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CASSANDRA OLIVEIRA DE CASTRO O IMPACTO DO SRT NA VIDA DE PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS O Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de Projeto de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. Maria Judite Ludwig- Orientador PORTO ALEGRE 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA 6 2.1 AS RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS 9 3 CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS COMO PROBLEMATIZAÇÃO NA SAÚDE MENTAL 11 4 RESIDENCIAL TERAPÊUTICO SUL CENTRO SUL (SRT SCS) 15 4.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PÚBLICO ALVO 15 4.2 PROJETO DE INTERVENÇÃO E O SERVIÇO SOCIAL NA INSTITUIÇÃO 16 4.3 ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO RESIDENCIAL TERAPÊUTICO 17 5 OBJETIVOS DA PESQUISA 19 5.1 OBJETIVO GERAL 19 5.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS 19 6 METODOLOGIA DE PESQUISA 20 6.1 METODOLOGIA E CONSTRUÇÃO DA MONOGRAFIA 20 REFERÊNCIA 21 APÊNDICES 22 ANEXOS 23 4 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por finalidade abordar a prática do projeto de intervenção realizado durante o estágio curricular em Serviço Social na instituição condescendente Serviço Residencial Terapêutico Sul Centro Sul, apresentando questões relacionadas à capacitação e reflexão do trabalho desenvolvido na saúde mental. Visto que o Serviço Social realiza o acompanhamento e promoção dos direitos dos moradores, busca através das suas competências mediar e intervir nas demandas apresentadas pelos demais profissionais na perspectiva de educação em saúde. O trabalho de conclusão tem como objetivo geral “Promover ações socioeducativas de democratização das informações entre os profissionais do Serviço Residencial Terapêutico - Sul, através da abordagem coletiva integrando a educação em saúde, orientações e reflexões acerca do atendimento realizado à pessoa portadora de transtornos mentais”, e através destes foram traçados os pontos principais para a construção desta monografia. Contextualizando a Reforma Psiquiátrica como impulsadora no processo de transformações nas ações e medidas profissionais no atendimento prestado à população com diagnóstico de transtornos mentais, a luta travada por trabalhadores da área e movimentos inicia-se a proposta de medidas para o atendimento em zonas centrais e comunitárias, criando os Serviços Residenciais Terapêuticos como precursores das transformações no tratamento dos cidadãos. A questão social do trabalho de conclusão de curso tem como expressões a fragilidade no desenvolvimento profissional, que por vezes sem encalço retoma ações de cunho conservador e marginalizadora, ações e medidas que foram rompidas através da Reforma Psiquiátrica e luta antimanicomial. Apresentando a ausência de capacitações para o profissional de saúde mental como medida precursora do atual cenário no Residencial Terapêutico Sul Centro Sul, na promoção de mudanças concretas na política. O trabalho retoma apresentando o campo de estágio, as principais características observadas e apresentadas pela equipe atuante no Residencial Terapêutico, suas fragilidades e dificuldade no atendimento dos moradores. Apresentando desta forma o projeto de intervenção como uma necessidade exposta pelos próprios profissionais que atendem como linha de frente os moradores do Residencial Terapêutico. No tópico seguinte são apresentados os objetivos específicos, seguindo com a metodologia de problematização, natureza documental e explicativa para a construção deste trabalho. 5 Concluindo com o embasamento teórico articulado a vivência que possibilitou o desenvolvimento e criação deste. 6 2 REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA A Reforma Psiquiátrica Brasileira surge dos questionamentos em relação ao modelo de assistência da época, juntamente com a Reforma Sanitária, nas décadas de 1970 se intensificando na década de 1980. A criação do Movimento de Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), valorizando a pessoa, seus direitos e liberdade teve como impasse o modelo centrado em hospital psiquiátrico. O movimento questiona a qualidade do cuidado prestado dentro dos manicômios e busca alternativas para superação desse modelo de assistência. A defesa de um novo modelo de atenção em saúde mental foi protagonizada por diversos sujeitos: movimentos de usuários/as e familiares, trabalhadores/as, comunidade científica, movimentos sociais e representantes de entidades de defesa da saúde e dos direitos humanos. Todos esses comprometidos com uma ampla e necessária Reforma Psiquiátrica. (CFESS, 2019, p.1) O movimento protagonizou a luta contra o modelo psiquiátrico que estigmatizam e segregam usuários e suas famílias, através das denúncias de violência dos manicômios, do reconhecimento da mercantilização pela rede privada, e pela construção coletiva da crítica ao saber psiquiátrico e ao modelo hospitalocêntrico na assistência às pessoas com transtornos mentais. A adoção da experiência da Psiquiatria Democrática Italiana como referência teórico - prática de Franco Basaglia1 intensificou as mudanças do modelo psiquiátrico no país e provocou a busca pela inclusão dos princípios do SUS na Psiquiatria. Sua crítica radical ao manicômio revela a possibilidade de ruptura com os paradigmas que rompiam com a dignidade das pessoas com transtornos mentais. No Brasil, após a reforma psiquiátrica podemos analisar por meio da crítica à organização de instituições como o Hospital Colônia de Barbacena no Estado de Minas Gerais, entre os anos de 1930 e 1980, onde os sujeitos vivenciaram um processo de anulação, mascarado sob a forma legitimada de tratamento psiquiátrico. Um local para a "escória da humanidade”, que nos anos envoltos a ditadura militar foi palco de atrocidades e descasos. Cerca de 70%, não tinha diagnóstico de doença mental. Eram epiléticos, alcoolistas, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelavam, gente que se tornava incômoda para alguém com maior poder. [...] Os pacientes da Colônia morriam de frio, de fome, de doença. Morriam também de choque. [...]a sobrecarga derrubava a rede do município. No período de maior lotação, dezesseis pessoas morriam a cada dia. 1 Médico e psiquiatra, precursor do movimento de reforma psiquiátrica italiano conhecido como Psiquiatria Democrática. 7 Morriam de tudo - e também de invisibilidade . Ao morrer, davam lucro. (ARBEX, 2013, p. 12-13) Essa era a realidade das pessoas com questões de saúde mental. O Manicômio de Barbacena, como ficou conhecido, apresenta de forma concreta a desumanização no íntimo das relações políticas e práticas. A experiência italiana de desinstitucionalização em psiquiatria e sua crítica radical ao manicômio é inspiradora, e revela a possibilidade de ruptura com os antigos paradigmas, como vistos no Hospital Colônia de Barbacena, contudo ainda temos mais um exemplo: como: a Colônia Juliano Moreira, que marcou o isolamento do paciente psiquiátrico, a anulação de sua autonomia. Os hospitais-colônia configuraram um modelo assistencial adotado pelo Estado Brasileiro no início do séc. XX, para tratamento e custódia de doentes mentais, como uma alternativa mais moderna ao modelo clássico do hospício do séc. XIX. A idéia central, que norteava o modelo assistencial do Hospital-Colônia, era a de manter os doentes mentais distantes dos centros urbanos, onde sua presença era incômoda, isolando-os[...] (IBID, p. 4-5 apud PIMENTA, 2014, p. 4) Contudo, a partir das diferentes transformações que surgiram na história da Colônia Juliano Moreira surgiram as primeiras propostas e ações para reorganizar a assistência terapêutica. O II Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental - MTSM, em 1987, no estado de São Paulo, adotando o lema “Por uma sociedade sem manicômios”, pensando na ação antimanicomial, que vinha marcando o histórico do paciente com transtorno mental como: "escória da sociedade”, indivíduos que deveriam permanecer distantes dos centros urbanos e sobre controle. Nestemesmo ano, é realizada a I Conferência Nacional de Saúde Mental no Rio de Janeiro. Em todo o processo de reforma antimanicomial, ou reforma psiquiátrica, é fixada a Constituição Federal Brasileira de 1988, ampliando os direitos à cidadania. No ano seguinte, de 1989, foi apresentado ao Congresso Nacional o Projeto de Lei n. 3.657/89 – Lei da Saúde Mental, que propõe a regulamentação dos direitos da pessoa com transtornos mentais e a extinção progressiva dos manicômios no país. Neste congresso é realizada a construção da Declaração de Caracas, documento que marca a reforma na saúde mental nas Américas. Que as Organizações, associações e demais participantes desta Conferência se comprometam acordada e solidariamente a assegurar e desenvolver nos países programas que promovam a reestruturação, assim como se comprometam pela 8 promoção e defesa dos direitos humanos dos pacientes mentais de acordo com as legislações nacionais e com os respectivos compromissos internacionais. (BRASIL, 1990, p. 2) Com todo o processo antimanicomial começaram a surgir novas perspectivas de olhares, entre eles a preocupação em relação à alta das pessoas internadas durante anos em clínicas e hospitais psiquiátricos com cunho “manicomial”, a busca pela rede de apoio, moradia adequada e dignidade do sujeito e seus familiares promoveu ideias de mudanças e transformações. Através desse olhar macro para a situação de pessoas com transtornos mentais, na II Conferência Nacional de Saúde Mental de 1992 foi pensado na criação de ambientes de moradia para aqueles que não tinham suporte familiar, gerando subsídios para a elaboração da Portaria n.º 106/2000, do Ministério da Saúde, que introduz os SRTs no âmbito do SUS. No congresso foi criado “Movimento da Luta Antimanicomial, e instituído o dia 18 de maio como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, visando articular, em torno dessa causa, parcelas mais amplas da sociedade” (RIBEIRO, 2004, p. 95). Com a reforma psiquiátrica foram criados serviços substitutivos ao modelo hospitalocêntrico, espaços esses para a desinstitucionalização, como por exemplo: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços de Residenciais Terapêuticos, oficinas de geração de renda e os centros de convivência. O objetivo maior passa a ser substituir uma saúde mental centrada no hospital por outra, sustentada em dispositivos diversificados, abertos e de natureza comunitária e territorial, rompendo-se definitivamente com o modelo sanitarista. É nesse momento de intensos debates que começam a se criar serviços de saúde mental que tenham a capacidade de serem substitutivos à internação psiquiátrica, entre eles os CAPS. (RIBEIRO, 2004, p. 95) Seguindo a linha de pensamento do autor conseguimos identificar os Centros de Atenção Psicossocial como serviços de atenção à saúde mental de forma aberta em espaços urbanos, desmistificando a forma como a história representava os cidadãos com diagnóstico mental, o isolamento não faz mais parte dos atendimentos, a exclusão da população é anulada do caráter de cuidados e damos início a novos instrumentos de intervenção e tratamentos diariamente na vida do sujeito. Outro serviço são os residenciais terapêuticos, que surgem na perspectiva de residenciais não “precisamente serviços de saúde, mas espaços de morar, de viver, articulados à rede de atenção psicossocial de cada município” (BRASIL, 2004, p. 7). Todo processo histórico antimanicomial é pautado na desconstrução da visão histórica de marginalizar a pessoa diagnosticada com transtorno mental. A luta iniciou junto a Reforma 9 Sanitária ganhando força nas décadas seguintes, reconhecendo princípios de igualdade, respeito e dignidade à vida humana. 2.1 OS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS O Serviço Residencial terapêutico, ou “moradia”, são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas com transtornos mentais graves, institucionalizadas ou não. Sendo assim, o Residencial Terapêutico é uma estratégia para desospitalização e extinção de Hospitais Psiquiátricos, que devido aos muitos anos de institucionalização perderam os vínculos familiares e sociais, sendo necessário buscar acompanhamento junto às equipes interdisciplinar no processo de reabilitação psicossocial (CAPS) e resgatar com seus moradores autonomia e emancipação, fortalecendo diariamente sua cidadania e identidade nas atividades diárias. Os residenciais terapêuticos podem atender um número máximo de até dez pessoas, que deverão contar sempre com suporte das equipes capacitadas para atender às demandas e necessidades de cada um deles, de acordo com a Portaria n.º 106/GM/MS de 11 de Fevereiro de 2000. Seguindo esta premissa a residência terapêutica se constitui como dispositivo no processo de desinstitucionalização das pessoas acometidas de transtorno mental com o intuito de promover a construção da inserção na comunidade, as residências se constituem como espaço de habitação e de reconstrução de laços sociais e afetivos para as pessoas que se encontram confinadas nos hospitais psiquiátricos. No ambiente residencial não são mais considerados pacientes e sim moradores. (CAVALCANTI, 2005, p.32) Com características de moradia, os residenciais visam atender as necessidades sociais e à inserção social da população com transtornos mentais na sociedade, com vida digna. Através de um modelo assistencial que substitui a lógica hospitalocêntrica de internação de longa permanência, onde antes eram pacientes, passam a se tornar moradores, com cuidados contínuos aos quais o residencial terapêutico deverá estar integrado à rede e fluxos dos serviços do Sistema Único de Saúde como estratégia, devendo manter-se ligado a rede de serviços do território para garantir os direitos básicos e sociais para eficácia. Os SRTs ‘visam os processos de autonomia, de construção de direitos, de cidadania e de novas possibilidades de vida para todos’ e devem garantir o acesso, o acolhimento, a responsabilização e a produção de novas formas de cuidado do sofrimento. Sendo assim, configuram uma modalidade de serviço que pode ser 10 considerada avançada no sentido da desconstrução da loucura como signo de aprisionamento, periculosidade e isolamento, pois aposta na convivência urbana dos ‘loucos’ como cidadãos e busca concretizar a efetiva substituição dos manicômios e a liberdade de ex-internos de circular pela cidade. (AMORIM e DIMENSTEIN, 2014, p.196) Os Residenciais Terapêuticos se constituem como serviços substitutivos, atendendo no formato de moradia às pessoas com transtornos mentais. A realidade ofertada nos residenciais terapêuticos busca romper com as características manicomial muito marcada na luta histórica da política de saúde mental. Os residenciais terapêuticos visibilizam a identidade e cidadania dos moradores, tornando possível a convivência com o outro, e com a sociedade. As relações desenvolvidas neste espaço tem configurações diversas e o cuidado prioriza a liberdade, onde o passado reprimia o cidadão por meio da percepção de insanidade, anulação de direito e de liberdade de circulação, a contemporaneidade trabalha a relação de acesso aos direitos e desenvolvimento de uma vida digna e saudável a todos. 11 3 CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS COMO PROBLEMATIZAÇÃO NA SAÚDE MENTAL A história da saúde mental é marcada por diversos momentos, reconhecemos que a existência do primeiro "hospício" no Brasil, inaugurou-se no ano de 1852, no estado do Rio de Janeiro. Os métodos de cuidado, podemos chamar atualmente como primitivos, tinha como objeto central à doença e não a pessoa em si, anulando a cidadania e autonomia do indivíduo. Os tratamentos eram realizados com “recursos que iam desde a internação, técnicas de hidroterapia, administração excessiva de medicamentos, até aplicação de estímulos elétricos ou o uso de procedimentos cirúrgicos” (GUIMARÃES et al, 2013, p. 362). Tradicionalmente esses tratamentos ocorriam por falta de conhecimento eembasamento em relação a ampla política que a saúde mental iria vir a ser futuramente. Com valores culturais que marginalizam e inferiorizam os indivíduos que apresentam diferenças do que a sociedade estabelece como o “normal”, os “diferentes” são jogados à borda da sociedade. Culturalmente a sociedade tende a excluir e isolar tudo o que foge do seu padrão pré estabelecido, nessa linha de pensamento, “[...]ao longo dos anos, a assistência psiquiátrica esteve atrelada ao tratamento restrito ao interior dos grandes hospícios, com internação prolongada e manutenção da segregação do portador de transtorno mental do espaço familiar e social” (GUIMARÃES et al, 2013, p. 362). É essencial refletir que nas décadas anteriores a Reforma Psiquiátrica, e a própria Constituição Federal brasileira de 1988 toda a população sem poder aquisitivo sofria com as diversas desigualdades, porém o portador de transtornos mentais sofria não somente pelo descaso da sociedade, mas com profissionais sem capacitação, sem formação adequada para o cuidado e grande parte eram religiosos. A evolução da medicina junto a Reforma Psiquiátrica e a Luta Antimanicomial foram marcos para o rompimentos das metodologias ancestrais de anulação e perversidades nos tratamentos restritos no interior dos hospícios. As críticas ao saber psiquiátrico, e reconhecimento do próprio profissional da saúde mental foram essenciais para a construção da Reforma Psiquiátrica. O Movimento de Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM) compõe a trajetória da reforma psiquiátrica, através das acusações direcionadas ao sistema dos hospitais psiquiátricos brasileiros, apontando situações de descaso, maus tratos, torturas, entre outras ações que rompiam com os direitos humanos das pessoas. A contemporaneidade traz diversos desafios profissionais, e um deles está no desenvolvimento de um trabalho multiprofissional e a ação de educação em saúde. Com o 12 histórico da luta antimanicomial, no reconhecimento do sujeito e não restringindo apenas a sua doença, se cria um espaço vasto de intervenções para o Assistente Social. Ainda nos tempos atuais, diversos serviços conservam a doença como objeto central, e não o cidadão. Apesar do movimento de mudanças e transformações sociais, parte da sociedade ainda marginaliza os aspectos dos transtornos mentais, essa ação é bastante antiquada para as definições dispostas pela Política de Saúde Mental. A Legislação em Saúde Mental dispõe em relação a Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001: Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo. Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades; II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando a alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas; V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. (BRASIL, 2002, p. 15) A lei traz a importância da humanização no atendimento, durante décadas o portador de transtornos mentais foi ignorado pela sociedade sendo objeto de ações desumanas, apesar da descrição de diferentes pontos abordados ainda há necessidade de realizar ações socioeducativas para democratização e reflexão do processo histórico da saúde mental para capacitar os atendimentos ofertados nos Serviços Residenciais Terapêuticos. Compreende-se da perspectiva que nem todo profissional é contemplado com o estudo da trajetória da saúde mental, contudo, os profissionais de saúde geralmente estudam os princípios e diretrizes do SUS, que evidenciam os aspectos que todo profissional da saúde deveria ordenar o seu trabalho. As limitações no conhecimento criam um arcabouço para a retomada de "técnicas" de trabalho primitivas, essa questão está frequentemente interligada às ações desenvolvidas por profissionais sem qualificação profissional na saúde mental, na grade curricular, ou em capacitações, deixando de desenvolver um trabalho humanizado, de promoção e redução de danos com os pacientes dos serviços residenciais terapêuticos. A partir do exposto, identifica-se que cada um desses profissionais, em decorrência de sua formação, tem competências e habilidades distintas para desempenhar suas ações. [...]O profissional de Serviço Social pode ser um interlocutor entre os 13 usuários e a equipe de saúde com relação aos determinantes sociais, visto que o respeito pela diversidade é um princípio que deve fundamentar tanto a sua formação como o seu trabalho profissional. (CFESS, 2013, p. 48-49) A educação em saúde provoca situações complexas no ambiente de troca, os desafios profissionais são bastante subjetivos, e a forma que um profissional vê o outro, e a forma de propor uma mudança no processo de trabalho pode ser compreendida como uma interferência. Os profissionais da saúde mental que não buscam capacitações podem correr o risco de cair no conservadorismo cultural da imagem marginalizada do portador de transtornos mentais. Alguns profissionais apostam em uma proposta de trabalho mais rígida, com pouca ou, nula tentativa de vincular ao cidadão ao qual presta trabalho, afastando a oportunidade de desenvolver novas habilidades em conjunto com o próprio cidadão. Outros, apostam em ações flexíveis, com fortalecimento de vínculos, contudo há uma linha tênue entre flexibilidade e particularidades pessoais. O trabalho humanizado não deve ser confundido com o compartilhar de aspectos pessoais do profissional, passar essa linha tênue pode atrapalhar o objetivo do Residencial Terapêutico que tem como perspectiva trabalhar e aprimorar a autonomia e emancipação dos moradores. Desenvolver ações profissional humanizada não está ligado à normalizar e contribuir com o senso comum de: coitadinho, malandro, preguiçoso, louco, entre outras formas de vitimizar ou violentar o cidadão. Compreende-se que todo ser humano é passível de erros, assim como qualquer profissional está no seu direito de errar ao desenvolver vínculos a ponto de expor sua vida pessoal, ou de não procurar desenvolver e se ausenta diante da oportunidade de desenvolver novas habilidades, questionar o sujeito em relação a seus interesses e flashback do seu trabalho profissional. [...]Um dos maiores desafios que o Assistente Social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas capazes de preservar e efetivar direitos, a partir das demandas emergentes do cotidiano. Enfim, ser profissional propositivo e não somente executivo. (IAMAMOTO, 2005, p. 20) 14 Sendo assim, mediante a condutas equivocadas é que foi observado a necessidade de capacitar os cuidadores para que sejam capazes de despir-se de preconceitos e buscar ter um olhar claro e amplo com possibilidades de desenvolvimento dos moradores, entendendo que pode se causar danos maiores como por exemplo o retrocesso e não a evolução destas pessoas com transtornos mentais sendo o trabalho do cuidador em saúde importante no projeto causando impactos onde deverão saber dosar sempre o quanto de cuidado deve ser ofertado durante o tempo para ajudar no processo de autonomia desse morador. 15 4 RESIDENCIAL TERAPÊUTICO SUL CENTRO SUL O Instituto Renascer/Serviço Residencial Terapêutico Sul Centro Sul, foi inaugurado no dia 04 de Março,no ano de 2020, onde acolhe moradores encaminhados através de articulação com a rede de atendimento do Município, como: Fundação de Assistência Social e Cidadania - FASC, Centro de Atenção Psicossocial - CAPS, Ação Rua, hospitais psiquiátricos dentre outros, ao perceber a demanda acionam a Secretaria da Saúde do Município de Porto Alegre onde através de estudo de casos e análise de critérios pela equipe técnica entra em contato com a coordenação dos Residenciais para saber da existência de vagas para o ingresso de um novo morador ou mais de um para o residencial, logo após a coordenação entre em contato com a equipe do serviço em que o morador está vinculado para o estudo de caso e marcar a visita para o futuro morador conhecer o residencial terapêutico e garantir seus direitos básicos e dignidade de vida, com reabilitação e a inserção a comunidade sendo trabalhado o autocuidado e autoestima no dia a dia. 4.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PÚBLICO ALVO Os profissionais que compõem e atuam nas equipes do Residencial Terapêutico possuem diversas questões referentes às formas de cuidado e interação com os moradores. Para ingressar no quadro de profissionais da instituição não é exigido nenhuma capacitação ou grau técnico com relação à política de saúde mental. Dessa forma, grande parte dos profissionais não se sentem aptos para enfrentar situações elencadas em momentos de crises, onde por vezes não conseguem separar o profissional do pessoal prejudicando o seu desempenho no trabalho. O trabalho na política de saúde mental é bastante complexo e nem sempre os profissionais por mais que capacitados e profissionalizados conseguem interagir com o indivíduo e a doença. Os profissionais do Serviço Residencial Terapêutico Sul Centro Sul relatam a necessidade de capacitações que os preparem e direcionam os seus atendimentos para que não caiam na “mesmice” de não reconhecer o sujeito, mas sim sua doença, ou reconhecer a doença e não saber lidar com base no respeito e cuidado aos direitos desse. Para que práticas adotadas no passado, não se repitam pelo desconhecimento em tempos de reformulação da assistência nesta área do conhecimento, faz-se necessário manter o registro de tais práticas por meio das memórias. [...]Não existiam trocas sociais entre trabalhadores de saúde e os internos, como comunicação, afetividade e 16 acolhimento,6 os portadores de transtorno mental não recebiam tratamento digno, muitas vezes eram tratados com violência e, por não serem estimulados, suas potencialidades eram reduzidas até se tornarem incapazes de regressar ao convívio social.(GUIMARÃES et al, 2013, p. 362) 4.2 PROJETO DE INTERVENÇÃO E O SERVIÇO SOCIAL NA INSTITUIÇÃO O projeto de intervenção tem como princípio o interesse em contribuir com a formação e preparo dos profissionais cuidadores, que lidam cotidianamente com situações complexas no residencial terapêutico, buscando facilitar o entendimento e manejo das questões relacionadas aos moradores como sujeitos de direitos com uma questão de saúde mental. O projeto de intervenção teve a ousadia de apresentar aos profissionais novas possibilidades para que os mesmos pudessem corresponder às demandas deste serviço, no tange a uma abordagem ética humanizada. Para tanto, foi usada a metodologia da problematização, que propõe uma reflexão crítica sobre a prática a partir da realidade, trabalhando os conteúdos de maneira clara e lúcida, dando ao sujeito o reconhecimento da sua produção com relação ao saber. Nas rodas dialogadas, nas trocas de informação, se torna possível produzir e construir novos conhecimentos. Na direção desta perspectiva de trabalho multiprofissional: [...]ao contrário da psiquiatria, a saúde mental não se baseia em apenas um tipo de conhecimento, a psiquiatria, e muito menos é exercida por apenas, ou fundamentalmente, um profissional, o psiquiatra. Quando nos referimos à saúde mental, ampliamos o espectro dos conhecimentos envolvidos, de uma forma tão rica e polissêmica que encontramos dificuldades de delimitar suas fronteiras, de saber onde começam ou terminam seus limites. (IBIDEM, 2007, 15-16, apud SILVA, 2009, p. 44 ). A questão de saúde mental ultrapassa o sentido de observar somente a doença, ou, somente o cidadão, é necessário compreendermos que existe um cidadão com um transtorno mental importante. Este transtorno mental pode ser norteador para que o profissional entenda o comportamento ou reação do morador do Residencial Terapêutico, um momento de crise, ou até mesmo uma mediação simples. O projeto de intervenção identificou fragilidades da equipe atuante no Residencial Terapêutico e compreendeu como espaço de mediação e educação em saúde. A promoção da educação em saúde é necessária para o aprofundamento das questões particulares de cada 17 profissional, qualificando e capacitando para ocorrências futuras que tenham como foco uma intervenção. 4.3 ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO RESIDENCIAL TERAPÊUTICO O período de estágio curricular proporcionou analisar os aspectos teóricos e práticos da profissão, o estudo de diferentes políticas e a luta dos movimentos na promoção de mudanças e reconhecimento do direito da população. O processo sócio-histórico do Serviço Social atravessou diversas fases e através delas foram sendo desenvolvidos e aperfeiçoados os instrumentos técnicos operacionais que auxiliam e qualificam na intervenção profissional. [...]define-se por instrumental o conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional. Nessa ideia o instrumento é estratégia ou tática por meio da qual se realiza a ação; a técnica é a habilidade no uso do instrumento. (MARTINELLI & KOUMROUYAN, 1994 apud SOUSA, 2008, p. 125) O estágio no Residencial Terapêutico Sul Centro Sul proporcionou aprimorar os seguintes instrumentos técnicos operativos, iniciando pela: ● Observação: uma técnica bastante comum para todos profissionais, contudo o Assistente Social busca através dessa técnica analisar não somente o sujeito como o ambiente, e na perspectiva que ele se encontra no exato momento. “[...] a observação é o uso dos sentidos humanos [...] que tem como objetivo produzir um conhecimento sobre a realidade – tem-se um objetivo a alcançar (SOUSA, 2008, p. 126)”. ● Acolhimento: Acolher o indivíduo passa da perspectiva apenas de observar e escutar sua demanda, o profissional busca entender o propósito e objetivo ao expor a demanda. Apresentar uma postura de interesse, atenção e possibilidades de procurar formas de intervir, orientando e esclarecendo com o sujeito o nosso papel como profissional. ● Dinâmica em grupo: Essa técnica foi essencial para proporcionar junto a equipe de profissionais momentos de pontuar e debater aspectos a serem melhorados, contribuindo para todos de forma integral com os cuidados dos moradores do residencial terapêutico. [...]recurso que pode ser utilizado pelo Assistente Social em diferentes momentos de sua intervenção. Para levantar um debate sobre determinado tema com um número maior de usuários, bem como atender um maior número de pessoas que estejam vivenciando situações parecidas. (SOUSA, 2008, p. 127) 18 ● Diário de Campo: Instrumento de qualificação e desenvolvimento das habilidades e conhecimento teórico essencial durante o processo de estágio curricular. ● Prontuário: Instrumento que armazena informações do morador na perspectiva de conhecer suas particularidades de forma a qualificar o atendimento. Esse instrumento serve também como base de evolução dos atendimentos realizados, ou descrição de acontecimento pontual. ● Articulação com a rede de proteção do território: A rede de proteção do território é essencial para a prevenção e promoção dos direitos, pensar estratégias em equipe multiprofissional qualifica a mediação e intervenção. Além de promover um alcance maior e promover a funcionalidade da Seguridade Social. ● Busca Ativa: Uma técnica que promove a busca de um indivíduo, ou familiar. No residencialterapêutico geralmente o Assistente Social tem como competência traçar a rede familiar ou comunitária do morador, e nessa ação ele articula diversas outras voltadas a valorização e efetivação de direitos. Os instrumentos direcionam a atuação do assistente social, e norteiam diversas intervenções. Os instrumentos são resultado da luta da profissão em reconhecimento, uma construção histórica. 19 5 OBJETIVOS DA PESQUISA 5.1 OBJETIVO GERAL Promover ações socioeducativas de democratização das informações entre os profissionais do Serviço Residencial Terapêutico - Sul, através da abordagem coletiva integrando a educação em saúde, orientações e reflexões acerca do atendimento realizado à pessoa portadora de transtornos mentais. 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Promover a socialização da educação em saúde entre os profissionais atuantes do Serviço Residencial Terapêutico - SUL, na perspectiva de preservar e promover os direitos da população com transtornos mentais. ● Analisar as fragilidades no serviço oferecido pelos profissionais aos moradores dos serviços de residencial terapêutico que tenham conexão com a ausência de capacitação orientadora da Política Nacional de Saúde Mental. ● Propor melhorias na qualidade do atendimento dos moradores no serviço residencial terapêutico - sul por meio do acesso à informação e debates, intencionando a construção do conhecimento crítico. 20 6 METODOLOGIA DE PESQUISA Neste tópico será apresentado as metodologias e técnicas usadas para a construção do presente trabalho de conclusão de curso. Contextualizando a natureza e características de forma a compreender e estudar os princípios que deram origem aos SRTs, e as exigências para contratação de profissionais, de forma clara e objetiva. 6.1 METODOLOGIA E CONSTRUÇÃO DA MONOGRAFIA Tendo em vista a experiência na política de saúde mental proporcionada através do estágio curricular obrigatório no Serviço Social no Residencial Terapêutico, me foi concedida uma aproximação aos cuidados ao paciente de saúde mental com demandas de vínculos fragilizados que recebem abrigo e uma vida digna através das transformações da política, contudo ainda mais importante as competências profissionais dos trabalhadores da saúde mental. O trabalho possui natureza documental como base para seu desenvolvimento, permitindo elencar diversos pensamentos teóricos para compreender a linha temporal até o momento atual em que se encontram os residenciais terapêuticos. Segundo Gil (1999, p. 66), “a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser relembrados de acordo com os objetivos da pesquisa”. Seguindo na linha de resgate da trajetória de forma a subsidiar a importância dos cuidados e aprimoramento do paciente de saúde mental, usamos a natureza explicativa para evidenciar a realidade histórica dos agentes de promoção nas instituições em prol da vida digna aos indivíduos com diagnósticos de saúde mental. Segundo Gil (1991) apud Silva e Menezes (2005, p.21), a pesquisa explicativa: “[...]Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o ‘porquê’ das coisas. Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental, e nas ciências sociais requer o uso do método observacional”. A metodologia da problematização foi o principal instrumento de reflexão usado para efetivação do projeto de intervenção e resultante neste presente trabalho de conclusão de curso. Para Vieira & Pinto (2015, p.247) “[...] a aproximação à realidade concreta que a metodologia da problematização permite, responde a necessidade de preparar os futuros profissionais para o aprendizado contínuo, considerando demandas de uma sociedade em constante transformação [...]”. 21 REFERÊNCIAS AMORIM, Ana Karenina. DIMENSTEIN, Magda. Desinstitucionalização em saúde mental e práticas de cuidado no contexto do serviço residencial terapêutico - Ciência & Saúde Coletiva - Natal: UFRN, 2009, p 195-204. ARBEX, Daniela. Holocausto Brasileiro - 1ª ed - São Paulo:Geração Editorial, 2013. BRASIL. Portaria nº 3.090 de 23 de dezembro de 2011. Dispõe sobre o estabelecimento dos SRTS em tipo I e II, destina financiamento para custeio e dá outras providências. Brasília. 2011. BRASIL. 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(KESTRING, 2004).
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