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SAÚDE AMBIENTAL 3
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
Brasília - DF
2025
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
SAÚDE AMBIENTAL 3
Brasília - DF
2025
Tiragem: 2ª edição –2025 – versão eletrônica
2025 Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Gestão do Trabalho e da 
Educação na Saúde
Departamento de Gestão da Educação na 
Saúde
Coordenação-Geral de Ações 
Estratégicas de Educação na Saúde 
Esplanada dos Ministérios, Bloco O, 9º 
andar
CEP: 70052-900 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315-2596
E-mail: sgtes@saude.gov.br
Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Saúde da Família
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, 7º 
andar
CEP: 70058-90 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315-9044/9096
E-mail: aps@saude.gov.br
Secretaria de Vigilância em Saúde e 
Ambiente (SVSA)
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D,
Edifício PO 700, 7º andar
CEP: 70719-040 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315-3874
E-mail: svsa@saude.gov.br
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS
MUNICIPAIS DE SAÚDE - CONASEMS
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo 
B, Sala 144
Zona Cívico-Administrativa
CEP: 70058-900 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3022-8900
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO 
SUL
Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha 
CEP: 90040-060 – Porto Alegre/RS
Tel.: (51) 3308-6000
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – 
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta 
obra, desde que citada a fonte.
Colaboração:
Ágata Cristina Lima Dias - SVSA/MS
Daniela Riva Knauth - UFRGS
Darwin Renne Florencio Cardoso-SVSA/MS
Diego Gnatta - UFRGS
Eliane Ignotti - SVSA/MS
Gabriela Pôrto Marques - SVSA/MS
Jessica Milena Moura Neves - SVSA/MS
Julia Placido Moore - SVSA/MS
Kauara Brito Campos - SVSA/MS
Lanusa Gomes Ferreira - SGTES/MS
Lindsy Ximenes Fonseca - SVSA/MS
Lucas Carvalho Sanglard - SVSA/MS 
Marília Lavocat Nunes - SVSA/MS
Rafaella Albuquerque e Silva - SVSA/MS
Rejane Teles Bastos – SGTES/MS
Rosângela Treichel S. Surita - CONASEMS 
Assessoria executiva:
Conexões Consultoria em Saúde Ltda
Coordenação de desenvolvimento gráfico:
Cristina Perrone – CONASEMS
Diagramação e projeto gráfico:
Aidan Bruno - CONASEMS 
Alexandre Itabayana - CONASEMS 
Caroline Boaventura - CONASEMS 
Icaro Duarte - CONASEMS
Lucas Mendonça - CONASEMS 
Ygor Baeta Lourenço – CONASEMS
Wellington Tadeu Aparecido Silva – CONASEMS
Revisão linguística:
Lorrany Silva – CONASEMS
Fotografias e ilustrações:
Biblioteca do Banco de Imagens do CONASEMS
Imagens:
Freepik
Normalização:
Luciana Cerqueira Brito – Editora MS/CGDI
Valéria Gameleira da Mota – Editora
MS/CGDI
Coordenação-geral:
Cristiane Martins Pantaleão – CONASEMS
Érika Rodrigues de Almeida - SGTES/MS
Fabiano Ribeiro dos Santos - SGTES/MS
Felipe Proenço de Oliveira - SGTES/MS
Hisham Mohamad Hamida – CONASEMS
Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS
Organização:
Núcleo Pedagógico do CONASEMS
Coordenação técnica e pedagógica:
Andréa Fachel Leal - UFRGS
Carmen Lucia Mottin Duro - UFRGS
Diego Gnatta - UFRGS
Diogo Pilger - UFRGS
Fabiana Schneider Pires - UFRGS
Kelly Cristina Santana - CONASEMS
Marilise de Oliveira Mesquita - UFRGS
Marta de Sousa Lima - CONASEMS
Patricia da Silva Campos - CONASEMS
Valdívia França Marçal - CONASEMS
Elaboração de conteúdo -1ª edição:
Renata Valéria Nóbrega
Revisão de conteúdo - 2ª edição:
Susy Ricardo Lemes Pontes
Revisão técnica:
Andréa Fachel Leal – UFRGS
Diogo Pilger – UFRGS
Luis Carlos Nunes Vieira de Vieira - 
SGTES/MS
Michelle Leite da Silva – SAPS/MS
Patricia da Silva Campos – CONASEMS
Ranieri Flávio Viana de Sousa – SVSA/MS
Designer educacional:
Alexandra da Silva Gusmão – CONASEMS
Gustavo Henrique Faria Barra – 
CONASEMS
Lidiane Cristina Porfirio - CONASEMS
A coleção institucional do Programa Mais Saúde com Agente pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do 
Ministério da Saúde: http://bvsms.saude.gov.br
Ficha Catalográfica
 Brasil. Ministério da Saúde.
Saúde ambiental [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul. – Brasília: Ministério da Saúde, 2025.
xxxx p. : il. - (Programa Mais Saúde com Agente; E-book 25.3).
Modo de acesso: World Wide Web: 
Incluir link
ISBN xxxxxxxxxxxx
1. Sistema Único de Saúde - SUS. 2. PNAB e Redes de Atenção. 3. Política Nacional de Vigilância em Saúde. I. Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título. 
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS xxxxxxxxx
Título para indexação: 
Healthcare agent workers' Fundamentals
CDU xxx
4
QR CODE
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seu celular para acessar o 
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pode clicar sobre ele com o 
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COMO NAVEGAR 
NESTE E-BOOK 
Antes de iniciar a leitura do material, veja, 
aqui, algumas dicas para aproveitar ao 
máximo os recursos disponíveis.
SUMÁRIO: uma forma rápida e fácil de 
acessar os capítulos.
Quer retornar à lista do sumário?
Basta clicar no ícone no canto superior 
da página.
OLÁ, AGENTE! 
Este é o seu e-book da disciplina Saúde ambiental 3. 
Nele, apresentaremos como temática central os aspectos sobre poluição, 
tipos e medidas de controle. 
Nesta temática abordaremos o impacto ambiental da poluição, com 
destaque para os danos causados pelo homem, e as mudanças 
climáticas. 
Aqui, iremos descrever também os tipos de poluição ambiental e suas 
influências nas alterações do clima, com exemplos de situações reais em 
diferentes regiões do Brasil, bem como ações com as quais o Agente de 
Combate às Endemias (ACE) pode contribuir a partir da sua atuação 
profissional. 
Neste material, destacamos os principais cuidados para o consumo 
da água e medidas de proteção que podem ser adotadas em caso 
de poluição sonora e vibrações.
Estude este material com atenção buscando relacionar as 
informações apresentadas com sua prática profissional. 
Lembre-se de acompanhar também as informações da aula 
interativa, de assistir as teleaulas referentes e de realizar as 
atividades propostas para verificar o que conseguiu assimilar das 
informações apresentadas.
Bons estudos!
ACE | Agente de Combate às Endemias
AVC | Acidentes Vasculares Cerebrais
IQAr | Índice de Qualidade do Ar 
MP | Material Particulado
MMA | Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
OMS | Organização Mundial da Saúde
ONU | Organização das Nações Unidas
PNA | Plano Nacional de Adaptação à Mudança Climática
PNMC | Política Nacional sobre Mudança do Clima 
LISTA DE SIGLAS E 
ABREVIATURAS
FUMAÇA NO MUNICÍPIO DE CORUMBÁ - MS
ESTATÍSTICAS ACERCA DOS
AGRAVOS À SAÚDE E ÓBITOS RELACIONADOS 
COM A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
FIGURA 03
COMO FUNCIONA O EFEITO ESTUFA?
FIGURA 04
20
INCÊNDIO NA REGIÃO DA SERRA DO 
AMOLAR, PANTANAL
FIGURA 01
12
FIGURA 02
13
17
FIGURA 05
RIO POLUÍDO (A IMPORTÂNCIA DO RIO TIETÊ E 
SUA HISTÓRIA)
23
LISTA DE 
FIGURAS
ILHA DE LIXO (O SÉTIMO CONTINENTE)
BAÍA POLUÍDA (O SÉTIMO CONTINENTE)
FIGURA 06
29
FIGURA 07
41
FIGURA 08
IMPACTOS DA POLUIÇÃO NA SAÚDE 
HUMANA E NOS ECOSSISTEMAS
FIGURA 09
TIPOS DE DESASTRES MAIS COMUNS NO 
BRASIL EM 2023
FIGURA 10
BALANÇO DE ALERTAS DE DESASTRES 
RECEBIDOS PELO CAMADEN EM 2024
LISTA DE 
FIGURAS
43
57
58
MEDIDAS DE PROTEÇÃO QUE PODEM SER 
ADOTADAS EM CASO DE POLUIÇÃO 
SONORA E VIBRAÇÕES
QUADRO 02
SÍNTESE DAS ETAPAS E ELEMENTOS 
NECESSÁRIOS PARA CRIAÇÃO DE PLANOS DE 
CONTINGÊNCIA EM SAÚDE PÚBLICA NO 
BRASIL
QUADRO 03
RESUMO DOS PRINCIPAIS CUIDADOS A 
SEREM ADOTADOS QUANTO AO CONSUMO 
DE ÁGUA
QUADROo risco de desastres naturais? 
Pense nos exemplos de eventos recentes no Brasil.
Que tipo de doenças podem surgir após desastres ambientais 
relacionados ao clima e como elas estão ligadas à qualidade ambiental?
Quais ações preventivas podem ser realizadas pelos ACEs e outros 
setores governamentais para reduzir os impactos na saúde pública? 
Como a mudança nos padrões climáticos influencia os eventos de 
chuvas intensas no Brasil e quais são os impactos diretos na saúde 
pública? 
No Brasil, o Guia para Elaboração de Planos de Contingência do Ministério da 
Saúde (2024) fornece orientações objetivas práticas para que planos de 
contingência sejam criados, a fim de preparar e coordenar a resposta a 
emergências em saúde pública, diante de desastres, epidemias ou mesmo 
outros eventos que ameacem a saúde da população. No Quadro 3, estão 
sintetizadas as diretrizes deste guia.
67
Quadro 3: Síntese das etapas e elementos necessários para criação de Planos 
de Contingência em Saúde Pública no Brasil
Etapa Descrição Orientações e Ações
Identificação e Avaliação 
de Riscos
Análise de ameaças 
potenciais e 
vulnerabilidades para a 
saúde pública.
- Utilizar matriz de risco 
para categorizar eventos 
conforme probabilidade e 
impacto.
- Avaliar cenários e 
vulnerabilidades com base 
em dados 
epidemiológicos, históricos 
e consultas a especialistas.
- Identificar fatores críticos 
para priorizar ações.
Resposta Coordenada às 
Emergências
Definição clara de papéis e 
responsabilidades nos 
níveis federal, estadual e 
municipal.
- Estruturar comando e 
controle por meio do COE.
- Coordenar esforços 
intersetoriais para resposta 
eficiente.
- Promover comunicação 
entre diferentes atores e 
níveis do SUS (Ministério da 
Saúde, secretarias 
estaduais e municipais).
Definição de Estágios 
Operacionais
Estágios para escalar 
ações conforme gravidade 
da emergência.
- Normalidade (Verde): 
Monitoramento de eventos 
em saúde pública.
- Mobilização (Amarelo): 
Ações para mitigar riscos 
detectados.
- Alerta (Laranja): 
Preparação intensiva para 
emergências potenciais.
- Emergência (Vermelho): 
Implementação total de 
respostas.
- Crise (Roxo): Resposta 
máxima com mobilização 
de recursos excepcionais.
68
Introdução Contextualização inicial do 
plano e seus objetivos.
- Definir o escopo e 
propósito do plano.
- Descrever o contexto 
epidemiológico, a 
abrangência e os atores 
envolvidos.
- Indicar objetivos 
estratégicos, como proteger 
a saúde pública e garantir 
resposta rápida e 
coordenada.
Situação Epidemiológica 
do Território
Análise detalhada da saúde 
e riscos do território.
- Apresentar características 
demográficas e indicadores 
de saúde (doenças 
endêmicas e emergentes).
- Avaliar riscos 
relacionados a desastres 
naturais, surtos e 
vulnerabilidades sociais.
- Mapear a capacidade do 
sistema de saúde local.
Estratégia do Plano de 
Contingência
Planejamento de ações 
específicas para cada 
estágio operacional.
- Definir estágios 
operacionais com base em 
critérios claros (indicadores, 
setores e ações).
- Planejar medidas de 
mitigação, contenção e 
resposta.
- Integrar esforços 
intersetoriais para logística, 
comunicação e assistência 
médica.
Instruções para Ativação 
do COE
Orientações para ativar, 
operar e desativar o Centro 
de Operações de 
Emergências.
- Estabelecer rotinas de 
coordenação (briefings, 
planejamentos e avaliações 
contínuas).
- Designar equipes 
interdisciplinares para 
gestão do evento.
- Garantir comunicação 
clara e logística eficiente 
entre os setores envolvidos.
03
RETROSPECTIVA
70
A disciplina buscou trazer ao ACE uma compreensão mais ampla sobre a 
relação da poluição ambiental com a saúde pública, com destaque para a 
relevância de sua atuação para mitigar os impactos que esse tipo de poluição 
gera à saúde humana. 
O material também trouxe informações atualizadas acerca dos agentes 
poluidores de maior acometimento no Brasil, como incêndios e sua 
consequente poluição atmosférica, enchentes e outros eventos climáticos 
extremos que têm atingido diversas regiões brasileiras. Além disso, foram 
disponibilizadas informações gerais sobre a Elaboração de Planos de 
Contingência e a resposta a emergências em saúde pública.
A partir dos seus estudos, esperamos que você reflita de modo crítico sobre sua 
responsabilidade para com o meio ambiente, promovendo a conscientização 
sobre o desenvolvimento sustentável, a importância do monitoramento e 
educação da população sobre práticas sustentáveis. 
Agora, participe das atividades propostas; 
exercite o seu protagonismo. 
Lembre-se! Você deve, sempre, buscar informações sobre 
essa temática para recordar, refletir e ampliar seus 
conhecimentos.
Até a próxima disciplina!
71
REFERÊNCIAS
04
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explanation about the main emission drivers. Ciência Animal Brasileira, v. 25, 
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Oficial da União, Brasília, 2022b. Disponível em: 
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2022/prt4185_05_12_2022.html
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76
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2167.pdf
https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/347360/9789240037045-eng.pdf?sequence=1
https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/347360/9789240037045-eng.pdf?sequence=1
https://doi.org/10.37774/9789275724613
 77
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https://wedocs.unep.org/bitstream/handle/20.500.11822/21800/UNEA_towardspollution_long%20version_Web.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://wedocs.unep.org/bitstream/handle/20.500.11822/21800/UNEA_towardspollution_long%20version_Web.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://bit.ly/39F9rT3
http://whqlibdoc.who.int/publications/9241545194.pdf
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.br
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
bvsms.saude.gov.br01
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67
46
LISTA DE 
QUADROS
SU
M
ÁR
IO
ASPECTOS SOBRE POLUIÇÃO, TIPOS 
E MEDIDAS DE CONTROLE
01
11
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
02
48
RETROSPECTIVA
03
69
REFERÊNCIAS
04
72
01
ASPECTOS SOBRE 
POLUIÇÃO, TIPOS 
E MEDIDAS DE 
CONTROLE
 12
Apesar da possibilidade da poluição ambiental ser ocasionada por fontes 
biogênicas, tendo origem assim na própria natureza, como nas erupções 
vulcânicas e nos incêndios florestais provocados por raios, a poluição 
ambiental majoritariamente é ocasionada por fontes antropogênicas, ou seja, 
provocada por ações humanas ou decorrente de suas atividades.
Em 2020 o Pantanal brasileiro registrou índices alarmantes de focos de incêndio, 
sendo esse considerado o ano mais devastador para o bioma (Fiocruz, 2020). A 
utilização do fogo para a ampliação das áreas de cultivo de grãos e para a 
criação de gado, bem como para a renovação de pastagens, tem sido 
apontada como a principal causa do aumento do número de queimadas na 
região.
Figura 1: Incêndio na região da Serra do Amolar, Pantanal 
Antes de começarmos a leitura, é importante lembrar 
que a poluição ambiental representa uma ameaça 
direta à saúde humana, provocando danos diversos 
aos demais seres vivos e ao ambiente.
Fonte: Reinaldo Nogales, Ecoa, 2021.
 13
No segundo semestre de 2024, cerca de 60% do território brasileiro (~5 milhões 
Km2) passou a ser coberto por uma camada de fumaça, oriunda de queimadas 
de diferentes regiões, como Amazônia, Sudeste e Pantanal. Tal onda de 
incêndios representou números recordes nos últimos 26 anos em toda a 
América do Sul. 
Essa situação colocou capitais como São Paulo, Rio Branco e Porto Velho como 
detentoras da pior qualidade do ar em todo o Brasil. Não obstante, São Paulo 
chegou a ter a maior concentração de poluentes do ar em todo o mundo. 
Fonte: 
https://midiamax.uol.com.br/cotidiano/2024/com-12-mil-focos-de-incendios-moradores-de-c
orumba-convivem-ha-13-dias-com-fumaca-intensa/. Acesso em: 20 ago. 2025.
Figura 2: Fumaça no município de Corumbá – MS
https://midiamax.uol.com.br/cotidiano/2024/com-12-mil-focos-de-incendios-moradores-de-corumba-convivem-ha-13-dias-com-fumaca-intensa/
https://midiamax.uol.com.br/cotidiano/2024/com-12-mil-focos-de-incendios-moradores-de-corumba-convivem-ha-13-dias-com-fumaca-intensa/
14
Na Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, 
foi dito que:
O homem deve fazer constante avaliação de sua experiência e continuar 
descobrindo, inventando, criando e progredindo. Hoje em dia, a capacidade 
do homem de transformar tudo o que o cerca, utilizada com discernimento, 
pode levar a todos os povos os benefícios do desenvolvimento e 
oferecer-lhes a oportunidade de enobrecer sua existência. Aplicada errônea 
e imprudentemente, a mesma capacidade pode causar danos incalculáveis 
ao ser humano e ao meio ambiente ao nosso redor, vemos multiplicar-se as 
provas do dano causado pelo homem em muitas regiões da Terra: níveis 
perigosos de poluição da água, do ar, da terra e dos seres vivos; grandes 
transtornos de equilíbrio ecológico da biosfera; destruição e esgotamento de 
recursos insubstituíveis e graves deficiências, nocivas para a saúde física, 
mental e social do homem, no meio ambiente por ele criado, especialmente 
naquele em que vive e trabalha (ONU, 1972, p. 1).
A Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, 
realizada em 1972 em Estocolmo, na Suécia, foi um marco histórico na 
abordagem do desenvolvimento sustentável, ao tratar da necessidade de 
preservação e melhoria do ambiente humano. A declaração tornou-se um 
manifesto ambiental, permanecendo válida mesmo passados 50 anos, 
ainda inspirando e guiando a defesa do meio ambiente na atualidade. 
 15
Várias formas de poluição são encontradas no ar que respiramos, na água que 
bebemos e na terra em que vivemos. O Programa das Nações Unidas para o 
Meio Ambiente elenca seis principais tipos de poluição:
Tipos de Poluição
No dia a dia no território, diante de qualquer cenário de poluição, o Agente de 
Combate às Endemias (ACE) deve buscar identificar qual é o agente poluidor, 
quais os danos decorrentes ou que vão decorrer daquele fato e quais as ações 
que necessitam ser implementadas para redução dos impactos e resolução do 
caso. 
Ao identificar cenários de poluição, a atuação do ACE é fundamental para a 
Vigilância Sanitária, a Vigilância Ambiental e até mesmo para outros setores 
como a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, entre outros, para implementação 
de ações coordenadas e eficazes.
Poluição por área afetada:
1. poluição atmosférica;
2. poluição da água doce;
3. poluição marinha e costeira;
4. poluição do solo.
Poluição transversal:
5. poluição química;
6. poluição por resíduos.
 16
A poluição atmosférica, popularmente conhecida como poluição do ar, ocorre 
quando as concentrações de substâncias que alteram as características 
naturais da atmosfera atingem níveis que afetam, ou podem afetar, a saúde 
das pessoas, o meio ambiente e os demais seres vivos. 
Entre os principais poluentes atmosféricos prejudiciais à saúde estão as 
partículas inaláveis ou material particulado (MP), o ozônio (O3), o dióxido de 
nitrogênio (NO2) e o dióxido de enxofre (SO2) (OPAS, 2021).
Poluição atmosférica
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição de curto e 
longo prazo a poluentes do ar, como material particulado e gases tóxicos, 
intensifica o risco e desenvolvimento de condições como infartos, acidentes 
vasculares cerebrais (AVC), bronquite crônica e asma, especialmente em 
populações mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com 
comorbidades (OPAS, 2021).
A poluição atmosférica é um dos principais riscos ambientais à saúde global, 
sendo responsável especialmente pelo aumento da morbimortalidade 
hospitalar por doenças cardiorrespiratórias. 
17
Figura 3: Estatísticas acerca dos agravos à saúde e óbitos relacionados com 
a poluição atmosférica
Fonte: OPAS, 2019.
O Brasil enfrenta um cenário preocupante em relação à qualidade do ar, 
caracterizado por emissões atmosféricas, provenientes de diversas fontes, 
como queimadas florestais, indústrias e veículos, as quais aumentam os riscos 
à saúde da população brasileira. Entre os principais poluentes atmosféricos 
prejudiciais à saúde estão as partículas inaláveis ou material particulado (MP), 
o ozônio (O3), o dióxido de nitrogênio (NO2) e o dióxido de enxofre (SO2) (OPAS, 
2021). 
As partículas suspensas no ar com diâmetro igual ou inferior a 10 μm (PM10) 
possuem o potencial de entrar no organismo, afetando os pulmões. 
Especialmente as partículas com diâmetro de 2,5 μm (PM2,5), que são capazes 
de entrar na corrente sanguínea, afetando o sistema cardiovascular e cerebral.
18
O monitoramento da qualidade do ar é realizado 
continuamente por alguns estados e municípios, que 
divulgam os dados na plataforma “Monitorar” do 
Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima 
(MMA). A plataforma divulga o Índice de Qualidade 
do Ar (IQAr), que é de fácil interpretação, muitas 
vezes codificado por cores, alertando sobre níveis 
perigosos de poluição atmosférica. Você pode 
acessar essa plataforma clicando aqui ou 
apontando a câmera do seu celular para o QR Code. 
As consequências da poluição do ar para a 
saúde humana são diversas, indo desde 
irritação nos olhos, nariz ou garganta a 
problemas respiratórios, doenças 
cardiovasculares, efeitos sobre o sistema 
reprodutivo e câncer de pulmão em casos de 
exposição prolongada a determinados 
poluentes. 
Estima-se que a carga das doenças atribuíveis 
à poluição do ar já seja comparável à de outros 
importantes riscos globais à saúde, como 
alimentação não saudável e tabagismo.
https://monitorar.mma.gov.br/onboarding
https://www.youtube.com/watch?v=Wb3fEq_J1O0
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/lei/l14572.htm
https://monitorar.mma.gov.br/onboardingDe acordo com a OMS, 99% da população 
mundial está exposta a níveis de poluição que 
excedem os níveis recomendados por eles (WHO, 
2016). Clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE para saber mais. 
 19
Entre as atividades desenvolvidas pelo homem, os processos industriais e de 
geração de energia, os veículos automotores e as queimadas são as maiores 
causas da introdução de substâncias poluentes na atmosfera. 
Muito além de prejuízos pontuais, a poluição atmosférica vem provocando, 
entre outros fenômenos, o chamado efeito estufa, o qual, por sua vez, ocasiona 
o aquecimento global, provocando consequências catastróficas em um futuro 
não tão distante, colocando em risco o equilíbrio do planeta.
O “Painel VIGIAR: Poluição Atmosférica e Saúde 
Humana” elaborado pelo Ministério da Saúde expõe 
que cerca de 320 mil mortes entre 2019 e 2021 foram 
ocasionadas pela poluição atmosférica. Leia o 
conteúdo completo clicando aqui ou apontando a 
câmera do seu celular para o QR Code. 
https://www.who.int/health-topics/air-pollution#tab=tab_1
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svsa/saude-ambiental/vigiar
https://www.who.int/health-topics/air-pollution#tab=tab_1
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svsa/saude-ambiental/vigiar
20
Figura 4: Como funciona o efeito estufa?
Fonte: Caderno temático do Programa Saúde na Escola, 2022.
Nos últimos 60 anos, os cientistas têm apontado o aumento gradual da 
temperatura da Terra, afirmando que a emissão de gases de efeito estufa foi 
responsável por mais da metade da elevação da temperatura do planeta no 
período. 
Em 2024, foi lançada a Política Nacional de Qualidade do Ar (Lei n.° 14.850, de 2 
de maio de 2024). Um marco inédito que dispõe sobre as diretrizes relativas à 
gestão da qualidade do ar no território brasileiro.
21
Tendo por base as recomendações da Organização 
Mundial da Saúde, está em vigor no Brasil a Resolução 
n.º 506, de 5 de julho de 2019, que dispõe sobre 
padrões de qualidade do ar no país e estabelece 
prazo para o atendimento dos padrões intermediários. 
Para ler essa normativa na íntegra basta clicar aqui 
ou apontar a câmera do seu celular para o QR Code.
Você pode consultar o painel do Ministério da Saúde com 
os dados mais atualizados sobre Poluição Atmosférica e 
Saúde Humana clicando aqui ou apontando a câmera 
do seu celular para o QR Code. 
Em 2024, foi lançada a Política Nacional de 
Qualidade do Ar (Lei n° 14.850, de 2 de maio 
de 2024). Um marco inédito que dispõe 
sobre as diretrizes relativas à gestão da 
qualidade do ar no território brasileiro.
https://conama.mma.gov.br/index.php?option=com_sisconama&view=atonormativo&id=756
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNmRhODQwNzItNThlOS00ZmQ4LWJjZmItZDYxOTNhOTRmYmFhIiwidCI6IjlhNTU0YWQzLWI1MmItNDg2Mi1hMzZmLTg0ZDg5MWU1YzcwNSJ9
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNmRhODQwNzItNThlOS00ZmQ4LWJjZmItZDYxOTNhOTRmYmFhIiwidCI6IjlhNTU0YWQzLWI1MmItNDg2Mi1hMzZmLTg0ZDg5MWU1YzcwNSJ9
https://conama.mma.gov.br/index.php?option=com_sisconama&view=atonormativo&id=756
22
De toda água existente no mundo, estima-se que 97,5% situa-se nos mares e 
oceanos, e por ser salgada não pode ser prontamente consumida por 
humanos, como também não pode ser utilizada na irrigação das culturas 
agrícolas. Grande parte dos 2,5% de água doce do planeta é de difícil acesso, 
sendo que 69% desta água se concentra na forma de geleiras, e 30% são águas 
subterrâneas. Desse modo, apenas 1% da água doce encontra-se disponível nos 
rios e lagos (AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS, 2024). 
De acordo com os dados do 
Programa das Nações 
Unidas para o Meio 
Ambiente, 80% do esgoto é 
lançado no meio ambiente 
sem tratamento. 
Juntamente com o esgoto, 
diversos poluentes são 
despejados diariamente nos 
lagos, rios, mares e oceanos, 
como fertilizantes, 
pesticidas, metais pesados, 
substâncias químicas 
provenientes das atividades 
industriais, entre tantos 
outros (UNEP, 2017).
A água doce é imprescindível para a 
vida humana, para a sobrevivência 
dos demais seres vivos e para 
manutenção do equilíbrio do meio 
ambiente. Especificamente em 
relação à poluição marinha e costeira, 
apesar da imensidão dos mares e 
oceanos, é cada vez mais perceptível 
que esta vasta extensão de água vem 
sendo utilizada em larga escala como 
depósito de lixo e esgoto. Devido aos 
crescentes níveis de poluição da água 
doce e marinha, o mundo vem 
enfrentando concomitantemente 
ameaças à segurança alimentar, à 
pesca, e, por conseguinte, à 
subsistência humana.
Poluição hídrica
23
No Brasil, dados do Panorama de Resíduos Sólidos de 2023 apontam 
que no ano de 2022 cerca de 7% de todos os resíduos sólidos urbanos 
produzidos no país não foram coletados de forma adequada. Esse 
percentual é equivalente a mais de 5 milhões de toneladas e 
evidencia que tais resíduos tiveram uma destinação incorreta, 
gerando potenciais riscos para o meio ambiente e também para a 
saúde pública. 
Fonte: 
https://ddireciclagem.wordpress.com/2011/05/13/a-importancia-do-rio-tiete-e-sua-historia/. 
Acesso em: 20 ago. 2025.
Além disso, no que tange à destinação correta desses resíduos, as regiões Norte 
e Nordeste do país possuem o menor desempenho, enviando apenas 37% de 
seus resíduos coletados para um destino final ambientalmente correto 
(ABREMA, 2023).
Figura 5: Rio poluído (A importância do Rio Tietê e sua história)
https://ddireciclagem.wordpress.com/2011/05/13/a-importancia-do-rio-tiete-e-sua-historia/
24
A Figura 5 ilustra uma paisagem emblemática da região metropolitana de São 
Paulo, destacando o despejo de esgoto no Rio Tietê, um dos rios mais 
importantes do estado. Apesar de sua relevância histórica, cultural e 
econômica, o Rio Tietê é amplamente reconhecido pelos alarmantes níveis de 
poluição, que retratam a complexidade dos desafios ambientais e urbanos 
enfrentados na região.
A poluição do Rio Tietê compromete 
não apenas a biodiversidade e a 
qualidade de vida em suas 
proximidades, mas também traz 
importantes agravos à saúde 
pública em proporções significativas. 
Isso se dá em virtude da 
deterioração da qualidade da água, 
agravada pela poluição, ter 
implicações diretas na saúde. 
Entre os problemas mais preocupantes estão as doenças diarreicas, as quais 
representam uma das principais causas de mortalidade infantil no Brasil. Tais 
doenças possuem relação direta com o consumo de água contaminada e a 
precariedade do saneamento básico. Segundo a Organização das Nações 
Unidas (ONU), cerca de 15 mil pessoas morrem anualmente e outras 350 mil são 
hospitalizadas no país devido a condições sanitárias inadequadas.
 25
Em 2018, o Brasil registrou 3.700 mortes por doenças diarreicas agudas (BRASIL, 
2022). Apesar dos problemas de abastecimento de água potável em diversas 
localidades em nosso país, é necessário deixar claro que o trabalho educativo 
realizado pelo Agente de Combate às Endemias (ACE), orientando a população 
sobre os cuidados que devemos ter antes do consumo da água e sobre os 
cuidados com o seu armazenamento, é imprescindível para prevenção das 
doenças e agravos de transmissão hídrica, incluindo as doenças diarreicas, 
hepatite A, giardíase, amebíase, febre tifoide, cólera, leptospirose, entre outras.
Acompanhe uma ação desenvolvida por uma 
ACE, a agente Sofia, em Manaus. 
A agente Sofia trabalha na cidade de Manaus, e sabe que no seu 
território, apesar da grande maioria das residências disporem de 
abastecimento de água potável através da concessionária de 
águas do município, muitas vezes os moradores utilizam in 
natura a água do Rio Negro para consumo, sem qualquer tipo de 
tratamento intradomiciliar, como fervura e filtração. 
Muito envolvida em ações de proteção à saúde da comunidade, 
Sofia resolveu realizar uma ação educativa para conscientizar as 
pessoas sobre os cuidados necessários com a água antes desta 
ser consumida. Desse modo, como ponto departida para iniciar as 
suas orientações com cada família, elaborou uma pequena 
cartilha para distribuir casa a casa. 
26
No quadro a seguir você encontrará as informações 
que constam na cartilha que Sofia distribuiu.
FIQUE ATENTO!
Principais cuidados para o consumo da água:
Toda água que não passou por tratamento deve ser filtrada e tratada com 
solução de hipoclorito de sódio a 2,5% (2 gotas da solução de hipoclorito 
para cada 1 litro de água e aguardar 30 minutos), ou filtrada e fervida (por 5 
minutos após o início da fervura) antes de ser consumida. O recomendado é 
que a água tratada com hipoclorito seja consumida no mesmo dia ou, no 
máximo, no dia seguinte.
A solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, que é distribuída pela Secretaria 
Municipal de Saúde, somente deve ser usada para fins de tratamento da 
água para consumo humano.
Os filtros de água para consumo e os utensílios utilizados para 
armazenamento de água (baldes, potes, barris) devem passar por limpezas 
e manutenções periódicas. Devem ser materiais novos, utilizados apenas 
para esse fim (não podem ter sido utilizados previamente para 
armazenamento de produtos químicos).
A água utilizada na preparação dos alimentos deve seguir os mesmos 
padrões de tratamento da água utilizada para beber.
Quadro 1: Resumo dos principais cuidados a serem adotados quanto ao consumo 
de água
27
A caixa d’água deve ser limpa a cada seis meses, ou quando houver 
contaminação da água que chega ao domicílio, quando houver entrada de 
sujeira, objetos, animais ou pessoas no reservatório, ou quando houver 
mudança nos aspectos da água, como cor, odor, ou sabor. Após a lavagem, 
encher a caixa d’água adicionando 1 litro de água sanitária (2% a 2,5%) para 
cada 1.000 litros de água e deixar escoar um pouco da água para que as 
tubulações sejam preenchidas. Aguardar por 2 horas para desinfecção do 
reservatório e da tubulação. Logo depois, esvaziar totalmente a caixa d’água. 
Lembre-se de fechá-la bem, o que diminui o risco de contaminação, além de 
evitar a proliferação de vetores de doenças. 
A cisterna deve ser limpa uma vez ao ano, bem como a calha e os canos, 
antes do período de chuvas começar. A limpeza também deve ser feita nos 
casos de suspeita ou confirmação de que a água da cisterna esteja 
imprópria para o consumo humano, quando houver sujeira ou entrada de 
animais, pessoas, objetos, ou mesmo reparos na cisterna. Não colete as 
primeiras chuvas em cisternas. Se a chuva for forte espere 2 horas para 
começar a coleta, e se a chuva for fina, espere 2 dias. Após a lavagem, 
preparar, em um balde limpo, a solução desinfetante: 2 litros de água 
sanitária (2% a 2,5%) para cada 10 litros de água limpa. Com um pano limpo, 
espalhar a mistura da solução desinfetante no fundo e nas paredes internas 
da cisterna. Esperar meia hora para que a desinfecção faça efeito.
A água sanitária utilizada para desinfecção da caixa d’água, dos 
reservatórios e das cisternas deve conter apenas hipoclorito de sódio 
(NaClO) e água (H2O), e deve ter registro na Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa). Não utilize produtos que contêm fragrâncias e/ou 
corantes.
Na observação de alguma alteração na água que é fornecida (como odor 
e/ou coloração diferente da habitual), é necessário entrar em contato com a 
empresa responsável pela distribuição da água e/ou com a Secretaria de 
Saúde local.
28
Para dar apoio aos profissionais de Saúde na orientação 
das famílias quanto aos cuidados com a água para 
consumo humano, em 2018 o Ministério da Saúde lançou 
a cartilha para promoção e proteção da saúde – 
qualidade da água para consumo humano. Clique aqui 
para ler o documento na íntegra ou aponte a câmera do 
seu celular para o QR Code. 
Acompanhe o passo a passo da limpeza e 
desinfecção de caixa d’água e reservatórios de 
água pós-enchente explicado em uma cartilha do 
Ministério da Saúde. Clique aqui ou aponte a 
câmera do seu celular para o QR Code. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/qualidade_agua_consumo_humano_cartilha_promocao.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/enchentes/folder-limpeza-de-caixa-dagua.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/enchentes/folder-limpeza-de-caixa-dagua.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/qualidade_agua_consumo_humano_cartilha_promocao.pdf
29
Fonte: https://autossustentavel.com/2015/11/o-setimo-continente.html. 
Acesso em: 20 ago. 2025.
Reconhece o cartão-postal da 
Figura 6? A Baía de Guanabara, no 
Rio de Janeiro, virou um imenso 
depósito de lixo. As diversas 
ecobarreiras no Rio de Janeiro não 
suportam a quantidade diária de 
plásticos acumulados, e todo o 
excesso corre direto para o mar. 
Figura 6: Baía poluída (O sétimo continente).
A poluição já é responsável por 
pelo menos 500 zonas mortas em 
áreas costeiras em todo o mundo. 
De acordo com o Programa das 
Nações Unidas para o Meio 
Ambiente, 3,5 bilhões de pessoas 
dependem dos oceanos para 
obter seus alimentos, estando 
dessa maneira sua subsistência 
sob forte ameaça.
https://autossustentavel.com/2015/11/o-setimo-continente.html
30
O solo é uma coleção de corpos naturais, constituído por partes sólidas, 
líquidas e gasosas; é tridimensional, dinâmico, formado por materiais 
minerais e orgânicos, abriga uma vasta biodiversidade e, diferente do 
que pensamos, não é inerte e tampouco sustenta apenas as relações 
humanas.
No estrato superficial do solo, adjuntas à vegetação, habitam inúmeras 
espécies de macro e microrganismos essenciais para manutenção do 
equilíbrio biológico no planeta, como bactérias, fungos, nematoides, 
artrópodes, anelídeos, moluscos, entre outros.
Poluição do solo
A poluição do solo pode ocorrer de 
diversas formas, cada uma com 
impactos distintos ao ambiente e à 
saúde (humana e animal), como pelo 
uso inadequado de produtos químicos e 
tóxicos utilizados nas práticas 
agropecuárias, bem como pelo mau 
gerenciamento dos resíduos 
provenientes das atividades domésticas, 
industriais, nucleares e extrativas. 
Dependendo da magnitude, os impactos da poluição no solo podem causar 
alterações irreversíveis e, além de muitas vezes tornarem o solo infértil, 
podem contaminar a flora local, comprometendo toda a cadeia alimentar 
envolvida no consumo dessa vegetação. 
31
As principais medidas para reduzir este tipo de poluição incluem: 
diminuir o desmatamento e promover o reflorestamento; 
promover práticas agrícolas sustentáveis; 
recuperar solos contaminados; 
reduzir o uso de agrotóxicos e fertilizantes; 
dar destinação adequada aos resíduos poluentes.
VOCÊ SABIA?
Os poluentes mais danosos ao solo são os metais 
pesados, os agrotóxicos e outros poluentes orgânicos 
persistentes e as substâncias provenientes da 
indústria farmacêutica, como os antibióticos e demais 
produtos usados na criação de animais para o abate. 
Além de desenvolver habitualmente atividades para o consumo adequado da 
água, Sofia sabe que parte da população de seu território obtém sua renda 
através da exploração de terras circunvizinhas, principalmente cultivando 
hortaliças. 
De modo simples, quais seriam as 
orientações que Sofia poderia desenvolver na 
sua área para conscientizar os moradores 
sobre os cuidados que devemos ter para 
preservar o solo? Confira a seguir!
32
1. Conservação da vegetação nativa
A vegetação natural de um ambiente possui características físicas, químicas e 
biológicas que conservam o solo e o mantém saudável.
2. Reflorestamento
Além de restaurar e devolver a vegetação nativa local, a presença de área 
reflorestada forma barreiras que ajudam a prevenir os processos de erosão e 
deslizamentos de solos.
3. Rotação de cultura
Na rotação de cultura a área é dividida em partes, de maneira que uma delas 
sempre ficará descansando e outras partes recebem o plantio de culturas 
diferentes; isso evita o uso excessivo da terra e, consequentemente, oesgotamento e a infertilidade do solo.
4. Atenção com os resíduos sólidos 
Redução, reuso e reciclagem máxima dos resíduos sólidos produzidos, dando o 
destino adequado para o que for descartado.
 5. Atenção com os agrotóxicos
Abolir ou reduzir a utilização de agrotóxicos para níveis mínimos, consolidando 
a prática da devolução das embalagens.
33
Embora os produtos químicos tragam benefícios para a sociedade humana, 
eles também podem ter impactos prejudiciais significativos. Os impactos de 
produtos químicos em pessoas e outros organismos vivos variam de 
mutagênese celular a danos neurológicos, danos à reprodução e 
desenvolvimento, efeitos metabólicos, imunotoxicidade, inflamação 
pulmonar e surgimento de bactérias resistentes a antibióticos.
Poluição química
Os efeitos à saúde variam de 
intoxicações agudas 
(imediatas) a efeitos crônicos 
(a longo prazo), como: câncer, 
alterações endócrinas, 
malformação e transtornos 
mentais, comportamentais e 
neurológicos. 
Com tantos novos produtos 
químicos e materiais sendo 
continuamente projetados e 
lançados no mercado, é 
importante gerenciar 
adequadamente os produtos 
químicos durante todo o seu 
ciclo de vida - desde a extração, 
a produção, a formulação e o 
uso até o descarte final.
A completa extensão dos 
impactos de cada produto 
químico muitas vezes é difícil de 
ser especificada, entretanto, a 
exposição a longo prazo a certas 
categorias de substâncias, como 
a exposição aos desreguladores 
endócrinos e a exposição aos 
pesticidas neurotóxicos, é 
sabidamente prejudicial à saúde 
humana e ambiental. 
A exposição humana a 
contaminantes químicos pode 
ocorrer por meio da ingestão, da 
inalação e do contato com a pele, 
mucosas, ou por via intravenosa, 
ou durante a gestação, pela 
placenta, para o feto. 
34
No dia 5 de novembro de 2015, em Minas Gerais, a Barragem de Fundão 
rompeu-se às 15h, provocando um tsunami de lama. A barragem possuía 50 
milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração de ferro (resíduo 
classificado como não perigoso e não inerte para ferro e manganês, conforme 
a Norma Brasileira de Resíduos Sólidos), de forma que 32 milhões de metros 
cúbicos foram derramados no meio ambiente, percorrendo mais de 600 km em 
direção ao litoral do estado do Espírito Santo, amplificando extraordinariamente 
a área afetada. 
Apesar da mineradora Samarco garantir que a lama da barragem era 
composta de rejeitos de minério de ferro e manganês, misturados basicamente 
com água e areia, afirmando que o material era inerte e que não causaria 
danos ao ambiente ou à saúde, no levantamento ambiental da Marinha do 
Brasil ficou constatada a presença de metais pesados na foz do Rio Doce 
(arsênio, manganês, chumbo e selênio), com prejuízos incalculáveis ao meio 
ambiente. 
Quer saber mais sobre o desastre ambiental 
em Mariana? Leia a reportagem na íntegra 
clicando aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR Code.
https://www.ecodebate.com.br/2018/09/14/desastre-de-mariana-cientistas-analisam-os-impactos-ambientais-entre-os-quais-os-resultantes-da-devastacao-de-ecossistemas/
https://www.ecodebate.com.br/2018/09/14/desastre-de-mariana-cientistas-analisam-os-impactos-ambientais-entre-os-quais-os-resultantes-da-devastacao-de-ecossistemas/
35
Em situações detectadas como de 
risco à saúde decorrente de 
contaminações ambientais por 
substâncias químicas, faz-se 
necessário avaliar suas relações 
com a vigilância epidemiológica 
quanto à incidência e prevalência 
das doenças, e quanto ao impacto 
das modificações que podem 
surgir no meio ambiente. 
Atualmente são cinco as 
substâncias prioritárias para a 
atuação da Vigilância em Saúde 
Ambiental: benzeno, mercúrio, 
chumbo, amianto e agrotóxicos.
O benzeno tem origem na cadeia 
de extração/refino do petróleo, nas 
atividades das indústrias 
siderúrgicas, na queima de 
combustíveis fósseis e florestas, 
nas emissões de gases das 
indústrias, na evaporação de 
gasolina, na fumaça de cigarro, 
entre outras fontes. 
O benzeno tem alto efeito tóxico 
nas plantas terrestres, podendo 
causar também efeitos agudos e 
de longo prazo no ser humano, 
como câncer e anemia aplástica. 
O mercúrio e o chumbo, assim 
como outros metais pesados, são 
altamente nocivos ao organismo 
humano. 
O chumbo, por exemplo, tem sua 
absorção por ingestão e inalação, 
podendo acumular-se no sangue 
e tecido ósseo. Uma vez no 
organismo, o chumbo pode 
causar uma série de distúrbios, 
como problemas cerebrais, 
cardiovasculares, renais e 
hipertensão (OMS, 2021). 
O mercúrio, por sua vez, pode ser 
encontrado em diferentes formas, 
sendo a mais comum o mercúrio 
metálico, que pode ser inalado 
como vapor, e o metilmercúrio, 
que é acumulado em organismos 
aquáticos e posteriormente 
consumido pela alimentação, 
principalmente por meio de 
peixes contaminados. 
36
Já o mercúrio inorgânico, formado pela combinação do mercúrio com outros 
elementos, pode também causar sintomas gástricos e renais graves e até 
morte, e sua exposição prolongada pode gerar efeitos semelhantes aos do 
mercúrio metálico. Nos ambientes aquáticos, ele pode se transformar em 
metilmercúrio, que é altamente tóxico (BRASIL, 2021).
O mercúrio metálico, quando inalado, é facilmente absorvido pelos 
pulmões e pode atravessar a barreira hematoencefálica e a placenta, 
acumulando-se nos rins. Seus efeitos incluem danos ao sistema 
nervoso, gastrointestinal, respiratório, ocular e renal, além de poder 
causar morte. As exposições prolongadas podem levar a distúrbios 
psíquicos, neuropatias e lesões na pele. A absorção dérmica (através 
da pele) é lenta, mas pode causar dermatite, e a ingestão tem efeitos 
gastrointestinais limitados. O mercúrio também tem potencial 
teratogênico e mutagênico. 
O amianto é na verdade um grupo de fibras minerais compostas por silicatos de 
magnésio, ferro, sódio ou cálcio, largamente utilizado para fabricação de telhas, 
caixas d'água, pastilhas e lonas para freios de automóveis. Todas as formas de 
amianto são cancerígenas, e atualmente a sua produção é proibida em mais de 
60 países (BRASIL, 2022). De acordo com a literatura, globalmente a exposição ao 
amianto provoca 100 mil mortes por ano (UNEP, 2017). 
37
Quanto aos agrotóxicos, seu uso 
crescente está diretamente 
relacionado à pressão para produzir 
alimentos em escalas cada vez 
maiores. Seu uso contínuo, 
indiscriminado ou inadequado é 
considerado um relevante problema 
ambiental e de saúde pública, de 
maneira que a intoxicação por 
agrotóxicos pode causar desde 
problemas leves como náuseas e 
vômitos a problemas graves que 
podem levar à morte. 
Vale sempre ressaltar a necessidade de fomentar a produção de 
alimentos orgânicos, isentos de contaminação por substâncias 
químicas.
Em caso de intoxicação por substâncias químicas, 
busque auxílio dos profissionais de saúde através da 
telemedicina ligando para o Centro de Informação e 
Assistência Toxicológica (CIATox) de sua região. Para 
obter informações sobre os CIATox você pode clicar aqui 
ou apontar a câmera do seu celular para escanear o QR 
Code.
https://abracit.org.br/centros/
https://abracit.org.br/centros/
38
Nós, ACEs, podemos orientar os moradores sobre a importância de cada pessoa 
fazer a sua parte, reforçando que pequenas atitudes no dia a dia podem 
contribuir significativamente para a prevenção e o controle das endemias.
Claro que você deve ter notado que 
tratar do tema “Poluição Química” 
pode ser por vezes complexo! 
Como ACE, de que forma você abordaria esse 
tema durante uma visita?
39
Nossos resíduos sólidos domésticos podem conter muitas 
substâncias químicas que podem ser muito prejudiciais à saúde e 
ao meio ambiente, e assim alguns produtos tóxicos necessitam de 
descarte adequado, não podendo ir para o descarte comum, como:
1. Pilhas e baterias
As pilhas e baterias possuem metais pesadosem sua composição e, quando 
entram em contato direto com o solo, podem contaminar a terra e os lençois 
freáticos. 
2. Óleo de cozinha/Óleo de motor
Quando despejados na torneira ou vaso sanitário, por exemplo, eles acabam 
por contaminar a água e o solo.
3. Lâmpadas fluorescentes
Assim como as pilhas e baterias, elas possuem mercúrio e metais 
poluentes em sua composição.
4. Celulares, computadores e lixos eletrônicos
Celulares, computadores e até mesmo aparelhos de televisão fazem parte 
da categoria “resíduo sólido eletrônico”, e também possuem uma grande 
quantidade de metais pesados em sua estrutura, que são poluentes para o 
ambiente. 
5. Termômetros
Alguns tipos de termômetro possuem mercúrio na composição, de modo 
que podem contaminar as águas, intoxicar os peixes, animais e o meio 
ambiente de forma geral.
6. Medicamentos e outros derivados da indústria farmacêutica
Os medicamentos fazem parte da categoria resíduos sólidos de saúde e 
possuem, muitas vezes, substâncias químicas poluentes que podem 
contaminar a água e o solo. 
40
Embora possamos categorizar o termo “poluição por resíduos” de diferentes 
formas, como os resíduos urbanos, resíduos oriundos da construção civil, 
resíduos industriais, entre tantos outros, devido à magnitude do problema, o 
termo se refere sobretudo aos resíduos sólidos oriundos das atividades 
domésticas urbanas e dos serviços de limpeza urbana.
O lixo é um problema global e, se não for tratado adequadamente, representa 
uma grave ameaça à saúde pública e ao meio ambiente. A cada ano que 
passa, o ser humano vem gerando exponencialmente mais e mais resíduos por 
pessoa, um problema complexo, que envolve diretamente a voracidade com 
que a sociedade produz e consome bens e serviços.
Poluição por resíduos
Existe uma grande mancha de resíduos sólidos no oceano Pacífico, 
também conhecida como o 7º continente, formada por diversas ilhas 
que se conectam por uma “sopa” de microplástico. A ideia de “mancha 
de lixo no oceano” evoca imagens de uma ilha de resíduos sólidos 
flutuantes, entretanto, na verdade essas manchas são quase 
inteiramente feitas de pequenos pedaços de plástico, chamados 
microplásticos. Os resíduos plásticos não são biodegradáveis, e 
portanto não se decompõem integralmente no oceano; simplesmente 
o sol suscita a decomposição dos produtos derivados do plástico em 
pedaços cada vez menores, um processo conhecido como 
fotodegradação.
VOCÊ SABIA?
41
Figura 7: Ilha de lixo (O sétimo continente)
Fonte: https://autossustentavel.com/2015/11/o-setimo-continente.html. 
Acesso em: 20 ago. 2025.
Também conhecida como “O sétimo continente”, a “Grande Mancha de Lixo do 
Pacífico” não é a única grande ilha de resíduos sólidos marinhos. Os oceanos 
Atlântico e Índico também possuem ilhas de resíduos sólidos descartados 
inadequadamente, e até mesmo extensões de água menores já possuem essas 
ilhas. 
Até 12,7 milhões de toneladas de resíduos plásticos chegam ao oceano todos os 
anos, o equivalente aproximado a um caminhão de lixo cheio a cada minuto. 
Nesse ritmo, estima-se que o peso do plástico superará os peixes no oceano 
até 2050. 
Atualmente, três bilhões de pessoas não têm acesso a instalações adequadas 
para o descarte correto dos resíduos sólidos domésticos, e os cinquenta 
maiores lixões do mundo colocam em risco 64 milhões de pessoas. 
https://autossustentavel.com/2015/11/o-setimo-continente.html
42
A gestão de resíduos é uma 
questão transversal que afeta 
muitos aspectos da sociedade e 
da economia, e que tem fortes 
ligações com uma série de outros 
desafios globais, como saúde, 
mudança climática, redução da 
pobreza, segurança alimentar e de 
recursos, produção e consumo 
sustentáveis.
Quer saber mais?
O tema “poluição por resíduos” é abordado 
com detalhamento mais adiante, na seção: 
Política Nacional de Resíduos Sólidos e seus 
desdobramentos. 
Com a aplicação de tecnologias 
modernas, utilizando as melhores 
técnicas disponíveis e as melhores 
práticas ambientais, é possível 
viabilizar o conceito da circularidade, 
modificando o modelo de negócio das 
empresas, desenvolvendo produtos e 
embalagens sustentáveis e adotando 
mecanismos que permitam o retorno 
dos materiais ao ciclo produtivo, 
mantendo-os em uso pelo maior 
tempo possível.
43
Figura 8: Impactos da poluição na saúde humana e nos ecossistemas
Fonte: 
https://www.neoenergia.com/w/combate-a-poluicao-praticas-para-minimizar-
os-impactos-ao-meio-ambiente. Acesso em: 20 ago. 2025.
Tendo em vista o trabalho realizado pelo Agente de Combate às Endemias 
(ACE) no território, e considerando que a poluição sonora e as vibrações podem 
causar sérios danos à saúde das pessoas, cabe acrescentarmos neste capítulo 
algumas informações importantes sobre o assunto.
Levando em consideração os dados do 
Programa das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente, vamos resumir os impactos da 
poluição na saúde humana e nos 
ecossistemas?
https://www.neoenergia.com/w/combate-a-poluicao-praticas-para-minimizar-os-impactos-ao-meio-ambiente
https://www.neoenergia.com/w/combate-a-poluicao-praticas-para-minimizar-os-impactos-ao-meio-ambiente
44
Por afetar diretamente a qualidade de vida, o ruído e as vibrações urbanas e 
ocupacionais tornaram-se grande preocupação nos últimos anos. A poluição 
sonora refere-se ao excesso de ruídos em um ambiente, e as vibrações são 
movimentos oscilatórios que podem acontecer em qualquer corpo dotado de 
massa e elasticidade, ou seja, tanto máquinas e equipamentos quanto pessoas 
podem sofrer vibrações. Obras, buzinas, barulho dos automóveis e carros de 
publicidade podem ser responsáveis por desencadear poluição sonora, fato 
que ocorre comumente nos grandes centros urbanos.
Poluição sonora e vibrações 
Sem o uso de proteção auditiva, o conforto acústico nos ambientes de trabalho 
é obtido ao se manter o ruído em um valor limite de até 85 decibéis (dB), com 
exposição a 8 horas de trabalho. As atividades ou operações que exponham os 
trabalhadores a níveis de ruído superiores a 115 dB, sem proteção adequada, 
oferecem risco grave e iminente (MTE, 1978, p. 1 apud CATTO, 2021, p. 4). 
O excesso de ruídos e vibrações pode desencadear problemas como estresse, 
dificuldade para dormir, problemas de concentração, cansaço, dores de 
cabeça e até mesmo problemas auditivos. 
Além da poluição sonora difusa, que está 
presente no meio ambiente urbano, 
principalmente nas grandes cidades, 
estamos diariamente expostos aos maus 
hábitos domésticos, como assistir televisão 
em alto volume, e por muitas vezes também 
sofremos exposições ao ruído nos ambientes 
de trabalho, sendo este um dos mais 
prevalentes fatores de risco ocupacional. 
45
Durante uma visita de rotina, Júlio conversava com o Sr. Floriano, o qual trabalha 
na linha de produção de peças automotivas de uma grande indústria na cidade 
de Belo Horizonte e raramente se encontrava no seu domicílio devido à rotina 
árdua de trabalho. Naquele dia, o Sr. Floriano havia se afastado do trabalho por 
problemas de saúde – por irritação e estresse exacerbado. Ele disse até que 
estava pensando em sair do emprego, pois havia sido instalado um novo 
maquinário no seu setor, e ele não estava suportando barulho.
O agente Júlio deve aprofundar seus questionamentos, e realizar orientações em 
âmbito individual para o Sr. Floriano e coletivo. De acordo com Catto (2021), no 
que diz respeito à saúde auditiva ocupacional, como ações preventivas e de 
controle aos agentes de risco deve-se adotar as medidas descritas no Quadro 2.
Frente ao problema relatado pelo Sr. Floriano, 
considero importante verificar se ele faz uso de 
Equipamento de Proteção Individual (EPI), 
incluindo o protetor auditivo.
46
Quadro 2: Medidas de proteção que podem ser adotadas em caso de 
poluição sonora e vibraçõesMedidas de proteção 
coletiva (compreendem 
soluções técnicas e de 
engenharia)
Instalação de barreiras acústicas (paredes e 
tetos);
Enclausuramento das fontes de ruído;
Projeto de ambientes que separem o 
trabalhador da fonte emissora;
Uso de equipamentos de proteção coletiva 
(EPC).
Medidas administrativas e 
de organização do trabalho
Limitação do tempo de exposição do 
trabalhador ao ruído;
Realização de campanhas de educação e 
conscientização sobre os riscos;
Realização de exames audiométricos 
periódicos;
Programação de revezamento de 
trabalhadores em local ruidoso.
Fornecer EPIs adequados 
(aprovados pelo órgão 
nacional competente em 
matéria de Segurança e 
Saúde no Trabalho - SST)
Protetor auditivo circum-auricular (abafador 
tipo concha);
Protetor auditivo de inserção (tipo plug);
Protetor auditivo semiauricular (tipo capa) 
para proteção do sistema auditivo contra 
níveis de pressão sonora superiores ao 
estabelecido na Norma Regulamentadora do 
Ministério do Trabalho, NR-15.
O Quadro 2 descreve o que deve ser orientado pelo Agente de Combate às 
Endemias durante as visitas a imóveis, sempre buscando conscientizar e instruir 
a população sobre os riscos das vibrações e da poluição sonora no ambiente 
doméstico, no ambiente urbano e nos ambientes de trabalho. 
Prevenir é cuidar!
47
Apesar de ser fundamental a criação 
de políticas públicas que garantam 
a proteção do meio ambiente, todos 
nós podemos fazer nossa parte para 
mitigar a poluição ambiental, 
reduzindo, por exemplo, o nosso 
consumo e garantindo o descarte 
adequado do lixo.
É muito importante a 
conscientização a respeito dos 
problemas causados pela poluição. 
Quando enxergamos como a 
poluição nos afeta, fica mais fácil 
compreendermos a necessidade de 
medidas urgentes para frear esse 
problema. 
Você deve estar se perguntando…
O que podemos fazer 
para reduzir a poluição 
ambiental?
Que tal começarmos 
fazendo nossa parte em 
casa?
E se tivéssemos um profissional 
que realizasse diariamente no 
território o trabalho de 
conscientizar a população sobre 
Saúde Ambiental?
Mas é importante lembrarmos!
Atitudes simples do dia a dia 
impactam drasticamente na 
redução da poluição, e assim é 
imprescindível que o Agente de 
Combate às Endemias propague 
cotidianamente o seu 
conhecimento, engajando 
pessoas, famílias e comunidade, 
tornando-os sujeitos capazes de 
transformar suas realidades, 
conscientes da necessidade de 
implementar as devidas medidas 
de saúde para preservação do 
planeta e de todos os seres vivos 
que moram nele.
02
MUDANÇAS 
CLIMÁTICAS
49
Nas últimas décadas, climatologistas de todo o mundo têm observado 
mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global, com elevação nas 
temperaturas oceânicas e atmosféricas, sendo a atividade humana a principal 
responsável. O uso de combustíveis fósseis intensificou o efeito estufa ao 
aumentar as emissões de gases que contribuem para o aquecimento da 
troposfera, tais como o metano (CH4), óxido de nitrogênio (NOx) e dióxido de 
carbono – CO2. 
As mudanças climáticas são 
caracterizadas por mudanças que 
ocorrem com o decorrer dos anos 
nos padrões da temperatura e 
clima do planeta, podendo ser de 
origem natural e principalmente 
decorrentes de ações humanas, 
como a queima de combustíveis 
fósseis (carvão, petróleo e gás) 
(TILIO NETO, 2010).
As mudanças climáticas têm provocado uma série de problemas de saúde, 
afetando diretamente a qualidade de vida das populações. Eventos extremos, 
como inundações, secas e tempestades, contribuem para o aumento de 
transtornos mentais, incluindo ansiedade, depressão e estresse pós-traumático, 
especialmente em pessoas que enfrentam perdas econômicas, deslocamento 
forçado ou dificuldades sociais. Além disso, essas condições podem agravar 
problemas psicossociais, como abuso de álcool, drogas e até aumento nas 
taxas de suicídio, afetando comunidades inteiras (BRASIL, 2024).
Sem ações que visem minimizar essa realidade, o cenário futuro se torna 
preocupante (SOLOMON et al., 2016).
50
Em se tratando dos gases de efeito estufa, cabe salientar que estes têm o 
potencial de fazer a retenção do calor na atmosfera, o que intensifica o 
aquecimento global. 
O dióxido de carbono é o gás mais abundante na atmosfera com origem da 
queima de combustíveis fósseis e também do desmatamento, podendo 
permanecer por centenas de anos na atmosfera. 
FIQUE ATENTO!
A qualidade do ar comprometida pela poluição e temperaturas 
extremas intensificam doenças respiratórias e cardiovasculares. As 
exposições prolongadas ao calor extremo geram impactos significativos 
na saúde, incluindo danos neurológicos, desidratação severa e 
problemas renais. Também são comuns os distúrbios gastrointestinais 
associados a eventos climáticos extremos, que afetam a capacidade de 
adaptação dos sistemas de saúde e colocam uma pressão crescente 
nos serviços médicos (BRASIL, 2024).
É importante para o ACE compreender 
que grupos vulneráveis, como crianças, 
idosos, gestantes e pessoas com 
condições de saúde preexistentes, 
sofrem impactos desproporcionais, 
tanto físicos quanto mentais. Esses 
indivíduos enfrentam maior risco de 
complicações graves devido à 
incapacidade de se adaptar às 
mudanças climáticas.
51
O gás metano (oriundo da pecuária 
e da decomposição de resíduos 
orgânicos) e especialmente o óxido 
de nitrogênio (liberado através do 
uso de fertilizantes agrícolas, 
processos industriais e combustão 
de fósseis) possuem um impacto 
aproximadamente 25 e 298 vezes 
maior no efeito estufa em 
comparação com o dióxido de 
carbono. 
O Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF apontou 
recentemente que quase meio bilhão de menores de idade têm 
enfrentado pelo menos o dobro de dias quentes anualmente, em 
comparação aos de seus avós.
A exposição prolongada a altas temperaturas intensifica o risco de 
desnutrição infantil, contribui para o surgimento de doenças não 
transmissíveis relacionadas ao calor e aumenta a vulnerabilidade das 
crianças a enfermidades infecciosas que se propagam em climas 
quentes, como a malária e a chikungunya.
A taxa de mortalidade entre pessoas com mais de 65 anos devido ao 
calor teve um aumento de 167% em relação à década de 1990. Essa 
vulnerabilidade do público idoso com as mudanças climáticas envolve 
não apenas aspectos genéticos e fisiológicos, mas também está 
diretamente ligada às condições socioeconômicas e à qualidade da 
habitação.
Também é importante destacar 
outros gases, como os 
hidrofluorcarbonos (HFCs), 
amplamente utilizados nos 
sistemas de refrigeração, os quais 
têm o potencial de aquecimento 
milhares de vezes maior em 
comparação ao dióxido de carbono 
(ABREU et al., 2024).
VOCÊ SABIA?
52
Os gases de efeito estufa, uma vez que são atuantes nas mudanças climáticas, 
contribuem para o aumento de doenças infecciosas transmitidas por vetores, 
como malária e dengue, além de problemas relacionados à insegurança 
alimentar. As alterações nos padrões climáticos, como chuvas intensas ou 
secas prolongadas, promovem condições propícias para surtos de doenças. 
Um exemplo importante são as enchentes ocorridas em áreas vulneráveis, as 
quais podem contaminar fontes de água, levando ao surgimento de casos de 
cólera. Por sua vez, as temperaturas elevadas podem resultar na proliferação 
de mosquitos vetores da dengue e zika, por exemplo (KASEYA et al., 2024).
Cabe salientar que o aquecimento global torna mais agravante fenômenos 
climáticos como o El Niño, que afeta ventos, temperaturas do mar e chuvas. O 
ENSO (El Niño/Oscilação Sul) tem impacto global e, intensificado pelo 
aquecimento, gera crises humanitárias e sanitárias. 
53
Dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) 
apontam a possibilidade de que o aquecimento global atinja 1,5 °C entre 2030 e 
2052, caso continue a aumentar no ritmo atual. Emvirtude de tais alterações no 
clima, pesquisadores em todo o mundo têm trazido importantes alertas acerca 
da intensificação dos desastres climáticos, os quais envolvem furacões, chuvas, 
enchentes e secas mais severas. 
Uma recente revisão de escopo realizada pela OMS, em parceria com a 
Reaching the Last Mile, analisou mais de 42 mil estudos e revelou que existe 
atualmente uma falta de compreensão sobre os impactos das mudanças 
climáticas sobre as Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs), tais como a 
malária. 
Segundo a revisão, o aquecimento global e as mudanças nos padrões 
climáticos estão ampliando a distribuição de mosquitos vetores, 
aumentando o risco de disseminação de doenças para áreas vulneráveis e 
despreparadas. 
As mudanças climáticas também 
prejudicam a saúde pública, afetando 
a qualidade do ar, a água e os 
alimentos, aumentando os riscos à 
saúde, principalmente para os mais 
vulneráveis. 
Isso mesmo, Júlio! A elevação de 
eventos climáticos extremos, somada 
à migração e à redução da produção 
agrícola, poderá levar a desnutrição e 
instabilidade social para grande parte 
da população mundial (GHAZALI et al., 
2018).
54
O Programa Nacional de Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos 
Desastres (Vigidesastres) define que os desastres são eventos que geram 
impactos negativos na vida humana, na saúde, no ambiente e na economia, 
podendo ocorrer por fenômenos naturais ou tecnológicos/industriais. 
A malária, por exemplo, pode migrar para 
altitudes mais elevadas e regiões próximas 
aos polos, enquanto os vetores da dengue e 
chikungunya podem expandir sua presença 
geográfica. Não obstante, apesar da 
gravidade do cenário, apenas 34% dos 
estudos revisados abordam estratégias de 
mitigação, e 5% tratam de adaptação, 
destacando a urgência de mais pesquisas 
para desenvolver intervenções eficazes 
(KLEPAC et al., 2024).
Os desastres tecnológicos, por sua 
vez, são decorrentes de falhas 
industriais, manejo inadequado de 
materiais perigosos ou acidentes 
químicos, radiológicos, biológicos 
e nucleares, comumente 
relacionados com a ausência de 
regulamentação e infraestrutura 
seguras. Ambos demandam ações 
integradas e preventivas para 
mitigar seus impactos (BRASIL, 
2022).
Os desastres podem ser naturais e 
tecnológicos, sendo que os naturais 
incluem fenômenos geológicos 
(deslizamentos, terremotos), 
hidrológicos (enchentes), 
meteorológicos (ciclones), 
climatológicos (secas) e biológicos 
(epidemias), sendo ainda 
agravados pelas mudanças 
climáticas, pela urbanização 
descontrolada e pela redução da 
biodiversidade. 
55
Segundo o Relatório Global de Redução de Riscos de Desastres da ONU (2024), o 
risco de desastres tem aumentado em virtude da maior intensidade dos 
eventos climáticos extremos em todo o mundo, tais como secas prolongadas, 
ciclones, incêndios florestais, ondas de calor, entre outros. Esses eventos têm se 
tornado mais graves à medida que a temperatura global se eleva. 
Com o despreparo de várias regiões para lidar com desastres, bem como com 
a rápida urbanização, aliada à destruição ambiental e às desigualdades sociais, 
as populações se tornam bastante suscetíveis aos desastres. Além disso, as 
ações antrópicas, em especial a queima de combustíveis fósseis, têm 
intensificado os fenômenos naturais, como os ciclos do El Niño, agravando os 
efeitos das mudanças climáticas.
O impacto de um desastre é influenciado por três aspectos principais: o 
próprio perigo (seja um evento extremo de origem natural ou humana), 
a vulnerabilidade da população afetada e a capacidade ou as ações 
possíveis para mitigar ou enfrentar as consequências negativas.
Esse cenário exige a aplicação urgente de estratégias de 
resiliência, conforme disposições da OMS, que possam reduzir a 
vulnerabilidade das populações e melhorar a adaptação às 
condições climáticas em constante mudança. Nos sistemas de 
saúde resilientes, por exemplo, é possível manter a operação 
durante episódios de crise ambiental, de modo a garantir o acesso 
aos cuidados fundamentais dos indivíduos, evitando a 
disseminação de enfermidades e acelerando a recuperação das 
comunidades impactadas.
56
Em vez de apenas reagir após um desastre, é 
fundamental a adoção de uma abordagem proativa, a 
fim de evitar o aumento dos riscos nas novas ocorrências. 
Sendo assim, quais ações podem ser adotadas?
Para isso, as decisões cotidianas, como um adequado planejamento urbano, o 
manejo adequado dos recursos naturais e a redução da pobreza, necessitam 
incorporar a resiliência como um princípio central para a construção de um 
futuro mais seguro. Nesse ínterim, as soluções baseadas na preservação 
ambiental, como de áreas úmidas e florestas costeiras, são essenciais para 
reduzir os impactos dos desastres naturais, e ainda fortalecem os ecossistemas 
locais.
Ademais, é crucial considerar o saber local e as vivências das comunidades 
impactadas na elaboração de políticas de mitigação de desastres. Isso envolve 
o uso de uma perspectiva sistêmica para entender as causas fundamentais dos 
desastres e assegurar que as medidas adotadas possam ser ajustadas a 
futuras alterações climáticas. 
57
Frequentemente sobrecarregada 
ou mal planejada, a infraestrutura 
urbana precisa ser reconsiderada 
com foco na resiliência, 
aproveitando a chance de criar 
comunidades mais preparadas, 
sustentáveis e adaptáveis às 
ameaças de um clima em 
constante mudança. 
A construção de resiliência não 
apenas traz benefícios para as 
gerações presentes, mas também 
garante a segurança e o 
bem-estar das futuras gerações.
No Brasil, mais recentemente em 
2024, a série de temporais que 
acometeu 95% do estado do Rio 
Grande do Sul entrou para a 
história como um dos maiores 
desastres ambientais do Brasil 
ocorrido no século 21. 
Não obstante, segundo dados da 
Defesa Civil brasileira, através do 
Atlas de Desastres no Brasil, em 
2023 mais de 80 mil brasileiros 
ficaram desabrigados devido a 
desastres naturais e mais de 23 
milhões de indivíduos foram 
afetados no país por tais eventos. 
As chuvas intensas e estiagens 
prolongadas representam os 
principais desastres vivenciados 
no Brasil (Figura 9).
Figura 9: Tipos de desastres mais comuns no Brasil em 2023
Fonte: https://atlasdigital.mdr.gov.br/paginas/graficos.xhtml#. Acesso em: 20 ago. 2025.
 
https://atlasdigital.mdr.gov.br/paginas/graficos.xhtml
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No ano de 2024, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres 
Naturais (Cemaden) emitiu um total de 3.620 alertas de desastres, sendo o 
maior número observado desde o início do monitoramento, em 2011. O número 
de eventos registrados foi de 1.690, o terceiro maior da série histórica. 
Mais da metade (53%) dos alertas em 2024 se referiram a riscos geológicos, 
como deslizamentos de terra, enquanto os 47% restantes foram relacionados a 
riscos hidrológicos, incluindo enxurradas e transbordamentos de rios e córregos 
(Figura 10).
Figura 10: Balanço de alertas de desastres recebidos pelo Cemaden em 2024
Fonte: 
https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202501/cemaden-registra-recorde-de-alertas-e-mai
s-de-1-6-mil-ocorrencias-de-desastre-no-brasil-em-2024. Acesso em: 20 ago. 2025.
https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202501/cemaden-registra-recorde-de-alertas-e-mais-de-1-6-mil-ocorrencias-de-desastre-no-brasil-em-2024
https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202501/cemaden-registra-recorde-de-alertas-e-mais-de-1-6-mil-ocorrencias-de-desastre-no-brasil-em-2024
59
No Brasil, o Plano Nacional de Adaptação à Mudança Climática (PNA) define 
táticas para diminuir a vulnerabilidades e fomentar a resiliência das 
comunidades, especialmente nas áreas mais impactadas por eventos 
climáticos severos. O plano direciona esforços em setores como infraestrutura, 
agricultura, saúde e administração de recursos hídricos, visando reduzir os 
prejuízos e reforçar a capacidade de reaçãodo país a tais acontecimentos.
A implementação da política conta com o suporte de ferramentas como o 
Plano Nacional de Mudança Climática, o Fundo Nacional de Mudança Climática 
e a Comunicação do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre 
Mudança Climática, além de promover práticas e tecnologias de baixo carbono 
e padrões sustentáveis de produção e consumo (BRASIL, 2009).
A Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), 
estabelecida no Brasil em 2009, ratifica o compromisso do 
país em diminuir as emissões de gases de efeito estufa. 
Seu objetivo é diminuir entre 36,1% e 38,9% das emissões 
previstas até 2020. Para atingir esses objetivos, a PNMC 
direciona a elaboração de planos setoriais de mitigação e 
adaptação, levando em conta áreas como energia, 
transporte, indústria e agricultura, conciliando a 
diminuição das emissões com o desenvolvimento 
sustentável, a eliminação da pobreza e a diminuição das 
disparidades sociais. 
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As mudanças climáticas têm intensificado a 
frequência e a gravidade de desastres naturais, 
como enchentes, deslizamentos de terra e secas. 
Esses eventos afetam diretamente a saúde das 
populações, particularmente as mais vulneráveis, 
ao comprometer a segurança alimentar, a 
qualidade da água e o acesso aos serviços de 
saúde. Vamos explorar alguns desses eventos e 
entender os fatores envolvidos!
Enchentes: são resultado da concentração excessiva de água da chuva 
que não é absorvida pelo solo. Seus efeitos resultam não apenas na destruição 
de moradias, como também na contaminação de fontes de água potável e 
disseminação de doenças com potencial transmissão pela água, tais como a 
diarreia. Em geral, a ocupação desordenada de regiões costeiras e margens de 
rios, bem como poluição e drenagem inadequada da água da chuva, é um 
fator importante que contribui para a ocorrência de enchentes.
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As secas promovem uma redução significativa de recursos hídricos, 
comprometendo a segurança alimentar, e consequente aumento de casos de 
desnutrição e escassez de água para consumo e atividades essenciais. As 
secas prolongadas também possuem importante relação com problemas de 
saúde, em especial aos problemas respiratórios, devido à poeira e às 
queimadas que são intensificadas nos períodos de estiagem. 
Ondas de calor: são eventos do clima que se caracterizam por 
temperaturas bastante altas. Essas ondas tendem a ocorrer por eventos 
naturais como El Niño e La Niña, mas podem ser agravadas pelo aquecimento 
global e urbanização desordenada. Em geral, seus impactos podem ocorrer na 
saúde humana, através do agravamento de doenças cardiovasculares e 
respiratórias, em especial entre idosos, crianças e trabalhadores expostos a 
altas temperaturas.
Secas prolongadas: 
causadas pela insuficiência 
de precipitação 
pluviométrica, devido ao 
desmatamento e gases do 
efeito estufa, também são 
consideradas como uma 
estiagem prolongada. 
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Eles resultam na poluição atmosférica e redução da quantidade e qualidade de 
recursos hídricos, além do deslocamento de comunidades e destruição de 
ecossistemas. Um importante agravo à saúde relacionado aos incêndios 
florestais é o aumento da incidência de doenças respiratórias.
Aprenda mais sobre mudanças climáticas com o 
Guia de Bolso para profissionais de saúde. Você 
pode ler o guia completo clicando aqui ou 
apontando a câmera do seu celular para o QR Code. 
Incêndios florestais: 
são caracterizados pelo 
fogo desordenado em 
qualquer vegetação. Os 
incêndios em florestas 
podem ocorrer de forma 
natural (raios) ou 
provocada por ação 
antrópica, bem como por 
secas prolongadas. 
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/guias-e-manuais/2024/guia-mudancas-climaticas-para-profissionais-da-saude.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/guias-e-manuais/2024/guia-mudancas-climaticas-para-profissionais-da-saude.pdf
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Veja um exemplo de desastre ambiental ocorrido no 
Rio Grande do Sul relacionado ao clima no Brasil em 
2024. Você pode clicar aqui para ler a matéria ou 
apontar a câmera do seu celular para o QR Code. 
Vamos à prática sobre pontos do 
meio ambiente que interferem na 
saúde humana!
Certamente vocês já ouviram falar ou leram 
informações sobre desastres naturais. Nosso 
convite, nesta leitura, é para que conheçam os 
maiores desastres naturais do século 21 ocorridos 
no Brasil e no mundo.
E, após a leitura, fique atento(a) aos fatores que 
você, Agente de Combate às Endemias, consegue 
identificar e às ações que podem ser desenvolvidas 
em articulação com as demais áreas da saúde…
https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/05/29/um-mes-de-enchentes-no-rs-veja-cronologia-do-desastre.ghtml
https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/05/29/um-mes-de-enchentes-no-rs-veja-cronologia-do-desastre.ghtml
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No século 21, uma série de catástrofes naturais abalou o Brasil e o mundo, 
deixando um rastro de destruição e centenas de mortos. No Brasil, merecem 
menção as inundações no Rio Grande do Sul em 2024, que impactaram 340 
municípios do estado, resultando em mais de 180 óbitos e mais de 600 mil 
desabrigados; os deslizamentos em Petrópolis em 2022, que causaram 241 
óbitos, além de deixar mais de 4 mil desabrigados; e a severa seca no Nordeste 
em 1877, que vitimou cerca de meio milhão de pessoas, intensificando a 
pobreza e provocando crises de saúde. 
Eventos como o tsunami no Oceano Índico em 2004, que resultou em 
aproximadamente 225 mil mortes em 14 nações; o terremoto no Haiti em 2010, 
que resultou em mais de 200 mil mortos e 1,5 milhão de pessoas desabrigadas; 
e os furacões Katrina em 2005, que arrasaram Nova Orleans, resultando em 
1.392 mortes e prejuízos de US$ 125 bilhões, evidenciam a importância de 
medidas preventivas e de atenuação dos efeitos das alterações climáticas.
Como advento dos desastres naturais, também surgem diferentes agravos à 
saúde da população exposta a tais catástrofes. No Brasil, por exemplo, entre os 
impactos mais significativos à saúde pública se destacam as doenças 
transmitidas por vetores. Entre aquelas de maior preocupação em casos de 
enchentes estão a leptospirose e a hepatite A, as quais possuem associação 
com a água contaminada. 
Não obstante, os desastres naturais ocorridos 
no Brasil também contribuem na proliferação 
do Aedes aegypti, vetor de doenças como 
dengue, zika e chikungunya, devido ao 
acúmulo de água parada. Nos abrigos 
improvisados para acolhimento da população 
desabrigada, também surge o risco de 
doenças respiratórias, como influenza e 
Covid-19. 
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Em todo evento de desastre, a Secretaria de Saúde local é acionada para 
participar do gabinete de crise junto com Defesa Civil, Meio Ambiente, 
Agricultura e Pecuária, Transporte, entre outros. 
Você sabe quais são os principais fatores ambientais e 
sociais que tornam certas áreas mais vulneráveis a 
desastres ambientais no Brasil? Confira:
1. política habitacional que permite moradia em lugares 
de elevado risco de desabamento e consequente risco 
iminente de morte;
2. problemas nos sistemas de drenagem que ocasionam 
as inundações nas cidades;
3. sistemas ineficientes de coleta de resíduos sólidos 
domésticos (lixo) ocasionam o entupimento dos 
bueiros e consequentemente retenção da água e 
elevação do nível dos rios.
De quais ações você, Agente de 
Combate às Endemias, pode 
participar para o enfrentamento das 
situações de enchentes?
Diagnóstico situacional para identificar a origem do desastre 
(tecnológica, acidentes envolvendo produtos químicos, ou natural, como 
secas e inundações).
Mapeamento das áreas e populações expostas e os impactos humanos, 
danos materiais e principais setores afetados (incluindo o setor saúde, 
que pode ter seus serviços comprometidos).
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Perguntas que podem auxiliar as estratégias de 
enfrentamento:
Como as mudanças climáticas agravam

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