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VÁLVULAS 1 Válvulas 2 Introdução Propriedades dos Fluídos Escoamentos Coeficiente de vazão (Cv) Cavitação, Flashing e golpe de ariete Sistema construtivo das válvulas Vedação Tipos de acionamentos Materiais construtivos Componentes das válvulas Especificações Conceituações sobre os tipos de válvulas Tipos de válvulas Qualidade Manutenção 3 Introdução Válvulas 4 Válvula é um acessório que raramente percebemos o seu funcionamento e, normalmente, ignoramos a sua importância. Sem os sistemas modernos de válvulas,não haveria água pura e fresca em abundância nos grandes centros, o refino e distribuição de produtos petrolíferos seriam muito lentos e não existiria aquecimento automático nas casas.Por definição, uma válvula é um acessório destinado a bloquear, restabelecer,controlar ou interromper o fluxo de uma tubulação. As válvulas de hoje podem, além de controlar o fluxo, controlar o nível, o volume, a pressão, a temperatura e a direção dos líquidos e gases nas tubulações. Essas válvulas, por meio da automação,podem ligar e desligar, regular, modular ou isolar. 5 Propriedades dos Fluídos Válvulas 6 Definição Um fluido é caracterizado como uma substância que se deforma continuamente quando submetida a uma tensão de cisalhamento, não importando o quão pequena possa ser essa tensão. Os fluidos incluem os líquidos e os gases. A principal característica dos fluidos está relacionada a propriedade de não resistir a deformação e apresentam a capacidade de fluir, ou seja, possuem a habilidade de tomar a forma de seus recipientes. Esta propriedade é proveniente da sua incapacidade de suportar uma tensão de cisalhamento em equilíbrio estático. Válvulas 7 Propriedades Algumas propriedades são fundamentais para a análise de um fluido e representam a base para o estudo da mecânica dos fluidos, essas propriedades são específicas para cada tipo de substância avaliada e são muito importantes para uma correta avaliação dos problemas comumente encontrados na indústria. Dentre essas propriedades podem-se citar: a massa específica, o peso específico, pressão e vazão Válvulas 8 Massa específica Representa a relação entre a massa de uma determinada substância e o volume ocupado por ela. A massa específica pode ser quantificada através da aplicação da equação a seguir. onde,ρ é a massa específica,m representa a massa da substância e V o volume por ela ocupado. No Sistema Internacional de Unidades (SI), a massa é quantificada em kg e o volume em m³, assim, a unidade de massa específica é kg/m³. Válvulas 9 Peso específico É a relação entre o peso de um fluido e volume ocupado, onde,γ é o peso específico do fluido,W é o peso do fluido e g representa a aceleração da gravidade, em unidades do (SI), o peso é dado em N, a aceleração da gravidade em m/s² e o peso específico em N/m³.seu valor pode ser obtido pela aplicação da equação a seguir: Peso específico relativo Representa a relação entre o peso específico do fluido em estudo e o peso específico da água. Em condições de atmosfera padrão o peso específico da água é 10000N/m³, e como o peso específico relativo é a relação entre dois pesos específicos, o mesmo é um número adimensional, ou seja não contempla unidades. Válvula 10 Pressão A pressão média aplicada sobre uma superfície pode ser definida pela relação entre a força aplicada e a área dessa superfície Como a força aplicada é dada em Newtons [N] e a área em metro ao quadrado [m²], o resultado dimensional será o quociente entre essas duas unidades, portanto a unidade básica de pressão no sistema internacional de unidades (SI) é N/m² (Newton por metro ao quadrado). 1N/m² = 1Pa 1kPa = 1000Pa = 10³Pa 1MPa = 1000000Pa = 106Pa e pode ser numericamente calculada pela aplicação da equação a seguir: Válvulas 11 Vazão volumétrica Em hidráulica ou em mecânica dos fluidos, define-se vazão como a relação entre o volume e o tempo.A vazão pode ser determinada a partir do escoamento de um fluido através de determinada seção transversal de um conduto livre (canal, rio ou tubulação aberta) ou de um conduto forçado (tubulação com pressão positiva ou negativa).Isto significa que a vazão representa a rapidez com a qual um volume escoa. As unidades de medida adotadas são geralmente o m³/s,m³/h, l/h ou o l/s. Válvulas A equação de Bernoulli e a equação de continuidade também nos diz que se reduzimos a área transversal de uma tubulação para que aumente a velocidade do fluido que passa por ela, se reduzirá a pressão. 12 Válvulas 13 Exercícios 1) Sabendo-se que 1500kg de massa de uma determinada substância ocupa um volume de 2m³, determine a massa específica, o peso específico e o peso específico relativo dessa substância. Dados: γH2O = 10000N/m³, g = 10m/s². 2) Um reservatório cilíndrico possui diâmetro de base igual a 2m e altura de 4m, sabendo-se que o mesmo está totalmente preenchido com gasolina (ver propriedades na Tabela), determine a massa de gasolina presente no reservatório. Massa específica da gasolina = 720 kg/m³ Válvulas 14 Resposta Solução do Exercício 1 Massa específica Peso específico Peso específico relativo Válvulas 15 Resposta Solução do exercício 2 . h V = 16 Escoamentos Válvulas 17 Escoamento laminar Ocorre quando as partículas de um fluido movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, apresentando lâminas ou camadas (daí o nome laminar) cada uma delas preservando sua característica . No escoamento laminar a viscosidade age no fluido no sentido de amortecer a tendência de surgimento da turbulência. Este escoamento ocorre geralmente a baixas velocidades e fluídos que apresentem grande viscosidade. Válvulas 18 Escoamento turbulento Ocorre quando as partículas de um fluido não movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, ou seja as partículas descrevem trajetórias irregulares, com movimento aleatório, produzindo uma transferência de quantidade de movimento entre regiões de massa líquida. Este escoamento é comum na água, cuja a viscosidade e relativamente baixa. Válvulas 19 Número de Reynolds O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em projetos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu nome vem de Osborne Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade. Válvulas 20 Re<2000 – Escoamento Laminar. 2000<Re<2400 – Escoamento de Transição. Re>2400 – Escoamento Turbulento. ρ = massa específica do fluido µ = viscosidade dinâmica do fluido v = velocidade do escoamento D = diâmetro da tubulação Válvulas Experimento de Reynolds 21 Válvulas 22 23 Coeficiente de vazão Válvulas 24 Em termos mais práticos, o coeficiente de vazão (cV) é o volume (em galões americanos) de água 60°F, que fluirão por minuto através de uma válvula com queda de pressão de um 1 psi através desta. Válvulas 25 Este coeficiente obtido experimentalmente, embora seja definido em função da capacidade de água, também é utilizado para definir a capacidade de fluidos compreensíveis, tais como vapores e gases. Basicamente, o cálculo do diâmetro de uma válvula de controle, consiste em utilizar a equação adequada, calcular o coeficiente de vazão (CV calculado) e através das tabelas publicadas, escolher um CV (CV nominal) de valor sempre maior que o obtido via cálculo, e verificar então o diâmetro da válvula correspondente ao CV escolhido. A apresentação das equações para cálculo do coeficiente de vazão (CV) divide-se emdois grupos conforme o tipo de fluido: fluidos incompressíveis ou fluidos compressíveis Válvulas 26 FÓRMULA GERAL PARA FLUIDOS INCOMPRESSÍVEIS A vazão de um fluido incompressível escoando através de uma válvula de controle pode ser calculado mediante a seguinte equação geral: Caso a vazão seja fornecida em unidade de massa no caso de misturas de líquido- gás e líquido-vapor, utilizaremos a seguinte equação: Onde: Q = Vazão do fluido em GPM ou m3/h W = Vazão do fluido em Kg/h ou Lb/h N1 e N6 = Constantes numéricas que dependem das unidades de medidas utilizadas, conforme figura 42: Válvulas 27 EQUAÇÕES GERAIS PARA FLUIDOS COMPRESSÍVEIS A vazão de um gás ou vapor que escoa através de uma válvula, pode ser calculada por qualquer uma das equações a seguir. Deverá ser escolhida aquela que for mais conveniente, em função dos dados disponíveis: 28 Cavitação Válvulas 29 Pressão de vapor (Pv) É a pressão exercida por um vapor quando este está em equilíbrio termodinâmico com o líquido que lhe deu origem, ou seja, a quantidade de líquido (solução) que evapora é a mesma que se condensa. A pressão de vapor é uma medida da tendência de evaporação de um líquido. Quanto maior for a sua pressão de vapor, mais volátil será o líquido, e menor será sua temperatura de ebulição relativamente a outros líquidos com menor pressão de vapor à mesma temperatura de referência. http://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Vapor http://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_termodin%C3%A2mico http://pt.wikipedia.org/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Evapora%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Volatilidade_(qu%C3%ADmica) Válvulas 30 É uma propriedade física que depende intimamente do valor da temperatura. Qualquer que seja a temperatura, a tendência é de o líquido se vaporizar até atingir equilíbrio termodinâmico com o vapor; em termos cinéticos, esse equilíbrio se manifesta quando a taxa de líquido vaporizado é igual à taxa de vapor condensado. Uma substância líquida entra em ebulição quando a pressão do sistema ao qual faz parte atinge a pressão de vapor dessa substância. Esse ponto recebe o nome de ponto de ebulição ou temperatura de ebulição. O ponto de ebulição normal é a temperatura de ebulição da substância à pressão de uma atmosfera. Em locais com maior altitude, onde a pressão atmosférica é menor, a temperatura de ebulição das substâncias líquidas são mais baixas já que sua pressão de vapor precisa se igualar a um valor menor (considerando que o sistema é aberto). http://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedade_f%C3%ADsica http://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura http://pt.wikipedia.org/wiki/Evapora%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Cin%C3%A9tica_qu%C3%ADmica http://pt.wikipedia.org/wiki/Condensa%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Ebuli%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_ebuli%C3%A7%C3%A3o Válvulas Esboço do equilíbrio líquido- vapor da água ao nível do mar. Quanto mais se aumenta a temperatura, maior será a taxa de ebulição da água, mas, enquanto a pressão exercida pelo vapor for menor do que a pressão exercida pela atmosfera,a quantidade de moléculas que se condensa aumenta a medida que compensa a quantidade de moléculas que vaporiza, restabelecendo assim o equilíbrio dinâmico. Quando a temperatura atinge 100 graus Celsius (temperatura de ebulição da água no nível do mar), a taxa de vaporização vence a taxa de condensação: ocorre assim a mudança de fase da água. 31 Válvulas 32 Cavitação É o nome que se da ao fenômeno de vaporização de um líquido pela redução da pressão, durante seu movimento a uma temperatura constante. Para todo fluído no estado líquido pode se estabelecer uma curva que relaciona a pressão à temperatura em que ocorre a vaporização. Por exemplo: na pressão atmosférica a temperatura de vaporização da água é de cerca de 100 °C, ao nível do mar. Contudo a uma pressão menor, a temperatura de vaporização também se reduz. Válvulas É fato sabido e previsível – com a ajuda do teorema de Bernoulli, que um fluído escoando, ao ser acelerado, tem uma redução da pressão, para que a sua energia mecânica se mantenha constante. Considere-se um fluído no estado líquido escoando com uma temperatura T0 e a uma pressão P0. Em certos pontos devido à aceleração do fluído, como em um bocal, sucção de uma bomba centrífuga ou em uma válvula, a pressão pode cair a um valor menor que a pressão mínima em que ocorre a vaporização do fluído (PV) na temperatura T0. 33 Válvulas 34 Então ocorrerá uma vaporização local do fluído, formando bolhas de vapor. A este fenômeno costuma-se dar o nome de cavitação (formação de cavidades dentro da massa líquida). A cavitação e comum em bombas de água e de óleo, válvulas, turbinas hidráulicas, propulsores navais, pistões de automóveis e até em canais de concreto com altas velocidades, como em vertedores de barragens. Ela deve ser sempre evitada por causa dos prejuízos financeiros que causados devido à erosão associada, seja nas pás de turbinas, de bombas, em pistões ou em canais. Estas bolhas de vapor que se formaram no escoamento devido à baixa pressão, serão carregadas e podem chegar a uma região em que a pressão cresça novamente a um valor superior a PV. Então ocorrerá a “implosão” dessas bolhas se a região do colapso das bolhas for próxima a uma superfície sólida, as ondas de choque geradas pelas implosões sucessivas das bolhas podem provocar trincas microscópicas no material da superfície, originando uma cavidade de erosão localizada. Este e um fenômeno físico a nível molecular e que se dissemina e tende a aumentar com o tempo causando a ruínas dos rotores. Como identificar nos espectros de vibração, identifica-se a cavitação pelo surgimento de sinais randômicos (sinais sem definição exata), na região de baixa freqüência (80 a 200 Hz) nos espectros de velocidade e em alta freqüência nos espectro de aceleração. Válvulas 35 36 Flashing Válvulas 37 É um fenômeno também devido à vaporização do líquido por efeito da baixa de pressão, diferindo da cavitação pelo fato de não haver em seguida um aumento suficiente da pressão, passando assim o líquido ao estado gasoso e nele permanecendo. A pressão final do fluido é inferior à tensão de vaporização do líquido. O “flashing” pode provocar vibrações da válvula e ruído, embora as suas conseqüências não sejam tão graves como as da cavitação. A redução do “flashing” faz-se usando técnicas análogas às utilizadas para a cavitação. 38 Golpe de ariete Válvulas 39 Dentre esses fenômenos, o mais comum, que ocorre com muita freqüência, e um dos mais interessantes, é o que se conhece como golpe de aríete. Por golpe de aríete se denominam as variações de pressão decorrentes de variações da vazão, causadas por alguma perturbação, voluntária ou involuntária, que se imponha ao fluxo de líquidos em condutos, tais como operações de abertura ou fechamento de válvulas, falhas mecânicas de dispositivos de proteção e controle, parada de turbinas hidráulicas e ainda de bombas causadas por queda de energia no motor, havendo, no entanto, outros tipos de causas. É o caso típico de condutos de recalque providos de válvulas de retenção logo após a bomba, e sem dispositivos de proteção. Neste caso a situação de ocorrência do golpe de forma mais desfavorável e com mais freqüência, é aquela decorrente da interrupção brusca da energia elétrica fornecida ao motor da bomba que alimenta o conduto. É nesta situação onde corriqueiramente se verificam valores extremos para o golpe de aríete. Durante o fenômeno do golpe de aríete, a pressão poderá atingir níveis indesejáveis, que poderão causar sérios danos ao conduto ou avarias nos dispositivos nele instalados. Danos como ruptura de tubulações por sobre pressão, avarias em bombas e válvulas,colapso de tubos devido a vácuo, etc. http://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaz%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A1lvula http://pt.wikipedia.org/wiki/Turbina http://pt.wikipedia.org/wiki/Bomba http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Conduto&action=edit&redlink=1 Válvulas 40 41 Sistema construtivo das válvulas Válvulas 42 Quanto ao meio de ligação dos extremos. As válvulas podem ter as suas extremidades com os mais variados meios de ligação. Extremidades roscadas Extremidades tipo encaixe e solda Extremidades tipo wafer Extremidades com solda de topo Extremidades flangeadas Extremidades com bolsas Extremidades roscadas As válvulas com os extremos roscados são empregadas onde se deseja a facilidade da montagem e desmontagem ou ainda onde a solda se torna difícil ou em muitos casos impossíveis.Normalmente empregadas em válvulas de pequenos diâmetros fabricadas em bronze, que são especialmente indicadas para as instalações residenciais e prediais e para as instalações industriais de pequena responsabilidade como em serviços de baixa pressão e temperaturas ambientes e para fluidos não perigosos.Válvulas de ferro fundido ou de aço forjado para altas pressões e temperaturas também são fabricadas com seus extremos roscados.Encontramos no mercado dois tipos rosca para as válvulas, a rosca segundo a norma americana ASME /ANSI B1.20.1 (NPT) e a rosca segundo a norma brasileira NBR 6414 (BSP) 43 Extremidades tipo encaixe e solda As válvulas com os extremos do tipo encaixe e solda são empregadas primordialmente em instalações industriais de responsabilidade e onde se deseja uma estanqueidade perfeita e ainda facilidade e rapidez na montagem.São indicadas para serviços com altas pressões e temperaturas.Normalmente empregadas em válvulas de pequenos diâmetros fabricadas em aço carbono forjado ou aço inox forjado.Este tipo de ligação é normalizado pela norma americana ASME / ANSI B16.11 44 Extremidade tipo wafer São válvulas de corpo curto para serem instaladas entre flanges ou ainda em fundo de tanques e reatores.São válvulas leves e compactas e com seus extremos para instalação entre flanges conforme as normas ASME/ANSI ou DIN 45 Extremidades com solda de topo As válvulas com os extremos do tipo para solda de topo são empregadas em instalações industriais de grande responsabilidade e onde se deseja uma estanqueidade perfeita. São indicadas para serviços com altas pressões e temperaturas e para fluidos perigosos.Normalmente empregadas em válvulas de médios e grandes diâmetros fabricadas em aço ca rbono fundido ou aço inox fundido.Também empregado em válvulas de pequenos diâmetros onde não se pode empregar a solda de encaixe.Este tipo de ligação é normalizado pela norma americana ASME / ANSI B16.25 46 Extremidades flangeadas As válvulas com os extremos flangeados são empregadas nos mais diversos serviços industriais desde os mais simples aos mais perigosos para as mais variadas classes de pressão e temperatura.Na fabricação de válvulas flangeadas são empregados os mais diversos materiais como o bronze, latão, alumínio, aços fundidos, aços forjados,ferros fundidos e ainda outros mais sofisticados e exóticos para aplicações especiais.Este tipo de ligação é normalizado pelas normas americanas ASME / ANSI B16.1, B16.5 e B16.24 e pelas normas alemãs DIN 47 Extremidades com bolsa As válvulas com os extremos com bolsas e junta elástica são empregadas principalmente para as válvulas fabricadas de materiais de difícil soldagem e para a facilidade de montagem e desmontagem.Empregadas principalmente em serviços de hidráulica e saneamento ambiental e também em serviços de irrigação.Este tipo de ligação é normalizado pela norma brasileira NBR 7674 48 Válvulas 49 Quanto à função ou natureza da aplicação VÁLVULAS DE BLOQUEIO OU DE FECHAMENTO (block valves) São utilizadas para permitir a passagem total ou o bloqueio completo de um fluido. São projetadas para trabalhar totalmente fechadas ou totalmente abertas. Os tipos existentes são: válvulas gaveta (gate valves) e válvulas macho (plug, clock valves). Como variantes das válvulas gavetas, temos as válvulas comporta (slide, blast valves), as válvulas de fechamento rápido (quick-acting valves) e as válvulas de passagem plena (through conduit valves) e como variantes das válvulas macho as válvulas de esfera (ball valves) e as válvulas de 3 ou 4 vias (three&four way valves). Válvulas 50 VÁLVULAS DE REGULAGEM(throttling valves) Controlam o fluxo de um fluido, adequando- o a uma necessidade específica de processo. Trabalham parcialmente abertas. Os tipos existentes são: válvulas globo (globe valves), válvulas agulha (needle valves), válvulas de controle (control valves), válvulas borboleta (batterfly valves) e válvulas diafragma (diaphragm valves). Válvulas 51 VÁLVULAS QUE PERMITEM O FLUXO EM UM ÚNICO SENTIDO Os tipos são os seguintes: válvulas de retenção (check valves), válvulas de retenção e fechamento (stop-check valves) e válvulas de pé (foot valves). Válvulas 52 VÁLVULAS QUE CONTROLAM A PRESSÃO A JUSANTE Como as válvulas redutoras e reguladoras de pressão. VÁLVULAS QUE CONTROLAM A PRESSÃO A MONTANTE Como as válvulas de segurança e alívio(safety e relief valves) e as válvulas de contrapressão (back pressure valves). Válvulas 53 Válvula auto operada São as que apresentam um elemento sensor integrado internamente ao corpo da válvula. São diversos tipos construtivos específicos para cada finalidade Válvulas 54 Válvula de controle São as que apresentam a capacidade inerente da modulação das características do fluxo como a vazão, pressão ou temperatura automaticamente, sem a intervenção manual. Algumas delas são idênticas às válvulas de bloqueio mas internamente concebidas para modulação. As suas características são pré-estabelecidas para cada aplicação 55 Vedação Válvulas 56 Vedação do corpo. Entre o corpo e a tampa deve existir uma junta de vedação para promover a estanqueidade desta junção.A junta a ser empregada depende principalmente da responsabilidade do serviço a que a válvula se destina,podendo variar desde um simples elastômero a um anel metálico.Para as válvulas empregadas em serviços de baixas pressões e temperaturas é, geralmente, empregado a junta de PTFE, para serviços de média responsabilidade são empregadas as juntas espiraladas e para serviços de responsabilidade são empregadas as juntas do tipo anel(ring joint) em aço Válvulas 57 Vedação da haste: Este sistema de vedação, também conhecido como “engaxetamento da haste”, se processa por meio de gaxetas dispostas em torno da haste e apertadas ou ajustadas por meio de prisioneiros .As gaxetas são geralmente de anéis de PTFE,aramida grafitada ou de grafite.É o sistema que garante a vedação da haste,impedindo que o vazamento do fluido pela haste.Uma das razões que impede a instalação de válvula sem linhas horizontais com o volante voltado para baixo são, justamente, os inconvenientes provocados por pequenos vazamentos da haste.Um dispositivo cônico existente na haste pode tornar a válvula reengaxetavel sob pressão 58 Tipos de acionamentos Válvulas 59 Operação OPERAÇÃO MANUAL Por meio de volante; Por meio de alavanca; Por meio de engrenagens, parafusos sem-fim etc. OPERAÇÃO MOTORIZADA (Força motriz externa) Pneumática; Hidráulica; Elétrica. OPERAÇÃO AUTOMÁTICA (Dispensa ação externa) Pelo próprio fluido; Por meio de molas e contrapesos Válvulas 60 Quanto ao acionamento das válvulas: É o dispositivo que transmite força à haste para dar movimento ao obturador. Uma das formas de acionamento, talvez a mais comum, é o volante mas o acionamento pode ainda ser executado por meio de alavanca,por meios automáticos, elétricos ou pneumáticos. Volante com acionamento direto O movimento de rotação do volante é transmitido diretamente para a haste, isto é, o volante está diretamente ligado à haste que pode ser ascendente ou não 61 Volante com redutor de engrenagens O movimento de rotação do volante não é transmitido indiretamente para a haste, isto é, o volante está ligado a um sistema de engrenagens e este é que transmite o movimento à haste.Este sistema é empregado para diminuir o torque que deve ser dado ao volante em serviços de altas pressões ou ainda para se diminuir o tempo de fechamento para se minimizar a possibilidade do golpe de aríete. 62 Válvulas 63 Por meio de correntes Este tipo de acionamento é empregado quando a válvula está instalada em posição acima do operador e este tem dificuldades em acessar o volante. Neste caso o volante comum é substituído por outro próprio para uso com corrente. A válvula poderá ser de haste ascendente ou não Acionamento Pneumático Neste caso o acionamento da válvula deixa de ser manual e passa a ser chamado de “acionamento pneumático”. O acionamento (volante / alavanca) é substituído por um dispositivo, pistão ou diafragma, que funciona com a pressão de entrada e saída de ar comprimido. O suprimento do ar comprimido pode ser manual ou automatizado.Essas válvulas podem ter a função de bloqueio ou ainda de regulagem e modulação do fluxo 64 Acionamento Elétrico Neste caso o acionamento da válvula deixa de ser manual e passa a ser chamado de “acionamento elétrico”. O acionamento (volante / alavanca) é substituído por um motor elétrico, que pode ser de acionamento direto ou por meio de redutores. A ligação elétrica pode ser manual ou automatizada.Essas válvulas podem ter a função de bloqueio ou ainda de regulagem e modulação do fluxo. 65 Acionamento automático O acionamento das válvulas automáticas se processa sem a interferência do operador, é a ação do próprio fluido que faz com que a válvula seja acionada.Neste tipo de acionamento podemos incluir as válvulas unidirecionais, conhecidas como válvulas de retenção, as válvulas reguladoras de pressão e as válvulas de segurança e alívio 66 67 Materiais Construtivos Válvulas 68 Ferro fundido. O ferro fundido cinzento ASTM A126/B é empregado na construção do corpo e castelo das válvulas de médios e grandes diâmetros e o meio de ligação utilizado é o flange com dimensões conforme ASME/ANSI B16.1, com faces planas. Válvulas 69 Aço carbono. O aço carbono fundido ASTM A216/WCB é empregado na construção do corpo e interno das válvulas de médio e grandes diâmetros com extremidades flangeadas conforme ASME/ANSI B16.5, com face plana ou com ressalto ou ainda com pontas para solda de topo conforme ASME/ANSI B16.25 Válvulas 70 Aço inox. O aço inox fundido ASTM A351/CF8 ou ASTM A351/CF8M é empregado na construção do corpo e interno das válvulas de pequenos e grandes diâmetros com extremidades flangeadas conforme ASME/ANSI B16.5 com face com ressalto o uainda com pontas para solda de topo ASME/ANSI B16.25. Válvulas 71 Aço-liga. É um tipo de aço com a adição de algum elemento químico acima da quantidade de carbono encontrados no aço-carbono comum (até 2% de carbono, a qual acima desta quantidade seria o aço muito duro e com pouca resistência à tração) sendo utilizado com o objetivo de melhorar alguma propriedade física, química ou físico-química, por exemplo, na resistência à abrasão, à corrosão, ao choque,entre outros. http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono http://pt.wikipedia.org/wiki/Abras%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Corros%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Choque Válvulas 72 PTFE -Teflon É o material mais usado na vedação das válvulas e por suas características químicas não requer lubrificação e é quimicamente muito resistente, sua principal limitação é a temperatura que pode variar entre -30oC e 140oC 73 Componentes das válvulas Válvulas 74 75 Especificações Válvulas 76 Com os dados fornecidos é possível elaborar a ficha técnica do produto, montar a especificação da válvula e determinar o modelo que atende tais necessidades. Norma Diâmetro nominal (DN) Classe de pressão Material do corpo Válvulas 77 Normas As normas construtivas mais importantes são: API ISO Válvulas 78 API Existe um grande número de associações nacionais e estrangeiras que emitem normas,recomendações, especificações e boletins,voltados para a indústria do petróleo. Dentre estas instituições podemos citar o American Petroleum Institute (API) como uma das associações mais ativas nesta área. Os documentos técnicos emitidos pelo API são,via de regra, claros, com informações precisa se objetivas, com um texto linear, ou seja, com princípio, meio e fim, bastando ter conhecimentos básicos de inglês Válvulas 79 Descrição das normas API O conjunto das normas API abrange os vários campos de atuação da indústria do petróleo e dentre eles incluem-se as válvulas. Algumas normas relacionadas API 6A API 17A API 6D Válvulas 80 ISO American National Standards Institute (literalmente traduz-se como "Instituto Nacional Americano de Padrões"), também conhecido por sua sigla ANSI, é uma organização particular estado-unidense sem fins lucrativos que tem por objetivo facilitar a padronização dos trabalhos de seus membros.Segundo a própria organização, o objetivo é melhorar a qualidade de vida e dos negócios nos Estados Unidos. São conhecidos por terem inúmeros padrões, entre eles o ANSI C que serve como guia na escrita de compiladores e de programas nesta linguagem de programação. Por ser uma entidade padrão de uma economia forte , outras entidades semelhantes no mundo seguem alguns dos padrões adotados pela ANSI.Seu equivalente no Brasil seria a ABNT http://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos http://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos http://pt.wikipedia.org/wiki/ANSI_C http://pt.wikipedia.org/wiki/Compilador http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil http://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_de_Normas_T%C3%A9cnicas Válvulas 81 Algumas normas ISO relacionadas ISO 5808 – ensaio de pressão ISO 17292 - válvula esfera Válvula 82 Diâmetro nominal (DN) Entende-se por diâmetro nominal das válvulas a área ou região por onde são conectados tubulações e/ou equipamentos. Estas extremidades podem ser concebidas com formas construtivas as mais diversas, em função das características próprias de projeto. No geral encontramos válvulas com DN de até 72 pol. Válvula 83 Classes de pressão Este é um número orientativo e adimensional que define os limites de pressão mínimo e máximo ao qual a válvula pode operar de acordo com certa temperatura e material de construção (Rating*). Esses limites variam de forma inversamente proporcional à temperatura do fluido. O número que vem logo após a palavra “classe” não tem relação com a pressão a qual a válvula pode operar. Para as válvulas que têm sua construção de acordo com a norma ASME B 16.34 os valores de classes de pressão encontrados são: 150, 300, 600, 900, 1500, 2500 e 4500. Para temperaturas entre -29 °C até 270 °C na classe 150 e até 454 °C nas classes 300 e acima, para o aço carbono ASTM A 216 gr. WCB. Esses números determinam uma faixa de trabalho em que a válvula pode operar e de acordo com a temperatura do fluido. Para aquelas construídas conforme a norma DIN os valores são dados considerando-se que a temperatura do fluido esteja entre -10 °C a 120 °C e os valores encontrados são: PN 6, PN 10, PN16, PN 25, PN 40, PN 63, PN 100, PN 160, PN 250, PN 320 e PN 400. Pela norma ASME B 16.34 os valores de pressão são dados em psi e os valores de temperatura são dados em °F e são baseados paraaplicações em vapor d’água. Na norma DIN (alemã) os valores estão em bar e a temperatura em °C. As iniciais PN significam “Pressão Nominal”. Todas as características dimensionais das válvulas, principalmente naquelas cujas conexões são flangeadas, são baseadas no valor de sua classe de pressão. . Válvula 84 Material do corpo São materiais empregados na fabricação das válvulas tais como: aço carbono, aço inox e aço liga. 85 Tipos de Válvulas Válvulas 86 Os tipos de válvulas são classificados em função dos respectivos tipos de corpos, e portanto, quando estivermos falando de tipos de válvulas subentenderemos tipos de corpos. Podemos agrupar os principais tipos de válvulas em dois grupos: Deslocamento linear: Define-se por válvula de deslocamento linear, a válvula na qual a peça móvel vedante descreve um movimento retilíneo, acionada por uma haste deslizante. Ex: Globo, Gaveta, PSV, Agulha e Diafragma Deslocamento rotativo: Uma válvula de deslocamento rotativo é aquela na qual a peça móvel vedante descreve um movimento de rotação acionada por um eixo girante. EX: Esfera, Borboleta e Macho Válvulas 87 Tipos de válvulas VÁLVULA DE SEGURANÇA VAPOR E ÁGUA VÁLVULA GLOBO. VÁLVULA DE RETENÇÃO. VÁLVULA ESFERA (FECHO RÁPIDO) VÁLVULA AGULHA. VÁLVULA BORBOLETA. VÁLVULA GAVETA VÁLVULA DE CONTROLE. Tipos de Válvulas Válvula de segurança 88 Válvulas 89 Introdução As válvulas de segurança e/ou alívio (Pressure Safety Valve) são dispositivos automáticos de alívio de pressão ( POP) uma vez atingida a pressão de abertura sendo obrigatórios em vasos de pressão ou caldeiras, cuja pressão interna seja superior à pressão atmosférica, evitando as conseqüências da exposição às condições perigosas de sobrepressão. Desta forma, em todo vaso de pressão sujeito a pressão positiva superior a 15 psig é obrigatória a instalação de pelo menos uma válvula de segurança e/ou alívio ajustada na PMTA do vaso ou abaixo desta e cuja capacidade de vazão seja igual ou superior ao volume do fluido fornecido a este. Válvulas 90 A função de toda válvula de segurança instalada em caldeiras, vasos de pressão ou tubulações, em processos industriais, é aliviar o excesso de pressão, devido ao aumento da pressão de operação acima de um limite pré-estabelecido no projeto do equipamento por ela protegido. As conseqüências de sua falha podem ser: a perda de vidas e/ou do capital investido. Desta forma os riscos que podem ser causados pelo excesso de pressão dentro de um vaso ou caldeira, são eliminados automaticamente com a utilização das válvulas de segurança, desde que estejam corretamente especificadas, dimensionadas, instaladas e mantidas. Válvulas 91 O objetivo de se instalar uma válvula de segurança é a proteção de vidas e propriedades. Essa proteção ocorre quando a válvula é capaz de descarregar uma determinada taxa de fluxo, suficiente para reduzir a pressão de um sistema a um nível seguro. Essa taxa deve ser prevista em seu dimensionamento, considerando a pior condição esperada. Válvulas 92 Histórico das Válvulas de Segurança. A válvula de segurança é um dispositivo de alívio de pressão que existe desde 1682, quando na Inglaterra foi inventada por um físico francês chamado Denis Papin. O modelo inventado por Papin funcionava com um sistema de contrapeso, onde um peso ao ser movimentado ao longo de uma alavanca alterava sua pressão de ajuste. A válvula desenvolvida por Papin conseguia proteger um equipamento, cuja pressão alcançava 8,0 atm! (8,3 kgf/cm²) A válvula de contrapeso devido a sua falta de precisão foi responsável por diversas explosões de caldeiras e vasos de pressão e conseqüentes perdas de vidas. O Código ASME Seção I e Seção VIII não permite que sejam instaladas válvulas de contrapeso em caldeiras e vasos de pressão, respectivamente. Somente a partir de 1869 é que foi inventada a válvula de segurança tipo mola sob carga (mola helicoidal) a partir do projeto de dois americanos, George Richardson e Edward H. Ashcroft. De acordo com os registros da época, sua válvula era muito utilizada na proteção de locomotivas a vapor. Válvulas 93 Histórico do Código ASME O ASME (American Society of Mechanical Engineers) foi organizado em 16 de fevereiro de 1880 como uma Sociedade Técnica e Educacional de Engenheiros Mecânicos. Este código nasceu da necessidade de proteger a segurança do público e fornecer uma uniformidade na fabricação de caldeiras e vasos de pressão. Mesmo com as constantes explosões de caldeiras e vasos de pressão que havia no início do Século XIX, não havia nos EUA um código de projeto de caldeiras.Entre os anos de 1905 e 1911 houve na região de New England nos Estados Unidos, aproximadamente 1700 explosões de caldeiras e que resultou na morte de 1300 pessoas.Sem dúvida uma das mais importantes falhas de caldeiras e que resultou em explosão e,conseqüentemente, morte e ferimento de várias pessoas, ocorreu em 10/03/1905 na fábrica de sapatos Brockton. Esta explosão resultou na morte de 58 pessoas e ferindo gravemente outras 117, acabando com a fábrica. Em função disto o ASME foi chamado para elaborar um código de projeto. Foi esta catástrofe que em 1906 incumbiu o estado de Massachusets de impulsionar a formação de uma junta de 5 membros do ASME para elaborar e escrever Regras para o projeto e construção de Caldeiras. Assim foi formado um Comitê de Caldeiras e Vasos de Pressão e com este surgiu a primeira seção do código ASME para Vasos de Pressão Submetidos a Fogo (Caldeiras). Sua primeira edição foi em 15/12/1914, um livro com 114 páginas. Atualmente são 28 volumes com mais de 16000 páginas, sendo 12 volumes direcionados apenas para caldeiras nucleares. Esta seção do código tornou-se uma exigência obrigatória em todos os estados dos EUA que reconheceram a necessidade por um regulamento. Foi publicada então em 1914 e formalmente adotada na primavera de 1915. Válvula de segurança A válvula de segurança é um dispositivo automático de alívio de pressão, movimentado por mola ou peso, mais adequado para descargas não muito grandes e fluidos poucos corrosivos, e proporciona uma vedação perfeita cessada a sobre-pressão. São largamente utilizadas nas refinarias de petróleo. O termo válvula de segurança é utilizado genericamente, englobando as classificações válvula de segurança, válvula de alívio, válvula de segurança e alívio e válvula de segurança piloto operada. 94 Válvulas 95 As válvulas de segurança são projetadas a fim de garantir a segurança dos equipamentos, com máxima eficiência e menor custo operacional e de manutenção, para tanto a escolha da válvula certa para cada condição de trabalho é fundamental e deve ser feita por pessoal qualificado. As diferenças básicas entre válvulas de segurança e alívio estão na tabela abaixo: Válvulas 96 Características Válvula de segurança Válvula de Alívio Fluido Vapores e gases Líquido Castelo Normalmente aberto Fechado Descarga Sistema aberto Sistema fechado Orifício Padronizado Não padronizado Contrapressão Pequena a isenta Variável Válvulas 97 São dispositivos para gases que têm sido especificamente projetados para dar abertura total com pequenas sobre-pressão. Um bocal é geralmente usado na entrada da válvula. Uma carga estática desenvolvida pelo orifício secundário sobre uma área maior do disco e a energia cinética do gás são utilizadas para superar a força da mola atuando no disco quando este se eleva, resultando uma ação de disparo ou de estalo (“pop action”). Para uso em refinarias de petróleo as molas são usualmente externas ou cobertas com castelos para protegê-las da umidade e outros agentes corrosivos e para se ter uma forma de coletar possíveis vazamentos pela haste ou guias. Válvulas 98 Válvulas 99 Válvulas 100 Operação O principio básico de operação das válvulas de segurança e/ou alívioé que nenhuma força externa é necessária; elas são auto-atuadas, a pressão do processo fornece a força requerida para abrir a válvula. Desta forma o funcionamento das válvulas de segurança e/ou alívio do tipo mola sob carga é baseado no equilíbrio de forças entre a pressão do processo que atua no sentido ascendente (na área efetiva da vedação entre disco e bocal ) e a força descendente exercida pela mola. Contrária a esta força existe a pressão do processo atuando sob a área de vedação do disco e que tende sempre a abrir a válvula, (conforme aparece na figura ao lado): Assim que a pressão de ajuste é alcançada o diferencial de forças que mantém a válvula fechada é anulado. Quando a válvula de segurança é estilo convencional e operando com fluidos compressíveis (gases ou vapores) existem duas forças que atuam sobre o disco de vedação quando ela ainda está fechada: Primeiramente a compressão da mola, podendo ser somada a esta qualquer contrapressão atuando sobre o disco. Estas forças tendem sempre a fechar a válvula. Nas válvulas balanceadas as forças exercidas pela contrapressão são automaticamente anuladas pelo fole. Quando a pressão de ajuste é alcançada e ligeiramente excedida, (conforme aparece na próxima figura), a pressão começa a atuar na área do anel do bocal (câmara B) e as forças que tendem a fechar a válvula ficam elevadas devido ao curso de elevação do disco, aumentando a compressão da mola, e conseqüentemente, a energia armazenada nesta também aumenta proporcionalmente. Nos fluidos compressíveis o curso de elevação do disco ocorre em duas etapas: na primeira etapa esse curso alcança 70% do curso máximo, os 30% restantes são alcançados pela sobrepressão do processo. Válvulas 101 Válvulas 102 Válvulas 103 Possíveis Causas para o Aumento de Pressão Falhas em equipamentos elétricos ou mecânicos Falha no sistema de utilidades Falha de válvula de controle automática (redutora) Abertura de válvula de admissão de alta pressão para um processo de baixa pressão (falha operacional) Falha no fechamento de válvula de retenção Fechamento de válvula de bloqueio na saída de um vaso de pressão (falha operacional) Reações químicas entre fluidos Obs: a válvula só irá fechar quando houver uma correção na causa do aumento de pressão. Válvulas 104 Todas as válvulas de segurança que protegem o corpo da caldeira (balão e superaquecedor) devem ser capazes de aliviar o excesso de pressão desta, de tal forma que a pressão máxima de acúmulo não ultrapasse 6% da PMTA (Pressão Máxima de Trabalho Admissível) com todas as válvulas de segurança totalmente abertas e aliviando. Para isso a soma da capacidade de vazão dessas válvulas deverá ser igual ou superior à capacidade máxima de vaporização da caldeira. A válvula de segurança instalada no superaquecedor deverá sempre ser a primeira a atuar no caso de uma sobrepressão da caldeira, com isso haverá sempre um fluxo contínuo através dos tubos do superaquecedor. A temperatura do vapor saturado entrando nesses tubos apesar de alta será sempre menor que a temperatura do vapor superaquecido, ocorrendo a refrigeração de seus tubos. Válvulas 105 MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO A manutenção criteriosa e sistemática é o ponto principal para o prolongamento da vida útil e bom desempenho da válvula de segurança. As válvulas de alívio e segurança, devem ser retiradas para manutenção e inspeção, a norma ABNT-PNB-284, fixa em pelo menos uma vez ao ano, ou sempre que possível durante uma parada e despressurização da linha ou equipamento. É necessário que cada válvula tenha uma ficha individual de acompanhamento onde deverão ser anotados os dados técnicos da válvula, equipamento protegido, condições de operação e histórico de inspeção. As válvulas de segurança devem possuir um programa de manutenção preventiva, visando garantir o funcionamento adequado das válvulas e a manutenção da proteção esperada, baseada nas características operacionais: - Abertura; - Fechamento; - Curso. Ao retirar as válvulas de segurança do equipamento, deve-se verificar as tubulações de entrada e saída quanto à corrosão ou presença de depósitos e efetuar a limpeza da tubulação. Deve-se tomar cuidado no manuseio da válvula a fim de evitar causar algum dano por queda ou choques. Válvulas 106 As válvulas de segurança e alívio podem ser dos tipos mola sob carga (convencional ou balanceada) e piloto operadas Válvulas convencionais A válvulas convencional é aquela utilizada em vasos de pressão ou tubulações e que podem descarregar diretamente para a atmosfera (conforme esta que aparece na figura ao lado), dependendo do tipo de fluido. Sua pressão de ajuste pode ser alterada pela contrapressão superimposta variável quando o flange de saída é conectado a um coletor que recebe a descarga vinda de outras fontes 107 Válvulas 108 Essas podem ser utilizadas sob condições de contra pressão superimposta constante, desde que tenham o castelo e o capuz totalmente fechados e vedados e que o valor desta contrapressão seja devidamente descontado do valor da pressão de ajuste requerida pelo processo.Esse tipo de válvula é projetado de acordo com os requerimentos do código ASME Seção VIII para aplicações com diferentes tipos de fluidos e diversas opções de materiais e projetos. A válvula convencional pode ser convertida em balanceada apenas pela inclusão de um fole e a respectiva junta de vedação entre este e o corpo, desde que seja do mesmo tamanho de orifício e fabricante. O plug do castelo de uma válvula convencional pode ser retirado, (se houver) quando a descarga é feita diretamente para a atmosfera, com exceção das válvulas que possuem a alavanca aberta Válvulas balanceadas A válvula balanceada, (conforme esta que é mostrada na figura ao lado) possui um fole que cobre a parte superior do suporte do disco e a guia da válvula. A área do disco é igual à área do fole, e é essa equalização de áreas que anula as forças que atuam no sentido axial do suporte do disco, com isto a pressão de ajuste não é afetada pela contrapressão. 109 Válvulas 110 Essa válvula pode ser utilizada em condições de contrapressão variável limitada a 50% da pressão de ajuste ou também para isolar o suporte do disco, guia e toda a parte superior da válvula do fluido de processo ou do fluido da própria contrapressão, podendo ser ele corrosivo ou altamente viscoso. Um fluido muito viscoso atuando no sistema de guia de uma válvula de segurança convencional pode atrasar seu ciclo operacional, aumentando seu diferencial de alívio (Blowdown) e, conseqüentemente, aumentando as perdas do produto durante a descarga.O fole anula ou minimiza os efeitos da contrapressão que atuam sobre o suporte do disco, fazendo com que esses não alterem o valor da pressão de ajuste da válvula. Válvulas 111 A região interna do castelo de uma válvula de segurança balanceada deve atuar na pressão atmosférica para que o fole se retraia e se estenda livremente durante o ciclo operacional desta. Isto é conseguido através do furo de alívio existente no castelo (que obrigatoriamente deve ser mantido aberto) e que também permite monitorar a integridade do fole. Existem também as válvulas de segurança com fole não-balanceado que são utilizadas apenas para isolar a parte superior do castelo de fluidos viscosos ou corrosivos, não anulando os efeitos da contrapressão. Além das válvulas balanceadas com fole, existem também aquelas balanceadas com pistão, utilizadas para condições mais severas. Nessas, a área do pistão é igual a área de vedação do disco, causando assim a neutralização das forças produzidas pela contrapressão. Devido à folga existente entre o diâmetro externo do pistão e o diâmetro interno da guia, um pequeno vazamento pode ser esperado.Existem válvulas que são balanceadas por fole e pistão, nessas o pistão só é exigido após a quebra do fole. Alavanca de acionamento A válvula de segurançaé o mais importante acessório instalado num vaso de pressão ou caldeira em relação a sua proteção, representando a melhor garantia para que a pressão de operação não exceda o valor estabelecido para a PMTA. Sendo que durante a operação normal a válvula raramente é solicitada para atuar, uma boa prática é verificar a liberdade de movimento de seus componentes internos através da atuação manual da alavanca de acionamento para que a válvula possa descarregar uma pequena quantidade de fluido. 112 Válvulas 113 A alavanca de acionamento (conforme esta que aparece na figura ao lado) é um item obrigatório para as válvulas de segurança instaladas em caldeiras. Quando operando em vasos de pressão elas deverão ter alavanca de acionamento manual sempre que o fluido for compressível (gases e vapores) ou no caso de água quente acima de 140°F (60°C). Essa alavanca tem a função de abrir a válvula manualmente quando a pressão do processo estiver abaixo de sua pressão de ajuste; em casos de emergência, se a válvula de segurança não abrir na pressão de ajuste especificada; quando os prazos entre inspeção e manutenção são longos e através do acionamento dela confirmar o livre movimento de seus componentes internos ou até mesmo para expulsar algum material estranho que tenha ficado preso entre as sedes no momento do fechamento da válvula. O acionamento dessa alavanca só deve ser efetuado quando a pressão mínima do processo for de 75% da pressão de ajuste da válvula de segurança. Válvulas 114 Se isto não for obedecido e a alavanca for intencionalmente acionada, e com uma pressão menor atuando sob o disco, a vedação da válvula poderá ser danificada em função do diferencial de forças existente neste momento, entre a força da mola e a força gerada pela pressão do processo (atuando na área interna de vedação do bocal), não ser suficiente para amortecer a força da mola. No caso de líquidos que possam cristalizar em volta da superfície de vedação do bocal, o acionamento periódico da alavanca facilita a limpeza dessa região, para que o acúmulo de produtos naquele ponto não venha a interferir com a capacidade de vazão da válvula, numa eventual operação desta. Na a instalação da válvula de segurança no equipamento a ser protegido, a alavanca deve sempre ficar posicionada de tal forma que fique acessível para ser facilmente acionada numa eventual emergência, isto é, seu acionamento não pode ser limitado por tubulação, parede, estruturas, etc. Válvulas 115 Contrapressão Uma análise do equilíbrio da força exercida pela mola sobre o disco de vedação com a válvula ainda na posição fechada mostra, que a força exercida pela pressão do fluido atuando sob o lado de entrada do disco pode ser balanceada pela força da mola. Porém, se houver pressão atuando no flange de saída (contrapressão) a pressão de ajuste pode ser proporcionalmente elevada. Se a contrapressão varia enquanto a válvula está fechada, a pressão de ajuste pode mudar. Se a contrapressão varia enquanto a válvula está aberta e aliviando, o curso de levantamento do disco e a capacidade de vazão através do bocal da válvula podem ser afetados. Assim, a contrapressão (P2) é a pressão que atua no lado da descarga de uma válvula de segurança e/ou alívio, podendo atuar a favor ou contra a força exercida pela mola antes e/ou durante o processo de alívio. Essa contrapressão pode ser superimposta (constante ou variável) ou desenvolvida. Válvulas 116 Superimposta (constante ou variável) – pressão existente na conexão de descarga antes de ocorrer a abertura da válvula de segurança, proveniente de um sistema de descarga fechado, (coletor, etc). Ela aumenta a pressão de ajuste da válvula proporcionalmente ao seu valor somado ao valor da pressão atmosférica. Válvulas 117 Tipos de válvulas Válvula de Alívio 118 Válvulas de Alívio (Relief valve) Dispositivo automático de alívio de pressão caracterizado por uma abertura progressiva e proporcional ao aumento de pressão acima da pressão de abertura. Usada para fluídos incompressíveis (líquidos). 119 Válvulas 120 As válvulas de alívio são geralmente utilizadas para líquidos. Com o acúmulo da pressão no vaso, a mola é comprimida permitindo o disco elevar. Isto provoca uma área adicional que permite um aumento da vazão do fluido. A gradual elevação do disco com o aumento da pressão é uma característica que distingue as válvulas de alívio das válvulas de segurança, nas quais o disco atinge seu curso máximo com baixa sobre-pressão. As válvulas de alívio para líquidos atingem sua capacidade nominal com 25% de sobre-pressão. Para válvulas de alívio de alto curso, o curso é maior que um quarto do diâmetro do bocal, do que resulta uma área de passagem entre o bocal e o disco maior que a área do bocal. Algumas válvulas de alívio têm o disco com guias inferiores. Este arranjo é satisfatório para fluidos limpos, mas uma vez que as guias estão em contato com o fluido a ser aliviado, alguma corrosão ou depósitos podem causar um engripamento da guia, resultando um aumento de pressão de abertura completa falha de abertura quando requerida. Tipos de Válvulas Válvula de Segurança e Alívio 121 Válvulas 122 (Safety relief valve) Podem operar tanto como válvulas de segurança como válvulas de alívio, dependendo da aplicação. A descarga da válvula pode ser feita para a atmosfera ou para um sistema que mantenha uma contrapressão variável ou constante, superior à pressão atmosférica. Dependendo do efeito da contrapressão no seu funcionamento, as válvulas de segurança e alívio são consideradas como convencionais ou balanceadas Válvulas 123 Válvulas 124 VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO COM LÍQUIDOS A abertura inicial é ocasionada pela pressão do líquido sob o disco que excede a força da mola que mantinha a válvula fechada. As válvulas operando líquido requerente 25% de sobre-pressão para alcançar o curso máximo, devido à ausência de efeitos expansivos. Quando a pressão aumenta acima da pressão de abertura da válvula o disco se eleva da sede, permitindo um aumento de vazão através da válvula. Quando a vazão aumenta, a direção do fluxo é mudada aproximadamente 180º e dirigida de cima para baixo pelo contato inferior do disco. O curso máximo é necessário para que a razão seja controlada apenas pelo orifício do bocal. Conseqüentemente, a válvula de segurança e alívio alivia numa proporção direta a sobre-pressão. Devido às forças reativas envolvidas na mudança da direção do fluxo em 180º, o curso alcançado é ligeiramente maior que a que se obteria pela sobre- pressão somente. Válvulas 125 VÁLVULA DE SEGURANÇA E ALÍVIO OPERANDO COM GASES Quando uma válvula está fechada durante a operação normal, a pressão do vaso atuando contra a área A é resistida pela força da mola. Quando a pressão do vaso aumenta, a pressão da área A tende a se igualar à pressão da mola. Em operação com gás a válvula deve “ferver” (simmer) antes de disparar (pop). Quando a pressão no vaso alcançar cerca de 98 ou 99% da pressão de abertura haverá um pequeno escapamento entre as superfícies de assentamento para o compartimento B. (Este escapamento é audível). Como resultado da restrição no orifício secundário anelar se desenvolverá uma pressão em B. Essa pressão atuante na área B somada à pressão atuante na área do disco proporciona o início da elevação do disco. Com o aumento da pressão e o início da elevação disco surge um escapamento maior que criará uma pressão maior em B e em C. Nesse instante a soma dessas pressões supera a força da mola e a válvula abre um estalo (pop). A pressão neste instante é denominada Pressão de Abertura. A vazão è restringida pela abertura entre a sede do bocal e a sede do disco até que a sede do disco tenha se elevado da sede do bocal de aproximadamente um quarto do diâmetro do bocal. Após o disco ter atingido esse grau de elevação, a razão é restringidamais pela área do bocal que pela área entre as superfícies de assentamento. Esta condição de uso máximo pode ser obtida com 5 ou 10% de sobre-pressão, dependendo do fabricante. Válvulas 126 Válvulas 127 Estando a válvula aberta e a pressão no equipamento descendo, o fechamento só vai ocorrer quando a força da mola sobrepujar as pressões atuando nas áreas do disco e do suporte do disco. A pressão no vaso nesse instante é a Pressão de Fechamento. Como as restrições dos orifícios (anulares) são agora bem menores que no instante de abertura, resulta que PB F > PB A e PC F > PC A e conseqüentemente a pressão de fechamento é menor que a pressão de abertura. Válvulas 128 Válvulas 129 Válvulas 130 A posição do anel de descarga faz variar as restrições dos orifícios anulares secundários. Assim é que em conseqüência as pressões criadas nos compartimentos B e C podem ser variadas. Como as restrições para o anel alto são maiores PB 1 > PB 2 e PC1 > PC 2 . Em conseqüência, P V 1 > P V 2 . Elevando-se o anel de descarga diminui-se a pressão de fechamento, e vice-versa. ANEL ALTO – PRESSÃO DE FECHAMENTO MENOR ANEL BAIXO – PRESSÃO DE FECHAMENTO MAIOR Válvulas 131 VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO CONVENCIONADAS Podem ter o castelo especificado para ser aberto para a atmosfera ou para o lado de descarga da válvula. Usualmente o castelo é aberto para a saída. Válvulas de segurança e alívio convencionais tem sido empregadas onde a descarga é feita através de um curto pedaço de tubo para a atmosfera ou para um sistema receptor (manifold) de baixa pressão que leva a descarga de uma ou mais válvulas até um local remoto. Redução no tamanho para reduzir custos do manifold de alívio pode resultar no acréscimo de sua pressão de operação. Como a contrapressão na descarga da válvula convencional pode afetar sua pressão de abertura e o desempenho em vazão, deve-se fornecer ao fabricante o valor da contrapressão. Válvulas 132 Muitas válvulas convencionais têm os discos com área maior que a área do bocal. O efeito da contrapressão nestas válvulas é mostrado na figura 9. Se o castelo é aberto para a atmosfera, a contrapressão atua no mesmo sentido da pressão do equipamento, ou seja, contrariando a força da mola. Isto faz a pressão de alívio menor do que quando ajustada com pressão atmosférica na saída. Por outro lado, se o castelo é aberto para a descarga da válvula, que está numa pressão maior que a atmosférica, esta contrapressão age no mesmo sentido da força da mola, aumentando, portanto a pressão de abertura. Se a contrapressão é constante, pode ser levada em conta no ajuste de pressão de abertura. Em operações, quando um determinado número de válvulas descarrega num mesmo manifold, a contrapressão não é constante. As válvulas convencionais mostram um desempenho insatisfatório sob contrapressão devido a algumas forças desbalanceadas que afetem a pressão de abertura Válvulas 133 Válvulas 134 VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO BALANCEADAS São aquelas nas quais a contrapressão tem muito pouca influência na pressão de abertura. Estas válvulas são de dois tipos: do tipo com pistão e do tipo com fole, como está mostrado esquematicamente na figura 11. No tipo com pistão, embora existam algumas variações de fabricante para fabricante, a guia é aberta de tal forma que a contrapressão em faces opostas no disco da válvula se cancelam, e a face do topo do pistão, que tem a mesma área que o bocal, esta sujeita à pressão atmosférica por ser o castelo aberto para a atmosfera. Válvulas 135 No tipo com fole a área afetiva do fole é a mesma do bocal e por estar o fole preso ao corpo da válvula, exclui a contra pressão da ação do topo do disco. A área do disco externa ao fole é cancelada pela área do disco externa ao bocal, Assim não existem forças desbalanceadas sob qualquer contrapressão. O fole isola do castelo o fluido de serviço. Para se precaver de um possível furo ou ruptura do fole, o castelo deve ser aberto para um local separado da descarga. Válvulas 136 Válvulas 137 VÁLVULAS DE SEGURANÇA PILOTO OPERADAS As válvulas piloto-operadas são utilizadas para altas pressões e quando se necessita de alta capacidade, porque proporciona uma ampla abertura, possibilitando ótima vedação e custam menos que as válvulas de segurança e alívio de grandes diâmetros. O sistema de controle da válvula é diretamente pela pressão do fluido. A válvula piloto sente a pressão do vaso e atua na válvula principal. Válvulas 138 Válvulas 139 O sistema de controle da válvula é atuado diretamente pela pressão do fluido. A válvula é mantida fechada pela pressão estática atuando contra o pistão, que tem aproximadamente o dobro da área da entrada. Quando a pressão alcança a pressão de abertura, o relé disparador abre instantaneamente. A ação de levantamento fechará o relé diferencial, cortando a alimentação do fluido. A abertura do relé disparador provocará uma rápida exaustão do pequeno volume acima do pistão da válvula principal, para a atmosfera (ou para algum ponto de descarga remoto se for o caso). A válvula principal então abre rapidamente e completamente, devido ao pistão ser impulsionado pela força de pressão de entrando aplicada sobre o seu lado inferior. Sobre-pressão não é requerida para se alcançar o curso máximo até que a pressão do vaso seja reduzida a uma pressão predeterminada. Isto é conseguido porque a área do relé diferencial sendo ligeiramente maior que a do relé disparador, aquele é mantido fechado pela pressão estática do vaso. Válvulas 140 O movimento de abertura da válvula piloto transfere a função de sensibilização do relé disparador para o relé diferencial que comandará a exaustão e o curso da válvula principal. Quando a pressão no vaso for reduzida, e somente então, a força de pressão no relé diferencial é superada pela carga da mola e dispara a abertura do relé diferencial e fechamento do relé disparador. A pressão de entrada é então rapidamente dirigida ao topo do pistão da válvula principal que fecha suave e firmemente. A condição de pressão estática é reaplicada e as forças originais mantêm a válvula fechada e estanque. Válvulas 141 Válvulas 142 CALIBRAÇÃO ENSAIO DE ABERTURA E FECHAMENTO De acordo com o serviço da válvula de segurança, líquido ou gás, teste-a com água ou ar, respectivamente. Os fluidos de ensaio devem estar isentos de óleo e partículas sólidas em suspensão. Podem também usar nitrogênio para testar as válvulas. Para execução dos ensaios é necessária a instalação de um reservatório de acumulação intermediário, de onde se tem o suprimento de ar ou gás. Este reservatório deve possuir um regulador de entrada, uma válvula de bloqueio na saída e um manômetro aferido. Para se determinar a pressão de ajuste, siga os seguintes passos: Válvulas Convencionais (sem fole) Verifique a pressão de abertura da válvula. Verifique a contrapressão que irá atuar na válvula. Válvulas 143 Subtraia a contrapressão constante da pressão de abertura para obter a pressão de ajuste diferencial. Um acréscimo de temperatura causa uma redução na pressão de abertura da válvula como resultado direto do efeito da temperatura na mola e a expansão do corpo e do castelo, que reduz a carga da mola. Assim sendo, corrija o valor obtido no item acima da forma como se segue, para compensar o efeito da temperatura. Válvulas 144 Temperatura da Operação Percentual de acréscimo na pressão de ajuste. Diferencial para obter a Pr de ajuste -29 a 121º C 0 122 a 538º C 3 Válvulas 145 Válvulas balanceadas (com fole) Neste caso a existência de contrapressão não influencia o cálculo uma vez que o fole existe exatamente para compensar a contrapressão. Então a pressão de ajuste diferencial será igual à pressão de abertura. Por isso siga apenas o indicado no itemanterior sobre a correção de temperatura de operação. TOLERÂNCIA DE PRESSÃO DE AJUSTE O ASME fixa as seguintes tolerâncias para a abertura da válvula: Válvulas 146 Pressão de Ajuste Tolerâncias 0 -70 Psig ( 0 – 4,92 Kg mm²) ± 2 Psig Mais que 70 Psig ± 3 Psig Válvulas 147 Diferencial de Alívio (Blowdown): a – Serviço de gás, vapor (Válvulas testadas com ar). De acordo com o ASME padroniza-se um diferencial de alívio de 5%, isto é, a válvula tem que fechar com uma pressão de 5% abaixo da pressão que disparou. b – Serviço com líquido (Válvulas testadas com água). Admite-se que a válvula só fecha completamente até 15% abaixo da pressão que começou a abrir. Válvulas 148 ENSAIO DE VEDAÇÃO O ensaio de vedação determina o grau de estanqueidade da válvula. Após de aplicação de pressão para que a válvula tenha no mínimo 5 descargas intermitentes (“popping”), fixa- se o flange do sistema de borbulhamento e mantém-se a pressão de ajuste. Quando o borbulhamento torna-se constante, inicia-se a contagem das bolhas, que não deve exceder aos valores da tabela abaixo. O medidor de borbulhamento é construído por uma falange com um pequeno orifício onde se conecta um tubo com dimensões de 7,9mm (5/16”) de diâmetro externo e 0,87mm (0,035”) de espessura de parede. o tubo deve ser dobrado em 90º e seu terminal deve estar submerso 12,7mm (1/2”) em reservatório com água. Válvulas Dispositivo para execução do teste de vedação (API 527) 149 Válvulas 150 PMTA – (Pressão Máxima de Trabalho Admissível) Esta é a máxima pressão alcançada no topo de um vaso de pressão num valor de temperatura coincidente. Ela é tratada como pressão estática, portanto, sem alteração no valor de sua temperatura. O valor da PMTA está baseado em cálculos para cada elemento do vaso, utilizando-se espessuras nominais, excluindo-se as espessuras de metal adicional, por motivos de corrosão e cargas distintas da pressão. O valor da PMTA é a base para se determinar a pressão de ajuste da (s) válvula (s) de segurança e/ou alívio. Válvulas 151 Acumulação A pressão máxima de acúmulo ou acumulação é definida como sendo um aumento de pressão acima da PMTA permitido dentro da caldeira (ou vaso de pressão) com as válvulas de segurança abertas e aliviando. É o mesmo que sobrepressão quando a válvula está ajustada acima da PMTA. Sobrepressão Esta é a pressão máxima alcançada pela válvula nas condições de alívio e de acordo com a taxa de fluxo requerida pelo processo. Ela é o mesmo que acumulação quando a válvula de segurança está ajustada num valor igual ou abaixo da PMTA do vaso de pressão ou caldeira Válvulas 152 Programação de Inspeção Todas as válvulas de segurança e/ou alívio devem fazer parte de um programa de inspeção que estabeleça a freqüência de inspeção e informe as datas da última e próxima inspeção, tipo de inspeção efetuada e o responsável pela atualização dos dados. Recomenda-se verificar os seguintes itens, para ser elaborada a programação de inspeção: [Prática Recomendada] a) relatórios das inspeções e testes de recepção anteriores; b) periodicidade de inspeção conforme item 4.2 desta Norma; c) problemas operacionais em campanha (histórico); d) recomendações contidas nas normas e legislação aplicáveis; e) modificações de projeto; f) materiais e equipamentos de inspeção. Válvulas 153 Periodicidade de Inspeção Externa Recomenda-se que a inspeção externa seja efetuada no prazo máximo de 3 anos, ou sempre que se verificar alguma irregularidade que possa interferir na atuação normal da válvula de segurança e/ou alívio. [Prática Recomendada] Após a montagem ou reinstalação da válvula de segurança e/ou alívio deve ser realizada a inspeção externa. Periodicidade de Inspeção Geral As válvulas podem ser classificadas em 4 níveis de criticidade conforme TABELA 1. [Prática Recomendada] Válvulas 154 Classificação de válvulas de segurança e/ou alívio x periodicidade de inspeção interna Nível de criticidade Descrição Prazo máximo de inspeção recomendada A Válvulas que podem sofrer incrustação, colagem, entupimento corrosão agressiva que possam interferir na sua atuação normal ou que necessitem freqüentemente de manutenção corretiva 1 ano B Válvulas sujeitas a reduzido desgaste por parte do fluído 2 anos C Válvulas que mantenham contato com fluídos “limpos”que não apresentam risco de colagem, entupimento ou desgaste dos materiais em contato com o fluído 4 anos D Válvulas em que se comprove através de confiável histórico de recepção e manutenção que podem atender em um prazo maior que o indicado para o nível de criticidade C 6 anos Válvulas 155 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO TESTE DE RECEPÇÃO Verifique se a válvula está lacrada. Faça a limpeza com ar, mas não desregule nem abra o seu corpo antes ou durante o primeiro teste, que deverá ser executado na presença do inspetor de equipamentos. Anote sempre a pressão em que a válvula abre. Se a válvula vaza sem abrir ou vaza antes de abrir anote a pressão na qual isso acontece. No caso da válvula se apresenta muito suja, é dispensado o teste de recepção, podendo a válvula ser aberta para inspeção. Caso a válvula, ao ser testada na recepção, apresente perfeita abertura e fechamento nas pressões intocadas, o Setor de Inspeção de Equipamentos poderá dispensar a desmontagem, desde que esteja perfeitamente limpa e sem indícios de corrosão. Neste caso, deverá ser retestada na presença do inspetor de equipamento. Válvulas 156 Roteiro de Inspeção Inspeção de Recebimento (Válvulas Novas) A inspeção de recebimento de válvulas novas compreende a verificação das condições físicas externas e a realização do teste de recepção, conforme descrito abaixo: a) verificar visualmente a válvula, para se certificar da inexistência de depósitos nas conexões, depósitos ou obstruções internas; b) verificar a existência de danos físicos que caracterizam uma possível queda ou golpe recebido e que possam eventualmente vir a causar problemas no desempenho da válvula; c) verificar se a válvula está devidamente lacrada ou se o(s) lacre(s) apresenta(m)-se danificado(s); Notas: 1) O material do lacre deve ser compatível com as condições de operação e tempo de campanha. 2) Deve existir lacre no capuz, nos parafusos de ajuste de diferencial de alívio, quando existentes, e em outras partes que assegurem a inviolabilidade da válvula. d) verificar se os dados da plaqueta de identificação da válvula estão corretos, legíveis e conferem com o pedido de compra; e) o teste de recepção deve ser acompanhado, registrando a pressão de ajuste e vedação, verificando a estanqueidade da sede, fole e juntas quando houver; para válvulas de alívio e piloto operadas, anotar a pressão de fechamento Válvulas 157 Inspeção Externa (em Operação) a) inspecionar visualmente a válvula e as tubulações conectadas a válvula; verificando o estado físico da válvula e seus componentes quanto a corrosão e pintura; b) verificar a existência de sinais de vazamentos nos seguintes pontos: conexões de entrada e saída e junta do castelo e corpo; c) verificar o estado e dados da placa de identificação e o lacre; d) no caso da existência de indicador de pressão verificar se houve rompimento do disco de ruptura; e) verificar se a válvula de segurança e/ou alívio está submetida a vibrações que possam prejudicar seu funcionamento; f) verificar se existem travas, raquetes ou quaisquer obstruções nas tubulações a jusante e montante da válvula; g) verificar se eventuais válvulas de bloqueio estão travadas na posição aberta e que os dispositivos contra bloqueio inadvertido estão íntegros; h) verificar se as alavancas (caso existentes) estão em condições de atuar; i) verificar as condições de instalação e de acesso das válvulas de segurança e/ou alívio; j) verificar se o orifício de ventilação do castelo se encontra desobstruído,nas válvulas de segurança e/ou alívio balanceadas; k) verificar se os dados da placa de calibração estão consistentes com os dados do último relatório de inspeção; l) verificar se a válvula está instalada no local apropriado e se os dados da válvula conferem com o cadastro. Válvulas 158 Inspeção de Recebimento (Válvulas em Operação) a) seguir os procedimentos descritos nas alíneas a), b), c) e e) do item 5.1.1; b) verificar a evidência de abertura; c) caso necessário, efetuar limpeza externa na válvula conforme recomendação do responsável pela inspeção; d) verificar se o número de identificação está estampado na válvula e se a plaqueta de identificação está legível; e) efetuar o teste de recepção para verificar o desempenho da válvula de segurança e/ou alívio. Notas: 1) O teste de recepção deve ser interrompido quando as válvulas que trabalham com fluidos compressíveis não abrirem a uma pressão de até 1,2 vez a pressão de ajuste. 2) Para válvulas que trabalham com fluidos incompressíveis, o teste de recepção deve ser interrompido quando não abrirem a uma pressão de até 1,5 vez a pressão de ajuste. 3) O teste de recepção só deve ser dispensado quando houver condições excepcionais, tais como: incêndio, molas quebradas, obstrução total do bocal, situações em que ficar constatado que o teste não tem razão de ser executado. A decisão de não executar o teste de recepção deve ser tomada pelo responsável pela inspeção. Válvulas 159 Inspeção Geral a) seguir os procedimentos descritos no item 5.1.3; b) verificar se as alavancas (caso existentes) estão em condições de atuar; c) verificar se o orifício de ventilação do castelo se encontra desobstruído, nas válvulas de segurança e/ou alívio balanceadas; d) verificar após a desmontagem da válvula, o estado físico dos seguintes itens: corpo, castelo e capuz: quanto à corrosão e outras avarias; bocal, disco e anéis de ajuste: quanto à geometria, avarias nas sedes, amassamentos e trincas; superfícies de acoplamento (rosca, sulco para anel RTJ, estrias concêntricas): quanto à deformações, trincas, incrustações e empenos; roscas e superfícies de centralização: quanto à deformações e incrustações; superfícies de guia: quanto à liberdade de movimento axial, acabamento e danos, que possam prejudicar suas funções de centralização; haste: quanto a empeno, corrosão e deformações; suportes de mola: quanto à corrosão, deformação e tolerâncias dimensionais; fole (quando aplicável): quanto à deformação, trincas e corrosão; travas dos anéis: deve, depois de apertado contra o corpo da válvula, impedir o deslocamento do anel, sem contudo, forçar o anel radialmente; Válvulas 160 e) verificar as condições físicas da mola quanto aos seguintes itens: - presença de corrosão; - presença de trincas; - observar irregularidades geométricas apreciáveis no passo, no diâmetro das espiras, na conformação das cabeças; f) verificar se os anéis de ajuste estão colocados nas posições de disparo recomendadas pelo fabricante; g) recomenda-se realizar teste no fole conforme item 7.2; [Prática Recomendada] h) acompanhar os testes finais observando a pressão de abertura, a estanqueidade da sede, fole e juntas e a pressão de fechamento (válvula piloto-operada); o teste de vedação deve ser executado conforme o item 7.1; i) verificar a existência de selo, proteção e “plug” do castelo (no caso de válvula de segurança e/ou alívio não balanceada); j) verificar as condições das tubulações de descarga da válvula de segurança e/ou alívio; k) verificar se as tubulações e filtros das válvulas piloto-operadas estão obstruídas. Válvulas 161 LACRAÇÃO Após a válvula ter sido testada na oficina, e considerada adequada para operações, a mesma deverá ser lacrada. Esse lacre servirá como garantia de que as válvulas não foram mexidas durante a operação. TRANSPORTE A vedação é feita por superfícies metálicas polidas, que poderão ser prejudicadas, pela vibração que ocorre no transporte de um lugar para o outro. Assim sendo, recomenda-se que as válvulas, após serem testadas e consideradas em boas condições, sejam transportadas para a unidade na posição vertical. Cuidados especiais devem ser tomados para que não haja tombamento da mesma, pois além de imperfeições na sede, poderá haver desalinhamento das partes internas. Válvulas 162 Nota 1) Em válvulas de segurança e/ou alívio operando em serviço caracterizado com H2S, é recomendado efetuar ensaio de líquido penetrante ou partículas magnéticas no corpo e castelo, conforme a normas PETROBRAS N-1596 ou N-1598, respectivamente. [Prática Recomendada] 2) Válvulas piloto-operadas devem ser removidas e testadas completamente por ocasião da inspeção interna. 3) Recomenda-se efetuar o teste da mola conforme prescrito no item [Prática Recomendada] Tipos de Válvulas Válvula Globo 163 Válvulas 164 Válvulas 165 São destinadas a controlar o fluxo de um produto qualquer em uma tubulação por permitir várias posições de regulagem Pela sua configuração, com o fluido que escoa da parte inferior para a superior do obturador (“tampão”), a válvula globo impõe significativa mudança na direção desse escoamento, tendo-se como conseqüência a ocorrência de grande perda de carga. Fechadas, tais válvulas permitem vedações estanques. Além disso, os seus internos podem ser de materiais de alto ponto de fusão (acima de 1.100ºC), caracterizando-as como válvulas de segurança contra incêndio. Em válvulas menores, aplicadas em serviços que não exijam essa característica, alguns internos podem ser de neoprene, borracha ou de outros materiais de baixo ponto de fusão. Algumas válvulas globo possuem características especiais, como as válvulas angulares (angle valves), as válvulas em “Y” e as válvulas agulha (needle valves) Válvulas válvulas angulares Apresentam os bocais de entrada e saída de produto dispostos a 90º, arranjo que confere perda de carga menor que as válvulas globo. Entretanto, sua utilização é limitada em função de restrições ao seu posicionamento nas tubulações. Dependendo desse posicionamento, particularmente em linhas que operam em alta temperatura, esforços excessivos, gerados por efeito da dilatação, atuam sobre o corpo dessas válvulas, podendo, em determinadas situações, provocar a ruptura. 166 Válvulas válvula agulha Apresentam um tampão o qual,deslocado por ação do volante, libera passagem pequena para o fluido, permitindo ajustes finos de vazão. São utilizadas com freqüência em linhas de sistemas de lubrificação de equipamentos dinâmicos por permitirem regulagens adequadas da pressão 167 Válvulas Válvulas em “Y” Apresentam como diferença, comparativamente à válvula globo tradicional, o posicionamento da sede, o qual é definido segundo um ângulo de 45º em relação à linha de centro da tubulação. Essa construção reduz a perda de carga através da válvula, minimizando o problema existente nas válvulas globo tradicionais. São utilizadas mais intensamente em linhas de vapor nas atividades de bloqueio e regulagem de fluxo 168 Válvulas Válvula sede dupla É fabricada normalmente em diâmetros de 3/4” a 14”, e com conexões das extremidades rosqueadas (até 2”), flangeadas ou soldadas, nas classes 150, 300, 600, 900 e 1500 lbs. A principal vantagem da válvula sede dupla é o fato dela ser estaticamente quase estável sem necessitar, portanto, de uma força de atuação tão grande quanto a válvula sede simples. 169 Válvulas 170 Como desvantagem, as válvulas sede dupla, apresentam um vazamento, quando totalmente fechadas de no máximo 0,5% da sua máxima capacidade de vazão. Conforme a especificação normativa da ANSI B16.104, a válvula globo sede dupla de construção “standard", possui um índice de vazamento Classe II. Existem possibilidades técnicas de construir um obturador sede dupla especialmente para alta estanqueidade utilizando-se do
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