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TCC saúde mental e o Assistente social

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Centro Universitário Leonardo da Vinci 
Curso Bacharelado em Serviço Social 
 
 
LAURA VITORIA DE MIRANDA 
 
(3430SES) 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: 
 
O SERVIÇO SOCIAL E A TRAJETÓRIA NA SAÚDE MENTAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAIRINQUE 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAURA VITORIA DE MIRANDA 
 
 
 
 
 
 
 
O SERVIÇO SOCIAL E A TRAJETÓRIA NA SAÚDE MENTAL. 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
disciplina de TCC – do Curso de Serviço Social – 
do Centro Universitário Leonardo da Vinci – 
UNIASSELVI, como exigência parcial para a 
obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. 
 
Nome do Tutor – Orientador Local: 
Helena Aparecida Pinheiro Azenha 
 
 
 
 
 
 
 
MAIRINQUE 
2021 
 
 
 
O SERVIÇO SOCIAL E A TRAJETÓRIA NA SAÚDE MENTAL. 
 
 
 
POR 
 
 
 
LAURA VITORIA DE MIRANDA 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado do 
grau de Bacharel em Serviço Social, sendo-lhe 
atribuída à nota “______” 
(_____________________________), pela banca 
examinadora formada por: 
 
 
 
 
 
 
__________________________________________________________ 
Presidente: Prof. Helena Aparecida Pinheiro Azenha - Orientador Local 
 
 
 
 
__________________________________________________________ 
Membro: 
 
 
 
 
___________________________________________________________ 
Membro: - Profissional da área 
 
 
 
 
 
MAIRINQUE 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais e irmãos, 
que são meus maiores motivos de toda 
superação diante as dificuldades encontradas 
no período do curso, e ao meu namorado 
Diogo, por todo o incentivo e nunca ter me 
deixado desistir, e aos meus amigos Vanessa e 
Renato, por toda a paciência em me ensinar até 
aqui. 
Agradeço acima de tudo, a Deus. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Há na vida momentos os quais precisamos parar e refletir tudo o que vivemos, mas 
acima de tudo lembrar daquelas pessoas que nos apoiaram seja por meio de um conselho ou 
aos que nos ofereceram um ombro forte e amistoso. 
Hoje é chegado o momento de agradecer a todos que estiveram comigo nesta jornada 
que agora tomará um púbere rumo, o do início de uma nova história 
Neste caminhar de minha vida tenho que agradecer, a Deus, que me possibilitou 
ingressar na faculdade, me dando saúde e força. 
 Agradeço ao meu namorado, Diogo, que quando eu desanimei, me incentivou a 
continuar e me acompanhou nessa jornada, enxugando as minhas lagrimas e sempre me 
encorajando. 
Agradeço aos meus pais e irmãos, por serem o meu maior motivo de superação. 
Agradeço aos meus amigos Vanessa e Renato, por toda a paciência e força de vontade 
em me ensinar até aqui. 
Agradeço as orientadoras Helena Aparecida Pinheiro Azenha, Gilda Maria dos Santos, 
que além de orientadoras se mostraram companheiras, sendo pacientes e prestativas dentro do 
corpo docente. 
Agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização do meu 
curso, e as oportunidades que a mim foram ofertadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Conheça todas as teorias, domine todas as 
técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja 
apenas outra alma humana.” 
 
 CARL JUNG 
 
 
RESUMO 
 
O presente artigo, vem apresentando uma reflexão teórica sobre a histórica trajetória 
da saúde mental no Brasil, pode-se enfatizar o processo da reforma psiquiátrica e a sua 
relevância para iniciar a construção de um modelo de assistência psiquiátrica, contemplando 
assim a contribuição da família, durante esse processo e principalmente a participação e 
atuação do Serviço Social na prestação de serviços nesta área diante pessoas com transtornos 
mentais à frente de suas demandas, funções e desafios. Utiliza-se, como metodologia, a busca 
em pesquisa bibliográfica, com a utilização de livros e artigos disponíveis. 
Pode-se concluir que o Serviço Social, através de seus profissionais, contribui para a 
inserir pessoas com transtornos mentais dentro da sociedade, mas a sua atuação necessita dos 
mais variantes fatores, e da viabilização do Estado. 
Mas, é possível dizer que o modelo de assistência na saúde mental tem sido de 
extrema importância para o aperfeiçoamento na forma de tratar esses pacientes. 
Por intermédio dos serviços, estes que substituem o hospital psiquiátrico, também é 
possível promover tal inserção social dos usuários/pacientes, abandonando o modelo asilar e 
visando sempre a qualidade de vida e o convívio social deles. 
Por meio dos inúmeros serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico é possível promover a 
inserção social dos usuários/pacientes, visando sempre a qualidade de vida e o convívio 
social. 
 
Palavras-chave: Família; Pessoas com transtorno mental; Saúde mental; Serviço Social; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This article presents a theoretical reflection on the historical trajectory of mental 
health in Brazil, one can emphasize the process of psychiatric reform and its relevance to start 
the construction of a model of psychiatric care, thus contemplating the contribution of the 
family, during this process and mainly the participation and performance of the Social Service 
in the provision of services in this area in the face of people with mental disorders ahead of 
their demands, functions and challenges. As a methodology, the search for bibliographic 
research is used, with the use of available books and articles. 
It can be concluded that Social Work, through its professionals, contributes to insert 
people with mental disorders into society, but its performance requires the most varied 
factors, and the State's viability. 
But, it is possible to say that the mental health care model has been extremely 
important for the improvement in the way of treating these patients. 
Through services, which replace the psychiatric hospital, it is also possible to promote 
such social insertion of users / patients, abandoning the asylum model and always aiming at 
their quality of life and social life. 
Through the numerous substitute services to the psychiatric hospital, it is possible to 
promote the social insertion of users / patients, always aiming at quality of life and social life. 
 
Keywords: Family; People with mental disorders; Mental health; Social service; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................10 
2. TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL....................................11 
3. SERVIÇO SOCIAL..............................................................................................................16 
4. ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE MENTAL ...........................................19 
5. A REINSERÇÃO DO PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL................................24 
5.1 Objetivo Geral.....................................................................................................................28 
5.2 Objetivos específicos..........................................................................................................30 
6. METODOLOGIA DE PESQUISA.......................................................................................31 
7. ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA...........................................................................31 
7.1 Apresentação dos Dados.....................................................................................................32 
7.2 Análise dos dados................................................................................................................33 
7.3 Resultado ............................................................................................................................347.4 Discussão dos Resultados ..................................................................................................34 
8. CONCLUSÃO......................................................................................................................36 
REFERÊNCIA..........................................................................................................................38 
 
 
10 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O tratamento para a pessoa com transtorno mental, diante de muito tempo, foi limitado 
ao modelo de hospital, tal qual existiam ações que reforçavam o preconceito, a segregação e 
estigmatização. 
Passando os anos e com a tentativa de diminuir a angústia das pessoas com problemas 
na saúde mental, as transformações começaram a acontecer surgindo um modelo de cuidados 
baseado na reinserção social, na liberdade e na cidadania. 
Apesar dessas mudanças no modelo de atenção à área da saúde mental, a ideia que 
consiste em relação aos portadores de transtorno mental, vem trazendo o estigma de ameaça e 
perigo. 
 Portanto, conhecer o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), é essencial, 
considerando que a instituição recebe o usuário com transtorno mental, e oferece atendimento 
médico e psicológico. 
Além disso, na tentativa de buscar a cidadania e oferecer ao usuário a autonomia, 
buscando também estratégias sociais e estratégia familiares, para transformar e construir 
novos caminhos, para que esses usuários sejam reinseridos dentro dos grupos sociais dos 
quais fazem parte. (SATURNINO et. al., 2010). 
Salienta-se, dentro do presente artigo caracterizar a atuação do assistente social na área 
da saúde mental, através de uma trajetória crítica do sistema de saúde e saúde mental, 
enfatizando assim, o processo de reforma psiquiátrica e de sua relevância para a 
construção de um novo modelo de assistência psiquiátrica, contemplando também a 
contribuição da família dentro desse processo e principalmente a participação do profissional 
do Serviço Social na prestação de serviços para as pessoas com transtornos mentais de acordo 
com suas demandas, funções e desafios. Utilizou-se, como metodologia, a pesquisa 
bibliográfica, quando foram utilizadas as literaturas atuais, artigos e revistas que vieram a 
fornecer subsídios para o esclarecimento, conceituando, identificando e expressando a 
trajetória histórica e as formas de agir perante a tal patologia. 
 
 
 
 
11 
 
 
 
2. TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA SAÚDE MENTAL NO BRASIL 
 
 
 De acordo com a (OMS, 2001), Organização Mundial de Saúde, os problemas da 
saúde mental, são reconhecidos pelas alterações da maneira de pensar e das emoções, ou por 
determinados comportamentos de angústia, e/ou de deterioração, que podem vir a afetar o 
desenvolvimento da vida. 
 A Organização Mundial de Saúde, 2007 define saúde mental, como: 
 
 “Um estado de bem-estar físico, mental e social completo e não meramente a 
ausência de doença ou doenças”. Ela está relacionada com a promoção de bem-estar, 
prevenção de transtornos mentais (...)”. 
 
 
 Portanto, pode-se dizer que os problemas de saúde mental são patologias, que 
interferem na capacidade da organização social do usuário/paciente. 
 A Política de Saúde Mental, Lei 10.216/02, tende a consolidar um modelo mais 
preciso de atenção à saúde mental, aberto a comunidade, garantindo a circulação das pessoas 
com transtornos mentais, dentro dos serviços existentes, oferecendo alguns cuidados com base 
dos recursos comunitários. 
 Este novo modelo conta com uma rede de serviços e equipamentos diversificados, tais 
como: 
• Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) 
• Os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) 
• Os Centros de Convivência e Cultura e os leitos de atenção integral 
• Programa de Volta para Casa. 
 
 Durante a Idade Média, muitas vezes, atribuiu-se o comportamento esquizofrênico a 
possessões demoníacas. 
 Para Foucault: 
 
(...) o louco era considerado até o advento de uma medicina positiva como um 
"possuído". E todas as histórias da psiquiatria até então quiseram mostrar no louco 
da Idade Média e do Renascimento um doente ignorado, preso no interior da rede 
rigorosa de significações religiosas e mágicas 
 
12 
 
 
 
Porém, no início do século XIX que a loucura deixou de ser entendida como um 
fenômeno moral ou divino, e passou a ser considerada como enfermidade. 
 
Saúde mental caracteriza-se pela maneira que uma sociedade de determinada época 
reage a comportamentos considerados apropriados e/ou adequados, baseando-se em 
normas culturais, regras e conceitos próprios de um aprendizado da realidade através 
do enfrentamento e solução de conflitos e problemas vivenciados. (TEIXEIRA, 
1996). 
 
 
 
O psiquiatra francês Philippe Pinel propôs uma criação institucional, para tratar a 
loucura o qual posteriormente se deu origem à área da psiquiatria como um campo principal 
da ciência médica. 
Surgindo manicômios e/ou asilos como espaços destinando-se ao “tratamento” da 
loucura através da prática da psiquiatria (PESSOTTI, 1944). 
 
Uma instituição total pode ser definida como um local de residência e trabalho onde 
um grande número de pessoas em situação semelhante, separados da sociedade mais 
ampla por considerável período de tempo, leva uma vida fechada e formalmente 
administrada (GOFFMAN, 2010, p. 11) 
 
 
No Brasil, foi inaugurado o primeiro hospício em 1852, no Rio de Janeiro. 
Esse local, foi visto como a primeira ação realmente efetiva de preocupação do 
Estado com o controle de pessoas com doenças mentais, que viviam pelas ruas perambulando 
ou nas santas casas de misericórdia. 
Em (MESQUITA, 2008): 
 
Com o relevante crescimento da população, a Cidade passou a se deparar com 
alguns problemas e, dentre eles, a presença dos loucos pelas ruas. O destino deles 
era a prisão ou a Santa Casa de Misericórdia, que era um local de amparo, de 
caridade, não um local de cura. Lá, os alienados recebiam um “tratamento” 
diferenciado dos outros internos. Os insanos ficavam amontoados em porões, 
sofrendo repressões físicas quando agitados, sem contar com assistência médica, 
expostos ao contágio por doenças infecciosas e subnutridos. 
 
 
 
 Desde o começo da internação desses usuários, portadores de transtornos mentais no 
País, no século XIX, a atenção aos portadores de transtornos na saúde mental, significou 
13 
 
 
internação nos hospitais de psiquiatria, concentrados nos maiores centros de desenvolvimento 
econômico do país. 
 A partir dos anos setenta, começaram as reformas que vieram resultar em modelo 
focado dentro da comunidade e substituindo ao modelo do hospital especializado, quando este 
Movimento da Reforma Sanitária, lutava pelas melhorias das condições da saúde dessa 
população e buscava a reestruturação do sistema de saúde existente no Brasil, impulsionava 
por questionamentos dentro do campo da saúde e por diferentes movimentos sociais 
(OLIVEIRA, 1987). 
 
 a universalização do acesso; a concepção de saúde como direito social e 
dever do Estado; a reestruturação do setor através da estratégia do Sistema 
Unificado de Saúde, visando um profundo reordenamento setorial com um 
novo olhar sobre a saúde individual e coletiva; a descentralização do processo 
decisório para as esferas estadual e municipal; o financiamento efetivo e a 
democratização do poder local através dos novos mecanismos de gestão – os 
Conselhos de Saúde (BRAVO, 2001a, p.25). 
 
 
 
 O Movimento Sanitário nasceu em meio ao regime autoritário, articulado ao Centro 
Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e ainda para Correia (2005, p.61) relata que:reunia profissionais, intelectuais e lideranças políticas da área da saúde, vindos na 
maioria do Partido Comunista Brasileiro, que, inspirado na reforma sanitária 
italiana, buscava a transformação do setor Saúde, pressupondo a democratização da 
sociedade e representando, assim, um foco de oposição ao regime militar. 
 
 
 
 Vital (2007) disserta que, paralelamente a esse Movimento de Reforma Sanitária, 
reafirma-se a proposta de um novo sistema para a saúde e, especificamente, para a saúde 
mental, tendo o Movimento pela Reforma Psiquiátrica que tinha de desconstruir o modelo de 
assistência já existente, propondo novas maneiras de atendimento. 
 
 Com relação à Reforma Auroca completa (1987, p. 41): 
 
 [...] pressupõe a criação de um organismo que, reunindo tudo o que existe em nível 
da União, possa, a partir de um grande fundo nacional de saúde, promover uma 
política de distribuição desses recursos mais justa e igualitária, alcançando assim, a 
universalização, isto é, garantindo a cada pessoa neste País o direito aos serviços 
básicos de saúde. 
 
 
 
14 
 
 
 A reforma psiquiátrica, no País, foi inspirada na experiência da Itália, que partia de 
que “quando dizemos não ao manicômio, estamos dizendo não à miséria do mundo e nos 
unimos a todas as pessoas que no mundo lutam por uma situação de emancipação” 
(BASAGLIA, 1982, p. 29). 
 Segundo Amarante (2003), o objetivo da Reforma Psiquiátrica é: 
 
 [...] não só tratar mais adequadamente o indivíduo com transtorno mental, mas o de 
construir um novo espaço social para a loucura, questionando e transformando as 
práticas da psiquiatria tradicional e das demais instituições da sociedade 
(2003, p. 58). 
 
 
 
 Então, a Reforma Psiquiátrica pretendia, além de uma melhoria na qualidade do 
atendimento, criar mecanismos e espaços para o tratamento na inclusão e na inserção do 
cidadão na comunidade, abandonando então a ideia de que os “loucos” deveriam viver 
isolados para o tratamento (AMARANTE, 2009). 
 De acordo com o ponto de vista histórico, pode-se considerar as décadas de 80 e 90 
como períodos significativos para a consolidação da reforma psiquiátrica no Brasil. 
 Um divisor de águas, durante esse período foi a realização da Conferência Regional 
para uma Reestruturação da Assistência Psiquiátrica, realizada em Caras em 1990, dela veio 
surgir um importante documento para a Reforma: tratando-se da Declaração de Caracas. 
Assinada pelos nominados países da América Latina, inclusive também o Brasil. 
 Nesse documento, esses países comprometiam-se ao incentivo e desenvolvimento 
das políticas públicas que visassem à reestruturação da assistência psiquiátrica. 
 Um balanço dessas ações desenvolvidas a partir dessa declaração, foi realizado em 
2005, e através da Carta de Brasília, criada para avaliar os resultados que foram obtidos a 
partir de 1990. 
 Em seu 1º Capítulo, o documento colocou em linhas gerais o que se trata a Reforma 
Psiquiátrica (BRASIL, 2005). 
 
 A Reforma Psiquiátrica é processo político e social complexo, composto de atores, 
instituições e forças de diferentes origens, e que incide em territórios diversos, nos 
governos federal, estadual e municipal, nas universidades, no mercado dos serviços 
de saúde, nos conselhos profissionais, nas associações de pessoas com transtornos 
mentais e de seus familiares, nos movimentos sociais, e nos territórios do imaginário 
social e da opinião pública. Compreendida como um conjunto de transformações de 
práticas, saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, 
dos serviços e das relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica 
avança, marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios. 
 
15 
 
 
 
 
 Desta maneira, criava-se a possibilidade do tratamento humanizado, sem ter a 
necessidade de isolamento e do distanciamento da família, ao tratamento que eram 
submetidos os usuários/pacientes, até este período. 
 O começo de tal transformação política no País, se dava através do surgimento do 
Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental. (MTSM) e, particularmente, da inspiração 
da experiência da Itália, liderada por Franco Basaglia (AMARANTE, 1988). 
 
 Certamente uma das terapias mais importantes para combater a loucura é a liberdade. 
Quando um homem é livre tem a posse de si mesmo, tem a posse da própria vida, e, 
então, é mais fácil combater a loucura. Quando eu falo de liberdade, falo de 
liberdade para a pessoa trabalhar, ganhar e viver, e isto já é uma luta contra a 
loucura. Quando há possibilidade de se relacionar com os outros, livremente, isso 
torna-se uma luta contra a loucura. (BASAGLIA, 1982). 
 
 
 
 Este buscava abolir a ilustração do hospital de tratamento em saúde mental, e instituiu 
outra lógica para a assistência, como manter os usuários em suas relações sociais, sem isolar 
eles institucionalmente, de maneira a buscar o tratamento ideal, o acompanhamento 
assistencial e a sua recuperação. 
 Diante a promulgação da Constituição Federal de 1988, é criado o Sistema Único de 
Saúde (SUS), quando são estabelecidas algumas condições institucionais, para a 
implementação de novas políticas de saúde, entre as quais a da saúde mental. 
 Dando continuidade no processo de Reforma Psiquiátrica, em 1989, o Projeto de Lei 
do Deputado Paulo Delgado, hoje conhecida como, Lei Federal 10.216 de 06 de abril de 2001, 
objetivou a regulamentação dos direitos das pessoas com problemas e/ou deficiência da saúde 
mental e a sua aprovação, proporciona efetivamente tal expansão dos Centros de Apoio 
Psicossociais (CAPS). 
 
 (...) a Reforma Psiquiátrica constitui-se como um “processo histórico de formulação 
crítica e prática, que tem como objetivos e estratégias o questionamento e elaboração 
de propostas de transformação do modelo clássico e do paradigma da psiquiatria ̈
(AMARANTE,1995). 
 
 
 
 Desta maneira, o modelo padrão de atenção comunitária, passou a ser a primeira 
opção para o atendimento e transferir aos CAPS a responsabilidade total de promover a 
reinserção e ressocialização de seus usuários. 
16 
 
 
 Os CAPS, buscam a inovação para o tratamento na saúde mental, de maneira que 
substitua o modelo de hospital. 
 Uma das funcionalidades dos CAPS, é realizar um trabalho conjunto com a equipe da 
Saúde da Família, com a finalidade de promoção na vida comunitária e autonomia dos 
usuários. 
 Buss (2004, p. 16) define promoção de saúde como: 
 
 Um ‘conjunto de valores’: vida, saúde, solidariedade, equidade, democracia, 
cidadania, desenvolvimento, participação e parceria, entre outros. Refere-se 
também a uma ‘combinação de estratégias’: ações do Estado (políticas públicas 
saudáveis), da comunidade (reforço da ação comunitária), de indivíduos 
(desenvolvimento de habilidades pessoais), do sistema de saúde (reorientação do 
sistema de saúde), e de parcerias intersetoriais; isto é, trabalha com a ideia de 
‘responsabilização múltipla’, seja pelos problemas, seja pelas soluções propostas 
para os mesmos 
 
 
 
 
 Desta forma, a reforma psiquiátrica elege seus agentes essenciais neste processo: os 
técnicos e a família, que passam a ser peças principais. 
 Diante a isso, a política de saúde mental está implementada a partir de um 
agendamento empenhado com a promoção, com a prevenção e o tratamento, no panorama da 
integração social e na autonomia dessas pessoas.3. SERVIÇO SOCIAL 
 
 A profissão do Serviço Social orienta-se pelos princípios humanitários sempre na luta 
para a superação das relações sociais dominantes e suas questões, exercendo um importante 
papel na sua reintegração, e dos portadores de algum transtorno mental, atendendo não apenas 
os usuários, mas também a sua família. 
 
(...) por sua proximidade com famílias e comunidades, as equipes da Atenção Básica 
se apresentam como um recurso estratégico para o enfrentamento de importantes 
problemas de saúde pública, como os agravos vinculados ao uso abusivo de álcool, 
drogas e diversas outras formas de sofrimento psíquico. Existe um componente de 
sofrimento subjetivo associado a toda e qualquer doença, às vezes atuando como 
entrave à adesão a práticas preventivas ou de vida mais saudáveis. Poderíamos dizer 
que todo problema de saúde é também – e sempre – de saúde mental, e que toda 
saúde mental é também – e sempre – produção de saúde. Nesse sentido, será 
sempre importante e necessária a articulação da saúde mental com a Atenção Básica 
(BRASIL, 2005). 
 
17 
 
 
 
 O Serviço Social e seus fundamentos, datam do século XIX, advinda com a 
consolidação da Revolução Industrial e, assim consequentemente, do capitalismo, trazendo 
consigo alterações profundas na sociedade vigente (SANTOS, 2010). 
 O Serviço Social no Brasil, de acordo com Silva & Silva (2007), desde as primeiras 
escolas no ano de 1930, que surgiram com a influência norte-americana, tem como sua base o 
catolicismo, composto por setores mais abundante da sociedade, sendo a atuação do 
profissional baseada na bondade, na caridade e na filantropia. 
 As primeiras escolas de Serviço Social no Brasil foram abertas em 1936, que foi a 
Escola de Serviço Social de São Paulo, e em 1937, a Escola de Serviço Social no Rio de 
Janeiro. 
 Três eixos são capazes de definir a formação profissional do Assistente Social, a 
saber: 
• formação técnica 
• formação científica 
• formação moral e doutrinária. 
 
Na formação técnica há o objetivo do preparo, quanto a sua ação no combate aos 
males dentro da sociedade; 
Formação científica tem a necessidade de conhecimento das disciplinas tais quais: 
Sociologia, Psicologia, Biologia, Filosofia, criando assim, o hábito da objetividade; 
Na formação moral e doutrinária é buscado a absorção dos princípios inerentes à 
profissão (SILVA & SILVA, 2007). 
 
 
 
 Como profissão, a institucionalização vem se unir com “à criação das grandes 
instituições assistenciais estatais e as paraestatais, principalmente na década de 40, o período 
marcado por corporativismo do Estado e por uma política a favor da industrialização” 
(SILVA & SILVA, 2007, p. 3). 
 Dentro do decorrer do tempo e inúmeros avanços conquistados pela categoria, o 
Serviço Social, passou assim a exercer um papel significativo, nos cuidados com os usuários 
com transtorno mental, com suas famílias e com sociedade. 
 Ao trabalhar com as prestações dos serviços sociais, o Assistente Social vem atuando 
com diversos fragmentos da questão social, que tem como expressão o adoecimento. 
 O Assistente Social, começou a se desenvolver na área da saúde com o denominado 
Serviço Social Médico. 
18 
 
 
 As atribuições oferecidas ao profissional, baseava-se numa triagem, e na elaboração 
de fichas, distribuição de auxílios financeiros para vir a possibilitar a ida do usuário até a 
instituição médica e o adequando à instituição (IAMAMOTO, 1998). 
 A atuação do Assistente Social na saúde, também baseando-se em princípios de 
atendimento voluntário e filantrópico. 
 Essa descompostura, apesar de não ser hegemônicos são carregados junto com a 
profissão; alguns atendimentos estão envoltos nessas marcas (TESARO, 2010). 
 Montaño (2007), em seu estudo pela natureza da profissão do Serviço Social, 
apresentou duas teses diferentes, sobre a natureza da profissão: perspectiva endógena e 
perspectiva histórica e crítica. 
 Dentro da perspectiva endógena ou conservadora, a origem da profissão do Serviço 
Social está relacionada à uma evolução, organização e profissionalização do ato da caridade, 
benevolência e da filantropia, das damas da caridade (donzelas de família rica), emergentes 
dentro Igreja Católica, através do humanismo cristão, enfocando as questões de natureza 
moral e a orientação conservadora, baseada no Neotomismo (filosofia de Santo Tomás de 
Aquino). 
 Neste contexto, a ação profissional está engatada à resolução dos conflitos individuais 
ou coletivos dos trabalhadores, com o designo de assegurar as relações da solidariedade que 
constituem a sociedade. 
A perspectiva crítica e históricas enfocam o trabalho e a maneira da produção 
capitalista, como o berço dessa profissão, entendida como subproduto da síntese dos 
programas políticos e econômicos, também situada na sociedade capitalista, como um 
elemento, que participava da reprodução das relações de classe e da contradição nelas 
existente. 
A diferença simples entre as duas perspectivas é que na conservadora a profissão é 
vista a partir dela mesma, na qual o tratamento teórico confere ao do Serviço Social e lhe 
permite a autonomia histórica referente às classes, com as lutas de classes e a sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
4. ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE MENTAL 
 
 
 A sociedade brasileira após a década de 30 passou por alterações na sua conjuntura, 
com o processo da industrialização, a redefinição do papel do Estado e o surgimento das 
políticas públicas sociais respondendo as reivindicações dos trabalhadores. 
 As características econômicas e políticas durante esse período fizeram surgir políticas 
sociais que respondessem às questões sociais. 
 
A questão social neste período precisava ser enfrentada de forma mais sofisticada, 
transformando-se em questão de política e não de polícia, com a intervenção estatal 
e a criação de novos aparelhos que contemplassem os assalariados urbanos, que se 
caracterizavam como atores importantes no cenário político nacional. (BRAVO, 
2004.VITAL, 2007, p.5). 
 
 
 
O Serviço Social na área da Saúde Mental, iniciou-se em 1.940, com a criação das 
instituições assistenciais, onde a classe de profissionais, atuava em cuidados com a educação 
em saúde e higiene. 
Atendia também, a população de forma asilar. 
O trabalho do Assistente Social, dentro dessas instituições, consistia em fazer o estudo 
de caso, a orientação familiar e a comunitária, e entrevistas terapêuticas, lidando com 
crianças, taxadas pela sociedade como problemáticas. (VASCONCELOS ROSA, 2006). 
Rosa (2006), relatou que as primeiras sistematizações dentro da atuação do Assistente 
Social na área de saúde mental apareceram por volta de 1905, nos Estados Unidos, com o 
Serviço Social Psiquiátrico, quando já existia a preocupação da socialização de pessoas com 
transtornos mentais e o trabalho contra a afronta existente contra eles. 
Pode-se perceber que, a intervenção do Assistente Social já incluía a família e a 
comunidade que estava em torno. As ações profissionais do assistente social no campo da 
saúde mental, não ocorreu de maneira isolada, mas articulavam-se a outros eixos como a 
Psicologia, tão importante na reintegração do paciente de transtorno mental em sua 
comunidade. 
Durante essa época, já havia a preocupação de se obter maiores informações a respeito 
dos pacientes com doenças mentais, como informações sociais e/ou econômicas, 
hereditariedade, informações físicas e emocionais. 
Desta forma, convergiu-se para a realidade brasileira. Por volta dos anos 30, período 
em que a política de saúde foi proferido e começam a criar políticas sociais em resposta às 
20 
 
 
reivindicações dos trabalhadores, Vital (2007)relatou que a saúde foi organizada em dois 
setores: o da saúde pública, até meados dos anos 60, que foi responsável pela promoção e pela 
prevenção, enfatizando as campanhas sanitárias e criando serviços de combate às 
endemias, centralizando-a na criação de condições sanitárias, para a população e, a 
medicina previdenciária, marcada pela criação dos Institutos de Aposentadorias e 
Pensões (IAP ́s) que substituíram as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP ́s) 
criadas em 1923. A medicina previdenciária ultrapassa a saúde pública a partir de 1966. As 
principais alternativas adotadas para a saúde pública, no período de 1930 a 1940 foram: 
 
ênfase nas campanhas sanitárias, coordenação dos serviços estaduais de saúde, pelo 
Departamento Nacional de Saúde, em 1937; interiorização das ações para as áreas de 
endemias rurais; criação de serviços de combate às endemias; reorganização do 
Departamento Nacional de Saúde em 1941 (BRAGA e PAULA, 1986 VITAL, p. 6) 
 
 
 
 
Após a década de 1940, com a formação dos primeiros profissionais, Assistentes 
Sociais no Rio de Janeiro, passaram a integrar a equipe de profissionais que atuavam no 
campo da saúde e, especialmente, no campo da saúde mental (BISNETO,2007). 
No trajeto desse processo o Serviço Social esteve desvalorizado por inúmeras vezes, 
reduzindo a relevância da atuação do profissional. 
Segundo Silva & Silva (2007), o Serviço Social atuava de maneira subalterna aos 
médicos e ao direcionamento da instituição, exercendo as atividades seguintes: 
• levantamento de dados sociais e dos familiares dos pacientes e/ou de contatos 
com os familiares para preparação da alta; 
• confecção de atestados sociais; 
• realização de encaminhamento. 
 
 Atendia-se também, a demanda dos usuários e dos familiares, em relação às suas 
necessidades imediatas como roupas, contatos e pequenos recursos financeiros. 
Os Assistentes Sociais em algumas instituições, também participavam das campanhas 
para arrecadação de recursos financeiros, com o intuito de adquirir roupas, cigarros e bens de 
primeiras necessidades dos internos. 
Esse “fazer”, limitava-se a serviços burocráticos e rotineiros sem nenhuma 
intervenção, transformadora dentro do cotidiano dos pacientes e de seus familiares. 
21 
 
 
A área de Saúde se transformou no principal campo de absorção profissional, a partir 
de 1948, quando o conceito de Saúde, elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS): 
 
“Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não mera 
ausência de doença ou enfermidade” passou a enfocar os aspectos biopsicossociais, 
determinando a requisição de outros profissionais para atuar no setor, entre eles o 
assistente social. Na área da psiquiatria brasileira a atuação do Serviço Social teve 
início como assistência aos trabalhadores, para amenizar as manifestações sociais 
entre o capital e o trabalho. Sua atuação em manicômios ocorreu posteriormente. O 
movimento militar de 1964 marca a divisão entre uma assistência destinada ao 
doente mental indigente e uma nova fase na qual é estendida a cobertura a massa de 
trabalhadores e seus dependentes (SILVA & SILVA, 2007 
 
 
 
No período da ditadura militar, de acordo com as autoras, o maior problema era a 
pobreza que precisava ser controlada, pois poderia gerar contestações da sociedade, 
principalmente mediante a incorporação na rede previdenciária, mediante ao atendimento dos 
trabalhadores e seus dependentes. 
 Sendo assim, o profissional do Serviço Social foi demandado pelo Estado ditatorial 
para a atuação como executor de políticas sociais, na área da saúde mental. 
A política da saúde no período de 1964 a 1974, de acordo com Vital (2007), privilegia 
e referência o setor privado, assumindo um molde que valorizava a prática clínica e a 
assistência médico-curativa, desvalorizando as ações preventivas de caráter coletivo. 
Há também a diminuição das responsabilidades estatais e uma transferência sucessiva 
da função estatal de regulador das políticas públicas de saúde para o setor privado. 
O espaço de atuação do profissional do Serviço Social no mercado de trabalho, 
aumentou devido à implantação de novas clínicas e novos hospitais de psiquiatria particular e 
à privatização ocorrida na saúde nessa época. Mesmo assim, não existia uma demanda 
definida para atuação por parte dos empregadores. Dentro dos hospitais psiquiátricos os 
assistentes sociais eram contratados para cumprir as exigências do Ministério da Saúde, 
entretanto os salários eram muito baixos, e os assistentes sociais não tinham função definida 
(SILVA & SILVA, 2007). 
Segundo Bisneto (2007), a integração do Serviço Social em hospitais psiquiátricos foi 
exigida pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) a partir de 1973, 
colocando em evidência a importância de uma equipe interprofissional no atendimento ao 
usuário com doença mental. 
22 
 
 
Foi na década de 70 que surgiram iniciativas do impacto, para a saúde mental, também 
para o Serviço Social: o Movimento de Reforma Psiquiátrica que estabelecia a transformação 
de modelo do tratamento psiquiátrico, colocando a superação da privação de liberdade para os 
serviços de atenção psicossocial. 
De acordo com as necessidades de cada usuário e a busca pela construção de um 
Projeto Profissional embasado na teoria social crítica de Marx. 
No período de 1974-1979, conforme Vital (2007), o Serviço Social na saúde não 
modificou, apesar do processo organizativo da categoria da profissão, do aprofundamento 
teórico dos docentes e do movimento geral da sociedade. 
Mantendo-se o caráter conservador com um olhar psicologizado das relações sociais, 
sendo o indivíduo culpabilizado por sua situação social ou seu estado de saúde, 
cabendo assim, ao profissional de Serviço Social, recuperá-lo através de uma ação 
moralizadora. 
Na década de 1980 e 1990, com as transformações operadas pela Reforma 
Psiquiátrica, a área da saúde mental exigia abordagens mais reforçadas, mantendo a proposta 
de desinstitucionalização, de retirada diante a atenção em saúde mental dentro de um 
manicômio, atribuindo ao paciente com doença mental a condição de sujeito, digno de receber 
atenção baseada em seus direitos sociais (SILVA & SILVA, 2007). 
Bisneto (2007, p.120) mostra que, “algumas variáveis típicas na caracterização dos 
usuários de estabelecimentos/clínicas psiquiátricas, podem trazer implicação para a prática do 
Serviço Social”, sendo levantadas algumas questões como a predominância dos usuários 
pertencentes a classe dominada: moradores de rua, sujeitos com baixo nível de escolaridade. 
 Embora as instituições psiquiátricas, não efetuar distinção de classe social, são os 
mais vulneráveis que prevalecem trazendo consigo, não apenas as demandas emergenciais 
decorrentes de sua condição social, mas principalmente questões implícitas que cabe ao 
assistente social desvelá-las, pois neste sentido a Lei n. 10.216 de 6 de abril de 2001, dispõe 
em seu Artigo 1º 
 
Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata 
esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor 
sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, 
recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu 
transtorno, ou qualquer outra 
 
 
 
23 
 
 
O trabalho do profissional do Serviço Social com as famílias dos portadores de doença 
mental deve estar direcionado ao fortalecimento de vínculos, direcionada ao membro que 
necessita de atenção e cuidados especiais, o que diversas vezes, resulta em distanciamento e 
até mesmo rejeição, prejudicando ambas as partes. 
Se colocar à disposição das famílias para ouvi-las, demonstrando atenção e 
importância para os inúmeros problemas que ela possa apresentar.Esta é uma importante etapa do caminho a ser percorrido na busca de algo muito 
importante, cujo diferencial está na intenção do Assistente Social que, pode se deixar levar 
pelos limites da instituição e outros desafios a serem superados ou então propor e efetivar 
mudanças na realidade dessa família vítima da exclusão social. 
 
O profissional que presta ajuda à família deve pensar que a mesma tem de ser 
respaldada nos conceitos já estabelecidos no meio familiar e não nos do profissional; 
quando se passa a considerar o doente mental nos seus contextos familiar e social, 
atribui-se ao seu distúrbio mental um significado cultural, ou seja, “diferente” para 
aquela determinada família sustentada por uma cultura diferenciada (OLIVEIRA & 
COLVERO, 2001, p. 199). 
 
 
 
A família do usuário, exerce um papel fundamental junto ao portador da doença 
mental, proporcionando permanente proteção, acolhimento, bem como aportes afetivos e 
cuidados distintos. 
Referente à concepção conceitual do papel da família, Rosa (2003) enfatiza que ela 
deve ser parceira co-responsável dentro dos projetos terapêuticos dos Serviços de Saúde 
Mental. 
Cabe também ao profissional superar determinadas fragilidades ainda existentes no 
setor de saúde mental: 
 
[...] reconhecer seu próprio valor, saber o que está fazendo, criar um discurso 
profissional, publicar ideias, lutar por seus princípios, fazer alianças, se expor 
profissionalmente em Saúde Mental. É claro que o profissional de campo precisa 
contar com a colaboração de seus colegas de academia: a universidade também deve 
desenvolver esse discurso profissional com pesquisas, aulas, extensão, publicações, 
conferências entre outros recursos (BISNETO, 2007, p. 145). 
 
 
 
 O Serviço Social, é uma profissão historicamente, atrelada ao campo de saúde mental 
e à intervenção junto à família, recupera o compromisso ético e profissional da categoria, na 
luta pelo direito à saúde de qualidade e a necessária articulação entre os atores protagonistas 
24 
 
 
deste cenário (usuário/família/profissionais), buscando conquistar o espaço de controle social 
(ABADE, 2001). 
 Dentro da área da Psiquiatria, o profissional Assistente Social, necessita de ter 
conhecimentos relacionados à saúde mental, para que possa discutir a necessidade da busca de 
soluções, quanto aos interesses do paciente de transtorno mental, quer seja na saúde 
psicossocial, como também em ter conhecimentos acerca dos direitos de sua cidadania, que 
irão de encontro às concepções das outras práticas, que respondem à política neoliberal 
(ABADE, 2001). 
 É necessário ter um aprofundamento dos conhecimentos ao redor da atuação do 
Serviço Social, junto ao campo da Saúde Mental, para que os profissionais possam refletir, 
sobre a sua prática, uma vez que a mesma, seja integralmente participante de uma equipe 
interdisciplinar em serviços abertos de Saúde Mental. 
 Diante disso, segundo Abade (2001), o atual contexto da política da saúde mental 
oferece novas possibilidades para os Assistentes Sociais, permeando que adotem uma prática 
investigativa que seja problematizadora do assunto real, pois só surge alternativas para uma 
intervenção profissional crítica e competente, a partir de uma análise crítica da realidade, isto 
é, a partir de uma investigação concreta feita através de situações concretas. 
 
 
 
5. A REINSERÇÃO DO PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL 
 
 
De acordo com Silva Gambatto & Silva (2006), existem ainda 55 mil leitos 
psiquiátricos, dos quais o total de 20 mil são ocupados por pacientes considerados crônicos ou 
que, foram abandonados por suas respectivas famílias, e transformaram-se em “moradores” 
das instituições hospitalares. 
Os manicômios retiraram os direitos à existência pública, reduzindo-se ao anonimato e 
à miséria por anos, privando-os do que a humanidade vinha a produzir e da oportunidade de 
participarem das lutas pela construção de um mundo melhor para todos, principalmente, para 
eles. 
Silva Gambatto & Silva (2006) diz que, para a mudança desse quadro, no dia 18 de 
maio de 1987, começou o movimento da luta antimanicomial, cuja proposta era a abolição de 
tratamentos que são realizados nos pacientes psiquiátricos dos manicômios e vir a ter a 
25 
 
 
substituição por procedimentos de modelo terapêuticos, possibilitando o cuidado em liberdade 
e a conquista da cidadania do portador de patologia psíquico. 
A luta contra o manicômio, conforme Canedo Gambatto & Silva (2006), havia 
proposto nova forma de encarar os pacientes portadores de patologias mentais, buscando 
assim, reintegrá-los na família e na sociedade. 
Desse modo, o poder psiquiátrico veio a criar uma rede para a atenção à saúde mental 
substitutiva, composta pela unidade básica de saúde, centros de atenção psicossocial, centros 
de convivência e cooperativa e residências terapêuticas, enfermarias psiquiátricas em 
hospitais gerais. (VIEIRA GAMBATTO& SILVA, 2006). 
De acordo com Crispim Gambatto & Silva (2006), nos serviços como os centros de 
atenção psicossocial e hospitais, com a internação parcial, procura-se a inserção da família 
nos tratamentos para que ela possa compreender o transtorno mental e suas implicações, 
aceitando opcionalmente o paciente em casa, visto que “quanto maior for a crença de poder 
controlar o comportamento do doente mental, maior será a intenção comportamental de 
permanecer com o doente mental em casa.” (CRISPIM GAMBATTO& SILVA, 2006, p. 10). 
É necessário, portanto, que a família venha receber o suporte para oferecer a 
possibilidade de intervenção e de ajuda, constituindo assim, o melhor espaço de relações 
afetivas. 
 
Se não é mais aceitável estigmatizar, excluir e recluir os loucos, também não se pode 
reduzir a reforma psiquiátrica a devolução as famílias, como se estas fossem, 
indistintamente, capazes de resolverem a problemática da vida cotidiana acrescida 
das dificuldades geradas pela convivência pela manutenção e pelo cuidado com o 
doente mental (GONÇALVES & SENA GAMBATTO& SILVA, 2006, p. 12). 
 
 
 
Portanto, é necessário repensar os cuidados das famílias com o paciente de transtorno 
mental em uma concepção que venha favorecer a diversidade dos diálogos e, sendo assim, as 
construções, de saberes e das ações, entre profissionais, pacientes e a família, a partir de uma 
interação entre os envolvidos. 
O Serviço Social contribui muito para a incorporação nos novos serviços da saúde 
mental, os serviços substitutivos tais quais como o CAPS. 
Conforme Alves Kantorski. (2011), os CAPS oferecem diversas atividades aos seus 
usuários e seus familiares para atender, tratar e até acompanhar os usuários, reconquistando a 
sua cidadania e oferecendo espaços de produção de subjetividades, onde tenha diálogo, 
interações, reciprocidade e a construção do vínculo. 
26 
 
 
As atividades, conforme Kantorski (2011), são vigentes de grupos terapêuticos, 
oficinas, atividades que geram renda, meio de inclusão social, algumas atividades culturais, 
também de lazer, do trabalho, do convívio com a objetividade de atendimento e/ou tratamento 
e da reabilitação psicossocial. Kantorski (2011) relatou o resultado de um estudo que estava 
sendo desenvolvido no Sul do Brasil (Alegrete, Joinville, São Lourenço do Sul, Porto Alegre 
e Foz do Iguaçu), que tinha por objetivo, identificar as contribuições das atividades de suporte 
terapêutico desenvolvido dentro de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), a partir da 
percepção dos usuários, familiares e profissionais. 
As atividades já existentes preenchiam os dias da semana, com o atendimento pela 
manhã até o período tarde: reunião do sistema e rede com a coordenação do serviço; 
atendimento individual e/ou ambulatorial com médico e psicólogo; realização das 
oficinas de trabalhos manuais; atividades física e capoeira; oficina de alfabetização;visitas 
domiciliares; yoga; oficina da saúde mental coletiva; reuniões do Serviço Residencial e 
Terapêutico; assembleia dos usuários (KANTORSKI et.al., 2011). 
Em relação a todas as atividades que integram o serviço, as oficinas da saúde mental 
são diárias, sendo desenvolvidas diariamente por um profissional de formação diferente; os 
temas são diversificados para privilegiar a integralidade do portador de patologia psíquica. 
Segue a lista de atividades: oficinas de trabalhos manuais como, (tricô, crochê, pintura 
em tecido, desenho e pintura e bordados), atividades em hortas, atividades pedagógicas, yoga, 
teatro, capoeira, grupo de alfabetização e oficina para a família. Além de tais atividades são 
oferecidos também o Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e outras escolas de ensino, algumas 
importantes estratégias e instrumentos no cuidado ao paciente com patologia psíquica; passeio 
e lazer com os usuários, cinema, participação nas festas para acabar e/ou diminuir o estigma 
que se tem em relação aos pacientes com patologias psíquicas. 
 
O doente mental é doente, sobretudo por ser um excluído, um abandonado por 
todos; porque é uma pessoa sem direitos e em relação a quem pode-se tudo. Por isso 
negamos dialeticamente nosso mandato social, que exigia que considerássemos o 
doente como um não-homem, e, ao negá-lo, negamos a visão do doente como um 
não-homem (BASAGLIA, 1985). 
 
 
 
Segundo Kantorski (2011), as entrevistas que foram realizadas com familiares e 
usuários mostraram que eles consideravam as oficinas um importante instrumento de 
tratamento a pessoa com a patologia. 
27 
 
 
As atividades corporais e laborais, proporcionam oportunidades de percepção pessoal 
e pode assim revelar sentimentos vivenciados e aliviar as tensões geradas por suas condições 
de vida. 
 Um aspecto bem relevante é a aproximação do Assistente Social com as famílias dos 
portadores de patologia mental. A família deve se inserir no processo do tratamento para que 
possa assim, contribuir na manutenção da saúde do usuário do serviço, assim como 
compartilhar de suas experiências, dos seus anseios, medos e de suas frustrações. 
É necessário que as famílias conheçam as possibilidades de melhora do seu familiar 
que está em tratamento, porque pode existir esperança na recuperação e/ou na cura. 
Para Albuquerque & Bosi Kantorski (2011), a visita domiciliar permitia o alcance de 
informações sobre a vida do usuário e da sua família. Através da visita do Assistente Social, a 
família poderia ser orientada para compreender que a reabilitação poderia significar uma 
autonomia, melhorando a qualidade da vida não do portador da doença mental, no contexto 
social como também no seu dia a dia. 
Para Oliveira e Colvero (2001) a família deveria receber uma assistência integral e 
abrangente, com o apoio necessário para que ela assumisse o seu papel de agente de inclusão 
do seu ente querido com a patologia de doença mental, inserindo-se na comunidade ao qual 
pertence. Contando somente com o apoio familiar, comunitário e da rede de saúde o usuário 
com a doença mental teria condições de reintegração, na sociedade, com seriedade e 
cidadania. 
Compreende-se que a reinserção do portador de doença mental na comunidade em que 
vive, é possível se apoiado pelos serviços e cooperação da família e da sociedade. Sua 
recuperação será possível se lhe forem ofertados os meios para que possa assim, viver com 
dignidade e cidadania. 
Diante do exposto, pode-se ver que a nova compreensão da saúde mental visa 
priorizar o indivíduo e não a doença, oferecendo-lhe um tratamento mais humanizado e 
de qualidade, resultando na criação de novos mecanismos e espaços de tratamento que 
se atentam a necessidade de uma ação intersetorial com as vigentes políticas sociais e 
de um trabalho pautado no fortalecimento e atuação da rede, que possibilite uma 
intervenção integrada, visando então, à integralidade no atendimento ao usuário. 
 
 
 
 
 
28 
 
 
5.1 OBJETIVO GERAL 
 
 
Após os anos 90, o Ministério da Saúde, por intermédio de uma nova Política de 
Saúde Mental, redirecionou os recursos da Assistência de psiquiatria em um modelo 
substitutivo, baseando em serviços da base comunitária, oferecendo os devidos cuidados na 
comunidade e em conjunto à articulação com os recursos que a comunidade oferece. 
Incentivar assim, a criação de serviços públicos e territoriais em saúde mental ao mesmo 
tempo em que determina a implantação dos critérios de adequação e humanização dos 
hospitais especializados. 
No ano de 2011, dez anos após o sancionamento da Lei 10.216, conhecida como a Lei 
Paulo Delgado, lei tal, que possibilitou a criação dos serviços substitutivos ao modelo 
hospitalar manicomial, obteve a expansão dos diversos serviços substitutivos como: as 
Residências Terapêuticas –SRT, os Centros de Atenção Psicossociais –CAPS. 
O primeiro CAPS, surgiu em 1987 na cidade de São Paulo. 
 De acordo com estudos de Oliveira (2002, pag. 105 – 106): 
 Esse serviço foi inaugurado 
 
(...) com a proposta de atendimento a pacientes com transtornos mentais, em 
especial, psicóticos e neuróticos graves. Para PITTA (1994): constitui-se num 
espaço paradigmático de reabilitação psicossocial onde a ética presente está a 
serviço da ampliação de direitos e liberdades dos que ali transitam. 
 
 
 
Faz saber que o Congresso Nacional decreta e sancionou a seguinte: 
 
Lei: Art.1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de 
que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à 
raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, 
família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu 
transtorno, ou qualquer outra. 
 
Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus 
familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados 
no parágrafo único deste artigo. Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de 
transtorno mental: 
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas 
necessidades; 
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua 
saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na 
comunidade; 
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; 
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas; 
29 
 
 
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade 
ou não de sua hospitalização involuntária; 
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; 
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu 
tratamento; 
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; 
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. 
 
 
 
O Ministro da Saúde, no uso de suas atribuições legais; 
 
 Considerando a Lei 10.216, de 06/04/01, que dispõe sobre a proteção e os direitos das 
pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde 
mental; 
 Considerando o disposto na Norma Operacional de Assistência à Saúde - NOAS -SUS 
01/2001, aprovada pela Portaria GM/MS nº 95, de 26 de janeiro de 2001; 
 Considerando a necessidade de atualização das normas constantes da Portaria 
MS/SAS nº 224, de 29 de janeiro de 1992, resolve: 
 
Art.1º Estabelecer que os Centros de Atenção Psicossocial poderão constituir-se nas 
seguintes modalidades de serviços: 
CAPS I, CAPS II e CAPS III, definidos por ordem crescente de porte/complexidade 
e abrangência populacional, conforme disposto nesta Portaria; 
§1º As três modalidades de serviços cumprem a mesma função no atendimento 
público emsaúde mental, distinguindo-se pelas características descritas no Artigo 3º 
desta Portaria, e deverão estar capacitadas para realizar prioritariamente o 
atendimento de pacientes com transtornos mentais severos e persistentes em sua área 
territorial, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo e não-intensivo, 
conforme definido adiante. 
§2º Os CAPS deverão constituir-se em serviço ambulatorial de atenção diária que 
funcione segundo a lógica do território; 
 
Art. 2º Definir que somente os serviços de natureza jurídica pública poderão 
executar as atribuições de supervisão e de regulação da rede de serviços de saúde 
mental. 
 
Art. 3º Estabelecer que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) só poderão 
funcionar em área física específica e independente de qualquer estrutura hospitalar. 
Parágrafo único. 
Os CAPS poderão localizar-se dentro dos limites da área física de uma unidade 
hospitalar geral, ou dentro do conjunto arquitetônico de instituições universitárias de 
saúde, desde que independentes de sua estrutura física, com acesso privativo e 
equipe profissional própria. 
 
 
 
30 
 
 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 
 Promover a reintegração social dos usuários através das diversas ações, articulando 
saúde, trabalho, educação, cultura, esporte, lazer, da população, ou seja, utilizando os recursos 
intersetoriais, também criando estratégias conjuntas; 
Proceder à entrevista para uma investigação, diagnósticos e intervenção psicossocial dos 
casos que foram encaminhados por qualquer elemento da equipe multiprofissional ou de 
usuários e que compareçam ao CAPS encaminhados ao serviço social; 
 
• Relatar através dos impressos próprios, as entrevistas realizadas; 
• Elaborar os boletins estatísticos do movimento diário de entrevistas que foram 
realizadas; 
• Levar ao conhecimento de todos da equipe multiprofissional os problemas sociais que 
surgirem como prioridade dentro da população atendida, apresentando sugestões para a 
intervenção; 
• Elaborar estudos socioeconômicos dos pacientes/usuários e suas famílias, com visitas a 
subsidiar a construção de laudos e pareceres sociais na perspectiva de garantia de 
direitos e de acesso aos serviços sociais e de saúde; 
• Facilitar e possibilitar o acesso dos usuários aos serviços, assim, como a garantia dos 
direitos na esfera da seguridade social por meio de criação de mecanismos e rotinas de 
cada ação; Organizar, normatizar e sistematizar também o cotidiano do trabalho do 
trabalho profissional, por meio de criação e implementação de protocolos e rotinas de 
cada ação; 
• Vir a realizar estudos e investigações com relação ao determinante social da saúde; 
• Desempenhar e subsidiar, outras atribuições que lhe forem distribuídas pelo seu 
superior imediato, desde que estas estejam situadas nas atribuições e competências da 
categoria profissional do Assistente Social. 
 
 O CAPS e o Programa de Saúde da Família 
 O Programa de Saúde da Família (PSF), foi lançado no início de 1994, pelo Ministério 
da Saúde, e elegeu a família como principal foco das ações. 
 A importância de efetivar a família, como uma unidade de cuidado ao usuário, 
expressada com frequência, referindo que o paciente não está sozinho, ele vem de algum lugar 
31 
 
 
com pessoas que se importam com ele, e se trabalha a valorização das pessoas que cuidam de 
quem necessita o cuidado quer sejam as figuras parentais e/ou os outros profissionais. 
 Os princípios desta promoção da saúde mental, através do fortalecimento da unidade 
de atenção básica, tendo o Programa de Saúde da Família como seu eixo estruturante, vem a 
permitir a construção da saúde integral, através de uma troca solidária, crítica e capaz de 
fortalecer a participação comunitária, também o desenvolvimento das habilidades pessoais, a 
criação de ambientes saudáveis para o usuário e a reorganização dos serviços de saúde mental, 
entre outros. 
 A visão integral e sistêmica, do indivíduo em seu ciclo familiar e social (BRASIL, 
2005). 
 O Programa de Saúde da Família, veio a ser criado para ser uma ferramenta e um 
instrumento do modelo de atenção integral, de acordo ao disposto pela Constituição de 1988. 
 
 
 
6. METODOLOGIA DE PESQUISA 
 
Atrelado a intervenção do Assistente Social, nas políticas públicas e de Assistência 
Social, procura-se como funciona o trabalho de intervenção do Assistente Social no âmbito da 
área da saúde mental. 
O Serviço Social atua na intervenção, estudo de caso e acolhimento do 
paciente/usuário, intermediando na perspectiva deste dentro da rede. 
O Assistente Social dentro do CAPS, trabalha compreendendo a área da saúde 
intermediado pelo Serviço social, sendo que, uma equipe multiprofissional, com ação envolta 
a psicologia, tendo em mente, não violar o código de ética da profissão do Serviço Social. 
Devem-se ter uma análise crítica da realidade da instituição e do usuário/paciente. 
Existe também a visita domiciliar, encaminhamento, relatórios, pareceres sociais, 
acompanhamento com a família, articulação com a rede. 
Constituindo-se assim, um processo interventivo de acordo com as atividades do 
CAPS, todos dentro das leis da seguridade social. 
 
 
 
7. ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA 
 
Para evoluir a construção desta pesquisa, foi escolhido a realização de uma revisão 
bibliográfica. 
32 
 
 
A partir das referências dos autores que se dedicaram a toda análise e reflexão da 
Reforma Psiquiátrica Brasileira e do Processo de constituição dos CAPS, buscando recolher 
informações a partir dos pressupostos que desencadearam a reforma psiquiátrica, e como veio 
a promover mudanças na área da saúde mental brasileira, a exemplo disso, pode-se citar a 
criação dos CAPS. 
Conforme Gil (1999) Beuren (2008) destaca que: 
 
A pesquisa bibliográfica utiliza-se de principalmente das contribuições de vários 
autores sobre determinada temática de estudo, já a pesquisa documental baseia-se 
em materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que podem ser 
reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. 
 
 
 
7.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS 
 
 Grupos e Serviço Social... Uma das contribuições principais é que o Serviço Social 
pode dar como coordenador de grupos fazendo análises das determinações econômicas, das 
políticas e das ideológicas, dos interesses do grupo, articulando-as com as suas relações de 
poder e com as representações da realidade social, presentes no grupo e seus integrantes. 
 As famílias também podem ser instituídas socialmente e ter seus objetos, produtos 
institucionais. 
 Nelas também se dão conflitos materiais, de poder ou de ideias que atravessam o 
comportamento de seus usuários em tratamento dentro do estabelecimento de Saúde Mental. 
 Uma boa reabilitação em termos familiares, pode ser possível se o portador de 
transtorno mental, os seus parentes e os profissionais da área, mantiverem entre si práticas não 
opressivas. 
 Devendo-se oferecer um tratamento imediato dentro da atenção básica de saúde, 
devido às vantagens da diminuição do abandono e por estes serviços serem frequentemente 
preferidos pelos pacientes/usuários em virtude da proximidade, do vínculo com a equipe e da 
não existência de um estigma que há em relação à equipe de saúde mental. 
 As decisões deste processo de cuidado, devem ser compartilhadas entre o 
paciente/usuário e os profissionais de saúde, pois parcerias terapêuticas efetivas diminuem o 
abandono e melhoram os seus resultados. 
 Ter acesso às informações, é uma parte valiosa de qualquer projeto terapêutico, e 
devem ser apresentadas de forma simples, clara e em linguagem acessível. 
33 
 
 
 Deve-se informar também sobre a natureza, curso e tratamento da doença, incluindo 
informações sobreuso correto dos medicamentos e os seus efeitos colaterais. 
 Deve-se, porém, encorajar a participação em grupos de suporte e de autoajuda, uma 
vez que tais grupos também promovam compreensão e colaboração entre pacientes/usuários, 
familiares e equipe de saúde. 
 
 
 
7.2 ANÁLISE DOS DADOS 
 
 
 O caps 
 Seu objetivo é oferecer o atendimento à população, e realizar o acompanhamento 
clínico e a reinserção social dos usuários/pacientes, pelo acesso ao trabalho, cultura, lazer, 
exercício dos direitos civis e o fortalecimento dos laços familiares e comunitários. 
 Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos da atenção 
à saúde mental, têm um valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. 
 Com o nascimento desses centros, pode se possibilitar a organização de uma rede 
substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. 
 Os CAPS são serviços de atendimento à saúde municipais, comunitários que 
oferecem atendimento diário de acordo com o calendário (exceto feriados e finais de 
semana). 
 A Portaria Ministerial nº 336, de 19 de fevereiro de 2002, caracterizou os CAPS como 
unidades de: 
 
 (...) atendimento diuturno às pessoas que sofrem com transtornos mentais severos e 
persistentes, num dado território, oferece cuidados clínicos e de reabilitação 
psicossocial, com o objetivo de substituir o modelo hospitalocêntrico, evitando as 
internações e favorecendo o exercício da cidadania social dos usuários e de suas 
famílias (Brasil, 2004). 
 
 
 É função dos CAPS: 
 Prestar o atendimento clínico em regime de atenção consecutiva, evitando as 
internações em hospitais psiquiátricos; 
 Acolher e atender as pessoas com patologias de transtornos mentais graves e 
persistentes, procurando sempre preservar e fortalecer os laços sociais do usuário/paciente 
em seu território; 
 Promover a reinserção social das pessoas com a patologia de transtornos mentais 
por meio de ações intersetoriais; 
34 
 
 
 Regular e promover a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na 
área de sua atuação; 
 Dar suporte integral a atenção à saúde mental na rede básica; 
 Organizar e ordenar a rede de atenção às pessoas com a patologia de transtornos 
mentais nos municípios; 
 Articular de maneira estratégica, a rede e a política de saúde mental em um 
determinado território. 
 Promover a reinserção social do usuário/paciente, através do acesso ao trabalho, 
lazer, cultura, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e 
comunitários. 
 
 
7.3 RESULTADO 
 
 
 Usuários/Pacientes, que podem ser atendidos pelo CAPS 
 
 Todo e qualquer cidadão pode ser atendido na unidade CAPS. 
 Não existe dentro da Saúde Mental, caso mais grave ou menos grave. Existem pessoas 
que estão em maior ou menor necessidade, surto ou que estão melhor ou de modo pior em 
relação ao sucesso de tratamento na área de Saúde Mental. 
 O Atendimento do CAPS é municipal e interligado ao SUS, criando assim, um modo 
de evitar internamentos desnecessários em hospitais da saúde mental. 
 Para ser atendido no CAPS, é necessário ser encaminhado pelo PSF (Posto de Saúde 
da Família) e/ou outros serviços. 
 
 
 
7.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
 Estes serviços podem e devem ser substitutivos ao não complementares ao hospital 
psiquiátrico. 
 Resumindo, o CAPS é o núcleo de uma nova clínica, produtora e com autonomia, que 
convida o usuário/paciente à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória do seu 
tratamento. 
 Os programas e projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura 
física, em busca da rede e de suporte social, potencializadora para as suas ações, 
35 
 
 
preocupando-se com o paciente/usuário e a sua singularidade, sua história, sua cultura e a sua 
vida cotidiana. 
 O perfil dessa população, é sem dúvida um dos principais critérios para o 
planejamento da rede de atenção à saúde mental dentro das cidades, e para a implantação de 
centros de Atenção Psicossocial. 
 O critério populacional, portanto, deve ser compreendido, como um orientador para o 
planejamento das ações de saúde. 
 Sendo assim, é o gestor local, que articula com as outras instâncias de gestão do SUS, 
e que virá a ter, as condições mais adequadas para definir os instrumentos e equipamentos que 
melhor respondem às demandas de saúde mental de seu município. 
 
 A formatação pressuposta pelo SUS, em seu aspecto diante da Lei, parte de uma 
concepção abrangente da saúde, não sendo somente a ausência da doença, e do papel que deve 
ser do Estado na prestação e realização desse serviço. 
 Destacam-se os seus princípios, segundo Matos (2003, p. 98): 
 
 
Universalidade: A defesa de que toda pessoa, independente de contribuição 
financeira ou não, tem direito aos serviços públicos de saúde. 
 
Descentralização: A compreensão de que a política pública de saúde deve se dar de 
maneira descentralizada, privilegiando o planejamento da esfera local. Sem com isso 
desobrigar os estados e o governo federal. 
 
Hierarquização: Que os serviços de saúde sejam estruturados de maneira 
que haja uma ordenação da prestação de acordo com as demandas apresentadas. 
 
Integralidade: A compreensão de que o atendimento deve entender o homem 
enquanto uma totalidade, bem como a articulação entre os saberes envolvidos nesse 
processo, notadamente na articulação entre a assistência preventiva e a curativa. 
 
Regionalização: Buscar uma articulação entre a rede de serviços de uma 
determinada região, por compreender que a situação de saúde de uma população está 
ligada diretamente às suas condições de vida, bem como articular a rede de serviços 
de saúde existentes. 
 
Participação Popular: A defesa da participação da sociedade civil na elaboração, 
fiscalização e implementação da política pública de saúde, portanto o exercício de 
controle social. 
 
 
 
 
36 
 
 
8. CONCLUSÕES 
 
Diante disso, as necessidades das pessoas, portadoras de patologias mentais e seus 
familiares, são inúmeras e divergem em suas diferentes etapas, o que se denota são as 
necessidades de uma gama de serviços e de ações que possam permitir o seu atendimento, 
compreendendo a atuação da profissão do Serviço Social, visando à sua promoção e a sua 
garantia dos direitos sociais, ao portador de patologia mental assim como a de sua família. 
O adoecimento mental deixa os indivíduos à margem da sociedade, da vida, da 
família. 
Sempre existiu a doença. Os locais usados para o tratamento dos doentes mentais, 
variaram de acordo com o decorrer do tempo e lugar abrangido: templos, domicílios e 
instituições. 
Porém, foi a partir da instituição de psiquiatria, que tais locais vieram a se tornar 
sinônimo de exclusão ou de isolamento específico para o doente mental. 
Nos dias atuais, ainda existe essa triste realidade, (de exclusão e isolamento), porém 
de forma mais amena que antes. 
Quando teve início a Reforma Psiquiátrica no Brasil, buscava-se uma mudança de um 
paradigma no tratamento dos portadores de doenças mentais, que anteriormente era 
totalmente baseado em uma cultura estigmática e excludente. 
Alguns programas governamentais voltados para essa inclusão para o portador de 
doença mental foram implantados, para a mudança na forma de cuidar desse paciente, com 
transtorno mentalde modo mais humano. 
Os maiores desafios, que o profissional do Serviço Social vive na atualidade, é 
construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar os direitos dos 
pacientes/usuários, a partir de demandas emergentes na sociedade. 
Introduzindo-se nesse processo contraditório, o Assistente Social se vê confrontado 
com este conjunto de transformações societárias. 
Esses desafios precisavam ser colocados em pauta para que venha viabilizar uma 
política dentro da saúde mental que venha garantir os direitos dos usuários, também o seu 
fortalecimento, voltando o cuidado para grupos de pessoas com a patologia de transtornos 
mentais de alta prevalência e de baixa cobertura assistencial; concretizar e via a aumentar a 
rede de atenção com base comunitária e territorial, que realmente os reintegre socialmente 
como cidadãos; implementando uma política de saúde mental dinâmica dentro do 
37 
 
 
atendimento às pessoas que sofrem com a crise social, ou com a violência e com o 
desemprego; aumentar os recursos do orçamento anual do SUS, para a saúde mental. 
Os desafios impostos, precisam ser conquistados, realizados e compreendidos pela 
sociedade, para que venha se conseguir amenizar a tensão, e garantir os atendimentos 
integrais, humanitários, com eficiência e eficácia, fazendo valer todos os princípios e 
diretrizes do SUS. 
 
A não referência à concepção de Seguridade Social, inscrita na Constituição de 
1988, que é mencionada apenas no Programa de Governo; a não 
implementação do Conselho de Seguridade Social; a continuidade e 
ampliação de contratação de agentes comunitários como também de outras 
categorias (auxiliar e técnico de saneamento, agentes de vigilância sanitária, agentes 
de saúde mental); aumento de verba insignificante, 22 bilhões para29 bilhões, 
seguido de corte; e a falta de articulação com as Políticas de Assistência 
Social e Previdência Social (BRAVO, 2006, p. 41 
 
 
 
 
O Serviço Social, contribui para a reinserção dos pacientes dentro da sociedade, mas a 
sua atuação necessita de inúmeros fatores, e da viabilização do Governo do Estado. 
Embora se tenha significativo avanço das políticas públicas dentro da saúde, o SUS, 
ainda existe no seu cotidiano o não cumprimento que determina a Lei. 
O SUS, como um sistema universal e público não se efetivou verdadeiramente como 
deveria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
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