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Sociolinguistico_5 semestre Anhanguera- Atividades e avaliações

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1)
A sociolinguística tem como objeto o estudo da variação linguística em suas relações com grupos ou processos sociais. Assim como em outras ciências, os artigos de divulgação de seus estudos apontam, no início, palavras-chave que sintetizam o conteúdo abordado. 
As alternativas a seguir representam palavras-chaves de estudos que se referem a diferentes áreas de pesquisa sobre a língua. Assinale a alternativa cujas palavras-chaves representem um exemplo de estudo sediado na Sociolinguística. 
Alternativas:
· a)
uso do pronome; complemento verbal; orações reduzidas.     
· b)
uso de metáforas; região cerebral ativada; portadores de DA (Doença de Alzheimer).
· c)
marcadores conversacionais; sequências textuais; gênero discursivo.
· d)
uso dos pronomes possessivos; literatura do século XIX; português brasileiro.
· e)
concordância verbo-nominal; escolaridade do falante; comunidade quilombola. 
Alternativa assinalada
2)
"Marcada por uma heterogeneidade original, a Sociolinguística pode ser vista como o ponto de partida de novas correntes e orientações de pesquisas, centradas no trato do fenômeno linguístico relacionado ao contexto social e cultural, que se distinguem, de forma mais evidente, pela vinculação explícita a algum campo das ciências humanas".
A autora menciona o caráter amplo e interdisciplinar da sociolinguística. Assinale a alternativa referente a disciplinas comumente reconhecidas como áreas do conhecimento afins aos estudos sociolinguísticos.
Alternativas:
· a)
História e Filosofia.
· b)
Sociologia e Direito. 
· c)
Sociologia e Antropologia. 
Alternativa assinalada
· d)
Interacionismo e Filosofia. 
· e)
Etnografia e Direito. 
3)
Dentre os autores que marcaram a constituição da Sociolinguística como área de pesquisa, William Labov é reconhecido como um grande expoente. Sua metodologia e seus interesses de pesquisa fundaram sobretudo as bases da chamada Sociolinguística Variacionista.
Acerca da importância desse autor para a área de estudo em questão, assinale a alternativa que contém uma asserção correta sobre Labov e seus estudos.
Alternativas:
· a)
O autor é um dos mais reconhecidos representantes dos estudos acerca da variação linguística e suas correlações com traços sociais das comunidades de fala.
Alternativa assinalada
· b)
Em seu livro Padrões sociolinguísticos, Labov parte da oposição entre competência e desempenho para estudar a variação linguística.
· c)
Dentre os dados coletados por Labov para sua pesquisa, destacam-se os dados de língua escrita coletados a partir de revistas da época.
· d)
A abordagem de Labov reafirma a dicotomia saussureana entre língua e fala, pois, para o autor, o foco da sociolinguística deve ser o sistema linguístico.
· e)
Pouco do estabelecimento da sociolinguística se deve ao trabalho de Labov, uma vez que este autor pouco discutiu trabalhos anteriores aos seus.
4)
Tomemos a análise que Coelho et al. (2015, p. 45) fazem do trabalho de Pagotto (2001):
 
"O autor verificou como se dava a pronúncia de consoantes oclusivas alveolares diante de /i/ na fala de florianopolitanos, considerando três variantes: a não africada (como em [t]tia), a africada não palatal (como em [ts]ia e a africada palatal (como em [ts]ia), sendo que as duas últimas variantes são consideradas "inovadoras" e a primeira é a mais antiga e é também considerada uma marca de identidade de Florianópolis. Os resultados de Pagotto revelaram a seguinte distribuição, com relação à variante [t]: os falantes de 15 a 23 anos a realizaram em 42% das ocorrências, os falantes de 25 a 50 anos em 66% das ocorrências, e os falantes com mais de 50 anos em 69% dos dados". 
De acordo com o excerto acima, há um fator condicionante que parece relevante para a maior frequência da pronúncia de [t] na fala dos florianopolitanos. Assinale a alternativa que aponta esse fator.
Alternativas:
· a)
Sexo/gênero dos falantes em Florianópolis. 
· b)
Migração tardia dos falantes para Florianópolis.
· c)
Classe social dos falantes em Florianópolis.
· d)
Idade dos falantes em Florianópolis.
Alternativa assinalada
· e)
Recusa da forma não africada ([t]ia) em Florianópolis.
_________________________________________________________________
1)
Observe, a seguir, a transcrição de um trecho de uma aula de Filosofia, ministrada por uma professora universitária de 34 anos.
"então... tirando da própria visão etimológica da palavra né? filosofia:... então nós deduzi:mos... ser filosofia um tipo ((ruído)) de saber uma sabedoria né?... e essa sabedoria... teria teria de fle/ implicações... ao limite humano num é? ... nós poderíamos dizer... éh: filosofia... um saber... que... busca que se procura né?...que se questio:na...que se problematiza... não é um saber...irrefletido...ou um saber natural...como nós vimos...de uma sabedoria proverbial de uma/sabedoria denominada sabedoria dos anciãos... nem tão pouco era uma sabedoria revelada não é?...que era a sabedoria revelada nós teríamos o campo delimitado da te-o-logia...propriamente dita...então visto/claro que...quando nós colocamos a definição nominal E: de forma alguma nós queríamos esgotar...o assunto sobre definição de filosofia....nós montaríamos posteriormente algumas...alguns filósofos propriamente dito...e vamos analisar algumas definições...dos próprios filósofos [...] o próprio Garcia Morentes no fundamento da filosofia ele disse que só é possível definir o que é filosofia através de uma vivência... não é?" (transcrição do inquérito 339 do Projeto NELFE, publicada em Marcuschi, 2010, p.118)
 
Na transcrição dessa aula, podemos observar alguns traços típicos da modalidade oral. Considerando o continuum de variação oral-escrito proposto por Marcuschi (2001), assinale a alternativa correta sobre esse texto. 
Alternativas:
· a)
O texto produzido oralmente pela professora apresenta muitas marcas de interrupção do discurso, tais como pausas, repetições, truncamentos oracionais, hesitações, que deixam sua fala menos fluida e menos compreensível.
· b)
Por ser um texto oral, a verbalização e o planejamento da fala da professora ocorrem concomitantemente, o que favorece a ocorrência de recursos constitutivos de textos orais, tais como hesitações, pausas, repetições, inserções.
Alternativa assinalada
· c)
O texto transcrito de uma aula ministrada oralmente consegue manter os traços linguísticos de variação diatópica, indiciando a variedade geográfica da professora.  
· d)
O texto produzido oralmente pela professora está na mesma posição de uma conferência no continuum oral-escrito proposto por Marcuschi, já que apresenta poucos traços de oralidade.
· e)
O texto produzido oralmente pela professora está na mesma posição de uma conversação espontânea no continuum oral-escrito proposto por Marcuschi, já que é muito informal e apresenta muitas marcas de oralidade.
2)
Na tabela a seguir, reproduzida de Scherre (1996, p. 251), pode-se observar o efeito do condicionante gênero/sexo em função da idade do falante na marcação do plural em todos os constituintes do sintagma nominal (variante padrão).
  
Uso da variante padrão da concordância nominal
	FAIXA ETÁRIA
	7-14 anos
	15-25 anos
	26-49 anos
	+50 anos
	Homens
	240/642 = 37%
	483/894 = 54%
	543/1148 = 47%
	497/1269 = 39%
	Mulheres
	333/647 = 51%
	561/10004 = 56%
	912/1220 = 75%
	750/1209 = 62%
Analisando os dados da tabela, julgue as afirmações a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F).
(   ) Na faixa etária 15-25 anos, a variável sexo/gênero é neutralizada, pois o emprego da concordância padrão se aproxima entre os homens e as mulheres.
(  ) Nas faixas etárias mais velhas (26 a 49 anos e acima de 50 anos), constata-se significativa diferença dos valores estatísticos associados a homens e mulheres, sendo que estas apresentam tendência superior a utilizar todas as marcas de plural no sintagma nominal.
(   ) A progressão entre a variação da concordância é menor entre os homens do que a progressão vista entre as faixas etárias das mulheres.
 
Assinale a alternativa com a sequência correta.
Alternativas:
· a)
V – V – F 
· b)
V – F– V 
· c)
F – V – F  
· d)
V – V - V.
Alternativa assinalada
· e)
F – V – V 
3)
No estudo de alternância pronominal entre nós e a gente no banco de dados Alip (Amostra Linguística do Interior Paulista), a hipótese do autor era a de que informantes com mais anos de escolarização apresentariam maior tendência ao uso de formas tidas como padrão na comunidade, sendo que no caso dessa alternância pronominal a forma considerada padrão é o pronome nós, por ser ainda preconizado pela tradição gramatical. Observe a tabela a seguir com os dados obtidos pelo autor sobre o português brasileiro e o português europeu quanto à alternância pronominal nós e a gente:
 
 Fonte: Rubio (2012, p.220)
A partir dos dados da tabela e da hipótese inicial do autor, julgue as afirmativas a seguir:
I. No português brasileiro, o comportamento dos informantes com mínima escolarização se aproxima do de informantes com o nível máximo de escolarização, resultado oposto à hipótese inicial do autor.
II. No português brasileiro, entre as faixas intermediárias de escolarização, observa-se tendência ao uso da forma a gente. Assim, pode-se concluir a não influência do fator social considerado no fenômeno da alternância pronominal.
III. No português europeu, os resultados apontam influência direta da escolarização no aumento do uso da forma nós, pois a faixa de menor escolarização foi a única que se mostrou mais propensa ao uso da forma a gente.
IV. Se no português brasileiro a atuação do fator escolaridade não reflete na manutenção da variante nós na fala dos mais escolarizados, no português europeu, esse fator altera o emprego das formas pronominais de primeira pessoa do plural, elevando o uso da forma prescrita pela gramática normativa.É correto apenas o que se afirma em:
Alternativas:
· a)
I e III.
· b)
II e IV.
· c)
III e IV.
· d)
I, II e III.
· e)
I, III e IV.
Alternativa assinalada
4)
Observe os gráficos a seguir, produzidos a partir dos estudos de Tarallo (1990) e Pagotto (2001).
 
Gráfico 1
(TARALLO, F. Tempos linguísticos: itinerário histórico da língua portuguesa. São Paulo: Ática, 1990.)
Gráfico 2
(PAGOTTO, E. Variação e Identidade. 454f. 2001. Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade de Campinas, Campinas, 2001.)    
Com base nesses gráficos, avalie as seguintes afirmações.
I. O Gráfico 1 evidencia que ambos os fenômenos investigados, preenchimento pronominal do sujeito e do objeto, evidenciam mudança linguística em progresso ao longo do tempo.
II. Tarallo (1990), por meio de um estudo usando a metodologia da mudança em tempo aparente, pôde detectar uma mudança linguística que vai se consolidar em breve: o não preenchimento do objeto direto.
III. Pagotto (2001) controlou a faixa etária como um dos condicionadores e pôde observar por meio de seus resultados um indício de mudança em curso, ou seja, mudança em tempo aparente.
IV. O Gráfico 2 revela um aumento regular no uso da variante inovadora através dos vários grupos etários que compõem a comunidade de falantes, o que corrobora a hipótese clássica de que os indivíduos adultos tendem a preferir formas antigas e os mais jovens, formas novas.
É correto apenas o que se afirma em:
Alternativas:
· a)
I e III.
· b)
II e III.
· c)
I e IV.
· d)
I, II e IV.
· e)
I, III e IV.
Alternativa assinalada
_____________________________________________________________
1)
Artigo 13.º (Línguas oficiais e línguas nacionais)
O tétum e o português são as línguas oficiais da República Democrática de Timor-Leste.
Artigo 159.º (Línguas de trabalho)
A língua indonésia e a inglesa são línguas de trabalho em uso na administração pública a par das línguas oficiais, enquanto tal se mostrar necessário (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE, 2002 apud ALBUQUERQUE; TAYLOR-LEECH, 2012, p.154).
Fonte: Albuquerque; Taylor-Leech (2012, p. 165).
Considerando os artigos da constituição de Timor-Leste e o gráfico sobre o status e o corpus do português e do tétum no país, avalie as afirmativas a seguir.
I. A língua portuguesa retomou seu status, ao ser considerada língua oficial, de ensino, da administração, mas passa a competir, a partir de 2002, com o inglês e o indonésio e com o próprio tétum nos órgãos governamentais, por exemplo.
II. O planejamento para aumentar a importância do status do tétum deve envolver medidas que a estabeleçam como língua oficial, nacional, da administração, do ensino, da mídia, com ortografia oficial.
III. O baixo corpus do português revela que, apesar de ser uma língua oficial, de ensino, da administração, é falada por uma pequena parcela da população e não possui função veicular (língua franca).
IV. A língua portuguesa retomou seu status, ao ser considerada língua oficial, de ensino, da administração, e é a única língua usada em órgãos governamentais, nos meios de comunicação em massa (principalmente internet, jornais impressos e livros), e nas escolas e universidade.
Está correto apenas o que se afirma em:
Alternativas:
· a)
I e II, apenas.
· b)
II e III, apenas.
· c)
I, II e III, apenas.
Alternativa assinalada
· d)
I, II e IV, apenas.
· e)
II, III e IV, apenas.
2)
Em seu texto, Signorini (2002) trata da problemática da “língua nacional” que reduz, segundo a autora, a inerente variação e mudança da língua ao seu controle com vistas à sua padronização ou regularização.  
Segundo a autora, nos projetos de construção ou consolidação da nação e da nacionalidade, colocados em prática desde a Revolução Francesa e a criação dos estados-nação, há uma ideia subjacente de necessária unidade entre uma nação, uma comunidade e uma língua. No caso de nações multiétnicas e multilíngues, essa língua quase sempre não corresponde à _______________ de uma das etnias locais. Trata-se, portanto, de um ideal monolíngue a partir do qual se define uma língua ____________ que passa por processos de __________________ inicialmente e por processos de reprodução e divulgação, em um segundo momento. Nesse sentido, são colocadas em prática políticas linguísticas ____________ para consolidar esse ideal monolíngue. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto.
Alternativas:
· a)
língua nacional – materna – dialetação – in vivo.
· b)
língua materna – materna  – padronização – in vitro.
· c)
língua nacional –  oficial – dialetação – in vivo.
· d)
língua materna – nacional – padronização – in vitro.
Alternativa assinalada
· e)
língua oficial – oficial – oficialização – in vivo.
3)
Considere as informações a seguir sobre a situação linguística de dois países da América Latina:
 
	País
	Código com prestígio
	Código com pouco prestígio
	Paraguai
	espanhol (língua oficial, língua do ensino).
	guarani (língua oficial, falada por 90% da população em situações familiares e cotidianas).
	Peru
	espanhol (língua oficial, ligada às atividades administrativas, às cidades, minas e áreas da costa).
	quéchua (língua da família, da comunidade, identificada com partes territoriais de comunidades rurais).
Fonte: Bassani (2015, p. 10). Adaptado.
Sobre a situação linguística desses dois países, é correto afirmar que
Alternativas:
· a)
são países multilíngues com línguas em situação diglóssica.
Alternativa assinalada
· b)
são países oficialmente bilíngues com falantes mono ou bilíngues.
· c)
são países oficialmente bilíngues, sem línguas em situação diglóssica.
· d)
são países multilíngues, sem línguas em situação diglóssica.
· e)
são países com poucos falantes bilíngues.
4)
Mentirosa
Ain’t got nobody baby
Baby
when I come home
Check this out baby tenemos tremendo lío
last night you didn’t go a la casa de tu tío
*Mujer* Uh?
Resulta ser hey you were at a party
higher than the sky emborrachada de Bacardi
*Mujer* No I wasn’t
I bet you didn’t know que conocía al cantinero
*Mujer* What?
He told me you were drinking and wasting my dinero talking about
come and enjoy what a woman gives a hombre
*Mujer* But first of all see I have to know your nombre
Now I really wanna ask you que si es verdad
*Mujer* Would I lie?
and please po[r] favor tell me la verdad because
I reallyneed to know yeah necesito entender
if you gonna be a player or be my mujer
‘cause right now you’re just a liar a straight mentirosa*
Mujer* Who, me?
[...]
 
(Mellow Man Ace. Mentirosa. In: OHLSON, L. F. El cambio de código español/inglés en la letra del rap "Mentirosa" de Mellow Man Ace. Moderna språk, v. 102, n. 2, p. 84-95, 2008.)       
 
O rap acima foi produzido por Ulpiano Sergio Reyes, conhecido como Mellow Man Ace, que nasceu em Havana em 1967 e foi para os Estados Unidos com sua família aos quatro anos de idade. A canção pertence ao primeiro disco do rapper "Escape from Havana" (1989). Sobre os recursos usados, avalie as afirmativas a seguir.
I. O rapper lança mão da alternância entre inglês e espanhol para marcar a sua identidade bilíngue e bicultural.
II. O rapper como um falante bilíngue de inglês e espanhol mostra em seu rap a interferência de sua língua materna – a língua espanhola – nas construções sintáticas em inglês, como em "Necesito entender if you gonna be a player", em que a oração principal está em espanhol.
III. O rapper usa o vocábulo espanhol mentirosa e também outros termos para se referir à mulher, como emborrachada di Bacardi e mujer, o que caracteriza o uso de empréstimos linguísticos da língua espanhola para o inglês.
IV. A passagem de um código para outro se reveste de significado social na letra do rap, pois marca que culturalmente o eu lírico tem uma identidade hispana (cubana) e afroamericana, que fica explicitada pelo uso do espanhol e do inglês em alternância.
Está correto apenas o que se afirma em:
Alternativas:
· a)
I e II, apenas.
· b)
II e III, apenas.
· c)
I e IV, apenas.
Alternativa assinalada
· d)
I, II e III, apenas.
· e)
I, II e IV, apenas.
_________________________________________________________________
1)
"As dificuldades, comumente apontadas por outras pessoas dos contextos em que vivem – família, amigos, escola, trabalho – assumem proporções por vezes exageradas, cristalizam-se, desvitalizando potenciais. Assim, uma criança chega na clínica e diz: ‘eu falo errado, é... minha mãe disse que a professora falou que eu preciso aprender a falar direito. É que eu troco as letras. É, eu não sei falar, eu sou burro’. Na cabeça dessa criança, de tudo o que disse, o que mais importa é que não sabe falar porque é burra, ou por isso é burra. Quando lhe apontamos que talvez ela saiba falar mais do que imagina, tanto que compreendemos tudo o que nos foi dito, e então perguntamos o que ela acha disso, sua resposta é, via de regra, lacônica: ‘não sei’."
(PERROTA, C. et al. Histórias de contar e de escrever: a linguagem no cotidiano. São Paulo: Sumus, 1994, p. 9.)
 
O texto se refere aos relatos presenciados por profissionais envolvidos com o desenvolvimento linguístico infantil. Considere as seguintes afirmativas sobre o relato produzido pela criança em questão:
I. O relato indica um possível déficit linguístico e déficit cognitivo da linguagem da criança, aos quais a profissional logo se contrapôs.
II. O relato indica apenas um déficit linguístico na linguagem da criança, também percebido pela profissional.
III. A escola da criança foi o espaço de onde surgiu a queixa sobre sua linguagem. 
IV. A queixa sobre a linguagem da criança teve apenas uma preocupação normativa com a linguagem, sem preocupação com a adequação de sua variedade linguística a diferentes contextos de uso.
São corretas apenas as afirmativas:
Alternativas:
· a)
I e III.         
Alternativa assinalada
· b)
I e IV.          
· c)
II e IV.
· d)
II e III.
· e)
I e IV.
2)
"Para resolver o problema da educação popular é preciso repensar e rever anteriormente uma sociedade altamente desigual e injusta, que se utiliza da escola para reproduzir seus mecanismos de exclusão social que impede que seres iguais tenham oportunidades tão diferentes só porque falam diferentes variedades da mesma língua."  
(SAMPAIO, A. Linguagem e escola: uma perspectiva social, de Magda Soares. Revista África e africanidades, ano 2, n. 7, s/p, 2009. Disponível em: <https://goo.gl/4trvtn>. Acesso em: 27 jul. 2017.)       
 
Considere o texto-base acerca da exclusão social na escola realizada por meio da linguagem e as seguintes afirmativas sobre possibilidades de inserir a discussão sobre variedades linguísticas no ensino:
( ) Refletir sobre o papel do professor é fundamental para reduzir as taxas de fracasso escolar.
( ) Para igualar as variedades em seu prestígio, basta a valorização das variedades estigmatizadas, sem que seja preciso valorizar as diferentes culturas.
( ) Conhecer as trajetórias sociais dos alunos, como uma comunidade, pode ajudar no trabalho com a competência linguística falada e escrita.
( ) Conscientizar os alunos a respeito do papel de suas variedades num mercado linguístico não pode ser feito no ensino de língua materna.       
Assinale a sequência correta para julgar as afirmativas:     
Alternativas:
· a)
V-V-F-F
· b)
V-F-V-F
Alternativa assinalada
· c)
F-F-V-V
· d)
V-F-V-V
· e)
F-V-V-V
3)
"Ora, para que uma língua entre outras se imponha como a língua legítima é preciso um mercado linguístico unificado, no qual o valor das diversas outras línguas e dos dialetos (sociais ou regionais) seja medido em comparação à língua dominante. [...] Isso significa que, para Bourdieu, para além da simples comunicação de sentido, os discursos são signos de riqueza, signos de autoridade, eles são emitidos para ser avaliados e obedecidos, e que a estrutura social está presente no discurso."
(CALVET, L. J. Sociolinguística: uma introdução crítica. São Paulo: Parábola, 2002, p. 107.)
O excerto corresponde ao comentário do sociolinguista Louis-Jean Calvet acerca da compreensão do sociólogo Pierre Bourdieu sobre a noção de mercado linguístico. É correto dizer que tal noção
Alternativas:
· a)
procura articular uma compreensão das relações sociais a uma compreensão sobre o uso das línguas e variedades.
Alternativa assinalada
· b)
procura subjugar uma compreensão linguística a uma compreensão econômica sobre a sociedade.
· c)
reduz as línguas e variedades à condição de um produto acabado, não dinâmico.
· d)
reduz a possibilidade de trabalhar com os níveis textuais, discursivos e lexicais das variedades.          
· e)
soluciona a problemática acerca da desvalorização e estigmatização das variedades.
4)
As sequências a seguir contêm, à direita, exemplos encontrados por Silva e Andrade (2011, p. 283) em textos escritos de alunos de uma escola rural tocantinense.
 
criar> cria
quer> que
nós> nóis
lucro> lucru
criam> crião          
Analisando os exemplos, é correto afirmar que          
Alternativas:
· a)
está ocorrendo influência de uma fala incorreta no processo de ensino-aprendizagem da escrita.          
· b)
está ocorrendo influência da modalidade oral e sua pronúncia na aquisição da escrita dos alunos.      
Alternativa assinalada
___________________________________________________________
1)
A constituição da sociolinguística como área de estudo e pesquisa estabeleceu uma nova concepção de língua.
Essa nova concepção busca enfatizar como a língua consiste em: 
Alternativas:
· a)
processos cerebrais e cognitivos dos indivíduos.
· b)
modos de fala de inúmeras comunidades e grupos. 
Alternativa assinalada
· c)
gêneros discursivos relativamente estáveis.
· d)
diferentes códigos linguísticos estruturados.
· e)
um conjunto de signos falados e escritos.
2)
Tomar a Sociolinguística como área interdisciplinar de estudos significa reconhecer que suas categorias de análise, sua metodologia e seus pressupostos teóricos podem ser próximos daqueles sediados em outras áreas, assim como significa dizer também que a constituição interna à própria Sociolinguística pode abarcar diferentes metodologias, pressupostos teóricos e categorias de análise.
Dentre as diferentes vertentes ou subáreas de estudo da Sociolinguística, podemos considerar:          
Alternativas:
· a)
a antropologia, a sociologia e a história.
· b)
a antropologia, o variacionismo e a etnografia.
· c)
a etnografia, a história e a sociologia.
· d)
a etnografia, o variacionismoe o interacionismo.
Alternativa assinalada
· e)
a sociologia, a sociolinguística educacional e o variacionismo.
3)
"Ora, as línguas não existem sem as pessoas que as falam, e a história de uma língua é a história de seus falantes".          
Sobre o período de constituição da Sociolinguística enquanto área de pesquisa, as considerações elaboradas por Louis-Jean Calvet, importante sociolinguista, podem ser entendidas como uma:
Alternativas:
· a)
tentativa de aproximação da abordagem de Chomsky sobre "competência" e "desempenho", pois o autor considera a existência de um falante (e ouvinte) ideal.
· b)
divulgação da necessidade de fazer um recorte sincrônico, considerando-se a língua como um estado do qual se exclui a intervenção do tempo.
· c)
defesa da ideia de que a sociolinguística trabalhe apenas com dados de oralidade, isto é, dados de língua falada.
· d)
crítica aos estudos de Labov, que não relacionavam traços linguísticos às produções dos falantes.
· e)
contraposição à concepção estruturalista de Saussure de língua como "sistema linguístico", sem considerar as comunidades de fala.
Alternativa assinalada
4)
 "[...] Existem forças dentro e fora da língua que fazem um grupo de pessoas ou um único indivíduo falar da maneira como fala. A essas forças damos o nome de condicionadores" [grifos dos autores]."
(COELHO, I. L.; GÖRSKI, E. M.; NUNES de SOUZA, C. M. N e MAY, G. H. Para conhecer sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2015.)
O excerto acima se refere aos fatores condicionantes da variação linguística. Com base em seus conhecimentos acerca das relações entre língua e sociedade e acerca do funcionamento desses fatores para variação linguística, assinale a alternativa correta:
Alternativas:
· a)
A região geográfica dos falantes não pode ser considerada um fator social condicionador da língua.
· b)
Fenômenos fonológicos, morfológicos e sintáticos, próprios da estrutura das línguas são os únicos fatores condicionadores da variação.
· c)
O que condiciona nossa escolha entre um ou outro traço linguístico sempre se relacionará a uma melhor ou pior capacidade cognitiva do falante.
· d)
Um mesmo traço linguístico somente pode estar ligado a condições da estrutura da língua ou a relações sociais, mas nunca a ambos.
· e)
Um fator condicionante da concordância verbo-nominal no português brasileiro pode estar ligado à formalidade ou à informalidade da fala.
Alternativa assinalada
_____________________________________________________
1)
Observe os dados a seguir: 
 
Tabela 1: Frequência e probabilidade de concordância verbal, segundo o grupo de fatores ‘sexo/gênero’ 
	Sexo/Gênero
	Aplicação/Total = %
	Peso relativo*
	Feminino
	736/905 = 81%
	0,53
	Masculino
	515/678 = 76%
	0,45
Fonte: MONGUILHOTT (2001, p. 62)
 
Tabela 2: Frequência e probabilidade de concordância verbal, segundo o grupo de fatores ‘escolaridade’ 
	Anos de escolarização
	Aplicação/Total = %
	Peso relativo*
	11 anos
	591/733 = 81%
	0,57
	4 anos
	660/850 = 78%
	0,44
Fonte: MONGUILHOTT (2001, p. 59).
 
*Peso relativo é uma medida probabilística usada para calcular o efeito de um fator condicionador na aplicação da regra variável. Quanto mais próximo de 1,0, maior o peso relativo do fator sobre a variante escolhida; quanto mais próximo de 0,0, menor a força de atuação do fator na escolha da variante; valores próximos a 0,5 indicam ponto neutro, isto é, o fator tem pouco efeito sobre a aplicação da regra variável.  
 
Assinale a alternativa que interpreta corretamente os dados coletados por Monguilhott (2001) sobre a concordância de terceira pessoa de plural na fala de florianopolitanos.
Alternativas:
· a)
Os falantes mais escolarizados e os homens aplicaram mais a regra de concordância verbal, o que indica que os condicionadores gênero e escolaridade influenciam nesse fenômeno. 
· b)
Os falantes mais escolarizados e as mulheres aplicaram mais a regra de concordância verbal, o que indica que os condicionadores gênero e escolaridade influenciam nesse fenômeno. 
Alternativa assinalada
· c)
Os pesos relativos mostram que não há diferença entre a fala de homens e mulheres e que a variável gênero não influencia no fenômeno da concordância verbal.
· d)
Os pesos relativos mostram que não há diferença entre a fala de pessoas com mais ou menos escolaridade e que a variável escolaridade não influencia no fenômeno da concordância verbal. 
· e)
Os dados indicam que os fatores sociais escolaridade e gênero investigados pela autora não influenciam na marca de concordância verbal. 
2)
Santana et al. (2008) investigaram a variável /l/ nos encontros consonantais na fala de alunos da 4ª série (atual 5º ano) de escolas da zona urbana e rural da cidade de Ribeirópolis. A variável social investigada, então, eram as características socioeconômicas das escolas.
Em relação à variável linguística investigada, os autores ressaltam o fato de que a variante /r/ é alvo de estigma social pelo fato de os falantes que a empregam na fala serem pertencentes a camadas sociais desprestigiadas, marginalizadas, que não têm ou têm pouco acesso à educação formal.
Entre as escolas investigadas, a escola J é a mais prestigiada, segundo os autores, por estar no centro da cidade e ser uma das mais antigas e tradicionais. As escolas menos prestigiadas são, segundo os autores, a escola A e a escola G que, respectivamente, são uma escola localizada na periferia da cidade voltada a alunos carentes e uma escola da zona rural mantida pelo município. A escola C, por sua vez, é uma escola pública mantida por uma empresa privada, situada na zona rural de Ribeirópolis.
Observe na tabela a seguir os resultados obtidos pelos autores:
 
 Distribuição das ocorrências de rotacismo na fala de Ribeirópolis em função da escola
	 
Escolas
	Aplicação da variante /l// Total de ocorrências
	 
Percentual
	 
Peso Relativo*
	G
	69/72
	96%
	0,64
	A
	86/99
	87%
	0,32
	J
	352/371
	95%
	0,59
	C
	325/351
	93%
	0,42
Fonte: Santana et al. (2008, p. 152. Adaptada.)
 
*Peso relativo é uma medida probabilística usada para calcular o efeito de um fator condicionador na aplicação da regra variável. Quanto mais próximo de 1,0, maior o peso relativo do fator sobre a variante escolhida; quanto mais próximo de 0,0 menor a força de atuação do fator na escolha da variante; valores próximos a 0,5 indicam ponto neutro, isto é, o fator tem pouco efeito sobre a aplicação da regra variável.    
Sobre os dados da tabela, pode-se afirmar que
Alternativas:
· a)
os alunos de todas as escolas tendem a aplicar mais frequentemente a variante mais prestigiada do que a variante menos prestigiada na ocorrência de encontro consonantal de palavras como blusa, globo, planta. 
· b)
os alunos da escola mais prestigiada são os que mais tendem a aplicar a variante menos prestigiada na ocorrência de encontro consonantal de palavras como blusa, globo, planta.
· c)
os alunos da escola menos prestigiada G tendem a aplicar mais frequentemente a variante prestigiada e os alunos da escola menos prestigiada A, a variante mais estigmatizada.
Alternativa assinalada
· d)
os alunos das escolas A e C tendem a aplicar mais frequentemente, em comparação aos alunos das outras escolas, a variável prestigiada na ocorrência de encontro consonantal de palavras como blusa, globo, planta.
· e)
os alunos da escola mais prestigiada são os que mais tendem a aplicar a variante mais prestigiada na ocorrência de encontro consonantal de palavras como blusa, globo, planta.
3)
"Oralidade e escrita são práticas e usos da língua com características próprias, mas não suficientemente opostas para caracterizar dois sistemas linguísticos nem uma dicotomia. Ambas permitem a construção de textos coesos e coerentes, ambas permitem a elaboração de raciocínios abstratos e exposições formais e informais, variações estilísticas, sociais, dialetais e assim por diante. As limitações e os alcances de cada uma estão dados pelo potencial do meio básico de sua realização. Som de um lado e grafia de outro...".
 
Considerando a proposta de Marcuschi (2001) acerca de uma visão nãodicotômica das variações entre a modalidade oral e a modalidade escrita, avalie as seguintes afirmações:
I. A fala apresenta estratégias que viabilizam a sua produção, tais como hesitação, reformulação, repetição e inserção. Todas essas estratégias devem ser suprimidas em uma retextualização para um texto escrito, pois são exclusivas da oralidade e não têm função na escrita.
II. Na escrita, ao contrário da fala, não podemos observar nenhum traço linguístico da identidade do falante, tais como sua classe social, sua idade, seu gênero, já que a pronúncia não é representada foneticamente na escrita.
III. As estratégias de construção do texto falado podem estar presentes também na escrita para fins expressivos, como causar efeitos de informalidade, espontaneidade, proximidade com o leitor.
IV. As exposições orais produzidas por jornalistas, por atores, por professores e por certos políticos, por exemplo, estão mais próximas, no continuum, da escrita, pois são planejados previamente e submetidos a alguma pré-formatação que pode estar relacionada a práticas de escrita.
É correto apenas o que se afirma em:
Alternativas:
· a)
I e II.
· b)
I e III.
· c)
II e III.
· d)
III e IV.
Alternativa assinalada
· e)
II e IV.
4)
"Um indivíduo pode usar um desvio e fazê-lo por várias vezes, sem exercer com isso qualquer influência na língua. O início da mudança linguística só acontece quando outros falantes adotam o novo traço e o empregam convencionalmente para transmitir formas e significados. Embora a inovação possa começar em virtude da influência de uma pessoa importante, não é o ato de inovar que muda a língua, mas o de influir. Por conseguinte, a mudança e sua primeira difusão ocorrem ao mesmo tempo". 
(LABOV, 1994 apud MONTEIRO, J. L. Para compreender Labov. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2008, p.125-6.)
 
Considerando essa afirmação de Labov e a sua teoria da mudança linguística, avalie as seguintes afirmações.
I. Não é possível compreender o desenvolvimento da mudança linguística fora da vida social da comunidade na qual ela ocorre.
II. As formas inovadoras só começam a ser imitadas por outros grupos sociais quando começam a ter significado social.
III. É o ato de inovar que muda a língua: se um falante inova alguma forma linguística, a mudança linguística se difunde na comunidade.
IV. O processo de mudança linguística se inicia sempre na classe social com maior prestígio.   
É correto apenas o que se afirma nos itens: 
Alternativas:
· a)
I e II.
Alternativa assinalada
· b)
I e III.
_______________________________________________________________________
1)
"Em tese, a escolha de uma língua oficial por parte de um Estado deveria possuir muito mais implicações administrativas que coletivas e/ou individuais. O foco do processo visa à eleição de uma língua que possa ser utilizada pelo Estado, majoritariamente em seus negócios. Essa língua passa, então, a ser uma referência estatal para seus cidadãos e para a comunidade dos demais Estados internacionais. Sabemos, entretanto, que alguns aspectos que transcendem a seara administrativa, tais quais a noção de identidade e pertencimento, vêm a reboque quando se discute a positivação de uma língua no texto constitucional de uma nação. Não foi à toa que o constituinte originário brasileiro alocou topograficamente o Art. 13 no capítulo da Constituição que trata dos direitos da nacionalidade, agrupando-o com os símbolos nacionais."    
(ABREU, R. Prolegômenos para a compreensão dos direitos linguísticos: uma leitura a partir da Constituição da República Federativa do Brasil. In: FREITAG, R. M. K. et al. Sociolinguística e política linguística – olhares contemporâneos. São Paulo: Bluncher, 2015. Disponível em: <https://www.blucher.com.br/livro/detalhes/sociolinguistica-e-politica-linguistica-1202>. Acesso em: 1 jul. 2017.)      
 
"Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios."
(BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil,1988.)
Sobre a determinação da oficialização de uma língua, é correto afirmar que
Alternativas:
· a)
os Estados têm estabelecida em sua constituição uma única língua oficial.
· b)
é o Estado que determina a língua oficial do país e esta deve corresponder à língua falada pela maioria da população.
· c)
é o Estado que determina a língua oficial do país e nem sempre esta é a língua da maioria da população.
Alternativa assinalada
· d)
é o uso linguístico feito pela população que determina a língua que será oficializada no país.
· e)
a língua oficial de uma nação é correspondente à língua materna de uma das etnias nativas da comunidade nacional.
2)
"Na Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 13, vimos a língua portuguesa ser enunciada como ‘o idioma oficial da República Federativa do Brasil’. Como língua oficial de nosso país, o português é a língua obrigatória em todos os documentos e atos oficiais e no ensino de modo geral. Isto não implica, entretanto, uma confluência automática entre língua oficial e língua materna, considerando-se o multilinguismo existente em território brasileiro. [...] São línguas distintas coexistindo em uma mesma comunidade nacional, estando o português, língua majoritária, a conviver não só com as línguas indígenas, mas também com as línguas dos imigrantes que aqui se fixaram: o polonês, o alemão, o ucraniano, o italiano, o japonês, o coreano, o chinês etc."
(FERRAZ, A. P. O panorama linguístico brasileiro: a coexistência de línguas minoritárias com o português. Filologia e Linguística Portuguesa, São Paulo, n. 9, p. 43-73, 2007. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/flp/article/view/59772/62881>. Acesso em: 13 jul. 2017.)
As línguas indígenas, juntamente com as línguas de imigração e as línguas de comunidades afro-brasileiras, são, no Brasil, línguas minoritárias porque
Alternativas:
· a)
são línguas de grupos nativos que foram sendo dizimados ao longo da colonização.
· b)
são línguas de grupos imigrantes que falam línguas estrangeiras não valorizadas no Brasil.
· c)
são línguas veiculares que não passam por processos de padronização.
· d)
são línguas de grupos menos poderosos cuja língua materna não é a língua oficial do país.
Alternativa assinalada
· e)
são línguas que sofrem processos de padronização pelo Estado e não podem ser usadas pelos grupos.
3)
[...] um país é formado de uma comunidade de falantes, e muitas dessas comunidades, senão todas, são bilíngues ou multilíngues. Isto porque há uma estimativa de que existam 6.700 línguas no mundo, para 200 estados-nações oficializados. Embora exista um enorme número de línguas em todo o mundo, há determinados países com maior concentração de línguas, dentre os quais está o Brasil:
 
Fonte: Bassani (2015, p. 7)
 
Considerando esses dados e os estudos sobre contatos entre línguas, avalie as afirmativas a seguir:
I. A situação de multilinguismo é mais comum que a de monolinguismo, pois, apesar de alguns países terem somente uma língua nacional oficialmente reconhecida, podem abrigar diversas pessoas ou comunidades bilíngues ou multilíngues que preservam o uso de suas línguas maternas.
II. As milhares de línguas existentes atualmente estão concentradas nos países que sofreram colonização europeia, sendo que uma exceção é os Estados Unidos, país no qual impera o monolinguismo, já que a língua oficial é a língua franca global.
III. A situação de multilinguismo é pouco comum nos países da Europa, pois nesses países, houve na formação dos estados-nação a política de monolinguismo e não houve ondas imigratórias como ocorreram nos países colonizados.
IV. O mito do monolinguismo no Brasil decorre do fato de a força sociocultural da língua portuguesa ter se  estabelecido historicamente por meio de condições políticas, econômicas e socioculturais que resultaram na imposição dessa única língua em detrimento de todas as outras. 
É correto apenas o que se afirma em:Alternativas:
· a)
I e II.  
· b)
II e III.
· c)
I e IV.
Alternativa assinalada
· d)
I, II e III.
· e)
I, II e IV.
4)
"A palavra /mamãu/ (mamão) foi incorporada ao Guatõ sem nenhuma adaptação morfológica, por iniciar-se em português pela sílaba ma-, coincidente com o prefixo determinativo do Guatõ, que ocorre marcando substantivos livres de contexto. A palavra /morimãu/ (limão) provém do português [oli’mãw] (o limão), a que se acrescentou o prefixo determinativo: /ma-/ + /orimãu/ + /morimãu/. Como o Guatõ não tem consoantes laterais, o /l/ do português foi substituído pelo /r/."
(PALACIO, A. P. Guatõ: a língua dos índios conoeiros do Rio Paraguai. 1984. 155f. Tese (Doutorado em Linguística) - Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.)       
 
Considerando a descrição acima sobre os resultados do contato entre a língua portuguesa e a língua indígena guatõ, avalie as afirmativas a seguir:
I. Não se pode considerar que os itens mamão e limão foram emprestados da Língua Portuguesa, pois eles sofreram modificações na morfologia e na pronúncia, descaracterizando as palavras originais.
II. O texto retrata a ocorrência de empréstimos linguísticos no nível lexical decorrentes do contato linguístico entre duas línguas: o Português e o Guatõ.
III. O texto retrata a ocorrência de empréstimos linguísticos na Língua Portuguesa derivados da língua indígena Guatõ, que por ter estado em contato com aquela língua no período de colonização interferiu na construção de seu léxico.
IV. O texto descreve a atuação da interferência da Língua Portuguesa na formação da Língua Guatõ, o que ocasiona, no nível lexical, os empréstimos linguísticos de palavras do campo lexical das frutas.
Está correto apenas o que se afirma em:
Alternativas:
· a)
I e II.
· b)
II e IV.
Alternativa assinalada
· c)
II e III.
· d)
I, II e III.
· e)
II, III e IV.
____________________________________________________________________
1)
“Como foi discutido em vários capítulos deste livro, a Sociolinguística é uma ciência que nasceu preocupada com o desempenho escolar de crianças oriundas de grupos sociais ou étnicos de menor poder econômico e cultura predominantemente oral. Seu desenvolvimento foi pautado por dois princípios: o relativismo cultural e a heterogeneidade linguística inerente e sistemática.”
(BORTONI-RICARDO, S. N. Manual de sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2014, p. 157.)
É correto afirmar que o princípio da heterogeneidade linguística, mencionado pela autora, importa ao trabalho com a variação nos processos de ensino-aprendizagem porque
Alternativas:
· a)
postula que toda língua natural é marcada pela variação, portanto, o ensino de língua materna deve também partir desse princípio.
Alternativa assinalada
· b)
postula que toda língua natural contém uma norma padrão, portanto, o ensino de língua materna deve se voltar para essa variedade linguística.          
· c)
considera que há línguas e variedades linguísticas subdesenvolvidas, portanto, o ensino de língua materna deve minimizar esse déficit.
· d)
considera que todas as variedades linguísticas são igualmente adequadas aos contextos dos falantes, posição que deve ser fortalecida pelo ensino.          
· e)
demonstra que toda língua natural é marcada por variação, portanto, o ensino de língua materna deve coibir esse processo.
2)
“O exemplo mais conhecido, e o mais expressivo, destes códigos é uma experiência que consiste em pedir às crianças que descrevam uma história em quadrinhos sem texto. As crianças provindas dos meios desfavorecidos vão produzir um texto quase sem sentido, sem o suporte das imagens: “Eles jogam futebol, ele chuta, quebra a vidraça etc.”, enquanto as crianças saídas de meios favorecidos vão produzir um texto autônomo: “Meninos jogam futebol, um deles chuta, a bola atravessa a janela e quebra a vidraça etc.”
(CALVET, L. J. Sociolinguística: uma introdução crítica. São Paulo: Parábola, 2002, p. 26.)
Esse experimento, conduzido por Bernstein, foi posteriormente compreendido como uma interpretação relacionada ao
Alternativas:
· a)
mito do déficit linguístico, pois considera haver uma proporção entre o nível de complexidade das variedades linguísticas e a posição e o prestígio das classes sociais.
· b)
relativismo cultural, pois associa o nível de desenvolvimento de uma variedade linguística ao nível de tecnologia das comunidades de fala à qual o falante pertence.
· c)
mito do déficit cognitivo, pois analisa as variedades linguísticas dos falantes com base em diferentes capacidades que possuiriam de acordo com a classe social.
Alternativa assinalada
· d)
mito do déficit cognitivo, pois analisa as variedades linguísticas em função das lesões e dos comprometimentos neurológicos que possam ter seus falantes.
· e)
mito do déficit linguístico, pois considera haver uma proporção entre o nível de complexidade das variedades linguísticas e a sua proximidade com a norma padrão.          
3)
Considere as seguintes propostas de abordagem da variação linguística em sala de aula:
 
I. O ensino deve ocorrer com base na norma padrão e na norma culta, com correções das inadequações que não corresponderem a isso.
II. As aulas podem fomentar uma postura de valorização das variedades linguísticas estigmatizadas.
III. As aulas podem se pautar por atividades tanto na norma padrão como nas variedades dos alunos.
IV. O ensino deve ocorrer com base na variedade linguística do aluno, sem correções gramaticais.
Correspondem a abordagens consideradas equivocadas para o tratamento da variação em sala de aula as afirmativas:         
Alternativas:
· a)
II e III.
· b)
I e II.
· c)
I e III.
· d)
II e IV.  
Alternativa assinalada
· e)
I e IV.
4)
Na discussão sobre gramática, linguística e ensino, frequentemente são encontrados diferentes pontos de vista acerca do que deve ser ensinado nas aulas de língua portuguesa. Alguns desses pontos de vista sustentam que as aulas devam ensinar:
 
I. competências e habilidades linguísticas
II. regras gramaticais
III. gêneros textuais orais e escritos
IV. norma-padrão
Entre as afirmações acima, é correto afirmar que          
Alternativas:
· a)
os itens I e IV correspondem a uma perspectiva descritiva sobre o ensino de língua portuguesa.         
· b)
os itens III e IV correspondem a trabalhos ainda não realizados no ensino brasileiro de língua portuguesa.
· c)
os itens I e III correspondem ao que foi privilegiado no ensino de língua portuguesa brasileiro até o século XX.
· d)
os itens II e IV correspondem a uma perspectiva normativista sobre o ensino de língua portuguesa.
Alternativa assinalada
· e)
os itens II e III correspondem a perspectivas opostas cuja aplicação no ensino não pode ser realizada.

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