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BMF4- Bloco 2- Sensibilidade @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 1 Anatomia da orelha e cóclea Sistema auditivo = orelhas (externa, média e interna) + estruturas do sistema nervoso (n. vestíbulo- coclear e córtex auditivo). Conceitos básicos Orelha: órgão sensorial especializado (audição e equilíbrio), formada por partes externa, média e interna. Função da parte auditiva: transformar variações de pressão originadas pela propagação de ondas sonoras, recebidas pela membrana timpânica, em impulsos elétricos, no ouvido interno. Impulsos que são canalizados pelo VIII par de nervo craniano ao cérebro, transformando-os em sensações auditivas. Porção coclear: relacionada com os fenômenos auditivos Porção vestibular: equilíbrio Orelha externa Formada pela orelha (pavilhão) semelhante a uma concha, que capta o som, e o meato acústico externo, que conduz o som até a membrana timpânica. BMF4- Bloco 2- Sensibilidade @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 2 Orelha (pavilhão) A orelha externa contém uma lâmina cartilagínea (cartilagem da orelha) que forma um verdadeiro funil sonoro. Vascularização A vascularização do pavilhão auditivo é muito abundante. Está distribuída em duas redes, ambas procedentes da carótida externa. A rede anterior vem da artéria temporal superficial e a rede posterior vem da artéria auricular posterior. Drenagem venosa Faz-se um paralelo à irrigação arterial, mas as redes venosas acontecem da seguinte forma: surgem à frente da veia temporal superficial, por trás das veias auriculares posteriores e da veia mastoidea e por baixo fazem-no diretamente na v. jugular externa --> v. braquiocefálica --< VCS, que é o principal coletor venoso. Inervação Nervos cranianos e os ramos do plexo cervical. BMF4- Bloco 2- Sensibilidade @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 3 Dos nervos cranianos participam da inervação: n. trigêmeo (V), n. facial (VII; a área cutânea que recebe inervação sensitiva deste nervo não é bem definida) e nn. glossofaríngeo (IX) e vago (X); Dos ramos do plexo cervical participam: n. occipital menor (C2) e n. auricular magno (C2, C3). Observação: Devido à participação do N. vago (R. auricular,) na inervação do meato acústico externo, a limpeza mecânica do meato (por meio de introdução de um funil auricular ou lavagem do meato acústico) pode causar tosse e ânsia de vômito. O R. auricular do N. vago estende-se através do canalículo mastóideo e de uma fenda entre o Proc. mastoide e a parte timpânica (fissura timpanomastóidea) até a orelha externa e o meato acústico externo. As fibras sensitivas do N. glossofaríngeo estendem-se pelo R. comunicante com o N. vago para o meato acústico externo. Meato acústico externo É um tubo rígido que direciona as ondas mecânicas em direção à membrana timpânica que vibra em ressonância. As suas paredes são formadas de ossos - parte óssea (2/3 mediais) e cartilagens - parte fibrocartilaginosa- (1/3 lateral). Em média, o canal tem 2-3 cm de comprimento. Parte timpânica do temporal, da orelha --> membrana timpânica. Membrana timpânica • Membrana fina, oval e semitransparente na extremidade medial do meato acústico externo. • Divisória entre o meato acústico externo e a cavidade timpânica da orelha média • Cor normal: cinza-perolado • 1 cm de diâmetro • Externamente é coberta por pele fina e internamente: túnica mucosa da orelha média Produzem cerume (cera de ouvido). Proteção contra entrada de insetos e proliferação de insetos. BMF4- Bloco 2- Sensibilidade @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 4 • Colado nessa membrana temos o primeiro ossículo chamado de martelo. • Martelo --> bigorna --> estribo • A ondas sonoras fazem com que essa membrana vibre. Inervação • Face externa: NC V3 (ramo auriculotemporal) e NC X (ramo auricular do nervo vago) • Face interna: NC IX (ramo auricular do nervo glossofaríngeo) A parte mais saliente tem o nome de umbigo (4), situado um pouco abaixo do centro da membrana timpânica, correspondendo à extremidade do cabo do martelo. Abaixo do umbigo encontra-se o triângulo luminoso, com uma direção oblíqua para baixo e para a frente. A parte tensa (1), localizada na parte inferior, é uma membrana fibrosa (fibras radiais e circulares), elástica, espessa, resistente e pouco móvel. É a membrana timpânica propriamente dita. A parte flácida (2), localizada na parte superior (tem muito poucas fibras). Orelha média ou cavidade timpânica Câmara estreita cheia de ar na parte petrosa do temporal. Duas partes: cavidade timpânica propriamente dita (espaço diretamente interno à membrana timpânica) e recesso epitimpânico (espaço superior à membrana). Composição: Ossículos da Audição; Mm tensor do tímpano e estapédio (ligado ao estribo); N. corda do tímpano, ramo do NC VII; Plexo timpânico de nervos. BMF4- Bloco 2- Sensibilidade @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 5 • Parede lateral (parede membranácea): limite com a orelha externa, constituída, em sua maior parte, pela membrana timpânica • Parede medial (parede labiríntica): limite com a orelha interna; destaca-se o abaulamento da base da cóclea (promontório) • Parede inferior (parede jugular): forma o assoalho da cavidade timpânica e faz contato com o bulbo da V. jugular • Parede posterior (parede mastóidea): estabelece contato com as células mastóideas do Proc. mastoide, estendendo-se do ádito ao antro mastóideo • Parede superior (parede tegmental): forma o teto da cavidade timpânica • Parede anterior (parede carótica, aqui removida): contém o óstio da tuba auditiva e faz relação com o canal carótico. Tuba auditiva A orelha média comunica-se, ântero-medialmente, com a tuba auditiva que se abre na nasofaringe e posteriormente com a cavidade mastoideana. Função: Igualar a pressão na orelha média com a pressão atmosférica (igualando as pressões dos dois lados da membrana), permitindo o movimento da membrana timpânica. Aa. faríngea ascendente, meníngea média e do canal pterigóideo. Vv. Drenam para o plexo pterigóideo. Nn. se originam do plexo timpânico (formado por fibras do NC IX) e fibras do gânglio pterigopalatino. Consiste em uma parte óssea (1/3) e uma parte cartilagínea (2/3). Abre em cada deglutição Clínica: otite média purulenta, em caso da perda do mecanismo inespecífico de proteção. O interior da tuba é revestido por epitélio respiratório ciliado, cujos cílios se movimentam em direção à faringe, afastando microrganismos da cavidade timpânica na orelha média. Ossos: Unem-se entre si por articulações revestidas por cartilagens, que evitam ruídos de funcionamento, amortecendo eventuais efeitos de ressonância. Por outro lado, unem- se às diferentes paredes da caixa timpânica, por ligamentos, de tal forma que o martelo e a bigorna, juntos, funcionam como uma BMF4- Bloco 2- Sensibilidade @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 6 alavanca simples, cujo fulcro se localiza, aproximadamente, nas bordas da membrana timpânica. Músculos: M. tensor do tímpano: localiza-se no ouvido médio e está relacionado à limitação dos movimentos e vibrações do martelo (NC. V). M. Estapédio: também conhecido como m. do estribo, localiza-se no ouvido médio e permite limitar os movimentos as vibrações do estribo (NC. VII --> lesão pode causar hiperacusia --> amplificação do sistema de alavanca, paciente sente sons agudos chegando de maneira exacerbada). Janelas oval (base do estribo) e redonda mantém a conexão entre orelha média e interna. Orelha interna Contém o órgão vestibulococlear relacionado com a recepção do som e a manutenção do equilíbrio.Embutida na parte petrosa do temporal Duas partes: labirinto ósseo (contém perilinfa) e labirinto membranáceo (contém endolinfa) Dois receptores sensoriais: 1. cóclea: audição, na sua parte anterior 2. vestíbulo e canais semicirculares (superior, lateral e posterior): equilíbrio, na sua parte posterior. Nervo vestibulococlear tem duas partes: o nervo coclear (o nervo da audição) e o nervo vestibular (o nervo do equilíbrio). Os corpos celulares das fibras sensitivas que formam as duas partes deste nervo constituem os gânglios espiral e vestibular. Labirinto ósseo Cóclea (forma de espiral) + vestíbulo (equilíbrio) + canais semicirculares (cavidades em forma de tubo) contidos na cápsula óptica (osso mais denso do que o restante da parte petrosa do temporal). Espaço cheio de líquido, circundado pela cápsula ótica, e é representado com maior acurácia por um molde da cápsula ótica depois da retirada do osso adjacente. Contém perilinfa (constituição iônica semelhante à do líquido cerebrospinal; baixas [K+] e altas [Na+]) Cóclea: forma de concha, contém o ducto coclear = audição Canal espiral da cóclea: começa no vestíbulo e faz duas voltas e meia ao redor do modíolo (estrutura cônica composta por osso esponjoso contém canais para vasos sanguíneos e para distribuição dos ramos do nervo coclear). Labirinto membranáceo Formado por uma série de sacos e ductos comunicantes que estão suspensos no labirinto ósseo., Contém endolinfa (líquido aquoso com concentrações iônica semelhante ao líquido intracelular; altas [K+] e baixas [Na+]). Labirinto vestibular: utrículo e sáculo** e três ductos semicirculares (extremidades = ampolas --> crista ampular --> células ciliadas das cristas nos canais semicirculares). ** O utrículo e o sáculo têm áreas especializadas de epitélio sensitivo denominadas máculas. Labirinto coclear: ducto coclear na cóclea. BMF4- Bloco 2- Sensibilidade @braozinnn- Abraão Filipe – T5C- Uninove- Osasco 7 Canal auditivo É composto pela rampa vestibular, ducto coclear (rampa média) e rampa do tímpano. O receptor dos estímulos auditivos é o órgão espiral (de Corti), situado sobre a lâmina basilar. É coberto pela membrana tectória gelatinosa. O órgão espiral contém células pilosas, cujas extremidades estão inseridas na membrana tectória. O órgão é estimulado a responder por deformação do ducto coclear induzida pelas ondas de pressão hidráulica na perilinfa, que ascendem e descem nas rampas do vestíbulo e no tímpano adjacentes Ao órgão da audição pertence o labirinto coclear com o ducto coclear, um ducto membranáceo situado internamente ao invólucro ósseo, a cóclea. Contém o epitélio sensorial do órgão da audição (órgão espiral ou de Corti). O órgão do equilíbrio é formado pelo labirinto vestibular com os ductos semicirculares, o sáculo e o utrículo, que possuem epitélio sensorial. Referências
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