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TICs Semana 6 – Tipos de hepatite viral Discente: Cecília da Silva Tourinho Turma: XXXIII – SOI IV Quais os cinco principais tipos de hepatites virais conhecidas? Quais as diferenças clínicas entre elas? Quais possuem vacina disponível? As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Trata-se da inflamação do fígado, gerando lesão tecidual, provocada por diferentes agentes etiológicos com tropismo primário pelos hepatócitos, e que apresentam características distintas. Do ponto de vista clínico e epidemiológico, existem cinco tipos de hepatite mais relevantes: hepatite A (vírus HAV), hepatite B (vírus HBV), hepatite C (vírus HCV), hepatite D (vírus HDV) e hepatite E (vírus HEV). Em relação às formas de transmissão, as hepatites A e E são transmitidas predominantemente pela via fecal-oral, estando associadas a condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. Menos frequentemente, também pode haver transmissão interpessoal, sexual ou por transfusão sanguínea. Já as hepatites B, C e D possuem diversos mecanismos de transmissão, como o parenteral, sexual, compartilhamento de objetos contaminados, transfusão sanguínea e a via vertical (da mãe para o filho). No caso da hepatite B, a transmissão via sexual é a principal, enquanto na C e D, é muito comum infecção pelo uso de drogas inalatórias e endovenosas. De maneira geral, as hepatites possuem manifestações clínicas semelhantes, normalmente apresentando-se assintomáticas. Um quadro típico de hepatite aguda manifesta sintomas inespecíficos como mal-estar, febre, astenia, dor abdominal, náuseas, além da ocorrência de icterícia, colúria e acolia fecal. Apenas os vírus B, C e D têm potencial para desenvolver a forma crônica de hepatite, o que aumenta o risco de evolução para uma cirrose e carcinoma hepatocelular. Dentre esses três, a hepatite do tipo C é a que mais tem casos de cronificação, enquanto a hepatite fulminante é extremamente rara. Vale ressaltar que, em gestantes, a hepatite E possui alto risco de mortalidade. Atualmente, existe imunização para os tipos de hepatite A e B, de modo que, a vacina para hepatite B é responsável concomitantemente pela prevenção da hepatite D. Ambas compõem o Calendário Nacional de Vacinação e são disponibilizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina da hepatite A deve ser feita em crianças a partir de 15 meses a 5 anos incompletos, dose única. Já a vacina da hepatite B permanece disponível, independente da faixa etária. O esquema básico se constitui de três doses, com intervalo recomendado de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias entre primeira e a terceira dose. Ao receber as doses necessárias, conforme o esquema vacinal, a pessoa adquire proteção pelo resto da vida. 1 - Principais características dos vírus que causam a hepatite Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde / MS (p. 411) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Brasil. Ministério da Saúde / Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais. Brasília, 2018. Disponível em: https://qualitr.paginas.ufsc.br/files/2018/08/manual_tecnico_hepatites_08_2018_web. pdf. Acesso em: 15 mar. 2023. Brasil. Ministério da Saúde / Secretaria de Vigilância em Saúde. Hepatites Virais. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0044_M2.pdf. Acesso em: 15 mar. 2023. https://qualitr.paginas.ufsc.br/files/2018/08/manual_tecnico_hepatites_08_2018_web.pdf https://qualitr.paginas.ufsc.br/files/2018/08/manual_tecnico_hepatites_08_2018_web.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0044_M2.pdf
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