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Processual Penal

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BIZU PARA ESTUDO – DIREITO PROCESSUAL PENAL
Sistemas Processuais:
Sistema processual é um conjunto de normas e princípios que regem o Direito Processual Penal numa determinada região e num dado período histórico. Pela doutrina, são três os Sistemas Processuais:
Sistema inquisitorial
Sistema Acusatório
Sistema Misto
SISTEMA INQUISITORIAL OU INQUISITIVO
            É caracterizado pela concentração das funções de acusar, julgar e defender em uma única pessoa: o juiz inquisidor. O juiz inquisidor, que era representante do Rei, concentrava poderes em um reflexo do Regime Absolutista. Inicia a persecução penal de ofício, colhe provas e decide (fato que compromete a sua imparcialidade para o julgamento). Além disso, neste sistema não existe contraditório (a ausência de partes inviabiliza tal princípio), os atos são sempre escritos e vigora a sigilosidade.
No sistema inquisitivo o réu não é visto como sujeito de direitos, mas como objeto do processo. Adotava-se para a valoração da prova o sistema da prova legal ou Tarifada, com hierarquia pré-determinada entre as provas. A confissão era considerada como a “rainha das provas”.
 O processo era sigiloso e nem mesmo o acusado tinha acesso as provas contra ele produzidas. Todavia, a execução da pena era pública para que servisse de exemplo aos demais membros da comunidade.
O sistema inquisitorial foi adotado pelo Direito canônico entre os séculos XIII e XVIII e admite o princípio da verdade real (busca da verdade absoluta – que aceita, inclusive, métodos como a tortura para a obtenção da confissão. Perdeu força com a Revolução Francesa quando os ideais liberais consagram o sistema acusatório.
SISTEMA ACUSATÓRIO
            O sistema acusatório mostra-se mais democrático, pois há a nítida separação entre as funções de acusar, defender e julgar. Por haver partes distintas exercendo cada uma das funções, garante-se a equidistância do juiz. Caracteriza-se pela imparcialidade do magistrado, o efetivo exercício do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa e pela publicidade. Rege-se pelo princípio da busca da verdade.
No sistema acusatório vige o princípio do livre convencimento motivado ou persuasão racional, pelo qual não há hierarquia pré-determinada entre provas, podendo o juiz utilizar qualquer delas para a formação da convicção desde que fundamente sua decisão.
É o sistema adotado no Brasil. Não há previsão expressa na CF/88 de que o sistema adotado no Brasil é o acusatório.
SISTEMA MISTO, FRANCÊS OU ACUSATÓRIO FORMAL
            Mistura características do Sistema Inquisitivo e do Acusatório. O processo se desdobra em duas fases. A primeira fase é essencialmente inquisitiva, caracterizada por uma instrução preliminar a cargo do juiz, sigilosa, escrita, sem contraditório, cujo objetivo é apurar a materialidade e autoria do crime.
A segunda fase, de natureza acusatória, admite o exercício do contraditório e da ampla defesa. Esse modelo surge na França, no século XVIII. Sob o enfoque Constitucional não há dúvida de que o sistema acusatório é o que foi consagrado, porém sob o enfoque do CPP e de acordo com a realidade da Jurisprudência, têm-se no Brasil um sistema acusatório misto em razão da influência de algumas normas de caráter inquisitivo que dão poderes instrutórios ao juiz, a exemplo os artigos 5º, II e 13, II, ambos do Código de Processo Penal.
Da Investigação Criminal:
A investigação criminal é o ponto de partida da persecução penal. É o início da atividade de verificação de determinado fato, supostamente criminoso.
 Veja-se que, mesmo fora do processo-crime, a investigação, em si, enquanto origem do saber e do conhecimento, é o ponto de partida de todas as coisas que o homem pretende ter conhecimento. Ou seja, tudo se origina do saber e o homem está sempre atrás do conhecimento. A investigação, assim, é a pesquisa, a atividade de busca do saber, seja por curiosidade ou satisfação do intelecto.
No direito criminal, entretanto, muito além da investigação que visa o aprendizado de algo para fins de satisfação pessoal, há a necessidade dessa atividade, determinada e disciplinada por lei, visando a satisfação do interesse público. A investigação surge, assim, como mandamento imprescindível do sistema de justiça criminal, pois espelha a "necessidade de pesquisa da verdade real e dos meios de poder prová-la em juízo", viabilizando a correta aplicação da lei penal.
A investigação criminal permeia todo o procedimento de apuração da responsabilidade penal do sujeito praticante de um crime, pois, em um primeiro momento, inicia a busca pelo conhecimento do fato e todas as suas circunstâncias e, posteriormente, possibilita sua análise pelos atores do sistema de justiça criminal, viabilizando a experimentação da verdade provável, com base nos elementos que se obteve nesse processo.
Feitas essas constatações, pretendemos fornecer a conceituação de investigação criminal sob dois aspectos: prático e jurídico.
Sob o aspecto prático, conceituamos a investigação criminal como o conjunto de diligências preliminares devidamente formalizadas que, nos limites da lei, se destinam a apurar a existência, materialidade, circunstâncias e autoria de uma infração penal, coletando provas e elementos de informações que poderão ser utilizadas na persecução penal.
Do ponto de vista jurídico, a investigação criminal é por nós definida como a atividade estatal destinada a elucidação de fatos supostamente criminosos, apresentando "tríplice funcionalidade", i.e, na apuração desses fatos, a investigação criminal possui três funções: evitar imputações infundadas (função garantidora); preservar a prova e os meios de sua obtenção (função preservadora); propiciar justa causa para a ação penal ou impedir sua inauguração (função preparatória ou inibidora do processo criminal).
Inquérito Policial:
Inquérito policial encontra seu fundamento legal do artigo 4º ao artigo 23 do Código de Processo Penal (CPP). Ele pode ser definido como o conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária para a apuração de uma infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da ação penal (o MP ou o ofendido, a depender do tipo de crime) possa ingressar em juízo.
Características do Inquérito Policial:
O inquérito policial possui algumas características, atreladas à sua natureza. São elas:
Administrativo: por ser instaurado e conduzido por uma autoridade policial (Delegado de Polícia), possui caráter administrativo, portanto, o Inquérito Policial não é fase do processo, mas é pré-processual.
Sigiloso: o IP é sigiloso em relação às pessoas do povo. Por se tratar de mero procedimento investigatório, não havendo interesse que justifique sua publicidade. Todavia, via de regra, ele não é sigiloso em relação aos envolvidos, podendo, entretanto, ser decretado sigilo em relação a determinadas peças, quando necessário para o sucesso da investigação.
Escrito: Todos os atos produzidos no bojo do IP deverão ser escritos, e reduzidos a termo aqueles que forem orais.
Inquisitorial (inquisitivo): no IP não há acusação, mas investigação. Por ser inquisitivo, não há direito ao contraditório nem à ampla defesa.
Dispensável: O IP não é obrigatório. Dado seu caráter informativo (busca reunir informações), caso o titular da ação penal já possua todos os elementos necessários ao oferecimento da ação, o Inquérito será dispensável.
Oficial: O IP é conduzido por um órgão oficial do Estado.
Indisponível: Uma vez instaurado o IP, não pode a autoridade policial arquivá-lo, pois esta atribuição é exclusiva do Judiciário, quando o titular da ação penal assim o requerer.
Discricionário: A autoridade policial pode conduzir a investigação da maneira que entender mais frutífera, sem necessidade de seguir um padrão pré-estabelecido.
Oficioso: Em se tratando de crime de ação penal pública incondicionada, a autoridade policial deve instaurar o Inquérito Policial de ofício sempre que tiver notícia da prática de um delito desta natureza.
Conclusão do Inquérito Policial:
Após a instauração do IP, algumas diligênciasinvestigatórias devem ser adotadas pela autoridade policial, podendo também ser requeridas pelo indiciado e pelo ofendido.  Após concluídas as investigações, o IP será encerrado e encaminhado ao Juiz. O CPP prevê dois prazos para o encerramento do IP:
Indiciado solto: prazo de 30 dias;
Indiciado preso: 10 dias.
Estes prazos (10 dias e 30 dias) são a regra prevista no CPP. Entretanto, existem exceções previstas em outras leis:
Crimes de competência da Justiça Federal: 15 dias para indiciado preso (prorrogável por até 15 dias) e 30 dias para indiciado solto;
Crimes da Lei de Drogas: 30 dias para indiciado preso e 90 dias para indiciado solto. Podem ser duplicados em ambos os casos;
Crimes contra a economia popular:  10 dias tanto para indiciado preso quanto para indiciado solto;
Crimes militares (Inquérito Policial Militar): 20 dias para indiciado preso e 40 dias para indiciado solto (pode ser prorrogado por mais 20 dias).
Da Ação Penal:
A Ação Penal encontra seu fundamento legal do artigo 24 ao artigo 62 do Código de Processo Penal (CPP). Podemos conceituar “ação” como um poder político constitucional de acudir aos tribunais para formular a pretensão acusatória diante de uma lesão na seara criminal.
Classificação da ação penal:
A ação penal é classificada a partir da sua legitimação ativa, tomando em conta a natureza do crime praticado, dividindo-se em:
Ação penal pública: gênero utilizado para designar a ação penal intentada pelo Ministério Público. Subdivide-se em:
Incondicionada: quando a atuação do Ministério Público não depende de nenhuma condição. É a regra no processo penal brasileiro;
Condicionada: nos casos em que a atuação do Ministério Público é dependente de uma condição normativa. É exceção e só vai existir diante de previsão expressa;
Subsidiária da pública: representa situações em que um órgão do Ministério Público atua diante da omissão de outro.
Ação penal privada: aquela cuja iniciativa foi outorgada ao particular. Subdivide-se em:
Ação penal privada exclusiva: o desencadeamento do processo depende da própria iniciativa da vítima ou de seu representante legal. Não há inicial legitimidade para o Estado atuar;
Ação penal privada personalíssima: a titularidade compete única e exclusivamente ao próprio ofendido, não é cabível a sucessão processual, ou seja, o representante legal da vítima não poderá atuar;
Ação penal privada subsidiária da pública: uma ação penal privada ajuizada em relação a crime de ação pública, justificando-se quando, esgotado o prazo do Ministério Público, este não ofereceu a denúncia.
Espécies de Ação Penal:
Nós iremos agora destacar brevemente cada espécie de ação penal para, posteriormente, fazer uma análise aprofundada. Existem os seguintes tipos de ação penal:
· Ação Penal Pública Incondicionada
· Ação Penal Pública Condicionada à Representação
· Ação Penal Pública Condicionada à Requisição
· Ação Penal Privada Exclusiva
· Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
· Ação Penal Privada Personalíssima
A regra geral é a utilização da Ação Penal Pública Incondicionada, em que a titularidade é do Ministério Público. Entretanto, existem algumas circunstâncias que demandam as outras espécies de ação, as quais iremos estudar agora.
Ação Penal Pública
A Ação Penal Pública é utilizada para o processamento dos crimes que envolvem não somente o bem jurídico violado da vítima, mas também o interesse comum de punição pelo Estado.
A grande maioria dos crimes é processada desta forma, é a regra geral. A identificação de um delito que deve ser processado por meio de Ação Penal Pública se dá no próprio tipo penal, quando não prevê outro procedimento.
Chama-se de "incondicionada" porque a proposição pelo Ministério Público não depende da representação ou iniciativa de nenhuma outra pessoa (seja o ofendido, os familiares ou algum membro específico dos órgãos estatais).
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO
Esta espécie de ação também envolve o interesse comum de punição pelo Estado, mas possui um requisito especial para ser proposta pelo Ministério Público, que é a representação pelo ofendido.
A pessoa que teve o seu bem jurídico lesado deve tomar a iniciativa em conseguir a punição do agente e o Ministério Público fica condicionado à esta representação para poder efetuar os procedimentos de acusação.
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REQUISIÇÃO
Situação ainda mais específica é a existência de crime contra a honra do Presidente da República, onde a proposição de Ação Penal depende da requisição do Ministro da Justiça. É uma situação semelhante à representação, com a diferença de que no presente caso a iniciativa não é do ofendido, mas sim do titular de um cargo oficial do governo.
Ação Penal Privada
Diferentemente das Ações Penais Públicas, as Ações Penais Privadas se relacionam mais intimamente com o ofendido e o seu bem jurídico que foi violado ou ofendido.
Apesar de considerar a gravidade da conduta do agente, entende-se que a ofensa é extremamente específica à vítima e que, portanto, é ela quem devem tomar a iniciativa de propor a ação. Portanto, a titularidade é do ofendido.
AÇÃO PENAL PRIVADA EXCLUSIVA
Trata-se da ação usada nas hipóteses em que a lei confere ao ofendido a possibilidade de escolher entre provocar ou não o poder judiciário. Isso porque considera-se que a possível exposição da vítima ao processo pode ser mais onerosa do que a impunidade do agente.
AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA
Esta espécie de ação é muito semelhante a exclusiva, entretanto possui um caráter ainda mais íntimo, tendo em vista que somente o ofendido poderá iniciar a persecução penal. Quando se trata da outra espécie, ainda é possível que o cônjuge ou parentes próximos entrem com a queixa-crime no poder judiciário, mas a ação personalíssima é restrita à vítima do crime.
AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
Por fim, existe a previsão constitucional da Ação Privada Subsidiária da Pública, que pode ser proposta nos casos em que o Ministério Público é omisso ou inerte, deixando correr o prazo para fazer a denúncia. Nesta hipótese, o particular pode tomar a iniciativa.
Jurisdição e Competência:
Jurisdição é o poder que o Estado detém, constitucionalmente assegurado, para aplicar a lei a fim de resolver conflitos. Assim, trata-se do poder/dever do Estado de, quando provocado (princípio da inércia), intervir numa relação entre duas partes para solucionar uma lide.
Se jurisdição é o poder de dizer a lei, competência é a delimitação desse poder, que é estabelecida através das normas. Assim, competência é uma permissão legal para exercer uma fração do poder jurisdicional.
A jurisdição gera, então, por meio de um representante do Estado (Juiz), uma solução impositiva e definitiva, substituindo a vontade das partes, vez que a sentença gera coisa julgada, não podendo as partes buscarem o judiciário para resolver o mesmo conflito.
Por outro lado, a competência representa uma fração da jurisdição. 
Como expressão de um poder do Estado, o qual não pode ser fracionado, a jurisdição tem caráter uno e indivisível. Mas, para viabilizar o melhor exercício da jurisdição, por razões práticas e para melhor administração de justiça, ela é distribuída entre os órgãos jurisdicionais. Os critérios determinados pela legislação para essa distribuição chamam-se competência.
Assim, em poucas palavras, a jurisdição é o poder/dever do Estado de resolver uma lide quando for provocado pelas partes, e competência são os critérios determinados pela lei para distribuir a jurisdição, facilitando o seu exercício.
Os dois institutos possuem como fontes normativas a Constituição Federal e o Código de Processo Civil.
 
BIZU PARA ESTUDO 
–
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL
 
 
Sistemas Processuais
:
 
 
Sistema processual é um conjunto de normas e princípios que regem o Direito Processual Penal 
numa determinada região e num dado período histórico. Pela doutrina, são três os Sistemas 
Processuais:
 
Sistema inquisitorial
 
Sistema Acusatório
 
Sistema Misto
 
SISTE
MAINQUISITORIAL OU INQUISITIVO
 
 
 
É caracterizado pela concentração das funções de acusar, julgar e defender em uma 
única pessoa: o juiz inquisidor
. O juiz inquisidor, que era representante do Rei, concentrava 
poderes em um reflexo do Regime Abso
lutista. Inicia a persecução penal de ofício, colhe provas 
e decide (fato que compromete a sua imparcialidade para o julgamento). Além disso,
 
neste 
sistema não existe contraditório
 
(a ausência de partes inviabiliza tal princípio), os atos são 
sempre escrit
os e vigora a sigilosidade.
 
No sistema inquisitivo o réu não é visto como sujeito de direitos, mas como objeto do processo. 
Adotava
-
se para a valoração da prova o sistema da prova legal ou Tarifada, com hierarquia 
pré
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determinada entre as provas. A confiss
ão era considerada como a “rainha das provas”.
 
 
O processo era sigiloso e nem mesmo o acusado tinha acesso as provas contra ele produzidas. 
Todavia, a execução da pena era pública para que servisse de exemplo aos demais membros da 
comunidade.
 
O sistema inq
uisitorial foi adotado pelo Direito canônico entre os séculos XIII e XVIII e admite o 
princípio da verdade real (busca da verdade absoluta 
–
 
que aceita, inclusive, métodos como a 
tortura para a obtenção da confissão. Perdeu força com a Revolução Francesa q
uando os ideais 
liberais consagram o sistema acusatório.
 
SISTEMA ACUSATÓRIO
 
 
 
O sistema acusatório mostra
-
se mais democrático,
 
pois há a nítida separação entre as 
funções de acusar, defender e julgar.
 
Por haver partes distintas exercendo cada uma das 
funções, garante
-
se a equidistância do juiz.
 
Caracteriza
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se pela imparcialidade do magistrado, 
o efetivo exercício do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa e pela 
publicidade.
 
Rege
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se pel
o princípio da busca da verdade.
 
No sistema acusatório vige o princípio do livre convencimento motivado ou persuasão racional, 
pelo qual não há hierarquia pré
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determinada entre provas, podendo o juiz utilizar qualquer 
delas para a formação da convicção
 
des
de que fundamente sua decisão.
 
É o sistema adotado no Brasil.
 
Não há previsão expressa na CF/88 de que o sistema adotado 
no Brasil é o acusatório.
 
 
 
 
 
 
BIZU PARA ESTUDO – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
Sistemas Processuais: 
 
Sistema processual é um conjunto de normas e princípios que regem o Direito Processual Penal 
numa determinada região e num dado período histórico. Pela doutrina, são três os Sistemas 
Processuais: 
Sistema inquisitorial 
Sistema Acusatório 
Sistema Misto 
SISTEMA INQUISITORIAL OU INQUISITIVO 
 É caracterizado pela concentração das funções de acusar, julgar e defender em uma 
única pessoa: o juiz inquisidor. O juiz inquisidor, que era representante do Rei, concentrava 
poderes em um reflexo do Regime Absolutista. Inicia a persecução penal de ofício, colhe provas 
e decide (fato que compromete a sua imparcialidade para o julgamento). Além disso, neste 
sistema não existe contraditório (a ausência de partes inviabiliza tal princípio), os atos são 
sempre escritos e vigora a sigilosidade. 
No sistema inquisitivo o réu não é visto como sujeito de direitos, mas como objeto do processo. 
Adotava-se para a valoração da prova o sistema da prova legal ou Tarifada, com hierarquia 
pré-determinada entre as provas. A confissão era considerada como a “rainha das provas”. 
 O processo era sigiloso e nem mesmo o acusado tinha acesso as provas contra ele produzidas. 
Todavia, a execução da pena era pública para que servisse de exemplo aos demais membros da 
comunidade. 
O sistema inquisitorial foi adotado pelo Direito canônico entre os séculos XIII e XVIII e admite o 
princípio da verdade real (busca da verdade absoluta – que aceita, inclusive, métodos como a 
tortura para a obtenção da confissão. Perdeu força com a Revolução Francesa quando os ideais 
liberais consagram o sistema acusatório. 
SISTEMA ACUSATÓRIO 
 O sistema acusatório mostra-se mais democrático, pois há a nítida separação entre as 
funções de acusar, defender e julgar. Por haver partes distintas exercendo cada uma das 
funções, garante-se a equidistância do juiz. Caracteriza-se pela imparcialidade do magistrado, 
o efetivo exercício do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa e pela 
publicidade. Rege-se pelo princípio da busca da verdade. 
No sistema acusatório vige o princípio do livre convencimento motivado ou persuasão racional, 
pelo qual não há hierarquia pré-determinada entre provas, podendo o juiz utilizar qualquer 
delas para a formação da convicção desde que fundamente sua decisão. 
É o sistema adotado no Brasil. Não há previsão expressa na CF/88 de que o sistema adotado 
no Brasil é o acusatório.