Buscar

Aula 1 Portugues

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 102 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 102 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 102 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PDF SINTÉTICO
COMPREENSÃO E 
INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de 
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às 
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
231129303641
 
BRUNO PILASTRE
Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. É autor de obras didáticas 
de Língua Portuguesa (Gramática, Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva). 
Pela Editora Gran Cursos, publicou o “Guia Prático de Língua Portuguesa” e o “Guia 
de Redação Discursiva para Concursos”. No Gran Cursos Online, atua na área de 
desenvolvimento de materiais didáticos (educação e popularização de C&T/CNPq: 
http://lattes.cnpq.br/1396654209681297).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
3 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
PDF Sintético de Interpretação e Compreensão de Textos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Interpretação e Compreensão de Textos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Pressupostos e subentendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2. Vozes Discursivas e Tipos de Discurso | Intertextualidade . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3. Elementos da Comunicação e Funções da Linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.4. Níveis de Linguagem | Variação Linguística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2. Tipologias e Gêneros Textuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.1. Os Gêneros Textuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3. Coesão e Coerência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4. Semântica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4.1. Denotação e Conotação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4.2. Sinonímia e Antonímia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4.3. Polissemia e Ambiguidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5. Figuras e Vícios de Linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
6. Reescrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Questões de Concurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
4 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
Escrever um livro é algo desafiador. Porém, escrever para o público concurseiro torna 
a tarefa ainda mais árdua.
Afinal, há candidatos com diferentes níveis de conhecimento, estudando para seleções 
de áreas variadas.
No entanto, existe algo em comum entre aqueles que se preparam para um concurso 
público: todos querem a aprovação o mais rápido possível e não têm tempo a perder!
Foi pensando nisso que esta obra nasceu.
Você tem em suas mãos um material sintético!
Isso porque ele não é extenso, para não desperdiçar o seu tempo, que é escasso. De 
igual modo, não foge da batalha, trazendo tudo o que é preciso para fazer uma boa prova 
e garantir a aprovação que tanto busca!
Também identificará alguns sinais visuais, para facilitar a assimilação do conteúdo. Por 
exemplo, afirmações importantes aparecerão grifadas em azul. Já exceções, restrições ou 
proibições surgirão em vermelho. Há ainda destaques em marca-texto. Além disso, abusei 
de quadros esquemáticos para organizar melhor os conteúdos.
Tudo foi feito com muita objetividade, por alguém que foi concurseiro durante 
muito tempo.
Para você me conhecer melhor, comecei a estudar para concursos ainda na adolescência, 
e sempre senti falta de ler um material que fosse direto ao ponto, que me ensinasse de um 
jeito mais fácil, mais didático.
Enfrentei concursos de nível médio e superior. Fiz desde provas simples, como recenseador 
do IBGE, até as mais desafiadoras, sendo aprovado para defensor público, promotor de 
justiça e juiz de direito.
Usei toda essa experiência, de 16 anos como concurseiro, e de outros tantos ensinando 
centenas de milhares de alunos de todo o país para entregar um material que possa 
efetivamente te atender.
A Coleção PDF Sintético era o material que faltava para a sua aprovação!
Professor Aragonê Fernandes
APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
Professor Bruno Pilastre
Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. Professor Efetivo do Instituto 
Federal de Goiás. No Gran, é autor de materiais didáticos de Gramática, Texto, Redação 
Oficial e Redação Discursiva.
Olá! Sou o professor Bruno Pilastre, autor do PDF Sintético de Interpretação e 
Compreensão de Textos. Meu objetivo, ao longo desta aula, é simples: ser sintético, 
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
5 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
relevante e preciso na abordagem do conteúdo de Texto em concursos públicos. Para atingir 
esse objetivo, utilizarei os meus 15 anos de experiência na elaboração de obras didáticas 
preparatórias para processos seletivos e toda a minha trajetória acadêmica (Graduação, 
Mestrado e Doutorado). Espero atender todas as suas demandas.
É isso. Feita essa rápida apresentação, podemos iniciar os trabalhos!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire- , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
6 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
PDF SINTÉTICO DE INTERPRETAÇÃO E PDF SINTÉTICO DE INTERPRETAÇÃO E 
COMPREENSÃO DE TEXTOSCOMPREENSÃO DE TEXTOS
1 . INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOS1 . INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOS
Em concursos, há dois níveis principais de análise textual. No primeiro, denominado 
compreensão, exige-se de você, candidato(a), a capacidade de identificar informações 
explícitas no texto, bastando retornar a um determinado trecho para se assegurar de que a 
afirmativa da questão está adequada ou não. No segundo nível de análise, o da interpretação, 
exige-se a depreensão (por meio de uma série de procedimentos analíticos, sintetizados ao 
longo desta aula) de conhecimentos extraídos a partir dos elementos presentes no texto 
(e somente a partir do que o texto nos permite inferir).
Os conhecimentos exigidos nesse tipo de operação (o da interpretação) são muito 
variados. Os mais fundamentais são estes:
(i) Um texto pode ser verbal ou não verbal. No caso de texto verbal, há duas 
manifestações: a oralidade e a escrita. Na escrita, duas estruturas predominam: 
a prosa (organizada em períodos e parágrafos) e o poema (organizado em versos e 
estrofes). No texto não verbal, exigem-se conhecimentos sobre valores semânticos de 
linguagem corporal, de cores (e suas combinações), de formas gráficas, de arquétipos 
etc. Ao se unir texto verbal e não verbal, estamos diante de um texto misto (em 
algumas linhas teóricas, texto multimodal).
(ii) Outro conhecimento exigido diz respeito aos critérios de textualidade (aceitabilidade, 
intencionalidade, informatividade, situacionalidade e intertextualidade). Em provas, 
as bancas avaliam cada um desses elementos de diferentes formas. No entanto, 
ainda que as abordagens sejam diferentes, é possível identificar o tipo de questão 
que prioriza a intencionalidade do autor, a intertextualidade estabelecida etc.
1 .1 . PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS1 .1 . PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS
A distinção (com detalhes) entre pressupostos e subentendidos, fundamentais para 
uma interpretação adequada, é esta:
Subentendidos Pressupostos
Definição
É aquilo que se pensa ou se deduz, 
mas que não foi dito ou escrito.
É algo (uma marca discursiva) capaz de fazer 
supor a existência de uma informação.
Manifestação
Demanda análise (por inferências) do 
contexto de ocorrência.
Há marcas discursivas, como:
- Pontuação;
- Formatação (gráfica);
- Vocabulário;
- Recursos morfológicos;
- Padrões sintáticos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
7 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
1 .2 . VOZES DISCURSIVAS E TIPOS DE DISCURSO | INTERTEXTUALIDADE1 .2 . VOZES DISCURSIVAS E TIPOS DE DISCURSO | INTERTEXTUALIDADE
Um texto nunca é “puro”, no sentido de nunca haver um texto que seja isolado no mundo 
discursivo. Explico melhor: todo texto é um intertexto. Quando lemos um artigo de opinião, 
o autor dialoga com diferentes perspectivas, diferentes intelectuais que também debateram 
aquele tema. Nesse debate, o autor também traz para o texto diferentes vozes, as quais 
dão mais força aos argumentos. Em minha aula, por exemplo, utilizo diversos conceitos e 
autores, formando um grande intertexto.
As principais formas de intertextualidade (ou de integração de diferentes vozes 
discursivas) são a citação (explícita ou implícita), a paródia, a alusão, a paráfrase e a epígrafe. 
Em provas de concurso, predomina a exigência de conhecimentos sobre as formas de 
citação (em especial, pelo uso de aspas) e as de intertextualidade com pensamentos e 
formulações bastante conhecidas, como “penso, logo existo”.
1 .3 . ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO E FUNÇÕES DA LINGUAGEM1 .3 . ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO E FUNÇÕES DA LINGUAGEM
O conteúdo sobre os elementos da comunicação e as funções da linguagem é 
avaliado em concursos da seguinte forma (comandos de questões retirados de provas das 
principais bancas):
Banca Enunciado da questão sobre Funções da Linguagem
CEBRASPE
A função da linguagem predominante nesse diálogo está centrada no próprio canal da 
comunicação, estando os participantes praticando um ritual de contato, sem preocupação 
com o conteúdo da mensagem que veiculam:
FCC Considerando-se a definição acima, ocorre metalinguagem no seguinte trecho:
FGV Na passagem acima, a sequência “rs” é uma manifestação da seguinte função da linguagem:
IDECAN O segmento sublinhado no período acima é exemplo da função da linguagem:
QUADRIX
No texto, o ponto de exclamação constitui marca de subjetividade do autor, o que evidencia 
a presença da função emotiva da linguagem.
Os elementos da comunicação e as funções da linguagem estão sintetizados a seguir:
Mensagem
Função Poética
Código
Função Metalingística 
Canal
Função Fática
Receptor
Função Apelativa
Contexto/Referente
Função Referencial
Emissor
Função Expressiva
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
8 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
O esquema acima deve ser lido desta maneira:
(i) o emissor transmite uma mensagem ao receptor;
(ii) essa mensagem tem como suporte o canal (o som de nossa voz ou o registro 
escrito, por exemplo) e está codificado em nossa língua portuguesa;
(iii) essa mensagem está situada em um contexto situacional e faz referência ao 
mundo biossocial do emissor e do receptor.
A depender da ênfase que se dê a cada um desses elementos, a função da linguagem 
(ou seja, do uso da linguagem) será diferente (daí os termos “função referencial”, “função 
expressiva” etc.).
Veja a definição e um exemplo de cada função:
Função Definição Exemplo
Referencial
(ou denotativa ou 
informativa)
Centrada no contexto/referente, é 
a mais “neutra” em relação ao modo 
como as informações são transmitidas. 
L inguisticamente, é marcada pela 
impessoalidade. O objetivo é tratar de um 
“outro”, de um terceiro.
Textos jornalísticos.
Discursos científicos.
Relatórios.
Apelativa
(ou conativa)
Centrada no receptor. Busca agir sobre quem 
recebe a mensagem, de modo a modificar 
algum comportamento (fazer, deixar de fazer; 
convencer). Linguisticamente, é marcada pela 
forma imperativa e por recursos expressivos 
como exclamações (e entonações).
Anúncios publicitários.
Manuais.
Expressiva
(ou emotiva)
Centrada no emissor. É subjetiva e expressas 
estados interiores (emoções ou sentimentos, 
por exemplo). Linguisticamente, é marcada 
pelo uso de primeira pessoa e por adjetivação.
Relato pessoal.
Poética
Centrada na mensagem. Explora recursos 
linguísticos com fins expressivos e estéticos, 
trabalhando sobre a forma.
Tipicamente, os textos poéticos 
exploram recursos linguísticos 
com fins expressivos. No entanto, 
nos textos poéticos, também 
podem predominar outras 
funções, como a metalinguística, 
a expressiva ou a apelativa.
Fática
Centrada no canal. É um recurso para manter 
a comunicação ativa, sendo evidente quando 
se busca consolidar o contato.
Certificar-se (“está me ouvindo?”; 
“Alô!?”).
Metalinguística
Centrada no código (em nosso caso, na língua 
portuguesa).
Uma aula de morfologia, 
de sintaxe, de fonologia. Os 
dicionários. Essa nossa aula, 
que, por meio do código, busca 
explicar essemesmo código.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
9 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
1 .4 . NÍVEIS DE LINGUAGEM | VARIAÇÃO LINGUÍSTICA1 .4 . NÍVEIS DE LINGUAGEM | VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Seguindo o nosso projeto de sintetizar os conteúdos, apresento a seguir os níveis de 
linguagem e os tipos de variação linguística mais cobrados em concursos públicos.
Níveis de linguagem (níveis de registro)
Culto
Faz-se uso da língua-padrão, aquela que possui prestígio social e segue 
as normas da gramática tradicional.
É o nível de linguagem usado em situações formais e os falantes possuem 
alto nível de escolarização.
Comum
Está situado entre os níveis culto e coloquial.
É o registro empregado por falantes com escolarização básica e pelos 
meios de comunicação de massa.
Coloquial (popular)
Não possui prestígio social e é utilizado em situações informais de 
comunicação.
Não “segue” as normas da gramática tradicional e faz uso de vocabulário 
dito restrito (menos específico ou variado).
Na sequência, a classificação das principais variações linguísticas (utilizo as definições 
de Camacho (2001)):
Tipos de variação linguística
Variação histórica
(Diacrônica)
Acontece ao longo de um determinado período de tempo e pode ser 
identificada ao se comparar dois estados de uma língua. O processo de 
mudança é gradual.
Variação geográfica
(Diatópica)
Trata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura 
sintática entre regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-
se comunidades linguísticas menores em torno de centros polarizadores 
da cultura, política e economia, que acabam por definir os padrões 
linguísticos utilizados na região de sua influência.
Variação social
(Diastrática)
Agrupa alguns fatores de diversidade: o nível socioeconômico, 
determinado pelo meio social onde vive um indivíduo; o grau de educação; 
a idade e o sexo.
Variação estilística/social
(Diafásica)
Considera um mesmo indivíduo em diferentes circunstâncias de 
comunicação: se está em um ambiente familiar, profissional, o grau de 
intimidade, o tipo de assunto tratado e quem são os receptores.
2 . TIPOLOGIAS E GÊNEROS TEXTUAIS2 . TIPOLOGIAS E GÊNEROS TEXTUAIS
Questões sobre as tipologias estão SEMPRE presentes em provas de concurso, 
especialmente nas bancas FGV e CEBRASPE (e nas bancas VUNESP, FCC, QUADRIX, IBFC e 
IDECAN). Considerando os últimos 5 anos, foram aplicadas nada menos que 1247 questões 
sobre tipologias e gêneros textuais. É um conteúdo muito relevante. Em especial, a banca 
FGV tem tirado o sono de muitos candidatos ao explorar em detalhes as características das 
tipologias. Para as outras bancas, dominar as noções fundamentais tem sido suficiente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
10 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
Para a síntese das tipologias e dos principais gêneros cobrados em concurso, utilizarei 
tabelas e mapas mentais. Iniciemos com o quadro sinóptico:
TIPOLOGIA CARACTERÍSTICAS CENTRAIS FORMAS LINGUÍSTICAS TÍPICAS
Narrativa
Na narração, há seres que participam de 
eventos em determinado tempo e espaço. 
Os participantes desses eventos são os 
personagens, os quais podem ser reais 
ou fictícios. O evento (uma espécie de 
ação) é denotado por verbos nocionais e 
de movimento, como cantar, correr, beijar, 
nadar, ouvir etc. O tempo da narrativa é 
tipicamente o passado, mas pode ser o 
presente (a narração de um jogo de futebol) 
ou o futuro (obras proféticas, por exemplo). 
Em uma narrativa, o espaço pode ser físico 
(uma cidade, uma casa, uma escola) ou 
psicológico (mente do personagem ou do 
narrador).
Verbos que denotam evento (com 
agente e paciente).
Formas adjuntas que denotam 
tempo e espaço.
Substantivos e pronomes pessoais 
para identificação e retomada de 
personagens.
Descritiva
Em uma descrição, apresentamos uma 
série de característica de determinado 
ser/objeto/espaço, formando na mente do 
leitor/ouvinte a imagem do que está sendo 
descrito.
Na descrição, essa apresentação de 
características é verbal (oral ou escrita).
A descrição pode ser objetiva ou subjetiva.
A descrição pode ser global ou específica. 
Em termos de dinâmica, pode partir do 
geral para chegar ao particular ou partir 
do particular para chegar ao global.
Predicações nominais.
Adjetivação (ou subordinadas 
adjetivas).
Forma verbal predominante: 
presente e aspecto imperfeito 
(para o pretérito).
Dissertativa-Expositiva 
(Expositiva)
No tipo textual dissertativo expositivo, o 
autor do texto expõe/apresenta ideias, fatos 
e fenômenos. Por ser de caráter expositivo, 
não se busca convencer o leitor em relação 
ao ponto de vista - pressupõe-se, assim, que 
a dissertação expositiva apenas apresenta 
a ideia, o fato ou o fenômeno.
Estruturas de impessoalização.
Verbos no presente e no passado 
(retomando eventos factuais).
D i s s e r t a t i v a - 
Argumentativa
(Argumentativa)
No tipo textual dissertação argumentativa, 
diferentemente da dissertação expositiva, 
procura-se formar a opinião do leitor ou 
ouvinte, objetivando convencê-lo de que 
a razão (o discernimento, o bom senso, o 
juízo) está com o enunciador, de que quem 
enuncia é que está de posse da verdade. 
Para isso, utilizam-se argumentos.
Estruturas de impessoalização.
Verbos no presente e no passado 
(retomando eventos factuais). 
Há modalizadores discursivos 
que denotam a perspectiva do 
enunciador (adjetivos, estruturas 
sintáticas, voz verbal etc.).
Injuntiva
A propriedade básica do tipo textual 
injuntivo é: ensinar/orientar/instruir o leitor/
ouvinte/espectador a realizar uma tarefa.
Verbos no infinitivo.
Verbos no modo imperativo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
11 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
Para cada tipologia, há certos pormenores, que, por vezes, são abordados pelas bancas, 
como na estrutura narrativa: tipo de narrador, tipo de personagem, tipos de discurso etc. 
Para relembrarmos cada característica, adoto os mapas mentais a seguir (que retomam 
algumas informações apresentadas no quadro anterior):
Tipologia textual – Tipologia textual – narração
Tipologia textual – Tipologia textual – descrição
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
12 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
Tipologia textual – Tipologia textual – exposição ee argumentação
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
13 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
Tipologia textual -Tipologia textual - injunção
2 .1 . OS GÊNEROS TEXTUAIS2 .1 . OS GÊNEROS TEXTUAIS
Os principais gênerostextuais possuem as seguintes características:
Gênero textual Característica(s)
Editorial Argumenta-se em favor de uma tese, a qual se encaminha para uma proposta de 
intervenção. O ponto de vista apresentado é o do veículo de comunicação ( jornal, 
canal de TV, rádio etc.), da empresa jornalística ou do redator-chefe.
Artigo de opinião Busca-se convencer o leitor em relação a uma determinada ideia. O autor do artigo 
de opinião não representa o ponto de vista do veículo que publica o texto, mas sim do 
próprio articulista. Esse também é um gênero pertencente ao tipo textual dissertativo-
argumentativo. É frequente o uso da primeira pessoa do singular e de modalizadores 
do discurso, marcando um posicionamento individual de quem escreve.
Notícia Relata-se concisamente e objetivamente os fatos da realidade, destacando-se as 
seguintes informações: o que, quem, quando, onde, como e por quê.
Reportagem É um texto jornalístico que trata de fatos de interesse público. A abordagem desses 
fatos é mais aprofundada (e didática) em relação à abordagem observada no gênero 
notícia.
Crônica É um texto literário breve, com trama quase sempre pouco definida e motivos geralmente 
extraídos do cotidiano imediato. É um texto de natureza tipicamente narrativa.
Conto É uma narrativa breve e concisa. No conto, há um só conflito, uma única ação (com 
espaço geralmente limitado a um ambiente). Além disso, há unidade de tempo e 
número restrito de personagens. O conflito é quase sempre resolvido após o clímax.
Divinatório Possui valor “preditivo” e busca estabelecer o futuro (seja do interlocutor, seja de 
terceiros). Exemplo: horóscopo.
Publ ic itár io e 
propagandístico
Nos textos publicitários e propagandísticos, o emissor busca evidenciar a função 
conativa, atuando sobre o comportamento do destinatário. As formas linguísticas mais 
comuns são o imperativo (modo verbal), além de se adotarem outras estratégias de 
convencimento. Os suportes mais comuns são a mídia impressa, os canais de televisão 
e as redes sociais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
14 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
3 . COESÃO E COERÊNCIA3 . COESÃO E COERÊNCIA
A noção de coerência é vinculada à ideia de harmonia. Um texto coerente é um texto 
harmônico; e para haver harmonia, é necessário que as partes se integrem num todo coeso. 
Opa, já temos uma vinculação entre coerência e coesão.
Há dois tipos centrais de coesão: a sequencial e a referencial. Na coesão sequencial, 
os termos se conectam numa sequência lógica e articulada. Para isso, utilizam-se as 
preposições e as conjunções, além de outras estruturas articuladoras (como certas formas 
adverbiais, e.g. primeiramente). Como estamos trabalhando em formato de síntese, faço 
remissão ao PDF Sintético de Gramática para a revisão das preposições e das conjunções 
(coordenativas e subordinativas).
Na coesão referencial, três referências são relevantes: textual, espacial e temporal. 
Na coesão referencial espacial e temporal, os referentes são os elementos da enunciação 
(atores do discurso, contexto da enunciação e momento da enunciação).
Coesão referencial
Textual Espacial Temporal
Anáfora (retoma)
Perto do enunciador Presente
Catáfora (antecipa)
Perto do interlocutor Passado
Longe do enunciador e do interlocutor Futuro
As formas linguísticas típicas da coesão referencial são os pronomes e os verbos. Os 
pronomes retomam ou antecipam formas substantivas (sintagmas nominais) ou estruturas 
mais complexas (oracionais ou até paragrafais). Os verbos manifestam as propriedades 
gramaticais de tempo e de número-pessoa (as quais são capazes de referenciar). Outras 
estratégias de coesão referencial são utilizadas (e cobradas em concursos), como retomada 
por elipse (apagamento fonológico/gráfico de uma forma linguística subentendida), 
por sinonímia, por perífrase etc.
Professor, esse conteúdo é muito cobrado em provas de concurso?Professor, esse conteúdo é muito cobrado em provas de concurso?
Eu sempre falo para os meus alunos que as bancas cobram com muita frequência o 
conteúdo de coesão (sequencial e referencial). Nos últimos cinco anos, foram aplicadas 
4.708 questões sobre esse tema. Isso nos mostra o quão importante é esse conhecimento 
para a sua preparação.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
15 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
4 . SEMÂNTICA4 . SEMÂNTICA
O conteúdo de semântica é o mais complexo de se ensinar. Eis o porquê: não é possível 
apresentar a você, candidato em preparação para uma prova, os significados de todos os 
vocábulos em português. A única forma de se ampliar esse conhecimento é por meio 
de muita leitura (e eu sei que você tem lido muito – e isso é ótimo) e por meio de uma 
técnica bastante eficaz: depreender os sentidos do vocábulo pelo contexto. Vamos à 
segunda técnica.
Imagine uma mulher conversando com uma amiga após um encontro ruim: “Nossa, 
não gostei do Pedro. Ele estava muito sorumbático no encontro. Eu esperava alguém mais 
animado, mais alegre”. A palavra desconhecida é “sorumbático”. Você consegue depreender 
o significado desse adjetivo? Pelo contexto, certamente é o contrário de animado, de 
alegre. Logo, seria algo como “triste”, “sombrio”. Pronto, chegamos ao significado correto 
da palavra em análise!
Em termos técnicos, a semântica estuda o modo como um significante se une a um 
significado, formando um signo linguístico. Em concursos, os seguintes conceitos são 
fundamentais: denotação e conotação; sinonímia e antonímia e polissemia e ambiguidade.
As bancas são muito prolíficas (uia, que palavra mais chique, professor!) na cobrança de 
conhecimentos de semântica. Somente nos últimos 5 anos (consulta na Plataforma Gran 
Questões), foram aplicadas 1275 questões sobre esse conteúdo.
4 .1 . DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO4 .1 . DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
A denotação é a relação significativa objetiva entre o significante e o significado. A 
denotação é o elemento estável da significação da palavra, elemento não subjetivo (isto é, 
descreve as coisas do mundo tal qual elas são). Pode ser analisado fora do discurso (contexto).
A conotação, por sua vez, é o conjunto de alterações ou ampliações que se agregam 
ao sentido denotativo de um signo. Essas alterações e ampliações ocorrem por associações 
linguísticas de diversos tipos (estilísticas, fonéticas, semânticas) ou por identificação com 
algum dos atributos de coisas, pessoas e seres da natureza.
Como ilustração, observe a palavra “cachorro”. Em sentido denotativo, esse signo 
denomina um “mamífero carnívoro da família dos canídeos”. Em sentido conotativo, essa 
palavra qualifica (ou denomina) um indivíduo indigno ou mau-caráter.
As noções de denotação e conotação são próximas às noções de sentido literal (conforme 
ao próprio e genuíno significado das palavras, por oposição ao seu sentido figurado; exato, 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
16 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
rigoroso) e sentido figurado (que se caracteriza por uso abundante e sistemático das 
figuras de palavra (tropos), como a metáfora,a metonímia e a sinédoque).
4 .2 . SINONÍMIA E ANTONÍMIA4 .2 . SINONÍMIA E ANTONÍMIA
Para os conceitos de sinonímia e antonímia, basta lembrar do seguinte par:
SINÔMIMO  IGUAL
ANTÔNIMO  CONTRÁRIO
Temos, então, o seguinte: a sinonímia é a relação que se estabelece entre duas palavras 
ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes; a antonímia é a relação que se 
estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários.
4 .3 . POLISSEMIA E AMBIGUIDADE4 .3 . POLISSEMIA E AMBIGUIDADE
Para os fenômenos semânticos de polissemia e ambiguidade, vale o seguinte esquema:
POLISSEMIA
MAIS DE 1 SIGNIFICADO
AMBIGUIDADE
Ou seja, na polissemia e na ambiguidade, a expressão linguística possui mais de um 
significado (mais de uma interpretação possível). A ambiguidade só será resolvida pelo 
contexto (isto é, só se sabe o significado “real” de uma frase quando conhecemos o contexto 
em que o enunciado ocorreu).
Em uma prova recente da banca FGV (2023), uma frase foi apresentada em uma das 
alternativas: “Antes de sair, meu pai quis aconselhar-me.” Você consegue identificar 
a ambiguidade? Quem saiu? Quem falou a frase (o “eu” discursivo”) ou o pai? Apenas o 
contexto responde essas perguntas.
A mesma situação ocorre na polissemia/homonímia, em que uma palavra possui mais 
de um significado (por exemplo, em “ele ficou no banco o dia todo”, em que não sabemos 
se o banco é um móvel (um assento) ou um estabelecimento (financeiro)).
5 . FIGURAS E VÍCIOS DE LINGUAGEM5 . FIGURAS E VÍCIOS DE LINGUAGEM
Na Plataforma Gran Questões (filtros: Língua Portuguesa, últimos 4 anos, todas as 
bancas), há 918 questões sobre Figuras de Linguagem e 156 questões sobre Vícios de 
Linguagem. Os enunciados tipicamente apresentam estas formulações:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
17 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
Banca Enunciado da questão sobre Figuras e Vícios de Linguagem
CEBRASPE
A personificação, figura de linguagem em que características humanas são 
atribuídas a algo inanimado ou abstrato, evidencia-se nas passagens da 
penúltima estrofe.
No trecho “embaça-se um homem a si mesmo”, do texto, nota-se uso expressivo 
de pleonasmo, que, no caso em questão, configura-se pela
FGV
Essa frase refere-se a uma figura de linguagem denominada eufemismo, em 
que se apresenta uma coisa ruim por meio de expressões mais brandas.
Assinale a opção que indica o problema de construção dessa frase.
VUNESP
Verifica-se um aparente paradoxo entre os termos que compõem a expressão
A comunicação nas organizações quando bem executada contribui no 
envolvimento da equipe, na confiança dos clientes e do mercado, ou seja, no 
alcance dos resultados pretendidos. Contudo, quando há erros, os problemas 
são inevitáveis. Veja a charge a seguir e responda: qual é o tipo de erro cometido 
nesse tipo de comunicação?
QUADRIX
É correto afirmar que a expressão “resistir à tentação” constitui um exemplo 
da figura de linguagem conhecida como metáfora.
Ocorre, na passagem, um vício grave de linguagem chamado, popularmente, de 
“gerundismo”, caracterizado pelo uso desnecessário da forma nominal gerúndio.
As características e os exemplos de cada figura de linguagem e de cada vício de linguagem 
estão apresentados nos quadros a seguir. Utilizo as definições do Dicionário Houaiss (2009).
Começamos pelas figuras de linguagem:
FIGURAS DE LINGUAGEM
Figura Definição Exemplo
Antítese Figura pela qual se opõem, numa mesma frase, duas 
palavras ou dois pensamentos de sentido contrário.
“Com luz no olhar e trevas no 
peito.”
“A mão que afaga é a mesma 
que apedreja.”
Oximoro (paradoxo) Figura em que se combinam palavras de sentido 
oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas 
que, no contexto, reforçam a expressão.
“Claro enigma.”
Antonomásia
(ou perífrase)
Variedade de metonímia que consiste em substituir 
um nome de objeto, entidade, pessoa etc. por outra 
denominação, que pode ser um nome comum (ou 
uma perífrase), um gentílico, um adjetivo etc., que 
seja sugestivo, explicativo, laudatório, eufêmico, 
irônico ou pejorativo e que caracterize uma 
qualidade universal ou conhecida do possuidor.
Aleijadinho por Antônio 
Francisco Lisboa.
O Salvador por Jesus Cristo.
Anáfora Repetição de uma palavra ou grupo de palavras 
no início de duas ou mais frases sucessivas, para 
enfatizar o termo repetido
Este amor que tudo nos toma, 
este amor que tudo nos dá, 
este amor que Deus nos 
inspira, e que um dia nos há 
de salvar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
18 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
FIGURAS DE LINGUAGEM
Catacrese Metáfora já absorvida no uso comum da língua, de 
emprego tão corrente que não é mais tomada como 
tal, e que serve para suprir a falta de uma palavra 
específica que designe determinada coisa.
Braços de poltrona.
Dentes do serrote.
Nariz do avião.
Pescoço de garrafa.
Comparação Paralelo feito entre dois termos de um enunciado 
com sentidos diferentes.
Dirige como um louco.
Disfemismo Emprego de palavra ou expressão depreciativa, 
ridícula, sarcástica ou chula, em lugar de outra 
palavra ou expressão neutra.
Ficar puto por ficar com raiva.
Eufemismo Palavra, locução ou acepção mais agradável, de que 
se lança mão para suavizar ou minimizar o peso 
conotador de outra palavra, locução ou acepção 
menos agradável.
Ele bateu as botas (morreu).
Hipérbole Ênfase expressiva resultante do exagero da 
significação linguística.
Morrer de medo.
Estourar de rir.
Metáfora Designação de um objeto ou qualidade mediante 
uma palavra que designa outro objeto ou qualidade 
que tem com o primeiro uma relação de semelhança.
Ele tem uma vontade de ferro.
Metonímia Figura de retórica que consiste no uso de uma 
palavra fora do seu contexto semântico normal, 
por ter uma significação que tenha relação objetiva, 
de contiguidade, material ou conceitual, com o 
conteúdo ou o referente ocasionalmente pensado.
Adora Portinari por a obra de 
Portinari.
Personificação
(ou prosopopeia)
Figura pela qual o orador ou escritor empresta 
sentimentos humanos e palavras a seres inanimados, 
a animais, a mortos ou a ausentes.
“Ah, cidade maliciosa de olhos 
de ressaca”
Sinestesia Cruzamento de sensações; associação de palavras 
ou expressões em que ocorre combinação de 
sensações diferentes numa só impressão.
O cheiro áspero de terra.
E seguimos com os principais vícios de linguagem:
VÍCIOS DE LINGUAGEM
Vício Definição Exemplo
Ambiguidade
(ou anfibologia)
Propriedade que apresentam diversas unidades 
linguísticas (morfemas, palavras, locuções, 
frases) de significar coisas diferentes, de admitir 
mais de uma leitura.
O rapaz bateu na velha com a bengala.
Barbarismo
Uso de formas vocabulares contrárias à 
norma culta da língua, seja do ponto de vista 
ortoépico (pronúncia), ortográfico, gramatical 
ou semântico.
Peneu no lugar de pneu;
Rúbrica no de rubrica;
“Menas palavras” por “menos 
palavras”.
Cacofonia
Repetição de sons (fonemas ou sílabas) 
considerada desagradável ao ouvido.
A última atividade será uma diligência 
no Pará para ouvir as populações 
afetadas.
Pleonasmo Redundância de termos no âmbito das palavras. Ele via tudo com seus próprios olhos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-seaos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
19 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
VÍCIOS DE LINGUAGEM
Queísmo
Omissão da preposição de antes da conjunção 
integrante que, onde, pela regência do verbo na 
norma culta da língua, ela é necessária.
Gostaríamos [de] que ele fosse nosso 
paraninfo.
Sínquise
Tipo de hipérbato no qual a transposição de 
ordem das palavras de uma oração ou período 
resulta em dificuldade para o entendimento 
da construção.
Em “pesada caiu o pobre melancolia” 
por “o pobre caiu em pesada 
melancolia”.
Solecismo
Intromissão, na norma culta de uma língua, de 
construções sintáticas alheias a essa língua, 
geralmente por parte de pessoas que não 
dominam inteiramente suas regras.
Os chamados erros de concordância, 
de regência, de colocação, a 
má construção de um período 
composto etc.
6 . REESCRITA6 . REESCRITA
As questões de reescrita são as queridinhas das bancas. Na Plataforma Gran Questões 
(filtros: Língua Portuguesa, últimos 4 anos, todas as bancas), há 2750 questões sobre esse 
conhecimento em Língua Portuguesa. São muitas!
Os enunciados tipicamente apresentam estas formulações:
Banca Enunciado da questão sobre Reescrita
CEBRASPE
Assinale a opção em que a proposta de reescrita do último período do texto 
preserva os seus sentidos e a correção gramatical.
FCC
A frase acima ganha nova redação, na qual se mantêm seu sentido básico e a 
correção gramatical, na seguinte versão:
FGV
A reescritura da passagem do texto na qual NÃO se verifica nenhum desvio em 
relação à norma padrão do português é:
IDECAN
Assinale a alternativa em que a alteração do segmento sublinhado no período 
acima tenha provocado forte alteração de sentido.
VUNESP
Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – O que 
não parece certo é apontar e discriminar, para excluir aqueles que não estão 
inseridos no grupo do bem. – de acordo com a norma-padrão.
QUADRIX
Estariam mantidas as relações sintáticas e de sentido do texto, bem como a sua 
clareza, caso o trecho “que nos permitem ver da imensidão do cosmo ao diminuto 
mundo subatômico” fosse reescrito da seguinte forma: Que permitem-nos ver 
da imensidão do cosmo ao diminuto mundo subatômico.
Sempre digo em minhas aulas que as questões sobre reescrita são do tipo “guarda-
chuva”, pois são capazes de abarcar muitos tópicos, em especial os relacionados à 
norma-padrão. Com isso, uma questão sobre o processo de reescrita pode propor uma nova 
redação de um trecho alterando vocábulos, modificando a ordem das palavras, alterando a 
voz (ativa<>passiva) etc. Nessas alterações, muitos conhecimentos são exigidos (e você 
deve ativá-los a partir de um olhar analítico bem refinado). Em muitas questões (talvez na 
maioria delas), exige-se também a manutenção (ou não) dos sentidos originais (quando os 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
20 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
sentidos são mantidos, estamos diante de uma paráfrase). Está claro, então, o porquê de 
as bancas lançarem mão de questões sobre reescrita, não é?
Como o nosso projeto é sintetizar as informações sobre os conteúdos, REVISANDO os 
conhecimentos exigidos, farei uso de mapas mentais para retomar os principais tipos 
de reescrita exigidos em provas de concurso. Lembro da importância de articular esse 
conhecimento com o conteúdo de gramática, tudo bem? Tudo funciona de forma integrada. 
Vamos aos mapas!
Mapa Mental - Mapa Mental - Reescrita (norma-padrão) 1
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
21 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
Mapa Mental - Mapa Mental - Reescrita (norma-padrão) 2
Mapa Mental - Mapa Mental - Reescrita e Paráfrase
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
22 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
QUESTÕES DE CONCURSOQUESTÕES DE CONCURSO
INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOS
001. 001. (CONSULPLAN/ANALISTA/SEGER/2023) Relacione adequadamente os fatores às suas 
respectivas características.
1. Aceitabilidade.
2. Intencionalidade.
3. Situacionalidade.
4. Informatividade.
5. Intertextualidade.
(  ) � Está direcionada ao protagonista do ato comunicativo. Trata-se da disposição e do 
empenho de se construir um discurso coerente, coeso e com grande capacidade de 
satisfazer determinada audiência. Diz respeito às informações e conhecimentos 
prévios que o autor tem para chegar a seu público.
(  ) � É voltada para o contexto no qual a situação comunicativa está inserida. Ela se relaciona 
à adequação ou não do contexto, pois ele pode influenciar no significado do texto que, 
inserido em contextos distintos, pode produzir significados completamente diversos.
(  ) � Consiste na influência e na relação que um texto exerce sobre outro. Esse processo 
ocorre durante a produção de um texto, no qual o autor coloca, na estrutura de sua 
produção, referências explícitas ou implícitas de outra obra.
(  ) � Nesse fator, consideram-se as informações prévias e as informações novas obtidas 
no texto. É preciso que haja equilíbrio entre ambas, pois um texto que possui apenas 
informações prévias não traz novidade ao leitor. Já um texto somente com informações 
novas pode dificultar a compreensão da leitura.
(  ) � Esse fator está focando no leitor. O leitor precisa de algum conhecimento sobre o 
assunto para poder analisar o texto e decidir se concorda com a intenção do autor. É 
através de sua interpretação do texto que ele poderá reconhecer o que está implícito 
ou explícito no texto.
A sequência está correta em
a) 1, 3,5, 4, 2.
b) 2, 3, 5, 4, 1.
c) 3, 1, 2, 5, 4.
d) 5, 1, 4, 2, 3.
e) 5, 2, 3, 4, 1.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
23 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
002. 002. (IBFC/ACAI/IBGE/2022)
ciclo vicioso
minha namorada sempre sonha que namora
seu namorado antigo minha ex-namorada
sempre sonha que me namora e eu, desconfiado,
tenho feito tudo para não sonhar...
(Cacaso, Poesia Completa, p.126)
O sentido do texto constrói-se por meio de sua organização interna. Desse modo, de acordo 
com o poema, o esforço do enunciador por “não sonhar” deve-se ao fato de:
a) sentir muito ciúme de sua atual namorada.
b) desejar ocupar o sonho de sua ex-namorada.
c) não acreditar em sonhos de amores antigos.
d) querer que sua atual namorada sonhe com ele.
e) não querer sonhar com sua ex-namorada.
003. 003. (IDECAN/TÉCNICO/SEFAZ-RR/2023)
Relações de poder e decisão: conflitos entre médicos e administradores hospitalares
Os hospitais abrigam tensões de natureza grupal e profissional. Seu corpo diretivo e clínico é 
constituído por médicos que usualmente têm dificuldade de aceitar normas disciplinares e 
de ouvir recomendações, principalmente quando elasvêm dos administradores hospitalares. 
Esta pesquisa tem como objetivo analisar como administradores hospitalares da cidade de 
Belo Horizonte percebem as relações de poder entre sua categoria profissional e a dos médicos 
proprietários de hospitais e suas consequências. Os discursos de nove administradores hospitalares, 
com experiência mínima de quatro anos na gerência de hospitais, foram coletados e analisados 
usando a metodologia qualitativa. A pesquisa identificou que o hospital é um local da disciplina 
médica, no qual o médico controla o cotidiano dos demais profissionais, determinando o tipo de 
comportamento esperado. Os empregados entrevistados se ressentem da falta de autonomia 
na gestão e consideram que isso prejudica o andamento dos processos e a qualidade dos 
serviços prestados. Queixam-se, principalmente, da falta de informações e da impossibilidade 
de participarem das decisões estratégicas. Admitem que o relacionamento com os médicos 
proprietários é permeado por conflitos, pois, muitas vezes, estes ignoram as questões colocadas 
pelos administradores e insistem na diferença de classe como forma de fazer prevalecer suas 
opiniões. A principal característica dos conflitos refere-se à percepção de superioridade do 
profissional médico em relação aos demais.
RAM, Rev. Adm. Mackenzie 11 (6) • Disponível em: https://doi.org/10.1590/
S1678-69712010000600004
O tipo de linguagem predominante no Texto é
a) referencial
b) conativa
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
24 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
c) metalinguística
d) fática
e) poética
004. 004. (IADES/AUDITOR/SEPLAD-DF/2023)
As modificações viárias foram propostas para reduzir os engarrafamentos nas cidades, 
especialmente nos eixos de circulação, apresentando soluções de transportes de massa, 
confortáveis, seguros e incentivo aos deslocamentos ativos (ciclismo e caminhada) como alternativa 
ao modal automotivo. Para isso, foi estabelecida uma rede de transporte público estruturante, 
consolidando as principais rotas do Distrito Federal, com a implementação de corredores 
segregados de ônibus (BRTs), ampliação da linha do metrô, expansão da malha cicloviária, 
construção/melhoria das calçadas e construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), ligando 
aeroporto de Brasília, W3 sul e norte e Eixo Monumental, conectado com os setores Sudoeste/
Octogonal e com o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).
Disponível em: &lt;https://www.codeplan.df.gov.br/wp content/uploads /2018/02/&gt;. Acesso 
em: 7 fev. 2023, com adaptações.
De acordo com o texto, uma rede de transporte público estruturante foi estabelecida para
a) atender às rotas mais relevantes do Distrito Federal e expandir as ciclovias e calçadas.
b) implementar corredores segregados de ônibus, ampliar a linha de metrô e aumentar o 
número de calçadas para pedestres.
c) reduzir os engarrafamentos nas cidades com alternativas ao uso de carros particulares, 
melhores condições dos transportes coletivos e estímulo aos deslocamentos ativos.
d) diminuir as distâncias entre o aeroporto de Brasília e as cidades administrativas.
e) construir BRTs e VLTs confortáveis para os moradores de Brasília.
005. 005. (INSTITUTO AOCP/TÉCNICO/TRT 1ª REGIÃO/2018) Assinale a alternativa que apresenta 
um uso coloquial da linguagem.
a) “[...] os idosos já não querem ser sábios, preferem estar robustos e musculosos [...]”.
b) “[...] um egoísmo raivosamente autorreferencial que, pelo caminho, veio alterar o famoso 
equilíbrio latino de mens sana in corpore sano [...]”.
c) “[...] os idosos eram sábios, esse era seu valor, mas agora vemos sua claudicação [...]”.
d) “Seria saudável não perder de vista que o objetivo principal dessas sessões pagas não é 
tanto salvar a si mesmo, mas manter estável a economia do espírito [...]”.
e) “[...] o mindfulness era patrimônio dos monges, a ioga era praticada por quatro gatos 
pingados e o espírito era cultivado lendo livros em gratificante solidão.”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
25 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
006. 006. (FGV/PROFESSOR/SME-SP/2023)
Leia o fragmento a seguir.
Foi no Instituto de Letras da UFF, há alguns anos. Convidado, fez lá conferência um ex-Ministro de 
Angola. O assunto já não me lembra... Em todo caso, o tema é de somenos. Terminada a fala, com 
as palmas rituais, pôs-se o orador às ordens, para perguntas. À questão das línguas respondeu 
que, desgraçadamente, a oficial era a do colonizador, acreditando ele que essa anômala situação 
ainda duraria um século.
Assinale a opção que apresenta o tipo de preconceito linguístico a que esse fragmento 
textual se refere.
a) O preconceito socioeconômico, ligado ao fato de membros das classes mais pobres, 
pelo acesso limitado à educação e à cultura, geralmente, dominarem apenas as variedades 
linguísticas mais informais e de menor prestígio.
b) O preconceito regional, ligado a um tipo de aversão ao sotaque ou aos regionalismos 
típicos de áreas mais pobres.
c) O preconceito cultural, preso à aversão pela cultura de massa e às variedades linguísticas 
por ela usadas.
d) O preconceito político, referente à imposição de uma língua a falantes de outras línguas.
e) O preconceito racial, ligado às manifestações culturais de outras raças, inclusive a língua, 
considerando-as atrasadas.
Chamam‐se fonemas os sons elementares e distintivos que o ser humano produz quando, pela 
voz, exprime seus pensamentos e emoções.
Desde logo, uma distinção se impõe: não se há de confundir fonema com letra. Fonema é uma 
realidade acústica, realidade que nosso ouvido registra; enquanto letra é o sinal empregado para 
representar na escrita o sistema sonoro de uma língua. 
Na atividade linguística, o importante para os falantes é o fonema, e não a série de movimentos 
articulatórios que o determina. Assim sendo, enquanto a análise fonética se preocupa tão somente 
com a articulação, a fonêmica atenta apenas para o fonema que, reunindo um feixe de traços 
que o distingue de outro fonema, permite a comunicação linguística.
Evanildo Bechara. Moderna gramática portuguesa. 37.a ed. rev. E ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 
2002, p. 57 (com adaptações).
007. 007. (QUADRIX/PROFESSOR L. PORTUGUESA/SEDF/2018) Comparando‐se a forma padrão 
“registrar” com a grafia não padrão “registrá”, verifica‐se que não há alteração da posição 
da sílaba tônica da palavra, que permanece oxítona, estando a acentuação gráfica de 
“registrá” de acordo com o que prescreve a regra.
008. 008. (QUADRIX/PROFESSOR L. PORTUGUESA/SEDF/2018) Predomina no texto a função 
metalinguística, visto que o foco da mensagem é o próprio código linguístico.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
26 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
Texto CB1A1
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demandam serviços de cuidado. De acordo 
com o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá 
ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 — há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento 
da população e as novas configuraçõesfamiliares, com mulheres mais presentes no mercado 
de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm 
levado os países a repensar seus sistemas de atenção a populações vulneráveis. Partindo desse 
panorama, as sociólogas Nadya Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, 
do Centro de Pesquisas Sociológicas e Políticas de Paris, na França, identificaram, em estudo, 
o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos 
níveis de dependência, como crianças, idosos e pessoas com deficiência. Enquanto, em algumas 
nações, o papel do Estado é preponderante, em outras, a atuação de instituições privadas se 
sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias representa o aspecto mais marcante.
Conforme definição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois 
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, 
como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve 
na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela 
relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca 
de trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em 
áreas como economia, antropologia, psicologia e filosofia política. “Com isso, a discussão sobre 
essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele 
era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, 
ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em 
que qualquer pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, 
explica a socióloga. Os avanços da pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é 
distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao refletir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, 
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que 
o trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado 
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção 
cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação 
no mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 
50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Consideradas provedoras 
naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de 
casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como 
uma crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com 
uma mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação 
de instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de financiamento, formação e 
regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas 
famílias, nas quais mulheres desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
27 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
crianças, idosos e pessoas com deficiência. Para a minoria que pode pagar, o mercado oferece 
serviços de cuidado
que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP. Ed. 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
Em relação a aspectos estruturais do texto CB1A1 e às informações por ele veiculadas, 
julgue os itens subsequentes.
009. 009. (CEBRASPE/TÉCNICO/INSS/2022) Os serviços de cuidados fornecidos na América Latina 
diferenciam-se dos providos em países do hemisfério norte.
010. 010. (CEBRASPE/TÉCNICO/INSS/2022) A profissionalização do trabalho de cuidados nos 
últimos anos remodelou a essência do conceito de cuidado.
TIPOLOGIAS E GÊNEROS TEXTUAIS .
011. 011. (FGV/ANALISTA/AL-RO/2018) A afirmativa abaixo que é inadequada em relação às 
narrativas é:
a) toda narrativa implica mudanças de situações ou estados.
b) as narrativas implicam uma causalidade na intriga.
c) todas as narrativas mostram personagens humanos ou humanizados.
d) uma narrativa mostra sempre uma integração de ações.
e) os relatos narrativos implicam sempre um narrador personagem.
012. 012. (CEBRASPE/ASSISTENTE/SEFAZ-RS/2019)
Texto 1A2-II
Neide nunca tinha pensado naquilo até que, mexendo um cremezinho de laranja na cozinha, a 
nutricionista do programa das dez da manhã falou:
— Ninguém é obrigado a parecer velho.
Tirando a canseira provocada por aquele horror de exames que o médico tinha pedido, Neide 
considerou que, aos sessenta e quatro anos, até que não parecia velha. Mexeu o creme com mais 
vigor. A dermatologista deu aparte:
— Alguns estudos afirmam que a velhice começa aos trinta e seis anos de idade.
Aos trinta e seis anos, ela já era casada havia doze anos com João Carlos, já era mãe dos gêmeos, 
já sustentava a casa e tinha até contratado um auxiliar só para atender as freguesas que batiam 
palmas no portão. Aos trinta e seis anos, João Carlos já havia sido despedido da firma e já indicava 
que ia se tornar um deprimido de marca e um desempregado crônico. O fogão de seis bocas e a 
campainha com barulho de sino vieram depois, e seus préstimos de doceira eram anunciados em 
uma tabuleta de madeira. A apresentadora, que já nem era tão mocinha, considerou que tudo 
dependia do estado de espírito da pessoa e das escolhas feitas durante a vida:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
about:blank
28 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
— Às vezes, é preciso dizer não.
Neide pensou que falar era fácil e que mais a vida mandava do que ela escolhia. Na tevê, a palavra 
era do geriatra, um homem robusto, de tez bronzeada e cabelos fartos e grisalhos.
— As pessoas podem continuar sexualmente ativas até a morte. Literalmente, o amor não 
tem idade.
Neide sentiu uma tontura, e, de repente, a colher de pau caiu ao chão com barulho. Foi bem na 
hora em que João Carlos entrou na cozinha: estava com sede. Varreu com os olhos a figura diante 
de si: o pijama azul de listras estava tão acabado que nem dava para pano de chão, e a barriga 
do marido esgarçava as casas dos dois últimos botões. A tontura deu uma pequena trégua, o 
suficiente para que ela se desgostasse à visão do descaimento.
Cíntia Moscovich. Aos sessenta e quatro. In: Essa coisa brilhante que é a chuva. Rio de Janeiro: 
Record, 2012 (com adaptações).
Assinale a opção que reproduz trecho do texto 1A2-II em que predomina a tipologia descrição.
a) “Ninguém é obrigado a parecer velho” (l. 4)
b) “Neide considerou que, aos sessenta e quatro anos, até que não parecia velha. Mexeu o 
creme com mais vigor” (l. 6 a 8)
c) “Alguns estudos afirmam que a velhice começa aos trinta e seis anos de idade” (l. 9 e 10)
d) “Foi bem na hora em que João Carlos entrou na cozinha: estava com sede” (l. 31 e 32)e) “a barriga do marido esgarçava as casas dos dois últimos botões” (l. 35 e 36)
013. 013. (FGV/ANALISTA/MP-RJ/2019) Observe o seguinte texto descritivo a seguir.
“A casa estava situada em centro de terreno; era bastante grande, com duas salas, quatro quartos, 
dois banheiros e um pequeno quintal. O piso de todos os cômodos era de cerâmica cinzenta e 
cada um deles possuía uma iluminação diferente”.
Nesse caso, a estratégia discursiva parte:
a) de longe para perto;
b) de cima para baixo;
c) das partes para o todo;
d) de baixo para cima;
e) do todo para as partes.
014. 014. (FGV/PROFESSOR/SME-SP/2023)
Como ensinar a ler
Se eu fosse ensinar a uma criança a arte da jardinagem, não começaria com as lições das pás, 
enxadas e tesouras de podar. Eu a levaria a passear por parques e jardins, mostraria flores e 
árvores, falaria sobre suas maravilhosas simetrias e perfumes; a levaria a uma livraria para que 
ela visse, nos livros de arte, jardins de outras partes do mundo. Aí, seduzida pela beleza dos 
jardins, ela me pediria para ensinar-lhe as lições das pás, enxadas e tesouras de podar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
29 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música, não começaria com partituras, notas e 
pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe falaria sobre os instrumentos que 
fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse 
o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as 
cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza 
tem de vir antes.
Se fosse ensinar a uma criança a arte da leitura, não começaria com as letras e as sílabas. 
Simplesmente leria as estórias mais fascinantes que a fariam entrar no mundo encantado da 
fantasia. Aí então, com inveja dos meus poderes mágicos, ela desejaria que eu lhe ensinasse o 
segredo que transforma letras e sílabas em estórias.
É muito simples. O mundo de cada pessoa é muito pequeno. Os livros são a porta para um 
mundo grande. Pela leitura vivemos experiências que não foram nossas e então elas passam a 
ser nossas. Lemos a estória de um grande amor e experimentamos as alegrias e dores de um 
grande amor. Lemos estórias de batalhas e nos tornamos guerreiros de espada na mão, sem os 
perigos das batalhas de verdade. Viajamos para o passado e nos tornamos contemporâneos dos 
dinossauros. Viajamos para o futuro e nos transportamos para mundos que não existem ainda. 
Lemos as biografias de pessoas extraordinárias que lutaram por causas bonitas e nos tornamos 
seus companheiros de lutas. Lendo, fazemos turismo sem sair do lugar. E isso é muito bom.
ALVES, Rubem, Ostra feliz não faz pérola. Ed. Planeta do Brasil Ltda. São Paulo. 2021.
O texto precedente, considerando-se sua organização discursiva, deve ser incluído entre 
os textos
a) descritivos.
b) narrativos.
c) dissertativos expositivos.
d) dissertativos argumentativos.
e) injuntivos.
015. 015. (FGV/TÉCNICO/PGM/2023) Abaixo aparecem cinco slogans publicitários; o slogan que 
apela a uma estratégia diferente da dos demais casos, é:
a) Um pouco de Veja e muito de limpeza;
b) São os pequenos detalhes que fazem as grandes marcas;
c) Após a escuridão vem a claridade com Eveready;
d) Não faça economia: compre um BMW;
e) Príncipe veste hoje o homem de amanhã.
016. 016. (IBGP/MUNICIPIO DE ITABIRA/ENGENHEIRO CIVIL/2020)
Educação financeira chega ao ensino infantil e fundamental em 2020
Oferta está prevista na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
Antonia, auxiliar de escritório, todos os dias compra uma balinha ou um chocolate, no ponto de 
ônibus, na volta do trabalho, que custa R$ 0,50. “Eu não dava importância para aquele gasto. 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
30 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
Imagina, R$ 0,50 não é nada! Mas eu nunca consegui economizar um centavo”. Fazendo as contas, 
esses centavos viram R$ 11 em um mês e R$ 132 em um ano.
São situações como essa, retirada de livro didático disponível online, que ensinam estudantes 
de escolas em várias partes do país a terem consciência dos próprios gastos e a ajudar a família 
a lidar com as finanças. A chamada educação financeira, cuja oferta hoje depende da estrutura 
de cada rede de ensino passa a ser direito de todos os brasileiros, previsto na chamada Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC).
“É uma grande oportunidade, uma grande conquista para a comunidade escolar do país”, diz a 
superintendente da Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil), Claudia Forte. “A 
educação financeira busca a modificação do comportamento das pessoas, desde pequeninas, 
quando ensina a escovar os dentes e fechar a torneira para poupar água e economizar. Isso é 
preceito de educação financeira”.
A BNCC é um documento que prevê o mínimo que deve ser ensinado nas escolas, desde a educação 
infantil até o ensino médio. Educação financeira deve, pela BNCC, ser abordada de forma 
transversal pelas escolas, ou seja, nas várias aulas e projetos. Parecer do Conselho Nacional de 
Educação (CNE), homologado pelo Ministério da Educação (MEC), prevê que as redes de ensino 
adequem os currículos da educação infantil e fundamental, incluindo esta e outras competências 
no ensino, até 2020.
A educação financeira nas escolas traz resultados, de acordo com a AEF-Brasil. Pesquisa feita 
em parceria com Serasa Consumidor e Serasa Experian, este ano, mostra que um a cada três 
estudantes afirmou ter aprendido a importância de poupar dinheiro depois de participar de 
projetos de educação financeira. Outros 24% passaram a conversar com os pais sobre educação 
financeira e 21% aprenderam mais sobre como usar melhor o dinheiro.
Desafios
Levar a educação financeira para todas as escolas envolve, no entanto, uma série de desafios, 
que vão desde a formação de professores, a oferta de material didático adequado e mesmo a 
garantia de tempo para que os professores se dediquem ao preparo das aulas.
De acordo com o presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz 
Miguel Garcia, os municípios, que são os responsáveis pela maior parte das matrículas públicas 
no ensino infantil e fundamental, focarão, em 2020, na formação dos docentes, para que eles 
possam levar para as salas de aula não apenas educação financeira, mas outras competências 
previstas na BNCC.
“Tivemos um grande foco na construção dos currículos e, agora, neste ano, [em 2020], entramos 
no processo de formação. Educação financeira, inclusão, educação socioemocional, todos esses 
elementos vão chegar de fato na sala de aula a partir da discussão que fizermos agora”, diz. 
Segundo ele, a implementação será concomitante à formação, já em 2020.
De acordo com Garcia, não há um levantamento de quantos municípios já contam com esse 
ensino. “Não existe uma orientação geral com relação a isso. São iniciativas locais. Não tenho 
como quantificar, mas não é algo absolutamente novo”, diz.
Ensinar a escolher
A educação financeira é pauta no Brasil antes mesmo da BNCC. Em 2010 foi instituída, por 
exemplo, a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), com o objetivo de promover ações 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meiose a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
31 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
de educação financeira no Brasil. Na página Vida e Dinheiro, da entidade, estão disponíveis livros 
didáticos que podem ser baixados gratuitamente e outros materiais informativos para jovens 
e para adultos.
As ações da Enef são coordenadas pela AEF-Brasil. Claudia explica que a AEF-Brasil foi convocada 
pelo Ministério da Educação (MEC) para disponibilizar materiais e cursos para preparar os 
professores e, com isso, viabilizar a implementação da educação financeira nas escolas.
As avaliações mostram que o Brasil ainda precisa avançar. No Programa Internacional de Avaliação 
de Estudantes (Pisa) 2015, o Brasil ficou em último lugar em um ranking de 15 países em 
competência financeira. O Pisa oferece 4 avaliações em competência financeira de forma optativa 
aos países integrantes do programa. O resultado da última avaliação dessa competência, aplicada 
em 2018, ainda não foi divulgado.
Os resultados disponíveis mostram que a maioria dos estudantes brasileiros obteve desempenho 
abaixo do adequado e não conseguem, por exemplo, tomar decisões em contextos que são 
relevantes para eles, reconhecer o valor de uma simples despesa ou interpretar documentos 
financeiros cotidianos.
É CORRETO afirmar que esse texto pertence ao domínio discursivo:
a) Escolar.
b) Jornalístico.
c) Acadêmico.
d) Publicitário.
017. 017. (SELECON/ASSISTENTE/CRA-RR/2021)
Os desafios da conservação da água no Brasil
Um dos países com maior disponibilidade de recursos hídricos do mundo, o Brasil tem problemas 
com seus indicadores de água. O acesso à água tratada e à coleta e tratamento de esgoto no 
país é desigual. As áreas urbanas tendem a ter índices melhores, enquanto áreas irregulares e 
afastadas são mais prejudicadas. Além de políticas públicas que assegurem o atendimento, que 
é dificultado pela distribuição desequilibrada da água e da população no território brasileiro, 
outro imbróglio é a conservação do próprio recurso, que enfrenta desafios.
Falta de saneamento
Um dos maiores vilões da qualidade da água no Brasil é a oferta de saneamento básico. Pouco 
mais da metade da população brasileira, 52,4%, tinha coleta de esgoto em 2017, e apenas 46% 
do esgoto total é tratado, de acordo com o Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento.
Dessa forma, um grande volume de esgoto não coletado ou não tratado é despejado em corpos 
d’água, provocando problemas ambientais e de saúde. “Essa falta de infraestrutura de saneamento 
básico tem um impacto brutal na qualidade das águas de todo o país”, diz o especialista Carlos.
Não só a carência de coleta e de tratamento de esgoto é problemática, mas também a poluição 
causada por indústrias e pela agricultura, como o lançamento de agrotóxicos.
Desmatamento, em especial no Cerrado
O desmatamento de matas ciliares, que acontece em todas as bacias hidrográficas do Brasil, 
altera a quantidade e a qualidade dos corpos hídricos. Essa vegetação protege o solo, ajuda na 
infiltração da água da chuva e na alimentação do lençol freático e permite a recarga dos aquíferos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
32 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
Sua retirada aumenta o assoreamento, a perda do solo, a erosão e a taxa de evaporação da água. 
Segundo José Francisco Gonçalves Júnior, professor do Departamento de Ecologia da Universidade 
de Brasília (UnB), todos esses impactos reunidos podem levar a uma indisponibilidade natural 
de recursos hídricos.
Em outra frente, o desmatamento do Cerrado, considerado a “caixa d’água do Brasil” por causa 
de sua posição estratégica na formação de bacias hidrográficas, vem sendo devastado pela 
expansão da fronteira agrícola. “Qualquer alteração no Cerrado pode levar a uma degradação 
de inúmeras bacias hidrográficas de extrema relevância para obtenção de recursos hídricos 
brasileiros”, afirma Gonçalves.
Para o professor, o uso do solo do bioma teve um efeito positivo na produtividade agrícola, mas a 
falta de uma regulação mais firme tem levado a uma superexploração, com vários danos. “Perda 
de território, de recarga de aquíferos, uma perda muito grande de nascentes e uma degradação 
e diminuição da disponibilidade de água”, enumera.
(Disponível em https://www.dw.com/pt-br/os-desafios-daconserva%C3%ATH%C3%A30-da-
%C3%A1
A presença de falas de especialistas é uma das características que revela o pertencimento 
do texto ao tipo:
a) jornalístico
b) filosófico
c) literário
d) jurídico
018. 018. (CEBRASPE/ANALISTA/PGE-PE/2019)
Texto CB2A1-I
1| Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza,
o poder e o saber mudaram simultaneamente. Quando isso
ocorre, sobrevêm verdadeiras descontinuidades que marcam
4| época, pedras miliares no caminho da humanidade. A invenção
das técnicas para controlar o fogo, o início da agricultura e do
pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia na
7| Grécia, as grandes descobertas científicas e geográficas entre
os séculos XII e XVI, o advento da sociedade industrial no
século XIX, tudo isso representa saltos de época, que
10| desorientaram gerações inteiras.
Se observarmos bem, essas ondas longas da história,
como as chamava Braudel, tornaram-se cada vez mais curtas.
13| Acabamos de nos recuperar da ultrapassagem da agricultura
pela indústria, ocorrida no século XX, e, em menos de um
século, um novo salto de época nos tomou de surpresa,
16| lançando-nos na confusão. Dessa vez o salto coincidiu com a
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Monalisa Silva Freire - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.gran.com.br
https://www.gran.com.br
33 de 102gran.com.br
 PDF SINTÉTICO
 Compreensão e Interpretação de Textos
Bruno Pilastre
rápida passagem de uma sociedade de tipo industrial dominada
pelos proprietários das fábricas manufatureiras para uma
19| sociedade de tipo pós-industrial dominada pelos proprietários
dos meios de informação.
O fórceps com o qual a recém-nascida sociedade
22| pós-industrial foi extraída do ventre da sociedade industrial
anterior é representado pelo progresso científico e tecnológico,
pela globalização, pelas guerras mundiais, pelas revoluções
25| proletárias, pelo ensino universal e pelos meios de
comunicação de massa. Agindo simultaneamente, esses
fenômenos produziram uma avalanche ciclópica — talvez a
28| mais irresistível de toda a história humana — na qual nós,
contemporâneos, temos o privilégio e a desventura de estar
envolvidos em primeira pessoa.
31| Ninguém poderia ficar impassível diante de uma
mudança dessa envergadura. Por isso a sensação mais
difundida é a desorientação.
34| A nossa desorientação afeta as esferas econômica,
familiar, política, sexual, cultural... É um sintoma de
crescimento, mas é também um indício de um perigo, porque
37| quem está desorientado sente-se em crise, e quem se sente em
crise deixa de projetar o próprio futuro. Se deixarmos de
projetar nosso futuro, alguém o projetará para nós, não em
40| função de nossos interesses, mas do seu próprio proveito.
Domenico de Masi. Alfabeto da sociedade desorientada: para entender o nosso tempo. Trad. 
Silvana Cobucci e Federico Carotti. São Paulo: Objetiva, 2017, p. 93-4 (com adaptações).
O texto caracteriza-se como dissertativo-argumentativo, devido, entre outros aspectos,

Outros materiais