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32
 
Alesson Ataíde de Souza Montes
Saneamento: Tratamento de esgoto doméstico através de Fossa Séptica Biodigestora em Zona Rural
Governador Valadares
2017
Alesson Ataíde de Souza Montes
Saneamento: Tratamento de esgoto doméstico através de Fossa Séptica Biodigestora em Zona Rural
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Ambiental e Sanitária. 
Orientador: MARIANE CARDOSO
Governador Valadares
2017
luiz pinheiro de oliveira junior
Saneamento: Tratamento de esgoto doméstico através de Fossa Séptica Biodigestora em Zona Rural
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Pitágoras como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Ambiental e Sanitária. 
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Governador Valadares, de de 2017 
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, a Deus, que me deu sabedoria para chegar até aqui, não somente por esse momento, mas por todas as coisas que fizeste na minha vida pois é e sempre será, meu mestre.
A minha amada esposa que sempre apoiou minhas decisões, mesmo quando tomava o caminho errado ela estava ali para me ajudar a regressar ao caminho correto, apoiando para me ajudar a chegar até aqui em busca desse grande sonho, por tanto sacrifício e falta de vida social nesses anos ao meu lado.
Ao meu filho, benção de Deus, que apesar de ter somente 8 anos me ensina o gosto da vida, e que é preciso voltar a ser criança as vezes para renovar a energia e começar novamente.
Ao corpo docente da faculdade Pitágoras, aos professores em especial, por me proporcionar conhecimentos educacional e profissional para a vida toda.
A todos que direto ou indiretamente fizeram parte dessa minha formação o meu muito obrigado mesmo.
ATAIDE, Alesson De Souza Montes. Saneamento: Tratamento de esgoto doméstico através de Fossa Séptica Biodigestora em Zona Rural. 2017. 32 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia Ambiental e Sanitária) – Faculdade Pitágoras, Governador Valadares, 2017.
RESUMO
A falta de saneamento básico nas zonas rurais bem como a carência de políticas públicas é um dos fatores limitantes da qualidade de vida de quem vive nesses locais. O esgoto sanitário despejado constantemente no solo sem qualquer tratamento é uma das grandes problemáticas enfrentadas por quem reside em zona rural. Por se tratar de esgoto seu potencial poluidor é altíssimo, e ser despejado no solo in natura compromete a qualidade de vida de quem acaba sendo exposto a isso, pois além de contaminar o solo o esgoto sanitário contamina o lençol freático e até águas superficiais, acarretando na ocorrência de várias doenças por veiculação hídrica. A solução para esse problema está na implantação de fossas sépticas biodigestoras que além de tratar o esgoto sanitário evitando que esse contamine o solo e a água, também pode ser útil na promoção do desenvolvimento rural. Por se tratar de locais de difícil a acesso a tecnologias mais desenvolvidas, as fossas sépticas biodigestoras são viáveis pois tratam os efluentes de forma adequada, que além de proporcionar a melhora da qualidade na saúde da população local e do meio ambiente, ainda tem a capacidade de promoção da melhoria econômica das famílias, pois o resultado final do tratamento desse efluente gera um biofertilizante que pode ser usado em suas plantações e pastagens.
Palavras-chave: Saneamento; Esgoto; Contaminação; Doença; Fossa Séptica; Biofertilizante; Saúde.
ATAIDE, Alesson De Souza Montes. Sanitation: Treatment of domestic sewage through septic tank Biodigestora in Rural Area. 2017. 32 f. Course Completion Work (Environmental and Sanitary Engineering) - Pitágoras College, Governador Valadares, 2017.
ABSTRACT
The lack of basic sanitation in rural areas as well as the lack of public policies is one of the limiting factors in the quality of life of those living in these places. The sanitary sewage constantly dumped on the ground without any treatment is one of the major problems faced by those who live in rural areas. Because it is a sewage, its pollutant potential is very high, and being dumped in the soil in natura compromises the quality of life of those who end up being exposed to it, because in addition to contaminating the soil the sanitary sewage contaminates the water table and even surface water, causing in the occurrence of several diseases by water transmission. The solution to this problem is in the implantation of septic tanks biodigestoras that besides treating the sanitary sewage avoiding that contaminates the soil and the water, also can be useful in the promotion of the rural development. Because they are difficult to access to more developed technologies, septic tanks biodigestores are feasible because they treat the effluents adequately, which in addition to improving the quality of the health of the local population and the environment, still has the capacity of promoting the economic improvement of families, since the final result of the treatment of this effluent generates a biofertilizer that can be used in its plantations and pastures.
Key-words: Sanitation; Sewer; Contamination; Disease; Septic Trench; Biofertilizer; Cheers.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Esquema de Fossa Séptica Biodigestora	18
Figura 2 – Kit da Fossa Séptica Biodigestora	20
Figura 3 – Medições do terreno	21
Figura 4 – Abertura do buraco para receber as caixas coletoras	22
Figura 5 – Instalação da primeira caixa e da válvula de retenção	22
Figura 6 – Alocação da segunda caixa coletora e da válvula de escape de gás	23
Figura 7 – Instalação da terceira caixa coletora	24
Figura 8 – Benefícios das Fossas Sépticas Biodigestoras	25
Figura 9 – Utilização Do Adubo Orgânico	26
Figura 10 – Adução feita através de trator utilizando biofertilizante	27
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Comparação entre as opções de fossa para saneamento: características selecionadas	18
 
súmario
1	INTRODUÇÃO	9
1.1	PROBLEMA DE PESQUISA	10
1.2	OBJETIVOS	10
1.2.1	Objetivo Geral	10
1.2.2	Objetivos Específicos	10
1.3	JUSTIFICATIVA	10
1.4	METODOLOGIA	11
2	SANEAMENTO E SAÚDE	12
2.1	QUALIDADE DAS ÁGUAS	13
2.2	PARÂMETROS DA QUALIDADE DA ÁGUA	14
2.2.1	Parâmetros Físico-Químicos	15
2.2.2	Parâmetros Biológicos	16
3	FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA: UMA SOLUCÃO VIÁVEL NO TRATAMENTO DO ESGOTO RURAL	17
3.1	ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA FSB	17
3.2	BIODIGESTÃO	19
3.3	CONSTRUÇÃO DA FSB	20
4	BENEFICIOS DA UTILIZAÇÃO DE FSB	25
4.1	UTILIZAÇÃO DO BIOFERTILIZANTE COMO ADUBO ORGÂNICO	26
4.2	MELHORA NA QUALIDADE DA ÁGUA	28
CONSIDERAÇÕES FINAIS	30
REFERÊNCIAS	31
INTRODUÇÃO
No Brasil o Saneamento Básico um direito assegurado pela constituição e pela lei nº 11445/2007(EOS organização e sistemas). O primeiro registro de Saneamento no Brasil segundo pesquisas ocorreu em 1561, quando o fundador Estácio de Sá mandou escavar um poço para abastecer o Rio de Janeiro. Mas foi a partir de 1940 que se começou a comercialização de serviço de Saneamento.
A atual instrumentadora que norteia sobre metas e estratégias do setor de Saneamento é a PLANSAB (Plano Nacional de Saneamento Básico) e os órgãos responsáveis pelo monitoramento das leis e diretrizes são ANA (Agencia Nacional de Aguas) que é o órgão responsável pelo gerenciamento de recursos Hídricos e o SNIS (Sistemas Nacional de informação sobre Saneamento) e o maior e mais importante sistema de informação sobre Saneamento. Segundo alguns dados atuais pelo ITB (Instituto trata Brasil), em nosso pais 83,3% da população são atendidas com fornecimento de agua tratada e 35 milhões de brasileiros ainda não tem acesso a este tipo de serviço, a cada 100 litros de agua tratada 37% não são consumidas segundo ITB. Com relação a coletas e o tratamento de esgoto os números diminuem consideravelmente e os números dos que não são atendidos pelo serviço básico, aumentandoem relação aos que não tem nenhum acesso a esses serviços básicos. Devido a dados como esse se deu a pesquisa bibliográfica do tratamento de esgoto de Zona Rural onde não se conseguiu praticamente dados alguns dessa parte da população brasileira. 
Segundo IBGE-PNAD 2014, a população rural do Brasil soma 30,5 milhões de pessoas (15% do total nacional). O saneamento básico ainda e uma coisa de outro mundo para o campo, mais de 50% dos moradores do campo ainda possuem modos de saneamento rudimentares tais como fossas negras, valas, buracos ou lançamento direto nos rios ou no solo. Cerca de 14% não possuem banheiro, urinando e/ou defecando deforma livre. Dados do Ministério das Cidades (base 2014) mostram que cerca de 35 milhões de brasileiros não tem acesso à água tratada, mais de 50% da nossa população não tem acesso à coleta dos esgotos e somente 40% dos esgotos Brasileiros são tratados antes de serem lançados na natureza.
Hoje quando pensado em novas formas de desenvolvimento se dá maior ênfase para as Zonas Urbanas, e se esquece do desenvolvimento e das necessidades de pequenas comunidades do setor rural, principalmente nas pequenas propriedades, não são vistas como parte importante deste planejamento. 
PROBLEMA DE PESQUISA
Como tratar o esgoto rural já que o saneamento nessas áreas é precário ou até inexistente resolvendo o problema de poluição das águas superfícies e subterrâneas?
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Avaliar a eficiência do tratamento do esgoto sanitário por fossa séptica biodigestor, através do liquido final tratado e seus benefícios aplicado como adubo de plantações na agricultura familiar.
Objetivos Específicos
Consideram-se como objetivos específicos:
· Fazer uma abordagem sobre saneamento, saúde e a qualidade da água;
· Avaliar a eficiência de fossas sépticas biodigestora para que a não contaminação das águas;
· Mostrar os benefícios da utilização das fossas sépticas biodigestoras como redutora de impactos em corpos hídricos e como o biofertilizante é benéfico ao produtor rural.
JUSTIFICATIVA
Pesquisar e comparar as características físico-química, nutricional e microbiológica do esgoto tratado através do tratamento até aqui apresentado, depois de observado através de dados e pesquisas a qualidade de vida em Zona Rural, seja aqui através da mesma ou na realidade já vivida surgindo o interesse de melhores condições de vida através de estudo do tratamento de esgoto, de modo simples e econômico para se torna viável a todas as classes rurais.
Atualmente com os dados do ITB na região sudeste, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo, somente 47,39 % do esgoto são tratados. Esses dados são de zonas urbanas, dados em zonas rurais do mesmo sudeste é desconsiderada simples assim.
METODOLOGIA
Para elaboração e desenvolvimento do trabalho foi utilizado uma pesquisa e revisão de bibliografia.
Toda bibliografia publicada relacionada ao tema de estudo, sejam publicações avulsas, impresso, até mesmo meio de comunicação oral, gravações em fita magnética e audiovisuais. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi dito, escrito ou filmado sobre tal assunto (MARCONI E LAKATOS, 2010, p. 166).
Estudo e desenvolvimento do trabalho envolvendo parte dos conceitos básicos relacionados ao tema proposto em busca de maior conhecimento.
SANEAMENTO E SAÚDE
Todos estão sujeitos diariamente a infecções por doenças de veiculação hídrica, tanto no meio urbano como no meio rural, esse problema geralmente se dá pela falta ou precariedade de um sistema de saneamento básico. No meio rural o problema é ainda mais sério pois é praticamente inexistente um sistema de coleta e de tratamento de esgoto. As doenças de veiculação hídrica podem se propagar com fonte direto na água ou pela falta de higiene.
Doenças com fonte na água (water borne diseases): dependem da água para sua transmissão como cólera, salmonela, diarreia, leptospirose (desenvolvida na maioria das vezes durante as inundações pela mistura da urina do rato) etc. A água age como veículo passivo para o agente de infecção. Doenças devido à falta de higiene: dependem da educação da população e da disponibilidade de água segura. Essas doenças estão relacionadas à infecção do ouvido e alergia na pele e olhos. Muitas dessas doenças estão relacionadas com baixa cobertura de água e rede de esgotamento sanitário, como no caso da diarreia e cólera (PHILIPPI JR., 2005, p. 394). 
É habitual em propriedades rurais o uso das denominadas fossas negras, essas fossas não possuem quaisquer tipos de tratamento e podem facilmente infectar o lençol freático que por sua vez é a fonte de abastecimento da grande maioria dos residentes em área rural acarretando no comprometimento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas.
Os organismos indicadores comumente empregados servem apenas para indicar a existência da poluição fecal e não podem ser tomados como medida do grau da poluição ou da presença de microrganismos patogênicos. De modo geral, se for constatada a contaminação fecal da água, pode-se supor a presença de elementos patogênicos. (BERNARDE, 1973)
O Tratamento de esgoto e uma medida de Saneamento Básico feita para acelerar processos de purificação da agua antes de ser devolvida ao meio Ambiente ou ser reutilizada por outros fins desde que não seja a ingestão pelo homem. Sua origem e através dos esgotos provenientes seja de residências, comércios ou industrias. Unidades de tratamento em zonas urbanas são chamadas de ETE (Estação de tratamento de Esgoto), onde vai a agua poluidora por qualquer detrito passa por alguns tratamentos.
1 
QUALIDADE DAS ÁGUAS
O fator qualidade da água está relacionada a uma série de fatores como: DBO; Oxigênio Disponível (OD); materiais flutuantes; pH; e algumas substâncias potencialmente prejudiciais, como o fósforo e o nitrato. No, entretanto, para a análise da qualidade ambiental da água devem ser observadas as características descritas na legislação brasileira (BRASIL, 2011c) assim como a contaminação microbiológica. A utilização de fossas negras está diretamente associada a mudanças na qualidade da água.
De acordo com Resolução CONAMA 357/2005 os parâmetros para avaliação da qualidade da água são: aspectos físicos, químicos e biológicos sendo cada tipo de amostra deve estar dentro dos padrões estabelecidos pela norma vigente.
É pela água consumida em uma fonte contaminada que podem ser contraídas doenças severas, a exemplo da hepatite, da cólera, da salmonelose e outras. Com esse esclarecimento, é possível compreender por que, em muitos lares rurais, os moradores costumam reclamar de dores de barriga, de cabeça e por todo o corpo. Isso pode ser provocado pelos micróbios que contaminam as fontes de água utilizadas para o consumo humano. (EMBRAPA, 2010)
Na tabela 1 é possível analisar os benefícios da utilização de FSB:
Tabela 1. Comparação entre as opções de fossa para saneamento: características selecionadas.
	
	
Fossa rudimentar
	
Fossa séptica
	Fossa séptica biodigestora
	Contaminação águas superficiais
	
Sim
	
Não
	
Não
	Contaminação águas subterrâneas
	
Sim
	
Não
	
Não
	Necessidade de retirar os dejetos
	
Sim/Não*
	
Sim
	
Não
	Efluente reciclável
	Não
	Não
	Sim
	Todo esgoto doméstico
	
Sim
	
Sim
	
Não**
	Proliferação de vetores
	
Sim
	
Sim
	
Não
	Odor desagradável
	Sim
	Sim
	Não
	Vedação hermética
	Não
	Não
	Sim
FONTE: Adaptado de Silva (2011).
As Fossas Sépticas Biodigestoras (FSB) surgem como uma solução para a problemática enfrentada em zonas rurais. Além de tratar o esgoto sanitário, o sistema produz biofertilizante orgânico com efeitos favoráveis, melhorando assim a produção rural. Segue abaixo a estrutura e o conceito de uma fossa séptica biodigestora.
PARÂMETROS DA QUALIDADE DA ÁGUA
Uma ferramenta fundamental para realizar uma avaliação da qualidade da água é a Resolução CONAMA 357/2005 nela está normatizada os aspectos físico-químico que o grau de pureza da água.
Diferenciados em físicos, químicos, e biológicos os parâmetros de caracterização das águas de abastecimentodevem estar nos padrões estabelecidos pela norma vigente. Dentre os parâmetros utilizados para caracterizar fisicamente as águas naturais estão a cor, a turbidez, os níveis de sólidos em suas diversas frações, a temperatura, o sabor e o odor. Os parâmetros químicos envolvem o potencial hidrogeniônico (pH), acidez, oxigênio dissolvido, fósforo, cloretos, dentre outros. Estes são os parâmetros mais utilizados para caracterizar a qualidade da água, onde são avaliados o conteúdo orgânico, a força iônica, gases dissolvidos, nutrientes, presença de compostos orgânicos sintéticos, dentre outros.
Parâmetros Físico-Químicos
Matéria Orgânica: é a principal causadora de poluição, a matéria orgânica é responsável pelo consumo de oxigênio dissolvido em água, isto ocorre para que haja a estabilização da matéria orgânica pelos organismos. 
Sólidos Totais: segundo Von Sperling (2005) apenas 0,1% do esgoto doméstico é composto por sólidos, e que exceto os gases dissolvidos todos os demais contaminantes existentes na água, favorecem a carga de sólidos.
Turbidez: é a presença de matéria em suspensão na água que tende a reduzir a transparência da água. Partículas como a de argila, silte, substâncias orgânicas finas, organismos microscópicos e outras partículas. 
Nitrogênio: de acordo com Von Sperling (2005) existe várias formas com o nitrogênio qual pode ser encontrado no meio aquático, na forma de nitrogênio molecular (N2), nitrogênio orgânico, amônia livre (NH3), íon amônio (NH4+), íon nitrito (NO2-) e íon nitrato (NO3-). Além de ser nutriente essencial para o crescimento e desenvolvimento de algas e plantas.
Fosforo: assim como o nitrogênio o fosforo é essencial para o crescimento e desenvolvimento de algas e plantas no corpo e pelo desenvolvimento de microrganismos que estabilização a matéria orgânica.
Potássio: segundo Azambuja (1996) o potássio é macronutriente e sua presença na água tende a melhorar o aproveitamento do nitrogênio, assim obtém-se como resultado uma melhor formação dos grãos e dos tubérculos.
Cálcio: O cálcio auxilia no bom desenvolvimento e bom funcionamento das raízes e para a fixação de nitrogênio atmosférico e é influenciado por alguns fatores, sendo estes: textura do solo, matéria orgânica e lixiviação.
Magnésio: Verlengia; Coelho (1973) diz que o magnésio tem relação com o aporte de fósforo na planta, e que a deficiência do mesmo causa clorose e baixo desenvolvimento de grãos e frutos nas plantas.
Parâmetros Biológicos
De acordo com Richter e Netto (1991) certos microrganismos presentes em corpos hídricos podem a poluição da água pois possuem características patogênicas observadas em esgoto doméstico. O indicador dos parâmetros biológicos é: 
· Organismos Indicadores De Contaminação Fecal: a presença dos chamados microrganismos termotolerantes na água indicam que ela está contaminada por fezes humanas ou de animais de sangue quente que possuam potencial transmissivo de doenças. 
Entre os indicadores de poluição fecal mais usados, destaca-se o coliforme Escherichia coli e o Enterococci, sempre presentes nas fezes humanas. Por outro lado, algumas bactérias anaeróbias, como o Clostridium bacteroides e o Bifidobacterium, também servem como indicadores. (Mancuso, 1988)
São bem relativos e limitados os dados sobre a sobrevivência de bactérias nas águas subterrâneas, de modo geral tem-se uma teoria superficial de que possuem uma vida mais prolongada em águas subterrâneas se comparado com águas superficiais, pois as condições de iluminação, a temperatura e a não competição por nutrientes são mais favoráveis.
FOSSA SÉPTICA BIODIGESTORA: UMA SOLUCÃO VIÁVEL NO TRATAMENTO DO ESGOTO RURAL
Um dos grandes problemas enfrentados por quem reside em local rural é a dificuldade em tratar o esgoto gerada, devido ao afastamento dessas áreas, fica inviável a implantação de uma ETE pois o custo para a construção e manutenção é elevado. Chega no Brasil em 2001 o conceito de um sistema biodigestor inspirado em experiências desenvolvidas na Ásia. “Em 2001, o médico veterinário Antônio Pereira de Novaes, pesquisador da Embrapa Instrumentação Agropecuária, de São Carlos (SP), teve a ideia de criar o sistema das Fossas Sépticas Biodigestoras” (EMBRAPA, 2010).
As fossas sépticas Biodigestora (FSB) e uma tecnologia social, uma solução de tratamento de esgoto nas zonas rurais, que permite transformar dejetos humanos oriundos do esgotamento sanitário, em adubos orgânicos líquidos sendo utilizados em plantio. 
O processo do tratamento de esgoto através do tanque Séptico Biodigestor, busca recuperar e melhorar a qualidade da agua, com a remoção de alguns poluentes do esgoto, fazendo com que atenda a padrões de qualidade (valores limites de parâmetros físico-químicos e microbiológicos) estabelecidos pela legislação ambiental.
Segundo Novaes et al. (2002 apud Silva et al., 2007), a fossa biodigestora funciona por meio da digestão fermentativa que ocorre devido ao tratamento biológico do esgoto. Adotar esse sistema é contribuir para a viabilização do tratamento de esgoto, pois assim é possível prevenir a proliferação de doenças veiculadas por água poluída pelos efluentes domésticos.
2 
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA FSB
 O sistema de FSB é composto por três caixas d´agua seja de amianto ou plástico de fácil acesso comercial, ficam conectadas entre si através de canos de PVC que fica ligada somente do vaso sanitário da residência, o motivo de ser ligada somente ao vaso sanitário por que pias e chuveiros contem sabão ou detergentes que tem propriedades antibióticas que inibem o processo de biodigestão. 
Na figura 1 apresenta-se o modelo mais comum, a Fossa Séptica Biodigestora desenvolvida pela EMBRAPA que visa substituir as fossas sépticas, negras e o esgoto a céu aberto e utilizar o efluente como adubo orgânico, de forma a minimizar os gastos com adubação química.
Figura 1. Esquema de Fossa Séptica Biodigestora
FONTE: NOVAES et al. (2002).
A primeira caixa d´agua e composta de 50% de agua e os outros 50% de esterco bovino o grande objetivo e o aumento de atividade microbiana assim tendo eficiência da biodigestão, esse processo terá de ser repetido a cada 30 dias com 10 litros da mistura agua e esterco através da válvula de retenção. O sistema conta ainda com duas válvulas de alívios como se fosse chaminés em cima das tampas da caixa, colocadas nas duas primeiras caixas para saídas do gás metano(CH4) podendo o efluente ser usado ao final como adubo e a agua como irrigação.
O cálculo dessas caixas diante da quantidade de litros medidas por pessoas da casa, a média e 5 pessoas em média então calcula-se que essas gastam 50 litros ao final de um dia, então em um mês gasta-se 1500 litros. O material e fermentado por 35 dias nas caixas período suficiente para a biodigestão (Schoken-Iturrrino,1995) podendo ser utilizado como adubo orgânico em canteiros de plantações a custo zero.
A eficiência já começa na primeira caixa onde junta-se fezes humanas com fezes bovinas sofrendo fermentação ou biodigestão anaeróbia distribuindo 70% dos vermes e organismos patogênicos nos dejetos humanos. Na segunda caixa continua eliminando mais 30% restante dos patógenos. A terceira caixa fica a agua tratada através desse processo, podendo ser usada na agricultura familiar.
Os processos físicos e biológicos que ocorrem dentro da fossa séptica provocam a degradação da matéria orgânica, a finalidade do tratamento, visa programar aspectos de melhoria ambiental, como a redução de doenças, melhoria da saúde da comunidade, contribui na qualidade das águas de rios, riachos e lençóis freáticos, ou seja, na melhoria da qualidade de vida em geral.
Ao se tratar da eficiência do processo de degradação da matéria orgânica, muitos autores, ao longo do tempo, denotam faixas de remoção dos parâmetros DBO e DQO e do parâmetro sólidos, situando-se na faixa de 40 a 70% e de 50 a 80%, respectivamente.
BIODIGESTÃO
Como o saneamento em zona rural é precário ou até inexistente as Fossas Sépticas Biodigestoras fazem esse papel, pois permite que seja feito o tratamento doesgoto de modo geral produzido nas residências rurais.
No final do processo de Biodigestão, é produzido um adubo natural líquido, sem cheiro desagradável nem vermes nocivos à saúde humana e ao meio ambiente. Ele pode ser utilizado para fertilizar e irrigar o solo, contribuindo para melhorar a qualidade do solo e também a renda dos agricultores. (EMBRAPA, 2010)
A FSB chega então como uma alternativa tecnológica eficientemente capaz de não somente substituir os esgotos a céu aberto e as fossas rudimentares, mas resolver a problemática representada por esses sistemas antigos e extremamente prejudiciais. Essa tecnologia pode ser instalada e usada facilmente em casas, chácaras e povoados rurais que carecem de sistema de esgotamento sanitário.
CONSTRUÇÃO DA FSB
Uma FSB é capaz de comportar uma residência familiar para até cinco pessoas que despejam 50 litros de descanga por dia segundo a cartilha da EMBRAPA (2010).
Cada Fossa Séptica Biodigestora é composta por um kit de produtos facilmente encontrados em lojas de material de construção. O produtor rural deve conhecer qual é a finalidade de cada peça para monitorar o funcionamento da Tecnologia Social. (EMBRAPA, 2010)
Segue a relação completa dos itens e ferramentas necessários para a construção de uma fossa séptica biodigestor (Figura 2):
 
Figura 2. Kit da Fossa Séptica Biodigestora
FONTE: EMBRAPA, 2010.
De acordo com a cartilha da Embrapa, para a construção de uma FSB é necessário:
O local escolhido deve seguir alguns parâmetros: o local deve ser seco; deve ficar 40cm abaixo do nível sanitário; deve ficar afastado de cursos de água ou do lençol freático; sempre instalar próximo ao sanitário e de janelas da casa; para facilitar a biodigestão as tampas das caixas devem ficar expostas ao Sol. Desnível entre as caixas: deve haver um desnível de 50cm de uma caixa para a outra, para que o registro realize a coleta do biofertilizante automaticamente. (EMBRAPA, 2010)
O primeiro passo é a escolha e medição do local (Figura 3).
Figura 3. Medições do terreno
Fonte: EMBRAPA, 2010
O material utilizado para construção da FSB está descrito na Figura 2, estes por sua vez seguem um padrão para facilitar tanto na execução do projeto quanto nos resultados finais dele. As caixas coletoras que irão receber os dejetos devem ser de formato arredondadas, e seu material composto por fibra de vidro ou de manilhas de concreto.
O segundo passo (Figura 4): a abertura do solo para a preparação das caixas: o solo deverá ser escavado para a alocação das caixas coletoras, as dimensões são: 5 metros de comprimento; 1,5 metro de largura; 80 centímetros de profundidade, de acordo com o tamanho da caixa e do desnível do terreno. (EMBRAPA, 2010)
Figura 4. Abertura do buraco para receber as caixas coletoras
Fonte: EMBRAPA, 2010
O terceiro passo (Figura 5): Seguindo especificações da EMBRAPA (2010) instalação da primeira caixa coletora: um cano de PVC de 100mm deve fazer a ligação do sanitário a essa caixa, é importante que nenhuma outra conexão com casa e não pode haver vazamentos ao longo da tubulação, pois comprometeria todo o sistema, portanto para vedação do cano na caixa é instalado um anel de borracha ou de argamassa. Na tampa dessa caixa deverá ser instalada uma válvula de escape, essa será para que o gás formado pelo processo seja eliminado
Figura 5. Instalação da primeira caixa e da válvula de retenção
Fonte: EMBRAPA, 2010
O quarto passo (Figura 6): de acordo com a EMBRAPA (2010) a instalação da segunda caixa coletora: essa caixa deve estar ligada a primeira por um cano de PVC 100mm com curva de 90 graus e no interior da caixa haverá na saída um tudo de PVC com duas curvas de 90 graus, é por meio dessa tubulação que os rejeitos passarão para a terceira caixa, já em forma de efluente liquido totalmente livre de patógenos. Nas caixas 1 e 2 é onde ocorre a biodigestão dos resíduos, para assegurar total eficiência nessa fase recomenda-se que as tampas dessas caixas sejam pintadas de preto para elevar a temperatura dentro delas. A exemplo da primeira caixa nessa na tampa desta também deverá ser instalada uma válvula de escape para dispersão dos gases
Figura 6. Alocação da segunda caixa coletora e da válvula de escape de gás
Fonte: EMBRAPA, 2010
O quinto e último passo (Figura 7): de acordo com a EMBRAPA (2010) nessa etapa será instalada a terceira caixa. Nela conterá somente o resultado final do processo da biodigestão, ou seja, restará somente o biofertilizante. Essa caixa não precisa ser vedada pois será necessário a retirada do material para devidos fins que o morador adotar. Geralmente o período para enchimento das 3 caixas é de 90 dias sendo 30 dias para cada.
Figura 7. Instalação da terceira caixa coletora
Fonte: EMBRAPA, 2010
Conforme informado acima, o período para que as caixas fiquem cheias é de 90 dias, isso vai depender muito da quantidade de dejetos liberado, caso a terceira caixa fique cheia em menos de 20 dias será necessário a instalação de uma quarta caixa para que o processo de fermentação dos dejetos ocorra por completo.
BENEFICIOS DA UTILIZAÇÃO DE FSB
São inúmeras as vantagens da implantação do tratamento de esgoto pela Fossa séptica Biodigestora. A NBR 7229/1993 apresenta um fluxograma do sistema de tratamento de esgoto domiciliar através do tanque séptico Biodigestor, e o pôs-tratamento final são apresentadas diversas vantagens, em busca de um resultado satisfatório que atenda as demandas e padrões específicos pelas legislações vigentes (Figura 8).
Figura 8. Benefícios das Fossas Sépticas Biodigestoras
Fonte: EMBRAPA, (2009)
Com o alto nível de eficácia conciliado ao baixo custo, objetivo a longo prazo com a implantação desse tratamento aplicado por grande parte de proprietários rurais é alcançar um nível poluidor do corpo hídrico, será de valor inestimável tanto para as espécies marinhas quanto para os seres-humanos. No tratamento ou na melhor destinação dos esgotos gerados o tanque séptico Biodigestor é um tratamento sanitário apresentado para locais onde a rede de esgoto pública ainda não é uma realidade, substituindo os esgotos a céu aberto e as fossas rudimentares existentes.
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UTILIZAÇÃO DO BIOFERTILIZANTE COMO ADUBO ORGÂNICO
Um dos benefícios da FSB é a utilização dos biofertilizantes obtido no processo de decomposição do esgoto como adubo orgânico. 
O adubo orgânico armazenado na terceira caixa da Fossa Séptica Biodigestora poderá ser utilizado na adubação do solo de pastagens, de culturas frutíferas e outras de ciclo longo, como canaviais e paineiras. Pode-se potencializar sua utilização, se for empregado para enriquecer materiais orgânicos palhosos, com elevadas concentrações de carbono. (EMBRAPA, 2010)
Em caso de uso desse para preparar o solo com o intuito de cultivar hortaliças o biofertilizante por seu aplico puro ou pode ser diluído em água e ser feita a aplicação do mesmo. De forma alguma ele poderá ser aplicado diretamente nas hortaliças, e nunca deve ser mistura com adubo químico (Figura 9). 
Figura 9. Utilização Do Adubo Orgânico
Fonte: EMBRAPA (2010)
Uma das formas para obter ainda mais enriquecimento do solo é fazer a compostagem desse biofertilizante, ou seja, mistura-lo a materiais orgânicos (esterco de animais, sobras de origem animal ou vegetal). Rico em nutrientes, o biofertilizante deve ser usado para melhorar a fertilidade de solos pobres. Contém cálcio, magnésio, fósforo, enxofre, potássio e, principalmente nitrogênio. (EMBRAPA, 2010)
Uma outra forma de adubação e preparo da terra utilizando o biofertilizante é a irrigação, processo geralmente feito por um trator com uma caixa d’água acoplada como mostrado na Figura 10.
Figura 10. Adução feita através de trator utilizando biofertilizante
Fonte: EMBRAPA, 2010
De acordo com a resolução CONAMA n°20, de 18 de junho de 1986, revogada e substituída pela CONAMA 357, não apresentando padrões para a reutilização do efluente, estabelecendo que a utilização de efluente de esgoto doméstico para fins de criação natural de espécie a alimentação humana que serão ingeridas cruas nãodevem conter concentração de coliformes fecais que se exceda 14 coliformes fecais por 100ml, sendo no total das amostras,10% não podendo ultrapassar a concentração de 43 coliformes fecais por 100ml.
Havendo nutrientes disponíveis no solo as plantas farão a absorção para seu desenvolvimento. Segundo Wendling et al., (2002) as plantas necessitam que haja uma concentração maior de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre para se desenvolver, enquanto, boro, cobalto, cobre, ferro, manganês, molibdênio, zinco e cloro são elementos exigidos em menor quantidade, porem são necessários para que a planta fique menos vulnerável às pragas e doenças. 
Para saber a quantidade de nutrientes que se deve disponibilizar para a planta (adubação), deve-se necessariamente saber o tipo de planta que se quer produzir, o substrato que a planta está fixada, os nutrientes que este substrato contém além da quantidade de produção que se quer obter, entre outros (AZAMBUJA, 1996).
MELHORA NA QUALIDADE DA ÁGUA
Além de preservar o solo dos produtos químicos, a FSB evita a contaminação das águas subterrâneas e superficiais. 
A eficiência de remoção pode ser classificada como a capacidade de reduzir as impurezas que diminuem a qualidade da água ou que trazem características patógenas, pelo sistema de tratamento utilizado. Por este motivo, a finalidade do tratamento, em vista da eficiência de remoção, visa programar aspectos de melhoria ambiental, como a redução de doenças, melhoria da saúde da comunidade, contribui na qualidade das águas de rios, riachos e lençóis freáticos, ou seja, na melhoria da qualidade de vida em geral (CAGEPA, 2014).
Ao se tratar da eficiência do processo de degradação da matéria orgânica, muitos autores, ao longo do tempo, denotam faixas de remoção dos parâmetros DBO e DQO e do parâmetro sólidos, situando-se na faixa de 40 a 70% e de 50 a 80%, respectivamente. No entanto, tais resultados dependem das características do efluente, do projeto da fossa séptica em si e da manutenção do sistema de tratamento (ANDREOLI et al, 2009).
Em áreas rurais muito distante é comum encontrar nas propriedades as fossas rudimentares. Nesse sistema, os desejos são lançados em solo sem nenhum tratamento, isso além de prejudicar o solo, causa a contaminação do corpo hídrico acarretando na disseminação de doenças, como diarreia, hepatite e cólera.
A substituição das fossas rudimentares por fossa séptica biodigestora, evita contaminação das águas, pois durante o processo de fermentação são eliminados os coliformes fecais, agentes causadores de doenças.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho teve como objetivo salientar a importância do tratamento do esgoto doméstico para a melhora da qualidade de vida de quem reside em zona rurais, local onde o acesso ao saneamento é muitas vezes inexistente. 
É preciso adequar as tecnologias existentes de acordo com a particularidade de cada região, áreas de zona rural sofrem com a precariedade de sistemas de saneamento básico, sistemas alternativos surgem como uma solução para os problemas enfrentados por moradores desses locais.
Nesse cenário as Fossas Sépticas Biodigestoras representam uma das alternativas mais viáveis para a solução de falta de saneamento rural, por ser uma alternativa barata e de eficiência comprovada, a FSB possui um grande potencial de implementação na realidade das zonas rurais. 
Percebeu-se que a FSB além de atender as necessidades da área não atendida por rede coletora, traz benefícios para a saúde dos moradores e para o meio ambiente, uma vez que o esgoto que antes era jogado em solo, contaminando as águas tanto subterrâneas como superficiais, causando várias doenças por veiculação hídrica, passa por um processo de descontaminação onde o mesmo deixa de ser prejudicial e passa a se tornar um excelente biofertilizante para ser usando no campo trazendo benefícios econômicos, pois contribui para a melhoria da produtividade da agricultura familiar.
Sendo assim, esse trabalho mostra a necessidade expansão das políticas públicas existentes para a melhoria da qualidade de vida da população que mora em comunidades rurais onde não há acesso de saneamento básico. 
REFERÊNCIAS
ANDREOLI, Cleverson V. (coord.) et al. Lodo de Fossa Séptica: Caracterização, Tecnologias de Tratamento, Gerenciamento e Destino Final. 1 ed. 388 p. Rio de Janeiro; ABES, 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS1. NBR 7229: Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos. Rio de Janeiro, 1993.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS2. NBR 13969: Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro, 1997.
AZAMBUJA, João M. V. de; O Solo e o Clima na Produtividade Agrícola. Guaíba, RS; Livraria e Editora Agropecuária Ltda., 1996.
BERNARDE, M.A. (1973) Land disposal of sewage effluent: appraisal of health effects of pathogenic organism. J. Am. Water Works Assoc., 85: 432.
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COELHO, Fernando S.; VERLENGIA, Flávio. Fertilidade do Solo. 2. ed. Campinas, São Paulo; Instituto Campineiro de Ensino Agrícola, 1973.
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DA SILVA, W.T.L. (2011). Comunicação pessoal. SPERLING, Marcos V. Introdução a qualidade das águas e ao tratamento de esgoto: princípios do tratamento biológico de águas residuárias. 3 ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais, 2005
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA; Fossas Sépticas Biodigestoras em Sistemas Agrícolas Familiares na Borda Oeste do Pantanal. 2010. Disponível em:<http://www.cpap.embrapa.br/publicacoes/online/FOL155.pdf>. Acesso em: 10 de set. 2017.
EMBRAPA.  Saúde e renda no campo: Saiba como reaplicar o sistema inovador de Fossas Sépticas Biodigestoras Cartilha Passo-a-Passo. Brasília: Plano Mídia, 2009.
INSTITUTO TRATA BRASIL: Situação Saneamento no Brasil. Disponível em: < http://www.tratabrasil.org.br/saneamento-no-brasil> acesso em 10 de novembro de 2017.
MANCUSO, P. C. S. (1988) Reuso de água. São Paulo. [Dissertação de Mestrado - Faculdade de Saúde Pública da USP.]
MARCONI, LAKATOS, Marina de Andrade, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Cientifica. São Paulo, Atlas, 2010.
NOVAES, Antônio P. de et al. Utilização de uma fossa séptica biodigestora para melhoria do saneamento rural e desenvolvimento da agricultura orgânica. São Carlos; Embrapa Instrumentação Agropecuária, 2002.
RICHTER, Carlos A.; NETO, José M. de A. Tratamento de água: Tecnologia atualizada. 1. ed. São Paulo; Blucher, 1991.
TUCCI, C. E. M. Águas urbanas: Interfaces no gerenciamento. Apud PHILIPPI JR., A.(Ed.) In: Saneamento, Saúde e Ambiente: Fundamentos para um desenvolvimento sustentável. Barueri, SP: Manole, 2005.
VON SPERLING, Marcos V. Introdução a qualidade das águas e ao tratamento de esgoto: princípios do tratamento biológico de águas residuárias. 3 ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais, 2005.
WENDLING, Ivar et al. Série Produção de Mudas Ornamentais: Substrato, Adubação e Irrigação na Produção de Mudas. V.2. Viçosa; Aprenda Fácil, 2002.

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