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Aula 8 - Hepatites virais TEAMS

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HEPATITES VIRAIS 
Por representarem um problema de saúde pública no Brasil, as hepatites
virais são de notificação compulsória desde o ano de 1996. A melhoria das
condições de higiene e de saneamento básico das populações, a vacinação
contra o vírus da hepatite B e as novas técnicas moleculares de diagnóstico do
vírus da hepatite C constituem fatores potencialmente associados às
transformações no perfil dessas doenças.
Ministério Saúde, 2019
Hepatites virais
Epidemiologia
Ministério Saúde, 2019
Hepatites Virais
Epidemiologia
Ministério Saúde, 2019
Hepatites Virais
Epidemiologia
Hepatites virais
São doenças causadas por diferentes vírus hepatotrópicos que
apresentam características distintas.
Possuem distribuição universal e são observadas diferenças regionais de
acordo com o agente etiológico.
O homem → reservatório de maior importância epidemiológica. Na
hepatite E→ suínos, roedores e aves também podem ser reservatórios.
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Agentes etiológicos → os mais relevantes são os vírus → A (HAV), B
(HBV), C (HCV), D (HDV) e E (HEV).
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Hepatites virais
Modo de transmissão
Na hepatite C, a transmissão 
vertical é menos frequente.
Hepatites virais
Considerações gerais
Hepatites virais
Manifestações clínicas – Hepatite aguda
Hepatites virais
Manifestações clínicas – Hepatite crônica
Hepatites B, C e D. 
Hepatites virais
Manifestações clínicas – Hepatite fulminante
Hepatites virais
Complicações
→ Risco de cronificação pelo HBV depende da
idade na qual ocorre a infecção.
→ Em menores de 1 ano, chega a 90%; entre 1 e
5 anos, o risco varia entre 20 e 50%; e em
adultos, é de cerca de 10%.
→ Para o vírus C, a taxa de cronificação varia entre 60 e
90%.
→ Na hepatite D, a cronicidade é elevada na superinfecção, chegando a
mais de 70% dos casos, e menor na coinfecção, por volta de 5%.
✓ Nos casos crônicos das hepatites B, C e D → pode ocorrer
cirrose hepática e suas complicações, além de carcinoma
hepatocelular.
Hepatites virais
Diagnóstico clínico 
→ A anamnese do paciente é fundamental para estabelecer as
hipóteses diagnósticas e direcionar a investigação laboratorial na
suspeita de hepatites virais.
→ Deve ser realizada avaliando-se a faixa etária, a história pregressa e a
presença de fatores de risco, como o compartilhamento de
instrumentos para o uso de drogas injetáveis, prática sexual não segura,
convivência intradomiciliar e intrainstitucional com pacientes
portadores de hepatite, condições sanitárias, ambientais e de higiene,
entre outros.
→ Contudo, convém lembrar que não é possível determinar a etiologia
de uma hepatite aguda apenas com base em dados clínicos e
epidemiológicos, exceto em casos e surtos de hepatite A.
Hepatites virais
Diagnóstico laboratorial - Inespecífico
Hepatites virais
Diagnóstico laboratorial - Específico
HEPATITE A
Pesquisa de Anti-HAV IgM, IgG e total;
HEPATITE B
Pesquisa de antígeno de superfície do HBV (HBsAg); anticorpo IgM contra o 
antígeno do capsídeo (Anti-HBc IgM); Anti-HBc total; Anti-HBs; HBeAg; Anti-Hbe;
HEPATITE C
Anti-HCV; HCV-RNA;
Anti-HEV IgM ; Anti-HEV IgG; Anti-HEV Total; 
HEPATITE E
HEPATITE D
Anti-HCV; HCV-RNA; Anti-HDV total; HDV-RNA;
Hepatites virais
Diagnóstico laboratorial - Específico
HEPATITE C
Hepatites virais
Diagnóstico
→ As hepatites virais são doenças de notificação compulsória
regular (em até 7 dias).
→ Portanto, todos os casos confirmados e surtos devem ser
notificados e registrados no Sistema de Informação de Agravos
de Notificação (Sinan).
Hepatites virais
Tratamento
Alguns medicamentos utilizados: Alfapeguinterferona / Entecavir / Tenofovir /
Sofosbuvir + daclatasvir / Ledipasvir.
Exceto para hepatite C e 
hepatite B aguda grave.
Hepatites virais
Prognóstico
HEPATITE A
→ Geralmente, após 3
meses o paciente
está recuperado.
HEPATITE B
→ Bom prognóstico,
com resolução da
infecção em cerca de
90 a 95% dos casos.
→ A cronificação é
mais prevalente nos
casos de transmissão
vertical ou de
infecção durante a
infância.
HEPATITE C
→ Cura espontânea
após a infecção
aguda pelo HCV
pode ocorrer em 25
a 50%.
→ Como os sintomas
são, muitas vezes,
escassos e
inespecíficos, a
doença evolui
durante décadas
sem diagnóstico.
Hepatites virais
Prognóstico
HEPATITE D
→ Na superinfecção, a
cronicidade é
significativamente maior
(70%), em comparação ao
que ocorre na coinfecção
(5%).
HEPATITE E
→ Não há relato de evolução
para a cronicidade ou viremia
persistente. Em gestantes,
porém, a hepatite é mais
grave e pode apresentar
formas fulminantes.
Hepatites virais
Prevenção
Orientação de instituições coletivas, como creches, pré-escolas e outras, sobre as
medidas adequadas de higiene, desinfecção de objetos, bancadas e chão, utilizando-
se hipoclorito de sódio 2,5% ou água sanitária.
Para as hepatites A e E, após a identificação dos primeiros casos, estabelecer
medidas de cuidado com a água de consumo, a manipulação de alimentos, e as
condições de higiene e saneamento básico junto à comunidade e aos familiares.
Para casos de hepatites B, C e D, nas situações em que suspeite de infecção coletiva
– em serviços de saúde, fornecedores de sangue ou hemoderivados, em que não
sejam adotadas as medidas de biossegurança, buscando a fonte de infecção.
Solicitação de exames no pré-natal (hepatite B).
Solicitação de sorologia de hepatites para os doadores e receptores de órgãos.
Hepatites virais
Prevenção
Vacinação Hepatite A e B.
Para prevenção de hepatites B, C e D, de transmissão sanguínea e sexual, os
indivíduos devem ser orientados sobre a importância do não compartilhamento de
objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente,
materiais de manicure e pedicure. Além disso, as pessoas que usam drogas injetáveis
e/ou inaláveis devem ser orientadas sobre a importância do não compartilhamento
de agulhas, seringas, canudos e cachimbos.
Realização de ações de educação: além das medidas de controle específicas para as
hepatites virais, ações de educação em saúde devem ser desenvolvidas para os
profissionais de saúde e para a comunidade em geral.
BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico. Virais 2019. Brasília:
Ministério da Saúde, 2019.
BRASIL. Ministério da saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para
hepatite B e coinfecções. Brasília, 2017.
BRASIL. Ministério da saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para
hepatite C e coinfecções. Brasília, 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de
Vigilância em Saúde. ed 3. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
Referências Bibliográficas

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