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Anatomia das aves

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Aves 
1 
 Sistema respiratório 
O sistema respiratório das aves não possui apenas a função de trocas gasosas, mas também de vocalização e 
termorregulação. 
 
 
No assoalho superficial do palato (obs.: aves não possuem palato mole) encontra-se uma espécie de fenda que 
comunica as regiões da orofaringe com a cavidade nasal – chamada de coana. É possível observar o septo 
medial, que divide as cavidades nasais. Caudalmente encontra-se a fenda infundibular, uma abertura com as 
tubas auditivas que equilibra a pressão da orelha média. A fenda infundibular não está presente em algumas 
aves, como o pato. 
 
 
Opérculo 
Narina 
Camada córnea de proteção – 
em algumas aves como galinhas 
e psitacídeos é substituída por 
uma cera de proteção. 
Concha nasal rostral 
Concha nasal média 
Concha nasal caudal 
Seio infraorbital 
Localiza-se ventralmente ao olho, e 
pode ficar repleto de exudato em 
certas doenças respiratórias. Constitui 
um divertículo da concha nasal caudal. 
Contém o ducto nasolacrimal 
Possui as glândulas nasais, que em 
algumas aves marinhas é responsável 
por eliminar sódio. 
 
 
Aves 
2 
 
Septo medial 
Coana 
Fenda infundibular 
Eminência faríngea 
Glote 
Aves não possuem epiglote – o 
controle da abertura da glote é 
feito por cartilagens e reflexos 
musculares. 
Cartilagem aritenóidea 
 
 
Aves 
3 
A traqueia das aves fica posicionada em seu antímero direito. Ela é constituída de anéis cartilaginosos completos 
e provavelmente mineralizados. 
 
Perto da zona de bifurcação da traqueia nos brônquios principais, próxima ao coração, há uma região com 
quatro anéis bem próximos junto a uma estrutura cartilaginosa denominada pessulo. O conjunto desses anéis é 
chamado de tímpano, e a zona de transição entre a traqueia e os brônquios principais praticamente não é 
coberto por cartilagem, sendo revestido pelas membranas timpaniformes. A presença de músculos na região, a 
passagem do ar e a própria movimentação da laringe são responsáveis pela vocalização das aves. 
 
 
 
Traqueia 
Siringe 
Traqueia 
Pessulo 
Brônquios principais 
 
 
Aves 
4 
 
 
Em algumas aves, como patos machos e cisnes, existe uma estrutura na siringe chamada de bula timpaniforme, 
que funciona como uma caixa de ressonância do som. Trata-se de uma bula óssea. 
 
Músculo traqueolateral 
Músculo esternotraqueal 
Bula timpaniforme em pato 
macho 
 
 
Aves 
5 
Os pulmões das aves são pequenos e não possuem lobos. São constituídos principalmente de cartilagem, por 
isso não possuem capacidade de expansão e trabalham de forma passiva. Também não há uma cavidade 
pleural, e são confinados à porção craniodorsal da cavidade corporal. Além disso, aves não possuem diafragma. 
 
Os brônquios principais se ramificam em brônquios secundários, que então se ramificam em parabrônquios. 
Estes são circundados por capilares aéreos, devido à ausência de alvéolos pulmonares. 
Os mecanismos de inspiração e expiração são auxiliados por dois fatores principais: os sacos aéreos e os 
músculos intercostais. 
Os músculos intercostais internos auxiliam no processo de expiração, e os músculos intercostais externos 
auxiliam no processo de inspiração. 
Os sacos aéreos são estruturas translúcidas e finas que servem para ampliar a ventilação respiratória e 
armazenar ar oxigenado. Além disso, diminuem o peso da ave, facilitam a natação e o voo, auxiliam no equilíbrio 
corporal e na termorregulação. Eles se ligam ao pulmão e podem pneumatizar ossos. 
Pulmão 
O pulmão fica confinado à parte 
craniodorsal da cavidade corporal 
Saco aéreo torácico cranial 
(par) 
Saco aéreo torácico caudal 
(par) 
Saco aéreo abdominal (par) 
 
 
Aves 
6 
 
 Sistema digestório 
No sistema digestório das aves, o alimento segue o seguinte caminho: bico ⇀ orofaringe ⇀ esôfago cervical ⇀ 
papo/inglúvio ⇀ esôfago torácico ⇀ proventrículo ⇀ ventrículo/moela ⇀ duodeno ⇀ jejuno ⇀ íleo e cécuns 
⇀ intestino grosso/cólon ⇀ cloaca. 
 
 
Saco aéreo cervical Saco aéreo clavicular 
Eminência laríngea 
Fenda infundibular 
Língua 
Coana 
 
 
Aves 
7 
 
O esôfago das aves é dividido em duas porções: esôfago cervical, antes do papo, e esôfago torácico, depois do 
papo. Ele se localiza entre a traqueia e os músculos cervicais. Tanto o esôfago quanto o papo são subcutâneos. 
Papilas mecânicas 
Ajudam a empurrar o 
alimento em direção ao 
esôfago. 
Patos possuem papilas linguais 
que se encaixam perfeitamente 
nos sulcos da margem do bico 
desses animais. Isso permite a 
expulsão do excesso de água. 
Traqueia 
Esôfago cervical 
Papo/Inglúvio 
A função básica do papo 
é armazenar e 
umedecer o alimento até 
que a moela esteja vazia. 
Ele se localiza em 
contato com os 
músculos peitorais. 
Possui glândulas mucosas 
que auxiliam na 
lubrificação do tubo para 
a passagem do alimento 
 
 
Aves 
8 
 
Durante a época do choco, as aves regurgitam o “leite do papo”, composto por células epiteliais descamadas do 
papo, imunoglobulinas, lipídeos e resto de alimentos. Esse composto ajuda a nutrir e proteger os animais. 
 
O estômago das aves se divide em duas porções: o proventrículo, o estômago químico; e o ventrículo ou 
moela, o estômago mecânico. 
Esôfago torácico Papo 
OBS.: aves como 
corujas, gaivotas e 
pinguins não 
possuem papo. 
Moela 
Proventrículo 
Em aves de rapina, 
praticamente não 
existe. 
Istmo 
 
 
Aves 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O intestino das aves é subdividido em porções: o duodeno, o jejuno e o íleo. O duodeno é ainda dividido em 
duas porções menores: o duodeno descendente e o duodeno ascendente. 
O proventrículo possui 
um epitélio glandular bem 
desenvolvido, que secreta 
HCl e pepsinogênio, além 
de muco. 
Saco cego caudal 
Saco cego cranial 
Centro tendíneo 
Músculos 
fortalecidos 
Glândulas tubulares secretam 
uma mucosa áspera e 
pregueada de constituição 
glicoproteica, formando uma 
membrana dura chamada de 
“cutícula de coilina”. 
Pode-se encontrar dentro 
da moela partículas de areia 
e pequenas pedras que 
ajudam na digestão 
mecânica. 
 
 
Aves 
10 
A função básica do duodeno é receber o suco pancreático do pâncreas e a bile do fígado. 
 
O fígado localiza-se, nas aves, sobre a parte caudal do coração. Ele se divide em lóbulos direito e esquerdo, 
sendo o primeiro conectado com a vesícula biliar e o segundo subdividido em porções lateral e medial. Ligando 
a vesícula biliar ao intestino, há o ducto cistoentérico, e ligando o lóbulo esquerdo do fígado ao intestino, há o 
ducto hepatoentérico. Em aves como o papagaio e o periquito australiano não há vesícula biliar. 
Moela 
Duodeno 
descendente 
Duodeno 
ascendente 
Pâncreas 
Duodeno 
ascendente 
Duodeno 
descendente 
Lóbulo ventral do 
pâncreas 
Lóbulo dorsal do 
pâncreas 
 
 
Aves 
11 
 
O jejuno possui a parede um pouco mais fina.. Nele se localiza o mesentério, cuja principal função é manter o 
intestino fixo à cavidade corpórea, e o divertículo vitelino ou divertículo de Meckels, antigo ponto de ancoração 
do saco vitelínico. 
Lóbulo hepático 
direito 
Vesícula biliar 
Porção lateral do 
lóbulo hepático direito 
Porção medial do 
lóbulo hepático direito 
Ducto cistoentérico 
Divertículo vitelino 
Jejuno 
 
 
Aves 
12 
O íleo é a porção do intestino ligada aos cécuns pelas pregas ileocecais. Os cécuns são compartimentos de 
fermentação, em que a celulose é degradada. O alimento adentra-os através de movimentos antiperistálticos. 
 
Os cécuns são ainda subdivididos em porção proximal, porção média e porção distal, sendo que a porção 
proximal é rica em tecido linfoide.. Os cécuns variam de acordo com o hábito alimentar das mais variadas 
espécies, sendo mais desenvolvidos em aves herbívoras e menos desenvolvidas em aves de rapina. 
Após o íleo e os cécuns há o cólon ou colonreto, estrutura curta que termina na cloaca. A urinaque chega na 
cloaca pode chegar ao cólon por meio dos movimentos antiperistálticos, tornando a ave capaz de reabsorver 
água e eletrólitos. 
 
 
Cécuns 
Íleo 
Cloaca 
Cólon 
 
 
Aves 
13 
A cloaca é subdividida em três porções. O coprodeu, onde desemboca diretamente o cólon; o urodeu, onde 
desemboca diretamente o ureter e oviduto/ducto deferente; e o proctodeu. Eles são separados pelas pregas 
coprourodeal e uroproctodeal, respectivamente. 
 
Há ainda, próxima à cloaca, uma estrutura chamada bolsa de Fabrício ou bolsa cloacal, um órgão linfoide 
responsável por produzir linfócitos B. Este se localiza na região dorsal do proctodeu. 
 
Próximo ao ventrículo há o baço, um órgão com grande importância para os sistemas circulatório e linfático. 
Coprodeu 
Urodeu 
Proctodeu 
Prega uroproctodeal 
Prega coprourodeal 
Bolsa de Fabrício 
Baço 
 
 
Aves 
14 
 Sistema circulatório 
Nas aves, o coração está localizado dentro da cavidade celomática, entre os lobos hepáticos. O índice entre o 
coração e o peso corpóreo desses animais é muito maior quando comparado a mamíferos, assim como o 
débito cardíaco. O coração é ligado ao esterno pelo pericárdio fibroso (ligamento esternopericárdico). 
O coração das aves possui quatro câmaras, dois átrios e dois ventrículos, assim como os mamíferos. Porém 
elas possuem duas veias cavas craniais e apenas uma veia cava caudal, além da união das quatro veias 
pulmonares em um único tronco ao aproximar-se do átrio esquerdo. 
Além disso, o ventrículo esquerdo possui uma parede mais espessa quando comparada ao ventrículo direito. Há 
um sulco na estrutura cardíaca, o sulco coronário, em que é comum o acúmulo de tecido adiposo. 
 
 
 
Pericárdio 
Lig. esternopericárdico 
 
 
Aves 
15 
 
Na base do coração, são visíveis alguns vasos. As principais artérias são o arco aórtico, os troncos 
braquicefálicos e os seus ramos, as artérias subclávia direita e esquerda e as artérias carótidas comuns direita e 
esquerda. As artérias carótidas comuns levam sangue oxigenado para o pescoço do animal, enquanto as 
subclávias irrigam o membro torácico. 
 
 
Quanto às veias, as que mais se destacam são as veias cavas craniais e a veia cava caudal. 
 
 
 
Átrio direito 
Ventrículo direito 
Ventrículo esquerdo 
Átrio esquerdo 
Arco aórtico (voltado 
para a direita) 
Troncos braquiocefálicos 
Artéria subclávia esq. 
Artéria carótida 
comum esq. 
Artéria carótida 
comum dir. 
Artéria subclávia dir. 
 
 
Aves 
16 
 
 
 Sistema urinário 
Os rins das aves são castanhos e alongados, além de serem divididos em três porções: porção cranial, porção 
média e porção caudal. As porções cranial e média são divididas pela artéria ilíaca externa, e as porções média 
e caudal são divididas pela artéria isquiádica. 
Os rins ficam posicionados na superfície ventral do osso do ílio (sinsacro), na chamada fossa renal. Cranialmente, 
estão próximos aos pulmões. 
 
 
 
Veia jugular externa 
esq. (mais calibrosa) 
Veia subclávia 
esq. 
Veia cava 
cranial esq. 
Veia cava 
cranial dir. 
Coração (rebatido 
cranialmente) 
Veia cava caudal 
 
 
Aves 
17 
 
Porção cranial 
Porção média 
Porção caudal 
Artéria ilíaca externa 
Artéria isquiádica 
Artéria aorta 
Artéria renal cranial 
Artéria renal média 
Artéria renal caudal 
Artéria isquiádica 
Artéria ilíaca externa 
Nervo isquiádico 
Nervo femoral 
Veia renal caudal 
Veia renal cranial 
Veia ilíaca comum 
Veia cava caudal 
 
 
Aves 
18 
O sistema porta renal é um sistema venoso que sobrepõe o sistema de drenagem. A presença da válvula 
portal controla esse sistema – quando fechada, ela direciona o sangue do membro pelvino para as veias porta 
renal caudal e porta renal cranial para ser filtrado. Quando aberta, ela permite a drenagem ilíaca comum. 
As aves não possuem bexiga urinária, pelve renal (dilatação dos ureteres) ou uretra. Seus ureteres andam lado 
a lado com os ductos deferentes, no caso de machos. O ureter corre sobre a superfície medioventral do rim. 
Veia porta renal caudal 
Veia porta renal cranial 
Veia cava caudal 
Veia renal cranial 
Veia porta renal cranial 
Veia ilíaca comum 
Veia porta renal caudal 
Veia renal caudal 
Veia ilíaca interna 
Veia isquiádica 
Veia ilíaca externa 
 
 
Aves 
19 
 
 Sistema genital masculino 
O sistema genital masculino das aves é composto pelos testículos, epidídimo, ductos deferentes e pelo falus, 
que pode se apresentar de diferentes maneiras dentre as espécies. 
Os testículos possuem formato de pequenos grãos de feijão e se localizam próximos aos rins, associados aos 
sacos aéreos abdominais. Em aves jovens ou no período de muda, os testículos apresentam coloração mais 
amarelada devido ao acúmulo de lipídeos nas células de Leydig, além da proporção do compartimento 
intertubular aumentada. Já em aves que atingiram a maturidade sexual, a coloração dos testículos é 
esbranquiçada e estes se apresentam muito vascularizados. Há a dispersão das células de Leydig e o 
crescimento dos túbulos seminíferos. 
Não existem glândulas sexuais anexas, cordão espermático ou escroto nessas aves. O epidídimo toma a forma 
de uma pequena saliência observada no testículo, e não apresenta divisões. Os ductos deferentes passam sobre 
a superfície ventral do rim, juntamente com o ureter, até a cloaca. 
Ureter 
Ducto deferente 
Testículo 
Epidídimo 
Ducto deferente 
 
 
Aves 
20 
Nas porções mais caudais do ducto deferente, ele apresenta-se mais enovelado e dilatado. Essa estrutura é 
conhecida como receptáculo, que também está presente em répteis. No receptáculo os espermatozoides 
ficam armazenados até a expulsão pelo óstio do ducto deferente. 
 
Os espermatozoides são liberados no urodeu. No lábio ventral do vento/ânus do animal, encontram-se três 
estruturas conhecidas como corpos fálicos. Há o tubérculo fálico mediano e dois corpos fálicos laterais. Na 
parede lateral do urodeu fica o corpo vascular paracloacal, que fornece linfa para esses corpos, intumescendo-
os. Esse processo forma um sulco dorsal por onde saem os espermatozoides na hora da cópula. 
OBS.: galos domésticos não possuem falo protraível, enquanto patos, gansos e ratitas possuem uma estrutura 
fálica protrátil com um sulco espiralado que conduz o sêmen. 
Em galos domésticos, é possível fazer a sexagem cloacal em pintos de um dia de idade, observando se há a 
presença de uma pequena protuberância no lábio ventral do vento. 
 Sistema genital feminino 
O sistema genital feminino das aves se resume aos ovários e aos ovidutos. Possuem ambas as gônadas, porém 
a direita frequentemente não é funcional após a eclosão do ovo. Em alguns casos, quando o oviduto direito 
permanece, ele se torna cístico. 
O ovário se assemelha a um cacho de uvas e é repleto de folículos de cor amarelada, devido à presença da 
gema, constituída de proteínas e lipídeos produzidos no fígado. Não são formados corpos lúteos, já que o 
embrião não será mantido dentro do corpo da mãe. A ovulação ocorre sob o estímulo do hormônio LH. 
Folículos prestes a ovular apresentam uma faixa branca chamada estigma. 
 
 
 
 
Ducto deferente 
Receptáculo 
 
 
Aves 
21 
O oviduto é composto por cinco partes distintas que capacitam o ovo. 
O infundíbulo é a primeira porção do oviduto, onde a gema permanece por cerca de 15 minutos. É onde 
ocorre a fertilização e a captação da gema, além de ser a região onde começa a ser liberado o albúmen (clara 
do ovo) e a chalaza, um albúmen mais espesso que faz com que o disco germinativo fique sempre voltado 
para cima – por vezes impede a fecundação caso esta ainda não tenha ocorrido. 
Ovário 
Oviduto 
Infundíbulo 
 
 
Aves 
22 
O magno é o segmento mais longo do oviduto, onde o ovo permanece por cerca de 3 horas.. Nele é 
produzida metade do albúmen total do ovo e são adicionados os minerais sódio, cálcio e magnésio. O albúmen 
adicionado nessaregião é mais mucoso e menos denso. 
 
O ovo passa então pelo istmo, onde fica por 1 hora. Nele são formados o restante do albúmen e a membrana 
da casa, que favorecerá a deposição de cálcio e pigmentos externamente. 
 
Magno 
Istmo 
 
 
Aves 
23 
 
O útero é onde o ovo fica por mais tempo. Lá se forma a casca e a cutícula que protege os poros de cálcio, 
além de serem adicionados pigmentos. Ele permanece no útero por 20 horas. 
 
Por fim, o ovo passa já formado pela vagina. Ocorre uma projeção da vagina através da cloaca para evitar o 
contato com fezes no coprodeu. 
Há, ainda, estruturas chamadas cristas glandulares presentes no útero e no infundíbulo, capazes de armazenar 
os espermatozoides por cerca de 10 dias. 
Durante a muda de penas, o ovário fica inativo e os folículos são reabsorvidos, permitindo um descanso 
reprodutivo na maioria das espécies. 
Útero 
 
 
Aves 
24 
Fotos retiradas de: 
Vídeos de anatomia prática do canal anato_vet no youtube: https://www.youtube.com/channel/UC9_9JPL3CjJGRgY-
6a7PcMw 
DYCE K.M.. Tratado de Anatomia Veterinária, 4ª edição. 
Material feito por Amanda de Castro Souza – Turma 144 Medicina Veterinária UFMG. 
 Bora estudar 
https://www.youtube.com/channel/UC9_9JPL3CjJGRgY-6a7PcMw
https://www.youtube.com/channel/UC9_9JPL3CjJGRgY-6a7PcMw

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