte 
 
“Bloqueio do WhatsApp viola direito à liberdade de expressão”, diz Lewandowski 
 
O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, suspendeu a decisão da 2ª Vara Criminal de Duque 
de Caxias (RJ). 
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O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, suspendeu a decisão 
da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, que havia bloqueado o serviço do 
WhatsApp em todo o país nesta terça-feira (19), determinando o restabelecimento imediato do 
funcionamento do aplicativo. 
O ministro argumenta que o bloqueio “não se mostra razoável” e gera “insegurança 
jurídica” a seus usuários. “A suspensão do serviço do aplicativo WhatsApp (...) parece-me violar 
o preceito fundamental da liberdade de expressão aqui indicado, bem como a legislação de 
regência sobre o tema. Ademais, a extensão do bloqueio a todo o território nacional afigura-se, 
quando menos, medida desproporcional ao motivo que lhe deu causa”, escreveu o presidente da 
Corte. 
Lewandowski não analisa o mérito do processo, em que a juíza Daniela Barbosa 
Assumpção de Souza determinou que o Facebook, dono do aplicativo, revele o conteúdo de 
mensagens para uma investigação policial. Para o ministro, o tema constitui “matéria de alta 
complexidade técnica, a ser resolvida no julgamento do mérito da própria ação”. (Bruno 
Boghossian. 19/07/2016. Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/experienciasdigitais/ 
noticia/2016/07/lewandowskicitadireitoliberdadedeexpressaoaosuspenderbloqueiodowhatsap
p. html.) 
 
37. “A __________________ do acento grave indicador de crase no título do texto se deve a dois 
fatores, a saber: ____________________________ e ____________________________.” Assinale a alternativa que 
completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior. 
 
a) facultatividade / exigência de preposição / presença do artigo ‘a’ 
b) obrigatoriedade / exigência de preposição / presença do artigo ‘a’ 
c) facultatividade / presença da preposição ‘a’ / exigência de adjunto adnominal 
d) obrigatoriedade / presença de complemento nominal / presença da preposição ‘a’. 
 
CONSULPLAN/2015/ Prefeitura de Patos de Minas MG/Engenheiro a Engenheiro de 
Segurança do Trabalho 
 
Texto para responder à questão seguinte 
 
Recomeço: a vida dos refugiados sírios em São Paulo 
 
Em março deste ano, cinco meses antes da imagem do corpo do menino Aylan Kurdi, de 
três anos, estirado nas areias da praia de Bodrum dar um tapa na cara da humanidade, o Alto 
Comissário das Nações Unidas para Refugiados, o português Antônio Guterres, classificou a 
guerra civil da Síria como “a pior crise humanitária da nossa era" – ou pelo menos a mais grave 
pós-Segunda Guerra. Em quatro anos e meio, o conflito insano que destruiu o país árabe deixou 
mais de 250.000 mortos e espalhou 4 milhões de refugiados pelo mundo – 25% deles menores 
de idade. Do grupo que arriscou cruzar o Atlântico rumo às Américas, a maioria desembarcou no 
Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. No Brasil, o 
primeiro destino foi bater à porta da mesquita de Guarulhos, a 10 quilômetros de onde 
aterrissaram, em busca de abrigo. Foi esse o caminho percorrido no ano passado por Marah 
Khamis, de 23 anos, ao lado do marido, dos pais e de três irmãs, que deixaram Damasco depois 
que um familiar desenvolveu um câncer em consequência de uma bomba química. Os bens 
foram convertidos em passagens aéreas para o Brasil. Desembarcaram com poucas malas e 
economias suficientes para algumas semanas. O único endereço em mente era a mesquita de 
Guarulhos, onde foram acolhidos e se juntaram a cerca de 150 conterrâneos que seguiram o 
mesmo itinerário – hoje, o país contabiliza 2.077 refugiados sírios, segundo a ONU. 
Uma tragédia também foi o motivo que trouxe ao Brasil a síria Fateh Saymeh, de 29 anos, 
o marido, Mohamed Saymeh, e as duas filhas de cinco anos. “Minha casa explodiu na minha 
frente", lembra Fateh, de fala calma e serena ante as memórias da guerra. A indignação fica por 
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conta do marido, que assumiu uma dura rotina para sustentar a família. Saymeh é funcionário de 
um restaurante das 9h às 18h, o que lhe rende 1.000 reais por mês – dinheiro que tem como 
destino o aluguel da casa. Para complementar a renda, ele trabalha na Feira da Madrugada, no 
Brás. Embora ainda não consiga se comunicar em português, ele já aprendeu a pronunciar as 
únicas palavras que definem sua realidade – e a de milhares de brasileiros: “Muito cansado". 
 
(Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/recomeco-a-vida-dos-refugiados-sirios-
em-sao-paulo. Acesso em: setembro de 2015.) 
 
38. “Do grupo que arriscou cruzar o Atlântico rumo às Américas, a maioria desembarcou no 
Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. No Brasil, o 
primeiro destino foi bater à porta da mesquita de Guarulhos, a 10 quilômetros de onde 
aterrissaram, em busca de abrigo." (1º§) 
 
Em relação ao trecho anterior, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas para 
as informações acerca das duas ocorrências do sinal indicativo de crase. 
 
( ) Na primeira ocorrência, caso “Américas" fosse substituído por “região das Américas" o sinal 
indicativo de crase seria dispensado, considerando a devida alteração quanto à concordância em 
relação ao artigo feminino. 
( ) Na segunda ocorrência, o uso do acento grave é facultativo considerando que se trata de uma 
locução feminina. 
( ) O fato em comum com relação às duas ocorrências de crase é que tal ocorrência é obrigatória 
de acordo com a norma padrão da língua. 
 
A sequência está correta em 
a) F, F, V. 
b) V, V, F. 
c) F, V, F. 
d) V, F, V. 
 
CONSULPLAN/2014/CBTU/Contador 
 
Texto para responder à questão seguinte 
 
Na ordem do dia 
A mobilidade entrou definitivamente na pauta do poder público. Há dois anos, o Brasil 
conta com uma Política Nacional de Mobilidade Urbana, que foi instituída pela Lei 12.587/2012. 
Nela ficou estabelecida a prioridade do transporte coletivo sobre o individual e da circulação de 
pedestres sobre a de veículos. Uma de suas diretrizes é a integração da mobilidade com a política 
de desenvolvimento urbano. Até 2015, deverão ser desenvolvidos planos locais e regionais de 
mobilidade, como condição para que estados e municípios obtenham financiamentos para essa 
área. 
Outra conquista está em curso. Em dezembro de 2013, a Câmara dos Deputados aprovou 
a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 90/2011, que tramita agora no Senado, que 
equipara o transporte coletivo ao rol dos demaisdireitos sociais. A nova condição legal poderá 
significar a adoção de políticas públicas de maior alcance social. 
 
39. Acerca do trecho “[...] equipara o transporte coletivo ao rol dos demais direitos sociais.” 
(2º§) considere as alterações propostas e assinale a que está de acordo com a correção 
gramatical. 
 
a) Ao substituir “rol” por “declaração” torna-se facultativo o uso do acento grave indicador de 
crase. 
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b) Ao substituir “rol” por “declaração” torna-se obrigatório o uso do acento grave indicador de 
crase. 
c) Diante de “transporte coletivo”, faculta-se a anteposição da preposição “a” eliminando o uso 
do artigo “o”. 
d) Ocorrendo a inversão da ordem em que são apresentados os complementos verbais, anula-se 
a dupla regência. 
 
CONSULPLAN/2014/ CBTU/Pedagogo 
 
Texto para responder à questão seguinte 
 
Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se escreve coisas inúteis, se deforma 
ou falsifica (mesmo inconscientemente) para obter um efeito ou um escândalo; se se conforma 
sem convicção a opiniões nas quais não acredita. É útil se acrescenta à lucidez do leitor, livrão da 
timidez ou dos preconceitos, faz com que veja e sinta o que não teria visto nem sentido sem ele. 
Se meus livros são lidos e atingem uma pessoa, uma única, e lhe trazem uma ajuda qualquer, 
ainda que por um momento, considero-me útil. E como acredito na duração infinita de todas as 
pulsões, como tudo prossegue e se reencontra sob uma outra forma, essa utilidade pode 
estender-se bastante longe no tempo. Um livro pode dormir cinquenta anos ou dois mil anos, em 
um canto de biblioteca, e de repente eu o abro, e nele descubro maravilhas ou abismos, uma 
linha que me parece ter sido escrita apenas para mim. O escritor, nisso, não difere do ser 
humano em geral: tudo o que dizemos, tudo o que fazemos se conduz mais ou menos. É preciso 
tentar deixar atrás de nós um mundo um pouco mais limpo, um pouco mais belo do que era, 
mesmo que esse mundo seja apenas um quintal ou uma cozinha. 
(Marguerite Yourcenar. De olhos abertos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.) 
 
40. Com base no trecho “[...] se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita.”, é 
correto afirmar que 
 
a) o elemento “a” pode ser substituído por “com”. 
b) a expressão “nas quais” pode ser substituída por “às quais”. 
c) o eliminar a expressão “sem convicção”, a regência verbal sofre alteração. 
d) é obrigatória a substituição de “a” por “às”; já que, neste caso, ocorre obrigatoriedade da 
crase. 
 
CONSULPLAN/2013/TREMG/Analista Judiciário Área Administrativa 
 
Texto para responder à questão seguinte 
 
Norma jurídica x realidade política 
No avanço do processo de democratização do Estado brasileiro, com o consequente 
aumento da transparência dos atos públicos, a imprensa vem derramando nos ouvidos da 
sociedade uma verdadeira enxurrada de denúncias (fundadas ou não) de conduta ilícita ou 
reprovável por parte de agentes públicos. Isso tem resultado no profundo descrédito da classe 
política, que regularmente se mantém flagrante, até que uma notícia de grande repercussão 
desvie as atenções do povo das acusações e ações contra Senadores, Deputados, Ministros, 
lobistas de todo tipo. (Mas esse fenômeno ocorre só por pouco tempo: passada a perplexidade 
com a notícia calamitosa, volta-se logo ao lugar comum da corrupção, do favoritismo, do 
enriquecimento ilícito por desvio de recursos públicos.) Tornou-se comum ouvir em entrevistas 
com populares expressões de descrença na classe política, ao lado de reclamações por “uma lei 
que proíba isso”. 
Sabe-se que isso não é solução. [...] Os recursos de integração hermenêutica, disponíveis 
ao aplicador contemporâneo, são suficientes para exigir, dos agentes públicos, a conduta 
politicamente virtuosa e constitucionalmente positivada que se espera deles. 
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Além disso, verificasse no Brasil um conjunto de fatores comuns a países de 
democratização tardia, que saíram de regimes autocráticos. Inclui-se entre esses fatores a falta 
de maturidade democrática de boa parcela da população, que simplesmente outorga ao agente 
público seu voto, sem exigir dele prestação de contas de seu mandato, ou mesmo qualquer ação 
política efetiva. Os motivos para tal inércia têm sede na própria história e tradição brasileira, 
como se houvesse uma aceitação na não participação ativa nas decisões de governo, no 
referendo tácito a oligarquias locais, numa forma de clientelismo patológico, de troca de votos 
por cestas de alimentos. Tais fenômenos guardam mais relação com o desconhecimento da lei e 
dos meios e controle político, à disposição de qualquer cidadão, do que com uma tradição 
consciente de passividade. 
(Maluf, Emir Couto Manjud. O desafio da justiça eleitoral face à crise de moralidade política. 
Revista de monografias: concurso de monografias do TRE/MG. nº 1 (2010). Belo Horizonte: 
TRE/MG, 2010.) 
 
41. Em relação ao emprego da crase, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as 
falsas. 
 
( ) Em “... a imprensa vem derramando nos ouvidos...", se houver a ocorrência do acento grave 
indicando crase será indevido, pois o termo “a" é um artigo definido diante do substantivo 
“imprensa". 
( ) Em “... disponíveis ao aplicador contemporâneo,...", o acento grave indicador da crase será 
obrigatório caso “aplicador" seja substituído por “aplicadora", respeitando-se as devidas 
alterações na frase. 
( ) Em “... no referendo tácito a oligarquias locais,...", o uso do acento grave indicador da crase é 
facultativo, já que o termo “a" diante de “oligarquias" trata-se de uma preposição. 
 
A sequência está correta em 
a) V, V, F 
b) F, F, V 
c) F, V, F 
d) V, F, V 
e) V, V, V 
 
CONSULPLAN/2013/Prefeitura de Natal RN/Professor Artes 
 
Texto para responder à questão seguinte 
 
Buraco negro gigante confunde cientistas 
Uma nova descoberta astronômica está confundindo cientistas que se dedicam _______ vasculhar 
diferentes galáxias e sistemas solares. 
Um grupo de astrônomos identificou um buraco negro gigante – o segundo mais pesado já 
observado da Terra – em uma galáxia menor até do que _______ que costumam abrigar formações 
desse tipo, bastante modestas. [...] 
 
Os buracos negros são formações extremamente densase com uma força gravitacional fortíssima 
que atraie “engole" até a luz que está a seu redor. 
 
Um “buraco negro médio" poderia ter uma massa equivalente _______ 1.000 sóis, mas ser menor 
que a Terra. Acredita-se que haja uma dessas formações no centro de todas as grandes galáxias. 
A galáxia NGC 1277 está a 220 milhões de anos luz de distância da Terra, mas aparece nas 
imagens de alta resolução feitas pelo telescópio Hubble. 
 
“Em geral fazemos um modelo da galáxia (que estamos estudando) e calculamos todas as órbitas 
possíveis das estrelas (que pertencem a ela)", explicou Van den Bosch_______ BBC. “É como 
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montar um quebra-cabeça, analisamos essas órbitas (possíveis) para tentar reproduzir uma 
galáxia que tem as mesmas velocidades estelares que medimos (com ajuda do telescópio)." 
[...] 
(Disponível em: Adaptado.) 
 
42. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente o texto anterior. 
 
a) à / a / a / à 
b) à / às / à / a 
c) a / as / a / à 
d) a / as / à / a 
 
CONSULPLAN/2012/TRT 13 ª Região (PB)/Estágio Arquivologia 
 
Texto para responder à questão seguinte 
 
Um último comentário para compreendermos a relaçãoentre trabalho e saúde mental: 
eu disse que o reconhecimento se refere ao trabalho. Mas, quando a qualidade de meu trabalho é 
reconhecida pelos outros, então me é possível embora se trate de uma questão exclusivamente 
pessoal destinar o reconhecimento do registro do fazer para o registro do ser: eu sou mais 
inteligente, mais competente, mais seguro de mim mesmo depois do trabalho do que antes dele. 
Pouco a pouco, de etapa em etapa, eu mesmo me desenvolvo, minha identidade se fortalece, 
eventualmente eu me realizo. 
 Podemos também constatar que o reconhecimento da qualidade do meu trabalho pelos 
meus pares faz de mim um técnico ou um artesão como os demais técnicos, como os demais 
artesãos, um pesquisador como os demais pesquisadores, um psicólogo como os demais 
psicólogos, um chefe como os demais chefes etc. Isso quer dizer que o reconhecimento me 
confere o pertencimento a uma equipe, a uma coletividade, a uma profissão. O reconhecimento 
confere, portanto, em troca do meu sofrimento, um pertencimento que exorciza a solidão. Em 
resumo, o reconhecimento permite àquele que trabalha transformar o seu sofrimento em 
desenvolvimento de sua identidade. 
Ora, a identidade é o alicerce da saúde mental. Toda crise psicopatológica traz em si uma 
crise de identidade. Com frequência saímos de 
nossa infância mais ou menos deformados, com uma identidade inacabada, incompleta, instável. 
O trabalho, por meio da ação do reconhecimento, constitui uma segunda chance para edificar e 
desenvolver nossa identidade e adquirir assim uma melhor resistência psíquica em face dos 
desafios da vida. 
Certas organizações do trabalho favorecem a psicodinâmica do reconhecimento e 
permitem inscrever o trabalho como mediador insubstituível da saúde. Por outro lado, aqueles 
que são privados de trabalho, os desempregados de longa data ou desempregados primários, 
perdem também o direito de oferecer uma contribuição à organização do trabalho, à empresa e à 
sociedade. Assim, eles estão privados de qualquer reconhecimento, e podemos prever os danos 
psicopatológicos e sociais em particular, o aumento da violência que resultam de uma privação 
de emprego. 
Visto a partir do teatro do desemprego, o trabalho parece um privilégio. Claro! Mas o 
mundo do trabalho tampouco é cor-de-rosa e certas organizações do trabalho em voga 
costumam destruir sistematicamente as engrenagens dessa dinâmica entre contribuição e 
retribuição. Desestruturam as condições do reconhecimento e da cooperação e minam as bases 
do viver em conjunto no trabalho. É preciso, portanto, na medida em que se busca uma ação 
racional no campo das relações entre trabalho e saúde mental (e também na redução da 
violência social) agir em duas frentes: aquela do emprego, claro, mas também aquela da 
organização do trabalho. 
 
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(Cristophe Dejours. “Entre o desespero e a esperança: como reencantar o trabalho?.” Cult. 
março/2010 Fragmento.) 
 
43. O acento grave, indicador de crase, em “Em resumo, o reconhecimento permite àquele 
que trabalha transformar o seu sofrimento em desenvolvimento de sua identidade.”, 
justifica-se, pois 
 
a) ocorre a fusão da preposição “a” com o artigo “a”. 
b) existe a intenção de dar ênfase ao pronome “aquele”. 
c) o pronome “aquele” determina o sujeito da ação verbal. 
d) o termo regente do pronome “aquele” exige a preposição “a”. 
e) o pronome “aquele” atua como elemento de coesão textual. 
 
CONSULPLAN/2011/CREARJ/Nível Médio 
 
Texto para responder à questão seguinte 
 
O livro da solidão 
Os senhores todos conhecem a pergunta famosa universalmente repetida: “Que livro 
escolheria para levar consigo, se tivesse de partir para uma ilha deserta...?” 
Vêm os que acreditam em exemplos célebres e dizem naturalmente: “Uma história de 
Napoleão.” Mas uma ilha deserta nem sempre é um exílio... Pode ser um passatempo... 
Não sei se muita gente haverá reparado nisso – mas o Dicionário é um dos livros mais 
poéticos, se não mesmo o mais poético dos livros. O dicionário tem dentro de si o universo 
completo. 
O dicionário é o mais democrático dos livros. Muito recomendável, portanto, na 
atualidade. Ali, o que governa é a disciplina das letras. Barão vem antes de conde, conde antes de 
duque, duque antes de rei. Sem falar que antes do rei também está o presidente. 
O dicionário responde todas as curiosidades, e tem caminhos para todas as filosofias. 
Vemos as famílias de palavras, longas, acomodadas na sua semelhança, – e de repente os 
vizinhos tão diversos! Nem sempre elegantes, nem sempre decentes, – mas obedecendo a lei das 
letras, cabalística como a dos números... O dicionário explica a alma dos vocábulos: a sua 
hereditariedade e as suas mutações. 
E as surpresas de palavras que nunca se tinham visto nem ouvido! Raridades, horrores, 
maravilhas... 
E como o bom uso das palavras e o bom uso do pensamento são uma coisa só e a mesma 
coisa, conhecer o sentido de cada uma é conduzir-se entre claridades, é construir mundos tendo 
como laboratório o dicionário, onde jazem, catalogados, todos os necessários elementos. 
Eu levaria o dicionário para a ilha deserta. O tempo passaria docemente, enquanto eu 
passeasse por entre nomes conhecidos e desconhecidos, nomes, sementes e pensamentos e 
sementes das flores de retórica. 
Poderia louvar melhor os amigos, e melhor perdoar os inimigos, porque o mecanismo da 
minha linguagem estaria mais ajustado nas suas molas complicadíssimas. E sobretudo, sabendo 
que germes pode conter uma palavra, cultivaria o silêncio, privilégio dos deuses, e ventura 
suprema dos homens. 
(São Paulo, Folha da Manhã, 11 de julho de 1948, Cecília Meireles) 
 
44. Assinale a afirmativa em que o uso da crase encontrasse INCORRETO: 
 
a) O dicionário estava à disposição. 
b) Ela se referiu à ilha deserta. 
c) Ficamos frente à frente. 
d) Cheguei à uma hora em ponto. 
e) Deram emprego àquela senhora. 
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GABARITO 
 
20 – B 21 - C 22 - C 23 - B 24 - C 
25 - B 26 - B 27 - B 28 - C 29 – D 
30 - B 31 - C 32 - D 33 - D 34 - C 
35 - D 36 - B 37– B 38 - A 39 – B 
40 - A 41 - A 42 - C 43 - D 44 - C 
 
 
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