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Anna Raphaella – Medicina UFG 68 Plasmodium Introdução: > Taxonomia Plasmodium: agente etiológico • Filo: Apicomplexa • Família: Plasmodiidae • Gênero: Plasmodium • Espécies: Plasmodium falciparum Plasmodium vivax Plasmodium malarie Plasmodium ovale (continente africano) Plasmodium knowlesi (continente asiático) > Vetor: fêmeas de anofelinos • Ordem: Diptera • Família: Cullicidae • Gênero: Anopheles Formas evolutivas: > Esporozoítos > Trofozoíto > Esquizonte (meronte ou esquizonte jovem) > Merócito (rosácea ou esquizonte maduro) > Merozoíto > Macrogametócito > Microgametócito > Zigoto > Oocineto > Oocisto Malária: > Ciclo biológico: heteróxeno (2 hospedeiros) > Hospedeiro vertebrado: homem (hospedeiro intermediário • Etapa: pré-eritocítica (fígado) • Ciclo: eritrocítico > Hospedeiro invertebrado: mosquito Anopheles (hospedeiro definitivo) • Reprodução sexuada • Etapa: esporogônia 1. Ao se alimentar de sangue, a fêmea do mosquito Anopheles infectada pelos plasmódios inocula os esporozoítos no hospedeiro humano 2. Esporozoítos infectam as células do fígado 3. Esporozoítos amadurecem para esquizontes 4. Esquizontes se rompem, liberando merozoítos → ciclo exoeritrocítico 5. Merozoítos infectam os eritrócitos e multiplicam- se assexuadamente → ciclo eritrocítico 6. Merozoítos se desenvolvem em trofozoítos em estágio de anel 7. Alguns merozoítos amadurecem para esquizontes 8. Esquizontes se rompem, liberando merozoítos 9. Ao se alimentar de sangue, o Anopheles ingere os gametócitos masculinos (microgametócitos) e femininos (macrogametócitos), dando início ao ciclo 10. No estômago do mosquito, os microgametas penetram nos macrogametas, produzindo zigotos 11. Zigotos se tornam móveis e alongados, evoluindo para oocinetes 12. Oocinetes invadem a parede do intestino médio do mosquito, onde se desenvolvem em oocistos 13. Oocistos crescem, rompem-se e liberam esporozoítos, os quais se deslocam para as glândulas salivares 14. Inoculação dos esporozoítos em um novo hospedeiro humano > Transmissão: • Vetorial: picada da fêmea de anofelinos infectados → maturação dos ovócitos • Transfusão sanguínea Febre tardia pós-transfusional • Transplante de órgãos • Agulhas contaminadas • Congênita > Patogenia • Ocorre durante ciclo eritrocítico assexuado (sinais clínicos) • Ruptura das hemácias → gera intensa resposta do hospedeiro Gera anemia Destruição de eritrócitos parasitados → esquizogonias eritrocíticas Anna Raphaella – Medicina UFG 68 Destruição de eritrócitos não parasitados → aumento da eritrofagocitose esplênica • Liberação de citocinas (participam do processo inflamatório) → febre e mal-estar • Recaídas tardias (mais de 2 meses) em P. vivax e P. ovale → devido hipnozoítos (corpos dormentes que permanecem no fígado) • Recaídas precoces (menos de 2 meses) em P. falciparum → manutenção de parasitemia • Lesão capilar em imunocomplexos • Aderência de hemácias parasitadas em infecção por P. falciparum Sequestro dos eritrócitos na rede capilar Modificações na superfície das hemácias parasitadas > Quadro clínico: depende da espécie a) Acesso malárico → ruptura das hemácias • Febre intensa (41 oC) e intermitente A cada 48h (febre terçã) – P. falciparum, P. vivax, P. ovale A cada 72h (febre quartã) – P. malarie • Sudorese e fraqueza intensa b) Malária não complicada: comum às 4 espécies • Acesso malárico • Febre • Anemia • Manifestações crônicas: esplenomegalia (em indivíduos altamente expostos) c) Malária grave: infecção por P. falciparum • Pode ser fatal • Hipoglicemia • Convulsões e distúrbios de consciência • Vômitos • Icterícia • Malária cerebral → rigidez de nuca • Insuficiência renal aguda • Dispneia ou hiperventilação • Edema pulmonar agudo > Diagnóstico: • Clínico: análise de área de risco • Laboratorial: demonstração do parasito no sangue periférico Gota espessa Esfregaço delgado Ambos permitem diferenciar espécies Testes imunológicos (imunocromatográfico) Testes moleculares (PCR) • Diagnóstico diferencial: abscesso amebiano hepático, calazar, esquistossomose, denque, babesiose, hepatite infecciosa, febre amarela, febre tifoide, febre maculosa, leptospirose > Tratamento: • Cloroquina → desuso por resistência do P. falciparum • Outros fármacos: quinina, mefloquina, tafenoquina, primaquina, antibióticos • Fármacos provocam: Interrupção da esquizogonia Combate aos hipnozoítos (formas latentes no fígado) Combatem formas sexuadas > Epidemiologia: • Principalmente áreas tropicais e subtropicais 200 milhões/ano (90% na África) 150 a 200 mil/ano na Amazônia 600 mil mortes/ano no mundo • Fatores que interferem na dinâmica de infecção: biológicos, ecológicos e socioculturais • Áreas endémicas no Brasil Garimpeiros Periferias de grandes cidades (Belém e Manaus) > Profilaxia: • Evitar contato dos mosquitos anofelinos Repelentes Mosquiteiros • Diagnóstico e tratamento precoce dos doentes • Quimioprofilaxia* • Ações coletivas Combate ao vetor adulto Combate às larvas Saneamento básico Anna Raphaella – Medicina UFG 68
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