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Oficina de PecIas 2A Fase OAB - Carolina Carvalhal

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Direito Penal:
Professora Carolina Carvalhal
(profcarolcarvalhal@gmail.com)
XIII EXAME DA OAB – 2014
Diogo está sendo regularmente processado pela prática dos crimes de violação de domicílio (artigo 150, do CP)
em concurso material com o crime de furto qualificado pela escalada (artigo 155, § 4º, II, do CP). Isso porque,
segundo narrou a inicial acusatória, no dia 10/11/2012 (sábado), Diogo pulou o muro de cerca de três metros
que guarnecia a casa da vítima e, então, após ingressar clandestinamente na residência, subtraiu diversos
pertences e valores, a saber: três anéis de ouro, dois relógios de ouro, dois aparelhos de telefone celular, um
notebook e quinhentos reais em espécie, totalizando R$9.000,00 (nove mil reais). Na audiência de instrução e
julgamento, realizada em 29/08/2013 (quinta-feira), foram ouvidas duas testemunhas de acusação que, cada
uma a seu turno, disseram ter visto Diogo pular o muro da residência da vítima e dali sair, cerca de vinte
minutos após, levando uma mochila cheia. A defesa, por sua vez, não apresentou testemunhas. Também na
audiência de instrução e julgamento foi exibido um DVD contendo as imagens gravadas pelas câmeras de
segurança presentes na casa da vítima, sendo certo que à defesa foi assegurado o acesso ao conteúdo do DVD,
mas essa se manifestou no sentido de que nada havia a impugnar. Nas imagens exibidas em audiência ficou
constatado (dada a nitidez das mesmas) que fora Diogo quem realmente pulou o muro da residência e realizou
a subtração dos bens. Em seu interrogatório o réu exerceu o direito ao silêncio. Em alegações finais orais, o
Ministério Público exibiu cópia de sentença prolatada cerca de uma semana antes (ainda sem trânsito em
julgado definitivo, portanto), onde se condenou o réu pela prática, em 25/12/2012 (terça-feira), do crime de
estelionato. A defesa, em alegações finais, limitou-se a falar do princípio do estado de inocência, bem como
que eventual silêncio do réu não poderia importar-lhe em prejuízo.
XIII EXAME DA OAB – 2014
O Juiz, então, proferiu sentença em audiência condenando Diogo pela prática do crime de violação de
domicílio em concurso material com o crime de furto qualificado pela escalada. Para a dosimetria da pena o
magistrado ponderou o fato de que nenhum dos bens subtraídos fora recuperado. Além disso, fez incidir a
circunstância agravante da reincidência, pois considerou que a condenação de Diogo pelo crime de estelionato
o faria reincidente. O total da condenação foi de 4 anos e 40 dias de reclusão em regime inicial semi-aberto e
multa à proporção de um trigésimo do salário mínimo. Por fim, o magistrado, na sentença, deixou claro que
Diogo não fazia jus a nenhum outro benefício legal, haja vista o fato de não preencher os requisitos para tanto.
A sentença foi lida em audiência. O advogado(a) de Diogo, atento(a) tão somente às informações descritas no
texto, deve apresentar o recurso cabível à impugnação da decisão, respeitando as formalidades legais e
desenvolvendo, de maneira fundamentada, as teses defensivas pertinentes. O recurso deve ser datado com o
último dia cabível para a interposição
XIII EXAME DA OAB – 2014
O examinando deverá elaborar um recurso de apelação, com fundamento no artigo 593, I do CPP, apenas. A
petição de interposição deverá ser endereçada ao Juiz da Vara Criminal. As razões do recurso deverão ser
endereçadas ao Tribunal de Justiça. No mérito, o examinando deve alegar que: (i) O crime de violação de
domicílio deve ser absorvido pelo delito de furto qualificado, pois configurou um crime-meio, essencial à
execução do crime-fim, que era o furto qualificado. Assim, deve ser excluída a condenação pelo delito de
violação de domicílio, restando, apenas, o delito de furto qualificado; ii) Não há que se falar em reincidência,
nos termos do artigo 63, do CP. Note-se que o delito em análise não foi praticado após o trânsito em julgado de
condenação anterior. Uma simples sentença condenatória não tem o condão de gerar reincidência; (iii)
Levando em conta o afastamento do delito de violação de domicílio, bem como o afastamento da circunstância
agravante da reincidência, o réu fará jus à diminuição da pena e consequente modificação de seu regime de
cumprimento, passando do semi-aberto para o aberto, nos termos do artigo 33, §2º, c, do CP; (iv) Levando em
conta o afastamento da reincidência, verifica-se que o réu faz jus à substituição da pena privativa de liberdade
por pena restritiva de direitos, nos termos do artigo 44, do CP. Ao final, o examinando deverá elaborar os
seguintes pedidos: (i) Absolvição do crime de violação de domicílio; (ii) Afastamento da circunstância agravante
da reincidência; (iii) Consequente diminuição da pena; (iv) Consequente fixação do regime aberto para
cumprimento de pena; (v) Substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. Levando
em conta o comando da questão, que determina datar as peças com o último dia do prazo cabível para a
interposição, ambas as petições (interposição e razões do recurso) deverão ser datadas do dia 03/09/2013.
XIII EXAME DA OAB – 2014
Código de Processo Penal
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular;
Código Penal
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em
regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
§ 1º - Considera-se:
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
XIII EXAME DA OAB – 2014
Código Penal
Art. 33 (...)
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais
rigoroso:
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá,
desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início,
cumpri-la em regime aberto.
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios
previstos no art. 59 deste Código.
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento
da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os
acréscimos legais.
XIII EXAME DA OAB – 2014
Código Penal
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo
II – o réu não for reincidente em crime doloso;
III – a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias
indicarem que essa substituição seja suficiente.
§ 1o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior
a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de
direitos.
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja
socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimentoinjustificado da restrição
imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o
saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão.
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão,
podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/1998/Mv1447-98.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9714.htm
XIII EXAME DA OAB – 2014
Código Penal
Reincidência
Art. 63 - Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a
sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Violação de domicílio
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas
dependências:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas
em lei, ou com abuso do poder.
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
(...)
XIII EXAME DA OAB – 2014
Código Penal
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
(...)
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
APELAÇÃO
Nome Apelação
Artigo Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: I – das sentenças definitivas de
condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; II – das decisões definitivas, ou
com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo
anterior; III – das decisões do Tribunal do Júri, quando: a) ocorrer nulidade posterior à
pronúncia; b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos
jurados; c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de
segurança; d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. §
1.º Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas
dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação. § 2.º Interposta a
apelação com fundamento no n.º III, “c”, deste artigo, o tribunal ad quem, se lhe der
provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança. § 3.º Se a
apelação se fundar no n.º III, “d”, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que
a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á
provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo
motivo, segunda apelação. § 4.º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o
recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
Art. 82 da Lei 9.099/1995. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença
caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício
no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. § 1.º A apelação será
interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério Público,
pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do
recorrente. § 2.º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita no prazo de
dez dias. § 3.º As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita magnética a
que alude o § 3.º do art. 65 desta Lei. § 4.º As partes serão intimadas da data da sessão
de julgamento pela imprensa. § 5.º Se a sentença for confirmada pelos próprios
fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão.
APELAÇÃO (cont.)
Prazo 5 dias (art. 593) 5 dias por termo + 8 para razões (art. 600) 
10 dias (art. 82 da Lei 9.099/1995)
Serve para Reforma de sentença penal
Observações Recurso por excelência mais amplo e abrangente do Processo Penal. Podendo ser
apresentado em sua totalidade na 1.ª instância ou com possibilidade de razões
recursais em 2.ª instância, como disciplina o art. 600 do CPP. Observemos que
este recurso tem um prazo diferenciado e mais extenso em sede de Juizado
Especial Criminal, para onde remetemos o leitor. Prazo este de 10 dias, pois
acredita o legislador que, como no procedimento sumaríssimo do juizado vigoram
os princípios da celeridade, informalidade e oralidade, o apelante teria que ter
mais tempo para elaboração do recurso. Além disso, cuidado precisamos ter em
endereçar nossas razões recursais não ao Tribunal de 2.ª instância, e sim às
Turmas Recursais. Seguindo os alertas que precisam ser feitos, outra apelação
que no momento da elaboração precisa ser feita com um cuidado a mais são
aquelas interpostas das decisões proferidas pelo Tribunal do Júri. Primeiro a folha
de rosto deve ser direcionada ao Juiz-Presidente e, em segundo lugar, em relação
ao pedido que, nem sempre, será de um novo julgamento ou de reforma. Nesse
sentido, muita atenção ao inciso III do art. 593. Exemplificando, caso a apelação
tenha sido fundamentada em decisão dos jurados manifestamente contrária à
prova dos autos, a apelação deverá ter como pedido um novo julgamento, pois,
com base na soberania dos veredictos, o Tribunal de 2.ª instância não poderá
reformar o teor da decisão (art. 593, III, § 3.º, do CPP).
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA _________ DO 
ESTADO DO _____________
(linhas)
_____________________ (nome), qualificado nos autos do processo n.º ________, por seu advogado 
infraassinado, vem, com fulcro no art. 593, inc. _______, interpor recurso de APELAÇÃO por entender, data 
venia, que a sentença de fls. ______ merece ser reformada porque não espelha a realidade dos fatos.
Desde já, requer remessa dos autos ao Egrégio Tribunal ____________ para conhecimento e provimento do 
presente recurso.
N. Termos, 
P. Deferimento,
Município, 
data
Advogado
Inscrição n.º
EGRÉGIO TRIBUNAL______________, 
COLENDA CÂMARA, 
EXCELENTÍSSIMOS DESEMBARGADORES. 
Processo n.º: _________________
Apelante: ______________________ 
Apelado: _______________________ 
Origem: ________________________
RAZÕES RECURSAIS DE APELAÇÃO
Trata-se de sentença penal proferida pelo i. juízo da ___ vara ______, na qual _________________ (transcrição da decisão), 
que merece ser, data venia, reformada pelas razões e fundamentos de direito expostas a seguir:
I – Dos Fatos
II – Das Preliminares 
III – Do Direito 
IV – Do Pedido 
Isto posto, requer o conhecimento do presente recurso a fim de que no mérito seja a sentença reformada com 
______________ (motivação do recurso), nos termos do artigo _______.
N. Termos, 
P. Deferimento.
Local, data 
Nome e Número do Advogado (se fornecido)
XIV EXAME DA OAB – 2014
Felipe, com 18 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Ana, linda jovem, por quem se
encantou. Após um bate-papo informal e troca de beijos, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse
local trocaram carícias, e Ana, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Felipe. Depois da noite
juntos, ambos foram para suas residências,tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais. No dia
seguinte, Felipe, ao acessar a página de Ana na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta
possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Felipe ficado em choque com essa constatação. O seu medo foi
corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público
Estadual, pois o pai de Ana, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato. Por Ana
ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o Ministério Público Estadual
denunciou Felipe pela prática de dois crimes de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do
artigo 69, ambos do Código Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado,
com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada,
prevista no artigo 61, II, alínea “l”, do CP. O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da
cidade de Vitória, no Estado do Espírito Santo, local de residência do réu. Felipe, por ser réu primário, ter bons
antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em liberdade. Na audiência de instrução e julgamento,
a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas
para frequentar bares de adultos. As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não
sabiam das fugas de Ana para sair com as amigas.
XIV EXAME DA OAB – 2014 (cont.) 
As testemunhas de defesa, amigos de Felipe, disseram que o comportamento e a vestimenta da Ana
eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que qualquer pessoa acreditaria ser uma
pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Felipe não estava embriagado quando conheceu Ana. O
réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Ana, por ser muito bonita e por estar bem
vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no local somente pudessem
frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal
na mesma oportunidade, de forma espontânea e voluntária por ambos. A prova pericial atestou que
a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois
a perícia foi realizada longos meses após o ato sexual. O Ministério Público pugnou pela condenação
de Felipe nos termos da denúncia. A defesa de Felipe foi intimada no dia 10 de abril de 2014
(quinta-feira). Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas
pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de
impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes.
XIV EXAME DA OAB – 2014 (cont.) 
O examinando deve redigir alegações finais na forma de memoriais, com fundamento no art. 403, § 3º, do
Código de Processo Penal, sendo a petição dirigida ao juiz da XX Vara Criminal de Vitória, Estado do Espírito
Santo. Conforme narrado no texto da peça prático-profissional, o examinando deveria abordar em suas razões
a necessidade de absolvição do réu diante do erro de tipo escusável, que colimou na atipicidade da conduta.
Conforme ficou narrado no texto da peça prático-profissional, o réu praticou sexo oral e vaginal com uma
menina de 13 (treze) anos, que pelas condições físicas e sociais aparentava ser maior de 14 (quatorze) anos. O
tipo penal descrito no artigo 217- A do CP, estupro de vulnerável, exige que o réu tenha ciência de que se trata
de menor de 14 (quatorze) anos. É certo que o consentimento da vítima não é considerado no estupro de
vulnerável, que visa tutelar a dignidade sexual de pessoas vulneráveis. No entanto, tal reforma penal não exclui
a alegação de erro de tipo essencial, quando verificado, no caso concreto, a absoluta impossibilidade de
conhecimento da idade da vítima. Na leitura da realidade, o réu acreditou estar praticando ato sexual com
pessoa maior de 14 (quatorze) anos, incidindo, portanto, a figura do erro de tipo essencial, descrita no artigo
20, caput, do CP. Como qualquer pessoa naquela circunstância incidiria em erro de tipo essencial e como não
há previsão de estupro de vulnerável de forma culposa, não há outra solução senão a absolvição do réu, com
base no artigo 386, III, do CPP. Por sua vez, o examinando deveria desenvolver que no caso de condenação
haveria a necessidade do reconhecimento de crime único, sendo excluído o concurso material de crimes. A
prática de sexo oral e vaginal no mesmo contexto configura crime único, pois a reforma penal oriunda da lei
12.015/2009 uniu as figuras típicas do atentado violento ao pudor e o estupro numa única figura, sendo,
portanto, um crime misto alternativo.
XIV EXAME DA OAB – 2014 (cont.) 
Prosseguindo em sua argumentação, o examinando deveria rebater o pedido de reconhecimento da agravante
da embriaguez preordenada, pois não foram produzidas provas no sentido de que Felipe se embriagou com
intuito de tomar coragem para a prática do crime, também indicando a presença da atenuante da menoridade.
Por fim, por ser o réu primário, de bons antecedentes e por existir crime único e não concurso material de
crimes, o examinando deveria requerer a fixação da pena-base no mínimo legal, com a consequente fixação do
regime semiaberto. Apesar do crime de estupro de vulnerável, artigo 217- A do CP, estar elencado como
infração hedionda na lei 8.072/90, conforme artigo 1º, IV, o STF declarou a inconstitucionalidade do artigo 2º, §
1º desta lei, sendo certo que o juiz ao fixar o regime inicial para o cumprimento de pena deve analisar a
situação em concreto e não o preceito em abstrato. Assim, diante da ocorrência de crime único, cuja pena será
fixada em 8 (oito) anos de reclusão, sendo o réu primário e de bons antecedentes, o regime semiaberto é a
melhor solução para o réu, pois o artigo 33, §2º, alínea “a”, do CP, impõe o regime fechado para crimes com
penas superiores a 8 (oito) anos, o que não é o caso. Ao final o examinando deveria formular os seguintes
pedidos: a) Absolvição do réu, com base no art. 386, III, do CPP, por ausência de tipicidade; Diante da
condenação, de forma subsidiária: b) Afastamento do concurso material de crimes, sendo reconhecida a
existência de crime único. c) Fixação da pena-base no mínimo legal, o afastamento da agravante da embriaguez
preordenada e a incidência da atenuante da menoridade.
XIV EXAME DA OAB – 2014 (cont.) 
Itens de pontuação do gabarito
Item Pontuação
1 - Endereçamento correto: Interposição para o Juiz da XX Vara Criminal de Vitória, Estado do
Espírito Santo (0,10).
0,00 / 0,10
2 – Indicação correta do dispositivo legal que embasa a alegação final em forma de memorial: art.
403, § 3, do CPP (0,10).
0,00 / 0,10
Mérito
3.1 – Absolvição pelo erro de tipo essencial (0,75), instituto descrito no artigo 20, caput, do CP
(0,10) que gera a atipicidade da conduta (0,25).
0,00 / 0,25 / 0,35 / 0,75 / 0,85/ 1,00 / 1,10
3.2 – Da tese da prática de crime único (0,50), pois o delito de estupro de vulnerável é um tipo
misto alternativo (de conteúdo múltiplo ou variado) (0,25).
0,00 / 0,25 / 0,50 / 0,75
3.3 – Da tese do afastamento da agravante da embriaguez preordenada (0,50) 0,00 / 0,50
3.4 – Da tese da incidência da atenuante da menoridade penal relativa (0,20) 0,00 / 0,20
3.5 – Desenvolvimento jurídico acerca da necessidade de manutenção da penabase no mínimo
legal para o crime de estupro de vulnerável (0,20)
0,00 / 0,20
3.6 – Em consequência da pena base no mínimo legal deve ser fixado o regime semiaberto (0,20),
pois a imposição obrigatória do regime inicial fechado é inconstitucional (0,35).
0,00 / 0,20 / 0,35 / 0,55
Dos pedidos: 4.1. Absolvição do réu (0,20), com base no art. 386, III ou VI, do CPP (0,10), OU
Absolvição do réu (0,20) por ausência de tipicidade; (0,10).
0,00 / 0,10 / 0,20 / 0,30
XIV EXAME DA OAB – 2014 (cont.) 
Itens de pontuação do gabarito
Item Pontuação
4.2 - Diante da condenação,de forma subsidiária: a) Afastamento do concurso material
de crimes, ou reconhecimento de crime único. (0,20)
0,00 / 0,20
b) Incidência da atenuante da menoridade penal relativa. (0,20). 0,00 / 0,20
c) Afastamento da agravante da embriaguez preordenada. (0,20) 0,00 / 0,20
d) Fixação da pena-base no mínimo legal ou diminuição da pena (0,20) 0,00 / 0,20
e) Fixação de regime semiaberto (0,20). 0,00 / 0,20
5. Data (15/04/2014, último dia do prazo) (0,10) 0,00 / 0,10
6. Estrutura correta (indicação de local, data, assinatura, OAB) (0,10). 0,00 / 0,10
XIV EXAME DA OAB – 2014 (cont.) 
Código de Processo Penal
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20
(vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir,
sentença.
§ 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
§ 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por
igual período o tempo de manifestação da defesa.
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco)
dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a
sentença.
Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída
sem as alegações finais.
Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco)
dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença.
XIV EXAME DA OAB – 2014 (cont.) 
Código de Processo Penal
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
I - estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração penal;
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos
do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência;
VII – não existir prova suficiente para a condenação.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm
XIV EXAME DA OAB – 2014 (cont.) 
Código Penal
Erro sobre elementos do tipo
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-
aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado
(...).
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado,
observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso:
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o
princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em
regime aberto.
XIV EXAME DA OAB – 2014 (cont.) 
Código Penal
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência.
§ 2o (VETADO)
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4o Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do consentimento da
vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-640-09.htm
XIV EXAME DA OAB – 2014 (cont.) 
Lei 8.072/1990 (Lei dos crimes hediondos)
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
I - anistia, graça e indulto;
II - fiança e liberdade provisória.
§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida integralmente em regime fechado.
§ 2º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.
§ 3º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de trinta
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
II - fiança.
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da
pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente.
§ 2º A progressão de regime, no caso dos condenados pelos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da
pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente, observado o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 112 da Lei nº 7.210, de 11 de
julho de 1984 (Lei de Execução Penal).
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30
(trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
ALEGAÇÕES FINAIS ESCRITAS POR MEMORIAIS
Nome Alegações finais escritas por memoriais
Artigo Art. 403, § 3.º, do CPP: O juiz poderá, considerada a 
complexidade do caso ou o número de acusados, conceder 
às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a 
apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 
(dez) dias para proferir a sentença. (Incluído pela Lei n.º 
11.719, de 2008) Art. 404. Ordenado diligência considerada 
imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a 
audiência será concluída sem as alegações finais. (Redação 
dada pela Lei n.º 11.719, de 2008) Parágrafo único. Realizada, 
em seguida, a diligência determinada, as partes 
apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas 
alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o 
juiz proferirá a sentença. (Incluído pela Lei n.º 11.719, de 
2008)
Prazo 5 dias (art. 403, § 3.º c/c art. 404, parágrafo único, do CPP)
Serve para Exposição final das teses de acusação e defesa.
ALEGAÇÕES FINAIS ESCRITAS POR MEMORIAIS (Cont.)
Observações A Lei 11.719/2008, recente reforma do CPP, alterou de forma significativa 
as Alegações Finais. Primeiramente, surge uma certa dúvida e 
preocupação com a terminologia. Seria apenas Alegações Finais ou 
Alegações Finais por Memoriais? Acreditamos que esta é uma 
preocupação desnecessária. Ambos os termos, a nosso ver, são 
corretamente utilizados. A principal mudança foi trazer as Alegações 
Finais, como regra, orais. Uma das intenções dessa recente reforma 
processual penal foi em relação à celeridade processual,assim, temos a 
possibilidade de apresentar de forma escrita, quando tivermos 
diligências, peça fundamentada pelo art. 404, parágrafo único, e quando 
o fato for considerado complexo ou pelo número de acusados, 
fundamentada a peça pelo art. 403 § 3.º, do CPP. Essas hipóteses 
possibilitam a apresentação das Alegações Finais por escrito em cinco 
dias. No mais, é uma peça final, de último momento antes da sentença 
penal e que serve para demonstrar e condensar todas as teses acusatórias 
e defensivas. É importante colocarmos em sua elaboração o maior 
número de teses possível, alternativas, se for o caso, e, logicamente, 
demonstrando em primeiro plano a melhor tese. Vale observar, ainda, 
que, nos demais procedimentos (sumário, sumaríssimo, júri etc.), as 
alegações finais serão somente orais, todavia a prática jurídica vem 
permitindo a aplicação por analogia do procedimento ordinário, 
conforme o art. 394, § 1.º, II, do CPP – sumário, quando tiver por objeto 
crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de 
pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei 11.719, de 2008)
ALEGAÇÕES FINAIS ESCRITAS POR MEMORIAIS (cont.)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA ____________ DO ESTADO ______________
Processo n.º _________
_________________ (nome), já qualificado nos autos do processo crime em epígrafe, vem respeitosamente, por seu advogado infra-assinado, com 
fundamento no art. 404 e seu parágrafo único (ou art. 403, §3º, do CPP) do Código de Processo Penal, apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS,
pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
1 – Dos Fatos (...)
2 – Das Preliminares
3 – Do Direito (colocação das teses defensivas, sempre começando pela melhor tese em forma de títulos e com dispositivos de lei) (...)
4 – Do Pedido Diante do exposto, requer-se:
a) O Reconhecimento (...) com a consequente (...); 
b) Caso V.Exa. não entenda pela tese acima exposta que (...); 
c) Ainda, se, porventura, as teses acima expostas não prosperem que (...).
Termos em que Pede Deferimento.
Município, data
Advogado Inscrição n.º

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