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TRABALHO FARMACOLOGIA NAYARA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ENSINO FAMETRO-CEUNI 
CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO CURRICULAR II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2020 
 
 
NAYARA GOMES BIZERRIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO CURRICULAR II: 
MEDICAMENTOS UTILIZADOS EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
 
Trabalho apresentado ao Estágio Curricular 
obrigatório do curso de graduação em 
Enfermagem, como requisito parcial para 
obtenção de título de Bacharel em Enfermagem. 
Orientadora: Profª Carmem Silva Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2020 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4 
2. Nome da medicação: AMINOFILINA............................................................. 5 
3. Nome da medicação: AMIODARONA ........................................................... 9 
4. Nome da medicação: FENITOÍNA ............................................................... 18 
5. Nome da medicação: TRAMADOL ............................................................. 23 
6. Nome da medicação: MIDAZOLAM ............................................................ 30 
7. Nome comercial: DIAZEPAM ............................................................................... 36 
8. Nome da medicação: HIDRAZALINA .......................................................... 40 
9. Nome da medicação: PROPRANOLOL ...................................................... 46 
10. Nome da medicação: FENTANIL ................................................................ 51 
11. Nome da medicação: NITROPRUSSIATO DE SÓDIO ................................ 57 
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 64 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 65 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
A administração de medicamentos é um procedimento que pode ser realizado 
por alguns profissionais de saúde, no entanto é uma prática realizada cotidianamente 
pela equipe de enfermagem. Requer conhecimentos de farmacologia relacionados ao 
tipo da droga, mecanismos de ação, excreção, atuação nos sistemas orgânicos; além 
de conhecimentos de semiologia e semiotécnica, e avaliação clínica do estado de 
saúde do cliente. O profissional precisa ter preparo técnico e científico, em destaque, 
o conhecimento dos efeitos adversos das drogas que podem ser de grandes 
proporções e conhecer responsabilidade atribuída na terapia medicamentosa, faz-se 
necessário que o processo de administrar medicamentos tenha algum significado para 
o enfermeiro, mais do que simplesmente um procedimento técnico. Na prática de 
enfermagem, no contexto de administrar medicação, a responsabilidade ética e moral 
adquirem maior profundidade quando seu ato se concretiza na relação interpessoal, 
mesmo sendo estes atos delegados à equipe de enfermagem. 
Por estar presente na assistência de enfermagem, a terapia medicamentosa 
coloca em risco a segurança do paciente quando se comete erros, podendo trazer 
danos à saúde do cliente e prejudicar a instituição na qual o profissional trabalha, além 
de comprometer a equipe de enfermagem que fica sob pena da sua responsabilização 
perante os conselhos regionais e federal de enfermagem (COREN’S E COFEN), 
nomeadamente estabelecidas pela lei 7.498/86 do Código de Ética dos Profissionais 
de Enfermagem e Resolução COFEN nº 311/079. Administração e o preparo de 
medicação, para a enfermagem, é um dos procedimentos realizados com maior 
frequência e também uma das áreas de maior risco para a sua prática. Esses 
procedimentos demandam conhecimentos científicos, técnicos, éticos e legais, que 
fundamentam os profissionais de enfermagem, levando ao cliente uma assistência 
livre de danos causados por negligência, imperícia ou imprudência. Assim sendo, 
conhecer os principais fatores de risco (FR) que podem levar ao erro pode colaborar 
na prevenção dos mesmos. 
Este trabalho tem a finalidade de trazer informações acerca dos diversos 
medicamentos utilizados principalmente na urgência e emergência. 
 
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2. Nome da medicação 
AMINOFILINA 
Nome comercial 
ASMAPEN 
 
I. Princípio Ativo 
A aminofilina atua como broncodilatador, causando o relaxamento dos 
brônquios e dos vasos pulmonares. 
II. Indicação 
A aminofilina é indicada para doenças caracterizadas por broncoespasmo, 
como a asma brônquica ou o broncoespasmo associado com bronquite crônica e 
enfisema. 
III. Forma farmacêutica e apresentações 
Comprimido 100mg embalagens contendo 10, 20, 40, 100, 200, 300 e 500 
comprimidos. Comprimido 200mg embalagens contendo 10, 20, 40, 100, 200, 300 e 
500 comprimidos. 
Uso adulto e pediátrico uso oral 
Composição: cada comprimido de 100mg contém: aminofilina100mg Excipiente 
q.s.p1 comprimido. 
Excipientes: croscarmelose sódica, estearato de magnésio, celulose 
microcristalina e dióxido de silício. Cada comprimido de 200mg contém: 
aminofilina200mg Excipiente q.s.p. 1 comprimido Excipientes: croscarmelose sódica, 
estearato de magnésio, celulose microcristalina e dióxido de silício. 
IV. Contraindicações 
A aminofilina não deve ser usada por pacientes com úlcera ou que apresentem 
qualquer alergia à aminofilina, teofilina ou qualquer outro componente da fórmula. 
Recomenda-se atenção para o uso em crianças. Advertências e precauções: o uso 
deste medicamento em fumantes pode requerer ajustes na dose. 
V. Cuidados e Advertências 
Este medicamento deve ser administrado por via oral, após as refeições. 
Aspecto físico: Comprimidos 100mg e 200mg: Circular de branca a levemente 
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amarelada. Características Organolépticas: Os comprimidos de aminofilina não 
apresentam características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação 
em relação a outros comprimidos. 
VI. Interações medicamentosas 
Adrenocorticóides, glicocorticóides e mineralocorticóides: O uso simultâneo 
com a aminofilina e injeção de cloreto de sódio pode resultar em hipernatremia. 
Fenitoína, primidona ou rifampicina: O uso simultâneo pode estimular o metabolismo 
hepático, aumentando a depuração da teofilina. O uso simultâneo da fenitoína com as 
xantinas pode inibir a absorção da fenitoína, resultando em concentrações séricas 
menores de fenitoína; as concentrações séricas dessas substâncias devem ser 
determinadas durante a terapia, podendo ser necessários ajustes na posologia, tanto 
da fenitoína como da teofilina. 
Betabloqueadores: O uso simultâneo pode resultar em inibição mútua dos 
efeitos terapêuticos; além disso, pode haver diminuição da depuração da teofilina, 
especialmente em fumantes. 
Cimetidina, eritromicina, ranitidina ou troleandomicina: O uso simultâneo com 
as xantinas pode diminuir a depuração hepática da teofilina, resultando em 
concentrações séricas aumentadas de teofilina e/ou toxicidade. 
Fumo: A cessação do hábito de fumar pode aumentar os efeitos terapêuticos 
das xantinas, diminuindo o metabolismo e consequentemente, aumentar a 
concentração sérica; a normalização da farmacocinética da teofilina pode demorar de 
3 meses a 2 anos para ocorrer, podendo ser necessários ajustes da posologia. O uso 
das xantinas em fumantes, resulta em depuração aumentada da teofilina e 
concentrações séricas diminuídas de teofilina, sendo que os fumantes podem 
requerer uma posologia 50 a 100% maior. 
Uso durante a Gravidez e Amamentação: Este medicamento não deve ser 
utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Só deve ser administrado a 
gestantes ou lactantes se o médico julgar que os benefícios potenciais ultrapassem 
os possíveis riscos. Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, 
exceto sob orientação médica. Informe a seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer 
gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.
Não há 
contraindicação relativa a faixas etárias. Informe ao médico ou cirurgião-dentista o 
aparecimento de reações indesejáveis. 
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VII. Reações Adversas 
A Aminofilina pode causar eventualmente reações desagradáveis, dentre as 
quais as mais comuns são os distúrbios gastrintestinais como náuseas e vômitos. 
Conduta em caso de superdose: Caso o paciente acidentalmente use aminofilina em 
quantidade maior do que a receitada, informe seu médico imediatamente ou vá ao 
hospital mais próximo. Os sintomas que podem ocorrer se você tomar uma grande 
quantidade de aminofilina são: taquicardia - aumento do batimento cardíaco, 
hipocalemia - baixa concentração de potássio no sangue circulante, hiperglicemia - 
alta concentração de glicose no sangue circulante e convulsão. 
VIII. Posologia 
Este medicamento deve ser usado de acordo com a severidade da doença, a 
idade, a existência de outras afecções e a resposta do paciente. Uso adulto: Para o 
tratamento prolongado da asma brônquica e do broncoespasmo, associado com 
bronquite crônica e enfisema, tomar 1 a 2 comprimidos de 100mg ou 1 comprimido de 
200mg, 2 a 3 vezes ao dia, após as refeições. Uso pediátrico: Deve-se ter um cuidado 
especial no uso da aminofilina em crianças. Prazo de validade: 24 meses a partir da 
data de fabricação. Não usar o medicamento com prazo de validade vencido. Antes 
de usar observar o aspecto do medicamento. 
IX. Resultados de eficácia 
A aminofilina é considerada adequada no controle da asma aguda quando 
associada a agonistas beta 2 e corticosteroides endovenosos. Em pacientes com 
asma esteróide-dependente, a adição de doses terapêuticas de teofilina diminuiu 
sintomas, melhorou a tolerância a exercícios físicos, diminuiu a necessidade de 
inalação de agentes simpatomiméticos e de corticosteroides diários durante a 
exacerbação em comparação ao placebo, quando ambos foram adicionados ao 
regime de tratamento crônico com esteroides. 
A teofilina foi utilizada para melhorar a função respiratória em pacientes com 
doença pulmonar obstrutiva crônica. Os resultados variam por experimentação. A 
maioria dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica beneficiam-se de 
manutenção diária de teofilina em combinação com agonistas beta-2 e 
anticolinérgicos. Uma dose de teofilina suficiente para manter concentrações séricas 
de 8 a 12µg/ml (ou menores em alguns pacientes) oferece maior broncodilatação e 
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algum alívio da fadiga do diafragma. Outros estudos, no entanto, sugerem que a 
melhora da capacidade cardiorrespiratória só ocorre em concentrações plasmáticas 
em torno de 17µg/ml. Teofilina oral (10mg/kg/dia) foi benéfica no tratamento da 
doença pulmonar obstrutiva crônica severa durante estudo controlado envolvendo 60 
pacientes. Os resultados demonstraram que a teofilina foi eficaz na melhora da função 
pulmonar relativa à performance muscular. 
X. Farmacodinâmica 
A aminofilina causa dilatação dos brônquios e dos vasos pulmonares, através 
do relaxamento da musculatura lisa. Dilata também as artérias coronárias e aumenta 
o débito cardíaco e a diurese. A aminofilina exerce efeito estimulante sobre o SNC e 
a musculatura esquelética. Pode ser administrada durante períodos prolongados, por 
via oral. 
XI. Farmacocinética 
 A aminofilina, um complexo da teofilina com etilenodiamina, libera prontamente 
a teofilina no organismo. A farmacocinética da teofilina é discutida em 
broncodilatadores e em drogas antiasmáticas. Alguns estudos sugeriram que a 
etilenodiamina não afeta as farmacocinéticas da teofilina após administração oral ou 
intravenosa. A teofilina é absorvida rápida e completamente dos comprimidos, mas 
sua absorção pode ser diminuída quando ingerida com alimento e este pode também 
afetar o afastamento da teofilina. 
XII. Vias de administração 
A injeção de aminofilina pode ser administrada lentamente por via intravenosa 
ou diluída com solução isotônica de glicose a 5% ou cloreto de sódio 0,9% também 
em infusão lenta, podendo ser conservada por um período máximo de 24 horas após 
a diluição. As doses terapêuticas são muitas vezes próximas das doses tóxicas. 
Também pode ser administrada por via oral, na forma de comprimido. 
XIII. Vias de degradação 
É excretada por via urinária. Os principais metabólitos urinários são 1,3-dimetil 
ácido úrico e 3-metilxantina. Cerca de 10% é excretada na forma inalterada. 
 
 
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XIV. Metabolismo 
As concentrações séricas de pico da teofilina ocorrem 1 a 2 horas após a 
ingestão de comprimidos e, geralmente, aproximadamente 4 horas após, quando 
ingerido com alimento. A teofilina metabolizada no fígado resulta nos metabólitos 
ácidos: ácidos 1,3-dimetilurico, 1-metilurico, através do 1-metilxantina intermediário e 
3-metilxantina. A demetilação resulta no 3- metilxantina e possivelmente a 1-
metilxantina, catalisada pela isoenzima CYP1A2 do citocromo P; a hidroxilação ao 
ácido 1- 450 metilurico catalisado por CYPE1 e por CYPA3. Os metabólitos são 
excretados na urina. 
Nos adultos, aproximadamente 10% de uma dose de teofilina é excretada 
inalterada na urina, mas nos neonatos em torno de 50% é excretada inalterada e uma 
proporção grande excretada como cafeína. As diferenças interindividuais 
consideráveis na taxa do metabolismo hepático da teofilina resulta em variações 
grandes no afastamento, nas concentrações séricas e na meia-vida. 
O metabolismo hepático é afetado mais por fatores tais, como: a idade, 
fumante, doença, dieta e interações da droga. A meia vida sérica da teofilina, em um 
adulto asmático de outra maneira saudável, não fumante é 6 a 12 horas, nas crianças 
1 a 5 horas, em fumantes 4 a 5 horas e nos neonatos e em prematuros 10 a 45 horas. 
A meia-vida sérica da teofilina pode ser aumentada nas pessoas idosas e nos 
pacientes cardíacos ou com doenças hepáticas. Resultados de eficácia: Diversos 
estudos bem controlados demonstraram a eficácia da teofilina / aminofilina na 
supressão dos sintomas de asma brônquica e de broncoespasmos em adultos e 
crianças. Os casos em que o uso da teofilina seria apropriado são: terapia preliminar 
para os pacientes em quem o uso de medicação inalável é difícil; terapia preliminar 
para os pacientes mais prováveis a serem complascentes com um regime oral de 
medicação; e terapia adjunta para os pacientes cuja asma não é controlada 
suficientemente com corticosteroides inalados. 
 
 
3. Nome do medicamento 
AMIODARONA 
Nome comercial 
ANCORON 
 
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I. Princípio Ativo 
O cloridrato de amiodarona solução injetável é uma substância que tem a 
finalidade de regularizar as alterações dos batimentos cardíacos (arritmias), que 
podem ocorrer em alguns tipos de doença. O efeito terapêutico de cloridrato de 
amiodarona solução injetável deve-se ao acúmulo do cloridrato de amiodarona nos 
tecidos. 
II. Indicação 
O cloridrato de amiodarona solução injetável é indicado para os seguintes casos: 
 Distúrbios graves do ritmo cardíaco, inclusive aqueles resistentes a outras 
terapêuticas; 
 Taquicardia ventricular sintomática (aumento da frequência cardíaca que se 
origina nos ventrículos do coração); 
 Taquicardia supraventricular sintomática (aumento da frequência cardíaca que 
se origina nos átrios do coração); 
 Alterações do ritmo cardíaco associadas à síndrome de Wolff-Parkinson-White 
(uma forma de arritmia, que é uma alteração na frequência ou no ritmo dos 
batimentos cardíacos). 
III. Forma farmacêutica e apresentações 
Solução injetável, caixa contendo 100 ampolas de 3 mL, uso adulto, uso 
intravenoso (i.v.). Composição: cada mL da solução injetável contém: cloridrato de 
amiodarona 50 mg, veículo q.s.p. 1 ml. Excipientes: álcool benzílico, polissorbato 80, 
água para injetáveis. 
IV. Contraindicações 
A utilização do cloridrato de amiodarona solução injetável nos seguintes casos: 
 Alergia conhecida ao iodo, à amiodarona ou a quaisquer componentes da 
fórmula; 
Este
medicamento é contraindicado para uso por pacientes: 
 Com bradicardia sinusal (diminuição da frequência cardíaca), bloqueio 
sinoatrial (bloqueio na propagação dos impulsos elétricos nesta parte do 
coração) e doença do nó sinusal (estrutura anatômica do coração responsável 
pela função de marcar o passo natural), devido ao risco de parada sinusal, 
distúrbios severos de condução atrioventricular (na condução dos impulsos 
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elétricos nesta parte do coração), a menos que você esteja com um 
marcapasso implantado; 
 Com distúrbios de condução bi ou trifasciculares, a menos que você tenha um 
marca-passo implantado ou esteja em uma unidade assistencial especial e 
amiodarona seja administrada com retaguarda de marcapasso de demanda; 
 Com hipotensão (pressão arterial baixa) arterial severa, colapso circulatório; 
 Com hipotensão, insuficiência respiratória severa (incapacidade dos pulmões 
para manter as trocas gasosas em níveis adequados), miocardiopatia (doença 
do músculo do coração) ou insuficiência cardíaca (possível agravamento); 
 Que fazem uso de associação com medicamentos que possam induzir torsade 
de pointes (quadro específico de alteração nos batimentos cardíacos) (vide “4. 
O que devo saber antes de usar este medicamento? - Interações 
Medicamentosas”); 
 Com disfunção da tireoide; 
 Grávidas, exceto em circunstâncias excepcionais; 
Todas estas contraindicações listadas não se aplicam quando a amiodarona é 
utilizada na sala de emergência, em casos de fibrilação ventricular resistente a 
ressuscitação cardiopulmonar por choque (desfibrilador). 
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem 
orientação médica. 
V. Cuidados e Advertências 
A injeção intravenosa em bolus é geralmente desaconselhada devido aos 
riscos hemodinâmicos (hipotensão severa (diminuição da pressão arterial), colapso 
circulatório). Sempre que possível, utilize o medicamento por infusão intravenosa. 
A injeção intravenosa deve ser realizada somente em emergência quando 
falharem as alternativas terapêuticas, e somente em uma unidade de terapia intensiva 
sob monitoramento contínuo (ECG, pressão sanguínea). 
A dosagem recomendada é de aproximadamente 5mg/kg de peso corpóreo. 
Exceto nos casos de fibrilação ventricular resistente à ressuscitação cardiopulmonar 
por choque, a amiodarona deve ser administrada por um período mínimo de 3 minutos. 
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A injeção intravenosa não deve ser repetida antes de 15 minutos após a primeira, 
mesmo que tenha sido somente uma ampola (possível colapso irreversível). Não 
misturar outras preparações na mesma seringa. Não injetar outras preparações na 
mesma linha de infusão. 
VI. Interações medicamentosas 
Medicamentos que induzem torsade de pointes ou prolongamento do QT 
Medicamentos que induzem torsade de pointes 
As associações com medicamentos que podem induzir torsade de pointes são 
contraindicadas: 
 Medicamentos antiarrítmicos tais como: da Classe Ia, sotalol, bepridil; 
 Medicamentos não antiarrítmicos tais como: vincamina, alguns agentes 
neurolépticos, cisaprida, eritromicina I.V., pentamidina (quando administradas 
por via parenteral), uma vez que existe um aumento no risco de ocorrer torsade 
de pointes potencialmente letal. 
 Medicamentos que causam prolongamento QT 
A administração concomitante de amiodarona com medicamentos conhecidos 
por prolongar o intervalo QT deve estar baseada em uma avaliação cuidadosa dos 
riscos e benefícios potenciais para cada paciente, pois o risco de torsade de 
pointes pode aumentar (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento? – 
Advertências”) e os pacientes devem ser monitorados quanto ao prolongamento do 
intervalo QT. Fluoroquinolonas (classe de antibiótico) devem ser evitadas por 
pacientes recebendo amiodarona. Medicamentos que reduzem a frequência cardíaca 
ou que causam distúrbios de automatismo ou condução. As associações com estes 
medicamentos não são recomendadas. 
 Betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio que reduzem a frequência 
cardíaca (verapamil, diltiazem), uma vez que podem ocorrer distúrbios de 
automatismo (bradicardia excessiva) e de condução. 
 Medicamentos que podem induzir hipocalemia: 
As associações com os seguintes medicamentos não são recomendadas. 
 Laxativos estimulantes podem levar a hipocalemia (diminuição da 
concentração de potássio no sangue) e consequentemente, ao aumento do 
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risco de torsade de pointes. Por isso, devem ser utilizados outros tipos de 
laxantes. 
Deve-se ter cautela quando os seguintes medicamentos são utilizados em 
associação com cloridrato de amiodarona solução injetável: 
 Alguns diuréticos indutores de hipocalemia, isolados ou combinados; 
 Corticosteroides sistêmicos (gluco-, mineralo-), tetracosactida; 
 Anfotericina B (I.V.); 
Deve-se prevenir o início de hipocalemia (e corrigir a hipocalemia); o intervalo 
QT (intervalo específico do eletrocardiograma) deve ser monitorado e, em caso 
de torsade de pointes, não administrar antiarrítmicos (instituir marcapasso ventricular; 
pode ser administrado magnésio I.V.). 
Foram observados casos muito raros de complicações respiratórias severas 
(síndrome de angústia respiratória aguda do adulto), às vezes fatais, geralmente no 
período pós-cirúrgico imediato. Isto pode estar relacionado com uma possível 
interação com altas concentrações de oxigênio. 
VII. Reações Adversas 
Distúrbios do sangue e sistema linfático 
 Reações com frequência desconhecida: neutropenia (diminuição do número de 
neutrófilos do sangue) e agranulocitose (diminuição acentuada na contagem 
de células brancas do sangue). 
Distúrbios cardíacos 
 Reação comum: bradicardia (diminuição do número de batimentos cardíacos) 
geralmente moderada; 
 Reações muito raras: aparecimento ou piora da arritmia (distúrbios do ritmo 
cardíaco), seguida, às vezes, por parada cardíaca (vide “O que devo saber 
antes de usar este medicamento?”); bradicardia acentuada, parada sinusal que 
pode determinar a descontinuidade do tratamento com amiodarona, 
principalmente em pacientes com disfunção do nódulo sinusal e em pacientes 
idosos. 
 Reações com frequência desconhecida: torsade de pointes (tipo de alteração 
grave nos batimentos cardíacos); 
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Distúrbios endócrinos (conjunto de glândulas que produzem hormônio) 
 Reações com frequência desconhecida: produção excessiva de hormônio pela 
glândula tireoide; 
 Reações muito raras: Síndrome de secreção inapropriada do hormônio 
antidiurético (SIADH, excesso de hormônio antidiurético levando a retenção de 
água pelo organismo) 
Distúrbios oculares 
 Reações com frequência desconhecida: neuropatia ótica/neurite (doença do 
sistema nervoso/lesão inflamatória ou degenerativa dos nervos), que pode 
progredir para a cegueira (vide “O que devo saber antes de usar este 
medicamento”). 
Distúrbios gastrintestinais (do aparelho digestivo) 
 Reação muito rara: náusea. 
 Reações com frequência desconhecida: pancreatite (inflamação do pâncreas) 
pancreatite aguda. 
Distúrbios gerais e condições no local da administração 
 Reações comuns: reações no local da aplicação de cloridrato de amiodarona 
solução injetável, tais como: dor, eritema (vermelhidão), edema (inchaço), 
necrose (morte do tecido), extravasamento, infiltração, inflamação, 
endurecimento, tromboflebite (uma inflamação da veia relativa a um coágulo 
sanguíneo), flebite (inflamação de uma veia), celulite (inflamação do tecido 
celular), infecção e modificação na pigmentação. 
Distúrbios hepato-biliares (do fígado e da bile) 
 Reações muito raras: aumento isolado das transaminases séricas (enzimas do 
fígado que avaliam sua função), que são normalmente moderados (1,5 a 3 
vezes o valor normal) no início da terapia. Os níveis podem retornar ao normal 
com redução da dose ou mesmo espontaneamente; distúrbios hepáticos 
agudos com aumento das transaminases séricas e/ou icterícia
(coloração 
amarelada da pele e do branco dos olhos), incluindo insuficiência hepática, que 
às vezes pode ser fatal. 
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Distúrbios do sistema imunológico 
 Reação muito rara: choque anafilático. 
 Reações com frequência desconhecida: edema angioneurótico - Edema de 
Quincke (inchaço não-infamatório da pele, mucosas, vísceras e cérebro, de 
início súbito e com duração de horas a dias, acompanhado de outros sintomas 
como por exemplo, febre). 
Distúrbios músculos-esqueléticos e do tecido conjuntivo 
 Reações com frequência desconhecida: dor nas costas 
Distúrbios do sistema nervoso 
 Reações muito raras: hipertensão intracraniana benigna (pseudo tumor 
cerebral), cefaleia (dor de cabeça). 
Distúrbios psiquiátricos 
 Reações com frequência desconhecida: estado confusional/delírio, alucinação. 
Distúrbios mamários e do sistema reprodutivo 
 Reações com frequência desconhecida: diminuição da libido 
Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino 
 Reações muito raras: Pneumonite intersticial ou fibrose (formação patológica 
do tecido fibroso) às vezes fatal (vide “4. O que devo saber antes de usar este 
medicamento?”), complicações respiratórias severas (síndrome de angústia 
respiratória aguda no adulto) às vezes fatais; broncoespasmo (inflamação dos 
brônquios) e/ou apneia em casos de deficiência respiratória severa e 
especialmente em pacientes asmáticos. 
 
Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos 
 Reação muito rara: transpiração. 
 Reações com frequência desconhecida: eczema (inflamação da pele na qual 
ela fica vermelha, escamosa e algumas vezes com rachaduras ou pequenas 
bolhas), urticária (erupção na pele, geralmente de origem alérgica, que causa 
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coceira), reações de pele severas às vezes fatal incluindo necrólise epidérmica 
tóxica/síndrome de Stevens-Johnson, dermatite bolhosa e reação 
medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos. 
Distúrbios vasculares 
 Reação comum: queda da pressão sanguínea, geralmente moderada e 
transitória. Foram relatados casos de hipotensão severa ou colapso após a 
administração de superdose ou injeção muito rápida. 
 Reação muito rara: rubor (vermelhidão) quente. 
VIII. Posologia 
Devido às características farmacêuticas, não se deve utilizar concentrações 
inferiores a 600mg/L. Utilizar exclusivamente solução de glicose 5% para diluição, 
conservar a solução diluída em temperatura ambiente (15 a 30°C), ao abrigo da luz. 
A solução deve ser administrada dentro de 24 horas. Não misturar qualquer outro 
produto no líquido de infusão. 
A dose de ataque usual é de 5mg/kg em 250mL de solução de glicose a 5%, 
administrados por um período de 20 minutos a 2 horas. Isto pode ser repetido de 2 a 
3 vezes por um período de 24 horas. A velocidade de infusão deve ser ajustada à 
evolução clínica. 
O efeito terapêutico aparece dentro dos primeiros minutos e então decresce 
progressivamente, por este motivo uma infusão contínua deve ser instituída. 
Dose de manutenção: 10 a 20mg/kg/dia (geralmente 600 a 800mg/24h, até 
1200mg/24h) em 250mL de solução de glicose a 5% durante alguns dias. O 
tratamento de manutenção por via oral deve ser iniciado no primeiro dia da infusão. 
Administração em bolus I.V. 
Dose de 5mg/kg, a duração da injeção jamais deverá ser inferior a 3 minutos. 
A preparação não deve ser misturada com outra preparação na mesma seringa. 
No caso específico de fibrilação ventricular resistente a ressuscitação 
cardiopulmonar por choque, a primeira dose de amiodarona 300mg (ou 5mg/kg) 
diluída em 20mL de solução de glicose a 5% é administrada por injeção I.V. em bolus. 
Uma dose adicional de 150mg (ou 2,5mg/kg) I.V. pode ser considerada se a fibrilação 
ventricular persistir. 
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IX. Resultados de eficácia 
Em geral a eficácia da amiodarona é igual ou superior aos outros agentes 
antiarrítmicos e pode ter alcance em 60% a 80 % da maioria das taquiarritmias 
supraventriculares (incluindo aquelas associadas com a síndrome de Wolff-Parkinson- 
White) e 40% a 60% para taquiarritmias ventriculares. 
X. Farmacodinâmica 
A amiodarona é um agente antiarrítmico com as seguintes propriedades: 
Propriedade antiarrítmica - prolongamento da fase 3 do potencial de ação da fibra 
cardíaca devido principalmente à redução da corrente de potássio (classe III de 
Vaughan Williams); este prolongamento não está relacionado com a frequência 
cardíaca; - diminuição do automatismo sinusal, podendo levar a bradicardia que não 
responde à administração de atropina; - inibição alfa e beta adrenérgica não 
competitiva; - retardo da condução sino-atrial, atrial e nodal, mais nítido quando a 
frequência cardíaca for mais rápida; - nenhuma alteração na condução intra-
ventricular; - aumento dos períodos refratários e diminuição da excitabilidade 
miocárdica em nível atrial, nodal e ventricular; - diminuição da condução e aumento 
dos períodos refratários das vias acessórias atrioventriculares. 
XI. Farmacocinética 
Após administração oral, o fármaco é absorvido lentamente pelo trato digestivo, 
com uma biodisponibilidade absoluta de 20 a 86%. Se absorve melhor com alimentos. 
Parte do produto é metabolizada na mucosa intestinal e por um metabolismo de 
primeira passagem no fígado. Por via oral, as concentrações máximas são detectadas 
em 3 e 7 horas. O estado de equilíbrio só é atingido após repetidas doses por 1 a 5 
meses, a menos que se utilizem doses mais elevadas no início. 
XII. Vias de administração 
A administração da amiodarona pode ser feita pela via oral ou pela via 
endovenosa. A via oral possui absorção incompleta, com biodisponibilidade de 30-
70%. Em decorrência dessa característica farmacológica, pacientes que fizeram uso 
de comprimidos orais podem demorar alguns dias para apresentar seus efeitos. 
 
 
18 
 
XIII. Vias de degradação 
A amiodarona é degradada essencialmente por via biliar (65 a 70%). A 
eliminação urinária é mínima (menos de 1%), o que autoriza o emprego de cloridrato 
de amiodarona nas posologias habituais nos pacientes com insuficiência renal. Após 
a interrupção do tratamento, a eliminação continua durante muitos meses. 
XIV. Metabolismo 
A amiodarona é metabolizada através de diferentes vias, sendo a mais 
importante a desalquilação, que conduz à formação da desetilamiodarona (DEA) 
responsável por algumas das alterações sobre a função tiroideia. Aproximadamente 
66 a 75 % da amiodarona é eliminada através da bílis e das fezes. 
 
4. Nome do medicamento 
FENITOÍNA 
Nome comercial 
EPELIN 
 
I. Princípio ativo 
A fenitoína é um medicamento que pode ser utilizado no tratamento da 
epilepsia (transtorno caracterizado por episódios recorrentes de alteração na função 
do cérebro devido à súbita descarga dos neurônios, excessiva e desordenada). O 
principal local de ação parece ser a região do cérebro que inibe a propagação das 
crises epilépticas. Após o uso oral, a fenitoína atinge níveis terapêuticos em pelo 
menos 7 a 10 dias após o início do tratamento com doses recomendadas de 300 
mg/dia. 
II. Indicação 
Fenital® oral (fenitoína) é destinado ao tratamento de: - crises convulsivas 
(contrações súbitas e sem controle dos músculos devido a alterações no cérebro) 
durante ou após neurocirurgia. - crises convulsivas, crises tônico-clônicas (convulsões 
motoras que podem se repetir) generalizadas e crise parcial complexa (estado parado 
seguido de movimentos mastigatórios e fora de controle - lobo psicomotor e temporal). 
- estado de mal epiléptico (ataques epilépticos prolongados e repetidos). 
19 
 
III. Forma farmacêutica e apresentações 
Identificação do medicamento fenital® oral fenitoína medicamento similar 
equivalente ao medicamento de referência. Apresentação: embalagens contendo 200 
comprimidos de 100 mg. Uso oral uso adulto e pediátrico composição. Cada 
comprimido contém: fenitoína 100 mg excipientes q.s.p. 1 comprimido. Excipientes: 
amido, estearato de magnésio, lactose
monoidratada, talco, croscarmelose sódica, e 
povidona. 
IV. Contraindicações 
Fenital® oral é contraindicado para pacientes que tenham apresentado reações 
intensas ao medicamento ou a outras hidantoínas. 
V. Cuidados e advertências 
Foi relatado que complicações hematopoiéticas, algumas delas fatais, estão 
associadas à administração de fenitoína. Estes incluíram trombocitopenia, granuloma 
reversível da medula óssea, leucopenia, granulocitopenia, agranulocitose e 
pancitopenia com ou sem supressão da medula óssea. Fenital® deve ser 
administrado com cautela em casos de discrasias sanguíneas. Vários relatos 
sugeriram uma relação entre a administração de fenitoína e o desenvolvimento de 
linfadenopatia (local ou generalizada), incluindo hiperplasia benigna de linfonodos, 
pseudo-linfoma, linfoma e doença de Hodgkin. 
Embora não tenha sido estabelecida uma relação de causa e efeito, a 
ocorrência de linfadenopatia indica a necessidade em diferenciar essa patologia de 
outros tipos de doença linfonodal. O envolvimento linfonodal pode ocorrer com ou sem 
sinais e sintomas semelhantes à doença sérica, como febre, erupção cutânea e 
insuficiência hepática. Em todos os casos de linfadenopatia, recomenda-se 
acompanhamento médico a longo prazo e qualquer esforço deve ser feito para 
alcançar o controle das crises, usando drogas antiepiléticas alternativas. 
O uso de Fenital® é estritamente contraindicado em pacientes com histórico 
anterior de hipersensibilidade às hidantoínas. Além disso, deve-se tomar cuidado e é 
necessário considerar uma alergia cruzada em potencial ao usar medicamentos com 
estruturas semelhantes (por exemplo, barbitúricos, succinimidas, oxazolidinediona e 
outros componentes relacionados) nesses mesmos pacientes. Fenital® deve ser 
administrado com cautela em casos de função tireoidiana comprometida. Fenital® 
20 
 
deve ser administrado com cautela em casos de diabetes mellitus. Foi relatada 
hiperglicemia resultante do efeito inibitório da fenitoína na liberação de insulina. A 
fenitoína também pode aumentar os níveis séricos de glicose em pacientes diabéticos. 
VI. Interações medicamentosas 
A fenitoína é extensivamente ligada às proteínas plasmáticas séricas e 
metabolizadas pelas enzimas hepáticas CYP2C9 CYP2C19 do citocromo P450 e 
enzimas. Inibição do metabolismo pode produzir significativo aumento nas 
concentrações circulantes de fenitoína e elevar o risco de toxicidade do fármaco. A 
fenitoína é um potente indutor das enzimas hepáticas metabolizadoras de fármacos, 
incluindo CYP1A2, CYP2B6, CYP2C9, CYP3A e UGT1A1. É recomendado que a 
concentração plasmática de fenitoína seja monitorada quando utilizada com terapia 
combinada e a dose deve ser ajustada, quando apropriado. 
Eslicarbazepina, topiramato, cimetidina, omeprazol, estiripentol e fluoxetina 
podem levar a uma exposição elevada de fenitoína. Ácido valpróico: quando 
coadministrado com a fenitoína, o ácido valpróico reduz a concentração plasmática 
total de fenitoína. Além disso, o ácido valpróico aumenta a forma livre da fenitoína com 
possíveis sintomas de superdose (o ácido valpróico desloca a fenitoína de seus sítios 
de ligação às proteínas plasmáticas e reduz seu catabolismo hepático (do fígado). 
Os níveis de metabólitos do ácido valpróico podem ser aumentados no caso de 
uso concomitante com a fenitoína. Portanto, se você estiver sendo tratado com estes 
dois fármacos você deve ser cuidadosamente monitorado para sinais de 
hiperamonemia (excesso de amônia no organismo). Azapropazona: a azapropazona 
aumenta o risco de toxicidade, uma vez que o uso concomitante aumenta a 
quantidade da fenitoína no sangue. 
O uso concomitante do ácido fólico com a fenitoína resultou num aumento da 
frequência de crises convulsivas e na redução dos níveis de fenitoína em alguns 
pacientes. A fenitoína tem potencial de diminuir os níveis plasmáticos de folato e, 
portanto, deve ser evitada durante a gravidez. Hidróxido de alumínio: a administração 
simultânea da fenitoína com hidróxido de alumínio pode acarretar na diminuição da 
concentração sérica (quantidade no sangue) da fenitoína. Imatinibe: o uso 
concomitante de imatinibe e fenitoína reduz as concentrações plasmáticas do 
imatinibe devido à indução do seu metabolismo. Informe ao seu médico, caso você 
faça uso deste medicamento. Irinotecano: o uso concomitante de irinotecano e 
21 
 
fenitoína reduz a exposição ao irinotecano e ao seu metabólito ativo. Informe ao seu 
médico, caso você faça uso deste medicamento. Isoniazida: informe ao seu médico, 
caso faça uso de isoniazida e fenitoína. 
Os pacientes recebendo ambos os fármacos devem ser rigorosamente 
observados quanto aos sinais de toxicidade da fenitoína. Lidocaína: a lidocaína e a 
fenitoína pertencem à classe dos antiarrítmicos IB (medicamentos usados para 
arritmia - descompasso dos batimentos do coração). O uso concomitante pode 
resultar em depressão cardíaca aditiva. Além disso, existem evidências de que a 
fenitoína possa estimular o metabolismo no fígado da lidocaína resultando em uma 
redução da concentração sérica da lidocaína. 
O uso combinado deve ser administrado com cautela. O status cardíaco do 
paciente deve ser monitorado. Se possível, o tratamento concomitante deve ser 
evitado em pacientes com doença cardíaca conhecida. Lopinavir: o uso concomitante 
de fenitoína e lopinavir pode resultar numa redução da concentração plasmática do 
lopinavir e pode causar redução na concentração da fenitoína. Informe ao seu médico, 
caso você faça uso deste medicamento. Metotrexato: a administração concomitante 
de metotrexato e fenitoína reduz a eficácia da fenitoína devido à redução da sua 
absorção gástrica (no estômago). Além disso, há um aumento no risco de toxicidade 
do metotrexato. 
VII. Reações adversas 
Os eventos adversos clínicos mais comumente observados com o uso 
de Fenitoína em estudos clínicos foram: nistagmo, vertigem, prurido, parestesia, 
cefaleia, sonolência e ataxia. Estes eventos são comumente associados ao uso 
injetável de Fenitoína. 
VIII. Posologia 
Adultos: Fenitoína solução injetável deve ser administrado via intramuscular ou 
intravenosa, de forma lenta. A dose recomendada pode variar de meia ampola a 2 
ampolas de 50 mg/ml, por hora, nunca excedendo a administração de 250 mg em 15 
minutos e a dose máxima de 1,0 gramas por dia. As doses de Fenitoína solução 
injetável devem ter intervalos de pelo menos 15 minutos. 
Crianças: a dose recomendada de Fenitoína solução injetável deve ser 
calculada em função do peso da criança, sendo recomendadas doses de 2,0 a 2,5 
22 
 
mg/kg de peso da criança, nunca excedendo a dose máxima diária de 15mg/kg de 
peso. As doses de Fenitoína solução injetável devem ter intervalos de pelo menos 15 
minutos entre administrações. 
IX. Farmacodinâmica 
O principal local de ação parece ser o córtex motor, onde a extensão da 
atividade das crises é inibida. Possivelmente, pela estimulação da saída de sódio dos 
neurônios, a Fenitoína tende a estabilizar o limiar contra a hiperexcitabilidade causada 
pela estimulação excessiva ou alterações ambientais capazes de reduzir o gradiente 
da membrana sódica. Isto inclui a redução de potencialização póstetânica nas 
sinapses. A perda da potencialização pós-tetânica previne os “focus” das crises 
corticais pela detonação das áreas corticais adjacentes. A Fenitoína reduz a atividade 
máxima dos centros tronco-cerebrais responsáveis pela fase tônica das crises tônico-
clônicas (crises de grande mal). 
X. Farmacocinética 
Após administração oral de Fenitoína, a meia-vida plasmática em humanos é, 
em média, de 22 horas, com uma variação de 7 a 42 horas. Os níveis terapêuticos no 
estado de equilíbrio são alcançados em pelo menos 7 a 10 dias (5 a 7 meia-vidas) 
após o início do tratamento com doses recomendadas de 300 mg/dia. 
Quando a determinação dos níveis séricos for necessária, a mesma deve
ser 
obtida pelo menos 5–7 meia-vidas após o início do tratamento, variação da dose, 
adição ou retirada de outro medicamento, de modo que o equilíbrio ou estado de 
equilíbrio já tenha sido alcançado. Os níveis de vale (ou mínimos) fornecem 
informações sobre a variação dos níveis plasmáticos clinicamente eficazes e 
confirmam a aderência do paciente ao tratamento e são obtidos momentos antes da 
administração da próxima dose ao paciente. Os níveis de pico indicam um limiar 
individual para o aparecimento dos efeitos adversos dose-relacionados e são obtidos 
no período esperado de pico de concentração. 
XI. Vias de administração 
Via intramuscular; Via endovenosa; Via oral 
 
 
23 
 
XII. Vias de degradação 
O medicamento é excretado principalmente na bile como metabólitos inativos 
que são então reabsorvidos pelo trato gastrintestinal e excretados na urina. 
A excreção urinária da fenitoína e seus metabólitos ocorre parcialmente através de 
filtração glomerular, porém, de forma mais relevante através de secreção tubular. 
XIII. Estabilidade 
Estabilidade após diluição com Cloreto de Sódio 0,9%: temperatura ambiente 
(15 – 30°C): 24 horas; protegido da luz. Tempo de infusão: 15 minutos (dose de 250 
mg); 30 – 60 minutos (dose de 1 g). 
XIV. Metabolismo 
O fígado é o principal órgão de transformação da fenitoína, assim caso o 
paciente tenha insuficiência hepática, seja idoso, ou esteja gravemente doente, 
deverá procurar o médico, pois poderá apresentar sinais precoces de toxicidade. Uma 
pequena porcentagem de pacientes tratados com fenitoína demonstrou ter 
metabolização lenta do medicamento. O lento metabolismo pode ser justificado pela 
disponibilidade enzimática limitada e falta de indução. Isto parece ser geneticamente 
determinado. 
 
5. Nome do medicamento 
TRAMADOL 
Nome comercial 
TRAMAL 
I. Princípio ativo 
Cloridrato de tramadol, a substância ativa do Tramal é um analgésico que 
pertence à classe dos opioides que age no sistema nervoso central. Desta forma alivia 
a dor agindo nas células nervosas específicas da medula espinhal e cérebro. 
II. Indicação 
Um analgésico opioide indicado habitualmente no tratamento da dor de 
moderada a grande intensidade, como nos casos de dor oncológica, pós-operatório e 
traumas. 
 
 
24 
 
III. Forma farmacêutica e apresentações 
Tramal 50 solução injetável (50 mg/mL) em embalagem contendo 5 ampolas 
com 1 mL. Tramal 100 solução injetável (50 mg/mL) em embalagem contendo 5 
ampolas com 2 mL. 
IV. Contraindicações 
Cloridrato de Tramadol é contraindicado a pacientes que apresentam 
hipersensibilidade a Cloridrato de Tramadol ou a qualquer componente da fórmula; é 
também contraindicado nas intoxicações agudas por álcool, hipnóticos, analgésicos, 
opioides e outros psicotrópicos. 
V. Cuidados e advertências 
O cloridrato de tramadol deverá ser usado com cautela nas seguintes 
condições: hipersensibilidade aos analgésicos opioides, pacientes idosos, pacientes 
com insuficiência respiratória, história prévia de convulsões, história de dependência 
ou sensibilidade a opioides, pressão intracraniana aumentada, rebaixamento de 
consciência de origem não estabelecida. 
Foram relatadas convulsões em pacientes recebendo tramadol nas doses 
recomendadas. O risco pode aumentar quando as doses de tramadol excederem a 
dose diária limite recomendada (400mg). Além disso, o cloridrato de tramadol pode 
elevar o risco de convulsões em pacientes tomando outras medicações que reduzam 
o limiar de excitabilidade para convulsões. Pacientes com epilepsia, ou aqueles 
susceptíveis a convulsões, somente deveriam ser tratados com tramadol sob as 
circunstâncias inevitáveis. 
O tramadol apresenta um baixo potencial de dependência. No uso a longo 
prazo, pode-se desenvolver tolerância e dependência física e psíquica. Pacientes com 
tendência a dependência ou ao abuso de droga, só devem utilizar o cloridrato de 
tramadol por períodos curtos e sob a supervisão médica rigorosa. 
O cloridrato de tramadol não é indicado para tratamento de síndrome aguda de 
retirada de narcóticos. Existe tolerância cruzada com outros opioides. Pacientes sob 
o tratamento com cloridrato de tramadol devem ser alertados quanto à realização de 
atividades que exijam atenção, como dirigir veículos ou operar máquinas. Este fato 
diz respeito particularmente ao uso concomitante de bebidas alcoólicas ou 
substâncias psicotrópicas, devido à possibilidade de potencialização dos efeitos 
indesejáveis de ambas as drogas 
25 
 
VI. Interações medicamentosas 
O cloridrato de tramadol não deve ser combinado com inibidores da MAO (vide 
item 4. Contraindicações). Foram observadas interações medicamentosas sérias com 
inibidores da MAO, com risco de vida com repercussão sobre o sistema nervoso 
central, função respiratória e cardiovascular quando houve prémedicação de 
inibidores da MAO nos últimos 14 dias antes do uso do opioide petidina. As mesmas 
interações não podem ser descartadas durante o tratamento com cloridrato de 
tramadol. 
 A administração concomitante de cloridrato de tramadol com outros fármacos 
depressores do sistema nervoso central (SNC), incluindo álcool, pode potencializar os 
efeitos no SNC (vide item 9. Reações Adversas). Os resultados dos estudos de 
farmacocinética demonstraram até o momento que na administração prévia ou 
concomitante de cimetidina (inibidor enzimático) não é comum ocorrerem interações 
clinicamente relevantes. Administração prévia ou simultânea de carbamazepina 
(indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico e a duração da ação. Não se 
recomenda a combinação de agonistas/antagonistas de receptores de morfina (por 
ex.: buprenorfina, nalbufina, pentazocina) e tramadol, pois o efeito analgésico de um 
agonista puro pode ser teoricamente reduzido nessas circunstâncias. 
O cloridrato de tramadol pode induzir convulsões e aumentar o potencial de 
inibidores seletivos da recaptação de serotonina, inibidores da receptação de 
serotonina e norepinefrina antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos e outros fármacos 
que diminuem o limiar para crises convulsivas (tais como bupropiona, mirtazapina, 
tetraidrocanabinol). O uso terapêutico concomitante de tramadol e drogas 
serotoninérgicas, tais como inibidores seletivos da recaptação da serotonina, 
inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina, inibidores da MAO, 
antidepressivos tricíclicos e mirtazapina podem causar toxicidade de serotonina. A 
síndrome da serotonina é possível quando um dos seguintes é observado: - clônus 
espontâneo - clônus induzível ou ocular com agitação ou diaforese cloridrato de 
tramadol - Bula para o profissional da saúde 5 - tremor e hiperreflexia - hipertonia e 
temperatura corporal > 38°C e clônus induzível ou ocular. Após a interrupção de 
medicamentos serotoninérgicos, geralmente observa-se uma melhora rápida. 
O tratamento depende da natureza e gravidade dos sintomas. O tratamento 
com cloridrato de tramadol concomitante com derivados cumarínicos (varfarina) deve 
26 
 
ser cuidadosamente monitorado, devido a relatos de aumento no tempo de 
protrombina (INR) com risco de sangramento e de equimoses em alguns pacientes. 
Outros fármacos inibidores do CYP3A4, tais como o cetoconazol e a eritromicina, 
podem inibir o metabolismo do tramadol (N-demetilação) e do metabólito ativo O-
demetilado. A importância clínica de tal interação não é conhecida (vide item 9. 
Reações Adversas). Em um número limitado de estudos pré- ou pós-operatório de um 
antiemético agonista 5-HT3 ondansetron aumentou a exigência de tramadol em 
pacientes com dor pós-operatória. 
VII. Reações adversas 
As reações adversas mais comumente relatadas são: náusea e tontura, ambas 
ocorrendo em mais de 10% dos pacientes. Comum: dor de cabeça, sonolência, 
vômito, constipação (prisão de ventre), boca seca, transpiração, fadiga (cansaço). 
Incomum: regulação cardiovascular (palpitação, taquicardia,
hipotensão postural ou 
colapso cardiovascular), ânsia de vômito, irritação gastrintestinal (uma sensação de 
pressão no estômago ou de distensão abdominal (sensação de estômago cheio), 
diarreia, reações dérmicas (por ex.: prurido (coceira), rash (erupções na pele), 
urticária. Raro: bradicardia (diminuição da frequência cardíaca), hipertensão (aumento 
da pressão sanguínea), alterações no apetite, parestesia (sensação de 
formigamento), tremores, depressão respiratória, convulsão epileptiforme, contrações 
musculares involuntárias, coordenação anormal, desmaio, alucinações, confusão, 
distúrbios do sono, ansiedade, pesadelos, alteração do humor, aumento e/ou redução 
da atividade (hipo ou hiperatividade), alterações na capacidade cognitiva (de perceber 
e compreender) e sensorial (dos sentidos), dependência do medicamento, visão turva, 
dispneia (dificuldades para respirar), fraqueza motora, distúrbios de micção 
(dificuldade na passagem da urina, disúria (dificuldade ou dor ao urinar) e retenção 
urinária, reações alérgicas (por ex.: dispneia, broncoespasmo – redução do calibre 
dos brônquios, ronco, edema angioneurótico – inchaço na pele e das mucosas), 
anafilaxia (reação alérgica grave), sintomas de reação de retirada (abstinência) do 
medicamento (agitação, ansiedade, nervosismo, insônia, hipercinesia (aumento dos 
movimentos), sintomas gastrintestinais. Não conhecido: distúrbio da fala, midríase 
(dilatação da pupila). Outros sintomas que foram relatados raramente após a 
descontinuação do tramadol incluem: ataque de pânico, ansiedade grave, alucinação, 
parestesia, zumbido e sintomas incomuns do SNC (por ex.: confusão, alucinação 
27 
 
(ilusão), personalização, desrealização, paranoia), rubor e fogacho (sensação de 
calor). 
VIII. Posologia 
Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada, ajustando-a à 
intensidade da dor e sensibilidade individual do paciente. O esquema posológico 
recomendado serve como regra geral. A princípio, deve ser selecionada a menor dose 
analgésica eficaz. O tratamento da dor crônica exige um esquema fixo de dosagem. 
As doses usuais diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da 
maioria dos pacientes, embora existam casos que necessitem de doses mais 
elevadas. 
Adultos e jovens com mais de 12 anos de idade: Forma Farmacêutica Dose 
única Dose diária Modo de uso cloridrato de tramadol solução oral 20 gotas, 8 vezes 
ao dia ou 40 gotas, 4 vezes ao dia até 160 gotas Deve ser ingerido com um pouco de 
água pura ou açúcar Se o alívio da dor for insuficiente, a dose pode ser aumentada 
até 150 mg ou 200 mg 2 vezes/dia de cloridrato de tramadol. O cloridrato de tramadol 
pode ser administrado com ou sem alimentos. Se após administração de dose única 
de 50 mg de tramadol (20 gotas) o alívio da dor não for alcançado dentro de 30-60 
minutos, uma segunda dose única de 50 mg pode ser administrada. Em caso de dor 
grave, se a necessidade for maior, uma dose maior de cloridrato de tramadol (100 mg 
de tramadol) pode ser considerada para dose inicial, a critério médico. Dependendo 
da intensidade da dor, o efeito dura 4 – 8 horas. 
Normalmente não se devem exceder doses de 400 mg/dia (a 20 gotas 8 vezes 
ao dia). Entretanto, no tratamento da dor grave proveniente de tumor e na dor pós-
operatória grave, podem ser necessárias doses mais elevadas, sempre a critério 
médico. Para o tratamento da dor aguda pós-operatória doses ainda maiores podem 
ser necessárias para a analgesia pretendida no período imediatamente pós-
operatório. Geralmente, as necessidades após 24 horas não são maiores que a 
administração normal. 
IX. Resultados de eficácia 
O tramadol foi administrado em dose única e oral de 50, 75 e 100 mg a 
pacientes com dores geradas após procedimentos cirúrgicos e cirurgias bucais 
(extração de molares impactados). Em um modelo de dose única em dor após cirurgia 
bucal, em muitos pacientes o alívio da dor foi alcançado com doses de 50 e 75 mg de 
28 
 
tramadol. A dose de 100 mg de tramadol tende a promover analgesia superior à de 
60 mg de sulfato de codeína, mas não foi tão efetiva como a combinação de 650 mg 
de ácido acetilsalicílico com 60 mg de fosfato de codeína. O tramadol foi estudado em 
três estudos clínicos controlados, em longo prazo, envolvendo um total de 820 
pacientes, onde 530 deles receberam tramadol. 
 Pacientes com uma variedade de condições de dor crônica foram estudados 
em um estudo clínico duplo-cego com duração de um a três meses. Doses diárias 
médias de aproximadamente 250 mg de tramadol em doses divididas foram 
geralmente comparáveis a cinco doses diárias de 300 mg de paracetamol com 30 mg 
de fosfato de codeína, a cinco doses diárias de 325 mg de ácido acetilsalicílico com 
30 mg de fosfato de codeína ou a duas ou três doses diárias de 500 mg de 
paracetamol com 5 mg de cloridrato de oxicodona. 
X. Farmacodinâmica 
O tramadol é um analgésico opióide de ação central. É um agonista puro não 
seletivo dos receptores opióides μ (mi), δ (delta) e κ (kappa), com uma afinidade maior 
pelo receptor μ (mi). Outros mecanismos que contribuem para o efeito analgésico de 
tramadol são a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina e o aumento da 
liberação de serotonina. O tramadol tem um efeito antitussígeno. Em contraste com a 
morfina, de uma maneira geral, doses analgésicas de tramadol não apresentam efeito 
depressor sobre o sistema respiratório. A motilidade gastrintestinal também não é 
afetada. Os efeitos no sistema cardiovascular tendem a ser leves. Foi relatado que a 
potência de tramadol é 1/10 a 1/6 da potência da morfina. 
XI. Farmacocinética 
Após administração intramuscular em humanos, tramadol é rápida e 
completamente absorvido: o pico médio de concentração sérica (Cmáx) é atingido 
após 45 minutos, e a biodisponibilidade são quase 100%. Mais de 90% de tramadol é 
absorvido após administração oral em humanos (cloridrato de tramadol cápsulas). A 
meia-vida de absorção é de 0,38 ± 0,18 h. Uma comparação das áreas sob as curvas 
das concentrações séricas de tramadol (AUC) após administração oral e I.V. mostra 
uma biodisponibilidade de 68 ± 13% para cloridrato de tramadol. Comparado com 
outros analgésicos opióides a biodisponibilidade absoluta de cloridrato de tramadol é 
extremamente alta. 
29 
 
Os picos de concentrações séricas são alcançados após 2h após administração 
de cloridrato de tramadol na forma de cápsulas. O tramadol apresenta uma alta 
afinidade tecidual (Vd,β(beta) = 203 ± 40 L) e cerca de 20% liga-se às proteínas 
plasmáticas. O tramadol atravessa as barreiras placentária e hematoencefálica. 
Pequenas quantidades de tramadol e do derivado O-desmetil são encontradas no leite 
materno (0,1% e 0,02%, da dose aplicada respectivamente). A inibição das 
isoenzimas CYP3A4 e/ou CYP2D6 envolvidas na biotransformação de tramadol pode 
afetar a concentração plasmática de tramadol ou seus metabólitos ativos. Até o 
momento, não foram observadas interações clinicamente relevantes. O tramadol e 
seus metabólitos são quase completamente excretados via renal. A excreção urinária 
cumulativa é 90% da radioatividade total da dose administrada. 
A meia-vida de eliminação (t1/2,β) é de aproximadamente 6 horas, 
independentemente da via de administração. Em pacientes acima de 75 anos de 
idade, a meia-vida de eliminação pode ser prolongada por um fator de 
aproximadamente 1,4. Em pacientes com cirrose hepática, as meias-vidas de 
eliminação são de 13,3 ± 4,9 h (tramadol) e 18,5 ± 4,9 h (Odesmetiltramadol); em um 
caso extremo, determinou-se 22,3 h e 36 h, respectivamente. Em pacientes com 
insuficiência renal (clearance de creatinina < 5 mL/minuto), os valores foram 11 ± 3,2 
h e 16,9 ± 3 h; em um caso extremo 19,5 h e 43,2 h, respectivamente. Em humanos, 
o tramadol é metabolizado principalmente por N- e O-desmetilação e conjugação dos 
produtos da Odesmetilação com ácido glicurônico.
Somente o O-desmetiltramadol é 
farmacologicamente ativo. Há diferenças quantitativas interindividuais consideráveis 
entre os outros metabólitos. Até o momento, onze metabólitos foram detectados na 
urina. 
Experimentos em animais demonstraram que O-desmetiltramadol é 2-4 vezes 
mais potente do que o fármaco inalterado. A meia-vida t1/2,β (6 voluntários sadios) é 
de 7,9 h (5,4 – 9,6 h), bastante similar à meiavida de tramadol. O tramadol tem um 
perfil farmacocinético linear dentro da faixa de dose terapêutica. A relação entre 
concentrações séricas e o efeito analgésico é dose-dependente, mas varia 
consideravelmente em casos isolados. Uma concentração sérica de 100-300 ng/mL é 
usualmente eficaz. 
 
 
30 
 
XII. Vias de administração 
Tramal solução injetável é injetado i.v. (usualmente em uma veia sob a 
superfície do braço), i.m. (usualmente nas nádegas) ou s.c. (sob a pele). 
A administração nas veias é lenta com 1 ml de Tramal solução injetável 
(equivalente a 50 mg de cloridrato de tramadol) por minuto. 
XIII. Vias de degradação 
O tramadol e seus metabólitos são quase completamente excretados via renal. 
A excreção urinária cumulativa é 90% da radioatividade total da dose administrada. A 
meia-vida de eliminação (t1/2,β) é de aproximadamente 6 horas, independentemente 
da via de administração. 
XIV. Estabilidade 
Se diluído em SG5% e com concentração de até 30 mg/mL, permanece estável 
até 2h TA e 4h ref. 
XV. Metabolismo 
É metabolizado principalmente por N- e O-desmetilação e conjugação dos 
produtos da O- desmetilação com ácido glicurônico. Somente o O-desmetiltramadol é 
farmacologicamente ativo. Há diferenças quantitativas interindividuais consideráveis 
entre os outros metabólitos. 
 
6. Nome do medicamento 
MIDAZOLAN 
Nome comercial 
DORMONID 
 
I. Princípio ativo 
O Maleato de Midazolam, é o ingrediente ativo deste medicamento. Este 
medicamento tem efeitos hipnóticos e sedativos caracterizados por um início rápido e 
de curta duração. Também exerce efeito ansiolítico, anticonvulsivo e relaxante 
muscular. 
II. Indicação 
31 
 
O Maleato de Midazolam comprimidos é um medicamento de uso adulto, 
indicado para: Tratamento de curta duração de insônia. Os benzodiazepínicos são 
indicados apenas quando o transtorno submete o indivíduo a extremo desconforto, é 
grave ou incapacitante. Sedação, antecedendo procedimentos cirúrgicos ou 
diagnósticos. 
III. Forma farmacêutica e apresentações 
Solução injetável 5 mg. Embalagens contendo 5 ampolas de 5 mL. Solução 
injetável 15 mg. Embalagens contendo 5 ampolas de 3 mL. Solução injetável 50 mg. 
Embalagens contendo 5 ampolas de 10 mL. Uso adulto e pediátrico. 
IV. Contraindicações 
Este medicamento é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade 
conhecida a benzodiazepínicos ou a qualquer excipiente da formulação. Este 
medicamento não deve ser utilizado por pacientes nas seguintes condições: Com 
insuficiência respiratória grave; com insuficiência hepática grave (benzodiazepínicos 
não são indicados para tratar pacientes com insuficiência hepática grave, pois eles 
podem causar encefalopatia); Com síndrome de apneia do sono; Com miastenia 
gravis. Este medicamento é contraindicado para uso por crianças. Os comprimidos de 
maleato de Maleato de Midazolam não devem ser administrados a crianças, uma vez 
que as concentrações disponíveis não permitem a dosagem apropriada. Este 
medicamento não deve ser administrado por pacientes que estejam em terapia 
concomitante com potentes inibidores ou indutores de CYP3A (cetoconazol, 
itraconazol, voriconazol, inibidores de protease de HIV, incluindo formulações 
reforçadas com ritonavir), e os inibidores da protease do VHC boceprevir e telaprevir. 
V. Cuidados e advertências 
O midazolam injetável deve ser usado somente quando materiais de 
ressuscitação apropriados para o tamanho e a idade estão disponíveis, já que a 
administração E.V. de midazolam pode deprimir a contratilidade miocárdica e causar 
apneia. Eventos adversos 3 cardiorrespiratórios graves têm ocorrido em raras 
ocasiões. Esses eventos têm incluído depressão respiratória, apneia, parada 
respiratória e/ou parada cardíaca. A ocorrência de tais incidentes de risco à vida é 
mais provável em adultos acima de 60 anos, naqueles com insuficiência respiratória 
32 
 
preexistente ou comprometimento da função cardíaca, e em pacientes pediátricos 
com instabilidade cardiovascular, particularmente quando a injeção é administrada 
muito rapidamente ou quando é administrada uma alta dose. 
Quando midazolam injetável é administrado parenteralmente, cuidados 
especiais devem ser observados em pacientes representantes de grupos de alto risco: 
adultos acima de 60 anos; pacientes cronicamente doentes ou debilitados; pacientes 
com insuficiência respiratória crônica; pacientes com insuficiência renal crônica, 
insuficiência hepática ou com insuficiência cardíaca congestiva; pacientes pediátricos 
com instabilidade cardiovascular. Esses pacientes de alto risco precisam de doses 
menores e devem ser monitorados continuamente com relação a sinais precoces de 
alteração das funções vitais. 
VI. Interações medicamentosas 
A biotransformação de midazolam é mediada predominantemente pelo 
citocromo P4503A4 (CYP3A4) isoenzima. Aproximadamente 25% do total de enzimas 
hepáticas do sistema citocromo P450 em adultos correspondem à subfamília 3A4. 
Inibidores e indutores dessa isoenzima podem produzir interações farmacológicas 
com midazolam (ver item “5. Advertências e precauções”). Estudos de interação 
realizados com midazolam injetável: Inibidores de CYP3A4 Antifúngicos azólicos  
cetoconazol: o cetoconazol aumentou a concentração plasmática de midazolam 
endovenoso em cinco vezes e a meia vida em três vezes. Caso midazolam injetável 
seja coadministrado com o cetoconazol, um forte inibidor de CYP3A, esse 
procedimento deve ser feito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) ou onde exista 
disponibilidade de instrumental equivalente, de forma a garantir um monitoramento 
clínico cuidadoso e manejo médico apropriado em caso de depressão respiratória ou 
sedação prolongada. 
Deve-se considerar doses coordenadas e ajuste de dose especialmente se for 
administrada mais que uma dose única de midazolam E.V.  itraconazol e fluconazol: 
ambos aumentaram a concentração plasmática de midazolam endovenoso em, 
aproximadamente, duas a três vezes, associado com aumento na meia-vida de 
eliminação em, aproximadamente, 2,4 vezes para o itraconazol e 1,5 vez para o 
fluconazol.  posaconazol: o posaconazol aumentou as concentrações plasmáticas de 
midazolam endovenoso em, aproximadamente, duas vezes. Antibióticos macrolídeos 
33 
 
e eritromicina: a coadministração de midazolam com eritromicina prolongou a meia-
vida de eliminação de midazolam de 3,5 para 6,2 horas. Apesar de mudanças 
farmacodinâmicas relativamente menores terem sido observadas, é aconselhado 
ajuste de dose do midazolam endovenoso, especialmente se altas doses estão sendo 
administradas claritromicina: o uso concomitante de claritromicina e midazolam 
promove aumento da concentração plasmática de midazolam em 2,5 vezes e duplica 
sua meia-vida. 
VII. Reações adversas 
Geralmente o midazolam é bem tolerado e possui ampla margem terapêutica. 
Não foram observadas alterações nos níveis sanguíneos, funções hepáticas ou 
renais. Os efeitos colaterais raramente observados devem-se ao seu efeito sedativo, 
sendo dose-dependentes, desaparecendo geralmente com a redução da dose. 
Pacientes acordados por estímulos anormais nas primeiras 2 a 3 horas de sono após 
a ingestão do comprimido, raramente apresentam episódio amnésico em relação às 
atividades desempenhadas no momento. Com o objetivo de se conhecer a 
suscetibilidade do paciente a este fenômeno, é aconselhado que a primeira dose de 
midazolam seja administrada em ambiente familiar. 
VIII. Posologia 
Adultos:- A dose
usual recomendada para adultos é de ½ a 1 comprimido de 
15 mg. Devido a curta permanência do midazolam no organismo, o Dormire® pode 
ser administrado a qualquer hora, desde que o paciente se assegure de que não será 
perturbado durante as 4 horas seguintes. Desta maneira, não há receio da ocorrência 
de efeitos residuais ao despertar. O comprimido deve ser ingerido com um pouco de 
água, sem mastigá-lo, imediatamente antes de deitar. Pacientes Idosos e Debilitados:- 
A dose usual recomendada é de ½ comprimido de 15 mg. Esta dose é recomendada 
também a pacientes com disfunção renal e/ou hepática. Na prémedicação deve ser 
administrado 1 comprimido de Dormire® 15 mg, 30 a 60 minutos antes do 
procedimento, a não ser que se prefira a via parenteral. 
IX. Resultados de eficácia 
Para o tratamento de insônia, a dose de midazolam eficaz é de 15 mg, ingerida 
por via oral no momento de deitar (Monti, 1993; Fischbach, 1983; Feldmeier & Kapp, 
1983; Lupolover e colaboradores, 1983). A manutenção do sono é obtida de modo 
34 
 
eficaz nas doses de 7,5 a 15 mg (Monti, 1993). Para pacientes idosos, a dose de 15 
mg de midazolam é eficaz e segura para o tratamento de insônia (Beck e 
colaboradores, 1983). O midazolam é eficaz como medicação pré-anestésica, quando 
administrado na dose de 2 a 3 mg por via intramuscular. Esses foram os achados de 
Wong e colaboradores, em 1991, em estudo que envolvia 100 pacientes entre 60 e 
86 anos. O midazolam pode também ser utilizado para a sedação antes da realização 
de endoscopia digestiva alta ou colonoscopia. Em um estudo que envolvia 800 
pacientes, Bell e colaboradores, em 1987, demonstraram que a dose necessária para 
induzir sedação foi maior nos pacientes entre 15 e 24 anos de idade (em média 10 
mg), em comparação com os pacientes entre 60 e 86 anos de idade (3,6 mg). Como 
indução anestésica em pacientes sem medicação prévia e abaixo dos 55 anos, 
midazolam é eficaz e pode ser administrado por via endovenosa na dose de 0,3 a 0,35 
mg/kg de peso, administrados em 20 a 30 segundos, e o tempo esperado de início de 
ação é de dois minutos. Em pacientes pré-medicados com sedativos ou narcóticos, 
midazolam é seguro e eficaz na dose de 0,15 a 0,35 (média 0,25 mg/kg) (Versed(R), 
1997; Freuchen e colaboradores, 1983; Jensen e colaboradores, 1982; Pakkanen & 
Kanto, 1982; Berggren & Eriksson, 1981). 
X. Farmacodinâmica 
O midazolam é um derivado do grupo das imidazobenzodiazepinas. A base 
livre é uma substância lipofílica com baixa solubilidade na água. O nitrogênio básico 
na posição 2 do sistema do anel imidazobenzodiazepínico permite que o ingrediente 
ativo forme sais hidrossolúveis com ácidos. Esses produzem uma solução estável e 
bem tolerada para injeção. A ação farmacológica de midazolam é 2 caracterizada pelo 
rápido início de ação, por causa da rápida transformação metabólica e da curta 
duração. Por causa da sua baixa toxicidade, midazolam possui amplo índice 
terapêutico. 
O midazolam injetável provoca efeito sedativo e indutor do sono rapidamente, 
de pronunciada intensidade. Também exerce efeito ansiolítico, anticonvulsivante e 
relaxante muscular. Após administração intramuscular ou endovenosa, ocorre uma 
amnésia anterógrada de curta duração (o paciente não se recorda de eventos que 
ocorreram durante o pico de atividade do composto). 
 
35 
 
XI. Farmacocinética 
A absorção de midazolam pelo tecido muscular é rápida e completa. As 
concentrações plasmáticas máximas são alcançadas dentro de 30 minutos. A 
biodisponibilidade após administração I.M. é superior a 90%. Absorção após 
administração retal Após administração retal, midazolam é absorvido rapidamente. A 
concentração plasmática máxima é alcançada em cerca de 30 minutos. A 
biodisponibilidade é de cerca de 50%. Distribuição Quando o midazolam é injetado 
por via endovenosa, a curva plasmática de concentração-tempo mostra uma ou duas 
fases distintas de distribuição. Após administração oral, a distribuição tecidual de 
midazolam é muito rápida e, na maioria dos casos, uma fase de distribuição não é 
evidente ou é praticamente encerrada uma a duas horas após a administração. O 
volume de distribuição em equilíbrio dinâmico é de 0,7 – 1,2 L/kg. De 96% a 98% de 
midazolam é ligado às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina. Existe uma 
passagem lenta e insignificante de midazolam para o líquido cefalorraquidiano. Em 
humanos, foi demonstrado que midazolam atravessa a placenta lentamente e entra 
na circulação fetal. Pequenas quantidades de midazolam são encontradas no leite 
humano. 
XII. Vias de administração 
Uso intramuscular, intravenoso e via oral. 
XIII. Vias de degradação 
A meia-vida de eliminação de midazolam situa-se entre 1,5 e 2,5 horas. O 
clearance plasmático é de 300 a 500 mL/min em média. Quando midazolam é 
administrado pela infusão E.V., sua cinética de eliminação não difere da observada 
após injeção em bolus. O midazolam é excretado principalmente por via renal: 60% a 
80% da dose é excretada na urina como o glucuroconjugado α-hidroximidazolam. 
Menos de 1% é recuperado inalterado na urina. Quando administrado por via oral, em 
dose única diária, midazolam não se acumula. A administração repetida de midazolam 
não produz indução de enzimas de biotransformação. 
XIV. Estabilidade 
Estabilidade após diluição com Cloreto de Sódio 0,9% temperatura ambiente 
(15-30°C): 24 h. Estabilidade após diluição com Glicose 5% temperatura ambiente 
36 
 
(15-30°C): 24 h. Não usar se houver precipitado ou alteração de cor. Diluente: Cloreto 
de Sódio 0,9% ou Glicose 5%. 
XV. Metabolismo 
O midazolam é quase inteiramente eliminado após biotransformação. Menos 
de 1% da dose é recuperada na urina como droga não modificada. O midazolam é 
hidroxilado pelo citocromo P4503A4 (CYP3A4) isoenzima. O α-hidroximidazolam é o 
principal metabólito na urina e no plasma. De 60% a 80% da dose é excretada na 
urina como αhidroximidazolam glucuroconjugado. Após administração injetável, a 
concentração plasmática de α-hidroximidazolam é 12% do composto de origem. A 
fração da dose extraída pelo fígado foi estimada em 30% – 60%. A meia-vida de 
eliminação do metabólito é menor que uma hora. O α -hidroximidazolam é 
farmacologicamente ativo, mas contribui apenas minimamente (cerca de 10%) para 
os efeitos do midazolam endovenoso. Não existe evidência de polimorfismo genético 
no metabolismo oxidativo do midazolam. Investigações posteriores não 
demonstraram relevância clínica e polimorfismo genético no metabolismo oxidativo do 
midazolam. 
 
7. Nome do medicamento 
DIAZEPAN 
Nome comercial 
VALIUM 
 
I. Princípio ativo 
Diazepam, comercializado pela primeira vez como Valium, é um medicamento 
do grupo de benzodiazepinas que, normalmente, produz um efeito calmante. 
II. Indicação 
O diazepam é indicado para alívio sintomático da ansiedade, tensão e outras 
queixas somáticas ou psicológicas associadas com a síndrome da ansiedade. Pode 
também ser útil como coadjuvante no tratamento da ansiedade ou agitação associada 
a desordens psiquiátricas. 
 
37 
 
III. Forma farmacêutica e apresentações 
Comprimido 5 mg: embalagem contendo 30 comprimidos. Comprimido 10 mg: 
embalagem contendo 30 comprimidos. Uso oral uso adulto composição. Cada 
comprimido de 5 mg contém: diazepam5 mg Excipientes: amido, lactose 
monoidratada, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício e 
estearato de magnésio. Cada comprimido de 10 mg contém: diazepam 10 mg 
Excipientes: amido, lactose monoidratada, celulose microcristalina, amidoglicolato de 
sódio, dióxido de silício e estearato de magnésio. 
IV. Contraindicações 
Diazepam não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade aos 
benzodiazepínicos ou a qualquer excipiente do produto, glaucoma de ângulo agudo, 
insuficiência respiratória grave, insuficiência hepática grave, síndrome da apneia do 
sono ou miastenia gravis.
V. Cuidados e advertências 
Uso concomitante de álcool/depressores SNC: O uso concomitante de 
diazepam com álcool e/ou depressores do sistema nervoso central (SNC) deve ser 
evitado. Essa utilização concomitante tem potencial para aumentar os efeitos clínicos 
de diazepam, incluindo possivelmente sedação grave, que pode resultar em coma ou 
morte, depressão cardiovascular e/ou respiratória clinicamente relevantes (vide item 
“Interações medicamentosas” e “Superdose”). 
Histórico médico de abuso de álcool ou drogas: O diazepam deve ser usado 
com muita cautela em pacientes com história de alcoolismo ou dependência de 
drogas. O diazepam deve ser evitado em pacientes com dependência de depressores 
do sistema nervoso central (SNC), incluindo álcool. Uma exceção à dependência de 
álcool é o gerenciamento das reações agudas de retirada. 
VI. Interações medicamentosas 
Tem sido descrito que a administração concomitante de cimetidina (mas não 
ranitidina) retarda o clearance (depuração) do diazepam. Existem igualmente estudos 
mostrando que a disponibilidade metabólica da fenitoína é afetada pelo diazepam. Por 
outro lado, não existem interferências com os antidiabéticos, anticoagulantes e 
diuréticos comumente utilizados. Se o diazepam é usado concomitantemente com 
38 
 
outros medicamentos de ação central, tais como: neurolépticos, tranquilizantes, 
antidepressivos, hipnóticos, anticonvulsivantes, analgésicos e anestésicos, os efeitos 
destes medicamentos podem potencializar ou serem potencializados pelo diazepam. 
O uso simultâneo com levodopa pode diminuir o efeito terapêutico da levodopa. 
VII. Reações adversas 
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este 
medicamento): cansaço, sonolência e relaxamento muscular; em geral, estão 
relacionados com a dose administrada. Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% 
dos pacientes que utilizam este medicamento): confusão mental, amnésia 
anterógrada (perda de memória passada), depressão, diplopia (visão dupla), disartria 
(articulação imperfeita da palavra), cefaleia (dor de cabeça), hipotensão (diminuição 
da pressão arterial), variações nos batimentos do pulso, depressão circulatória, 
parada cardíaca, incontinência urinária, aumento ou diminuição da libido, náusea, 
secura da boca ou hipersalivação, rash cutâneo (coloração avermelhada na pele, 
urticária), fala enrolada, tremor, retenção urinária, tonteira e distúrbios de acomodação 
visual. 
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este 
medicamento): elevação das transaminases e da fosfatase alcalina assim como 
icterícia. Têm sido descritas reações paradoxais tais como: excitação aguda, 
ansiedade, distúrbios do sono e alucinações. Quando estes últimos ocorrem, o 
tratamento com diazepam deve ser interrompido. Particularmente após administração 
endovenosa rápida, podem ocorrer: trombose venosa, flebite, irritação local, edema 
ou, menos frequentemente, alterações vasculares. Veias de pequeno calibre não 
devem ser escolhidas para a administração, devendo-se evitar principalmente a 
administração intra-arterial e o extravasamento do medicamento. A administração 
intramuscular pode ocasionar dor local, acompanhada, em alguns casos. 
VIII. Posologia 
Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada. As doses 
usuais diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria dos 
pacientes, embora existam casos que necessitem de doses mais elevadas. As doses 
parenterais recomendadas para adultos e adolescentes variam de 2 a 20mg IM ou IV, 
dependendo do peso corporal, indicação e gravidade dos sintomas. Em algumas 
39 
 
indicações (tétano, por exemplo) podem ser necessárias doses mais elevadas. A 
administração endovenosa de diazepam deve ser lenta (0,5 a 1mL/minuto), pois a 
administração excessivamente rápida pode provocar apneia; instrumental de 
reanimação deve estar disponível para qualquer eventualidade. 
IX. Resultados de eficácia 
A eficácia é mantida mesmo com o tratamento prolongado durante vários anos. 
Em estudo que envolvia 228 pacientes, duplo–cego, com placebo, o tratamento 
com diazepam na dose de 2 mg, três vezes ao dia, e 4 mg, à noite, foi superior ao 
placebo no alívio dos sintomas da ansiedade. 
X. Farmacodinâmica 
O diazepam é um benzodiazepínico. A fórmula molecular do diazepam é 
C16H13ClN2O e o peso molecular é de 284,74. O nome químico é 7-cloro-1,3- diidro-
1-metil-5-fenil-2H-1,4-benzodiazepina-2-ona. O ponto de fusão do diazepam é 125 - 
126˚C. O diazepam faz parte do grupo dos benzodiazepínicos e possui propriedades 
ansiolíticas, miorrelaxantes, anticonvulsivantes e sedativas. Sabe-se atualmente que 
tais ações são devido ao reforço da ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), o mais 
importante inibidor da neurotransmissão no cérebro. 
XI. Farmacocinética 
O diazepam é rápida e completamente absorvido após administração oral, 
atingindo a concentração plasmática máxima após 30-90 minutos. Distribuição: o 
diazepam e seus metabólitos possuem alta ligação às proteínas plasmáticas 
(diazepam: 98%). Eles atravessam as barreiras hematoencefálica e placentária e são 
também encontrados no leite materno em concentrações que equivalem a 
aproximadamente um décimo da concentração sérica materna. 
XII. Vias de administração 
Via intramuscular, via endovenosa e via oral. 
XIII. Vias de degradação 
A curva concentração plasmática/tempo do diazepam é bifásica: uma fase de 
distribuição inicial rápida e intensa, com uma meia-vida que pode chegar a 3 horas e 
uma fase de eliminação terminal prolongada (meia-vida 20-50 horas). A meia-vida de 
eliminação terminal (t1/ 2b) do metabólito ativo nordiazepam é de aproximadamente 
40 
 
100 horas. O diazepam e seus metabólitos são eliminados principalmente pela urina, 
predominantemente sob a forma conjugada. O clearence de diazepam é de 20-30 
ml/min. 
XIV. Estabilidade 
A estabilidade do Diazepam varia entre 0 a 40 mg/mL IV direto: 10-15 min. 
Infusão: 30 - 40 min. Atenção: Se diluído em SG5% e com concentração de até 30 
mg/mL, permanece estável até 2h TA e 4h ref. 
XV. Metabolismo 
O diazepam é metabolizado em substâncias farmacologicamente ativas, como 
o nordiazepam, o hidroxidiazepam e o oxazepam. 
 
8. Nome do medicamento 
HIDRAZALINA 
Nome comercial 
APRESOLINA 
 
I. Princípio ativo 
Hidrazalina atua como um dilatador dos vasos sanguíneos periféricos através 
de uma ação relaxante direta sobre a musculatura lisa desses vasos. 
II. Indicação 
É indicada para o tratamento do Lúpus eritematoso sistêmico idiopático e 
doenças correlatas. Taquicardia grave e insuficiência cardíaca com alto débito 
cardíaco (por exemplo, em tireotoxicose). Insuficiência do miocárdio devido à 
obstrução mecânica (por exemplo, em estenose aórtica ou mitral e na pericardite 
constritiva). 
III. Forma farmacêutica e apresentações 
Apresolina 25 mg ou 50 mg – embalagens contendo 20 drágeas. 
IV. Contraindicações 
Hipersensibilidade conhecida à Hidralazina, dihidralazina ou a qualquer 
componente da formulação. Taquicardia grave e insuficiência cardíaca com alto débito 
41 
 
cardíaco (por exemplo, em tireotoxicose). Insuficiência do miocárdio devido à 
obstrução mecânica (por exemplo, em estenose aórtica ou mitral e na pericardite 
constritiva). Insuficiência cardíaca isolada do ventrículo direito devido à hipertensão 
pulmonar (cor pulmonale). Aneurisma dissecante da aorta. 
V. Cuidados e advertências 
Os pacientes medicados com hidralazina devem usar com cuidado os 
inibidores da monoaminooxidase (IMAO), bem como deve ser feita uma observação 
cuidadosa quando se usam conjuntamente outros anti-hipertensivos como o 
diazóxido, pois podem ocorrer episódios de hipotensão severa. A administração do 
produto deve ser feita com cautela em pacientes com distúrbios coronarianos e em 
presença de terapia simultânea com antidepressivos tricíclicos e inibidores

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