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Ética, Direitos Humanos e Minorias

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Ética,
Direitos
Humanos e
Minorias
TRABALHO FINAL DE FILOSOFIA : ANTROPOLOGIA E
ÉTICA. PUC MINAS
Ética, 
Direitos Humanos e
Minorias
APRESENTADO POR: ANA JÚLIA CAETANO MEDEIROS, CAMYLA
FERNANDES MACHADO DE CARVALHO, CÁSSIA GABRIELA
FAGUNDES, LUISA DA SILVA MOREIRA E MARIANA RIBEIRO
RAMOS 
Introdução
ÉTICA, DIREITOS HUMANOS E MINORIAS: POR QUE É IMPORTANTE DISCUTIR?
Cada ser humano possui sua própria identidade e suas particularidades, reconhecer cada um a partir das
suas diferenças constitui os princípios do pensamento humano. Seguindo o conceito de identidade, 
Consideremos o significado de identidade [como] aquilo que
nós somos, de onde nós provimos. Assim definido, é o
ambiente no qual os nossos gostos, desejos, opiniões e
aspirações fazem sentido. Se algumas das coisas a que eu
dou mais valor estão ao meu alcance apenas por causa da
pessoa que eu amo, então ela passa a fazer parte da minha
identidade. 
(TAYLOR, 1994, p. 54 apud ANDRIGHETTO; OLSSON, 2014 ).
Historicamente, diversas culturas foram criadas na sociedade, e no Brasil, a colonização marcou a
miscigenação de vários povos, principalmente os indígenas, os portugueses e os africanos, tendo como
consequência uma pluralidade cultural imensa no país.
Em virtude disso, muitos grupos tidos como
“diferentes” passaram a sofrer preconceito no meio
social, em forma de desrespeito aos seus direitos
humanos que, em tese, buscam assegurar uma
qualidade de vida digna para todos. Nesse contexto,
identificar essas diferenças é o primeiro passo para
garantir o respeito e a inclusão total da sociedade,
além de promover o bem comum, erradicando a
discriminação e exclusão de quaisquer grupos sociais.
Portanto, a discussão e mobilização em prol dos
direitos humanos das minorias vem se tornando cada
vez mais urgente para combater essa discriminação.
Em suma, é de extrema importância discutir esse tema
com o objetivo de promover o conceito de igualdade
para todos. 
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo do trabalho é, utilizando das teorias de
Marilena Chauí, Ricardo Castilho e três artigos
selecionados sobre o tema, expor a relação deficitária
entre os direitos humanos e as minorias e analisar o
motivo pelo qual, apesar de ter esses direitos garantidos
em tese, eles não são assegurados na realidade. 
Assim, o seguinte trabalho apresentará essa discussão a
partir dos conceitos de Direitos Humanos, Minorias e
Ética, seguindo para uma análise do tema, relacionando-
os e versando um pouco sobre a aplicabilidade dos
Direitos Humanos na contemporaneidade - em especial,
perante a certas parcelas do corpo social. A partir disso,
refletiu-se sobre uma possível abordagem para a
mudança do cenário atual.
Desenvolvimento
Segundo o dicionário, a Ética é parte da filosofia responsável pela
investigação dos princípios que motivam, disciplinam ou orientam
o comportamento humano, refletindo a respeito da essência das
normas também pode ser definida como um conjunto de regras e
preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um
grupo social ou de uma sociedade. 
CONCEITO DE ÉTICA
Do mesmo modo, de acordo com Chauí
(2000, p. 433): 
os valores éticos se oferecem, portanto,
como expressão e garantia de nossa
condição de sujeitos, proibindo
moralmente o que nos transforme em
coisa usada e manipulada por outros. A
ética é normativa exatamente por isso,
suas normas visando impor limites e
controles ao risco permanente da
violência.
(CHAUÍ, 2000, p. 433)
 
Embora historicamente antigos, os Direitos Humanos são atemporais
em sua funcionalidade desde sua criação, isso, porque mesmo tendo
sofrido inúmeras alterações, principalmente em sua terminologia e em
seu público-alvo, os Direitos Humanos, desde a sua mais antiga
aparição, sempre objetivaram alcançar o asseguramento e a qualidade
de vida dos indivíduos. Hodiernamente, os Direitos Humanos são
entendidos como universais, indivisíveis, e se referem à garantia da
vida, da liberdade, da igualdade e da segurança pessoal de todos os
seres humanos, sem distinção de “[...] raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social,
riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição [...]” (CASTILHO,
2018, v. 30, p. 1-2). Em síntese, após a Declaração dos Direitos
Humanos de Viena, promulgada em 1948 - quase 2.500 anos depois da
primeira ideia relacionada aos Direitos Humanos ser proliferada pelo
chamado Cilindro de Ciro -, se tornou tangível que esses direitos
fossem assegurados pelos Governos, e mais do que isso, se tornou
explícito que nenhum indivíduo, em tese, poderia ter esses direitos
transgredidos (CASTILHO, 2018). 
O QUE SÃO OS DIREITOS HUMANOS?
O QUE SÃO OS DIREITOS HUMANOS?
No entanto, ainda que a chamada Declaração Universal dos Direitos
Humanos - proclamada em 1948 pela Organização das Nações Unidas -
seja um padrão ideal conservado por inúmeras nações do mundo inteiro,
essa não possui peso legal, e por assim ser, mesmo que imponha
determinadas características a fim de não ser infringida - como por
exemplo, a inviolabilidade - que proíbe o descumprimento dos Direitos
Humanos por parte civil ou de autoridades públicas -; a efetividade - que
garante, como apresentado anteriormente, que a atuação do Poder Público
deve sempre ter como objetivo a salvaguarda desses direitos -; a
interdependência - que expõe que os Direitos Humanos dependem de
outros direitos assegurados por lei, para que sejam genuinamente
cumpridos -; e a irrenunciabilidade - que atesta que nenhum indivíduo pode
abrir mão desses direitos, etc. - (CASTILHO, 2018) -, nem todos os sujeitos,
de fato, tem esses direitos preservados, e isso se torna ainda mais evidente
quando se analisa a relação da concretização dos Direitos Humanos em
prol das chamadas minorias. 
O QUE SÃO AS MINORIAS?
Entende-se por minorias, grupos que ironicamente
constituem uma grande parcela da população, por vezes
até representam quantitativamente uma maioria, mas são
assim considerados por apresentarem traços culturais e
determinados comportamentos em comum, e também por
se posicionarem contra a dominação junto ao corpo social,
por possuírem, majoritariamente, vínculos subjetivos de
solidariedade entre seus membros, a fim de proteger sua
identidade cultural, e também, por dependerem de uma
especial proteção estatal, uma vez que esses grupos são
frequentes vítimas da opressão social (SIQUEIRA e
CASTRO, 2017 ).
O QUE SÃO AS MINORIAS?
Isso , por que
Infere-se que, em decorrência de uma sociedade
pluralista, existindo inúmeros traços culturais em uma
mesma sociedade, põe-se em discriminação indivíduos
que possuem elementos de identidade cultural ou não
culturais que os diferenciam dos grupos de dominância do
corpo social.
(SIQUEIRA e CASTRO, 2017, p. 107).
E por assim ser, caoticamente, negros, indígenas, imigrantes,
mulheres, integrantes da comunidade LGBTQIA+, idosos,
moradores de vilas (ou favelas), pessoas com deficiência e
moradores de rua, etc., sofrem cotidianamente com a
estigmatização e a discriminação por parte daqueles que não
constituem esses grupos, tendo suas opiniões e atitudes
oprimidas, e consequentemente, seus direitos transgredidos.
Nesse sentido, torna-se necessária a análise da falha
aplicabilidade dos Direitos Humanos em benefício desses
grupos.
RELAÇÃO ENTRE ÉTICA, DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
A partir da elucidação desses conceitos, buscou-se compreender e
versar a respeito da relação existente entre a Ética, os Direitos
Humanos e as Minorias.
Dentre as possíveis correlações que se pode estabelecer entre esses
termos, inicia-se destacando o caráter universal que, tanto a ética
quanto os direitos humanos (DH) possuem (ou ao menos deveriam
possuir), sendo uma de suas características basilares. Além disso,
observa-se que, sendo a ética uma reflexão crítica que se faz em
relação aos valores, produções, costumes e ações humanas
estabelecidas, ao buscar a garantia e efetivação dos direitos humanos,
essencialmente deve-se agir de forma ética. Nesse diapasão, também
devemos ponderar quea questão dos Direitos Humanos ultrapassam a
esfera jurídica, social ou política, uma vez que envolve também
aspectos individuais e morais. Isso porque a concretude dos direitos
humanos na vida cotidiana passa, necessariamente, pelo compromisso
social e pela justiça que deve ser posta em prática no comportamento
de cada cidadão - seja este de elevado poder aquisitivo (ou político) ou
não.
Outrossim, ainda que os direitos humanos sejam fundamentais para o bem comum,
estes devem ser sempre objeto de reflexão crítica, para que não se torne um
instrumento de dominação ou preservação dos interesses de determinados grupos.
Nesse viés, pode-se estabelecer uma crítica no que tange aos DH, pois esses ainda
mantém uma relação insatisfatória no que diz respeito aos direitos das minorias. Sob
tal ótica, é possível afirmar que, a igualdade pregada pelos direitos humanos não
considera as inúmeras diferenças sociais e particularidades (que afetam) certos
grupos do corpo social. Portanto, acredita-se que uma proposta mais condizente com a
garantia de direitos das minorias seria uma busca pela equidade, isto é, tratar os
iguais de forma igual e os desiguais na medida das suas desigualdades. 
Voltando-nos para uma análise mais ampla do tema proposto,
vale ressaltar que, a cultura dos direitos humanos ainda é
permeada por certos preconceitos e ideias equivocadas que
concluem, por exemplo, que estes validam a impunidade de
atos infratores e imorais. Destarte, faz-se necessário promover
uma conscientização e educação para os direitos humanos nas
sociedades. Isso pode se dar com auxílio da ética, uma vez que
esta já se constitui enquanto uma discussão mais consolidada
e legitimada socialmente. Assim, percebe-se que Ética e
Direitos Humanos devem estar intimamente ligados, tanto
para uma promoção de direitos mais equânime (que atende
satisfatoriamente às necessidades das minorias) e crítica,
quanto para uma transformação social, que culmine no
estabelecimento de uma mentalidade mais consciente e que
busca de fato ter compromisso com os direitos garantidos a
toda pessoa humana. 
Conclusão
Assim, tendo em vista os assuntos estudados, pode-se concluir que os Direitos
Humanos garantem teoricamente o bem-estar, a proteção e a liberdade de
todos. Isso tem como influência o exercício da ética de buscar uma forma das
pessoas conviverem em harmonia umas com as outras, independentemente de
suas diferenças.
Mas, como foi apresentado, os Direitos Humanos, no que tange às minorias, não
são assegurados efetivamente na realidade. Além de não cumprir com o que
propõem, muitas pessoas também têm uma ideia errada sobre o que eles são,
havendo, portanto, a necessidade de propagar seus verdadeiros ideais com a
ajuda da ética.
Propagar esse conhecimento crítico a respeito dos direitos
humanos possivelmente fará com que as pessoas sejam mais
conscientes quanto a existência de diferentes realidades na
sociedade e façam mais reflexões. Isso pode provocar uma
mobilização social, fazendo com que as pessoas lutem pelos
direitos humanos das minorias, mesmo que algumas não façam
parte delas. Assim, poderia-se exercer uma pressão social para
que o programa de direitos humanos dê uma maior atenção às
minorias, o que é muito necessário hoje.
Sendo assim, pode-se concluir a partir desse
trabalho que o valor da ética está na essência
teórica do programa de direitos humanos. A
prática desse valor é importante para a
propagação verdadeira das ideias do programa
e da sua atuação, logo, sendo importante
também para buscar o melhoramento dessa.
Isso porque, ao evidenciar a realidade do
programa, com suas falhas, as pessoas
entendem melhor sobre ele e passam a
defendê-lo, por meio de mobilizações, por
exemplo, a fim de cobrar, assim, uma atuação
mais eficaz do programa à todos.
 
Referências
ANDRIGHETTO, Aline; OLSSON, Gustavo André. IGUALDADE E PROTEÇÃO AOS DIREITOS DAS
MINORIAS NO BRASIL/EQUAL RIGHTS AND PROTECTION OF MINORITIES IN BRAZIL. Espaço
Jurídico Journal of Law [EJJL], v. 15, n. 2, p. 443-460, 2014.
ÁVILA, Maria Cristina Alves Delgado. Como entender e atender aos direitos das minorias?
Amazon's Research and Enviromental Law, v. 2, n. 2, p. 24-40, mai. 2014.
CASTILHO, Ricardo. Direitos humanos. Saraiva Educação SA, 2018.
CHAUI, Marilena. Capítulo 4 A Existência Ética. In: CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. Ática,
2000. p. 429 - 435.
SIQUEIRA, Dirceu P.; CASTRO, Lorenna Roberta B. Minorias e grupos vulneráveis: A questão
terminológica como fator preponderante para uma real inclusão social. Revista Direitos Sociais e
Políticas Públicas (UNIFAFIBE), vol. 5, n. 1, p. 105-122, 2017.

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