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peça civel 1- estágio supervisionado I

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AO JUÍZO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS/SC.
	QUINZINHO MACHADO DE ASSIS, brasileiro, casado, agricultor, portadora do RG n.º 00.000.00.0 e CPF n.º 000.000.000-00, residente e domiciliada à rua xxxxxx, n.º sem número, bairro Quincas Borba, Rio de Janeiro – RJ, CEP nºxxx.xx-xxx, vêm respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu advogado devidamente qualificado (procuração anexa), com endereço à Av. xxxxxxxxxxxxxxx, n.º xx, bairro Quincas Borba , sala xx, Centro, CEP xxx.xx-xxx, Rio de Janeiro – RJ, para interpor a presente
AÇÃO DECLARATÓRIA DE PROPRIEDADE DO IMÓVEL RURAL COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR
	em face de CAPITU, nacionalidade, estado civil (união estável), profissão, inscrito no CPF sob nº 000.000.000-00, portador do RG nº 00.000.00.0, endereço eletrônico xxxxxxxx@gmail.com, residente e domiciliado à Rua..., filiação desconhecida, pelos fatos e fundamentos a seguir delineados.
1. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
O requerente encontra-se desempregado, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência (Doc. X), cópia da Carteira de Trabalho do requerente (Doc. X) e certidão de nascimento dos filhos (Doc. X). Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes[4].
1. DOS FATOS
	O autor Quinzinho Machado de Assis, idoso, que desde 10 de fevereiro de 2006, ininterruptamente, ocupa como seu, sem justo título, um imóvel de dois ha (hectares) devidamente registrado em nome de Capitu, situado no bairro Quincas Borba, sem número, na zona rural da cidade do Rio de Janeiro/RJ. A posse se deu sem violência ou oposição da legítima titular de domínio, onde edificou uma pequena casa de três cômodos no local.
	O senhor Quinzinho possui apenas um instrumento particular de cessão de direito possessórios (Anexo x) com o antigo possuidor Brás Cubas, que ocupou o terreno por apenas 2 (dois) anos, que deu origem à sua estada e permanência com ânimo definitivo, ali mantendo sua residência e domicílio. Entrando na posse, constituiu família casando-se com Carolina (comunhão universal), criando quatro filhos (Casmurro, Helena, Iaiá Garcia e Ressureição) e uma linda cadelinha chamada Grazy.
	Quinzinho não possui outro imóvel. É confirmado e respeitado como se fosse dono pelos confrontantes Esaú e Jacó.
	Provou que tornou a terra produtiva para garantir sua subsistência, estando até habilitado no programa da agricultura familiar, criado pela Lei nº 11.326/06.
	Ainda, o autor, notificou Capitu para comunicar uma prescrição aquisitiva, porém, ela se manteve silente.
2. FUNDAMENTOS 
Diante dos fatos relatados, é evidente que: 
	Como prevê a Constituição Federal, em seu art. 5, inciso V e X:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
	No mesmo entendimento, o Código Civil de 2002, em seu art. 186:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
	Ainda como complemento referente aos lucros cessantes, o Art. 402 do Código Civil: 
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
	Tratado como uma relação de consumo, é plausível de competência do Código do Consumidor, onde: 
 Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
        § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar [...]
	Como decidido pelo Relator Ministro Barros Monteiro, usa-se a Súmula n. 387:
		Súmula n. 387. É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.
3. Dos pedidos
Ante o exposto REQUER que V. Exª. Se digne a determinar:
a) A citação do Requerido para oferecimento de defesa no prazo de lei sob pena de confissão e revelia quanto à matéria de fato ora articulada;
b) A condenação da ré em danos patrimoniais, morais e lucros cessantes, bem como em custas processuais, despesas e honorários advocatícios, nos termos da lei processual vigente;
c) A condenação da ré referente aos tratamentos médicos procurados pela Autora, com intuito de eliminar a cicatriz deixada pela ré;
d) A condenação da ré em arcar com os prejuízos ocorridos com seu contrato de trabalho firmado com a marca REALEZA. 
4. Valor da causa
Dá-se a causa o valor de R$ 225.000,00
Termos em que,
Pede deferimento. 
Florianópolis – SC, 23/03/2021.
Eduardo Guimarães S. Zanetti
000.000/SP

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