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CASOS AV1 e AV2 - PRÁTICA IV by West Gave

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West Gave dos Santos Página 1 
 
PRÁTICA SIMULADA IV 
TODOS OS CASOS CONCRETOS 2020 
By West Gave 
 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 2 
 
Descrição 
CASO CONCRETO 
 
Antônia Moreira Soares, portuguesa, médica, é casada há 30 anos com Pedro Soares, 
brasileiro, dentista. Na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e 
Maria das Dores, ambos maiores e capazes, também constituíram um vasto 
patrimônio, fruto do esforço comum do casal. 
 
Ocorre que Antônia descobriu que Pedro está com um relacionamento extraconjugal, 
razão pela qual resolveu se divorciar. Pedro, após saber da vontade da mulher em não 
manter o casamento deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 
e Corolla, para sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a proferir sucessivos 
saques em uma das contas conjuntas do casal. 
 
Antônia, após ouvir a conversa de Pedro com Isabel, comprova junto ao banco ao 
qual possuem conta os saques de Pedro. Diante da hipótese, como advogado de 
Antônia, elabore a peça processual cabível a defesa dos seus interesses, ciente que 
esta desconhece todos os bens a que tem direito. 
 
 
 
 
 
AO JUÍZO DA ____ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ________ 
 
 
ANTONIA MOREIRA SOARES, Portuguesa, Casada, Médica, portadora da 
carteira de identidade nº..., inscrita no CPF sob o nº..., endereço eletrônico..., 
residente e domiciliada na rua..., bairro..., cidade..., UF..., CEP:.., vem por seu 
advogado, com endereço profissional localizado na rua..., bairro..., cidade..., 
UF..., propor 
 
West Gave dos Santos Página 2 
 
AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PARTILHA DE BENS E PEDIDO DE TUTELA 
CAUTELAR 
 
em face de PEDRO SOARES, brasileiro, Casado, Dentista, portador da carteira 
de identidade nº..., inscrito no CPF sob o nº..., endereço eletrônico, residente e 
domiciliado na rua..., bairro..., cidade..., UF..., CEP..., conforme os fatos e 
fundamentos que passa a expor: 
I – DOS FATOS 
A Autora e o Réu, na constância de seu casamento, adquiriram vasto 
patrimônio, fruto do esforço comum do casal. A Autora descobriu que o Réu 
está com um relacionamento extraconjugal, razão pela qual pretende se 
divorciar. Ocorre que o Réu deseja doar seus 2 (dois) automóveis, marca 
Toyota, modelos SW4 e Corolla, para sua irmã, Isabel Soares. Além 
disso, passou a proferir sucessivos saques numa das contas conjuntas do 
casal. 
II. DO DIREITO 
A Autora possui o direito de desfazer a relação conjugal por meio do divórcio, 
como dispõe o artigo 2º, IV, da Lei nº 6515/77. Esta dissolução gera, por 
conseqüência, o direito de divisão de bens, conforme exposto no artigo 1.658 
do CC. 
Para chegar a este objetivo, a autora precisa, num primeiro momento, conhecer 
a amplitude do patrimônio comum existente. Por isso, faz-se necessário o 
arrolamento dos bens adquiridos pela autora e o réu. 
II.1. DO FUMUS BOMI IURIS 
A autora está casada há 30 (trinta) anos com o réu no regime de comunhão 
parcial de bens, sendo que tiveram dois filhos, ambos maiores e capazes, bem 
como grande patrimônio, que contribui para comunicação de bens para o 
divórcio. 
II.2. DO PERICULUM IN MORA 
Devido ao fato do réu estar sacando dinheiro da conta conjunta com a autora 
diversas vezes, esta possui comprovante retirado junto à instituição financeira. 
Este fato demonstra o perigo na demora para a autora, sendo de extrema 
importância o deferimento desta tutela. 
III. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer: 
West Gave dos Santos Página 3 
 
a) que seja concedida liminar inaudita altera parte para arrolar os bens do 
casal; 
b) Intimação do Réu para ciência da decisão; 
c) que o Réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia; 
d) que seja chamado o Ministério Público ao processo; 
e) julgar procedente o pedido para decretar o divórcio das partes com a 
conseqüente partilha dos bens; 
f) a concessão da tutela de urgência cautelar; 
g) a condenação do réu ao pagamento das custas processuais e ônus de 
sucumbência. 
IV. DAS PROVAS 
Requer-se a produção de todas as provas admitidas em direito, segundo o 
artigo 369 do CPC, em especial documental. 
V. VALOR DA CAUSA 
Dá-se a causa o valor de R$... (valor dos bens a serem arrolados). 
 
Nestes termos, 
pede- se deferimento. 
Local, data. 
Advogado 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 3 
 
Descrição 
Caso concreto: XIV Exame da OAB adaptado? Unificado ? Prova D. Empresarial 
 
West Gave dos Santos Página 4 
 
Carlos, Gustavo e Pedro, residentes na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, 
decidiram constituir a companhia XYZ Viagens S.A., de capital fechado, com sede 
naquela cidade. No estatuto social, foi estipulado que o capital social de R$ 
900.000,00 (novecentos mil reais) seria dividido em 900 (novecentas) ações, sendo 
300 (trezentas) preferenciais sem direito de voto e 600 (seiscentas) ordinárias, todas a 
serem subscritas em dinheiro pelo preço de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) cada. 
 
A Administração da companhia incumbirá os acionistas Carlos e Gustavo, 
podendo cada um representá-la alternativamente. Cada um dos três acionistas 
subscreveu a quantidade total de 300 (trezentas) ações (200 ordinárias e 100 
preferenciais), tendo havido a realização, como entrada, de 10% (dez por cento) do 
preço de emissão. Em relação ao restante, os acionistas comprometeram-se a 
integralizá-lo até o dia 23.07.2015, de acordo com os respectivos boletins de 
subscrição devidamente assinados. No entanto, Pedro não integralizou o preço de 
emissão de suas ações. Carlos e Gustavo optaram por exigir a prestação de Pedro, 
pois não desejavam promover a redução do capital social da companhia, nem excluir 
Pedro para admitir novo sócio. A sociedade não publicou aviso de chamada aos 
subscritores por ser desnecessário. Carlos e Gustavo, munidos dos respectivos 
boletins de subscrição, o procuraram para demandar em Juízo contra Pedro. 
 
Elabore a peça processual adequada na defesa dos direitos da companhia para 
receber as importâncias devidas por Pedro. 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA–CE. 
 
XYZ VIAGENS S/A, pessoa jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ 
n°..., endereço eletrônico..., com sede na rua.., bairro..., Fortaleza/CE, CEP:..., 
nesse ato, representado pelos seus sócios, CARLOS SOBRENOME, 
brasileiro, estado civil..., Empresário, portador da carteira de identidade nº..., 
inscrito no CPF sob o nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na 
rua..., bairro..., Fortaleza/CE, CEP:...; e GUSTAVO SOBRENOME, brasileiro, 
estado civil..., Empresário, portador da carteira de identidade nº..., inscrito no 
CPF sob o nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na rua..., 
bairro..., Fortaleza/CE, CEP:..., vem por seu advogado, com endereço 
profissional localizado na rua..., bairro..., cidade..., UF..., com base nos 
artigos 783, 784 do CPC c/c artigo 106 e107 da Lei 6.404/76, propor : 
 
AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
 
West Gave dos Santos Página 5 
 
em face de PEDRO SOBRENOME, brasileiro, estado civil..., Empresário, 
portador da carteira de identidade nº..., inscrito no CPF sob o nº..., endereço 
eletrônico, residente e domiciliado na rua..., bairro..., Fortaleza/CE, CEP..., 
conforme os fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
I – DOS FATOS 
A Exeqüente foi constituída como Sociedade Anônima pelos sócios Carlos, 
Gustavo e o Executado, sendo que a administração da companhia ficou 
incumbida aos acionistas Sr. Carlos e Sr. Gustavo, estes podendo representá-
la alternativamente. No estatuto social, foi estipulado que o capital social de 
R$ 900.000,00 (novecentos mil reais) seria dividido em 900 (novecentas) 
ações, sendo 300 (trezentas) preferenciaissem direito de voto e 600 
(seiscentas) ordinárias, todas a serem subscritas em dinheiro pelo preço 
de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) cada. Cada um dos três acionistas 
subscreveu a quantidade total de 300 (trezentas) ações (200 ordinárias e 
100 preferenciais), sendo pago como entrada, o valor de 10% (dez por cento) 
do preço de emissão, que correspondeu a R$30.000,00 (trinta mil reais) 
cada acionista. Em relação ao restante, os acionistas comprometeram-se a 
integralizá-lo até o dia 23/07/2015, nesta data, os acionistas 
administradores Gustavo e Carlos integralizaram as suas partes devidas, 
de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente 
assinados. 
No entanto, o Executado não integralizou o preço de emissão de 
suas ações, no valor de R$270.000,00 (duzentos e setenta mil reais), 
sendo assim o capital social ficou integralizado somente com 
R$630.000,00 (seiscentos e trinta mil reais), faltando a parte do 
Executado para completar o capital de R$900.000,00. 
 
II – FUNDAMENTOS 
No caso presente, ficou caracterizado que o Executado está em situação de 
Sócio Remisso, conforme o artigo 106 , §2º da Lei das Sociedades 
Anônimas (L. 6.404 /76). Tendo em vista que está em mora na obrigação 
de integralizar o capital, nas condições previstas no Estatuto da 
Empresa Exeqüente, devendo se sujeitar ao pagamento dos juros, 
correção monetária e da multa prevista no Estatuto. Conforme o artigo 
107, I, da Lei 6.404/76, é facultado aos Acionistas promover a ação de 
execução contra o Sócio Remisso, já que não existe a intenção de excluir o 
Executado da Sociedade e nem tampouco diminuir o Capital Social da 
Empresa Exeqüente. 
West Gave dos Santos Página 6 
 
 
III - DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer: 
a) A citação do Executado para pagar o valor de R$270.000,00 
(atualizado) em 3 dias, sob pena de penhora. 
b) A condenação do Executado aos ônus da sucumbência. 
 
IV - DAS PROVAS 
O Exeqüente demonstra os fatos alegados através de prova documental . 
 
V - DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$270.00 0,00 (atualizado). 
Nestes Termos, 
 
Pede deferimento. 
 
Cidade/UF, _____, _____________, de ______. 
 
 
 
ADVOGADO 
OAB/UF 
 
 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 4 
 
Descrição 
Caso concreto 
 
Pedro de Castro, residente em Florianópolis, Santa Catarina, o procura 
em seu escritório, narrando os seguintes fatos: Em agosto de 2015, assinou nota 
promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro 
contraído por Laura junto ao Banco Quero Seu Dinheiro S.A., com sede no Rio de 
West Gave dos Santos Página 7 
 
Janeiro, RJ, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 
parcelas mensais e sucessivas. 
 
Em março de 2016, foi informado pelo Banco que Laura havia deixado de 
cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2015. 
Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, Pedro quitou a dívida em 
03/04/2016 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que 
havia assinado. 
 
Para seu espanto, há poucos dias, foi informado pelo porteiro do edifício no 
qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça. Ao 
diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, Pedro descobriu que o Banco Quero 
Seu Dinheiro havia ajuizado Ação de Execução fundada em título executivo 
extrajudicial em face dele e de Laura, que tramita perante o MM. Juízo da 02ª Vara 
Cível da Comarca de Florianópolis. 
 
Acreditando tratar-se de um equívoco, Pedro compareceu no dia seguinte ao 
Cartório da 02ª Vara Cível para consultar os autos do processo, tendo verificado o 
seguinte: a) O Banco estava executando outro empréstimo contraído por Laura, no 
valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que o mesmo não possuí 
qualquer garantia. b) Apesar da nota promissória assinada por Pedro estar vinculada 
ao contrato quitado em abril/2015, o Banco a utilizou para embasar a Execução, 
tendo, ainda o incluído no pólo passivo. c) O Banco requereu a penhora do 
consultório de Pedro, situado na rua Nóbrega n. 36, sala 801, Centro, Florianópolis, o 
que foi deferido pelo juiz. 
 
Aproveitando a ida de Pedro ao cartório, o Oficial de Justiça o intimou da 
penhora que incide sobre seu imóvel. Diante dos fatos narrados, promova a peça 
processual cabível à defesa dos interesses de Pedro, esclarecendo que ele apresentou 
toda a documentação comprobatória de suas alegações. 
 
 
 
 
 
 
AO JUÍZO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS DO 
ESTADO DE SANTA CATARINA. 
 
Embargos à execução por dependência ao processo nº... 
 
PEDRO DE CASTRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade n°... e inscrito no CPF n°..., com endereço 
eletrônico, residente e domiciliado na Rua..., Florianópolis, Santa Catarina, 
vem por seu advogado, com endereço profissional na rua..., bairro..., 
West Gave dos Santos Página 8 
 
cidade..., UF..., que indica para os fins do artigo 77, inciso V do CPC, 
com fundamento no artigo 914 e seguintes do CPC, opor: 
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
em face do BANCO QUERO SEU DINHEIRO S.A, pessoa jurídica de 
direito privado, inscrita no CNPJ sob o n º..., com sede na Rua..., nº..., 
bairro..., cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, representada nos 
termos de seu estatuto social pelo seu administrador..., nacionalidade, 
estado civil, profissão, residente na Rua..., nº..., bairro..., na cidade, 
estado, inscrito no CPF sob o nº..., por meio de seu procurador , que 
receberá as intimações no endereço..., pelos fatos e fundamentos a 
seguir: 
 
I – DOS FATOS: 
O embargante figurou como avalista em um contrato de empréstimo de mútuo 
financeiro junto a Sr.ª Laura e o Banco Quero Seu Dinheiro S.A, em agosto de 
2015, no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 
(trinta) parcelas mensais e sucessivas. Como garantia, assinou nota 
promissória. 
Em março de 2016, foi informado pelo Banco que Laura havia deixado de 
cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 
2015. 
Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, o embargante quitou a 
dívida em 03/04/2016 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a 
nota promissória que havia assinado. 
Ocorre que há alguns dias, o Embargante fora cientificado de que figura no 
pólo passivo como executado, em Ação de Execução fundada em título 
executivo extrajudicial em face dele e da titular do contrato, Sr ª Laura. 
Ressalte-se, entretanto, que o contrato executado pelo Banco é diverso 
daquele em que o Embargante figurou como avalista e quitou a dívida da 
titular. 
 
II – DOS FUNDAMENTOS 
 
II.1 - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA 
 
West Gave dos Santos Página 9 
 
O embargante não deu causa a presente execução, não devendo figurar 
no pólo passivo da mesma, sob o amparo dos art. 917 e 337 , do 
Código de Processo Civil: 
 
“Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: 
VI- qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de 
conhecimento. 
Art. 337 - Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: 
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual”. 
 
II.2 - DO EFEITO SUSPENSIVO 
De acordo com o artigo 919, §1° do CPC, caberá o efeito suspensivo, uma vez 
que o embargante está sendo cobrando por uma dívida que não é sua 
e ainda foi penhoradopara pagamento da mesma a sala comercial onde 
fica seu consultório . 
 
III – DOS PEDIDOS 
Diante de todo o exposto, requer: 
a) que seja atribuído efeito suspensivo aos embargos à execução com a 
suspensão da execução ensejada contra o embargante . 
b) que seja ouvido o embargado no prazo de 15 dias. 
c) que seja desconstituída a penhora que incide sobre o imóvel do embargante. 
d) condenação do embargado aos ônus da sucumbência. 
 
IV – DAS PROVAS 
Requer a produção de provas todas as provas em direito admitidas, 
especialmente a prova documental. 
V – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$... (valor do bem penhorado) 
 
West Gave dos Santos Página 10 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local, data 
 
Advogado 
OAB /UF 
 
 
 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 5 
 
Descrição 
Exame 130 Ponto 1 OAB/SP 
 
Deustêmio, de posse de uma sentença estrangeira condenatória contra Zílio, 
devidamente homologada perante o Superior Tribunal de Justiça, propõe a 
competente execução perante uma das Varas Cíveis da Comarca de São Paulo, local 
onde reside o devedor, tendo sido distribuída para a 30ª. Vara Cível. 
 
Ocorre que o bem penhorado não é da propriedade de Zílio, pois trata-se de 
veículo de propriedade da empresa em que ele trabalha, estando na sua posse para 
exercício da profissão. Além do mais, os cálculos elaborados pelo credor estão em 
desconformidade com o disposto na sentença. 
 
Como advogado de Zílio, elabore a defesa cabível. 
 
 
 
 
AO JUÍZO DA 30ª VARA CIVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO DO 
ESTADO DE SÃO PAULO 
 
Impugnação a Execução por dependência ao processo nº... 
 
West Gave dos Santos Página 11 
 
 ZÍLIO SOBRENOME, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., 
portador da identidade nº..., inscrito no CPF nº…, com endereço eletrônico.., 
residente e domiciliado na rua.., bairro..., cidade..., UF..., CEP..., vem por seu 
advogado, com endereço profissional na…, bairro...,cidade..., UF..., para os 
fins do artigo 106, inciso I do NCPC, nos autos da Ação de Execução Judicial, 
movida por DESTÊMIO, já qualificado, apresentar: 
IMPUGNAÇÃO À EXECUÇÃO 
em face de DEUSTÊMIO SOBRENOME, nacionalidade, estado civil..., 
profissão, portador da carteira de identidade nº..., inscrito no CPF sob o nº..., 
endereço eletrônico..., residente e domiciliado na rua..., bairro..., cidade..., 
UF..., CEP..., conforme os fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
I – DOS FATOS 
Trata-se de sentença estrangeira homologada pelo STJ, que o impugnado 
executou na forma do cumprimento de sentença em face do impugnante. 
Todavia, o bem penhorado pelo oficial de justiça é de propriedade de terceiro e 
a quantia demonstrada pelo impugnado está errada. 
II – DA PRELIMINAR 
I.1- INCOMPETENCIA ABSOLUTA 
 Com base no disposto no artigo 525, VI, do CPC, houve a penhora de 
maneira incorreta uma vez que a sentença homologada pelo STJ, deve a ação 
ser distribuída na justiça federal, não sendo a presente, a via judicial correta. 
III – DO DIREITO 
III.1- DO EFEITO SUSPENSIVO 
 De acordo com artigo 525, §6º do CPC, requer o efeito suspensivo, 
sobre o bem já penhorado, haja vista que este não é pertencente ao executado 
e, sim, da empresa aonde trabalha o executado. 
III.2- PENHORA INCORRETA 
 Conforme já mencionado anteriormente, tal penhora foi realizada de 
maneira incorreta, uma vez que tal bem é de propriedade de terceiros e não do 
executado, DISPOSTO NO ARTIGO 525, IV do CPC. 
III.3 - EXCEÇÃO DE EXECUÇÃO 
 O calculo realizado, para penhora, está em desconformidade com o 
disposto no artigo 325, V do CPC. 
West Gave dos Santos Página 12 
 
IV - DOS PEDIDOS 
 Pelo exposto requer: 
a) desde logo requer que seja concedido o efeito suspensivo a presente 
execução; 
b) que seja acolhida a incompetência absoluta, extinguindo-se a execução, 
caso não seja este o entendimento desde juízo, que seja os autos remetidos 
para a justiça federal; 
c) que seja acolhida a penhora incorreta retirando-se o gravame que incide 
sobre o automóvel da empresa a qual o executado trabalha, nomeando-se 
novo bem a penhora; 
d) que seja acolhida a exceção de execução devendo a mesma continuar 
conforme o valor determinado em sentença de R$...; 
e) condenação do impugnado aos ônus da sucumbência. 
 
V - DAS PROVAS 
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme 
disposto no artigo 369 do CPC , em especial a documental. 
VI - DO VALOR DA CAUSA 
 Dá-se à causa o valor de R$... 
 
Nestes termos, 
Pede-se deferimento. 
Local, Data. 
Advogado... 
OAB/UF... 
 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 6 
 
West Gave dos Santos Página 13 
 
Descrição 
 
17º Exame de Ordem - 2ª fase - 2001 - Direito Civil. Adaptado 
 
Oséas, como locatário de veículo por contrato firmado com a locadora Carro e 
Automóveis Ltda., por prazo de doze meses iniciado no mês passado, recebe, logo no 
terceiro mês de vigência do contrato, notificação judicial da pessoa física Leontino 
Silveira, o qual, dizendo-se adquirente do veículo locado e exibindo contrato de 
compra e venda firmado com a locadora originária, notifica o locatário para, 
doravante, pagar a ele adquirente os alugueres mensais. Tendo Oséas buscado 
esclarecimento junto à locadora originária, disse ela desconhecer o contrato. Você, 
diante da dúvida de Oséas a quem pagar o aluguel que se vencerá dentro de quatro 
dias e os futuros até findo o contrato, é por ele procurado para adotar as providências 
cabíveis. Redija a peça processual cabível. 
 
Advogado: SÉRGIO ROSE OAB/RJ nº 1000 
 
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PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 7 
 
Descrição 
 
XXI Exame da OAB – Direito Empresarial. Adaptada. 
 
 
Em 31/10/2012, quarta-feira, Peçanha, domiciliado e residente na Rua X, casa Y, nº 
1, na cidade de São Lourenço/MG, adquiriu eletrodomésticos no valor de R$ 
100.000,00 (cem mil reais), do Lojão Chalé Ltda., EPP, tendo sido emitida, na 
West Gave dos Santos Página 17 
 
mesma data, uma nota promissória em caráter pro solvendo no valor de R$ 
100.000,00 (cem mil reais), com vencimento para o dia 25/01/2013, sexta-feira, dia 
útil no lugar do pagamento. Em 05/01/2017, quinta-feira, o Sr. Fabriciano Murta, 
administrador e representante legal da credora, procura você munido de toda a 
documentação pertinente ao negócio jurídico mencionado. A cliente pretende a 
cobrança judicial do valor atualizado e com consectários legais de R$ 280.000,00 
(duzentos e oitenta mil reais) por não ter sido adimplida a obrigação no vencimento 
pelo devedor e restadas infrutíferas as tentativas de cobrança amigável. Elabore a 
peça adequada, eficaz e pertinente para a defesa do interesse da cliente e considere 
que a Comarca de São Lourenço/MG tem duas varas com competência concorrente 
para julgamento de matérias cíveis. 
 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser 
utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do 
dispositivo legal não confere pontuação. 
 
 
 
 xec ut ivo 
AO JUÍZO DA ____ VARA CÍVEL DE SÃO LOURENÇO/MG 
 
 
LOJÃO CHALÉ LTDA, pessoa jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ 
n°..., endereço eletrônico..., com sede na rua.., bairro..., cidade..., UF..., vem 
por seu advogado, com endereço profissional localizado na rua..., bairro..., 
cidade..., UF..., pelo rito especial do artigo 700 a 702 do CPC, propor : 
AÇÃO MONITÓRIA 
em face de PEÇANHA SOBRENOME, nacionalidade, estado civil..., profissão, 
portador da carteira de identidade nº..., inscrito no CPF sob o nº..., endereço 
eletrônico..., residentee domiciliado na rua X, casa Y, nº1, bairro..., São 
Lourenço, Minas Gerais, CEP..., conforme os fatos e fundamentos que passa a 
expor: 
 
I - DOS FATOS 
Em 31/10 /2012, quarta-feira, o Réu, adquiriu eletrodomésticos do Autor no 
valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), tendo sido emitida, na mesma 
data, uma nota promissória em caráter pro solvendo no valor de R$ 
100.000,00 (cem mil reais), com vencimento para o dia 25 /01/2013, 
sexta-feira, dia útil no lugar do pagamento. 
A Autora pretende a cobrança judicial do valor atualizado e com 
consectários legais de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais) por 
West Gave dos Santos Página 18 
 
não ter sido adimplida a obrigação no vencimento pelo devedor e 
restadas infrutíferas as tentativas de cobrança amigável. 
II - DOS FUNDAMENTOS 
O artigo 700 do CPC autoriza a propositura da Ação Monitória com base em 
prova escrita, sem eficácia de título executivo. 
Conforme se observa da narrativa fática e dos documentos que instruem 
a inicial, o autor é credor da importância descrita na nota promissória, cujo o 
vencimento se deu em 25/01/2013. 
O art. 70 c/c 77, ambos do Decreto 57.663/66, fixa o prazo prescricional 
de três anos para a execução de nota promissória. 
Desta forma, ultrapassado o prazo prescricional, poderá o credor lançar 
mão da via monitória no prazo de cinco anos, a contar do vencimento 
da nota promissória, conforme Súmula 504 do S TJ. 
 
No mesmo sentido, diz a Jurisprudência: 
 
TJ -S P - Apelação APL 00012661420138260019 
SP 0001266-14.2013.8.26.0019 (TJ -SP) 
Data de publicação: 14 /05/2015 
Ementa : PRESCRIÇÃO. 
COBRANÇA. MONITÓRIA. NOTA 
PROMISSÓRIA SEM FORÇA 
EXECUTIVA. Prescrição de 5 (cinco) 
anos prevista no art. 206, § 5º, I, do CC. 
Súmula nº 504 do STJ : "O prazo para 
ajuizamento de ação monitória em face 
do emitente de nota promissória sem força 
executiva é qüinqüenal, a contar do dia 
seguinte ao vencimento do título ". 
Consumação da prescrição. Sentença 
mantida. 
APELAÇÃO DESPROVIDA. 
 
West Gave dos Santos Página 19 
 
O Autor informa, conforme calculo anexo, que o valor atualizado devido, 
com os consectários legal é de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais). 
 
III - DOS PEDIDOS 
Diante o exposto, requer : 
 
 
a) o pagamento da quantia de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil 
reais), no prazo de 15 dias.  A co nde nação do ré u ao p a ga me nto das c ustas proces s ua is, e m ca so de não 
b) a condenação do Réu aos ônus da sucumbência.  A procedê nc ia do ped ido, co nst it uindo - se de p le no d ir e ito o t itulo e xec ut ivo 
 
IV - DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas e m direito admitidas, na amplitude 
do artigo 369 do CPC, especialmente a prova documental. 
 
 
 
V - DO VALOR DA CAUSA 
Dar-se à causa o valor de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais). 
 
Nestes Termos 
 
Pede Deferimento 
 
 
Local e Data 
Advogado/OAB 
 
 
 
 
 
 
West Gave dos Santos Página 20 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 8 
 
Descrição 
X Exame da OAB D. Civil adaptado 
José Afonso, engenheiro, solteiro, adquiriu de Lúcia Maria, enfermeira, solteira, 
residente na Avenida dos Bandeirantes, 555, São Paulo/SP, pelo valor de R$ 
300.000,00 (trezentos mil reais), uma casa para sua moradia, situada na cidade de 
Mucurici/ES, Rua Central, nº 123, bairro Funcionários. O instrumento particular de 
compromisso de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, foi assinado 
pelas partes em 10/01/2015. O valor ajustado foi quitado por meio de depósito 
bancário em uma única parcela. Sete meses após a aquisição do imóvel onde 
passou a residir, ao fazer o levantamento de certidões necessárias à lavratura de 
escritura pública de compra e venda e respectivo registro, José Afonso toma ciência 
da existência de penhora sobre o imóvel, determinada pelo Juízo da 4ª Vara Cível 
de Itaperuna / RJ, nos autos da execução de título extrajudicial nº 6002/2015, 
ajuizada por Carlos Batista, contador, solteiro, residente à Rua Rio Branco, 600, 
Itaperuna/RJ, em face de Lúcia Maria, visando receber valor representado por 
cheque emitido e vencido três meses após a venda do imóvel. A determinação de 
penhora do imóvel ocorreu em razão de expresso requerimento formulado na 
inicial da execução por Carlos Batista, tendo o credor desprezado a existência de 
outros imóveis livres e desimpedidos de titularidade de Lúcia Maria, cidadã de 
posses na cidade onde reside. 
Elabore a peça processual prevista pela legislação processual, apta a afastar a 
constrição judicial invasiva sobre o imóvel adquirido por José Afonso. 
 
 
 
 
AO JUÍZO DA 4ª VARA CÍVEL DE ITAPERUNA – RJ. 
 
Embargos de Terceiro por dependência ao Processo nº: 6002/2011. 
 
JOSÉ AFONSO, nacionalidade, solteiro, Engenheiro, portador da carteira 
de identidade n°..., inscrito no CPF n°..., com endereço eletrônico..., 
residente e domiciliado na Rua Central, nº123, bairro Funcionários, Mucuri, 
Espírito Santo, CEP..., vem por seu advogado, com endereço profissional 
na rua..., bairro..., cidade..., UF..., com fulcro nos artigos 674 CPC e 1.210 do 
CC, opor: 
 
EMBARGOS DE TERCEIRO 
West Gave dos Santos Página 21 
 
 
em face de CARLOS BATISTA, nacionalidade..., solteiro, Contador, portador 
da carteira de identidade n°... e inscrito no CPF n°..., com endereço 
eletrônico..., residente e domiciliado na Rua Rio Branco, 600, Itaperuna/RJ, 
pelos fatos e fundamentos a seguir: 
 
I – DOS FATOS 
 José Afonso adquiriu de Lúcia Maria, enfermeira, solteira, residente na 
Avenida dos Bandeirantes, 555, São Paulo/SP, por R$100.000,00 (cem mil 
reais), uma casa para sua moradia, na cidade de Mucurici/ES, à Rua Central, 
nº 123, bairro Funcionários. 
 O Instrumento Particular de Compromisso de Compra e Venda, sem cláusula 
de arrependimento, foi assinado pelas partes em 02/05/2011 (doc...). O valor 
ajustado foi quitado por meio de depósito bancário em uma única parcela 
(doc...). 
 Dez meses após a aquisição do imóvel onde passou a residir, ao fazer o 
levantamento de certidões necessárias à lavratura da Escritura Pública de 
Compra e Venda e respectivo registro, José Afonso é surpreendido pela 
existência de uma penhora sobre o imóvel (doc...), determinada este R. Juízo, 
nos autos da execução supra, ajuizada por Carlos Batista, já qualificado, em 
face de Lúcia Maria, já qualificada, visando receber valor representado por 
cheque emitido e vencido quatro meses após a venda do imóvel. 
 A determinação de penhora do imóvel ocorreu em razão de expresso 
requerimento formulado na inicial da Execução por Carlos Batista (fls...), tendo 
o credor desprezado a existência de outros imóveis livres e desimpedidos de 
titularidade de Lúcia Maria, cidadã de posses na cidade onde reside. Vale 
destacar, o Embargante não é parte naquele feito. 
 
II – DOS FUNDAMENTOS 
 Pelo discorrido, evidencia-se que o imóvel fora adquirido mediante 
Compromisso de Compra e Venda (conforme se comprova com a inclusa 
fotocópia autenticada do contrato), anteriormente à existência da dívida objeto 
da Execução. O Embargante já está na posse do imóvel, a qual se vê turbada 
pela penhora efetivada. A Executada é pessoa de posses, proprietária de 
outros imóveis livres e desimpedidos, os quais serviriam para garantir a dívida. 
 A legitimidade passiva de Carlos Batista decorre da aplicação do princípio da 
causalidade, eis que a penhora do imóvel de propriedadede José Afonso foi 
formulada após requerimento do credor que desprezou a existência de outros 
bens livres e desimpedidos em nome de Lúcia Maria. 
 
West Gave dos Santos Página 22 
 
STJ Súmula nº 84 - 18/06/1993 - DJ 02.07.1993 
Embargos de Terceiro - Alegação de Posse - 
Compromisso de Compra e Venda de Imóvel - 
Registro 
É admissível a oposição de embargos de terceiro 
fundados em alegação de posse advinda de 
compromisso de compra e venda de imóvel, ainda 
que desprovido do registro. 
 
 Conforme se verifica da Súmula 84 do Superior Tribunal de Justiça, o 
cabimento dos presentes Embargos de Terceiro é claramente possível, isto em 
consonância com a legislação pátria, a qual, nos artigos 1.210 e 674, dos 
Códigos Civil e de Processo Civil, respectivamente, aduz: 
 
Art. 1.210 CC. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de 
turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver 
justo receio de ser molestado. 
 
Art. 674 CPC. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou 
ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito 
incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua 
inibição por meio de embargos de terceiro. 
 
IV – DOS PEDIDOS 
Diante de todo o exposto, requer: 
a) Seja desconstituída a penhora sobre o imóvel de posse de José Afonso, não 
mais de Lúcia Maria, conforme o anexo Compromisso de Compra e Venda, 
afim de haja a cessação da turbação da posse; ou 
b) Seja exarada ordem judicial com o fito de haver manutenção da posse do 
imóvel, local onde presentemente habita o Autor destes Embargos; 
c) A intimação do Exeqüente, para que, querendo, responda a estes Embargos 
de Terceiro; 
e) Tenha o Exeqüente a condenação nas despesas processuais, verba 
honorária e demais cominações legais. 
V – DAS PROVAS 
Requer a produção de provas todas as provas em direito admitidas, 
especialmente a prova documental. 
West Gave dos Santos Página 23 
 
V – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 300.000,00, o preço pago para a aquisição do 
imóvel ora penhorado. 
 
Nestes termos, 
Pede Deferimento. 
 
 
Local, data 
 
Advogado 
OAB /UF 
 
 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 9 
 
Descrição 
 
32º Exame da OAB. Direito Civil. Adaptado. 
 
Paulo Castro e Sílvia Brandão mantiveram união estável entre janeiro de 2007 e 
dezembro de 2014, quando decidiram separar-se. O período de convivência não foi 
antecedido de qualquer convenção sobre o regime de bens dos companheiros. Como 
não haviam adquirido quaisquer bens durante aquele período, e como Sílvia, ao 
tempo da separação, se achava desempregada, Paulo anuiu à permanência de Sílvia, 
por tempo indeterminado, no imóvel que até então servira de residência aos 
companheiros, situado no Rio de Janeiro. Tal imóvel fora adquirido por Paulo, 
mediante pagamento integral do preço, no ano de 1997. Paulo retirou-se do imóvel, 
passando a morar em outro, tomado por ele em locação. Passados mais de dois anos 
do fim da união estável, Paulo promoveu a notificação extrajudicial de sua ex-
companheira, exigindo-lhe a desocupação, no prazo de quinze dias, do imóvel 
situado no Rio de Janeiro. A notificação foi efetivamente recebida por Sílvia e o 
prazo concedido na notificação extrajudicial já se expirou, sem que Sílvia tenha 
deixado o imóvel. Diante do narrado, Paulo deseja propor a ação judicial cabível para 
reaver o bem. Na qualidade de advogado constituído por Paulo, redija a petição 
inicial da ação a ser ajuizada pelo seu cliente. 
West Gave dos Santos Página 24 
 
AO JUÍZO DE DIREITO DA___ VARA CÍVEL DO RIO DE JANEIRO/RJ. 
 
PAULO CASTRO, brasileiro, solteiro, profissão..., portador da carteira de 
identidade n°..., inscrito no CPF n°..., com endereço eletrônico, residente e 
domiciliado na Rua..., Bairro..., Cidade..., UF..., CEP..., vem por seu 
advogado, com endereço profissional na rua..., bairro..., cidade..., UF..., 
pelo rito especial, com fundamento no artigo 560 e 561do código de 
Processo Civil e seguintes do CPC, propor: 
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE 
em face de SILVIA BRANDÃO, brasileira, solteira, profissão..., portadora 
da carteira de identidade n°..., inscrita no CPF n°..., com endereço 
eletrônico, residente e domiciliada na Rua..., Bairro..., Cidade..., UF..., CEP..., 
pelos fatos e funda mentos expostos a seguir: 
 
I. DOS FATOS 
O Autor manteve união estável com a Ré, sem convenção sobre o 
regime de bens, no período de janeiro de 2007 até dezembro de 2014, 
quando decidiram efetuar a separação . 
Em virtude da situação de desemprego em que se encontrava a Ré, 
o Autor anuiu à permanência da mesma, por tempo indeterminado, no 
imóvel que servira de residência para os companheiros, situado na 
cidade do Rio de Janeiro. 
O imóvel em questão foi adquirido pelo Autor em 1997, com o 
pagamento sendo em parcela única, e na época da separação, mudou-
se para outro imóvel, sob contrato de locação. 
Adiante, o autor promoveu a notificação extrajudicial à sua ex-
companheira, solicitando que a mesma desocupasse o imóvel , no prazo 
de 15 dias, cuja ciência se deu fora do prazo concedido. 
Ocorre que mesmo após o prazo a Ré recusa-se a sair do imóvel , não 
restando alternativa para o Autor se não da tutela judicial, utilizando-se 
da presente ação . 
II. DOS DIREITOS 
II.1 – DO ESBULHO E DA REINTEGRAÇÃO DE POSSE 
 
West Gave dos Santos Página 25 
 
Pressupõe-se que o possuidor haja sofrido agressão da sua posse, sem 
dela ter sido privado. Já a reintegração da posse é a ação 
possessória que tem por finalidade recuperar a posse perdida (perda 
total da posse), em caso de esbulho, e requer a exclusão total da 
posse do possuidor que o esbulhou. 
Conforme o artigo 560 do Código Processo Civil , aquele que tiver 
esbulhado a sua posse terá direito a sua reintegração. 
 O Autor quando concedeu de boa fé o imóvel para moradia da 
Ré , não o fez sob abandono de lar e sim na separação, afastando-
se qualquer hipótese usucapião familiar, conforme o artigo 1.240-A, do Código 
Civil. 
Ao se recusar a desocupar o imóvel mesmo após s a notificação do 
Autor, a esbulhadora privou totalmente o bem do Autor, logo, sendo 
justa e cabível a presente ação com o fim de ter a posse do imóvel 
reintegrada . 
II.2 - DA TUTELA ANTECIPADA 
Estão presentes os requisitos autorizadores para concessão da tutela 
antecipada, quais sejam, verossimilhança das alegações e prova 
inequívoca, consubstanciadas na notificação extrajudicial, bem como 
dano de difícil reparação consistente no esbulho praticado pela Ré, em 
conformidade com o exposto no artigo 300 do Código Processo Civil. 
III. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer: 
a) A concessão de tutela antecipada, inaudita altera do autor; 
pa rs pa ra e xpedi ção do ma nda do de re i nt e gra ção de poss e e m f a vor 
b) Julgar procedente o pedido para reintegrar em definitivo o Autor na 
posse do bem; 
c) A expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, 
caso contrário, determinar que o Autor justifique o alegado, citando-se a 
Ré para comparecer à audiência que for designada, conforme artigo 
562, do Código Processo Civil; 
d) a citação da Ré, nos 5 (cinco) dias subseqüentes para, querendo, 
contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias, conforme artigo 564,do Código Processo Civil; 
e) a condenação do réu ao pagamento das custas processuais e a os 
ônus de sucumbência. 
West Gave dos Santos Página 26 
 
 
IV. DAS PROVAS 
Requer a produção de provas, especialmente documentais. 
V. DO VALOR DA CAUSA 
Dá -se a causa o valor de R$… 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
 
Local/Data... 
 
 
Advogado 
OAB/UF. 
 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 11 
 
Descrição 
 
XIX Exame da OAB – Direito Civil. 
 
Antônio Augusto, ao se mudar para seu novo apartamento, recém-comprado, adquiriu, 
em 20/10/2015, diversos eletrodomésticos de última geração, dentre os quais uma TV 
de LED com sessenta polegadas, acesso à Internet e outras facilidades, pelo preço de 
R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV 
apresentou superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do 
equipamento, provocando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que 
estavam conectados ao televisor. Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada 
West Gave dos Santos Página 27 
 
em 25/11/2015, tanto o fabricante (MaxTV S.A.) quanto o comerciante de quem o 
produto fora adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram inertes, 
deixando de oferecer qualquer solução. Diante disso, em 10/03/2016, Antônio 
Augusto propôs ação perante Vara Cível em face tanto da fábrica do aparelho quanto 
da loja em que o adquiriu, requerendo: (i) a substituição do televisor por outro do 
mesmo modelo ou superior, em perfeito estado; (ii) indenização de aproximadamente 
trinta e cinco mil reais, correspondente ao valor dos demais aparelhos danificados; e 
(iii) indenização por danos morais, em virtude de a situação não ter sido solucionada 
em tempo razoável, motivo pelo qual a família ficou, durante algum tempo, sem usar a 
TV. O juiz, porém, acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguída, em 
contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do polo 
passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor. 
Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada em contestação pela 
fabricante do produto, com fundamento no Art. 26, inciso II, do CDC, considerando 
que decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e a do 
ajuizamento da ação. A sentença não transitou em julgado. Na qualidade de 
advogado(a) do autor da ação, indique o meio processual adequado à tutela do seu 
direito, elaborando a peça processual cabível no caso, excluindo-se a hipótese de 
embargos de declaração, indicando os seus requisitos e fundamentos nos termos da 
legislação vigente. 
 
 
 
 
AO JUÍZO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ______. 
 
Processo nº: XXX 
 
ANTÔNIO AUGUSTO, já devidamente qualificados nos autos da ação que 
move em face de MAX TV S.A e Loja de Eletrodomésticos S.A, por 
intermédio de seu advogado e bastante procurador signatário, vem respeitosa 
e tempestivamente ante Vossa Excelência interpor, nos termos do artigo 1.009 
e seguintes do Código de Processo Civil, o seu 
RECURSO DE APELAÇÃO 
visando a modificação da respeitável sentença proferida nestes autos, 
conforme razões de fato e de direito expostas avante. 
Por fim, requer à Vossa Excelência seja o recurso devidamente recebido em 
seu duplo efeito (se for o caso) e devidamente processado, eis que tempestivo 
West Gave dos Santos Página 28 
 
e devidamente preparado, conforme comprovante em anexo, encaminhando-se 
ao Egrégio Tribunal de Justiça deste Estado. 
Termos em que, Pede Deferimento. 
Local, data e ano. 
Advogado. 
OAB/ UF nº XXX 
 
RAZÕES DA APELAÇÃO 
 
Apelante: Antônio Augusto 
Apelado(s): Max TV S.A. 
 Loja de Eletrodomésticos Ltda. 
 
JUÍZO DE ORIGEM: ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ______. 
PROCESSO ORIGINÁRIO Nº: XXX 
Egrégio Tribunal de Justiça; 
Colenda Câmara; 
Nobres Desembargadores. 
 
I – SÍNTESE DOS FATOS 
O apelante adquiriu, em 20/10/2015, diversos eletrodomésticos de última 
geração, dentre os quais uma TV de LED com sessenta polegadas, acesso à 
Internet e outras facilidades, pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 
Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV apresentou 
superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, 
provocando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam 
conectados ao televisor. Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada 
em 25/11/2015, tanto o fabricante (MaxTV S.A.) quanto o comerciante de quem 
o produto fora adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram 
inertes, deixando de oferecer qualquer solução. Diante disso, em 10/03/2016, 
Antônio Augusto propôs ação perante Vara Cível em face tanto da fábrica do 
aparelho quanto da loja em que o adquiriu. 
West Gave dos Santos Página 29 
 
O juiz, porém, acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguida, em 
contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do 
polo passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do 
Consumidor. Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada 
em contestação pela fabricante do produto, com fundamento no Art. 26, inciso 
II, do CDC, considerando que decorreram mais de noventa dias entre a data do 
surgimento do defeito e a do ajuizamento da ação. 
II – DOS FUNDAMENTOS 
Ao contrário do que apontou na sentença, há solidariedade entre o varejista, 
que efetuou a venda do produto, e o fabricante em admitir a propositura da 
ação em face de ambos, na qualidade de litisconsortes passivos, conforme a 
conveniência do autor. A responsabilidade solidária entre as Lojas de 
Eletrodomésticos Ltda. e a Max TV S.A. encontra fundamento nos Art. 7º, 
parágrafo único, no art. 25, § 1º e no art. 18, todos do Código de Defesa do 
Consumidor, sendo que assevera este último: 
“Art. 18 Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou 
não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade 
ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao 
consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim 
como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações 
constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou 
mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de 
sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das 
partes viciadas.” 
Pretende-se pedir o afastamento da decadência. No que concerne ao primeiro 
pedido, referente à substituição do produto, existe reclamação referente à 
substituição do produto conforme art. 26, § 2º, inciso I do Código de Defesa do 
Consumidor, configurando causa obstativa da contagem do prazo decadencial. 
Assim, temos: 
“Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil 
constatação caduca em: 
§ 2° Obstam a decadência: 
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor 
perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta 
negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma 
inequívoca;” 
Além disso, no tocante aos demais pedidos, trata-se de responsabilidade civil 
por fato do produto, não por vício, haja vista os danos sofridos pelo autor da 
ação, a atrair a incidência dos artigos 12 e 27 do CDC, de modo que a 
West Gave dos Santos Página 30 
 
pretensão autoral não se submete à decadência, mas ao prazo prescricional de 
cinco anos, estipulado no último dos dispositivos ora mencionados, em cuja 
tempestividade é inequívoca, dada a previsão constante no artigo 27, do CDC, 
o qual assevera: 
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos 
danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na 
Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir 
do conhecimento do dano e de sua autoria. 
 III – DOS PEDIDOS RECURSAIS 
Por todo o exposto,à Vossa(s) Excelência(s) requer seja: 
a) Reformada a sentença anterior, para julgar procedentes os pedidos 
produzidos na peça vestibular, na hipótese de a causa encontrar-se madura 
para o julgamento, segundo o Art. 515, § 3º, do CPC, 
b) Incluso o nome do comerciante no polo passivo, após o reconhecimento de 
sua legitimidade passiva; 
c) Afastado o acolhimento de decadência, por se tratar de responsabilidade 
pelo fato do produto; 
d) Intimados os apelados para apresentar contrarrazões; 
e) Determinado o retorno dos autos ao juízo de primeira instância, para 
prosseguimento do feito. 
 
Termos em que, Pede Deferimento. 
Local, data e ano. 
Advogado. 
OAB/ UF nº XXX 
 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 12 
 
Descrição 
 
37 ° Exame da OAB ? Direito Civil. Adaptado. 
West Gave dos Santos Página 31 
 
 
Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com pedido de indenização 
por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão de 
propriedade do vizinho. Segundo relato do autor, o animal, que estava desamarrado 
dentro do quintal de Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em 
consequência do ocorrido, Gustavo alegou ter gasto R$ 3 mil em atendimento 
hospitalar e R$ 2 mil em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados 
por meio de notas fiscais emitidas pelo hospital em que Gustavo fora atendido, 
entretanto este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com 
medicamentos, alegando ter- se esquecido de pegá-los na farmácia. Leonardo, 
devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por 
provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, ante a 
falta de comprovantes, não poderia ser computado na indenização o valor gasto com 
medicamentos. Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas 
ouvidas declararam que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e 
vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento 
lesivo. O juiz da 40.ª Vara Cível de Curitiba proferiu sentença condenando Leonardo 
a indenizar Gustavo pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o argumento de 
que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar 
razoável a quantia que o autor alegara ter gasto com medicamentos. Pelos danos 
morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, Leonardo foi 
condenado a pagar indenização no valor de R$ 6 mil. A sentença foi publicada e, 
após uma semana, Leonardo, não se conformando com a sentença, procurou 
advogado. 
 
 
 
 
AO JUÍZO DA 40ª VARA CÍVEL DE CURITIBA – PARANÁ 
 
LEONARDO __, nacionalidade __, estado civil __, profissão __, portador do 
Registro geral nº __, inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob o nº __, tendo 
como endereço eletrônico __, residente e domiciliado na rua __, nº __, bairro 
__, CEP __, Curitiba – PR, por meio desta representado por seu advogado vem 
interpor, 
RECURSO DE APELAÇÃO 
Em face de GUSTAVO __, nacionalidade __, estado civil __, profissão __, 
portador do Registro Geral nº __, inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob o 
nº __, tendo endereço eletrônico ___, residente e domiciliado na rua __, nº __, 
bairro __, CEP __, Curitiba – PR. 
Com base nos artigos 1009 e seguintes do CPC/15, requerendo, na 
oportunidade, que os recorridos sejam intimados para, caso queiram, ofereçam 
as contrarrazões e, continuamente, que os autos, com as razões anexas, 
West Gave dos Santos Página 32 
 
sejam remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Paraná para os 
fins de mister. 
Termos em que, 
Pede o deferimento. 
Local, Data. 
Advogado 
OAB/UF xxx 
 
RAZÕES DA APELAÇÃO 
Apelante: Leonardo 
Apelado: Gustavo 
 
Origem: 40ª Vara Civil – Comarca de Curitiba 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL, 
COLENDA CÂMARA, 
Eméritos Desembargadores, 
 
I- Preliminarmente 
Sentença extra petita; 
Nulidade Processual. 
Nobres julgadores, a sentença, ora apelada, proferida pelo a quo, trouxe a baila 
matéria não trazida pela parte apelada ferindo o preceito da restrição da 
sentença aos limites do pedindo, trazidos pelo CPC/15 nos artigos 141 e 492 
conforme seguem: 
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, 
sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito 
a lei exige iniciativa da parte. 
West Gave dos Santos Página 33 
 
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da 
pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em 
objeto diverso do que lhe foi demandado. 
Este é o entendimento do TRT da 3ª Região: 
PROCESSO CIVIL. SENTENÇA EXTRA PETITA. NULIDADE 
PROCESSUAL. CONFIGURAÇÃO. ARTS. ART. 141 E 492, NCPC 
(ART. 128 E 460 DO CPC DE 1973. APELAÇÃO PROVIDA -O juiz deve 
decidir a lide nos limites em que foi proposta, não podendo proferir 
sentença de natureza diversa da pedida. - A sentença extra petita é 
nula, porque soluciona causa diversa da que foi proposta em juízo. -
Precedentes dessa Corte. -Apelação provida. 
(TRF-3 - AMS: 00043581320054036111 SP, Relator: 
DESEMBARGADORA FEDERAL MÔNICA NOBRE, Data de 
Julgamento: 06/09/2017, QUARTA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 
Judicial 1 DATA:21/09/2017) 
II- SÍNTESE DOS FATOS 
Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, 
Ação com pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter 
sido atacado pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho. Segundo 
relato do autor, o animal que estava desamarrado dentro do quintal de 
Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em conseqüência 
do ocorrido, Gustavo alegou ter gastado R$3 mil em atendimento hospitalar e 
R$2 mil em medicamentos. Gastos hospitalares foram comprovados por meio 
de notas fiscais emitidos pelo hospital em que Gustavo fora atendido, 
entretanto este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos 
com medicamentos, alegando ter-se aquecido de pega-los na farmácia. 
Leonardo, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o 
ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. 
Alegou, ainda, que ante a falta de comprovantes, não poderia ser computada 
na indenização o valor gasto com medicamentos. Houve audiência de instrução 
e julgamento na qual as testemunhas ou vidas declaram que a mureta da casa 
de Leonardo media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, 
Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo. O juiz da 40º vara 
cível de Curitiba proferiu sentença condenado Leonardo a indenizar Gustavo 
pelos danos materiais no valor de R$5 mil, sob o argumento de que o 
proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar 
razoável a quantia que o autor alegara ter gastado com medicamentos. Pelos 
danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, 
Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$6 mil. A sentença 
foi publicada e após uma semana, Leonardo, não se conformado com a 
sentença, procurou advogado. 
III- DOS FUNDAMENTOS 
West Gave dos Santos Página 34 
 
Fez-se provada através de testemunhas, em fazer de instrução, o nexo de 
causalidade entre a conduta do agente e o ocorrido. Onde pesa contra este o 
fato de estar atirando pedras no animal, fazendo-se, assim, comprovando a 
culpa do apelado conforme dita o artigo 936 do Código Civil: 
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este 
causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. 
O apelado em inicial pede ressarcimento da importância de R$2.000,00 (Dois 
mil reais) por questão dos gastos com remédios, não comprovados no curso do 
processo. Dano material não se presume, se incumbe quem alegou prová-lo 
conforme artigo 373 Código de Processo Civil: 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; 
Assim entende o TJ/RS: 
RECURSO INOMINADO. AÇÃOINDENIZATÓRIA POR DANOS 
MATERIAIS E MORAIS. CONTRATO DE TRANSPORTE. ALEGAÇÃO 
DE VÍCIO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO NÃO CONFIGURADA. 
DANOS MATERIAIS NÃO COMPROVADOS. DANOS MORAIS 
INOCORRENTES. SENTENÇA MANTIDA. A parte autora pede 
provimento ao recurso, para reformar a sentença que julgou 
improcedente a presente ação indenizatória. Hipótese em que não 
comprovada falha na prestação do serviço, em razão da inexistência de 
prova de que um dos volumes da mercadoria transportada não foi 
entregue. Artigo 333, inciso I do CPC. Ausência de prova fatos 
constitutivos do direito do autor. Danos materiais não comprovados. 
Danos morais inocorrentes. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 
71005537832, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, 
Relator: José Ricardo de Bem Sanhudo, Julgado em 29/10/2015). 
(TJ-RS - Recurso Cível: 71005537832 RS, Relator: José Ricardo de 
Bem Sanhudo, Data de Julgamento: 29/10/2015, Primeira Turma 
Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 03/11/2015. 
 
IV-DOS PEDIDOS 
a) Requer deferimento da nulidade da sentença extra petita, prolatada pelo 
juízo ad quo; 
b) Se, da não declaração da nulidade, que seja devolvida ao MM Juízo para 
correção do erro na sentença a fim de que seja proferida outra; 
c) Reforma do nexo de causalidade reconhecendo a culpa da do autor, ora 
apelado; 
West Gave dos Santos Página 35 
 
d) Não reconhecimento do valor de R$2.000,00(Dois mil reais) referentes, 
segundo o autor, a gastos com medicamentos, não comprovados no curso do 
processo. 
Termos em que, 
Pede o deferimento. 
 
Local, Data. 
ADVOGADO 
OAB/UF xxx 
 
 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 13 
 
Descrição 
 
XIV Exame da OAB - Unificado - Prova D. Civil 
 
Pedro, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, residente no Rio de 
Janeiro/RJ, legítimo proprietário de um imóvel situado em Juiz de Fora/MG, 
celebrou, em 1º de outubro de 2012, contrato por escrito de locação com João, 
brasileiro, solteiro, professor, pelo prazo de 48 (quarenta e oito) meses, ficando 
acordado que o valor do aluguel seria de R$ 3.000,00 (três mil reais) e que, dentre 
outras obrigações, João não poderia lhe dar destinação diversa da residencial. Ofertou 
fiador idôneo. Após um ano de regular cumprimento da avença, o locatário passou a 
enfrentar dificuldades financeiras. Pedro, depois de quatro meses sem receber o que 
lhe era devido, ajuizou ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis perante a 
2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, requerendo, ainda, antecipação de 
tutela para que o réu/locatário fosse despejado liminarmente, uma vez que desejava 
alugar o mesmo imóvel para Francisco. O magistrado recebe a petição inicial, 
regularmente instruída e distribuída, e defere a medida liminar pleiteada, concedendo 
o prazo de 72 (setenta e duas) horas para João desocupar o imóvel, sob pena de multa 
diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Desesperado, João o procura para que, na 
qualidade de seu advogado, interponha o recurso adequado (excluídos os embargos 
declaratórios) para se manter no imóvel, 
abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes. 
 
 
West Gave dos Santos Página 36 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
 
 
JOÃO, brasileiro, solteiro, professor, RG..., CPF..., endereço eletrônico..., 
residente e domiciliado na rua.., nº.., bairro.., cidade.., UF... CEP... , vem por 
seu advogado, com endereço profissional na rua nº..., bairro..., cidade... , 
UF..., CEP..., nos autos de AÇÃO DE DESPEJO C/C COBRANÇA, movida por 
PEDRO, brasileiro, solteiro, jogador de futebol, RG... , CPF... , residente e 
domiciliado na rua..., n º..., bairro..., cidade..., Estado..., CEP..., vem 
inconformado com r, decisão de folhas tal ..., com fulcro no art. 1.015 do 
NCPC e seguintes, interpor: 
 AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Para o Tribunal de Justiça, cujas razões seguem em anexo, comprovando- se 
o preparo. 
Requer seja o presente recurso recebido no efeito SUSPENSIVO de acordo 
com o art. 1.019 do NCPC, pelos fundamentos expostos nas razões em 
anexo. 
Requer ainda seja o recurso recebido e distribuído a uma das Câmaras cíveis 
do, 
 EGREGIO TRIBUNAL 
Em cumprimento ao art. 1.017 NCP C, inciso I, II, vem informar as peças que 
instruíram o agravo. 
1- Cópia da inicial. 
2- A peça da contestação, ainda não se encontra nos autos. 
3- Cópia da decisão agravada. 
4- Cópia da intimação da decisão. 
5- Cópia da procuração do agravante e do agravado. 
6- Contrato de locação. 
7- Cópia do de recibo de pagamento. 
West Gave dos Santos Página 37 
 
Por fim, vem o agravante informar o nome e endereço dos patronos das 
partes. 
PATRONO DO AGRAVANTE: Nome, OAB/UF, endereço profissional situado 
na rua, nº, bairro, cidade, Estado, CEP. 
PATRONO DO AGRAVADO: Nome, OAB/UF endereço profissional situado na 
rua, nº, bairro, cidade, Estado, CEP. 
 
 Nestes termos, pede deferimento. 
 
 Local/ data. 
 
 Advogado/ OAB 
 
DAS RAZÕES DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
AGRAVANTE: JOÃO SOBRENOME. 
AGRAVADO: PEDRO SOBRENOME. 
JUIZO DE ORIGEM: 2º VARA CÍVEL DA COMARCA DE MINAS GERAIS. 
 
EGREGIO TRIBUNAL, não merece prosperar a respeitável decisão 
interlocutória proferida nos autos da ação de despejo c/c cobrança que 
concedeu a liminar para desocupação do imóvel, haja vista estar a decisão em 
desacordo com lei 8.245/91, conforme ficará demonstrado nas razões a 
seguir. 
 
DA TEMPESTIVIDADE: 
Conforme prevê o art. 1.003, §5º, do NCPC, o prazo para interposição do 
recurso será de 15 dias, contando da data ciência da decisão. Assim o 
agravante foi intimado em tal data sendo, portanto, tempestivo o presente 
recurso. 
 
West Gave dos Santos Página 38 
 
DO EFEITO SUSPENSIVO: 
De acordo co m o art. 100, I, do NCPC, poderá ser concedido o efeito 
suspensivo ao recurso de agravo. 
No presente caso, resta evidenciado que a manutenção da concessão do 
efeito suspensivo, considerando que a manutenção da decisão agravada 
causará prejuízo ao agravante, pois tem contra si uma decisão que determina 
a desocupação do imóvel que serve como sua residência. 
É certo que a desocupação do imóvel acarretará despesas com mudança e 
locação de outro imóvel, causando prejuízo ao agravante, que ao final 
demonstrará o direito de manter-se no imóvel locado e a continuidade do 
contrato de locação . 
 
DO MÉRITO 
O agravante e o agravado firmaram contrato de locação, porém após ano de 
regular cumprimento da avença, o locatário passou a enfrentar dificuldades 
financeiras. 
O agravado, depois de quatro meses sem receber o que lhe era devido, 
ajuizou ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis perante a 
2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, requerendo, ainda, 
antecipação de tutela para que o réu/locatário fosse despejado 
liminarmente, uma vez que desejava alugar o mesmo imóvel para 
Francisco. O magistrado recebe a petição inicial, regularmente instruída 
distribuída, e defere a medida liminar pleiteada, concedendo o prazo de 
72 (setenta e duas) horas para João desocupar o imóvel, sob pena de 
multa diária de R$ 2.000, 00 (dois mil reais). . 
No entanto não merece prosperar aprovada, pois foi concedida a liminar de 
despejo sem a observância do disposto no art. 62, I, alíneas de "a” a “d” da LEI 
8245/91. 
Não restam dúvidas, de que ao agravante deveria ter sido oportunizada apossibilidade de manutenção do contrato de locação, mediante concessão 
do prazo e 15 dias para o pagamento do débito existente, no entanto, o d. 
Magistrado, concedeu, de plano a liminar para desocupação do imóvel, 
violando, assim, direito do locatário. 
Ademais, pelo art. 5º d o CF/88, prevê que a propriedade deve ter sua função 
social, assim como os contratos, sendo certo que o imóvel , ora em questão 
é destinado a moradia do agravante que não pode, sem possibilidade de 
West Gave dos Santos Página 39 
 
defesa, ter seu direito suprimido, sob pena de violação da dignidade da 
pessoa humana. 
 
DO PREQUESTIONAMENTO 
Requer os nobres julgadores que manifestem expressamente sobre a vedação 
dos seguintes dispositivos 62, II, alíneas "a” a "d" da Lei 8245/91 e o art. 5º 
CF, haja vista eventual possibilidade de interposição de recurso especial . 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto requer aos nobres julgadores que seja conhecido e provido 
o presente recuso concedido o efeito suspensivo, para ao final reforma a 
decisão interlocutória concedendo ao agravante o prazo legal para o 
pagamento do valor devido. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
Local/data... 
 
Advogado/OAB... 
 
 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 14 
 
Descrição 
XX Exame da OAB – Direito Civil. Adaptada 
 
 
Em 2015, Rafaela, menor impúbere, representada por sua mãe Melina, ajuizou Ação 
de Alimentos em Comarca onde não foi implantado o processo judicial eletrônico, 
em face de Emerson, suposto pai. Apesar de o nome de Emerson não constar da 
Certidão de Nascimento de Rafaela, ele realizou, em 2014, voluntária e 
extrajudicialmente, a pedido de sua ex-esposa Melina, exame de DNA, no qual foi 
apontada a existência de paternidade de Emerson em relação a Rafaela. Na petição 
West Gave dos Santos Página 40 
 
inicial, a autora informou ao juízo que sua genitora encontrava-se desempregada e 
que o réu, por seu turno, não exercia emprego formal, mas vivia de “bicos” e 
serviços prestados autônoma e informalmente, razão pela qual pediu a fixação de 
pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) de 01 (um) salário mínimo. A 
Ação de Alimentos foi instruída com os seguintes documentos: cópias do laudo do 
exame de DNA, da certidão de nascimento de Rafaela, da identidade, do CPF e do 
comprovante de residência de Melina, além de procuração e declaração de 
hipossuficiência para fins de gratuidade. Recebida a inicial, o juízo da 1ª Vara de 
Família da Comarca da Capital do Estado Y indeferiu o pedido de tutela antecipada 
inaudita altera parte, rejeitando o pedido de fixação de alimentos provisórios com 
base em dois fundamentos: (i) inexistência de verossimilhança da paternidade, uma 
vez que o nome de Emerson não constava da certidão de nascimento e que o exame 
de DNA juntado era uma prova extrajudicial, colhida sem o devido processo legal, 
sendo, portanto, inservível; e (ii) inexistência de “possibilidade” por parte do réu, 
que não tinha como pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego 
formal, como confessado pela própria autora. A referida decisão, que negou o pedido 
de tutela antecipada para fixação de alimentos provisórios, já foi publicada no Diário 
da Justiça Eletrônico. Considere-se que não há feriados no período. Na qualidade de 
advogado(a) de Rafaela, elabore a peça processual cabível para a defesa imediata 
dos interesses de sua cliente, indicando seus requisitos e fundamentos nos termos da 
legislação vigente. 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA CAPITAL DO ESTADO Y 
 
 
PROCESSO DE ORIGEM – Ação de Alimentos - 1ª Vara de Família 
da Comarca da Capital Y 
Rafaela, menor impúbere, representada por sua genitora Melina, ambas já 
qualificadas nos autos da Ação em epígrafe, vem respeitosamente 
perante Vossa Excelência, por intermédio do advogado abaixo 
assinado, com fundamento no Artigo 1.015, I, do Código de Processo 
Civil, interpor o presente 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
em face da decisão interlocutória proferida pelo juízo a quo, nos autos nos 
quais é réu e ora agravado EMERSON, também já qualificado nos autos, 
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https://www.passeidireto.com/disciplina/direito-financeiro-e-tributario-i/
https://www.passeidireto.com/disciplina/seguindo
https://www.passeidireto.com/perfil/23692147/listas
https://www.passeidireto.com/perfil/23692147/historico
https://www.passeidireto.com/perfil/23692147/enviados
West Gave dos Santos Página 41 
 
conforme as razões de fato e de direito que se seguem. 
Inconformada com a decisão interlocutória negativa, a agravante interpõe o 
presente recurso, facultando-se ao juízo a quo o exercício da retratação, tão 
logo seja comunicado da interposição deste recurso, nos termos do artigo 1.018 
do Código de Processo Civil. 
A fim de cumprir o disposto no artigo 1.016, IV, do Código de Processo Civil, 
devem ser intimados por parte da Agravante, seu advogado, cujo endereço 
é..., e ainda por parte do Agravado, seu advogado, cujo endereço é... . 
Também, nos termos do artigo 1.017, Código de Processo Civil, lista as peças 
integrantes do translado, no qual consta a integralidade dos autos originários, 
podendo-se verificar as peças essenciais, como: procuração aos advogados 
das partes, decisão impugnada, certidão de publicação da decisão agravada e 
demais documentos essenciais para a compreensão da causa. 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
 
LOCAL /DATA 
ADVOGADO 
OAB/DF 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DA____ 
TURMA CÍVEL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA CAPITAL 
DO ESTADO Y 
 
Agravante: RAFAELA 
Agravado: EMERSON 
 
Egrégio Tribunal, 
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West Gave dos Santos Página 42 
 
Colenda Câmara, 
Doutos Julgadores. 
 
I - DA SÍNTESE 
Trata-se de Ação de Alimentos interposto por Rafaela, ora Recorrente, em face de 
Emerson, ora Recorrido e, apesar do nome não constar na Certidão de Nascimento da 
Recorrente, seu pai Emerson realizou o exame de DNA em 2014, voluntariamente e 
extrajudicialmente a pedido de sua ex-esposa, na qual foi apontada a existência de 
paternidade em relação a Rafaela. 
Segundo consta na Petição Inicial, a Recorrente informou ao Juízo que sua genitora 
encontrava-se desempregada e que seu pai Emerson não exercia emprego formal com 
carteira assinada, porém, vivia de “bicos” e serviços prestados de forma autônoma, razão 
pela qual pediu a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) 
sob o salário mínimo. 
Por fim, o juiz de primeiro grau da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do 
Estado Y INDEFERIU o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o 
pedido de fixação dos alimentos provisórios com base nos seguintes fundamentos: 
a) Inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de Emerson 
não constava na Certidão de Nascimento e que o exame de DNA juntado era uma 
prova extrajudicial, colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, inservível; e 
b) Inexistência de possibilidade por parte do réu, que não tinha como pagar pensão 
alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, como confessado pela própria autora. 
Tal fundamento, porém, não poderá subsistir, como adiante será demonstrado. 
 
 
II - DO CABIMENTO DO PRESENTE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Nos termos do artigo 1.015, I, do Código de Processo Civil, será cabível agravo de 
instrumento, dentre outras hipóteses expressamente previstas, a de rejeição do pedidode fixação de alimentos provisórios, e de versar sobre tutela provisória antecipara. 
Assim, cabível o presente recurso. 
 
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West Gave dos Santos Página 43 
 
III - DAS RAZÕES 
Apesar do pedido indeferido na ação em epígrafe, na qual foi explanada a inexistência 
de verossimilhança da paternidade e de que o nome do Recorrido não constava na 
Certidão de Nascimento da Recorrente, em 2014 foi realizado o exame de DNA, ainda 
que feito extrajudicialmente, foi possível comprovar através do mesmo, a paternidade do 
Recorrido em relação à sua filha Rafaela, o exame de DNA feito voluntariamente pelo 
pai é prova inequívoca da paternidade, não havendo violação do devido processo legal. 
E, no que diz respeito à pensão alimentícia também indeferida pelo juízo de primeiro 
grau, tendo em vista a falta de emprego formal e a forma de sobreviver através de 
“bicos” por parte do Recorrido, cabe ressaltar que o Recorrido presta serviços de 
forma autônoma possibilitando-o em adquirir através dos diversos trabalhos, qualquer 
tipo de renda, inclusive os de valores altos podendo ultrapassar um salário mínimo por 
mês, portanto, a obrigação alimentar é de ambos os pais, que deverão contribuir 
independentemente de estarem desempregados ou exercerem emprego informal, 
conforme o §1º do Artigo 1.694 do Código Civil em relação do binômio necessidade do 
alimentado, diz que: 
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e 
dos recursos da pessoa obrigada. 
O pedido de alimentos envolve a subsistência de menor de idade, razão pela qual a 
apreciação do pleito da agravante exige urgência. Além disso, o dever de prestar 
alimentos decorre do poder familiar. Sobre obrigação alimentar e, em relação à 
possibilidade do alimentante, vale ressaltar o Artigo 1.695 do Código Civil que diz: 
Art. 1695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens 
suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, a própria mantença, e aquele, de 
quem se reclamam, podem fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. 
Sendo assim, conforme afirma o doutrinador Washington de Barros Monteiro, “se o 
alimentando se acha em situação de penúria, tem certamente direito de impetrar 
alimentos, ainda que possa ser responsabilizado pela própria situação de miséria”. 
(MONTEIRO, 2001, p. 304). 
O alimentante, por sua vez, tem o dever de cumprir com a pensão alimentícia, desde 
que o montante a se pagar não prejudique seu próprio sustento. Portanto, é necessário 
https://www.passeidireto.com/perfil/23692147/enviados
https://centraldeajuda.passeidireto.com/
https://saibamais.passeidireto.com/carreiras
https://saibamais.passeidireto.com/carreiras
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https://www.passeidireto.com/disciplina/seguindo
https://www.passeidireto.com/perfil/23692147/materiais
https://www.passeidireto.com/perfil/23692147/materiais
West Gave dos Santos Página 44 
 
que haja uma proporcionalidade entre a necessidade de quem tem o direito de receber 
os alimentos, com a possibilidade de quem tem o dever de pagá-los. 
Conforme cita Maria Helena Diniz: 
“Imprescindível será que haja proporcionalidade na fixação dos alimentos entre as 
necessidades do alimentando e os recursos econômicos financeiros do alimentante, 
sendo que a equação desses dois fatores deverá ser feita, em cada caso concreto, 
levando-se em conta que a pensão alimentícia será concedida sempre ad 
necessitatem.” (DINIZ, 1997, p. 358). 
Ainda se tratando dos deveres do alimentante e de direitos do alimentado, já se 
decidiu que: 
CIVIL E PROCESSO. REVISÃO DE ALIMENTOS. DESEMPREGO. BINÔMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDA DE. 
ART. 1694, § 1º, DO CÓDIGO CIVIL. VA LOR. ADEQUAÇÃO. 
1. A fixação dos alimentos civis deve ser orientada pelo §1º do artigo 1.694 do Código 
Civil, que preconiza a comprovação da necessidade de quem a recebe e a situação 
financeira de quem paga, a fim de que seja ga rantida a sua compatibilidade com a 
condição social das partes . 
2. O valor da pensão alimentícia não pode ser consideravelmente reduzido em função 
do desemprego de um dos genitores, pois, além de ser temporário, as necessidades do 
alimentado continuam iguais e a percepção de seguro desemprego não modifica 
drasticamente a situação financeira do alimentante. 
3. Constatado que o valor arbitrado a título de alimentos civis pelo juiz sentenciante 
não se mostra razoável e proporcional em relação às necessidades do alimentando e à 
capacidade do alimentante, deve ser dado parcial provimento ao recurso do menor e 
modificado o quantum fixado na r. sentença. 
4. Recurso parcialmente provido. 
 
 
IV - DA CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA RECURSAL 
 Considerando o pedido de tutela antecipada para a fixação de alimentos provisórios 
em que foi negado, a não concessão do efeito pretendido por temor do Artigo 1.019, I 
do Código de Processo Civil, acarretará prejuízos à alimentada, ora Recorrente, sem 
contar em longa batalha judicial sendo que, o feito pode ser devidamente de pronto 
julgado, com resolução de mérito, já que preenchidos os requisitos legais do artigo 995, 
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parágrafo único do Código de Processo Civil. 
 
V - DO PEDIDO 
Diante todo o exposto requer: 
a) Que seja o recurso conhecido e provido, sendo concedida tutela antecipada recursal 
em caráter liminar, por decisão monocrática do relator, oficiando-se à instância 
originária, tal qual, reformando-se a decisão de primeira instância proferida pelo juízo 
“a quo” da decisão interlocutória impugnada, com a imediata fixação dos alimentos 
provisórios a favor da agravante, no percentual de 30% do salário mínimo, já que 
presentes os requisitos legais da medida ; 
b) A parte agravada intimada para querendo, apresentar de contrarrazões ao presente 
agravo ; 
c) Intimado o representante do Ministério Público, para atuar enquanto fiscal da ordem 
jurídica; 
d) Ratificada a tutela antecipada recursal pelo colegiado, no tocante aos alimentos 
provisórios. 
 
 
Nestes Termos, 
Pede e aguarda deferimento. 
 
Local, data. 
 
Advogado/OAB 
 
 
 
PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
Caso Concreto 15 
 
Descrição 
 
West Gave dos Santos Página 46 
 
Virgínia Lopez, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, ajuizou perante o V Juizado 
Especial Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, em outubro de 
2014, Ação de obrigação de fazer cumulada com dano moral e pedido de tutela 
antecipada, em face de Usuracard S.A. Administradora de Cartão de Crédito, 
estabelecida em São Paulo capital. 
 
Na inicial informou que era usuária titular do cartão de crédito n° 1234. 9909. 3322. 
1100, emitido e administrado pelo réu. Este, em virtude do atraso da autora nos 
pagamentos das faturas dos meses de abril e maio de 2014 colocou o nome da mesma 
no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Ocorre que Virgínia quitou as parcelas que 
estavam vencidas e não pagas, em 26 de junho de 2014, para que pudesse assinar 
contrato de financiamento habitacional, mas até a data de distribuição da demanda a 
Usuracard não havia retirado o seu nome do SPC o que a levou a perder o contrato 
para aquisição

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