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TCC. INSTALAÇÃO HIDRÁULICA. ORÇAMENTO. EXCEL. HYDROS

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FACULDADE SANTO AGOSTINHO
COORDENAÇÃO DO CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
DANILO DE MOURA PARENTES
DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS DE ÁGUA FRIA DE CASA POPULAR PELOS CRITÉRIOS CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL E CONSUMO MÁXIMO POSSÍVEL UTILIZANDO PLANILHAS DE CÁLCULO E O HYDROS
TERESINA - PI
2016
DANILO DE MOURA PARENTES
DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS DE ÁGUA FRIA DE CASA POPULAR PELOS CRITÉRIOS CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL E CONSUMO MÁXIMO POSSÍVEL UTILIZANDO PLANILHAS DE CÁLCULO E O HYDROS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à coordenação do Curso de Engenharia Civil da Faculdade Santo Agostinho, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.
 
Orientador: Me. Victor Manoel Pavanelli Lira.
TERESINA-PI
2016
DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS DE ÁGUA FRIA DE CASA POPULAR PELOS CRITÉRIOS CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL E CONSUMO MÁXIMO POSSÍVEL UTILIZANDO PLANILHAS DE CÁLCULO E O HYDROS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à coordenação do Curso de Engenharia Civil da Faculdade Santo Agostinho, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.
Data de aprovação: ___ de ____ de 2016.
_______________________________________
Prof. Me. Victor Manoel Pavanelli Lira
Faculdade Santo Agostinho
_______________________________________
Prof. Me. Evandro Ribeiro de Carvalho
Faculdade Santo Agostinho
A Maria Regina de Moura, minha mãe, por ser exemplo de espírito de luta e perseverança em meio a várias adversidades e por todos os anos de dedicação ao meu desenvolvimento intelectual e profissional.
AGRADECIMENTOS
A toda minha família, em especial a minha querida esposa, Gilsânia Dias Nolêto da Silva Parentes, pelo incentivo e apoio durante o meu curso.
Ao meu filho, João Lucas Nolêto Parentes, por ser minha fonte de inspiração e motivação.
Ao meu orientador, Prof. Me. Victor Manoel Pavanelli Lira, por suas contribuições para o trabalho, além da calma, paciência, dedicação, cuidado e motivação que teve comigo.
 
RESUMO
PARENTES, D. M. Dimensionamento de instalações hidráulicas de água fria de casa popular pelos métodos consumo máximo provável e consumo máximo possível utilizando planilhas de cálculo e o Hydros. 2016. 67 p. Monografia (Graduação em Engenharia Civil) – Faculdade Santo Agostinho, Teresina: FSA, 2016.
Instalação hidráulica predial é o conjunto de conexões, canalizações, peças de utilização e acessórios cuja finalidade é suprir água de qualidade em quantidade suficiente aos prédios e com pressão adequada nos aparelhos hidráulicos. Infelizmente, boa parte das edificações no Brasil tem suas instalações hidráulicas executadas sem projeto hidráulico. Instalações hidráulicas com falta de planejamento e com erros de dimensionamento podem provocar problemas de escoamento da água, vazamentos e entupimentos causando transtornos aos seus usuários. Assim é importante ter uma atenção especial e dedicar um tempo adequado ao projeto hidráulico a fim de se evitar manifestações patológicas. Com isso se promoverá o bem-estar aos usuários do imóvel atendendo as suas necessidades e a garantia de baixos custos de manutenção. O presente trabalho fez o dimensionamento de uma instalação hidráulica de uma casa popular utilizando o programa Hydros V4 em conjunto com planilhas de cálculo (Microsoft Excel®). No dimensionamento foram aplicados ambos os critérios de cálculo Consumo Máximo Provável e Consumo Máximo Possível, os quais foram comparados e analisados. No dimensionamento da rede hidráulica calcularam-se diâmetros, perdas de carga, velocidades de escoamento, vazões e pressões. Verificou-se a confiabilidade do critério do Consumo máximo Possível. Constatou-se que usar planilhas de cálculo e o Hydros na elaboração de instalações hidráulicas se obtém um projeto confiável e com qualidade. Em seguida fizeram-se orçamentos para as instalações dimensionadas por cada um dos critérios obtendo-se seus respectivos custos de implantação. Na elaboração dos orçamentos, o projeto foi cobrado de duas maneiras: por m² de área construída e por horas trabalhadas. Ao final foi feita a comparação dos custos totais de implantação dos dois critérios analisados.
Palavras-chave: Instalação. Excel. Hidráulica. Hydros e Dimensionamento.
ABSTRACT
PARENTES, D. M. Design of hydraulic systems of low-cost housing by the methods of probable maximum consumption and maximum consumption possible using spreadsheets and Hydros .2016. 67 p. Monograph (Civil Engineering Degree) – Faculdade Santo Agostinho, Teresina: FSA, 2016.
The hydraulic network of a building is the set of pipelines, connections, utility parts and accessories whose purpose is to supply quality water in sufficient quantity to buildings and with adequate pressure on the hydraulic devices. Unfortunately, most of the buildings in Brazil has its hydraulic systems built without a hydraulic design. Hydraulic systems built without proper planning and with design errors can cause flow problems, leakage and blockages causing inconvenience to users. So it is important to pay special attention and devote adequate time to the hydraulic design in order to prevent pathological occurrences. Thereby, it will promote the users’ well-being, meeting their needs and ensuring low maintenance costs. The work presented here was the design of a hydraulic installation of a popular home using the software Hydros V4 together with spreadsheets (Excel®). The design was made using both the methods of the Probable Maximum Consumption and the Maximum Consumption Possible, which were analyzed and compared. The design of the hydraulic network calculated diameters, pressure drop, flow velocities, flow rates and pressures. The reliability of the Method of Equivalents Sections was verified. It was found that using spreadsheets and Hydros in designing hydraulic systems is a good strategy for a reliable and quality design. At the end, budgets were made up for each of the criteria obtaining the total costs of each. At the end it was made ​​to compare the total cost of deployment of the two analyzed criteria
Keywords: Installation. Excel. Hydraulics. Hydros and dimensioning.
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	11
1.1	Tema	11
1.2	Problema de pesquisa	12
1.3	Hipóteses	12
1.4	Objetivos	13
1.4.1	Objetivo Geral	13
1.4.2	Objetivos específicos	13
1.5	Justificativa	13
2	REFERENCIAL TEÓRICO	15
2.1	Instalações Hidráulicas Prediais	15
2.2	O Uso de Ferramentas Computacionais na Engenharia Civil	24
2.3	O Auxílio de Softwares na Elaboração de Projetos Hidrossanitários	27
3	METODOLOGIA	33
3.1	Características da Pesquisa	33
3.2	Estudo de Caso	34
3.3	Dimensionamento no Excel	35
3.3.1	Critério do consumo máximo provável	35
3.3.2	Critério do consumo máximo possível	43
3.4	Dimensionamento no Hydros	45
3.4.1	Critério do consumo máximo provável	45
3.4.2	Critério do consumo máximo possível	46
3.5	Elaboração dos Orçamentos	47
4	RESULTADOS E DISCUSSÕES	50
4.1	Dimensionamento no Excel	50
4.1.1	Critério do consumo máximo provável	50
4.1.2	Critério do consumo máximo possível	51
4.2	Dimensionamento no Hydros	54
4.2.1	Critério do consumo máximo provável	54
4.2.2	Critério do consumo máximo possível	57
4.3	CUSTOS DE EXECUÇÃO	58
5	CONCLUSÃO	62
referências	65
apêndices	68
INTRODUÇÃO
Tema
Água é fonte de vida e se precisa dela para viver. É um recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da civilização humana. Por ser um recurso limitado e de extrema relevância para a sobrevivência da humanidade, é preciso que ela seja economizada e, para isso, precisa ser condicionada de forma inteligente e correta (SANTOS 2013).
Segundo Santos (2002), a instalação hidráulica é um componente do projeto hidráulico-sanitário que está presente em todos os projetos de edificações residenciais, comerciais e industriais.
Segundo Botelho (2014), projeto hidráulico é um componente importante na hora de reformar ou construir. Um bom projeto reduz erros na montagem do sistema economizando
dinheiro e tempo.
Ao se dispor do projeto arquitetônico, que é o conjunto dos desenhos técnicos (plantas baixas, cortes) do imóvel, faz-se o dimensionamento das tubulações (memorial de cálculo) e se geram os desenhos da parte hidráulica que devem conter todas as especificações das canalizações (tubos condutores de água) com seus comprimentos e diâmetros correspondentes (BOTELHO 2014).
De acordo com Suzuki (2014), dimensionar é o ato de determinar dimensões e grandezas e cada vez mais ferramentas computacionais são aplicadas na automatização de dimensionamentos dos diversos projetos da engenharia civil.
 Conforme Nimy (2014), muitos projetos da engenharia civil são dotados de sequências de dimensionamentos extensos e muito trabalhosos. Com isso o auxílio de softwares proporciona rapidez e agilidade nas confecções de projetos que envolvam cálculos matemáticos. Todavia sempre serão as decisões dos projetistas que irão ser predominantes, cabendo-lhes a responsabilidade de analisar todos os dados gerados pelos programas.
Conforme Suzuki (2014), o Excel é um programa computacional da Microsoft que permite a confecção de tabelas, execução de cálculos automáticos e gráficos. É uma ferramenta bastante interessante e usada em dimensionamentos em geral nas diversas áreas do conhecimento.
Segundo AltoQi (2015), o Hydros V4 é um programa computacional comercial de instalações hidráulico-sanitárias prediais da empresa AltoQi que permite o lançamento da tubulação do projeto como um todo englobando seus vários pavimentos e que permite a visualização em 3d do conjunto. O dimensionamento da rede hidráulica segue a rigor os passos das NBR 5626/98 e NBR 7198/93.
As manifestações patológicas que aparecem no decorrer da vida de uma obra basicamente se originam em decorrência de falhas na fase de concepção (projeto). A falta de racionalização dos projetos conduz a um aumento significativo dos retrabalhos, transtornos e desperdícios (NASCIMENTO, 2015). 
Problema de pesquisa
Existem vários critérios para dimensionar uma instalação hidráulica. Dentre eles os mais conhecidos são o Critério do Consumo Máximo Provável expresso na NBR 5626 e o Critério do Consumo Máximo Possível (BOTELHO, 2014). 
Segundo Creder (2005), o critério do Consumo Máximo Provável é indicado para instalações consideradas normais e se baseia no Método da Somas dos Pesos que é um método de cálculo bastante criterioso e complexo, em que várias grandezas são calculadas conduzindo a diâmetros menores, sendo, portanto, o mais indicado nas instalações normais por razões econômicas. 
O critério do Consumo Simultâneo Máximo Possível é indicado para edificações consideradas não normais onde todos os aparelhos sanitários são utilizados ao mesmo tempo, como escolas, quartéis, indústrias e se baseia na aplicação do Método das Seções Equivalentes que é um processo de cálculo simples, bem mais rápido que o método da Soma dos Pesos, bastante prático, porém conduz a diâmetros maiores e não é recomendado em instalações normais por razões econômicas. (BOTELHO, 2014).
Atualmente a concorrência no mercado da construção civil está muito alta e as dificuldades econômicas impostas pela crise a qual o Brasil passa conduz as construtoras a refletirem sobre a qualidade e preço dos seus produtos. No mercado atual o cliente deseja um produto que agrega valor, ou seja, o cliente almeja pagar por um produto que lhe ofereça as mesmas vantagens que outros produtos oferecem, só que pagando menos.
Busca-se saber se o dimensionamento de uma instalação hidráulica de água fria de uma casa pequena e de baixo padrão utilizando cálculos manuais em conjunto com o Hydros, adotando-se o critério de cálculo do Consumo Máximo Possível, obtém-se um desempenho econômico melhor em relação ao mesmo procedimento feito pelo critério do Consumo Máximo Provável.
Hipóteses
H0: O critério de cálculo do consumo máximo possível apresenta custos menores em relação aos do critério do consumo máximo provável numa instalação hidráulica de água fria de uma casa popular, quando aplicados em uma casa pequena e de baixo padrão.
H1: O critério de cálculo do consumo máximo possível não apresenta custos menores em relação aos do critério do consumo simultâneo máximo provável numa instalação hidráulica de água fria de uma casa popular, quando aplicados em uma casa pequena e de baixo padrão.
Objetivos
1.1.1 Objetivo Geral
Realizar o dimensionamento de uma instalação hidráulica de água fria de uma casa popular pelo critério do Consumo Máximo Provável e pelo critério do Consumo Máximo Possível, mediante aplicação de procedimentos de cálculo manual no Excel em conjunto com as ferramentas computacionais do Hydros V4.
1.1.2 Objetivos específicos
· Analisar e comparar resultados do dimensionamento pelos dois métodos de cálculo;
· Avaliar custos de execução decorrente do dimensionamento pelos dois métodos de cálculo;
· Avaliar custo intelectual para os dimensionamentos dos dois métodos;
· Verificar a confiabilidade do Método das Seções Equivalentes em cálculos manuais.
Justificativa
De acordo com Ormond (2013), é interessante fazer uma reflexão e análise sobre os resultados de softwares comerciais utilizados nos diversos tipos de projetos da construção civil. Até que ponto pode-se confiar plenamente nos seus processamentos, mesmo que eles tenham vantagens competitivas e tenham ganho cada vez mais espaço dentro dos escritórios de engenharia.
Quando não se valoriza uma etapa do projeto, prejuízos podem ser gerados durante a execução da obra devido a falhas de projeto decorrentes de equívocos ou erros durante a execução dos projetos. Quando essa etapa é mais valorizada, evitam-se retrabalhos acarretando em menos custos durante a execução e consequentemente menos custos para corrigir os defeitos, gerados de projetos mal elaborados (MELHADO, 2005).
 Não existem muitos estudos que abordam as patologias relacionadas às instalações hidráulicas de água fria provocadas por falhas em projetos, fazendo-se necessária uma atenção maior, em especial à durabilidade, já que a vida útil das instalações prediais em geral é inferior à vida útil dos elementos estruturais. 
 Com a confecção da marcha de cálculo em planilhas eletrônicas, os engenheiros e demais profissionais da área poderão aprimorar seus conhecimentos no dimensionamento de tubulações e terão habilidades em identificar possíveis valores equivocados nos softwares Excel e noHydros V4, ou qualquer outro software que realize projetos hidrossanitários, além de saber escolher de forma adequada o método mais conveniente (SANTOS, 2013).
As inovações tecnológicas são e sempre serão uma grande aliada das empresas, seja em qual for o seguimento em que ela atue. Quanto maior o nível de controle de processos e detalhamento das atividades a serem executadas para se obter um produto, mais fácil será a tarefa de localizar erros e possíveis equívocos removendo-os, reduzindo, assim, retrabalhos, desperdícios e custos (PRADO et al, 2014). 
REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 Instalações Hidráulicas Prediais
Em todas as épocas as civilizações se preocuparam com o abastecimento de água para o consumo humano. Sem água não se pode sobreviver, pois 70% do nosso corpo é composto por água que necessita de renovação constante por ingestão oral. Água potável é aquela que pode ser bebida sem riscos de contaminação devendo ser incolor, inodora, insípida, ter dureza total de 200 mg por litro de CaCo3; ter ph = 6; ser isenta de alcalinidade; ter no máximo 1000 mg por litro de sólidos totais e turbidez máxima de 5mg por litro de SiO2. Antes da água chegar à rede de instalação hidráulica das edificações ela é captada em fontes de abastecimento, como lagos, rios, nascentes, mananciais etc, bombeada até os as estações de Tratamento de Água (ETA), onde passa por processos físicos, químicos e biológicos para ser higienizada. Neste processo há a coagulação, onde é adicionado sulfato de alumínio, originando a floculação. Com a floculação ocorre a decantação, onde os flocos tornam-se pesados e se deslocam por gravidade para a parte
inferior do recipiente. Em seguida ocorre a filtração, onde os flocos que não descenderam e outras sujeiras da água passam por camadas de pedra e areia. Finalmente ocorre a desinfecção, onde cloro, sal de flúor, e cal hidratada são adicionadas para combater bactérias, cáries dentárias e corrigir o ph respectivamente (RAMOS, 2010).
Segundo Santos (2002), uma boa parte da população do planeta já sofre as consequências da falta de água. Além do aumento da sede no mundo, a falta de recursos hídricos tem graves implicações econômicas e políticas para as nações. Em todas as regiões do Brasil existem problemas de abastecimento de água. Precisa-se urgentemente adotar medidas e hábitos que visem a sua economia. 
Instalações prediais hidráulicas são constituídas por dispositivos, aparelhos hidráulicos, tubos, conexões e equipamentos na distribuição de água em uma edificação aos pontos de utilização (BOTELHO, 2014). A rede predial hidráulica de água fria é composta por rede de alimentação e rede de distribuição. A rede hidráulica de alimentação compreende: ramal predial, tubulação situada entre a rede pública de abastecimento e a instalação predial; alimentação predial, canalização situada entre o ramal predial e a primeira derivação; tubulação de sucção (no caso de funcionamento de sistema de bombeamento), canalização situada entre o ponto de tomada no reservatório inferior e o orifício de entrada da bomba; coluna de alimentação, tubulação vertical que conduz a água ao reservatório superior. A rede hidráulica de distribuição compreende: barrilete, tubulação que sai do reservatório superior e do qual partem as colunas de distribuição; coluna de distribuição, canalização que se origina no barrilete e alimenta os ramais; ramal, tubo originado da coluna de distribuição que alimenta os sub-ramais; sub-ramal, canalização que conecta o ramal à peça de utilização. (CREDER, 2005). 
Conforme Ramos (2010), os tipos de sistema de abastecimento dependem do nível de pressão da água disponibilizado pela rede de abastecimento público e da quantidade de pavimentos do prédio a ser abastecido, com a inclusão do piso térreo. O sistema de abastecimento direto apresenta uma disponibilização de água permanente por parte da concessionária, sem interrupções, contínua, com pressão suficiente e adequada à boa funcionalidade da instalação, dispensando o uso de reservatório. O sistema de abastecimento indireto, sem bombeamento, se caracteriza quando a pressão da rede pública é suficiente, mas sem continuidade, necessitando do uso de reservatório superior para que a distribuição seja feita por gravidade, descendente. É usual em residências de até 2 pavimentos O sistema de distribuição indireta, com bombeamento, se configura quando a pressão é insuficiente e existe a descontinuidade, necessitando de reservatório superior, distribuição descendente, e de sistema de bombeamento, usual em grandes edifícios.
Segundo Creder (2005), o processo de cálculo do dimensionamento das canalizações do sistema hidráulico são baseadas na Norma de Instalações Prediais de Água Fria NB92/80, NBR 5626, a qual estabelece as exigências técnicas mínimas quanto economia, conforto, segurança e higiene que devem ser garantidas na instalação. Na elaboração dos projetos de instalações hidráulicas, o projetista deve estudar as relações entre os ambientes que compõem a edificação, a fim de garantir abastecimento nos pontos de consumo dentro da melhor economia e técnica. Em geral, um projeto completo de instalações hidráulicas precisa ser composto por: desenhos arquitetônicos (plantas completas de arquitetura), memoriais descritivos e de cálculo, justificativas técnicas, especificações do material empregado e orçamento. Deve-se também ter uma conversa com o arquiteto e com o projetista estrutural, a fim de se conseguir a solução mais estética dentro da melhor economia e técnica. A localização das caixas d`água, a rede de abastecimento do prédio, das bombas e dos diversos pontos de consumo devem ser esclarecidos e locados de forma correta. 
Conforme NBR 5626 (1996), as instalações de água fria devem ser elaboradas e compostas de modo a promover o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade suficiente, com pressões adequadas ao perfeito funcionamento dos aparelhos hidráulicos e dos sistemas de canalizações, conservar energicamente a quantidade de água do sistema de abastecimento e manter o máximo conforto dos usuários, incluindo-se a diminuição de ruídos. A NBR 5626 fornece recomendações e diretrizes que norteiam o projeto de instalação predial de água fria, além de orientar a execução e manutenção da instalação. As exigências e recomendações que ela estabelece tem como base o respeito aos princípios de bom desempenho da instalação e da garantia de potabilidade da água no caso de instalação de água potável. Os projetistas, instaladores, concessionárias, usuários e fabricantes devem seguir rigorosamente as suas recomendações e exigências.
Conforme Botelho (2014), para a elaboração da instalação hidráulica, o entendimento do projeto arquitetônico é indispensável para estudar a interdependência das várias partes constituintes do conjunto, almejando o abastecimento nos pontos de consumo a fim de se alcançar a solução esteticamente mais adequada dentro da melhor economia e técnica.
Segundo Creder (2005), para o dimensionamento das tubulações de uma rede hidráulica, pode-se usar alguns métodos, dentre esses métodos, os mais utilizados são o “Método Capacidade de Descarga dos tubos” e o “Método das Seções Equivalentes”.
Segundo Creder (2005), o “Método Capacidade de Descarga dos tubos” ou “Soma dos Pesos” se baseia na adoção do critério do Consumo Máximo Provável que consiste na utilização das vazões e pesos das peças de utilização (valor numérico relativo à vazão de cada aparelho hidráulico), aplicação da seguinte equação:
Equação 2.1
onde “Q” é a vazão em l/s, “C” coeficiente de descarga igual a 0,3 e utilização de ábacos. O “Método das Seções Equivalentes” se baseia no critério do Consumo máximo Possível, em que é recomendado nos casos em que o critério do consumo máximo provável requer análise de quais peças seriam utilizadas ao mesmo tempo. O Método das Seções Equivalentes considera que todos os aparelhos da rede hidráulica estejam sendo usados ao mesmo tempo e os diâmetros das canalizações são referenciados pelo tubo de ½”.
Os diâmetros dos tubos de PVC soldáveis se caracterizam por terem denominação comercial de acordo com o diâmetro externo em milímetros. Já os diâmetros dos tubos de PVC roscáveis são conhecidos no mercado em polegadas (NASCIMENTO, 2015).
Conforme Botelho (2014), o critério do consumo máximo provável consiste na hipótese de que todos os aparelhos não funcionam ao mesmo tempo. Há uma probabilidade de algumas peças hidráulicas serem utilizadas ao mesmo tempo. Nesta situação ocorrerá um consumo máximo provável. Tal tipo de consumo é o que mais ocorre nas instalações consideradas normais. Ele conduz a diâmetros menores quando comparado ao critério do consumo máximo possível, portanto torna a instalação mais econômica.
Todos os períodos e intervalos de tempo de uso de todos os aparelhos foram mensurados por Hunter. A partir disso estabeleceu-se pesos relativos representados no Quadro 1 para cada aparelho. Ao utilizar os pesos relativos dos aparelhos, calcula-se a tubulação de uma maneira muito mais realista, não superdimensionando a canalização da rede de distribuição (BOTELHO, 2014).
Quadro 1 Pesos e vazões dos aparelhos sanitários
Fonte: Autor (2016)
Segundo Creder (2005), quando se considera que todos os aparelhos da residência estão funcionando ao mesmo tempo, soma-se as vazões de todas peças de utilização. Tal fato não é verdade e ao fazer isso, há superdimensionamento da tubulação, pois os aparelhos são utilizados durante períodos de tempo diferentes e em intervalos de tempo diferentes.
Segundo Creder (2005), o critério do consumo máximo possível consiste na hipótese do uso concomitante de todas as peças de utilização instaladas. O uso
ao mesmo tempo de todas os aparelhos sanitários instalados dificilmente acontecerá em instalações consideradas normais. O uso simultâneo das peças de utilização do sistema acontecerá em redes hidráulicas onde o regime de uso determina esta ocorrência, como colégios, indústrias, quartéis, quadras de esporte, em que no final das atividades, do turno, da instrução, do jogo etc. todas os aparelhos hidráulicos possam estar em uso simultâneo.
Inúmeras vezes, ao se verificar as pressões no final do dimensionamento, percebe-se pressão insuficiente em uma ou mais peças de utilização. A pressão dinâmica disponível nos pontos de utilização está relacionada a perdas de carga dos trechos da tubulação que chega na conexão da peça e à diferença entre a altura geométrica da tomada d´água (pressão estática). Calcula-se a pressão disponível através da fórmula:
Equação 2.2
onde “P” é a pressão disponível , “hg” é a pressão estática relativa ao desnível vertical entre os tubos e “hp” é o somatório da perda de carga devido ao comprimento da tubulação e das perdas localizadas nas conexões (ALTOQI, 2015). 
Segundo Creder (2005), pressão dinâmica significa que a água está em movimento, escoando, há o consumo. Pressão estática significa que a água está em equilíbrio estático, parada, não há consumo.
Pressão dinâmica mínima nos pontos de consumo: vaso sanitário com caixa de descarga (0,5 mca); vaso sanitário com válvula de descarga:1,5 mca (mca = metro coluna d`água); demais aparelhos: 1 mca.
Assim as pressões nos pontos de consumo devem atender essas condições para que os aparelhos hidráulicos funcionem adequadamente. Além dessas condições, a pressão dinâmica, em qualquer ponto da tubulação, deve ser igual ou maior que 0,5 mca e a pressão estática não pode ultrapassar a magnitude de 40 mca.
Os pontos de consumo mais críticos e que devem receber atenção maior, são os pontos que apresentam pressão disponível relativamente grande e o chuveiro. O chuveiro, em geral, apresenta um desnível negativo (elevação da tubulação), trecho em que a água precisa subir, perdendo carga de maneira considerável (BOTELHO, 2014).
O dimensionamento da instalação hidráulica tem como principal objetivo obter os diâmetros de cada trecho da tubulação. Cada diâmetro calculado deve ser compatível com pressões e velocidades dentro dos limites estabelecidos pela NBR 5626 (BOTELHO, 2014).
Os dois critérios de dimensionamento apresentam, quando aplicados de forma correta, no final, uma instalação hidráulica efetiva com aspectos funcionais adequados atendendo as necessidades de seus usuários. Assim, do ponto de vista do cliente, tanto faz o projetista aplicar um ou outro, pois os dois apresentam uma instalação com um comportamento funcional desejado. O cliente se preocupa com um produto que ofereça qualidade e um preço bom (BOTELHO, 2014).
A instalação sanitária deve ser totalmente segregada e protegida a fim de que não se contamine o padrão de potabilidade da água da rede hidráulica; tanto a instalação hidráulica quanto a instalação sanitária devem sempre não ter contato com a instalação elétrica para que não se tenha graves acidentes. O cálculo dos diâmetros dos tubos hidráulicos do projeto de instalações hidráulicas é baseado no consumo de água total estimado da edificação, nas vazões, nos volumes e na forma de abastecimento e distribuição da água, levando sempre em consideração o uso racional da água. O planeta passa por uma acentuada de crise de falta de água, isso faz com que haja a necessidade de se projetar um sistema para captar e reusar água a fim de diminuir os efeitos deste problema. As instalações hidrossanitárias as quais constituem uma edificação são concebidas e calculadas de acordo com o projeto arquitetônico elaborado por engenheiro civil ou arquiteto. Assim as instalações hidrossanitárias têm seus traçados de canos de ventilação, tubos de quedas, ramais, sub-ramais etc, estabelecidos previamente pelas condições arquitetônicas da obra. O projetista deve sempre adotar as melhores opções de traçado, atender o que o cliente deseja, adequar-se às normas, fazer adequações em relação aos demais projetos, ter análise crítica do cálculo dos tubos para que se tenha um melhor controle da garantia de qualidade do projeto e que facilite a execução da obra. As instalações hidrossanitárias sempre precisam passar por um processo de compatibilização com o projeto estrutural, para que o engenheiro ou arquiteto calculista juntamente com o projetista hidrossanitário possam verificar as melhores posições para rasgos e furos em alvenarias, lajes e vigas, para que a segurança da estrutura e o funcionamento dela não sejam prejudicados. Essas questões passam a ter impactos mais relevantes quando há canalizações de grandes diâmetros (NASCIMENTO, 2015).
O uso de sifões invertidos, secções de tubos na forma de “u” invertido, localizados, por exemplo, ao redor de esquadrias, é um problema bastante comum nas instalações. Esse problema acarreta numa situação crítica, uma vez que atrapalha o escoamento do ar. Isso provoca a diminuição da seção do tubo prejudicando a vazão do sistema hidráulico. Para eliminar o sifão invertido, é preciso que toda a canalização de distribuição hidráulica seja disposta considerando uma declividade pequena. Caso não se consiga se livrar do sifão invertido, a NBR 5626 determina que sejam implementados, na parte mais elevada do tubo que origina o sifão, peças e instrumentos que eliminem o ar (SILVA, 2015).
 Sempre é necessário prestar atenção para que não ocorra interligação entre água potável da rede hidráulica e não potável do esgoto ou outro sistema. Assim o projeto hidráulico-sanitário jamais poderá ter conexão cruzada, como a interligação entre tubos da rede hidráulica e de sistemas de reaproveitamento de água da chuva, pois a água da chuva é considerada não potável. Com isso, o projeto hidráulico tem de estabelecer separação total entre esses sistemas distinto. Em edificações que reaproveitam a água da chuva, é preciso que se tenha identificação dos pontos de consumo com água da chuva, além de identificar também o reservatório que armazena essa água não potável (SILVA, 2015).
O tipo de tomada d`água do tipo normal se diferencia do tipo tomada d`água de borda, examente por se situar na lateral do reservatório. Já a tomada d`água do tipo de borda está situada ao fundo do reservatório. Neste último caso, haveria de se deixar o barrilete acima alguns centímetros do fundo da caixa para evitar que se use água contaminada pelos depósitos que vão sedimentando no fundo da caixa (NASCIMENTO, 2015).
No dimensionamento da tubulação hidráulica um aspecto muito importante de se observar expresso na norma é que a velocidade de escoamento da água dentro da tubulação deve ser controlada. A NBR 5626 determina que o cálculo da tubulação deve ser realizado considerando velocidades menores que 3 m/s. À medida em que o diâmetro é maior, a velocidade de escoamento da água também é maior, assim maior a perda de carga nos trechos da tubulação. Uma velocidade considerada alta pode acarretar em perda de carga e ruídos desagradáveis. Também é necessário ter muito cuidado com o Golpe de Aríete o qual pode promover danos sérios à tubulação quanto as peças de utilização são fechadas de forma brusca (SILVA,2015).
Conforme Silva et al. (2013), para se reduzir os riscos de desperdício de água, vazamento de água com subdimensionamento e superdimensionamentos das tubulações que possam gerar manifestações patológicas, é necessário ter o domínio pleno sobre as ferramentas de confecção de projeto que se usa e o que se espera adquirir com o seu uso. O profissional precisa saber todas as etapas do projeto em desenvolvimento, para que, caso apareçam valores errados ou equivocados, ele possa perceber, identificá-los e posteriormente realizar as retificações cabíveis.
Segundo Ormond (2013), o uso de softwares de projeto como ferramentas computacionais auxiliares nos dimensionamentos podem gerar valores incoerentes ao cálculo processado e precisam passar por uma avaliação criteriosa
do projetista. O uso inadequado dessa tecnologia pode gerar casos severos de patologias.
O aparecimento de manifestações patológicas da construção é uma evidência de problemas percebidos em uma edificação, gerando um desconforto psicológico ao cliente quanto ao desempenho da edificação com o passar do tempo. Tal preocupação dos clientes, todavia, não eram levados em consideração em estudos sistemáticos das causas, ficando limitado aos problemas mais recorrentes, geralmente problemas nos elementos estruturais de concreto armado, aço e madeira. (LICHTENSTEIN, 1986). Estudos feitos no continente europeu apontam que as principais causas das manifestações patológicas são: execução errada, falhas na fase de projeto e aplicação de materiais de má qualidade. Na fase de elaboração de projetos, destaca-se a ausência de comunicação entre os projetistas e a falta de adequação entre os projetos. Precisa-se investir um tempo maior na fase de concepção na elaboração do empreendimento (GNIPPER, 2007).
Baseando-se no desenvolvimento nos métodos construtivos e nas formas de concepção de projeto, destaca-se a relevância de se considerar ao máximo o tempo gasto no momento da concepção, a fim de que se evitem problemas mais na frente nas etapas posteriores, indo atrás, dessa maneira, de uma melhoria contínua na qualidade, além da redução de tempo e materiais empregados. Quando as fases do projeto avançam, reduzida é a capacidade de antecipação dos problemas no canteiro de obras, uma vez que alguns problemas e incompatibilidades serão detectados somente no decorrer da construção. Logo, a necessidade de retrabalho do ponto de vista construtivo quanto em relação ao projeto proporcionará um produto menos competitivo junto ao mercado, por causa da elevação do custo e do tempo de produção. Estudos mais detalhados nas fases de início do projeto tendem a acarretar maior lucro ao empreendimento (ÁVILA, 2011).
As instalações prediais hidráulico-sanitárias não envolvem riscos diretamente a vida e a saúde dos usuários da edificação e apresenta um percentual de 4 e 15% dos gastos de construção em uma obra, sendo assim negligenciados e pouco analisados causando desconfortos, aborrecimentos aos proprietários. Para que escolhas tomadas na fase de elaboração de projeto impactem numa menor proporção nos custos da obra e na sua qualidade, os usuários, projetistas e construtoras têm de abordar com mais atenção a concepção inicial da edificação considerando as principais causas de problemas. Os principais problemas verificados em sistemas prediais são originados por erros de dimensionamento, ausência de detalhamento dos pontos críticos e construtivos, de ausência de detalhamento dos materiais empregados, equivocada especificação de materiais e na concepção da edificação (WONG, 2002).
A ausência da racionalização na fase de concepção acarreta em retrabalhos, tempos de espera, superdimensionamentos ligados a aspectos relativos ao projeto, dados imprecisos ou errados, aplicação de materiais sem padronização e elevado uso de mão de obra. Pensando-se nisso, é fundamental que se tenha uma atenção especial na fase de elaboração de projetos na indústria da construção civil a fim de se promover melhorias na qualidade das obras (NASCIMENTO, 2015).
No mercado há várias maneiras de se cobrar por um projeto hidráulico-sanitário. A forma mais popular de se cobrar por um projeto entre os profissionais da área é por metro quadrado. Talvez essa seja a forma mais popular de cobrança entre os profissionais da área. Em geral o m² de projeto arquitetônico pode variar entre 30 e 60 reais no mercado. No entanto o profissional deve tomar um grande cuidado que se com esta maneira de cobrança, pois deve levar em consideração grau de complexidade e detalhamento do projeto. É necessário verificar o tipo de obra, se o projeto é de, por exemplo, um consultório, uma residência, um galpão ou um prédio.
Outra maneira de cobrar por projetos é através do cálculo do valor profissional por hora trabalhada, também denominado hora técnica. É complicado informar ao cliente quanto se por cobra por hora trabalhada. Uma opção é prever a quantidade de horas que se gasta na confecção do projeto e estabelecer um pacote com preço final. No início alguns profissionais recém-formados tenham uma certa dificuldade em prever o tempo que se leva para realizar um verto serviço, porém com treino e ganho de experiência é possível definir a quantidade de horas que se leva para fazer os desenhos técnicos, imagens, renderizações, o dimensionamento da rede e a lista de materiais. Além disso é importante levar em consideração os intervalos de tempo gasto com visitas ao local da construção, reuniões, visitas às entidades públicas emissoras de documentação como secretarias, cartórios e prefeituras. Assim o profissional estima as horas reais necessárias gastas desde a reunião inicial, concepção na fase de estudo preliminar e anteprojeto até a entrega do projeto. 
Quando se cobra o projeto hidráulico-sanitário por preço da hora técnica, é recomendável que se tome como base o salário de um profissional empregado, levando em consideração adicionais como 13º salário, férias, FGTS e seguro desemprego, além de incluir multa rescisória no valor de 40% em situação de demissão sem justa causa. O profissional empregado não se preocupa com gastos fixos como depreciação de equipamento manutenção, despesas com impressoras, tintas, conta de água, energia elétrica, telefone, aluguel dentre outros custos. Tais gastos pesam para o profissional autônomo fazendo com que este profissional que esses custos fixos levam à necessidade de se adotar critérios para se cobrar um preço melhor. Além disso ser empreendedor da sua própria carreira tem várias vantagens.
Baseando-se no m², pode-se dizer que os projetos complementares (projetos de engenharia relativos ao projeto arquitetônico), em geral, são cobrados em relação ao preço do projeto arquitetônico: projeto estrutural é 60% do valor do Arquitetônico e demais projetos (combate a incêndio, hidrossanitário e elétrico) se cobra 50% do valor do projeto arquitetônico. 
Uma parte dos profissionais costuma cobrar o projeto hidrossanitário por uma porcentagem do preço final da obra. Para se ter o preço final da obra, calcula-se o valor do CUB/m² e é preciso saber o valor do CUB (Custo Unitário Básico) vigente no mês na região onde se atua, uma vez que ele passa por modificações. 
1.2 O Uso de Ferramentas Computacionais na Engenharia Civil
As mudanças tecnológicas e inovações no mercado do Brasil acontecem de forma muito rápida, devido sua dinamicidade acarretando num novo paradigma e numa nova tendência que tem como finalidade elaborar modernas e novas tecnologias de informação baseadas na microeletrônica. Este novo padrão pode exibir alterações técnicas significativas, perceptíveis por impactar a economia de todo o planeta as quais são consideradas fundamentais a todas as nações com grau elevado de transações comerciais internas e externas (MARASCHIN, 2006).
Segundo Nascimento e Santos (2003), a construção civil está ligada diretamente ao desenvolvimento social e econômico do Brasil tendo uma parcela significativa no pagamento dos salários aos trabalhadores da economia do país. Ela é um dos segmentos mais antigos e conservadores da indústria no âmbito nacional e internacional. Com o surgimento de um mercado mais globalizado e competitivo, as empresas tiveram a necessidade de otimizar suas atividades, onde passaram a utilizar o capital intelectual e inovações tecnológicas a fim de tomarem decisões corretas, no tempo certo, mais rápidas e objetivas.
Conforme Ruschel (2013), o desenvolvimento da sociedade exigiu que novas tecnologias fossem aprimoradas para atender as necessidades sociais. A construção civil se evidencia nesse contexto, que no passado permitiu a construção de obras faraônicas, cidades, pontes, prédios etc. Nos últimos anos o setor teve um salto significativo em relação aos avanços tecnológicos conseguidos pelo homem, devido a inserção da informática na sua parte produtiva
na utilização de programas para cálculos intrínsecos à vida do engenheiro civil. Com a popularização dos computadores pessoais (Personal Computers), a engenharia passou por uma grande transformação, pois programas mais avançados capazes de realizar cálculos mais complexos foram elaborados. Isso melhorou o desempenho das Organizações e empresas do ramo da construção civil através do aprimoramento de aspectos de qualidade, rapidez de execução e confiabilidade das informações.
O avanço tecnológico é inevitável. Os diversos programas computacionais se evidenciaram no auxílio às pessoas na realização de atividades cotidianas e na área profissional. Com isso, os profissionais se tornaram dependentes destas ferramentas, que geralmente possuem um relativo elevado valor financeiro e rigidez, impossibilitando, em certos casos, de serem adquiridas e modificadas de acordo com interesses de seus usuários, como os softwares comerciais (softwares proprietários) cuja obtenção necessita de um investimento financeiro inicial, ao contrário dos softwares livres que são obtidos gratuitamente (ORMOND, 2013).
 As utilidades dos softwares são muito questionadas, pois cada vez mais profissionais das diversas áreas do conhecimento tornam-se mais dependentes de suportes lógicos. Muito já se foi gasto para retificá-los e melhorá-las confirmando tal dependência. Para o exercício das diversas carreiras profissionais as máquinas cibernéticas representam o lápis e papel utilizados a pouco tempo nas corporações. (RUSCHEL, 2013).
Software proprietário é o oposto de software livre. No software livre se tem a liberdade de usar o programa para qualquer finalidade, de estudá-lo para saber como ele funciona adaptando às suas necessidades, de acessar seu código-fonte, de redistribuir cópias, de aperfeiçoar o programa e liberar seus aperfeiçoamentos para que todos os envolvidos com o software sejam beneficiados. Software livre não está relacionado somente com a gratuidade, mas também com a possibilidade de se modificar o código-fonte proporcionando inovações de acordo com as necessidades dos usuários. Já os softwares proprietários são aqueles em que são proibidas a modificação do código-fonte e a redistribuição. Seu uso só é permitido mediante licença paga (AREAS, 2006).
Antes de o especialista em programação de softwares específicos para determinadas atividades, ele precisa fazer um estudo, em que será realizado um acompanhamento de como a atividade a qual será informatizada é feita, adquirindo assim informações de campo da atividade em estudo. O programa passa por modificações no decorrer de sua utilização. Estes erros podem ser de um procedimento o qual foi trazido em código de máquina executável não havendo peças para a reposição do programa específico ou o erro pode ser do projeto. Para sanar o primeiro erro, baixa-se atualizações disponibilizadas pela empresa fornecedora do programa. Assim, mediante as atualizações, os erros podem ser corrigidos (MARIANO, 2015).
Cada vez mais é necessário e fundamental às empresas e profissionais que querem se destacar e se manter no mercado de forma competitiva, aplicar a informática na elaboração de projetos e atividades em geral de todas as áreas profissionais e do conhecimento, em especial as áreas de tecnologia, a fim de se obter uma qualidade nas obras, maior economia, tanto financeira quanto dos recursos aplicados. A informatização das atividades e dos projetos os tornam mais viáveis, proporciona uma economia de tempo na fase de elaboração do projeto, gerando maior produtividade, além de aumentar o nível de detalhamento, assim como a qualidade desejada ao projeto final. Com isso, a execução passará a ter maior segurança e economia. (KUSTER, 2014). 
O crescimento exponencial da competitividade entre as empresas e a elevação da complexidade nas negociações tornaram crucial todos os detalhes na hora do cliente decidir em efetuar uma compra ou não, optando por produtos com menor preço e de boa qualidade (PRADO et al, 2014). 
O valor atribuído aos produtos pelos clientes de quaisquer empresas, seja ela do setor de produção de bens ou de oferta de serviços, trabalha para oferecer algo ao mercado. Assim, pode-se afirmar que as empresas trabalham não apenas mirando lucros, mas também buscando atender as necessidades dos clientes. Os clientes não compram apenas produtos, eles compram aquilo que lhes pode trazer benefícios. Nesse sentido o cliente almeja aquilo que o produto tem a oferecer. O fracasso ou sucesso de uma empresa está intimamente relacionado ao grau de valor entregue aos clientes. A concepção do valor do ponto de vista do cliente é estabelecida como a relação entre os benefícios os quais ele percebe e os custos totais necessários para a obtenção desse serviço ou produto. Ao ter que optar entre dois produtos semelhantes em qualidade, porém um com o preço menor do que o outro, é muito provável que o cliente opte por aquele com o preço menor. Isso é uma maneira de as empresas diferenciarem seus produtos dos de seus concorrentes. Isso configura a ideia que o cliente tem de obter um produto com qualidade com um preço compensador (PRADO et al, 2014).
Desta maneira o produto tende a satisfazer e atender cada vez mais as expectativas, tanto do ponto de vista dos clientes, quantos do ponto de vista das empresas. Estabelecer o valor a se cobrar por um serviço ou produto é uma das questões mais complicadas para os empreendedores inexperientes. Uma boa parte das pessoas tende a escolher um preço justo para aquilo que se compra: um preço que corresponda ao trabalho e que não assuste os clientes, ainda mais num momento de crise econômica a qual o país passa, onde as taxas de desemprego são cada vez maiores e o poder aquisitivo dos consumidores está diminuindo bastante (PRADO et al, 2014).
Mesmo em obras pequenas e simples, vários documentos que compõem o projeto da edificação são gerados, como os desenhos CAD, que são desenhos assistidos por computador, imagens, memorandos, arranjo físico do canteiro de obras, especificações, memoriais técnicos descritivos e de cálculo somados às Normas Técnicas e Legislações vigentes. Esta quantidade enorme de dados é relacionada e gerenciada de forma dinâmica e otimizada quando são integrados a um sistema informatizado bem elaborado (NASCIMENTO; SANTOS, 2003). A fim de se ter mais economia em investimentos e se obter mais praticidade, os escritórios de engenharia e arquitetura aderiram a softwares acessíveis, mais populares e livres, como os programas de sistemas operacionais conhecidos, Windows e Linux, para a realização de atividades administrativas elementares: programas de correio eletrônico, planilhas eletrônicas, browser para acesso à internet e editores de texto. O uso de ferramentas modernas e eficientes auxiliam os profissionais da Construção Civil a dinamizar a resolução dos problemas do dia-a-dia no Mercado de Trabalho (COELHO; NOVAES, 2005). 
Atualmente há dificuldades, na elaboração de projetos de uma obra, encontrar profissionais que utilizam pranchetas e que façam desenhos manualmente. Mesmo que esses profissionais tenham habilidades manuais para concretizarem seus projetos, eles são obrigados a digitalizar seus projetos por algum meio, por exigências do mercado (RUSCHEL, 2013).
Conforme Mikaldo (2006), várias empresas elaboraram softwares específicos voltados para os projetos de engenharia. São ferramentas computacionais que auxiliam na elaboração dos mais diversos tipos de projetos da construção civil. Na área de projetos estruturais: Alto Qi –Eberick V5 Gold, CYPECAD, CAD/TQS, CAD/TQS EPP, BENTLEY STRUCTURAL, Autodesk – Revit Structure; Na área de projetos de instalações elétricas: Lumine V4, Autoenge – Autopower Professional, CADPROJ Elétrica, Multiplus – PRO-Elétrica, Bentley – Building Electrical Systems; na área de instalações hidráulico-sanitárias: Auto Qi – Hydros V4, Autoenge – Auto Hidro Professional, CADPROJ Hidráulica, CADPROJ Dimensionamento, CADPROJ Incêndio , Multiplus – Pró-Hidráulica.
1.3 O Auxílio de Softwares na Elaboração de
Projetos Hidrossanitários
Jamais um projeto complementar de engenharia de uma edificação é precisamente igual a outro, ainda que haja um padrão de projetos no mercado da construção civil. Todo projeto terá suas características particulares, especificidades estabelecidas por peculiaridades locais de adoção das imposições de mercado da região. Com isso é a geração de características construtivas próprias que acarretará em projetos complementares de várias especialidades necessários para efetuar a obra (ÁVILA, 2011). 
Cada projeto deve oferecer todos os dados técnicos nos vários documentos que o constituem, de maneira a satisfazer os projetistas dos demais projetos da edificação, durante o processo de engenharia de compatibilização, orçamentistas no decorrer da elaboração das etapas de planejamento da obra e levantamento de quantitativos e preços para execução, analistas responsáveis pela aprovação legal em entidades prestadoras de serviços públicos e órgãos fiscalizadores e bombeiros hidráulicos e seus auxiliares na etapa de execução da edificação. Assim cada projeto deve ter um completo delineamento dos sistemas projetados nos desenhos técnicos correspondentes, além de contemplar um detalhamento bem preciso dos sistemas prediais (BOTELHO, 2014).
A corporação AltoQi Tecnologia em Informática S.A., no Brasil produz programas no campo de diversos segmentos da construção civil, seus softwares principais são os suportes lógicos AltoQi Eberick (empregado para cálculos de estruturas em concreto armado), AltoQi Hydros (empregado para cálculo e desenhos técnicos de instalações prediais de gás e instalações hidráulico-sanitários ), AltoQi Lumine (empregado em instalações de cabeamento estruturado, instalações telefônicas e instalações elétricas prediais de baixa tensão) e QiCad (cad 2D para projetos arquitetônicos e de engenharia) ( MARASCHIN, 2006). 
Segundo AltoQi (2015), existem 3 formas de realizar um projeto hidráulico-sanitário: manual, manual com auxílio de ferramentas CAD e planilhas eletrônicas e com softwares especializados em projetos. A primeira maneira é a que mais exige tempo do profissional. Além de ser a mais trabalhosa e a que causa mais transtorno caso seja necessário fazer uma modificação no projeto. Antigamente os projetos eram produzidos em papel vegetal com caneta nanquim. Os cálculos eram feitos com calculadoras. Tal método é anacrônico em meio à competitividade e à necessidade de se elaborar os projetos em intervalos de tempo muito pequenos. A segunda maneira tem como auxílio os programas de desenho com plataforma CAD em que serão feitos todos os desenhos técnicos. O memorial de cálculo é realizado em planilha eletrônica, Excel, em geral. É um processo mais rápido que o primeiro, porém o projetista tem de desenhar todos os desenhos em planta e detalhes. Em caso de alteração, os desenhos terão de ser reeditados e se terá de modificar os valores nas planilhas. Os detalhes e isométricos não são criados automaticamente pelo CAD. Na terceira maneira, o projetista dispõe de uma maior diversidade de opções de cálculo e de criação de desenhos. Dentre os recursos desse processo pode-se elencar: lançamento automático das redes sanitárias, pluviais, de alimentação e hidráulicas em que o projetista irá definir a posição das peças de utilização como vasos, lavatórios e chuveiro e condutos que estão armazenados na biblioteca digital do programa. Em seguida o programa lança as peças pendentes e conexões da rede hidráulica. Cálculo das unidades particulares de tratamento em que sumidouro, tanque séptico, filtros e valas são dimensionadas apenas inserindo os dados necessários como quantidade de pessoas, temperatura período entre as limpezas, dentre outros dados. Cálculo das pressões em que o programa disponibiliza um memorial de cálculo numa tabela, denominada Planilha das pressões, com todas as grandezas envolvidas no dimensionamento como velocidade, perda de carga, vazões e pressão disponível em cada pavimento. 
Conforme Nimy (2014), o Excel é um programa computacional que permite ao seu usuário seja em quaisquer áreas do conhecimento, confeccionar tabelas, gráficos e analisar dados. O ensino de Engenharia não pode mais se limitar apenas à apresentação dos conteúdos teóricos e a uma explanação superficial de como solucionar problemas nos quais o engenheiro é submetido no exercício da profissão. No mercado de trabalho há um elevado grau de competição entre as empresas, onde se exige uma otimização dos recursos humanos, temporais e financeiros. Uma planilha de cálculo eletrônica de um projeto específico, para ser elaborada, necessita de um profissional habilitado com conhecimento na marcha de cálculo que será introduzida na planilha. Excel é um software bastante versátil que otimiza os processos. Nele se pode elaborar símbolos, tabelas, ilustrações, gráficos, minigráficos, filtro, links, textos, layout de páginas, formatação de valores e textos, além de inserir fórmulas e funções (Soma, subtração, divisão, multiplicação, média, máximo, mínimo e fórmulas em geral). Os suportes lógicos aplicados em planilha eletrônica propiciam um estudo e identificação mais dinâmica de resultados em recursos disponíveis, tabelas e representações gráficas que auxiliam os comandos de busca e de operações (COELHO; NOVAES, 2005). De acordo com estudos de Rolim et al. (1998), arquivos em Excel são amplamente aplicados para a confecção de bancos de dados e de apresentações gráficas permitindo a integração com outros softwares.
 Segundo AltoQi (2015), o programa Hydros V4 permite a criação de detalhes hidráulicos (isométricos) e sanitários, a geração de vistas laterais (cortes), esquemas verticais de água e de esgoto, cálculo dos diâmetros das tubulações, verificações de pressões e velocidades nos tubos, além de uma visualização tridimensional completa da tubulação e listas de materiais. O Hydros V4 pode proporcionar aos projetistas uma ferramenta a mais na escolha de um caminho de elaboração de projetos de redes hidráulicas residenciais prediais mais eficazes, a fim de se evitar o superdimensionamento, subdimensionamento de tubulações, desperdício de água e transtornos aos usuários (SILVA, 2015).
Conforme Suzuki (2014), com o Excel, pode-se confeccionar uma marcha de cálculo de dimensionamento de uma rede predial de água fria de acordo com as normas vigentes, permitindo-se fazer alterações nas células da planilha eletrônica de acordo com a subjetividade do engenheiro civil ou profissional responsável pelo projeto.
 Os resultados obtidos através do Excel podem ser diferentes dos resultados apresentados pelo Hydros V4, ou vice-versa, quando no decorrer do dimensionamento, o projetista cometa algum equívoco, mesmo que o dimensionamento seja para a mesma edificação e as normas vigentes seguidas sejam as mesmas. Um dos dois pode apresentar um projeto mais aprimorado, com desempenho melhor. O Hydros V4 é um software comercial de código fechado que não permite que seu usuário faça modificações nas equações que compõem sua marcha de cálculo, além de ser um software cuja licença é fornecida mediante pagamento. (SOUZA, 2011).
De acordo Areas (2006), os softwares particulares são softwares para computadores que são franqueados com direitos exclusivos para o seu elaborador. De acordo com o local de compra e venda do software, este pode ser abrangido por patentes assim como restrições para a sua venda e uso em países estrangeiros. Sua utilização, alteração ou distribuição é proibida, ou requer que se peça autorização, ou é restrito de tal forma que se não possa efetivamente fazê-lo de forma livre.
Conforme AltoqQi (2015), o Hydros V4 é um software privativo, em que o projetista não tem como alterar um item na marcha de cálculo de acordo com um interesse específico dele.
Embora o conteúdo teórico de instalações hidráulico-sanitárias seja complexo, o programa AltoQi Hydros V4 é um programa muito fácil de ser manuseado. Na sua interface gráfica existe uma documentação eletrônica na barra de ferramentas principal para tirar as eventuais
dúvidas do projetista que possam surgir durante a execução do projeto (SILVA, 2007).
O processo de dimensionamento no Hydros V4 consiste na confecção de desenho numa plataforma CAD independente e inserção de informações relativas à instalação. Com base no sentido do fluxo da água e nas conexões, o software ler o projeto e calcula as vazões em todas as tubulações lançadas pelo projetista no desenho efetuado na plataforma CAD independente. O programa apresenta os valores dos diâmetros de todos os tubos evidenciando os tubos com diâmetros inadequados permitindo através do comando “calcular diâmetros” dimensionar os todos os diâmetros e fornecer os resultados corretos de uma só vez ou individualmente (ALTOQI,2015).
Em relação ao dimensionamento das pressões e das perdas de carga, no desenho lançado na plataforma CAD independente na interface gráfica do programa, insere-se as alturas de cada tubo através dos comandos “coordenadas relativas polares” e sua ligação com o reservatório superior (caixa d´água suspensa, em geral) e com o reservatório inferior (cisterna, em geral) o qual está sendo alimentado e toda a trajetória que a água fará de um ponto a outro. Assim o programa calcula pressão disponível da rede hidráulica e calcula as perdas de carga e vazões em todos os pontos da tubulação (ALTOQI, 2015).
A elaboração de um projeto hidráulico-sanitário demanda um intervalo de tempo significativo do profissional para reunir dados, confeccionar desenhos, detalhamentos e, ainda, analisar problemas de incompatibilização com os demais projetos da edificação. Todavia, quem faz projeto sabe que os prazos oferecidos são muito curtos e o mercado está cada vez mais exigente, sendo quase não mais possível oferecer a melhor proposta ao cliente, sem contar com o auxílio de um programa específico que ajude na elaboração do projeto com rapidez (SILVA, 2015).
A elaboração dos detalhamentos como os desenhos das plantas, detalhes isométricos e cortes é uma atividade que demanda um tempo gasto muito elevado do profissional. Com o uso de um programa especializado tudo isso é possível ser automatizado. Basta o projetista aprender e ter domínio dos comandos do programa. Assim o programa realiza de forma automatizada todos os elementos intrínsecos ao projeto hidráulico, além de calcular os tubos automaticamente (SILVA, 2015).
Na obtenção da magnitude final das pressões disponíveis nos pontos de utilização, deve-se considerar as conexões, a rugosidade dos materiais, a altura geométrica (pressão estática disponível), os comprimentos equivalentes das conexões desde o ponto inicial situado, geralmente, no reservatório, até as peças de utilização. Com isso, de forma automatizada, as pressões são obtidas em qualquer ponto da tubulação. O programa faz a verificação das pressões, podendo assim, identificar os problemas de pressões que ultrapassem os limites estabelecidos e pressões insuficientes nos pontos de consumo (SILVA, 2015).
Ao final da elaboração do projeto hidráulico, é preciso dispor todos os desenhos técnicos que foram desenhados nas suas respectivas pranchas para que possam ser plotados e entregues a quem de direito. Uma grande vantagem de se utilizar um programa especializado é que o mesmo faz toda essa organização, inserindo nas pranchas todos os elementos do projeto já com as escalas devidamente aplicadas e a numeração da ordem delas (SILVA, 2015).
A lista de materiais também é parte constituinte de um projeto hidráulico e não é tão simples de ser produzida. Todos os itens da lista de materiais devem ser elencados e contabilizados para a elaboração do orçamento, planejamento e execução da obra. A contabilização e listagem de peças básicas pertencentes à lista de materiais, como os tês, joelhos e varas de cano, parecem ser simples, mas podem dar um trabalho enorme. Ainda existem peças não tão comuns e evidentes que podem ser esquecidas. O Hydros V4 faz todos os dimensionamentos de todas as tubulações e ainda emite a lista de materiais detalhada (SILVA, 2015).
De acordo com Silva (2015) realizar dimensionamentos com os softwares Hydros V4 e Excel a fim de fazer uma analogia entre os seus resultados, pode-se identificar qual o processo que irá proporcionar maior otimização no dimensionamento, maior eficiência, mais economia de água, buscando informações que possam auxiliar o engenheiro hidráulico na escolha de um método de cálculo de uma rede hidráulica mais adequado ao seu perfil, à sua condição financeira e às condições do mercado de trabalho o qual está inserido , evitando-se, com isso, o superdimensionamento de tubulações em edificações residenciais unifamiliares e atrasos na entrega de projetos executivos. 
 METODOLOGIA
1.4 Características da Pesquisa
Esta pesquisa é uma pesquisa quantitativa e se baseou em informações numéricas relativas aos valores obtidos das grandezas intrínsecas ao dimensionamento de tubulações de uma instalação hidráulica de água fria como pressões, perdas de carga, velocidades, vazões e diâmetros e quantitativos relativos a orçamento.
Foi feito um de estudo de uma instalação hidráulica de uma residência unifamiliar usando o Excel e o Hydros V4, além de tratar sobre preços de execução de instalações hidráulicas. Trata-se de uma pesquisa aplicada cujos resultados poderão servir de material teórico de consulta para os projetistas da área de instalações hidráulicas e aplicados na elaboração de projetos de instalações hidráulicas em obras residenciais.
Esta é uma pesquisa descritiva, em que o assunto já é conhecido e sua contribuição consiste em fornecer uma nova visão sobre a realidade já existente, através da comparação entre duas formas de dimensionar uma rede hidráulica de água fria.
Nesta pesquisa foi feita uma analogia entre dois métodos de cálculo de uma instalação hidráulica de água fria, um feito com um método de cálculo denominado Soma dos Pesos e o outro Seções Equivalentes, ambos por procedimentos manuais em planilhas do Excel em conjunto com o Hydros V4, com a manipulação das variáveis, em uma residência de baixo padrão, sendo assim um experimento e um estudo de caso.
Os dados foram coletados num único intervalo de tempo através da obtenção dos valores das pressões, perdas de carga, vazões, diâmetros, velocidades das tabelas da planilha eletrônica do Excel e do memorial de cálculo gerado pelo Hydros V4, quantitativos e preços (no SINAPI, ENGECOPI E J.MONTE CENTER) relativos ao orçamento.
Esta pesquisa não foi realizada com pessoas, não apresentou nenhum risco psicológico, físico, profissional, financeiro, cultural, espiritual e social aos moradores da residência analisada nem à empresa de Arquitetura que forneceu o projeto arquitetônico. Ela proporciona um recurso teórico que sugere uma forma de elaboração de projeto que poderá resultar num desempenho econômico melhor, além de auxiliar o engenheiro ou arquiteto a escolher um modo de elaboração de projeto que leve a um dimensionamento correto, otimizado, com pressões, vazões, velocidades e perdas de carga nas tubulações dentro dos limites impostos pelas normas vigentes de tal forma que venha a reduzir a possibilidade de eventuais contratempos, como vazamentos, entupimentos e barulhos nas tubulações, garantindo, assim, conforto, higiene, continuidade no abastecimento de água e segurança aos moradores e com um custo compatível com o poder aquisitivo de pessoas de baixa renda.
1.5 Estudo de Caso
Para se fazer o estudo comparativo entre os métodos Seções Equivalentes e Soma dos pesos, precisou-se de uma instalação cujas características eram: instalação hidráulica pequena e considerada normal. A instalação hidráulica de uma casa popular é considerada normal e pequena.
Com isso, escolheu-se a residência de padrão baixo localizada na rua XIII, quadra F, 6926, Loteamento Portal da Esperança, Bairro Aroeiras, Teresina –PI, já que ela tinha uma área construída pequena de 41,5 m², e consequentemente uma instalação hidráulica com uma tubulação relativamente pequena e considerada normal (residencial).
Figura 3.1 Planta baixa da residência
Fonte: Arquiteta Laline Mendes (2015)
A residência possui um 1 quarto, 1 sala\cozinha, 1 banheiro social e uma lavanderia. As peças hidráulicas da residência são: lavatório, vaso sanitário com caixa de descarga, ducha higiênica e chuveiro localizados no banheiro; pia de cozinha situada na cozinha e máquina de lavar roupa localizada na área de serviço, como observado na Figura 3.1.
1.6 Dimensionamento no Excel
1.6.1 Critério do consumo máximo provável
Inicialmente foi feita uma análise e leitura da arquitetura da residência para se escolher o melhor lançamento do traçado da rede hidráulica. Procurou-se escolher um traçado dentro da melhor técnica e economia. 
Todos os dados necessários ao lançamento da tubulação da rede hidráulica foram coletados a partir de todos os desenhos técnicos da edificação (plantas baixas, cortes, detalhes, layout) e um levantamento dos dados referentes ao tipo de abastecimento de água fornecido pela concessionária local.
Fez-se a distribuição de água partindo de um reservatório de armazenamento superior. Arbitrou-se a altura da caixa d`água em 1,33 metros em relação ao piso, estabelecendo, assim, uma pressão estática de 1,33 mca para o sistema hidráulico.
Escolheu-se um tubo vertical partindo do reservatório (tomada d`água). Com isso a pressão disponível no tubo é maior que 0,1 mca, atendendo a recomendação de se ter a pressão disponível inicial maior que 0,1 mca.
A tomada d`água é do tipo normal e se situa a 3 centímetros acima do fundo do reservatório a fim de se evitar que o sistema absorva as sujeiras depositadas por sedimentação no fundo da caixa d`água. 
Definiram-se colunas hidráulicas das quais se derivaram os ramais. Dos ramais derivaram-se os sub-ramais.
Figura 3.2 Planta baixa do traçado da tubulação hidráulica
Fonte: Autor (2016)
O traçado, a configuração espacial da instalação e os comprimentos dos tubos referentes ao critério do consumo máximo provável foram projetados de forma idêntica ao projeto do critério do consumo máximo possível, assim como todas as peças e conexões. A Figura 3.2 mostra visualização em planta baixa do traçado. 
Foi escolhido o material PVC rígido soldável para lançar a tubulação por ser o mais usual e convencional nas instalações hidráulicas de água fria em Teresina-PI.
A representação gráfica dos traçados (desenhos técnicos) foram lançados na plataforma CAD do Hydros V4. Na plataforma CAD do Hydros V4 foi desenhada toda a tubulação da rede hidráulica, gerando dados como comprimentos dos trechos das tubulações da rede hidráulica de água fria, a partir das seguintes etapas: lançamento das colunas hidráulicas (água fria); lançamento do barrilete, ramais e sub-ramais; locação do reservatório; definição das peças de utilização; definição de todas as peças do sistema (conexões); verificação de fluxo e lançamento dos registros.
A caixa d´água elevada foi posicionada, segundo critérios subjetivos do autor. Optou-se por alocar a caixa dá água o mais próximo possível do banheiro, a fim de se obter os menores comprimentos de tubulação até o chuveiro que é o ponto mais crítico da instalação e com a maior probabilidade de apresentar insuficiência de pressão.
Figura 3.3 Ambiente CAD do Hydros
Fonte: Autor (2016)
O projeto arquitetônico digitalizado produzido no Autocad foi importado para o Hydros para servir de referência ao projeto hidráulico, como pode ser observado na Figura 3.3.
O arquivo de arquitetura precisou ser totalmente modificado para ser utilizado no projeto, uma vez que possuía elementos desnecessários ao projeto hidráulico, estava numa escalar inadequada e a uma distância desconhecida da origem da plataforma de desenho do Hydros.
A atividade de preparação do arquivo para que ele pudesse ser utilizado no Hydros V4 no lançamento da tubulação consistiu nas seguintes etapas: importou-se o arquivo DWG; apagaram-se os elementos que não interessavam ao projeto hidráulico; converteu-se para a escala correta; confirmaram-se todas as medidas; posicionou-se o desenho na origem e se alteraram as propriedades dos elementos para um único nível.
Com a planta de referência importada no Hydros V4 e devidamente preparada, iniciou-se o lançamento da canalização. Após o lançamento da tubulação obteve-se o detalhe isométrico da rede hidráulica, como mostrado na Figura 3.4.
A partir do detalhe isométrico da tubulação, definiram-se os comprimentos de todos os tubos, posicionamento dos aparelhos hidráulicos e de todas as conexões.
A rede hidráulica de distribuição foi dividida em trechos de tubos, onde foram identificados por letras maiúsculas, indicando pontos à montante e à jusante em sequência, sempre tendo como base o sentido do fluxo da água. 
Figura 3.4 Detalhe isométrico da rede hidráulica
Fonte: Autor (2016)
A divisão em trechos da tubulação resultou nos seguintes trechos: AB, BE, EH, EI, IL, IJ, JN, JM, CF, CD e DG:
· Trecho AB: compreendiado entre a tomada d`água e a primeira derivação (tê); distribui água para todo o sistema;
· Trecho BC: compreendido entre a primeira derivação do sistema (tê) e a dericação (tê) que distribui água para a pia de cozinha e máquina de lavar roupa.
· Trecho CD: compreendido entre a dericação (tê) que distribui água para a pia de cozinha e máquina de lavar roupa e início da coluna que alimenta a máquina de lavar roupa.
· Trecho BE: compreendido entre a primeira derivação (tê) do sistema e o início do ramal situado no banheiro que alimenta o lavatório, vaso sanitário, ducha higiênica e chuveiro.
· Trecho CF: compreendido entre a dericação (tê) que distribui água para a pia de cozinha e máquina de lavar roupa e o ponto de consumo da pia da cozinha.
· Trecho DG: compreendido entre início da coluna que alimenta a máquina de lavar roupa e o ponto de consumo da máquina de lavar roupa..
· Techo EH: compreendido entre final da coluna do banheiro e o ponto de consumo do lavatório.
· Trecho EI: compreendido entre final da coluna do banheiro e a derivação (tê) que alimenta o vaso sanitário, ducha higiênica e chuveiro.
· Trecho IJ: compreendido entre a derivação (tê) do início do sub-ramal do vaso sanitário e a derivação do início do sub-ramal da ducha higiênica.
· Trecho IL: trecho referente ao o sub-ramal do vaso sanitário.
· Trecho JM: trecho referente ao o sub-ramal da ducha higiênica.
· Trecho JN: trecho compreendido entre a derivação (tê) do início do sub-ramal da ducha higiênica e o ponto de consumo do chuveiro.
De posse de todos os elementos necessários para o dimensionamento (plantas, isométricos, comprimentos dos tubos, conexões e peças hidráulicas), iniciou-se o dimensionamento.
Todos os tubos da instalação hidráulica da residência foram calculados para funcionarem como condutos forçados. 
Em favor da segurança, o reservatório foi considerado vazio. Assim a pressão no início do primeiro trecho foi considerada igual a zero e as pressões dos outros trechos foram calculadas através da operação que se deu pela soma da pressão à montante com o desnível subtraídos da perda de carga do trecho em análise.
O dimensionamento baseado no critério do consumo simultâneo máximo provável foi realizado aplicando-se o Método Soma dos Pesos.
Quadro 2 Aparelhos hidráulicos com seus respectivos pesos relativos e vazões
Fonte: Autor (2016)
Para dimensionar uma instalação hidráulica pelo Método Soma dos Pesos, verificam-se os pesos relativos de todos os aparelhos sanitários constituintes da rede hidráulica da residência. O Quadro 2 mostra os pesos relativos das peças hidráulicas presentes na residência.
Para dimensionar um trecho de tubo XY, inicialmente verifica-se o desnível dele: 
trecho descedente é um desnível positivo no qual a água se descola no sentido de cima para baixo favorecendo o escoamento da água; trecho ascendente é um desnível negativo no qual a água se descola no sentido de baixo para cima desfavorecendo o escoamento e o trecho horizontal é um trecho com o mesmo nível.
Figura 3.5 Dimensionamento em planilha de cálculo - método soma dos pesos, parte 1
Fonte: Autor (2016)
Em seguida, somam-se os pesos
das peças hidráulicas que o trecho XY alimenta. 
Com a obtenção do valor do somatório dos pesos das peças hidráulicas a serem alimentadas pelo trecho XY, aplica-se a equação 2.1 e se obtém o valor da vazão provável.
De posse do valor da vazão, inicia-se o pré-dimensionamento que consiste em arbitrar um valor para o diâmetro. O diâmetro adotado é um diâmetro comercial de tubo de PVC soldável. 
Mesmo que os diâmetros de tubos PVC soldáveis sejam conhecidos comercialmente através de seus diâmetros externos, para efeito de dimensionamento utilizam-se os seus diâmetros internos correspondentes.
Figura 3.6 Dimensionamento em planilha de cálculo - método soma dos pesos, parte 2
Fonte: Autor (2016)
Com o diâmetro estabelecido, calcula-se a área da seção transversal do tubo de PVC soldável através da equação:
Equação 3.1
onde r é a metade do diâmetro da seção transversal do tubo adotado.
Com a área da seção transversal do tubo soldável e com a vazão estimada no trecho XY calculadas, calcula-se a velocidade de escoamento da água através da fórmula:
Equação 3.2
onde V é a velocidade em m/s e A a área da seção transversal do tubo. Segundo a NBR 5626, a velocidade de escoamento da água deve ser inferior a 3 m/s. 
A vazão provável (estimada) e o diâmetro interno do tubo soldável do trecho são aplicados na fórmula:
Equação 3.3
 Q em l/s e Di em mm, para se calcular a perda de carga unitária no trecho. Com isso, obtém-se a perda de carga por cada metro de comprimento de tubo.
Da interface gráfica do Hydros V4 se obtém o valor do comprimento do trecho.
Em seguida, elencam-se todas as conexões relacionadas ao trecho e se atribuem os seus respectivos comprimentos equivalentes. O comprimento equivalente total do trecho é a soma desses comprimentos equivalentes. 
Figura 3.7 Dimensionamento em planilha de cálculo - método soma dos pesos, parte 3
Fonte: Autor (2016)
Logo após, soma-se o comprimento equivalente total ao comprimento do trecho e se encontra o comprimento total do trecho XY.
Em seguida, multiplica-se o comprimento total do trecho pelo valor da perda de carga unitária e se calcula a perda de carga total no trecho.
No caso do primeiro trecho da rede de distribuição, tubo que sai do reservatório, a pressão disponível é igual a zero, já que se considera o reservatório vazio (pior caso). 
A pressão dinâmica resultante de cada trecho é a subtração entre a pressão estática disponível e a perda de carga total no trecho. 
Figura 3.8 Dimensionamento em planilha de cálculo - método soma dos pesos, conclusão
Fonte: Autor (2016)
A pressão calculada no ponto Y, ponto final do trecho XY, deve ser superior a 0,5 mca e se o trecho XY é um sub-ramal, a pressão no ponto Y deve ser igual ou maior do que a requerida no ponto de consumo, fato que depende do tipo de aparelho sanitário. 
Nos sub-ramais as pressões dinâmicas disponíveis devem ser:
· Vasos sanitários caixa de descarga: igual ou maior que 0,5 mca;
· Vasos sanitários com válvula de descarga: igual ou maior que 1,5 mca;
· Demais aparelhos: 1 mca.
1.6.2 Critério do consumo máximo possível
O dimensionamento baseado no critério do consumo simultâneo máximo possível foi realizado aplicando-se o método de cálculo das Seções Equivalentes.
Figura 3.9 Seções equivalentes e diâmetros dos sub-ramais dos aparelhos hidráulicos da residência
Fonte: Autor (2016)
 
A Figura 3.9 mostra diâmetros equivalentes e também os diâmetros nominais mínimos dos sub-ramais para as diferentes peças hidráulicas que compõem o sistema.
Os diâmetros dos sub-ramais são obtidos de acordo com a relação de diâmetros mínimos dos sub-ramais.
Para determinar os diâmetros dos trechos dos ramais, colunas e barriletes da rede de distribuição hidráulica, soma-se o número de canos de 20 mm (1/2 polegada) que cada trecho admite. Em seguida, é estabelecido um tubo com diâmetro equivalente a esta soma.
Por exemplo: um tubo da rede hidráulica que alimenta aparelhos sanitários como o chuveiro, a ducha higiênica e o vaso sanitário corresponde a um total de 3 tubos de 1/2 polegada, pois cada um desses aparelhos correspondem a um tubo de 20 mm, conforme mostra a Figura 3.9. Três tubos de 1/2 polegada correspondem a um tubo com diâmetro de 32 mm (1”) com a mesma capacidade, como observado na Figura 3.9. Assim, para esse tubo em dimensionamento, adota-se um diâmetro de 32 mm.
1.7 Dimensionamento no Hydros
1.7.1 Critério do consumo máximo provável
Para atestar o dimensionamento feito por planilhas de cálculo, os diâmetros das tubulações obtidos por planilhas de cálculo foram inseridos no Hydros, a fim de comprovar os cálculos feitos à mão. Ao final foi feita uma comparação dos resultados obtidos pelos procedimentos manuais e pelo Hydros V4 a fim de se garantir o a lisura e efetividade do dimensionamento
Figura 3.10 Janela Dimensionamento do Hydros V4 para o método soma dos pesos
Fonte: Autor (2016)
Inicialmente, fez-se a configuração do programa de acordo com os parâmetros de projeto. Na janela do programa mostrada na Figura 3.10. Configurou-se a perda de carga para Fair – Whipple – Hsaio e marcou-se a opção “utilizar método dos pesos”.
Na janela definiu-se o tipo de rede hidráulica para “água fria” e se escolheu para o material da tubulação o material “PVC rígido soldável”.
Com a tubulação lançada na plataforma CAD do Hydros, cada tubo foi dimensionado bastando apenas clicar em “dimensionar”, como mostra a Figura 3.11.
Figura 3.11 Janela Tubo Hidráilico do Hydros V4
Fonte: Autor (2016)
Ao final do dimensionamento da rede hidráulica no HYDROS, gerou-se uma memória de cálculo que é composta por planilhas de pressão parecidas com a planilha final gerada no cálculo à mão pelo critério do consumo máximo provável. 
As planilhas de pressões apresentadas pelo HYDROS contêm os trechos relativos ao abastecimento do chuveiro e da máquina de lavar roupa, detalhando velocidade de escoamento, vazão, perda de carga, pressão estática inicial, pressão dinâmica e outras grandezas. 
1.7.2 Critério do consumo máximo possível
Figura 3.12 Janela Dimensionamento do Hydros V4 para o método soma seções equivalentes
Fonte: Fonte: Autor (2016)
Para atestar o dimensionamento feito no Excel pelo critério do consumo máximo possível, os diâmetros das tubulações obtidos foram inseridos no Hydros a fim de comprovar os cálculos calculados à mão. 
O dimensionamento da instalação hidráulica pelo critério do consumo máximo possível utilizando o Hydros foi feito de forma análoga ao realizado pelo critério do consumo máximo provável, bastando apenas desmarcar a caixa “utilizar método dos pesos” na janela mostrada na Figura 3.12.
1.8 Elaboração dos Orçamentos
Para realizar o orçamento da instalação hidráulica elaborada pelo critério do consumo simultâneo máximo provável e para o critério do consumo máximo possível, utilizou-se o Hydros V4 para se obter a lista de materiais.
Os preços unitários das peças componentes da instalação foram coletados em duas lojas de material de construção de Teresina: ENGECOPI e J. MONTE CENTER. 
Os preços das horas de trabalho do engenheiro projetista, do bombeiro hidráulico e do auxiliar de bombeiro hidráulico foram coletados no SINAPI. O preço do m² do projeto hidráulico foi baseado no preço do m² do projeto arquitetônico cobrado no mercado local.
Figura 3.13 Parte inicial do orçamento em planilha de cálculo 
Fonte: Autor (2016)
Nas planilhas do Excel, listaram-se os insumos na primeira coluna, a quantidade dos insumos na segunda coluna, a unidade de medida na terceira coluna, o preço unitário na quarta coluna e o custo total na última coluna, como pode ser observado na Figura 3.13.
O custo total de cada insumo se obteve multiplicando a quantidade total de insumo por seu preço unitário. O custo total de cada item foi obtido somando-se todos os custos totais de cada insumo. 
O item 1 é composto pelos aparelhos hidráulicos da instalação. O custo total deste item depende bastante da subjetividade do cliente, uma vez que se pode encontrar no mercado aparelhos sanitários de diferentes preços em função do

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