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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA BIOMEDICINA DIAGNÓSTICO POR IMAGEM Profª. Ma.: Raphaella Ingrid Santana Oliveira • Técnica complexa; • Estrutura atômica – Átomos – Moléculas; • Átomo de Hidrogênio; Tudo é formado por átomo. →A junção de átomos forma molécula. →O átomo mais abundante no corpo humano é o átomo de hidrogênio. →Os átomos são caracterizados pelos seus: ▪ Números atômicos = somatório dos prótons do núcleo; e, ▪ Número de massa = somatório de prótons e nêutrons. RMN - INTRODUÇÃO • Núcleos com número de massa ímpar (nº diferentes de prótons e nêutrons) → Núcleos com número de massa ímpar são importantes para RM. Favorece o movimento de rotação. • Número de nêutrons é um pouco maior que o de prótons; RMN - INTRODUÇÃO • Movimentos no átomo: → Os elétrons giram em seu próprio eixo (Spin) → Orbitam o núcleo →Núcleo gira sobre o próprio eixo Os princípios de RM baseiam-se no movimento giratório (spinning). RMN - INTRODUÇÃO → SPIN = Vetor formado pelo momento angular atômico e sua relação com o espaço. • O átomo de H possui um próton no núcleo e um elétron em sua eletrosfera. Essas estruturas subatômicas estão em constante movimento. Esse movimento é desordenado na natureza, isto é, se direcionam aleatoriamente. RMN - INTRODUÇÃO RMN - INTRODUÇÃO Spin e o momento magnético O átomo de hidrogênio, o mais simples da tabela periódica, possui como núcleo o próton. Os prótons são partículas carregadas positivamente, que possuem uma propriedade chamada de spin ou momento angular. O Spin representa o movimento de giro do próton em torno de seu próprio eixo. →Quando este átomo de H é colocado em um grande campo magnético, como a RM, os átomos entrarão em precessão que é, resumidamente, o movimento “giroscópico” do átomo, semelhante ao movimento que faz um pião de madeira girando. RMN - INTRODUÇÃO →Quando entram em precessão, se direcionam na mesma direção do campo magnético, enquanto outra parte deles irá se direcionar de maneira oposta. →A partir desse momento, suas posições poderão ser conhecidas, uma vez que sabemos para onde eles estão apontando, basta por fim aplicar um pulso de radiofrequência (RF) e esperar o sinal da ressonância para mostrar onde, grosseiramente falando, cada SPIN está e qual a sua intensidade de sinal. RMN - INTRODUÇÃO • Movimento Giratório (Spinning) de núcleos específicos em tecidos biológicos; • Spins individuais de prótons e nêutrons no núcleo; • O sentido dos spins não é igual – Spin efetivo ou momento angular – Núcleos ativos em RM. • Nos núcleos com número de massa par, metade gira em um sentido e a metade no outro, ou seja o núcleo não tem spin efetivo. RMN - INTRODUÇÃO • Núcleos ativos em RM: ▪ Tendência de alinhar seus eixos de rotação a um campo magnético aplicado; ▪ Prótons com carga elétrica positiva (Lei da indução eletromagnética) – Momento Magnético (o próton de H se comporta como um pequeno imã) ✓ Núcleos ativos têm carga efetiva e estão em rotação (spin) e se alinham a um campo magnético externo. ✓ O alinhamento é determinado como uma Grandeza Vetorial. ✓ Cada núcleo determina a sensibilidade a RM. RMN - INTRODUÇÃO • Esta analogia é valida se visualizarmos o próton como uma pequena esfera carregada (carga positiva) e girando em torno de seu próprio eixo (spin). • Como para toda partícula carregada em movimento acelerado surge um campo magnético associado, o próton de hidrogênio se comporta como um pequeno magneto, ou um dipolo magnético. RMN - INTRODUÇÃO • Por que o Hidrogênio? ➢É o mais abundante no corpo humano: cerca de 10% do peso corporal se deve ao hidrogênio; ➢As características de RMN se diferem bastante entre o hidrogênio presente no tecido normal e no tecido patológico; ➢O próton do hidrogênio possui o maior momento magnético e, portanto, a maior sensibilidade. RMN - INTRODUÇÃO • O núcleo do Hidrogênio denominado Prótio é o núcleo ativo em RM e utilizado na Clínica; • Próton solitário fornece um momento magnético grande; • H - Possui apenas um elétron em seu nível eletrônico; O número de nêutrons depende do isótopo: prótio (99,98%)(0 nêutrons), deutério (1 nêutron) e trítio (2 nêutrons). RMN - INTRODUÇÃO • Eletromagnetismo – campo magnético é criado quando uma partícula com carga elétrica se movimenta; • Momento magnético – propriedades vetoriais RMN - INTRODUÇÃO • Na tentativa de alinhamento com o campo, e por possuir o spin, surge o movimento chamado de precessão. • Sob ação de um campo magnético, os prótons de hidrogênio irão precessar a uma frequência determinada pela equação de Larmor. • B0 = Campo Magnético Estático Externo • Rotação secundária onde os momentos magnéticos realizam uma trajetória circular (trajetória precessional); • A velocidade é chamada de frequência precessional (mega-hertz (MHz)): ▪ 1 Hz é equivalente a 1 ciclo ou rotação por segundo, ▪ 1 MHz equivale a 1 milhão de ciclos ou rotação por segundo. • Existem 2 populações de núcleos de Hidrogênio: ▪ Spin-down (alta energia) ▪ Spin-up (baixa energia) PRECESSÃO • Alinhamento (potência do campo externo): ▪ Spin-up (paralelo) ▪ Spin-down (antiparalelo) ✓ Vetor de Magnetização Efetivo (VME) - Equilíbrio entre Spin-up e Spin-down. RMN - INTRODUÇÃO • Valor da frequência precessional ▪ A razão girométrica do hidrogênio é de 42,58 MHz/T ❖O hidrogênio tem frequência precessional diferente em diferentes potências de campo. ❖Portanto, se considerarmos uma campo de 1,5T, a frequência de precessão será de 63,87 MHz. ❖Uma regra importante a ser sempre lembrada é que qualquer alteração no valor do campo magnético irá alterar a frequência de precessão. EQUAÇÃO DE LARMOR • VME • A interação entre o campo magnético e o VME é a base para RM • As unidades utilizadas são TESLA (T) e GAUSS (G): ▪ 1 T equivale a 10.000 G Portanto... • É um fenômeno; • Objeto exposto a uma alteração oscilatória que tem uma frequência; • Quando um núcleo é exposto a uma alteração externa, o núcleo ganha energia de força externa; ❖O núcleo ganhará energia e entrará em ressonância! ❖A ressonância não ocorrerá se a energia for aplicada em uma frequência diferente da frequência de Larmor! RESSONÂNCIA EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • É um exame de diagnóstico por imagem que emprega o campo magnético e ondas de radiofrequência (RF), em vez de raios X, para obter imagens seccionais do corpo. • O equipamento é uma máquina com uma cavidade tubular oca central, pela qual o paciente posiciona-se deitado em uma cama que se projeta para dentro desta. • O procedimento pode levar de 20 minutos a uma hora. • É o mais complexo da Imagenologia! A. Sala de comando. B. Sala do aparelho de ressonância magnética. EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • O equipamento varia em forma e tamanho, e apesar da variedade de sistemas de obtenção de imagem por RM disponível, a composição básica é a mesma. • Compreende um sistema de magnetos (imãs), bobinas (antenas emissoras e receptoras de radiofrequência) e computador. • À semelhança da TC, os sinais captados pelo aparelho são transformados em valores numéricos e reconstituídos pelo computador em imagens segmentares AXIAIS, CORONAIS, SAGITAIS E OBLÍQUAS. • É dividida em: . Magneto principal . Bobinas de gradientes de campo magnético . Transmissor e receptor de radiofrequências (RF) . Bobinas de RF (BODY COIL) . Processador de imagens . Sistema de computadores EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • A maior e mais importante parte do sistema é o magneto, o qual compreende um tubo oco horizontal que serve para posicionar o paciente e a área de interesse na porção central desse imã. • A função deste componente é formar um campo magnético estático uniforme, sobre o qual se superpõem os gradientes do campo magnético e os pulsos de RF para a obtenção das imagens. • O tipo e a força do magneto são alguns fatores que contribuem para a qualidade final da imagem. Magneto • Fornece o campo magnético no qual ocorre a precessão dos núcleos; • Existem vários tipos – criar um fortecampo. EQUIPAMENTO E APARELHAGEM Magneto EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • O campo magnético orientado de frente para trás não é um campo magnético qualquer, é muito forte, capaz de produzir um campo magnético centenas de vezes maior que o campo magnético da Terra. • A força do campo magnético é medida em uma unidade chamada tesla (T). Outra medida de magnetismo é o Gauss (1 tesla = 10.000 Gauss). • Os magnetos utilizados hoje em dia são de 0,3T a 3,0T ou 3.000 a 30.000 Gauss, um valor muito expressivo quando comparados ao campo magnético da Terra que mede apenas 0,5 Gauss. NOÇÃO DE QUÃO PODEROSOS SÃO ESSES MAGNETOS! EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • Atualmente, dispõe-se de três principais tipos de magnetos: ➢Magnetos permanentes, resistivos e supercondutores. EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • Magnetos permanentes são constituídos por grandes blocos de material ferromagnético que conservam o magnetismo após serem expostos a outro campo magnético. • É a mais eficiente em termos de consumo de energia e custo operacional pois não requer força eletromotriz ou unidade resfriadora adicional para ativação do campo magnético. • O campo magnético está sempre frequente e com força total, o que significa que não gasta nada para mantê-lo. • Pesado demais, cerca de muitas toneladas no nível 0,3T, o que torna muito difícil a construção de um magneto permanente com um campo mais forte em razão do aumento considerável do peso. • Limitado a campos com pouca intensidade, sendo mais bem utilizado em aparelhos de extremidades. Magnetos permanentes EQUIPAMENTO E APARELHAGEM Magnetos permanentes EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • Consistem em muitas voltas de fios enrolados ao redor de um cilindro por onde passa uma corrente elétrica, o que gera um campo magnético; porém, se a eletricidade for desligada, o campo magnético também se desliga. • Mais baratos de construir do que um supercondutor, mas requerem grandes quantidades de eletricidade para operar devido à resistência natural no fio. • Para fazer esse tipo de magneto operar acima do nível de 0,3 tesla seria extremamente caro. Mais bem utilizados em aparelhos abertos de RM. Magnetos resistivos EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • São os mais utilizados e um pouco semelhante a um magneto resistivo: ele é feito de enrolamentos de fios pelos quais passa uma corrente elétrica que cria o campo magnético. • A diferença importante é que o fio é continuamente banhado em hélio líquido a uma temperatura de -269° C, fazendo com que a resistência no fio caia a zero, reduzindo drasticamente a necessidade elétrica do sistema e tornando seu manuseio muito mais econômico. • Dispõem de sistemas fechados de refrigeração para capturar e recondensar o hélio, reduzindo as necessidades de manutenção. • Podem gerar campos que variam de 0,5T a 3T, produzindo imagens de alta qualidade e utilizados em aparelhos fechados de alto campo. Magnetos supercondutores Magnetos permanentes Magnetos resistivos Magnetos supercondutores EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • Três grupos de bobinas de fios condutores embalados em torno de cilindros de fibra de vidro localizados na carcaça do magneto. • Gradientes são pequenos ímãs capazes de criar pequenos campos magnéticos variáveis, 3 gradientes lineares, para que se possa obter a reconstrução tridimensional de cada plano, a saber: • • OZ: plano de corte transversal (ou axial) • • OY: plano de corte coronal (ou frontal) • • OX: plano de corte sagital • O sistema de gradiente do campo magnético principal compõe-se de três bobinas de gradiente e três amplificadores. O módulo do gradiente converte pulsos digitais analógicos, os quais são conduzidos para os amplificadores. Bobinas de Gradiente • Para a realização de imagens por ressonância de diferentes regiões do corpo é preciso fazer variar o campo magnético numa certa direção provocando assim diferentes frequências de precessão dos prótons de hidrogênio ao longo deste campo magnético. • Campos magnéticos que variam numa certa direção são denominados de campos gradientes. No sistema de RM , os campos gradientes ocupam os três eixos físicos X, Y e Z, respectivamente horizontal, vertical e longitudinal e servem para selecionar o plano e a espessura do corte e codificar espacialmente os sinais provenientes do paciente. EQUIPAMENTO E APARELHAGEM Bobinas de Gradiente • Alterações no campo magnético principal e são gerados por bobinas localizadas no magneto através do qual a corrente passa. • Potência menor. ➢ Existem 3 bobinas de gradiente situadas no tubo do magneto (X, Y e Z): 1. O gradiente Z – LONGITUDINAL = Corte AXIAL 2. O gradiente Y – VERTICAL = Corte CORONAL 3. O gradiente X – HORIZONTAL = Corte SAGITAL GRADIENTE • Um aparelho de Ressonância Magnética é capaz de criar imagens axiais, no plano coronal e no plano sagital, ou qualquer nível entre esses. INCIDÊNCIAS E TIPOS DE CORTES PLANO AXIAL (GRADIENTE Z) • Planos de secção paralelos aos planos cranial e podal, que divide o corpo horizontalmente. PLANO SAGITAL (GRADIENTE X) • Planos de secção paralelos aos planos laterais que divide o corpo em metades direita e esquerda. PLANO CORONAL (GRADIENTE Y) • Planos de secção paralelos aos planos ventral e dorsal, que divide o corpo de forma a separar os planos ventral e dorsal. ESPESSURA DO CORTE • Tem relação com a qualidade de prótons que contribuem com o sinal. Quanto maior a espessura do corte, maior será o sinal de ressonância. • Em estruturas pequenas usa-se cortes finos e em estruturas maiores usa-se corte mais grosseiros. EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • Aplicar ao paciente pulsos de RF (à frequência de Larmor) e detectar o sinal de magnetização transversa sob a forma de um declínio de indução livre ou eco. • Bobinas transmissoras de RF – Sintetizar e transmitir o sinal de RF sob a forma de uma curta e intensa descarga de RF: pulso de radiofrequência. • Bobinas receptoras de RF – Após ser detectado pelas bobinas receptoras, o sinal passa por um pré-amplificador para aumentar sua potência. Informações processadas na faixa de quilohertz (kHz). Sistema de Bobina de Radiofrequência EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • Tipos de bobinas de RF: • Bobinas de volume: “Transceptora”, pode tanto transmitir RF como receber o sinal de RM, abrangendo toda a anatomia e podendo ser utilizada para a aquisição de imagens da cabeça, das extremidades ou de todo o corpo. • Bobinas de superfície: Melhora a relação sinal-ruído (RSR) a se adquirirem imagens de estruturas próximas à superfície do paciente. **A máquina faz grande ruído durante o exame, com marteladas. Isso ocorre pelo aumento da corrente elétrica nos fios dos magnetos dos gradientes, que são opostos ao campo magnético do equipamento. Quanto maior o magneto, maior o barulho, por isso preconiza-se a utilização de protetores auriculares. Sistema de Bobina de Radiofrequência EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • Subdivididos em: • Bobinas de arranjo de fase – Maior cobertura anatômica, tendo como base bobinas e receptores múltiplos gerando uma imagem com melhor RSR e maior cobertura. • Bobinas quadratura – São duas ou mais bobinas de superfície conjugadas de forma que se obtenha simultaneamente o sinal de uma mesma região. RSR melhor que as bobinas de superfície comuns. Sistema de Bobina de Radiofrequência EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • Unidade de controle de pulsos: As bobinas de gradiente são ativadas e desativadas muito rapidamente e em momentos precisos durante o procedimento de exame do paciente. Os amplificadores de gradiente de campo fornecem energia para as bobinas de gradiente. → Unidade de controle de pulsos coordena todas essas funções, de maneira que os amplificadores possam ser ativados e desativados em momentos apropriados. Responsável por coordenar a transmissão e amplificação da RF. A frequência de ressonância é transmitida pelo transceptor ao amplificador e, a partir de então, passa por um monitor de RF que possibilita a transmissão em níveis seguros de RF ao paciente.O sinal de RF recebido pelo paciente é processado pela transformada rápida de Fourier resultando em uma imagem. Sistema de Bobina de Radiofrequência EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • Conjunto de antenas ou bobinas de radiofrequência. Essas “molas” são responsáveis pela transmissão e captação das ondas de radiofrequência para o corpo do paciente. • Existem diferentes antenas para cada parte do corpo: joelhos, ombro, punho, coluna, pescoço, cabeça, etc. Essas antenas geralmente possuem contorno que se adapta anatomicamente à parte do corpo a ser examinada. • São antenas emissoras e receptoras de RF; • São utilizadas para excitar determinada região com pulsos de RF e medir os sinais emitidos pelo tecido, • Influenciam decisivamente na Qualidade da Imagem!!! ✓ Pequena, ✓ Próximo a região. ❖Melhor a qualidade da imagem!!! EQUIPAMENTO E APARELHAGEM Bobinas de Radiofrequência EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • Nos serviços de RM, os processadores de imagens e os sistemas de computadores são semelhantes aos utilizados no nosso dia a dia, existindo, no entanto, softwares específicos para processamento de imagens médicas. Processadores de Imagens e Sistema de Computadores EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • Além de computadores para que haja o processamento matemático e a geração das imagens, é necessário que haja a mesa para o posicionamento do paciente que o deslize para o interior do magneto, colocando a área a ser estudada no centro do campo magnético. • Uma vez que a parte a ser examinada estiver exatamente no centro do magneto, ou isocentro, a avaliação pode ser iniciada. • Quando o paciente entra no equipamento de RM, os bilhões de átomos que compõem o seu corpo ficam sob o efeito do campo magnético. • Para a finalidade das imagens médicas da RM são considerados apenas os átomos de hidrogênio, por suas características anatômicas e porque são muito abundantes, já que a maior parte do organismo é composta por água e gordura. • Suprimento de energia; • Emissão e Recepção das ondas de RF, ✓ Recepção dos sinais emitidos pelo paciente. SUPORTE ELETRÔNICO • Armazenamento; • Processamento; • Visualização; • Controla o ritmo dos pulsos; • Reconstrução de Imagens; • Controle dos parâmetros, • Conversão do sinal em Imagem, • Comunicação com o paciente. PC e processamento das imagens EQUIPAMENTO E APARELHAGEM • A RM apresenta diversas vantagens sobre outros métodos de imagem, sobretudo em relação à tomografia computadorizada, pois: ➢ Tem capacidade multiplanar (obtenção de imagens em diversos planos sem mobilizar o paciente), ➢ Apresenta excelente resolução espacial e de contraste sem utilizar radiação ionizante. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) Como a imagem é formada? Quando o paciente entra no equipamento de RM, os bilhões de átomos de Hidrogênio (abundantes – água e gordura) que compõem o seu corpo ficam sob o efeito do campo magnético. Tonalidades em escala de cinza. Quanto maior a concentração de prótons de hidrogênio em um segmento estimulado, mais intenso será o sinal de ressonância→mais branca a imagem. PRÓTONS DE HIDROGÊNIO • O paciente se instala no interior de um grande magneto que gera o campo magnético principal; • O sistema de bobinas emite ondas de radiofrequência que irão excitar os prótons teciduais do segmento escolhido; • Ao cessar o estímulo, os prótons liberam ondas de radiofrequência que serão captadas por receptores (antenas); • Processada pelo computador (formação da imagem). IMAGENS POR RM Existe quando é colocado uma bobina receptora ou qualquer fio condutor na área do campo magnético. O sinal só é produzido quando tem bobina que induz uma voltagem elétrica, essa voltagem constitui o Sinal em RM. SINAL DE RM • É quando os prótons que “saltaram” para o estado de energia superior em virtude da estimulação da RF regressam ao estado de baixa energia. • Recuperação da Magnetização Longitudinal Acontece quando se desliga o pulso de RF e liberam a energia de RF absorvida. Relaxamento é o processo pelo qual o hidrogênio perde energia. Ao ocorrer o relaxamento, o VME volta a se realinhar com B0 voltando ao sentido spin-up. RELAXAMENTO OU RECUPERAÇÃO T1 • Troca de energia (spin-spin); • O sinal da RM declina irreversível; • Incoerência de fase após o pulso de RF (Decaimento de Indução Livre - DIL), • Magnetização transversa é perdida! ❖Declínio da Magnetização Transversal. ❖Significa que um sinal ou voltagem só será induzido na bobina se houver magnetização coerente no plano transverso, que esteja em fase. Tempo necessário para Perda da magnetização! RELAXAMENTO OU DECLÍNIO T2 • Concentração de átomos de hidrogênio ressonante em uma dada região anatômica, • Constitui a fonte primária de sinal dentro de uma sequência de estudo. DENSIDADE DE PRÓTONS T1, FLAIR e T2 ✓ T1 a substância branca fica branca e substância cinzenta fica cinzenta. ✓ T2 a substância branca fica escura e a substância cinzenta fica mais clara. ✓ Líquor escuro no T1. ✓ Líquor branco no T2, sulcos corticais e ventrículo brilham. ✓ O FLAIR é o T2 com o líquor suprimido. ✓ Líquor escuro no FLAIR. FLAIR ✓ Potencializa o líquido do edema, apaga o líquor, mas a água presente no edema, tumor ou nos processos inflamatórios, infecciosos e desmielinização brilha, mais evidente. Apaga o líquor, mas a água patológica vai brilhar, sobressair, ficar com hipersinal. ✓ Sensibilidade para lesões. ✓ Geralmente, no exame de crânio, a primeira sequência que os médicos olham é o FLAIR, pois a maioria das lesões cerebrais brilham no FLAIR (não são todas). Lesão cortical e subcortical na região parietal esquerda. • Qualidade da Imagem, • Quanto maior o valor menor a degradação da Imagem. ✓Campo Magnético ✓Bobinas ✓FOV (Campo de Visão) ✓Espessura de corte RELAÇÃO SINAL RUÍDO • O TE controla o grau de magnetização transversa; • É o tempo que vai da aplicação de um pulso de radiofreqüência ao pico máximo do sinal, • Controla o grau de relaxamento T2. ❖Um TE longo diminui a relação sinal-ruído (RSR). TEMPO DE ECO (TE) • O TR controla o grau de magnetização longitudinal que se permite recuperar antes que se aplique o próximo pulso de excitação; • É o tempo que vai da aplicação de um pulso de radiofreqüência à aplicação do pulso seguinte, • O TR controla o grau de relaxamento T1 . ❖Um TR curto reduz a RSR. TEMPO DE REPETIÇÃO (TR) PARÂMETROS DA ESCALA TEMPORAL DE PULSOS SEQUÊNCIAS DE PULSO ➢Duas grandes famílias de sequências de pulso são usadas para formar imagens de RM: Spin Eco (SE) e Gradiente Eco (GRE). A partir destas duas famílias se originam uma diversidade de sequências de pulso que serão criadas, modificadas e aperfeiçoadas para atender necessidades específicas de cada região do corpo e patologia. ➢A sequência de pulso Spin Eco se caracteriza pela aplicação de um pulso inicial de RF de 90º, seguido de um pulso de RF de 180º e a coleta de um eco. ➢As sequências de pulso gradiente eco (GRE) são similares a SE, mas ao invés de usar um pulso de RF de 180º para refasar os spins, é utilizado um gradiente de campo magnético. PARÂMETROS DA ESCALA TEMPORAL DE PULSOS SEQUÊNCIAS DE PULSO A sequência de pulso turbo spin eco (TSE ou FSE, em inglês) utiliza múltiplos pulsos de RF de 180º, combinados a múltiplas codificações de fase, dentro de um mesmo TR. Desta forma um trem de ecos pode ser gerado. Cada eco irá preencher uma linha diferente do espaço k, reduzindo assim o tempo total de aquisição. O número de pulso de RF de 180º a ser empregado é chamado de fator turbo ou tamanho do trem de ecos. SEQUÊNCIAS DE PULSO • A sequência Spin Eco Rápida em Única Tomada (SSFSE) é uma sequência de pulso rápida que se caracteriza por preencher parcialmente o espaço k com ecos produzidos por múltiplos pulsos de 180º aplicados dentro de um único tempo de repetição (1 TR). • Devido ao elevado número de pulsos de RF de 180º (128 ou mais), o TE efetivo fica bastante alto e com isso a imagem resultante é altamente ponderada emT2. • Outra utilizada é a Imagem Eco Planar (EPI) capaz de adquirir uma imagem bidimensional (2D) em tempos tão curtos quanto 20 milisegundos. A sequência de pulso EPI se difere das sequências SE e GRE principalmente na forma como os gradientes de codificação de fase e frequência são aplicados. Um esquema inicial de aplicação de pulsos e acionamento de gradientes pode estar baseado em SE ou em GRE. SEQUÊNCIAS DE PULSO • As estruturas com maior intensidade de sinal - hiperintensas ou com hipersinal; • As com menor intensidade de sinal - hipointensas ou com hipossinal; • Existe 3 ponderações diferentes, sendo elas: T1 – Nesta ponderação o contraste entre tecidos é otimizado quando se utilizam TE e TR curtos. A gordura é hiperintensa e a água e os líquidos tornam-se hipointensos. T2 – Aqui, ao contrário do que acontece em T1, existe um maior contraste entre tecidos para TR e TE longos. A água e os líquidos adquirem hipersinal e a gordura hipossinal. DP (Densidade Protónica) – O sinal varia consoante a quantidade de protões dos tecidos. Utiliza-se um TE curto para diminuir a ponderação T2 e um TR longo para diminuir a ponderação T1. EM OUTRAS PALAVRAS... TR TE Ponderação Curto < 500 ms Curto (5 – 25 ms) T1 Longo > 1500 ms Longo > 90 ms T2 Longo > 1500 ms Curto (5 – 25 ms) DP ❖ T1 do tecido adiposo é curto ❖ T2 da água é longo – a troca de energia é menos eficiente PONDERAÇÃO DE IMAGEM Tabela da ponderação na imagem em sequências SE. • Alto sinal = gordura, água e tecidos moles; • Médio sinal = músculo e tecido fibroso, • Baixo sinal = pulmão e ossos. CONTRASTE DE IMAGEM • As imagens por RM obtêm contraste principalmente pelos mecanismos de recuperação T1, declínio T2 e densidade de prótons. • DP de um tecido = número de prótons por unidade do volume de tecido excitado. Resumindo: MECANISMOS DE CONTRASTE • As imagens T1 se caracterizam por tecido adiposo brilhante e água escura. • As imagens DP se caracterizam por: áreas com elevada densidade de prótons (brilhantes), e áreas com baixa densidade de prótons (escura). • As imagens T2 se caracterizam por água brilhante e tecido adiposo escuro ou com baixo sinal. Resumindo: REPRESENTAÇÃO DAS IMAGENS Meio de Contraste • O tipo de contraste utilizado na RM é o gadolínio, que não utiliza iodo. Menor reação adversa. Contém em sua estrutura – ferro. • O tecido patológico costuma ter muitos spins livres de água, sendo assim, as imagens ponderadas em T2 apresentam boa qualidade entre a alteração e o tecido normal. No entanto, em algumas patologias, o alto contraste fornecido não é suficiente e aí para aumentar ainda mais o contraste é administrado agentes de realce. Meio de Contraste • Mecanismo de relaxamento. ✓ Capacidade de influenciar o campo magnético local – tempo de relaxamento. • Suscetibilidade magnética variável; • A base de Gadolínio (Gd) – ferromagnético; • Menos reação adversa que os demais tipos de meios de contraste devido a sua dose ser baixa, apesar de ser muito tóxico. Contraste de Imagem • Paramagnéticos (alinham paralelamente com um campo magnético externo); • Encurtam o tempo de relaxamento T1 (lesões aparecem brilhantes) Contraste de Imagem • O tempo total do exame pode se alongar, • Sequências adicionais pós-contraste. ✓ T1 e T2 pré e T1 pós! Exame com contraste Resumindo: COMPONENTES VANTAGENS DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA • A RMN não utiliza radiação ionizante (raio X), ou seja, que não possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas do nosso corpo. Na RM é utilizada radiofrequência na faixa dos mega hertz (MHz), ou seja, na faixa das transmissões de rádio. Assim sendo, portanto, preferível à TC em crianças, grávidas e pacientes que necessitam de exames de imagem repetidamente. • Até o momento não se identificou nenhum efeito colateral ou dano à saúde pela exposição ao campo magnético e às ondas de rádiofrequência geradas pela RMN. • A RMN tem uma gama muito maior de contrastes disponíveis para tecidos moles, retrata a anatomia com mais detalhes e é mais sensível e específico para anormalidades dentro do cérebro. • Mais sensível na detecção da maioria das lesões e especificidade cerebral e medular; • A RMN é capaz de gerar imagens em mais planos e pode reconstruir órgãos e regiões anatômicas em 3D, sem reposicionar o paciente; • Os meios de contrastes utilizados na RMN têm um risco consideravelmente menor de causar reação alérgica grave. DESVANTAGENS • Pacientes imóveis por longo tempo (20 a 90 minutos ou mais); • Menor movimento pode fazer imagens distorcidas e necessidade de refazer a imagem; • Pacientes muito grandes; • Máquina faz muito barulho; • Metal; • Claustrofóbicos; • Equipamentos caros, exames caros. CONTRAINDICAÇÕES: • Clips de aneurismas cerebrais; • Corpo estranho metálico intraocular; • Marca-passo cardíaco; • Próteses ferromagnéticas, equipamentos ortopédicos (pinos, placas, articulações artificiais); • Claustrofobia, síndrome do pânico; • Gravidez com menos de 12 semanas (prótons de H do feto); • Válvulas cardíacas. DESVANTAGENS • Os pacientes devem ficar completamente imóveis durante longos períodos de tempo. Estes exames podem durar de 20 a 90 minutos ou mais. E mesmo o menor movimento da parte do corpo sendo examinada pode fazer com que as imagens fiquem completamente distorcidas e tenham de ser refeitas. • Existe também o inconveniente de ser impossível a realização deste exame em pessoas que possuam equipamentos ortopédicos (pinos, placas, articulações artificiais) na área do exame pois podem causar graves distorções nas imagens. Estes equipamentos criam uma alteração significativa no campo magnético principal. Lembre-se que é essencial que haja um campo uniforme na hora de gerar boas imagens! Os benefícios quase que ilimitados da ressonância magnética para a maior parte dos pacientes batem de longe suas poucas desvantagens. SEGURANÇA Ressonância Magnética • A RM é o método mais importante e altamente efetivo para estudo das articulações, medula e encéfalo. O termo “NUCLEAR” foi retirado por gerar associação a radioatividade, o que não procede neste método de diagnóstico por imagem. Embora, a ressonância magnética não utilize radiações ionizantes uma série de cuidados deverão ser tomados para garantir a integridade do profissional, de seus colegas e dos pacientes que se submeterão ao exame. SEGURANÇA • Não foram observados, • Efeitos reversíveis da exposição ao campo magnético, radiofrequência e campo de gradiente. • O principal risco associado a radiofrequência é a deposição de sua energia sob a forma de calor. Os equipamentos possuem sistemas de monitoramento (hardware e/ou software) que limitam a potência de RF levando em consideração o peso do paciente e limites estabelecidos internacionalmente para a taxa de absorção específica. • Reação alérgica ao contraste gadolíneo (2%). ✓ Sempre há riscos! ✓ Decisão crítica – responsabilidade do Médico Radiologista (Risco X Benefício)! EFEITOS BIOLÓGICOS • Queimaduras, • Falhas no equipamento, • Reações ao meio de contraste. ✓ Não se limita somente a objetos ferromagnéticos!!! INCIDENTES • Não há padrões oficiais – American College of Radiology (ACR). • Operações seguras e eficientes das instalações e equipamentos. ➢ Política e procedimentos atualizados; ➢ Restrições ao acesso local; ➢ Operador do aparelho; ➢ Gravidez; ➢ Pacientes pediátricos DIRETRIZES DE SEGURANÇA ➢ Gradiente variável no tempo; ➢ Audição; ➢ Calor; ➢ Adm de medicamentos; ➢ Claustrofobia; ➢ Segurança do agente de contraste; ➢ Clipes de aneurisma; ➢Marcapasso cardíaco DIRETRIZES DE SEGURANÇA ➢Preparo do setor! DIRETRIZES DE SEGURANÇA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Interferem na leitura das imagens e devem ser interpretados e reconhecidos, sendo os mais importantes, os artefatos de movimento e os metálicos. Uso de aparelho odontológico ARTEFATOS NA RM A máquina faz grande ruído durante o exame, com marteladas. Isso ocorre pelo aumento dacorrente elétrica nos fios dos magnetos dos gradientes, que são opostos ao campo magnético do equipamento. Quanto maior o magneto, maior o barulho, por isso preconiza-se a utilização de protetores auriculares. Pode se comunicar com o biomédico durante o exame! RUÍDO PROCEDIMENTO • Leia o artigo científico “Ressonância Magnética: princípios de formação da imagem e aplicações em imagem funcional”. Disponível em: http://www.rbfm.org.br/rbfm/article/view/51/v3n1p117 • Assista ao vídeo, intitulado: “Ressonância Magnética - Professor da USP Explica #6”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3qary7nAKoE&t=283s ATIVIDADE http://www.rbfm.org.br/rbfm/article/view/51/v3n1p117 https://www.youtube.com/watch?v=3qary7nAKoE&t=283s • Objetos metálicos X Máquina de Ressonância Magnética https://www.youtube.com/watch?v=XbJhg7fXECc • Ressonância magnética: veja como é feito e para que serve https://www.youtube.com/watch?time_continue=12&v=gwtkEd d5YZk&feature=emb_logo VÍDEOS INTERESSANTES https://www.youtube.com/watch?v=XbJhg7fXECc https://www.youtube.com/watch?time_continue=12&v=gwtkEdd5YZk&feature=emb_logo
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