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Estudos transversais e ecológicos

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Maria Cecília Moscardini -CMMG 2º período 
 Epidemiologia 
Estudos transversais e ecológicos 
Aula 12 
Estudos transversais ou estudo 
de prevalência 
»Tanto a exposição quanto o desfecho 
são determinados simultaneamente 
para cada individuo 
»Como se fosse uma foto da população 
em determinado tempo 
»Se trata de casos prevalentes, ou seja, 
casos que existem no momento do 
estudo 
»As características dos indivíduos 
classificados como doentes são 
comparadas às daqueles classificados 
como não doentes. 
Característica 
fundamental de um 
delineamento transversal 
seccional 
»NÃO é possível saber se a exposição 
antecede ou é consequência da 
doença/condição relacionada à saúde. 
»Portanto, o delineamento transversal 
seccional é fraco para determinar 
associações do tipo causa-efeito, mas 
adequado para identificar pessoas e 
características passiveis de intervenção 
e gerar hipóteses de causas de doenças 
»Embora um estudo transversal possa 
ser muito sugestivo para a possibilidade 
de um fator ou fatores de risco para 
uma doença, quando uma associação é 
encontrada nesse tipo de estudo, dadas 
as limitações para o estabelecimento das 
relações temporais entre exposição e 
desfecho, dependemos dos estudos de 
coorte e de casos e controles para 
estabelecer as relações etiológicas 
Medida de associação 
Razão de prevalência (RP) = prevalência 
em expostos / prevalência em não 
expostos 
Interpretação das medidas de 
prevalência 
RP>1: associação positiva, numerador 
maior que denominador. A exposição 
está positivamente relacionada com a 
doença 
Epidemiologia 
 
Maria Cecília Moscardini -CMMG 2º período 
RP<1: associação negativa, numerador é 
menor do que denominador. A 
exposição está negativamente 
relacionada com a doença 
RP = 1: não há associação, numerador 
igual denominador. Exposição não está 
relacionada com a doença. 
Exemplo 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que significa RP=1.31 para frequência 
com que o médico explica sobre a 
doença e tratamento? 
Foi observada associação positiva e 
estatisticamente significante (p < 0,05) 
com o desfecho para frequência com 
que o médico explica sobre a doença e 
tratamento (RP = 1,31 para raramente ou 
nunca). 
Este estudo identificou maior 
subutilização de medicamentos entre 
aqueles que não se sentiram 
devidamente informados pelo médico 
acerca da sua doença e do seu 
tratamento. 
Quando fazer um estudo 
transversal 
»São importantes para delinear um 
diagnóstico de saúde de populações 
● Descrever e identificar prevalências 
de doenças, agravos e exposições mais 
comuns 
Maria Cecília Moscardini -CMMG 2º período 
● Permite o reconhecimento de 
subgrupos mais vulneráveis de acordo 
com a extensão ou gravidade do 
problema de saúde ou de acesso aos 
serviços de saúde 
● Delineamento de estudo muito 
requisitado por gestores de saúde, já 
que são fundamentais para a definição 
de prioridades e alocação de 
investimentos e de recursos 
»Necessário amostra representativa da 
população 
Vantagens dos estudos transversais 
» Rápido e relativamente fácil e barato; 
» Estima a prevalência de doenças e 
exposições; 
»Identifica grupos mais expostos ou 
com maior prevalência de um problema; 
» Importante para orientar políticas 
públicas e monitorar tendências na 
população 
Desvantagens dos estudos 
transversais 
» Impossível determinar temporalidade: 
Desconhece se exposição ao fator de 
risco antecede ou sucede a doença → 
causalidade reversa 
»Viés de sobrevida: 
- Doentes mais leves sobrevivem mais, 
portanto, permanecem “prevalentes” 
por mais tempo. 
-Impossível determinar se a exposição 
está associada à maior sobrevida ou à 
ocorrência da doença (ex: doença 
coronariana e cigarro). 
» Não são adequados para a 
investigação de doenças e exposições 
raras (amostra muito grande) 
» Viés de seleção: estudos em amostras 
domiciliares em horário comercial (quem 
trabalha fora será menos representado). 
Estudos ecológicos 
»Uteis para gerar hipóteses para outros 
estudos 
»As unidades de analise são grupos de 
pessoas ao invés de indivíduos 
»A primeira abordagem na 
determinação de uma associação pode 
ser a condução de estudos de 
características coletivas ou de grupos 
»A unidade de analise desse estudo é 
um conjunto de indivíduos 
(denominados agregados), e não 
indivíduos isolados 
»Aborda-se principalmente áreas 
geográficas ou blocos de populações 
bem delimitados 
»Normalmente é comparado a 
proporção de indivíduos expostos 
dentro de cada grupo, com a taxa de 
doença na população estudada, sem 
caracterizar para cada indivíduo as 
condições de caso/não caso e de 
exposto/não exposto 
Maria Cecília Moscardini -CMMG 2º período 
Falácia ecológica 
»Podemos estar atribuindo aos 
membros de um grupo, características 
que eles, na realidade não possuem 
como indivíduos. Pois só, temos dados 
coletivos. Não conhecemos os dados da 
exposição e desfecho para cada 
indivíduo da população. 
Vantagens dos estudos ecológicos 
» Grande capacidade de gerar hipóteses 
de pesquisa 
»Algumas perguntas científicas só 
podem ser avaliadas por este tipo de 
delineamento: 
- Avaliar o papel do contexto social e 
ambiental na determinação da saúde 
- Investigar a relação entre desigualdade 
social e mortalidade 
» Baixo custo e mais rápido 
O que distingue estudos casos-
controles e de coorte de estudos 
ecológicos? 
»Embora todos esses estudos tenham 
grupos de indivíduos, em estudos casos-
controles e de coorte, para cada 
indivíduo há informação sobre 
exposição (se exposto ou não) e 
desfecho (se o indivíduo desenvolveu 
ou a doença).

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