Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ENSINO FAMETRO-CEUNI CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM ESTÁGIO CURRICULAR II MANAUS 2020 NAYARA GOMES BIZERRIL ESTÁGIO CURRICULAR II: MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Trabalho apresentado ao Estágio Curricular obrigatório do curso de graduação em Enfermagem, como requisito parcial para obtenção de título de Bacharel em Enfermagem. Orientadora: Profª Carmem Silva Oliveira MANAUS 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4 2. Nome da medicação: AMINOFILINA............................................................. 5 3. Nome da medicação: AMIODARONA ........................................................... 9 4. Nome da medicação: FENITOÍNA ............................................................... 18 5. Nome da medicação: TRAMADOL ............................................................. 23 6. Nome da medicação: MIDAZOLAM ............................................................ 30 7. Nome comercial: DIAZEPAM ............................................................................... 36 8. Nome da medicação: HIDRAZALINA .......................................................... 40 9. Nome da medicação: PROPRANOLOL ...................................................... 46 10. Nome da medicação: FENTANIL ................................................................ 51 11. Nome da medicação: NITROPRUSSIATO DE SÓDIO ................................ 57 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 64 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 65 4 1. INTRODUÇÃO A administração de medicamentos é um procedimento que pode ser realizado por alguns profissionais de saúde, no entanto é uma prática realizada cotidianamente pela equipe de enfermagem. Requer conhecimentos de farmacologia relacionados ao tipo da droga, mecanismos de ação, excreção, atuação nos sistemas orgânicos; além de conhecimentos de semiologia e semiotécnica, e avaliação clínica do estado de saúde do cliente. O profissional precisa ter preparo técnico e científico, em destaque, o conhecimento dos efeitos adversos das drogas que podem ser de grandes proporções e conhecer responsabilidade atribuída na terapia medicamentosa, faz-se necessário que o processo de administrar medicamentos tenha algum significado para o enfermeiro, mais do que simplesmente um procedimento técnico. Na prática de enfermagem, no contexto de administrar medicação, a responsabilidade ética e moral adquirem maior profundidade quando seu ato se concretiza na relação interpessoal, mesmo sendo estes atos delegados à equipe de enfermagem. Por estar presente na assistência de enfermagem, a terapia medicamentosa coloca em risco a segurança do paciente quando se comete erros, podendo trazer danos à saúde do cliente e prejudicar a instituição na qual o profissional trabalha, além de comprometer a equipe de enfermagem que fica sob pena da sua responsabilização perante os conselhos regionais e federal de enfermagem (COREN’S E COFEN), nomeadamente estabelecidas pela lei 7.498/86 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e Resolução COFEN nº 311/079. Administração e o preparo de medicação, para a enfermagem, é um dos procedimentos realizados com maior frequência e também uma das áreas de maior risco para a sua prática. Esses procedimentos demandam conhecimentos científicos, técnicos, éticos e legais, que fundamentam os profissionais de enfermagem, levando ao cliente uma assistência livre de danos causados por negligência, imperícia ou imprudência. Assim sendo, conhecer os principais fatores de risco (FR) que podem levar ao erro pode colaborar na prevenção dos mesmos. Este trabalho tem a finalidade de trazer informações acerca dos diversos medicamentos utilizados principalmente na urgência e emergência. 5 2. Nome da medicação AMINOFILINA Nome comercial ASMAPEN I. Princípio Ativo A aminofilina atua como broncodilatador, causando o relaxamento dos brônquios e dos vasos pulmonares. II. Indicação A aminofilina é indicada para doenças caracterizadas por broncoespasmo, como a asma brônquica ou o broncoespasmo associado com bronquite crônica e enfisema. III. Forma farmacêutica e apresentações Comprimido 100mg embalagens contendo 10, 20, 40, 100, 200, 300 e 500 comprimidos. Comprimido 200mg embalagens contendo 10, 20, 40, 100, 200, 300 e 500 comprimidos. Uso adulto e pediátrico uso oral Composição: cada comprimido de 100mg contém: aminofilina100mg Excipiente q.s.p1 comprimido. Excipientes: croscarmelose sódica, estearato de magnésio, celulose microcristalina e dióxido de silício. Cada comprimido de 200mg contém: aminofilina200mg Excipiente q.s.p. 1 comprimido Excipientes: croscarmelose sódica, estearato de magnésio, celulose microcristalina e dióxido de silício. IV. Contraindicações A aminofilina não deve ser usada por pacientes com úlcera ou que apresentem qualquer alergia à aminofilina, teofilina ou qualquer outro componente da fórmula. Recomenda-se atenção para o uso em crianças. Advertências e precauções: o uso deste medicamento em fumantes pode requerer ajustes na dose. V. Cuidados e Advertências Este medicamento deve ser administrado por via oral, após as refeições. Aspecto físico: Comprimidos 100mg e 200mg: Circular de branca a levemente 6 amarelada. Características Organolépticas: Os comprimidos de aminofilina não apresentam características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação a outros comprimidos. VI. Interações medicamentosas Adrenocorticóides, glicocorticóides e mineralocorticóides: O uso simultâneo com a aminofilina e injeção de cloreto de sódio pode resultar em hipernatremia. Fenitoína, primidona ou rifampicina: O uso simultâneo pode estimular o metabolismo hepático, aumentando a depuração da teofilina. O uso simultâneo da fenitoína com as xantinas pode inibir a absorção da fenitoína, resultando em concentrações séricas menores de fenitoína; as concentrações séricas dessas substâncias devem ser determinadas durante a terapia, podendo ser necessários ajustes na posologia, tanto da fenitoína como da teofilina. Betabloqueadores: O uso simultâneo pode resultar em inibição mútua dos efeitos terapêuticos; além disso, pode haver diminuição da depuração da teofilina, especialmente em fumantes. Cimetidina, eritromicina, ranitidina ou troleandomicina: O uso simultâneo com as xantinas pode diminuir a depuração hepática da teofilina, resultando em concentrações séricas aumentadas de teofilina e/ou toxicidade. Fumo: A cessação do hábito de fumar pode aumentar os efeitos terapêuticos das xantinas, diminuindo o metabolismo e consequentemente, aumentar a concentração sérica; a normalização da farmacocinética da teofilina pode demorar de 3 meses a 2 anos para ocorrer, podendo ser necessários ajustes da posologia. O uso das xantinas em fumantes, resulta em depuração aumentada da teofilina e concentrações séricas diminuídas de teofilina, sendo que os fumantes podem requerer uma posologia 50 a 100% maior. Uso durante a Gravidez e Amamentação: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Só deve ser administrado a gestantes ou lactantes se o médico julgar que os benefícios potenciais ultrapassem os possíveis riscos. Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica. Informe a seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento. Não há contraindicação relativa a faixas etárias. Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis. 7 VII. Reações Adversas A Aminofilina pode causar eventualmente reações desagradáveis, dentre as quais as mais comuns são os distúrbios gastrintestinais como náuseas e vômitos. Conduta em caso de superdose: Caso o paciente acidentalmente use aminofilina em quantidade maior do que a receitada, informe seu médico imediatamente ou vá ao hospital mais próximo. Os sintomas que podem ocorrer se você tomar uma grande quantidade de aminofilina são: taquicardia - aumento do batimento cardíaco, hipocalemia - baixa concentração de potássio no sangue circulante, hiperglicemia - alta concentração de glicose no sangue circulante e convulsão. VIII. Posologia Este medicamento deve ser usado de acordo com a severidade da doença, a idade, a existência de outras afecções e a resposta do paciente. Uso adulto: Para o tratamento prolongado da asma brônquica e do broncoespasmo, associado com bronquite crônica e enfisema, tomar 1 a 2 comprimidos de 100mg ou 1 comprimido de 200mg, 2 a 3 vezes ao dia, após as refeições. Uso pediátrico: Deve-se ter um cuidado especial no uso da aminofilina em crianças. Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação. Não usar o medicamento com prazo de validade vencido. Antes de usar observar o aspecto do medicamento. IX. Resultados de eficácia A aminofilina é considerada adequada no controle da asma aguda quando associada a agonistas beta 2 e corticosteroides endovenosos. Em pacientes com asma esteróide-dependente, a adição de doses terapêuticas de teofilina diminuiu sintomas, melhorou a tolerância a exercícios físicos, diminuiu a necessidade de inalação de agentes simpatomiméticos e de corticosteroides diários durante a exacerbação em comparação ao placebo, quando ambos foram adicionados ao regime de tratamento crônico com esteroides. A teofilina foi utilizada para melhorar a função respiratória em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Os resultados variam por experimentação. A maioria dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica beneficiam-se de manutenção diária de teofilina em combinação com agonistas beta-2 e anticolinérgicos. Uma dose de teofilina suficiente para manter concentrações séricas de 8 a 12µg/ml (ou menores em alguns pacientes) oferece maior broncodilatação e 8 algum alívio da fadiga do diafragma. Outros estudos, no entanto, sugerem que a melhora da capacidade cardiorrespiratória só ocorre em concentrações plasmáticas em torno de 17µg/ml. Teofilina oral (10mg/kg/dia) foi benéfica no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica severa durante estudo controlado envolvendo 60 pacientes. Os resultados demonstraram que a teofilina foi eficaz na melhora da função pulmonar relativa à performance muscular. X. Farmacodinâmica A aminofilina causa dilatação dos brônquios e dos vasos pulmonares, através do relaxamento da musculatura lisa. Dilata também as artérias coronárias e aumenta o débito cardíaco e a diurese. A aminofilina exerce efeito estimulante sobre o SNC e a musculatura esquelética. Pode ser administrada durante períodos prolongados, por via oral. XI. Farmacocinética A aminofilina, um complexo da teofilina com etilenodiamina, libera prontamente a teofilina no organismo. A farmacocinética da teofilina é discutida em broncodilatadores e em drogas antiasmáticas. Alguns estudos sugeriram que a etilenodiamina não afeta as farmacocinéticas da teofilina após administração oral ou intravenosa. A teofilina é absorvida rápida e completamente dos comprimidos, mas sua absorção pode ser diminuída quando ingerida com alimento e este pode também afetar o afastamento da teofilina. XII. Vias de administração A injeção de aminofilina pode ser administrada lentamente por via intravenosa ou diluída com solução isotônica de glicose a 5% ou cloreto de sódio 0,9% também em infusão lenta, podendo ser conservada por um período máximo de 24 horas após a diluição. As doses terapêuticas são muitas vezes próximas das doses tóxicas. Também pode ser administrada por via oral, na forma de comprimido. XIII. Vias de degradação É excretada por via urinária. Os principais metabólitos urinários são 1,3-dimetil ácido úrico e 3-metilxantina. Cerca de 10% é excretada na forma inalterada. 9 XIV. Metabolismo As concentrações séricas de pico da teofilina ocorrem 1 a 2 horas após a ingestão de comprimidos e, geralmente, aproximadamente 4 horas após, quando ingerido com alimento. A teofilina metabolizada no fígado resulta nos metabólitos ácidos: ácidos 1,3-dimetilurico, 1-metilurico, através do 1-metilxantina intermediário e 3-metilxantina. A demetilação resulta no 3- metilxantina e possivelmente a 1- metilxantina, catalisada pela isoenzima CYP1A2 do citocromo P; a hidroxilação ao ácido 1- 450 metilurico catalisado por CYPE1 e por CYPA3. Os metabólitos são excretados na urina. Nos adultos, aproximadamente 10% de uma dose de teofilina é excretada inalterada na urina, mas nos neonatos em torno de 50% é excretada inalterada e uma proporção grande excretada como cafeína. As diferenças interindividuais consideráveis na taxa do metabolismo hepático da teofilina resulta em variações grandes no afastamento, nas concentrações séricas e na meia-vida. O metabolismo hepático é afetado mais por fatores tais, como: a idade, fumante, doença, dieta e interações da droga. A meia vida sérica da teofilina, em um adulto asmático de outra maneira saudável, não fumante é 6 a 12 horas, nas crianças 1 a 5 horas, em fumantes 4 a 5 horas e nos neonatos e em prematuros 10 a 45 horas. A meia-vida sérica da teofilina pode ser aumentada nas pessoas idosas e nos pacientes cardíacos ou com doenças hepáticas. Resultados de eficácia: Diversos estudos bem controlados demonstraram a eficácia da teofilina / aminofilina na supressão dos sintomas de asma brônquica e de broncoespasmos em adultos e crianças. Os casos em que o uso da teofilina seria apropriado são: terapia preliminar para os pacientes em quem o uso de medicação inalável é difícil; terapia preliminar para os pacientes mais prováveis a serem complascentes com um regime oral de medicação; e terapia adjunta para os pacientes cuja asma não é controlada suficientemente com corticosteroides inalados. 3. Nome do medicamento AMIODARONA Nome comercial ANCORON 10 I. Princípio Ativo O cloridrato de amiodarona solução injetável é uma substância que tem a finalidade de regularizar as alterações dos batimentos cardíacos (arritmias), que podem ocorrer em alguns tipos de doença. O efeito terapêutico de cloridrato de amiodarona solução injetável deve-se ao acúmulo do cloridrato de amiodarona nos tecidos. II. Indicação O cloridrato de amiodarona solução injetável é indicado para os seguintes casos: Distúrbios graves do ritmo cardíaco, inclusive aqueles resistentes a outras terapêuticas; Taquicardia ventricular sintomática (aumento da frequência cardíaca que se origina nos ventrículos do coração); Taquicardia supraventricular sintomática (aumento da frequência cardíaca que se origina nos átrios do coração); Alterações do ritmo cardíaco associadas à síndrome de Wolff-Parkinson-White (uma forma de arritmia, que é uma alteração na frequência ou no ritmo dos batimentos cardíacos). III. Forma farmacêutica e apresentações Solução injetável, caixa contendo 100 ampolas de 3 mL, uso adulto, uso intravenoso (i.v.). Composição: cada mL da solução injetável contém: cloridrato de amiodarona 50 mg, veículo q.s.p. 1 ml. Excipientes: álcool benzílico, polissorbato 80, água para injetáveis. IV. Contraindicações A utilização do cloridrato de amiodarona solução injetável nos seguintes casos: Alergia conhecida ao iodo, à amiodarona ou a quaisquer componentes da fórmula; Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes: Com bradicardia sinusal (diminuição da frequência cardíaca), bloqueio sinoatrial (bloqueio na propagação dos impulsos elétricos nesta parte do coração) e doença do nó sinusal (estrutura anatômica do coração responsável pela função de marcar o passo natural), devido ao risco de parada sinusal, distúrbios severos de condução atrioventricular (na condução dos impulsos 11 elétricos nesta parte do coração), a menos que você esteja com um marcapasso implantado; Com distúrbios de condução bi ou trifasciculares, a menos que você tenha um marca-passo implantado ou esteja em uma unidade assistencial especial e amiodarona seja administrada com retaguarda de marcapasso de demanda; Com hipotensão (pressão arterial baixa) arterial severa, colapso circulatório; Com hipotensão, insuficiência respiratória severa (incapacidade dos pulmões para manter as trocas gasosas em níveis adequados), miocardiopatia (doença do músculo do coração) ou insuficiência cardíaca (possível agravamento); Que fazem uso de associação com medicamentos que possam induzir torsade de pointes (quadro específico de alteração nos batimentos cardíacos) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? - Interações Medicamentosas”); Com disfunção da tireoide; Grávidas, exceto em circunstâncias excepcionais; Todas estas contraindicações listadas não se aplicam quando a amiodarona é utilizada na sala de emergência, em casos de fibrilação ventricular resistente a ressuscitação cardiopulmonar por choque (desfibrilador). Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. V. Cuidados e Advertências A injeção intravenosa em bolus é geralmente desaconselhada devido aos riscos hemodinâmicos (hipotensão severa (diminuição da pressão arterial), colapso circulatório). Sempre que possível, utilize o medicamento por infusão intravenosa. A injeção intravenosa deve ser realizada somente em emergência quando falharem as alternativas terapêuticas, e somente em uma unidade de terapia intensiva sob monitoramento contínuo (ECG, pressão sanguínea). A dosagem recomendada é de aproximadamente 5mg/kg de peso corpóreo. Exceto nos casos de fibrilação ventricular resistente à ressuscitação cardiopulmonar por choque, a amiodarona deve ser administrada por um período mínimo de 3 minutos. 12 A injeção intravenosa não deve ser repetida antes de 15 minutos após a primeira, mesmo que tenha sido somente uma ampola (possível colapso irreversível). Não misturar outras preparações na mesma seringa. Não injetar outras preparações na mesma linha de infusão. VI. Interações medicamentosas Medicamentos que induzem torsade de pointes ou prolongamento do QT Medicamentos que induzem torsade de pointes As associações com medicamentos que podem induzir torsade de pointes são contraindicadas: Medicamentos antiarrítmicos tais como: da Classe Ia, sotalol, bepridil; Medicamentos não antiarrítmicos tais como: vincamina, alguns agentes neurolépticos, cisaprida, eritromicina I.V., pentamidina (quando administradas por via parenteral), uma vez que existe um aumento no risco de ocorrer torsade de pointes potencialmente letal. Medicamentos que causam prolongamento QT A administração concomitante de amiodarona com medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QT deve estar baseada em uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios potenciais para cada paciente, pois o risco de torsade de pointes pode aumentar (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento? – Advertências”) e os pacientes devem ser monitorados quanto ao prolongamento do intervalo QT. Fluoroquinolonas (classe de antibiótico) devem ser evitadas por pacientes recebendo amiodarona. Medicamentos que reduzem a frequência cardíaca ou que causam distúrbios de automatismo ou condução. As associações com estes medicamentos não são recomendadas. Betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio que reduzem a frequência cardíaca (verapamil, diltiazem), uma vez que podem ocorrer distúrbios de automatismo (bradicardia excessiva) e de condução. Medicamentos que podem induzir hipocalemia: As associações com os seguintes medicamentos não são recomendadas. Laxativos estimulantes podem levar a hipocalemia (diminuição da concentração de potássio no sangue) e consequentemente, ao aumento do 13 risco de torsade de pointes. Por isso, devem ser utilizados outros tipos de laxantes. Deve-se ter cautela quando os seguintes medicamentos são utilizados em associação com cloridrato de amiodarona solução injetável: Alguns diuréticos indutores de hipocalemia, isolados ou combinados; Corticosteroides sistêmicos (gluco-, mineralo-), tetracosactida; Anfotericina B (I.V.); Deve-se prevenir o início de hipocalemia (e corrigir a hipocalemia); o intervalo QT (intervalo específico do eletrocardiograma) deve ser monitorado e, em caso de torsade de pointes, não administrar antiarrítmicos (instituir marcapasso ventricular; pode ser administrado magnésio I.V.). Foram observados casos muito raros de complicações respiratórias severas (síndrome de angústia respiratória aguda do adulto), às vezes fatais, geralmente no período pós-cirúrgico imediato. Isto pode estar relacionado com uma possível interação com altas concentrações de oxigênio. VII. Reações Adversas Distúrbios do sangue e sistema linfático Reações com frequência desconhecida: neutropenia (diminuição do número de neutrófilos do sangue) e agranulocitose (diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue). Distúrbios cardíacos Reação comum: bradicardia (diminuição do número de batimentos cardíacos) geralmente moderada; Reações muito raras: aparecimento ou piora da arritmia (distúrbios do ritmo cardíaco), seguida, às vezes, por parada cardíaca (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”); bradicardia acentuada, parada sinusal que pode determinar a descontinuidade do tratamento com amiodarona, principalmente em pacientes com disfunção do nódulo sinusal e em pacientes idosos. Reações com frequência desconhecida: torsade de pointes (tipo de alteração grave nos batimentos cardíacos); 14 Distúrbios endócrinos (conjunto de glândulas que produzem hormônio) Reações com frequência desconhecida: produção excessiva de hormônio pela glândula tireoide; Reações muito raras: Síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH, excesso de hormônio antidiurético levando a retenção de água pelo organismo) Distúrbios oculares Reações com frequência desconhecida: neuropatia ótica/neurite (doença do sistema nervoso/lesão inflamatória ou degenerativa dos nervos), que pode progredir para a cegueira (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento”). Distúrbios gastrintestinais (do aparelho digestivo) Reação muito rara: náusea. Reações com frequência desconhecida: pancreatite (inflamação do pâncreas) pancreatite aguda. Distúrbios gerais e condições no local da administração Reações comuns: reações no local da aplicação de cloridrato de amiodarona solução injetável, tais como: dor, eritema (vermelhidão), edema (inchaço), necrose (morte do tecido), extravasamento, infiltração, inflamação, endurecimento, tromboflebite (uma inflamação da veia relativa a um coágulo sanguíneo), flebite (inflamação de uma veia), celulite (inflamação do tecido celular), infecção e modificação na pigmentação. Distúrbios hepato-biliares (do fígado e da bile) Reações muito raras: aumento isolado das transaminases séricas (enzimas do fígado que avaliam sua função), que são normalmente moderados (1,5 a 3 vezes o valor normal) no início da terapia. Os níveis podem retornar ao normal com redução da dose ou mesmo espontaneamente; distúrbios hepáticos agudos com aumento das transaminases séricas e/ou icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), incluindo insuficiência hepática, que às vezes pode ser fatal. 15 Distúrbios do sistema imunológico Reação muito rara: choque anafilático. Reações com frequência desconhecida: edema angioneurótico - Edema de Quincke (inchaço não-infamatório da pele, mucosas, vísceras e cérebro, de início súbito e com duração de horas a dias, acompanhado de outros sintomas como por exemplo, febre). Distúrbios músculos-esqueléticos e do tecido conjuntivo Reações com frequência desconhecida: dor nas costas Distúrbios do sistema nervoso Reações muito raras: hipertensão intracraniana benigna (pseudo tumor cerebral), cefaleia (dor de cabeça). Distúrbios psiquiátricos Reações com frequência desconhecida: estado confusional/delírio, alucinação. Distúrbios mamários e do sistema reprodutivo Reações com frequência desconhecida: diminuição da libido Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino Reações muito raras: Pneumonite intersticial ou fibrose (formação patológica do tecido fibroso) às vezes fatal (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”), complicações respiratórias severas (síndrome de angústia respiratória aguda no adulto) às vezes fatais; broncoespasmo (inflamação dos brônquios) e/ou apneia em casos de deficiência respiratória severa e especialmente em pacientes asmáticos. Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos Reação muito rara: transpiração. Reações com frequência desconhecida: eczema (inflamação da pele na qual ela fica vermelha, escamosa e algumas vezes com rachaduras ou pequenas bolhas), urticária (erupção na pele, geralmente de origem alérgica, que causa 16 coceira), reações de pele severas às vezes fatal incluindo necrólise epidérmica tóxica/síndrome de Stevens-Johnson, dermatite bolhosa e reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos. Distúrbios vasculares Reação comum: queda da pressão sanguínea, geralmente moderada e transitória. Foram relatados casos de hipotensão severa ou colapso após a administração de superdose ou injeção muito rápida. Reação muito rara: rubor (vermelhidão) quente. VIII. Posologia Devido às características farmacêuticas, não se deve utilizar concentrações inferiores a 600mg/L. Utilizar exclusivamente solução de glicose 5% para diluição, conservar a solução diluída em temperatura ambiente (15 a 30°C), ao abrigo da luz. A solução deve ser administrada dentro de 24 horas. Não misturar qualquer outro produto no líquido de infusão. A dose de ataque usual é de 5mg/kg em 250mL de solução de glicose a 5%, administrados por um período de 20 minutos a 2 horas. Isto pode ser repetido de 2 a 3 vezes por um período de 24 horas. A velocidade de infusão deve ser ajustada à evolução clínica. O efeito terapêutico aparece dentro dos primeiros minutos e então decresce progressivamente, por este motivo uma infusão contínua deve ser instituída. Dose de manutenção: 10 a 20mg/kg/dia (geralmente 600 a 800mg/24h, até 1200mg/24h) em 250mL de solução de glicose a 5% durante alguns dias. O tratamento de manutenção por via oral deve ser iniciado no primeiro dia da infusão. Administração em bolus I.V. Dose de 5mg/kg, a duração da injeção jamais deverá ser inferior a 3 minutos. A preparação não deve ser misturada com outra preparação na mesma seringa. No caso específico de fibrilação ventricular resistente a ressuscitação cardiopulmonar por choque, a primeira dose de amiodarona 300mg (ou 5mg/kg) diluída em 20mL de solução de glicose a 5% é administrada por injeção I.V. em bolus. Uma dose adicional de 150mg (ou 2,5mg/kg) I.V. pode ser considerada se a fibrilação ventricular persistir. 17 IX. Resultados de eficácia Em geral a eficácia da amiodarona é igual ou superior aos outros agentes antiarrítmicos e pode ter alcance em 60% a 80 % da maioria das taquiarritmias supraventriculares (incluindo aquelas associadas com a síndrome de Wolff-Parkinson- White) e 40% a 60% para taquiarritmias ventriculares. X. Farmacodinâmica A amiodarona é um agente antiarrítmico com as seguintes propriedades: Propriedade antiarrítmica - prolongamento da fase 3 do potencial de ação da fibra cardíaca devido principalmente à redução da corrente de potássio (classe III de Vaughan Williams); este prolongamento não está relacionado com a frequência cardíaca; - diminuição do automatismo sinusal, podendo levar a bradicardia que não responde à administração de atropina; - inibição alfa e beta adrenérgica não competitiva; - retardo da condução sino-atrial, atrial e nodal, mais nítido quando a frequência cardíaca for mais rápida; - nenhuma alteração na condução intra- ventricular; - aumento dos períodos refratários e diminuição da excitabilidade miocárdica em nível atrial, nodal e ventricular; - diminuição da condução e aumento dos períodos refratários das vias acessórias atrioventriculares. XI. Farmacocinética Após administração oral, o fármaco é absorvido lentamente pelo trato digestivo, com uma biodisponibilidade absoluta de 20 a 86%. Se absorve melhor com alimentos. Parte do produto é metabolizada na mucosa intestinal e por um metabolismo de primeira passagem no fígado. Por via oral, as concentrações máximas são detectadas em 3 e 7 horas. O estado de equilíbrio só é atingido após repetidas doses por 1 a 5 meses, a menos que se utilizem doses mais elevadas no início. XII. Vias de administração A administração da amiodarona pode ser feita pela via oral ou pela via endovenosa. A via oral possui absorção incompleta, com biodisponibilidade de 30- 70%. Em decorrência dessa característica farmacológica, pacientes que fizeram uso de comprimidos orais podem demorar alguns dias para apresentar seus efeitos. 18 XIII. Vias de degradação A amiodarona é degradada essencialmente por via biliar (65 a 70%). A eliminação urinária é mínima (menos de 1%), o que autoriza o emprego de cloridrato de amiodarona nas posologias habituais nos pacientes com insuficiência renal. Após a interrupção do tratamento, a eliminação continua durante muitos meses. XIV. Metabolismo A amiodarona é metabolizada através de diferentes vias, sendo a mais importante a desalquilação, que conduz à formação da desetilamiodarona (DEA) responsável por algumas das alterações sobre a função tiroideia. Aproximadamente 66 a 75 % da amiodarona é eliminada através da bílis e das fezes. 4. Nome do medicamento FENITOÍNA Nome comercial EPELIN I. Princípio ativo A fenitoína é um medicamento que pode ser utilizado no tratamento da epilepsia (transtorno caracterizado por episódios recorrentes de alteração na função do cérebro devido à súbita descarga dos neurônios, excessiva e desordenada). O principal local de ação parece ser a região do cérebro que inibe a propagação das crises epilépticas. Após o uso oral, a fenitoína atinge níveis terapêuticos em pelo menos 7 a 10 dias após o início do tratamento com doses recomendadas de 300 mg/dia. II. Indicação Fenital® oral (fenitoína) é destinado ao tratamento de: - crises convulsivas (contrações súbitas e sem controle dos músculos devido a alterações no cérebro) durante ou após neurocirurgia. - crises convulsivas, crises tônico-clônicas (convulsões motoras que podem se repetir) generalizadas e crise parcial complexa (estado parado seguido de movimentos mastigatórios e fora de controle - lobo psicomotor e temporal). - estado de mal epiléptico (ataques epilépticos prolongados e repetidos). 19 III. Forma farmacêutica e apresentações Identificação do medicamento fenital® oral fenitoína medicamento similar equivalente ao medicamento de referência. Apresentação: embalagens contendo 200 comprimidos de 100 mg. Uso oral uso adulto e pediátrico composição. Cada comprimido contém: fenitoína 100 mg excipientes q.s.p. 1 comprimido. Excipientes: amido, estearato de magnésio, lactose monoidratada, talco, croscarmelose sódica, e povidona. IV. Contraindicações Fenital® oral é contraindicado para pacientes que tenham apresentado reações intensas ao medicamento ou a outras hidantoínas. V. Cuidados e advertências Foi relatado que complicações hematopoiéticas, algumas delas fatais, estão associadas à administração de fenitoína. Estes incluíram trombocitopenia, granuloma reversível da medula óssea, leucopenia, granulocitopenia, agranulocitose e pancitopenia com ou sem supressão da medula óssea. Fenital® deve ser administrado com cautela em casos de discrasias sanguíneas. Vários relatos sugeriram uma relação entre a administração de fenitoína e o desenvolvimento de linfadenopatia (local ou generalizada), incluindo hiperplasia benigna de linfonodos, pseudo-linfoma, linfoma e doença de Hodgkin. Embora não tenha sido estabelecida uma relação de causa e efeito, a ocorrência de linfadenopatia indica a necessidade em diferenciar essa patologia de outros tipos de doença linfonodal. O envolvimento linfonodal pode ocorrer com ou sem sinais e sintomas semelhantes à doença sérica, como febre, erupção cutânea e insuficiência hepática. Em todos os casos de linfadenopatia, recomenda-se acompanhamento médico a longo prazo e qualquer esforço deve ser feito para alcançar o controle das crises, usando drogas antiepiléticas alternativas. O uso de Fenital® é estritamente contraindicado em pacientes com histórico anterior de hipersensibilidade às hidantoínas. Além disso, deve-se tomar cuidado e é necessário considerar uma alergia cruzada em potencial ao usar medicamentos com estruturas semelhantes (por exemplo, barbitúricos, succinimidas, oxazolidinediona e outros componentes relacionados) nesses mesmos pacientes. Fenital® deve ser administrado com cautela em casos de função tireoidiana comprometida. Fenital® 20 deve ser administrado com cautela em casos de diabetes mellitus. Foi relatada hiperglicemia resultante do efeito inibitório da fenitoína na liberação de insulina. A fenitoína também pode aumentar os níveis séricos de glicose em pacientes diabéticos. VI. Interações medicamentosas A fenitoína é extensivamente ligada às proteínas plasmáticas séricas e metabolizadas pelas enzimas hepáticas CYP2C9 CYP2C19 do citocromo P450 e enzimas. Inibição do metabolismo pode produzir significativo aumento nas concentrações circulantes de fenitoína e elevar o risco de toxicidade do fármaco. A fenitoína é um potente indutor das enzimas hepáticas metabolizadoras de fármacos, incluindo CYP1A2, CYP2B6, CYP2C9, CYP3A e UGT1A1. É recomendado que a concentração plasmática de fenitoína seja monitorada quando utilizada com terapia combinada e a dose deve ser ajustada, quando apropriado. Eslicarbazepina, topiramato, cimetidina, omeprazol, estiripentol e fluoxetina podem levar a uma exposição elevada de fenitoína. Ácido valpróico: quando coadministrado com a fenitoína, o ácido valpróico reduz a concentração plasmática total de fenitoína. Além disso, o ácido valpróico aumenta a forma livre da fenitoína com possíveis sintomas de superdose (o ácido valpróico desloca a fenitoína de seus sítios de ligação às proteínas plasmáticas e reduz seu catabolismo hepático (do fígado). Os níveis de metabólitos do ácido valpróico podem ser aumentados no caso de uso concomitante com a fenitoína. Portanto, se você estiver sendo tratado com estes dois fármacos você deve ser cuidadosamente monitorado para sinais de hiperamonemia (excesso de amônia no organismo). Azapropazona: a azapropazona aumenta o risco de toxicidade, uma vez que o uso concomitante aumenta a quantidade da fenitoína no sangue. O uso concomitante do ácido fólico com a fenitoína resultou num aumento da frequência de crises convulsivas e na redução dos níveis de fenitoína em alguns pacientes. A fenitoína tem potencial de diminuir os níveis plasmáticos de folato e, portanto, deve ser evitada durante a gravidez. Hidróxido de alumínio: a administração simultânea da fenitoína com hidróxido de alumínio pode acarretar na diminuição da concentração sérica (quantidade no sangue) da fenitoína. Imatinibe: o uso concomitante de imatinibe e fenitoína reduz as concentrações plasmáticas do imatinibe devido à indução do seu metabolismo. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento. Irinotecano: o uso concomitante de irinotecano e 21 fenitoína reduz a exposição ao irinotecano e ao seu metabólito ativo. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento. Isoniazida: informe ao seu médico, caso faça uso de isoniazida e fenitoína. Os pacientes recebendo ambos os fármacos devem ser rigorosamente observados quanto aos sinais de toxicidade da fenitoína. Lidocaína: a lidocaína e a fenitoína pertencem à classe dos antiarrítmicos IB (medicamentos usados para arritmia - descompasso dos batimentos do coração). O uso concomitante pode resultar em depressão cardíaca aditiva. Além disso, existem evidências de que a fenitoína possa estimular o metabolismo no fígado da lidocaína resultando em uma redução da concentração sérica da lidocaína. O uso combinado deve ser administrado com cautela. O status cardíaco do paciente deve ser monitorado. Se possível, o tratamento concomitante deve ser evitado em pacientes com doença cardíaca conhecida. Lopinavir: o uso concomitante de fenitoína e lopinavir pode resultar numa redução da concentração plasmática do lopinavir e pode causar redução na concentração da fenitoína. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento. Metotrexato: a administração concomitante de metotrexato e fenitoína reduz a eficácia da fenitoína devido à redução da sua absorção gástrica (no estômago). Além disso, há um aumento no risco de toxicidade do metotrexato. VII. Reações adversas Os eventos adversos clínicos mais comumente observados com o uso de Fenitoína em estudos clínicos foram: nistagmo, vertigem, prurido, parestesia, cefaleia, sonolência e ataxia. Estes eventos são comumente associados ao uso injetável de Fenitoína. VIII. Posologia Adultos: Fenitoína solução injetável deve ser administrado via intramuscular ou intravenosa, de forma lenta. A dose recomendada pode variar de meia ampola a 2 ampolas de 50 mg/ml, por hora, nunca excedendo a administração de 250 mg em 15 minutos e a dose máxima de 1,0 gramas por dia. As doses de Fenitoína solução injetável devem ter intervalos de pelo menos 15 minutos. Crianças: a dose recomendada de Fenitoína solução injetável deve ser calculada em função do peso da criança, sendo recomendadas doses de 2,0 a 2,5 22 mg/kg de peso da criança, nunca excedendo a dose máxima diária de 15mg/kg de peso. As doses de Fenitoína solução injetável devem ter intervalos de pelo menos 15 minutos entre administrações. IX. Farmacodinâmica O principal local de ação parece ser o córtex motor, onde a extensão da atividade das crises é inibida. Possivelmente, pela estimulação da saída de sódio dos neurônios, a Fenitoína tende a estabilizar o limiar contra a hiperexcitabilidade causada pela estimulação excessiva ou alterações ambientais capazes de reduzir o gradiente da membrana sódica. Isto inclui a redução de potencialização póstetânica nas sinapses. A perda da potencialização pós-tetânica previne os “focus” das crises corticais pela detonação das áreas corticais adjacentes. A Fenitoína reduz a atividade máxima dos centros tronco-cerebrais responsáveis pela fase tônica das crises tônico- clônicas (crises de grande mal). X. Farmacocinética Após administração oral de Fenitoína, a meia-vida plasmática em humanos é, em média, de 22 horas, com uma variação de 7 a 42 horas. Os níveis terapêuticos no estado de equilíbrio são alcançados em pelo menos 7 a 10 dias (5 a 7 meia-vidas) após o início do tratamento com doses recomendadas de 300 mg/dia. Quando a determinação dos níveis séricos for necessária, a mesma deve ser obtida pelo menos 5–7 meia-vidas após o início do tratamento, variação da dose, adição ou retirada de outro medicamento, de modo que o equilíbrio ou estado de equilíbrio já tenha sido alcançado. Os níveis de vale (ou mínimos) fornecem informações sobre a variação dos níveis plasmáticos clinicamente eficazes e confirmam a aderência do paciente ao tratamento e são obtidos momentos antes da administração da próxima dose ao paciente. Os níveis de pico indicam um limiar individual para o aparecimento dos efeitos adversos dose-relacionados e são obtidos no período esperado de pico de concentração. XI. Vias de administração Via intramuscular; Via endovenosa; Via oral 23 XII. Vias de degradação O medicamento é excretado principalmente na bile como metabólitos inativos que são então reabsorvidos pelo trato gastrintestinal e excretados na urina. A excreção urinária da fenitoína e seus metabólitos ocorre parcialmente através de filtração glomerular, porém, de forma mais relevante através de secreção tubular. XIII. Estabilidade Estabilidade após diluição com Cloreto de Sódio 0,9%: temperatura ambiente (15 – 30°C): 24 horas; protegido da luz. Tempo de infusão: 15 minutos (dose de 250 mg); 30 – 60 minutos (dose de 1 g). XIV. Metabolismo O fígado é o principal órgão de transformação da fenitoína, assim caso o paciente tenha insuficiência hepática, seja idoso, ou esteja gravemente doente, deverá procurar o médico, pois poderá apresentar sinais precoces de toxicidade. Uma pequena porcentagem de pacientes tratados com fenitoína demonstrou ter metabolização lenta do medicamento. O lento metabolismo pode ser justificado pela disponibilidade enzimática limitada e falta de indução. Isto parece ser geneticamente determinado. 5. Nome do medicamento TRAMADOL Nome comercial TRAMAL I. Princípio ativo Cloridrato de tramadol, a substância ativa do Tramal é um analgésico que pertence à classe dos opioides que age no sistema nervoso central. Desta forma alivia a dor agindo nas células nervosas específicas da medula espinhal e cérebro. II. Indicação Um analgésico opioide indicado habitualmente no tratamento da dor de moderada a grande intensidade, como nos casos de dor oncológica, pós-operatório e traumas. 24 III. Forma farmacêutica e apresentações Tramal 50 solução injetável (50 mg/mL) em embalagem contendo 5 ampolas com 1 mL. Tramal 100 solução injetável (50 mg/mL) em embalagem contendo 5 ampolas com 2 mL. IV. Contraindicações Cloridrato de Tramadol é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade a Cloridrato de Tramadol ou a qualquer componente da fórmula; é também contraindicado nas intoxicações agudas por álcool, hipnóticos, analgésicos, opioides e outros psicotrópicos. V. Cuidados e advertências O cloridrato de tramadol deverá ser usado com cautela nas seguintes condições: hipersensibilidade aos analgésicos opioides, pacientes idosos, pacientes com insuficiência respiratória, história prévia de convulsões, história de dependência ou sensibilidade a opioides, pressão intracraniana aumentada, rebaixamento de consciência de origem não estabelecida. Foram relatadas convulsões em pacientes recebendo tramadol nas doses recomendadas. O risco pode aumentar quando as doses de tramadol excederem a dose diária limite recomendada (400mg). Além disso, o cloridrato de tramadol pode elevar o risco de convulsões em pacientes tomando outras medicações que reduzam o limiar de excitabilidade para convulsões. Pacientes com epilepsia, ou aqueles susceptíveis a convulsões, somente deveriam ser tratados com tramadol sob as circunstâncias inevitáveis. O tramadol apresenta um baixo potencial de dependência. No uso a longo prazo, pode-se desenvolver tolerância e dependência física e psíquica. Pacientes com tendência a dependência ou ao abuso de droga, só devem utilizar o cloridrato de tramadol por períodos curtos e sob a supervisão médica rigorosa. O cloridrato de tramadol não é indicado para tratamento de síndrome aguda de retirada de narcóticos. Existe tolerância cruzada com outros opioides. Pacientes sob o tratamento com cloridrato de tramadol devem ser alertados quanto à realização de atividades que exijam atenção, como dirigir veículos ou operar máquinas. Este fato diz respeito particularmente ao uso concomitante de bebidas alcoólicas ou substâncias psicotrópicas, devido à possibilidade de potencialização dos efeitos indesejáveis de ambas as drogas 25 VI. Interações medicamentosas O cloridrato de tramadol não deve ser combinado com inibidores da MAO (vide item 4. Contraindicações). Foram observadas interações medicamentosas sérias com inibidores da MAO, com risco de vida com repercussão sobre o sistema nervoso central, função respiratória e cardiovascular quando houve prémedicação de inibidores da MAO nos últimos 14 dias antes do uso do opioide petidina. As mesmas interações não podem ser descartadas durante o tratamento com cloridrato de tramadol. A administração concomitante de cloridrato de tramadol com outros fármacos depressores do sistema nervoso central (SNC), incluindo álcool, pode potencializar os efeitos no SNC (vide item 9. Reações Adversas). Os resultados dos estudos de farmacocinética demonstraram até o momento que na administração prévia ou concomitante de cimetidina (inibidor enzimático) não é comum ocorrerem interações clinicamente relevantes. Administração prévia ou simultânea de carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico e a duração da ação. Não se recomenda a combinação de agonistas/antagonistas de receptores de morfina (por ex.: buprenorfina, nalbufina, pentazocina) e tramadol, pois o efeito analgésico de um agonista puro pode ser teoricamente reduzido nessas circunstâncias. O cloridrato de tramadol pode induzir convulsões e aumentar o potencial de inibidores seletivos da recaptação de serotonina, inibidores da receptação de serotonina e norepinefrina antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos e outros fármacos que diminuem o limiar para crises convulsivas (tais como bupropiona, mirtazapina, tetraidrocanabinol). O uso terapêutico concomitante de tramadol e drogas serotoninérgicas, tais como inibidores seletivos da recaptação da serotonina, inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos e mirtazapina podem causar toxicidade de serotonina. A síndrome da serotonina é possível quando um dos seguintes é observado: - clônus espontâneo - clônus induzível ou ocular com agitação ou diaforese cloridrato de tramadol - Bula para o profissional da saúde 5 - tremor e hiperreflexia - hipertonia e temperatura corporal > 38°C e clônus induzível ou ocular. Após a interrupção de medicamentos serotoninérgicos, geralmente observa-se uma melhora rápida. O tratamento depende da natureza e gravidade dos sintomas. O tratamento com cloridrato de tramadol concomitante com derivados cumarínicos (varfarina) deve 26 ser cuidadosamente monitorado, devido a relatos de aumento no tempo de protrombina (INR) com risco de sangramento e de equimoses em alguns pacientes. Outros fármacos inibidores do CYP3A4, tais como o cetoconazol e a eritromicina, podem inibir o metabolismo do tramadol (N-demetilação) e do metabólito ativo O- demetilado. A importância clínica de tal interação não é conhecida (vide item 9. Reações Adversas). Em um número limitado de estudos pré- ou pós-operatório de um antiemético agonista 5-HT3 ondansetron aumentou a exigência de tramadol em pacientes com dor pós-operatória. VII. Reações adversas As reações adversas mais comumente relatadas são: náusea e tontura, ambas ocorrendo em mais de 10% dos pacientes. Comum: dor de cabeça, sonolência, vômito, constipação (prisão de ventre), boca seca, transpiração, fadiga (cansaço). Incomum: regulação cardiovascular (palpitação, taquicardia, hipotensão postural ou colapso cardiovascular), ânsia de vômito, irritação gastrintestinal (uma sensação de pressão no estômago ou de distensão abdominal (sensação de estômago cheio), diarreia, reações dérmicas (por ex.: prurido (coceira), rash (erupções na pele), urticária. Raro: bradicardia (diminuição da frequência cardíaca), hipertensão (aumento da pressão sanguínea), alterações no apetite, parestesia (sensação de formigamento), tremores, depressão respiratória, convulsão epileptiforme, contrações musculares involuntárias, coordenação anormal, desmaio, alucinações, confusão, distúrbios do sono, ansiedade, pesadelos, alteração do humor, aumento e/ou redução da atividade (hipo ou hiperatividade), alterações na capacidade cognitiva (de perceber e compreender) e sensorial (dos sentidos), dependência do medicamento, visão turva, dispneia (dificuldades para respirar), fraqueza motora, distúrbios de micção (dificuldade na passagem da urina, disúria (dificuldade ou dor ao urinar) e retenção urinária, reações alérgicas (por ex.: dispneia, broncoespasmo – redução do calibre dos brônquios, ronco, edema angioneurótico – inchaço na pele e das mucosas), anafilaxia (reação alérgica grave), sintomas de reação de retirada (abstinência) do medicamento (agitação, ansiedade, nervosismo, insônia, hipercinesia (aumento dos movimentos), sintomas gastrintestinais. Não conhecido: distúrbio da fala, midríase (dilatação da pupila). Outros sintomas que foram relatados raramente após a descontinuação do tramadol incluem: ataque de pânico, ansiedade grave, alucinação, parestesia, zumbido e sintomas incomuns do SNC (por ex.: confusão, alucinação 27 (ilusão), personalização, desrealização, paranoia), rubor e fogacho (sensação de calor). VIII. Posologia Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada, ajustando-a à intensidade da dor e sensibilidade individual do paciente. O esquema posológico recomendado serve como regra geral. A princípio, deve ser selecionada a menor dose analgésica eficaz. O tratamento da dor crônica exige um esquema fixo de dosagem. As doses usuais diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria dos pacientes, embora existam casos que necessitem de doses mais elevadas. Adultos e jovens com mais de 12 anos de idade: Forma Farmacêutica Dose única Dose diária Modo de uso cloridrato de tramadol solução oral 20 gotas, 8 vezes ao dia ou 40 gotas, 4 vezes ao dia até 160 gotas Deve ser ingerido com um pouco de água pura ou açúcar Se o alívio da dor for insuficiente, a dose pode ser aumentada até 150 mg ou 200 mg 2 vezes/dia de cloridrato de tramadol. O cloridrato de tramadol pode ser administrado com ou sem alimentos. Se após administração de dose única de 50 mg de tramadol (20 gotas) o alívio da dor não for alcançado dentro de 30-60 minutos, uma segunda dose única de 50 mg pode ser administrada. Em caso de dor grave, se a necessidade for maior, uma dose maior de cloridrato de tramadol (100 mg de tramadol) pode ser considerada para dose inicial, a critério médico. Dependendo da intensidade da dor, o efeito dura 4 – 8 horas. Normalmente não se devem exceder doses de 400 mg/dia (a 20 gotas 8 vezes ao dia). Entretanto, no tratamento da dor grave proveniente de tumor e na dor pós- operatória grave, podem ser necessárias doses mais elevadas, sempre a critério médico. Para o tratamento da dor aguda pós-operatória doses ainda maiores podem ser necessárias para a analgesia pretendida no período imediatamente pós- operatório. Geralmente, as necessidades após 24 horas não são maiores que a administração normal. IX. Resultados de eficácia O tramadol foi administrado em dose única e oral de 50, 75 e 100 mg a pacientes com dores geradas após procedimentos cirúrgicos e cirurgias bucais (extração de molares impactados). Em um modelo de dose única em dor após cirurgia bucal, em muitos pacientes o alívio da dor foi alcançado com doses de 50 e 75 mg de 28 tramadol. A dose de 100 mg de tramadol tende a promover analgesia superior à de 60 mg de sulfato de codeína, mas não foi tão efetiva como a combinação de 650 mg de ácido acetilsalicílico com 60 mg de fosfato de codeína. O tramadol foi estudado em três estudos clínicos controlados, em longo prazo, envolvendo um total de 820 pacientes, onde 530 deles receberam tramadol. Pacientes com uma variedade de condições de dor crônica foram estudados em um estudo clínico duplo-cego com duração de um a três meses. Doses diárias médias de aproximadamente 250 mg de tramadol em doses divididas foram geralmente comparáveis a cinco doses diárias de 300 mg de paracetamol com 30 mg de fosfato de codeína, a cinco doses diárias de 325 mg de ácido acetilsalicílico com 30 mg de fosfato de codeína ou a duas ou três doses diárias de 500 mg de paracetamol com 5 mg de cloridrato de oxicodona. X. Farmacodinâmica O tramadol é um analgésico opióide de ação central. É um agonista puro não seletivo dos receptores opióides μ (mi), δ (delta) e κ (kappa), com uma afinidade maior pelo receptor μ (mi). Outros mecanismos que contribuem para o efeito analgésico de tramadol são a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina e o aumento da liberação de serotonina. O tramadol tem um efeito antitussígeno. Em contraste com a morfina, de uma maneira geral, doses analgésicas de tramadol não apresentam efeito depressor sobre o sistema respiratório. A motilidade gastrintestinal também não é afetada. Os efeitos no sistema cardiovascular tendem a ser leves. Foi relatado que a potência de tramadol é 1/10 a 1/6 da potência da morfina. XI. Farmacocinética Após administração intramuscular em humanos, tramadol é rápida e completamente absorvido: o pico médio de concentração sérica (Cmáx) é atingido após 45 minutos, e a biodisponibilidade são quase 100%. Mais de 90% de tramadol é absorvido após administração oral em humanos (cloridrato de tramadol cápsulas). A meia-vida de absorção é de 0,38 ± 0,18 h. Uma comparação das áreas sob as curvas das concentrações séricas de tramadol (AUC) após administração oral e I.V. mostra uma biodisponibilidade de 68 ± 13% para cloridrato de tramadol. Comparado com outros analgésicos opióides a biodisponibilidade absoluta de cloridrato de tramadol é extremamente alta. 29 Os picos de concentrações séricas são alcançados após 2h após administração de cloridrato de tramadol na forma de cápsulas. O tramadol apresenta uma alta afinidade tecidual (Vd,β(beta) = 203 ± 40 L) e cerca de 20% liga-se às proteínas plasmáticas. O tramadol atravessa as barreiras placentária e hematoencefálica. Pequenas quantidades de tramadol e do derivado O-desmetil são encontradas no leite materno (0,1% e 0,02%, da dose aplicada respectivamente). A inibição das isoenzimas CYP3A4 e/ou CYP2D6 envolvidas na biotransformação de tramadol pode afetar a concentração plasmática de tramadol ou seus metabólitos ativos. Até o momento, não foram observadas interações clinicamente relevantes. O tramadol e seus metabólitos são quase completamente excretados via renal. A excreção urinária cumulativa é 90% da radioatividade total da dose administrada. A meia-vida de eliminação (t1/2,β) é de aproximadamente 6 horas, independentemente da via de administração. Em pacientes acima de 75 anos de idade, a meia-vida de eliminação pode ser prolongada por um fator de aproximadamente 1,4. Em pacientes com cirrose hepática, as meias-vidas de eliminação são de 13,3 ± 4,9 h (tramadol) e 18,5 ± 4,9 h (Odesmetiltramadol); em um caso extremo, determinou-se 22,3 h e 36 h, respectivamente. Em pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina < 5 mL/minuto), os valores foram 11 ± 3,2 h e 16,9 ± 3 h; em um caso extremo 19,5 h e 43,2 h, respectivamente. Em humanos, o tramadol é metabolizado principalmente por N- e O-desmetilação e conjugação dos produtos da Odesmetilação com ácido glicurônico. Somente o O-desmetiltramadol é farmacologicamente ativo. Há diferenças quantitativas interindividuais consideráveis entre os outros metabólitos. Até o momento, onze metabólitos foram detectados na urina. Experimentos em animais demonstraram que O-desmetiltramadol é 2-4 vezes mais potente do que o fármaco inalterado. A meia-vida t1/2,β (6 voluntários sadios) é de 7,9 h (5,4 – 9,6 h), bastante similar à meiavida de tramadol. O tramadol tem um perfil farmacocinético linear dentro da faixa de dose terapêutica. A relação entre concentrações séricas e o efeito analgésico é dose-dependente, mas varia consideravelmente em casos isolados. Uma concentração sérica de 100-300 ng/mL é usualmente eficaz. 30 XII. Vias de administração Tramal solução injetável é injetado i.v. (usualmente em uma veia sob a superfície do braço), i.m. (usualmente nas nádegas) ou s.c. (sob a pele). A administração nas veias é lenta com 1 ml de Tramal solução injetável (equivalente a 50 mg de cloridrato de tramadol) por minuto. XIII. Vias de degradação O tramadol e seus metabólitos são quase completamente excretados via renal. A excreção urinária cumulativa é 90% da radioatividade total da dose administrada. A meia-vida de eliminação (t1/2,β) é de aproximadamente 6 horas, independentemente da via de administração. XIV. Estabilidade Se diluído em SG5% e com concentração de até 30 mg/mL, permanece estável até 2h TA e 4h ref. XV. Metabolismo É metabolizado principalmente por N- e O-desmetilação e conjugação dos produtos da O- desmetilação com ácido glicurônico. Somente o O-desmetiltramadol é farmacologicamente ativo. Há diferenças quantitativas interindividuais consideráveis entre os outros metabólitos. 6. Nome do medicamento MIDAZOLAN Nome comercial DORMONID I. Princípio ativo O Maleato de Midazolam, é o ingrediente ativo deste medicamento. Este medicamento tem efeitos hipnóticos e sedativos caracterizados por um início rápido e de curta duração. Também exerce efeito ansiolítico, anticonvulsivo e relaxante muscular. II. Indicação 31 O Maleato de Midazolam comprimidos é um medicamento de uso adulto, indicado para: Tratamento de curta duração de insônia. Os benzodiazepínicos são indicados apenas quando o transtorno submete o indivíduo a extremo desconforto, é grave ou incapacitante. Sedação, antecedendo procedimentos cirúrgicos ou diagnósticos. III. Forma farmacêutica e apresentações Solução injetável 5 mg. Embalagens contendo 5 ampolas de 5 mL. Solução injetável 15 mg. Embalagens contendo 5 ampolas de 3 mL. Solução injetável 50 mg. Embalagens contendo 5 ampolas de 10 mL. Uso adulto e pediátrico. IV. Contraindicações Este medicamento é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida a benzodiazepínicos ou a qualquer excipiente da formulação. Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes nas seguintes condições: Com insuficiência respiratória grave; com insuficiência hepática grave (benzodiazepínicos não são indicados para tratar pacientes com insuficiência hepática grave, pois eles podem causar encefalopatia); Com síndrome de apneia do sono; Com miastenia gravis. Este medicamento é contraindicado para uso por crianças. Os comprimidos de maleato de Maleato de Midazolam não devem ser administrados a crianças, uma vez que as concentrações disponíveis não permitem a dosagem apropriada. Este medicamento não deve ser administrado por pacientes que estejam em terapia concomitante com potentes inibidores ou indutores de CYP3A (cetoconazol, itraconazol, voriconazol, inibidores de protease de HIV, incluindo formulações reforçadas com ritonavir), e os inibidores da protease do VHC boceprevir e telaprevir. V. Cuidados e advertências O midazolam injetável deve ser usado somente quando materiais de ressuscitação apropriados para o tamanho e a idade estão disponíveis, já que a administração E.V. de midazolam pode deprimir a contratilidade miocárdica e causar apneia. Eventos adversos 3 cardiorrespiratórios graves têm ocorrido em raras ocasiões. Esses eventos têm incluído depressão respiratória, apneia, parada respiratória e/ou parada cardíaca. A ocorrência de tais incidentes de risco à vida é mais provável em adultos acima de 60 anos, naqueles com insuficiência respiratória 32 preexistente ou comprometimento da função cardíaca, e em pacientes pediátricos com instabilidade cardiovascular, particularmente quando a injeção é administrada muito rapidamente ou quando é administrada uma alta dose. Quando midazolam injetável é administrado parenteralmente, cuidados especiais devem ser observados em pacientes representantes de grupos de alto risco: adultos acima de 60 anos; pacientes cronicamente doentes ou debilitados; pacientes com insuficiência respiratória crônica; pacientes com insuficiência renal crônica, insuficiência hepática ou com insuficiência cardíaca congestiva; pacientes pediátricos com instabilidade cardiovascular. Esses pacientes de alto risco precisam de doses menores e devem ser monitorados continuamente com relação a sinais precoces de alteração das funções vitais. VI. Interações medicamentosas A biotransformação de midazolam é mediada predominantemente pelo citocromo P4503A4 (CYP3A4) isoenzima. Aproximadamente 25% do total de enzimas hepáticas do sistema citocromo P450 em adultos correspondem à subfamília 3A4. Inibidores e indutores dessa isoenzima podem produzir interações farmacológicas com midazolam (ver item “5. Advertências e precauções”). Estudos de interação realizados com midazolam injetável: Inibidores de CYP3A4 Antifúngicos azólicos cetoconazol: o cetoconazol aumentou a concentração plasmática de midazolam endovenoso em cinco vezes e a meia vida em três vezes. Caso midazolam injetável seja coadministrado com o cetoconazol, um forte inibidor de CYP3A, esse procedimento deve ser feito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) ou onde exista disponibilidade de instrumental equivalente, de forma a garantir um monitoramento clínico cuidadoso e manejo médico apropriado em caso de depressão respiratória ou sedação prolongada. Deve-se considerar doses coordenadas e ajuste de dose especialmente se for administrada mais que uma dose única de midazolam E.V. itraconazol e fluconazol: ambos aumentaram a concentração plasmática de midazolam endovenoso em, aproximadamente, duas a três vezes, associado com aumento na meia-vida de eliminação em, aproximadamente, 2,4 vezes para o itraconazol e 1,5 vez para o fluconazol. posaconazol: o posaconazol aumentou as concentrações plasmáticas de midazolam endovenoso em, aproximadamente, duas vezes. Antibióticos macrolídeos 33 e eritromicina: a coadministração de midazolam com eritromicina prolongou a meia- vida de eliminação de midazolam de 3,5 para 6,2 horas. Apesar de mudanças farmacodinâmicas relativamente menores terem sido observadas, é aconselhado ajuste de dose do midazolam endovenoso, especialmente se altas doses estão sendo administradas claritromicina: o uso concomitante de claritromicina e midazolam promove aumento da concentração plasmática de midazolam em 2,5 vezes e duplica sua meia-vida. VII. Reações adversas Geralmente o midazolam é bem tolerado e possui ampla margem terapêutica. Não foram observadas alterações nos níveis sanguíneos, funções hepáticas ou renais. Os efeitos colaterais raramente observados devem-se ao seu efeito sedativo, sendo dose-dependentes, desaparecendo geralmente com a redução da dose. Pacientes acordados por estímulos anormais nas primeiras 2 a 3 horas de sono após a ingestão do comprimido, raramente apresentam episódio amnésico em relação às atividades desempenhadas no momento. Com o objetivo de se conhecer a suscetibilidade do paciente a este fenômeno, é aconselhado que a primeira dose de midazolam seja administrada em ambiente familiar. VIII. Posologia Adultos:- A dose usual recomendada para adultos é de ½ a 1 comprimido de 15 mg. Devido a curta permanência do midazolam no organismo, o Dormire® pode ser administrado a qualquer hora, desde que o paciente se assegure de que não será perturbado durante as 4 horas seguintes. Desta maneira, não há receio da ocorrência de efeitos residuais ao despertar. O comprimido deve ser ingerido com um pouco de água, sem mastigá-lo, imediatamente antes de deitar. Pacientes Idosos e Debilitados:- A dose usual recomendada é de ½ comprimido de 15 mg. Esta dose é recomendada também a pacientes com disfunção renal e/ou hepática. Na prémedicação deve ser administrado 1 comprimido de Dormire® 15 mg, 30 a 60 minutos antes do procedimento, a não ser que se prefira a via parenteral. IX. Resultados de eficácia Para o tratamento de insônia, a dose de midazolam eficaz é de 15 mg, ingerida por via oral no momento de deitar (Monti, 1993; Fischbach, 1983; Feldmeier & Kapp, 1983; Lupolover e colaboradores, 1983). A manutenção do sono é obtida de modo 34 eficaz nas doses de 7,5 a 15 mg (Monti, 1993). Para pacientes idosos, a dose de 15 mg de midazolam é eficaz e segura para o tratamento de insônia (Beck e colaboradores, 1983). O midazolam é eficaz como medicação pré-anestésica, quando administrado na dose de 2 a 3 mg por via intramuscular. Esses foram os achados de Wong e colaboradores, em 1991, em estudo que envolvia 100 pacientes entre 60 e 86 anos. O midazolam pode também ser utilizado para a sedação antes da realização de endoscopia digestiva alta ou colonoscopia. Em um estudo que envolvia 800 pacientes, Bell e colaboradores, em 1987, demonstraram que a dose necessária para induzir sedação foi maior nos pacientes entre 15 e 24 anos de idade (em média 10 mg), em comparação com os pacientes entre 60 e 86 anos de idade (3,6 mg). Como indução anestésica em pacientes sem medicação prévia e abaixo dos 55 anos, midazolam é eficaz e pode ser administrado por via endovenosa na dose de 0,3 a 0,35 mg/kg de peso, administrados em 20 a 30 segundos, e o tempo esperado de início de ação é de dois minutos. Em pacientes pré-medicados com sedativos ou narcóticos, midazolam é seguro e eficaz na dose de 0,15 a 0,35 (média 0,25 mg/kg) (Versed(R), 1997; Freuchen e colaboradores, 1983; Jensen e colaboradores, 1982; Pakkanen & Kanto, 1982; Berggren & Eriksson, 1981). X. Farmacodinâmica O midazolam é um derivado do grupo das imidazobenzodiazepinas. A base livre é uma substância lipofílica com baixa solubilidade na água. O nitrogênio básico na posição 2 do sistema do anel imidazobenzodiazepínico permite que o ingrediente ativo forme sais hidrossolúveis com ácidos. Esses produzem uma solução estável e bem tolerada para injeção. A ação farmacológica de midazolam é 2 caracterizada pelo rápido início de ação, por causa da rápida transformação metabólica e da curta duração. Por causa da sua baixa toxicidade, midazolam possui amplo índice terapêutico. O midazolam injetável provoca efeito sedativo e indutor do sono rapidamente, de pronunciada intensidade. Também exerce efeito ansiolítico, anticonvulsivante e relaxante muscular. Após administração intramuscular ou endovenosa, ocorre uma amnésia anterógrada de curta duração (o paciente não se recorda de eventos que ocorreram durante o pico de atividade do composto). 35 XI. Farmacocinética A absorção de midazolam pelo tecido muscular é rápida e completa. As concentrações plasmáticas máximas são alcançadas dentro de 30 minutos. A biodisponibilidade após administração I.M. é superior a 90%. Absorção após administração retal Após administração retal, midazolam é absorvido rapidamente. A concentração plasmática máxima é alcançada em cerca de 30 minutos. A biodisponibilidade é de cerca de 50%. Distribuição Quando o midazolam é injetado por via endovenosa, a curva plasmática de concentração-tempo mostra uma ou duas fases distintas de distribuição. Após administração oral, a distribuição tecidual de midazolam é muito rápida e, na maioria dos casos, uma fase de distribuição não é evidente ou é praticamente encerrada uma a duas horas após a administração. O volume de distribuição em equilíbrio dinâmico é de 0,7 – 1,2 L/kg. De 96% a 98% de midazolam é ligado às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina. Existe uma passagem lenta e insignificante de midazolam para o líquido cefalorraquidiano. Em humanos, foi demonstrado que midazolam atravessa a placenta lentamente e entra na circulação fetal. Pequenas quantidades de midazolam são encontradas no leite humano. XII. Vias de administração Uso intramuscular, intravenoso e via oral. XIII. Vias de degradação A meia-vida de eliminação de midazolam situa-se entre 1,5 e 2,5 horas. O clearance plasmático é de 300 a 500 mL/min em média. Quando midazolam é administrado pela infusão E.V., sua cinética de eliminação não difere da observada após injeção em bolus. O midazolam é excretado principalmente por via renal: 60% a 80% da dose é excretada na urina como o glucuroconjugado α-hidroximidazolam. Menos de 1% é recuperado inalterado na urina. Quando administrado por via oral, em dose única diária, midazolam não se acumula. A administração repetida de midazolam não produz indução de enzimas de biotransformação. XIV. Estabilidade Estabilidade após diluição com Cloreto de Sódio 0,9% temperatura ambiente (15-30°C): 24 h. Estabilidade após diluição com Glicose 5% temperatura ambiente 36 (15-30°C): 24 h. Não usar se houver precipitado ou alteração de cor. Diluente: Cloreto de Sódio 0,9% ou Glicose 5%. XV. Metabolismo O midazolam é quase inteiramente eliminado após biotransformação. Menos de 1% da dose é recuperada na urina como droga não modificada. O midazolam é hidroxilado pelo citocromo P4503A4 (CYP3A4) isoenzima. O α-hidroximidazolam é o principal metabólito na urina e no plasma. De 60% a 80% da dose é excretada na urina como αhidroximidazolam glucuroconjugado. Após administração injetável, a concentração plasmática de α-hidroximidazolam é 12% do composto de origem. A fração da dose extraída pelo fígado foi estimada em 30% – 60%. A meia-vida de eliminação do metabólito é menor que uma hora. O α -hidroximidazolam é farmacologicamente ativo, mas contribui apenas minimamente (cerca de 10%) para os efeitos do midazolam endovenoso. Não existe evidência de polimorfismo genético no metabolismo oxidativo do midazolam. Investigações posteriores não demonstraram relevância clínica e polimorfismo genético no metabolismo oxidativo do midazolam. 7. Nome do medicamento DIAZEPAN Nome comercial VALIUM I. Princípio ativo Diazepam, comercializado pela primeira vez como Valium, é um medicamento do grupo de benzodiazepinas que, normalmente, produz um efeito calmante. II. Indicação O diazepam é indicado para alívio sintomático da ansiedade, tensão e outras queixas somáticas ou psicológicas associadas com a síndrome da ansiedade. Pode também ser útil como coadjuvante no tratamento da ansiedade ou agitação associada a desordens psiquiátricas. 37 III. Forma farmacêutica e apresentações Comprimido 5 mg: embalagem contendo 30 comprimidos. Comprimido 10 mg: embalagem contendo 30 comprimidos. Uso oral uso adulto composição. Cada comprimido de 5 mg contém: diazepam5 mg Excipientes: amido, lactose monoidratada, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício e estearato de magnésio. Cada comprimido de 10 mg contém: diazepam 10 mg Excipientes: amido, lactose monoidratada, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício e estearato de magnésio. IV. Contraindicações Diazepam não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade aos benzodiazepínicos ou a qualquer excipiente do produto, glaucoma de ângulo agudo, insuficiência respiratória grave, insuficiência hepática grave, síndrome da apneia do sono ou miastenia gravis. V. Cuidados e advertências Uso concomitante de álcool/depressores SNC: O uso concomitante de diazepam com álcool e/ou depressores do sistema nervoso central (SNC) deve ser evitado. Essa utilização concomitante tem potencial para aumentar os efeitos clínicos de diazepam, incluindo possivelmente sedação grave, que pode resultar em coma ou morte, depressão cardiovascular e/ou respiratória clinicamente relevantes (vide item “Interações medicamentosas” e “Superdose”). Histórico médico de abuso de álcool ou drogas: O diazepam deve ser usado com muita cautela em pacientes com história de alcoolismo ou dependência de drogas. O diazepam deve ser evitado em pacientes com dependência de depressores do sistema nervoso central (SNC), incluindo álcool. Uma exceção à dependência de álcool é o gerenciamento das reações agudas de retirada. VI. Interações medicamentosas Tem sido descrito que a administração concomitante de cimetidina (mas não ranitidina) retarda o clearance (depuração) do diazepam. Existem igualmente estudos mostrando que a disponibilidade metabólica da fenitoína é afetada pelo diazepam. Por outro lado, não existem interferências com os antidiabéticos, anticoagulantes e diuréticos comumente utilizados. Se o diazepam é usado concomitantemente com 38 outros medicamentos de ação central, tais como: neurolépticos, tranquilizantes, antidepressivos, hipnóticos, anticonvulsivantes, analgésicos e anestésicos, os efeitos destes medicamentos podem potencializar ou serem potencializados pelo diazepam. O uso simultâneo com levodopa pode diminuir o efeito terapêutico da levodopa. VII. Reações adversas Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): cansaço, sonolência e relaxamento muscular; em geral, estão relacionados com a dose administrada. Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): confusão mental, amnésia anterógrada (perda de memória passada), depressão, diplopia (visão dupla), disartria (articulação imperfeita da palavra), cefaleia (dor de cabeça), hipotensão (diminuição da pressão arterial), variações nos batimentos do pulso, depressão circulatória, parada cardíaca, incontinência urinária, aumento ou diminuição da libido, náusea, secura da boca ou hipersalivação, rash cutâneo (coloração avermelhada na pele, urticária), fala enrolada, tremor, retenção urinária, tonteira e distúrbios de acomodação visual. Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): elevação das transaminases e da fosfatase alcalina assim como icterícia. Têm sido descritas reações paradoxais tais como: excitação aguda, ansiedade, distúrbios do sono e alucinações. Quando estes últimos ocorrem, o tratamento com diazepam deve ser interrompido. Particularmente após administração endovenosa rápida, podem ocorrer: trombose venosa, flebite, irritação local, edema ou, menos frequentemente, alterações vasculares. Veias de pequeno calibre não devem ser escolhidas para a administração, devendo-se evitar principalmente a administração intra-arterial e o extravasamento do medicamento. A administração intramuscular pode ocasionar dor local, acompanhada, em alguns casos. VIII. Posologia Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada. As doses usuais diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria dos pacientes, embora existam casos que necessitem de doses mais elevadas. As doses parenterais recomendadas para adultos e adolescentes variam de 2 a 20mg IM ou IV, dependendo do peso corporal, indicação e gravidade dos sintomas. Em algumas 39 indicações (tétano, por exemplo) podem ser necessárias doses mais elevadas. A administração endovenosa de diazepam deve ser lenta (0,5 a 1mL/minuto), pois a administração excessivamente rápida pode provocar apneia; instrumental de reanimação deve estar disponível para qualquer eventualidade. IX. Resultados de eficácia A eficácia é mantida mesmo com o tratamento prolongado durante vários anos. Em estudo que envolvia 228 pacientes, duplo–cego, com placebo, o tratamento com diazepam na dose de 2 mg, três vezes ao dia, e 4 mg, à noite, foi superior ao placebo no alívio dos sintomas da ansiedade. X. Farmacodinâmica O diazepam é um benzodiazepínico. A fórmula molecular do diazepam é C16H13ClN2O e o peso molecular é de 284,74. O nome químico é 7-cloro-1,3- diidro- 1-metil-5-fenil-2H-1,4-benzodiazepina-2-ona. O ponto de fusão do diazepam é 125 - 126˚C. O diazepam faz parte do grupo dos benzodiazepínicos e possui propriedades ansiolíticas, miorrelaxantes, anticonvulsivantes e sedativas. Sabe-se atualmente que tais ações são devido ao reforço da ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), o mais importante inibidor da neurotransmissão no cérebro. XI. Farmacocinética O diazepam é rápida e completamente absorvido após administração oral, atingindo a concentração plasmática máxima após 30-90 minutos. Distribuição: o diazepam e seus metabólitos possuem alta ligação às proteínas plasmáticas (diazepam: 98%). Eles atravessam as barreiras hematoencefálica e placentária e são também encontrados no leite materno em concentrações que equivalem a aproximadamente um décimo da concentração sérica materna. XII. Vias de administração Via intramuscular, via endovenosa e via oral. XIII. Vias de degradação A curva concentração plasmática/tempo do diazepam é bifásica: uma fase de distribuição inicial rápida e intensa, com uma meia-vida que pode chegar a 3 horas e uma fase de eliminação terminal prolongada (meia-vida 20-50 horas). A meia-vida de eliminação terminal (t1/ 2b) do metabólito ativo nordiazepam é de aproximadamente 40 100 horas. O diazepam e seus metabólitos são eliminados principalmente pela urina, predominantemente sob a forma conjugada. O clearence de diazepam é de 20-30 ml/min. XIV. Estabilidade A estabilidade do Diazepam varia entre 0 a 40 mg/mL IV direto: 10-15 min. Infusão: 30 - 40 min. Atenção: Se diluído em SG5% e com concentração de até 30 mg/mL, permanece estável até 2h TA e 4h ref. XV. Metabolismo O diazepam é metabolizado em substâncias farmacologicamente ativas, como o nordiazepam, o hidroxidiazepam e o oxazepam. 8. Nome do medicamento HIDRAZALINA Nome comercial APRESOLINA I. Princípio ativo Hidrazalina atua como um dilatador dos vasos sanguíneos periféricos através de uma ação relaxante direta sobre a musculatura lisa desses vasos. II. Indicação É indicada para o tratamento do Lúpus eritematoso sistêmico idiopático e doenças correlatas. Taquicardia grave e insuficiência cardíaca com alto débito cardíaco (por exemplo, em tireotoxicose). Insuficiência do miocárdio devido à obstrução mecânica (por exemplo, em estenose aórtica ou mitral e na pericardite constritiva). III. Forma farmacêutica e apresentações Apresolina 25 mg ou 50 mg – embalagens contendo 20 drágeas. IV. Contraindicações Hipersensibilidade conhecida à Hidralazina, dihidralazina ou a qualquer componente da formulação. Taquicardia grave e insuficiência cardíaca com alto débito 41 cardíaco (por exemplo, em tireotoxicose). Insuficiência do miocárdio devido à obstrução mecânica (por exemplo, em estenose aórtica ou mitral e na pericardite constritiva). Insuficiência cardíaca isolada do ventrículo direito devido à hipertensão pulmonar (cor pulmonale). Aneurisma dissecante da aorta. V. Cuidados e advertências Os pacientes medicados com hidralazina devem usar com cuidado os inibidores da monoaminooxidase (IMAO), bem como deve ser feita uma observação cuidadosa quando se usam conjuntamente outros anti-hipertensivos como o diazóxido, pois podem ocorrer episódios de hipotensão severa. A administração do produto deve ser feita com cautela em pacientes com distúrbios coronarianos e em presença de terapia simultânea com antidepressivos tricíclicos e inibidores
Compartilhar