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Modelo de Petição inicial - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA C/ PEDIDO DE CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS C/C TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE 
DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
FORTALEZA, ESTADO DO CEARÁ. 
 
 
 
VALDERIANO BARROSO, brasileiro, solteiro, autônomo, 
portador da cédula de identidade nº 9999999, inscrito no CPF nº 
999.999.999-99, residente e domiciliado na Rua, Brigadeiro Torres, 
n. 999, Jardim Jatobá, na cidade de Fortaleza, Ceará, 62500-000, 
representado por suas advogadas e procuradoras que a presente 
subscrevem Gabriela Soares Quintino - OAB.XX, Milene Inocencio 
Pereira - OAB.XX, Myrella Raquel Da Silva Henrique - OAB.XX, 
Maria Juliana dos Santos Araújo - OAB.XX, Maria Renata de 
Oliveira Moura - OAB.XX, devidamente habilitadas que integram a 
sociedade de advocacia jurídica P. O. S. Advogados & Associados, 
inscrita na OAB com número - OAB.XX conforme procuração anexa, 
com endereço profissional na Rua, U-9, n. 99, onde recebem 
intimações e notificações, vem, respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, propor a presente AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE 
FAZER CUMULADA C/ PEDIDO DE CONDENAÇÃO EM 
DANOS MORAIS C/C TUTELA PROVISÓRIA DE 
URGÊNCIA em face de SUPERCAR , devidamente inscrita no 
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ sob o nº 99. 
999.9999/9901-99, supercar@outlook.br, com sede na Rua, 
Bento Portela, n. 750, Beira Mar, na cidade de Fortaleza, Ceará. 
 
PRELIMINARMENTE 
 
O autor requer o benefício da justiça gratuita por não ter como arcar 
com as despesas processuais, tampouco com os honorários 
advocatícios, consoante o disposto na Constituição Federal, 
artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015, art. 98 e seguintes, visto 
que encontra-se inapto a trabalhar pois está sem a ferramenta que 
utilizava para tanto que é seu carro, o autor possui uma renda que se 
enquadra na lei sendo inferior a dez salários mínimos mensais. Se tal 
benefício fosse negado, comprometeria o seu sustento próprio, 
conforme resta provando nos documentos, declaração de 
hipossuficiência (Doc. X) e cópia da carteira de trabalho (Doc. X). 
DOS FATOS 
 
Trata-se do autor VALDERIANO BARROSO de 32 anos, solteiro, 
residente em Fortaleza, que é vendedor de porta em porta e fazia uso 
de um carro Chevrolet, Celta, ano 2011 para realizar o seu trabalho. 
Em um dia de trabalho viu pela televisão o comercial da 
concessionária SUPERCAR anunciando um feirão de automóveis 
com seminovos com até 30% de desconto e carros novos com entrega 
garantida em até 60 dias. No dia 01 de fevereiro de 2020,o autor se 
dirigiu a concessionária e adquiriu um veículo 0km, da marca X, 
modelo XYZ, pelo valor de R$ 28.200,00 e entrada facilitada no 
valor de R$ 1.500,00. 
No dia 27 de fevereiro, o senhor Valderiano dirigiu-se a 
concessionária e optou por agregar alguns opcionais ao carro já 
adquirido, o que elevou o preço do veículo para R$ 32.190,00. O 
autor planejava efetuar o pagamento do veículo utilizando os 
recursos adquiridos com a venda do seu carro na época, um Celta no 
valor de R$ 22.000,00 e financiamento do restante através da 
financeira com interveniência da concessionária SUPERCAR. 
Ficou acordado que o veículo seria entregue no dia 27 de maio de 
2020. No dia 04 de abril, o senhor Valderiano foi contatado por 
telefone pela empresa COURO E COMPANHIA, fabricante de bancos 
de couro e parceira da concessionária SUPERCAR, oferecendo-lhe 
um desconto de 900,00 na aquisição de bancos de couro para o seu 
veículo. No mesmo dia, o autor se dirigiu novamente a 
concessionária SUPERCAR e lá fez a aquisição do kit de bancos de 
couro produzido pela empresa Couro e Companhia. Nesta data, a 
concessionária reafirmou a entrega do veículo no prazo acordado 
anteriormente, ou seja, 27 de maio de 2020. Já em maio e sabendo 
da iminência da entrega do veículo novo e desejando quitá-lo assim 
que possível, o senhor Valderiano vendeu o seu carro Celta, ficando 
sem veículo para executar o seu trabalho. 
Contudo, na data de 27 de maio, o veículo não foi entregue e a 
concessionária SUPERCAR, através da atendente MISLENE, 
afirmou que havia ocorrido um problema na produção dos veículos 
e que a fábrica da marca X nem sequer havia fabricado o veículo 
ainda e que por isso, não seria possível garantir a entrega e sequer o 
preço pactuado pelas partes. 
A conduta negligente da Concessionária Supercar, além de muitos 
aborrecimentos, transtornos e constrangimentos, causou graves 
prejuízos ao Autor, pois ficou impossibilitado de trabalhar, já que o 
seu meio de sustento é através de um veículo, prejudicando sua 
renda econômica. 
O Autor buscou uma solução junto à empresa Supercar, a qual se 
manteve inerte, o autor questionou a atendente da empresa 
Supercar, MISLENE sobre a sua situação atual, já que se encontrava 
sem carro e havia vendido o seu veículo anterior confiando na 
entrega do veículo novo no prazo. A atendente respondeu que esse 
problema pertencia “única e exclusivamente” ao senhor Valderiano 
e que se este se sentisse lesado, deveria procurar os seus direitos. 
DO ENQUADRAMENTO NO CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR 
A norma que rege a proteção dos direitos do consumidor, define, de 
forma cristalina, que o consumidor de produtos e serviços deve ser 
abrigado das condutas abusivas de todo e qualquer fornecedor, nos 
termos do art 3º do referido Código. 
No presente caso, tem-se de forma nítida a relação consumerista 
caracterizada, conforme redação do Código de defesa do 
Consumidor: 
Lei. 8.078/90 – Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, 
montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou 
prestação de serviços. 
Lei. 8.078/90 – Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica 
que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
Trata-se de conceito inequívoco, consolidado nos Tribunais: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO – CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR – DESTINATÁRIO FINAL – VULNERABILIDADE 
– FACILITAÇÃO DA PROVA – FORO DE ELEIÇÃO REPELIDO. – 
Código de Defesa do Consumidor: plena subsunção das partes à 
qualificação trazida pelos artigos 2º e 3º, da Lei 8.078, de 1990; - A 
cláusula que impõe foro diverso constitui cláusula abusiva, nula de 
pleno direito (art. 51, XV, do Código de Defesa do Consumidor), 
iterativa jurisprudência – decisão que reconhece de ofício 
incompetência absoluta do Juízo do Foro de Eleição deve ser 
mantida; RECURSO IMPROVIDO. (TJ-SP – AI: 
22487652820168260000 SP 2248765-28.2016.8.26.0000, Relator: 
Maria Lúcia Pizzotti, Data de Julgamento: 17/05/2017, 30ª Câmara 
de Direito Privado, Data de Publicação: 24/05/2017) 
Com esse postulado, o Réu não pode eximir-se das responsabilidades 
inerentes à sua atividade, dentre as quais prestar a devida assistência 
técnica, visto que se trata de um fornecedor de produtos que, 
independentemente de culpa, causou danos efetivos a um de seus 
consumidores. 
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
Demonstrada a relação de consumo, resta consubstanciada a 
configuração da necessária inversão do ônus da prova, pelo que reza 
o inciso VIII do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, tendo 
em vista que a narrativa dos fatos encontra respaldo nos documentos 
anexos, que demonstram a verossimilhança do pedido, conforme 
disposição legal: 
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: 
(...) VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a 
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a 
critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele 
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências 
Assim, diante da inequívoca e presumida hipossuficiência, uma vez 
que disputa a lide com uma empresa de grande porte, indisponível 
concessão do direito à inversão do ônus da prova, que desde já 
requer. 
DA OBRIGAÇÃO DE FAZER 
Conforme narrado, o Autor tentou obter o cumprimento da 
obrigação por parte do Réu no dia 27 de janeiro de 2020 sendo 
informado que seu carroainda não havia sido sequer produzido, se 
fazendo assim necessária a intervenção Estatal para que determine 
a entrega do carro a Valderiano Barroso, sob pena de multa diária, 
cumulada com perdas e danos. 
Afinal, o simples descumprimento da obrigação imposta, causou 
prejuízos ao Autor, tais como não poder ir trabalhar pois dependia 
de seu carro que foi vendido para poder quitar o outro ficando assim 
sem fonte de renda, sendo, portanto, indenizável, nos termos do Art. 
247 do Código Civil. 
Dessa forma, se faz imperioso a intervenção Estatal para fins de que 
seja efetivado o que foi contrato já que a concessionária deixou 
indeterminada o prazo de entrega. 
DAS PERDAS E DANOS 
 
Conforme demonstrado pelos fatos narrados fica claro no presente 
processo, o nexo causal entre o dano e a conduta da Ré fica 
perfeitamente caracterizado pelo descumprimento do contrato no 
momento em que o carro não foi sequer fabricado, gerando o dever 
de indenizar, conforme preconiza o Código Civil: 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao 
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim 
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
Nesse mesmo sentido, é a redação do art. 402 do Código Civil que 
determina: "salvo as exceções expressamente previstas em lei, as 
perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que 
efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar". 
 
No presente caso, toda perda deve ser devidamente indenizada, 
especialmente por que a negligência do Réu causou com que o Autor 
não pudesse exercer o seu trabalho, assim especificado: 
 
Seu Valderiano não está indo trabalhar pois não tem como custear 
um carro alugado, sendo assim não está tendo como se sustentar. 
 
A reparação é plenamente devida, em face da responsabilidade civil 
inerente ao presente caso. 
 
DA RESPONSABILIDADE CIVIL 
Toda e qualquer reparação civil está intimamente ligada à 
responsabilidade do causador do dano em face do nexo causal 
presente no caso concreto, o que ficou perfeitamente demonstrado 
nos fatos narrados. Sendo devido, portanto, a recuperação do 
patrimônio lesado por meio da indenização, conforme leciona a 
doutrina sobre o tema: 
“Reparação de dano. A prática do ato ilícito coloca o que sofreu o 
dano em posição de recuperar, da forma mais completa possível, a 
satisfação de seu direito, recompondo o patrimônio perdido ou 
avariado do titular prejudicado. Para esse fim, o devedor responde 
com seu patrimônio, sujeitando-se, nos limites da lei, à penhora de 
seus bens.” (NERY JUNIOR, Nelson. NERY, Rosa Maria de Andrade. 
Código Civil Comentado. 12 ed. Editora RT, 2017. Versão ebook, Art. 
1.196) 
Trata-se do dever de reparação ao lesado, com o objetivo de 
viabilizar o retorno ao status quo ante à lesão, como pacificamente 
doutrinado: 
“A rigor, a reparação do dano deveria consistir na reconstituição 
específica do bem jurídico lesado, ou seja, na recomposição in 
integrum, para que a vítima venha a encontrar-se numa situação tal 
como se o fato danoso não tivesse acontecido.” (PEREIRA, Caio 
Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Vol II – Contratos. 21ª 
ed. Editora Forense, 2017. Versão ebook, cap. 283) 
Motivos pelos quais devem conduzir à indenização ao danos 
materiais sofridos, bem como aos lucros cessantes. 
DO DANO MORAL 
Conforme demonstrado pelos fatos narrados fica perfeitamente 
claro o dano moral em conjunto com o material como já citado 
sofrido pelo Autor, expondo o mesmo a um constrangimento 
ilegítimo, gerando o dever de indenizar, conforme preconiza o 
Código Civil em seu Art. 186. 
Trata-se de proteção constitucional, nos termos que dispõe a Carta 
Magna de 1988 que, em seu artigo 5º: 
Art. 5º - (...) X – são invioláveis a intimidade, (...) a honra, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação; 
No presente caso, a Ré deixou de cumprir com sua obrigação 
contratada gerando graves transtornos ao Autor afetando assim a 
sua única fonte de renda da qual dependia. 
A busca diária pela solução junto à empresa Ré, sem qualquer êxito, 
causou sérios transtornos à Valderiano Barroso, pois passou a não 
ter mais esperança de ter seu carro pois sequer deram um prazo 
determinado de entrega lhe fazendo questionar como iria se auto 
sustentar, adquirindo a partir desse ocorrido té crises de ansiedade 
e de pânico tendo que se medicar, consultas com psicólogo Caps 
Fortaleza e prescrições de remédios (Doc. X) 
Sendo assim a quantificação do dano moral deve atender a critérios 
como a extensão do dano, a condição do causador do dano e a da 
vítima, bem como atentar para o aspecto pedagógico da indenização, 
isto é, deve ser tal que sirva de advertência para que o causador do 
dano se abstenha de praticar tais atos. E nesse sentido, a indenização 
por dano moral deve representar para a vítima uma satisfação capaz 
de amenizar de alguma forma o abalo sofrido e de infligir ao 
causador sanção e alerta para que não volte a repetir o ato, uma vez 
que fica evidenciado completo descaso aos transtornos causados. 
Como mostrada também pela jurisprudência pela sentença Tribunal 
de Justiça do Rio de Janeiro TJ-RJ – APELAÇÃO : APL 0014551-
75.2017.8.19.0004 
PRODUTO NÃO ENTREGUE. Sentença de procedência, 
condenando a Ré à restituição do valor pago pelo produto não 
entregue e ao pagamento de indenização por danos morais no valor 
de R$ 20.000,00 que não merece reforma. Ausência de 
comprovação da entrega do produto. Falha na prestação do serviço. 
DA TUTELA DE URGÊNCIA 
Nos termos do Art. 300 do CPC/15, “a tutela de urgência será 
concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado 
útil do processo.” 
No presente caso tais requisitos são perfeitamente caracterizados, 
vejamos: 
A PROBABILIDADE DO DIREITO resta caracterizada diante da 
demonstração inequívoca de que a entrega do veículo não foi 
realizada para Valderiano. 
Assim, conforme destaca a doutrina, não há razão lógica para 
aguardar o desfecho do processo, quando diante de direito 
inequívoco: 
“Se o fato constitutivo é incontroverso não há racionalidade em 
obrigar o autor a esperar o tempo necessário à produção da provas 
dos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos, uma vez que o 
autor já se desincumbiu do ônus da prova e a demora inerente à 
prova dos fatos, cuja prova incumbe ao réu certamente o beneficia.” 
(MARINONI, Luiz Guilherme. Tutela de Urgência e Tutela da 
Evidência. Editora RT, 2017. P.284) 
Já o RISCO DA DEMORA, fica caracterizado pelo comprometimento 
do seu trabalho e consequentemente sua renda já que no caso o 
Autor não tem como ir trabalhar sem seu veículo, ou seja, tal 
circunstância confere grave risco de perecimento do resultado útil do 
processo, conforme leciona Humberto Theodoro Júnior: 
“um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse 
demonstrado pela parte”, em razão do “periculum in mora”, risco 
esse que deve ser objetivamente apurável, sendo que e a 
plausibilidade do direito substancial consubstancia-se no direito 
“invocado por quem pretenda segurança, ou seja, o “fumus boni 
iuris” (in Curso de Direito Processual Civil, 2016. I. p. 366). 
Por fim, cabe destacar que o presente pedido NÃO caracteriza 
conduta irreversível, não conferindo nenhum dano ao réu. 
Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado 
receio de dano irreparável, sendo imprescindível a Ré disponibilizar 
um carro de sua concessionária para Valderiano trabalhar, nos 
termos do Art. 300 do CPC. 
DOS PEDIDOS 
O princípio do devido processo legal assegura a todos o direito a um 
processo com todas as etapas previstas em lei e todas as garantias 
constitucionais, assim é considerado o mais importantedos 
princípios constitucionais, pois dele derivam todos os demais. Ele 
reflete em uma dupla proteção ao sujeito, no âmbito material e 
formal. 
 
Como previsto no art. 5º, da Constituição Federal de 1988: 
 
“LVI - Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal” 
 
Se no processo não forem observadas as regras básicas, ele se 
tornará nulo. 
Ante o exposto requer a Vossa Excelência para a concretização do 
devido processo legal por lei: 
a) O deferimento da gratuidade judiciária requerida, nos termos 
do Art. 98 do CPC; 
b) Seja concedida liminarmente a tutela provisória de urgência 
pretendida, para fins de determinar a concessionária 
SUPERCAR, ora requerida, para que proceda a baixa do 
gravame incidente no veículo supra descrito, com aplicação de 
multa diária no caso de descumprimento da ordem judicial; 
c) A citação dos requeridos, para, em querendo, apresente 
CONTESTAÇÃO no prazo legal, sob pena de revelia; 
d) Julgar TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação 
CONDENANDO o réu ao pagamento de indenização por danos 
morais em favor dos autor, no valor pelas razões apresentadas 
na fundamentação; 
e) Requer ainda a condenação dos requeridos nas custas e 
despesas judiciais e honorários advocatícios; 
f) Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em 
Direito admitidas, principalmente a juntada dos documentos 
que instruem a inicial; 
Dá-se à causa o valor de R$ 20.000 ou seja, equivalente ao preço da 
obrigação. 
Nesses termos, 
Pede e espera deferimento. 
Fortaleza, 14 de dezembro de 2020 
Advogada- OAB.XX Gabriela Soares Quintino 
Advogada- OAB.XX Myrella Raquel Da Silva Henrique 
Advogada- OAB.XX Milene Inocencio Pereira 
Advogada- OAB.XX Maria Juliana dos Santos Araujo 
Advogada- OAB.XX Maria Renata de Oliveira Moura 
 
Documentos Anexos: 
Anexo 1 - Procuração Ad Judicia et extra 
 
 
 
 
PROCURAÇÃO 
 
Valderiano Barroso, inscrito no CPF nº 999.999.999-99, brasileiro, 
solteiro, autônomo, portador da cédula de identidade nº 9999999, 
residente e domiciliado na Rua Brigadeiro Torres, sob nº 999, Bairro 
Jardim Jatobá, na Cidade de Fortaleza , CEP nº 62500-000. 
 
A presente procuração é concedida aos advogados Gabriela Soares 
Quintino inscrita na OAB/ XX; Milene Inocencio Pereira inscrita na 
OAB/ XX , Myrella Raquel Da Silva Henrique inscrita na OAB/ XX; 
Maria Juliana dos Santos Araújo inscrita na OAB/ XX , e Maria 
Renata de Oliveira Moura inscrita na OAB/ XX , integrantes da 
sociedade de advogados P. O. S Advogados & Associados inscrita na 
OAB/ XX sob o n° 99 , com sede na Rua 9 , sob nº 9 , Bairro 9 , na 
Cidade de Fortaleza, CEP nº 999999. 
 
O outorgante Valderiano Barroso nomeiam os outorgados seus 
procuradores, conferindo-lhes os poderes da cláusula “ad judicia” e 
“ad extra”, conjunta ou separadamente, para representá-lo(s) em 
juízo ou fora dele, outorgando-lhes ainda os especiais poderes para 
receber citação, de concordar, acordar, confessar, discordar, desistir, 
transigir, firmar compromissos, reconhecer a procedência do 
pedido, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, 
dar quitação, executar e fazer cumprir decisões e títulos judiciais e 
extrajudiciais, receber valores e levantar alvarás judiciais extraídos 
em nome do outorgante, requerer falências e concordatas, imputar a 
terceiros, em nome dos outorgantes, fatos descritos como crimes, 
argüir exceções de suspeição, firmar compromisso e declarar 
hipossuficiência econômica, constituir preposto, substabelecer com 
ou sem reserva os poderes conferidos pelo presente mandato. 
 
Fortaleza, 14 de dezembro de 2020. 
 
Valderiano Barroso

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