Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA TRIÂNGULO MINEIRO- Campus Uberlândia AVALIAÇÃO DE MERCADO 1. Como o Marketing vem auxiliando as cadeias agrícolas do Brasil em relação ao mercado consumidor? O Marketing está presente através de suas ações em todo sistema produtivo de uma sociedade. Atualmente as áreas de saúde, educação, serviço, tecnologia, humanas, e claro o agronegócio, temos uma percepção clara quanto a contribuição na diversidade de produtos e serviços ofertados. Esta mesma ciência mercadológica tem como objetivo principal satisfazer necessidades, atingindo objetivos claros com todos os envolvidos no processo, atendendo com satisfação plena e qualidade o cliente, a empresa e colaborador interno. Conhecer a indústria do agronegócio inicia pelo entendimento de como funciona todo o processo sistêmico e produtivo. A primeira base de estudo, inicia através do entendimento do conceito do que vem a ser agricultura. Ela é a área que cultiva os campos, as terras, lavoura, cultura, ou o conjunto de operações que transformam o solo natural para a produção de vegetais úteis para o ser humano. Uma gestão de marketing consiste em estabelecer objetivos, estratégias e táticas que ajudem o produtor a decidir sobre a sua produção e comercialização, para manter um diferencial competitivo. As empresas dependem de planos estratégicos para seu desenvolvimento, consolidação e sobrevivência, em um mercado implacável, competitivo e globalizado. Cenários econômicos instáveis e mudanças de conceitos no consumo, exigem dos gestores novas abordagens, com o enfoque no capital humano qualificado e estratégias direcionadas, que as permita, vencer estes desafios e crescer de forma sólida e sustentável. Neste contexto, e na contramão do cenário Macroeconômico, o Agronegócio Brasileiro necessita diretamente do Marketing para maximizar seu potencial, como segmento forte e imprescindível para recuperação e crescimento da economia Brasileira e mundial. O Marketing no Agronegócio Brasileiro tem uma importante missão institucional e social, além de agregar valor a marcas e produtos, amplamente diversificados e segmentados. A Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA) divulgou pesquisa mostrando que a internet já faz parte do dia a dia no campo. Segundo os dados, desde 2013 houve um aumento de 48% no uso de dispositivos móveis por agricultores rurais – em 2013, 13% utilizavam a tecnologia, já em 2017 o número atingiu 61%. Desse último número, 96% possuíam pelo menos uma conta em uma rede social. E três delas eram mais utilizadas: Whatsapp (96%), Facebook (67%) e Youtube (24%). A participação efetiva na Gestão Estratégica de Marketing nos processos administrativos do Agronegócio tornou-se fundamental, do ponto de vista que agrega valor a cadeia produtiva e seus produtos e marcas. A descomoditização dos produtos agrícolas permite a cadeia produtiva reinventar-se, produzindo valor agregado, esta nova visão mercadológica, atende novas demandas, a qual o consumidor buscar por experiências únicas, diferenciadas, participativas e customizadas. A utilização do Marketing estratégico proporciona ao Agronegócio uma nova leitura de strategic business, tendo em consideração uma agropecuária orientada para as demandas de consumo, seu perfil demográfico, estilo de vida, regras alimentares, novas estruturas familiares, menores em algumas regiões, maiores em outras, alimentação, o avanço da medicina influenciará na forma com que o cliente final se relacionará com o alimento. O Marketing tem a função de identificar o que motivas as pessoas, e atender estas necessidades, através de produtos e marcas posicionadas estrategicamente. Portanto, é necessário compreender que o marketing vai além, da publicidade, comunicação, vendas e promoções, para atingir as percepções das mentes humanas, aspirações, sonhos, desejos, prazeres, dores, sentidos da vida, e como tudo isso interage com a realidade e suas possibilidades. O caminho é sem volta, não nos basta mais ter a tecnologia, demanda, e a graça divina do solo fértil, o segredo estará na competência para usá-las, de ponta a ponta na cadeia produtiva, dando assim um novo sentido para o negócio chamado, Agronegócio. 2. Cada cadeia agrícola é única e precisa estar em sintonia constante com todos os elos que a constituem. Desta forma, destaque uma cadeia de sua escolha e revele como ela se organiza ao longo das empresas que a compõe. Qual é o papel do produtor rural neste processo. Qual é a importância logística nesta cadeia? A cadeia produtiva do agronegócio pode ser definida como todos os processos que ocorrem desde os insumos básicos até a transformação no produto final. Ou seja, envolve todas as etapas que o insumo sofre até se tornar um produto. Essas etapas, ou operações, são interligadas como uma corrente que tem uma finalidade comercial. Estrutura da cadeia produtiva A cadeia do agronegócio é constituída por algumas etapas. Cada uma delas é essencial para que o sistema seja comercialmente viável. Insumos A primeira etapa da cadeia consiste em empresas fornecedoras de insumos para fazendas. São itens como sementes, adubo, calcário, ração para os animais, máquinas, tecnologia, entre outros. É essencial que os insumos tenham qualidade e cheguem até o produtor rural em perfeito estado. Produção A produção recebe os insumos para gerar commodities por meio de sua plantação. Onde os agricultores são os agentes, cuja função é proceder o uso da terra para produção, isso é feito no caso de produtos como madeira, cereais, oleaginosas, carne, leite, entre outros. Essa produção pode ser feita em fazendas, sítios, granjas, hortas, tudo vai depender do tipo de produto. Processamento Dentre as mais importantes etapas do agronegócio está o processamento. Se trata da transformação final dos produtos para serem consumidos. Podemos tomar como exemplo o processamento da soja para se obter o óleo. Nessa etapa é fundamental selecionar os melhores itens para que o produto final tenha qualidade. Distribuição Assim que os produtos estão prontos, vão para atacadistas/distribuidores e então para os varejistas, onde serão vendidos. Por se tratar de itens perecíveis, é crucial que o tempo de viagem da mercadoria até as lojas e supermercados seja o menor possível. Desse modo, o consumidor receberá produtos mais frescos. Consumidor final A última etapa das cadeias produtivas do agronegócio é quando o produto chega até o consumidor final. Essa última fase pode acontecer em pontos de venda no país ou externo (quando é feita a exportação para outros países). OS IMPACTOS DE UMA BOA GESTÃO LOGÍSTICA NO AGRONEGÓCIO Para que toda a produção seja um sucesso, é necessário que o empreendedor domine a sua cadeia produtiva, principalmente a área de logística, que é a peça-chave para concluir todo o ciclo. A logística no agronegócio cuida de toda a movimentação de seus materiais, como o transporte dos suprimentos dentro da produção e o carregamento para entregar o produto ao consumidor final. Além disso, as suas atividades se relacionam com muitos outros processos, como o de compras, armazenamento e distribuição de produtos. Todas essas operações devem ser realizadas com agilidade e qualidade. Dentro da participação logística no agronegócio, ela pode ser dividida em três partes integradas: a logística de suprimentos; logística das operações de apoio à produção agropecuária; e logística de distribuição. Logística de Suprimentos Na cadeia produtiva agroindustrial, a logística de suprimentos cuida especialmente da forma como os insumos e os serviços fluem até as empresas componentes de cada cadeia produtiva. Assim, garantindo que estejam disponíveis com a finalidade de reduzir os custos de produção ou de comercialização.Os insumos agropecuários têm pesos muito elevados na composição dos custos de produção das empresas. Com isso, alguns deles têm seu preço de transporte mais elevado que seu próprio preço de aquisição. Como exemplo, o calcário agrícola é de baixo valor agregado, mas com transporte geralmente superior dependendo o volume e da distância do moinho até a fazenda. Logística de apoio à produção agropecuária Dentro da gestão do processo produtivo, ao que envolve suprimento de insumos, procura-se conduzir o empreendimento para atingir eficácia e eficiência. Já do ponto de vista da logística, deve-se procurar a racionalização dos processos operacionais para transferência de materiais. O que envolve, também, informações sobre estoques e o plano de aplicação de cada produto, quantidade e o período de sua utilização. Então, a logística procura movimentar somente as quantidades necessárias, sem formar estoques excessivos e imobilizados, evitando a falta, com consequentes correrias de última hora, de acordo com a capacidade do empreendimento. Obtida a produção, a logística se ocupará da movimentação dos produtos, como transporte interno, manuseio, armazenagem primária, estoques primários, entregas, estoques finais e controles diversos. Logística de Distribuição Os produtos agropecuários de modo geral são perecíveis. Por isso, cada um necessita de tratamento pós-colheita diferenciado, necessitando cuidados quanto ao transporte, embalagens apropriadas, armazenagem a temperaturas adequadas e controle da umidade relativa do ar. Outra característica é a sazonalidade da produção, salvo exceções. Por exemplo, por conta das condições climáticas do local. alguns produtos são colhidos uma vez por ano em cada região. O desafio nessa etapa, é que o transporte atenda as características dos produtos em suas especifidades, não permitindo a perda na qualidade, assegurando a pontualidade na entrega. A logística é parte essencial da produção do agronegócio, envolvendo a produção agrícola e pecuária e, para que os produtos sejam entregues com qualidade as três partes da logística devem trabalhar de forma integrada completando uma à outra, sempre com eficácia e eficiência. Em outras palavras, os produtos serão entregues da melhor maneira possível permitindo que os dois setores cresçam e se desenvolvam, com as melhores práticas e os menores custos. 3. Imagine uma nova proposta de desenvolvimento de produto: um hambúrguer totalmente feito de proteína vegetal. É importante destacar que o segmento VEGANO já engloba 25% do mercado mundial de alimentos e no brasil apresenta um crescimento de 37% ao ano. Monte uma estratégia de mercado para desenvolver e comercializar este produto por meio da BRF sem desestruturar o mercado de proteína animal, que é mais convencional para empresa. De acordo com o Ibope Inteligência, realizado em abril de 2018, 14% da população brasileira se declara vegetariana. Onde, em regiões metropolitanas, como Rio de Janeiro e São Paulo, este número sobe para 16%. Nessa perspectiva, ambos números já exibem o alto crescimento dos vegetarianos, já que, em 2012, todos os vegetarianos somavam apenas 8% de toda a população. Em 2011, o IBOPE fez sua primeira pesquisa para entender quantos brasileiros se declaram vegetarianos, e o resultado mostrou eram 9% da população, cerca de 17,5 milhões. Já em 2012, o IBOPE repetiu a pesquisa, e os resultados apresentaram uma queda: 8% da população, cerca de 15,2 milhões de brasileiros, se declarava vegetariana. No ano de 2018, o IBOPE repetiu novamente essa pesquisa, e os resultados foram bem diferentes. Atualmente 14% da população é vegetariana, cerca de 29,2 milhões de pessoas. Além disso, o IBOPE trouxe dados importantes para o mercado: – 55% dos entrevistados disseram que poderiam consumir mais produtos veganos se houvesse uma melhor sinalização nas embalagens. – 61% daria preferência para alimentos veganos se esses produtos tivessem preços semelhantes aos produtos de animal. Ao se atentar aos dados das pesquisas é possível ver um grande futuro e ótimas oportunidades no mercado vegano. Cada vez se torna mais claro que o veganismo é o estilo de vida do futuro, e quem está atento nesse movimento, pode ter grandes chances de sucesso. BRF cria nova linha de produtos da marca Sadia Veg&Tal, trazendo um hambúrguer totalmente feito de proteína vegetal, composto de proteína de soja, beterraba, óleo de coco e óleo de girassol. O hambúrguer será produzido pela empresa holandesa Vivera Foodgroup, a empresa BRF fechou contrato com marca holandesa após pesquisa no mundo, com 14 diferentes tecnologias de produção de processados à base de proteína vegetal antes de fechar o acordo comercial. A BRF preferiu não ser pioneira no lançamento de processados congelados à base de vegetais porque deu prioridade à busca de uma tecnologia que permitisse a produção de itens “com sabor e qualidade e que agradem ao paladar do brasileiro”. Inicialmente, a linha Veg&Tal está disponível para o estado de São Paulo, que é a cidade que se encontra no ranking de adeptos do vegetarianismo e veganismo em todo o pais (conforme mapa Veg), haverá distribuição no Sudeste, mas a expectativa é expandir para o Brasil todo. O preço sugerido para o hambúrguer é de R$ 19,90. De acordo com a empresa, a meta da BRF é que as linhas dessa plataforma contribuam com 10% da receita líquida da empresa em 2023. Hoje, perfazem 3%. “Inovação é um pilar estratégico nosso. Dentro da plataforma, o objetivo é que 10% da receita venha de inovação.” E, embora esteja entrando nesse mercado depois de outras grandes do setor de carnes, a BRF tem grandes ambições. A empresa “investiu para ser líder” no segmento que começa a surgir no Brasil, objetivando que a preferência do consumidor prevaleça também nessa categoria. O consumidor alvo da nova linha de produtos da BRF são vegetarianos, veganos e também os chamados “flexetarianos”, aqueles que querem variar a refeição e terão a opção de escolher o produto à base vegetal. Com avanço no mercado de proteína vegetal foi reforçado foco na inovação, a empresa avalia que deve corresponder por 10% da receita até 2023.
Compartilhar