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ECONOMIAECONOMIAECONOMIAECONOMIA E MERCADO w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 2 COLÉGIO LAPA w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 3 ECONOMIA E MERCADO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 6 2. objetivos .......................................................................................................................... 6 3. NOÇÕES DE ECONOMIA E MERCADOS ....................................................................... 7 3.1. Definição ...................................................................................................................... 7 3.2. Inter-Relacionamento da Economia com os demais Ramos do Conhecimento: ........... 7 3.2.1. Economia e Política: ............................................................................................. 7 3.2.2. Economia e Sociologia: ......................................................................................... 8 3.2.3. Economia e Sociologia Social: .............................................................................. 8 3.2.4. Ligação entre Ciência Econômica e Ciência Jurídica: ........................................... 8 3.2.5. Racionalismo Econômico: ..................................................................................... 8 3.2.6. Ligação entre a Economia e a História: ................................................................. 8 3.2.7. Economia e Antropologia: ..................................................................................... 9 4. O PROCESSO PRODUTIVO............................................................................................ 9 4.1. Conceituação ............................................................................................................... 9 4.2. Objeto da Economia ..................................................................................................... 9 4.2.1. As ciências podem ser classificadas em dois grupos: ........................................... 9 4.2.2. A Economia pertence ao grupo das Ciências Sociais.......................................... 10 4.2.3. Noção de necessidade ........................................................................................ 10 4.2.4. Noção do recurso ................................................................................................ 11 4.3. Atividade Humana e a Luta Contra a Escassez .......................................................... 12 4.3.1. Sua natureza orgânica e psíquica. ...................................................................... 12 4.3.2. Os meios de que dispõe para fazer face às suas necessidades ......................... 12 4.3.3. O tempo .............................................................................................................. 12 4.4. O Problema Econômico ............................................................................................. 13 4.4.1. O que e quanto se deve produzir? ...................................................................... 13 4.4.2. Como produzir? ................................................................................................... 13 4.4.3. Para quem produzir? ........................................................................................... 13 4.5. Síntese ....................................................................................................................... 14 5. DIVISÃO DA ECONOMIA .............................................................................................. 14 5.1. Microeconomia: .......................................................................................................... 14 5.2. Macroeconomia: ......................................................................................................... 14 5.3. Necessidades Humanas ............................................................................................ 14 5.3.1. Necessidades primárias ...................................................................................... 15 5.3.2. Necessidades secundárias ................................................................................. 15 5.4. Bens e Serviços ......................................................................................................... 15 5.4.1. Podem ser classificados: ..................................................................................... 16 w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 4 COLÉGIO LAPA 6. FATORES DE PRODUÇÃO E SEU PAPEL NO SISTEMA ECONÔMICO ..................... 16 6.1. A Produção ................................................................................................................ 16 6.2. Produtividade ............................................................................................................. 16 6.3. Fatores de Produção .................................................................................................. 16 6.3.1. Recursos Naturais ............................................................................................... 17 6.3.2. Trabalho .............................................................................................................. 17 6.3.3. Capital ................................................................................................................. 18 6.3.3.1. Classificação do Capital ............................................................................... 18 7. TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO ....................................................................... 19 7.1. Função da Produção .................................................................................................. 19 7.1.1. Custos de Produção ............................................................................................ 19 7.1.1.1. Conceito: ...................................................................................................... 19 7.1.1.2. Classificação: ............................................................................................... 20 8. QUESTÕES ECONÔMICAS FUNDAMENTAIS ............................................................. 21 8.1. Renda ........................................................................................................................ 21 8.2. Salários ...................................................................................................................... 21 8.3. Lucros ........................................................................................................................ 21 8.4. Renda Nacional .......................................................................................................... 22 8.5. Balanço de Pagamentos ............................................................................................ 22 9. SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL ................................................................... 22 10. SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL ................................................................... 22 10.1. Termos Importantes ................................................................................................ 22 10.2. Teoria e Organização do Comércio Internacional ................................................... 23 10.2.1. A desigualdade de distribuição dos bens e serviços ........................................... 23 10.3. Teoria do Comércio Internacional ........................................................................... 24 10.3.1. Teoria clássica dos custos comparativos ............................................................ 24 10.3.2. Teoria das diferenças estruturais na disposição de recursos .............................. 24 10.3.3 Protecionismo,Nacionalismo, Autonomia Econômica e Livre Cambismo ............... 24 a- Protecionismo ............................................................................................................ 24 b- Nacionalismo.............................................................................................................. 24 c- Autonomia Econômica ............................................................................................... 24 d- Livre-Cambismo ......................................................................................................... 25 10.4 Balança Comercial e Balança de Pagamentos ........................................................... 25 10.5 Câmbio....................................................................................................................... 25 10.6 Liquidez Internacional ................................................................................................ 26 w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 5 ECONOMIA E MERCADO 10.7 Instituições de Comércio Internacional ....................................................................... 26 10.7.3 Mecanismos dos pagamentos internacionais ...................................................... 26 11 FLUXO CIRCULAR DA ATIVIDADE ECONÔMICA ....................................................... 26 12 Síntese do Conteúdo .................................................................................................... 28 13 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 29 14 VERIFIQUE SEUS CONHECIMENTOS ......................................................................... 30 w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 6 COLÉGIO LAPA 1. INTRODUÇÃO Economia pode ser definida como a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às necessidades humanas. Assim, trata-se de uma ciência social, já que objetiva atender às necessidades humanas. Contudo, depende de restrições físicas, provocadas pela escassez de recursos produtivos ou fatores de produção (mão-de-obra, capital, terra, matérias- primas). Esta apostila tem por objetivos compreender os fundamentos do Sistema Econômico e Mercado, debater a extensão dos problemas brasileiros, internacionais, de natureza econômica, estudar as bases da economia brasileira, atual e da economia internacional, enfocando o aspecto da globalização, dos recursos naturais, financeiros para o desenvolvimento sustentável do macro microeconomia do país. Para facilidade no processo de aprendizagem são utilizadas na apostila informações e exemplos relacionados ao comportamento econômico do ser humano no seu dia-a-dia. Portanto, o conteúdo abordado pretende contribuir para um melhor entendimento nos processos de produção, distribuição, comercialização e consumo de bens e serviços e entendimento do verdadeiro conceito e prática da economia e mercado. 2. OBJETIVOS Ao final desta unidade você será capaz de: � Compreender o significado de economia e mercado. � Identificar o inter-relacionamento da economia com os demais ramos do conhecimento. � Analisar e identificar os problemas econômicos. � Caracterizar as funções econômicas fundamentais. � Entender a história da economia. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 7 ECONOMIA E MERCADO 3. NOÇÕES DE ECONOMIA E MERCADOS 3.1. Definição Hoje – mais do que nunca – atenta a esta necessidade de vinculação com outros ramos, a Economia (embora sem perder de vista sua característica de um ramo autônomo do conhecimento humano) está partindo para uma aproximação cada vez maior com as outras ciências sociais, pois o conhecimento econômico exige a interpretação de uma série de ocorrências históricas, políticas, geográficas, antropológicas, sociais, jurídicas e até mesmo religiosas. 3.2. Inter-Relacionamento da Economia com os demais Ramos do Conhecimento: 3.2.1. Economia e Política: � No mundo grego a Economia, a Política e a Moral eram uma única ciência. � No mundo romano: subordinou-se inteiramente à Política. Em uma Economia estável, a Política também o será, e as crises políticas, mostrando que a recíproca é sempre verdadeira, gerarão, fatalmente, crises econômicas. Economia do grego oikonomia de oikos (casa), e nomos (administração). Para os antigos a Economia era apenas uma disciplina confinada à administração doméstica. A economia pode ser definida como: "Ciência que estuda as relações humanas denominadas econômicas avaliáveis em moeda, e tendo por fim um consumo". w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 8 COLÉGIO LAPA 3.2.2. Economia e Sociologia: "A ordem Econômica harmônica é fator importante para que haja ordem social" (Confúcio). � Na Idade Média, as lutas, entre classes eram consequência de interesses econômicos conflitantes. 3.2.3. Economia e Sociologia Social: A Psicologia Social estuda o comportamento do Homem, portanto, liga-se à Economia que estuda a luta empreendida pelo homem para satisfazer as suas necessidades (ilimitadas), utilizando recursos escassos. 3.2.4. Ligação entre Ciência Econômica e Ciência Jurídica: Apelou-se, portanto, para a Ciência Jurídica na solução dos litígios constantes causados pelo que chamamos de Racionalismo Econômico. 3.2.5. Racionalismo Econômico: Comportamento das empresas, desejando a maximização dos lucros e o comportamento dos consumidores do outro, buscando obter a maior quantidade de bens com o mínimo dispêndio. 3.2.6. Ligação entre a Economia e a História: Na compreensão dos economistas historiadores o estudo dos dados históricos, deveria ser aplicado à Economia, assim criou-se a Economia Aplicada. É marcante o conflito permanente entre os agentes da ação econômica em face de seus interesses serem contraditórios. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 9 ECONOMIA E MERCADO 3.2.7. Economia e Antropologia: A Antropologia Cultural estuda as crenças e os costumes e a influência desta cultura na estrutura social. 4. O PROCESSO PRODUTIVO 4.1. Conceituação A conceituação de Economia pode ser entendida a partir de vários autores. Adam Smith: “Economia é uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das Nações". Alfred Marshall: "A Economia... e a ciência da administração dos recursos escassos numa sociedade humana: estuda as formas assumidas pelo comportamento humano na ordenação onerosa do mundo exterior em decorrência da tensão existente entre os desejos ilimitados e os meios limitados dos agentes econômicos". J.PetreiliGastaldi: "... a ciência que trata das leis que governam a produção, a circulação e o consumo das riquezas". Gastaldi conclui que a Economia é, simultaneamente, arte e ciência. Como ciência, procura estabelecer as relações constantes existentes entre os fenômenos econômicos, como arte, visa indicar os meios para promover o bem estar econômico. 4.2. Objeto da Economia 4.2.1. As ciências podem ser classificadas em dois grupos: Ciências Físicas(ciências da Natureza): tratam das relações entre as coisas, entre fenômenos naturais. Ciências Sociais (ciências dos Homens):dizem respeito às ações do homem, às relações entre os homens e as coisas e às relações dos homens entre si. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 10 COLÉGIO LAPA 4.2.2. A Economia pertence ao grupo das Ciências Sociais. Cada uma das ciências sociais exprime apenas um aspecto da realidade social, diversa e complexa. Alfred Marshall caracteriza o aspecto da realidade social, pelo qual se interessa a Economia,da seguinte maneira: O aspecto da realidade social pelo qual se interessa a Economia está ligado à utilização de recursos para atendimento de necessidades humanas. 4.2.3. Noção de necessidade Necessidade: “Desejo de dispor de meio capaz de prevenir ou interromper a sensação penosa, de provocar, conservar ou aumentar a sensação agradável”- Máfia Pantaleoni. "A Economia examina a parte da atividade individual e social essencialmente preocupada em alcançar e utilizar as condições materiais do bem-estar". É marcante o conflito permanente entre os agentes da ação econômica em face de seus interesses serem contraditórios. As necessidades são infinitas e ilimitadas: a quantidade de necessidades sentidas por um indivíduo está sempre variando e nunca são plenamente satisfeitas. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 11 ECONOMIA E MERCADO As necessidades podem ser divididas em: Entendemos por necessidades privadas aquelas que são atendidas pelo mercado e sujeitas ao princípio de exclusão, ou seja, a pessoa, caso não disponha de recursos para adquirir o bem ou serviço que necessita, será excluída do prazer de usufruí-lo. As necessidades sociais são definidas por Musgrave como "aquelas que devem ser satisfeitas através de serviços que precisam ser consumidos por todos em partes iguais. As pessoas que não pagam pelos serviços não podem ser excluídas dos benefícios que deles resultam; e, já que não podem ser excluídas, jamais se disporão a pagar voluntariamente. A noção de necessidade social envolve a noção de consumo conjunto, mas não vice-versa; segurança externa é um exemplo desse tipo de necessidade. Já as necessidades meritórias são entendidas como aquelas que, sujeitas ao princípio de exclusão e podendo ser atendidas pelo mercado, são atendidas também pelo governo, através do orçamento público, dada a importância junto à sociedade. Educação gratuita é um exemplo. Essa classificação de necessidades é importante para o entendimento do papel a ser desempenhado pelo Estado e pelas empresas. 4.2.4. Noção do recurso Recurso: "Qualquer coisa, seja na forma de objetos físicos, ou de serviços humanos, que possa ser usada diretamente, ou através de transformações em outras coisas, para satisfazer nossas necessidades". - Richardson. Ao contrário das necessidades, os recursos são finitos e limitados: sua quantidade (a curto prazo) e suas possibilidades de atender necessidades podem ser avaliadas (escassez). Essa característica dos recursos nos dá a idéia de escassez: os recursos são escassos em relação aos fins a que se destinam (atendimento das necessidades humanas). PRIVADAS SOCIAIS MERITÓRIAS A noção econômica de necessidade é subjetiva: somente o indivíduo pode dizer se ela existe e com que intensidade se manifesta. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 12 COLÉGIO LAPA 4.3. Atividade Humana e a Luta Contra a Escassez Quando os recursos se apresentam escassos, deparamo-nos com o problema de como utilizá-los de maneira a que venham satisfazer mais plenamente as nossas necessidades. Entretanto, não estamos limitados apenas pela escassez dos recursos suscetíveis de satisfazerem nossas necessidades. Segundo Raymond Barre, o homem experimenta ainda, três limitações: 4.3.1. Sua natureza orgânica e psíquica. O homem não pode desfrutar tudo ao mesmo tempo, alguns recursos (certos tipos de alimentos, por exemplo) não podem ser usados pelo homem porque lhe causam indisposição orgânica (em algumas pessoas). 4.3.2. Os meios de que dispõe para fazer face às suas necessidades A aquisição de recursos para o atendimento de nossas necessidades, nos dias atuais, é feita mediante o uso da moeda, e a sua distribuição pelos indivíduos é desigual, limitando a quantidade de recursos que pode ser adquirida. 4.3.3. O tempo A vida é curta; não temos tempo suficiente para atender a todas as necessidades que gostaríamos. Segundo Raymond Barre, estas limitações levam o homem a resolver problemas de escassez e fazer escolhas no tempo: é a luta contra a escassez, que assim se manifesta: inicialmente, os indivíduos experimentam a sensação de pena ou de insatisfação (necessidade), conhecendo, em seguida, os meios possíveis de aliviá-la (recursos); praticam, então, uma série de atos (de produção e/ou de troca), a fim de consegui-los (consumo). 4.4. O Problema Econômico 4.4.1. produzir? � Devemos produzir camisas, alimentos ou tratores, máquinas, etc.? � Devemos produzir uma quantidade maior ou menor do que na vez anterior? 4.4.2. Como produzir? � Quem irá produzir? � Que recursos serão usados na produção? � Que tecnologia deverá ser utilizada? 4.4.3. Para quem produzir? As respostas para estas questões serão fornecidas pelo Mercado e pelas Unidades Produtoras (empresas, principalmente). Quem decide o que, quando e como produzir é o empresário, o mercado responde para quem se destina a produção. Como a produção será distribuída pela Econômico O que e quanto se deve produzir? Devemos produzir camisas, alimentos ou tratores, Devemos produzir uma quantidade maior ou menor do que na vez anterior? Que recursos serão usados na produção? Que tecnologia deverá ser utilizada? Para quem produzir? As respostas para estas questões serão fornecidas pelo Mercado e pelas Unidades Produtoras (empresas, principalmente). Quem decide o que, quando e como produzir é o empresário, o mercado responde para quem se destina a produção. A luta contra a escassez pode ser resumida em três questões fundamentais, que caracterizam o problema econômico, veja a seguir. Como a produção será distribuída pela sociedade? w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 13 ECONOMIA E MERCADO As respostas para estas questões serão fornecidas pelo Mercado e pelas Unidades Produtoras (empresas, principalmente). Quem decide o que, quando e como produzir é o empresário, o mercado responde para quem se destina a produção. A luta contra a escassez pode ser resumida em três questões fundamentais, que caracterizam o w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 14 COLÉGIO LAPA 4.5. Síntese “Esse objeto, aliás, está intimamente ligado à procura de maior normalidade para a ação econômica, fator que muito auxilia a tarefa do desenvolvimento das nações" - J.P.Rossetti. 5. DIVISÃO DA ECONOMIA 5.1. Microeconomia: Trata dos problemas do indivíduo e da empresa dentro do Sistema Econômico. Preocupa-se em estudar o consumidor individual que se dirige ao mercado com uma determinada renda para adquirir bens e serviços, e, também, a maneira como a empresa emprega os fatores de produção para obter o maior lucro possível. 5.2. Macroeconomia: Estuda o conjunto dos consumidores de uma sociedade, assim como o conjunto de empresas desta mesma sociedade. Seu interesse é determinar os fatores que influenciam o nível total de Renda e do Produto do Sistema Econômico. Considera a economia do país no geral. 5.3. Necessidades Humanas Sistema Econômico, reunião dos diversos elementos participantes de bens e serviços que satisfazem as necessidades da sociedade, organizados não só sob o ponto de vista econômico, mas também social, jurídico, etc. A Ciência Econômica está voltada para a atividade social essencialmente preocupada em resolver as questões decorrentes dos desejos ilimitados dos indivíduos e os meios limitados dos agentes econômicos. "A promoção simultânea do progresso e da satisfatória repartição de seus frutos parece consubstanciar o objeto da economia moderna" - J.P.Rossetti. "Vivendo a crise dos anos 30, Keynes deslocou, a partir de então, para a análise das flutuações da atividade econômica, o objeto central da economia. A correção dos ajustamentos e desequilíbrios parece ser, com efeito, apreocupação fundamental das Ciências Econômicas na atualidade. Necessidades primárias Necessidades secundárias w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 15 ECONOMIA E MERCADO 5.3.1. Necessidades primárias Podemos defini-las como sendo aquelas essenciais à sobrevivência humana. São chamadas de necessidades elementares, sendo comuns a todas as pessoas. As principais necessidades primárias são: Imaginemos uma pessoa que fique por longas horas sem comer; há de sentir certamente a falta de alimentos. Verificamos assim que essa pessoa necessita de alimentação. Da mesma forma, o corpo humano não pode ficar longas horas exposto à ação do tempo, seja frio ou calor, mesmo esquecendo-se da imposição social, do uso de roupas adequadas, há de sentir a necessidade do vestuário. 5.3.2. Necessidades secundárias São necessidades que aparecem à medida que o grau de socialização do indivíduo vai se desenvolvendo. Ao contrário das necessidades primárias, elas não se instalam repentinamente, levam algum tempo para que se incorporem aos hábitos. A propaganda é a maior responsável pela inclusão diária de novas necessidades, que embora secundárias, são facilmente incorporadas em nossos hábitos. As necessidades secundárias, também recebem o nome de supérfluas. 5.4. Bens e Serviços Para satisfazer suas necessidades, o homem procura alimentar-se, vestir-se, morar numa casa e utilizar-se de meios de transporte e de produtos de higiene. Alimentação; Vestuário; Habitação; Transporte; Higiene. Observamos também, que o homem precisa de um lugar próprio para morar; um abrigo para si e sua família. Daí a necessidade da habitação. Outro ponto que merece cuidados especiais é com relação à saúde. Portanto, recorremos aos meios que proporcionem a conservação da própria vida. Precisamos das mais variadas formas de higiene, destinadas a manter as boas condições de saúde e bem estar. O uso de alimentos, roupas, casa, condução e transporte constituem consumo. Dessa forma, pelo consumo, o homem obtém a satisfação de suas necessidades. As coisas que satisfazem as nossas necessidades são denominadas bens. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 16 COLÉGIO LAPA 5.4.1. Podem ser classificados: Quanto à raridade: Quanto ao destino: Quanto à natureza: Bens econômicos ou livres: aqueles que existem em abundância na natureza e cuja utilização pelo homem não é controlada (gratuita). Ex.: ar atmosférico, luz solar, etc. Bens de consumo: aqueles prontos para serem consumidos e que sofrem desgaste quando utilizados. Ex.: combustível, remédios, etc. Bens de produção: aqueles empregados para a obtenção de outros bens. Ex.: ferramentas, máquinas, matéria prima utilizada e transformada pelas indústrias. Um mesmo bem, dependendo de seu destino, pode ser de consumo ou de produção. Bens materiais: aqueles que ocupam lugar no espaço. Ex.: lápis, giz, sapato, veículo, etc. Bens imateriais: aqueles que não têm matéria são inatingíveis. Ex.: serviços em geral (comunicações, comércio, financeiros, etc.). 6. FATORES DE PRODUÇÃO E SEU PAPEL NO SISTEMA ECONÔMICO 6.1. A Produção Podemos afirmar que a produção baseia-se no trabalho humano, dirigido ao atendimento da satisfação das necessidades individuais e coletivas Produção é o ato de fazer. Portanto, sob o ponto de vista econômico, produzir, significa criar bens ou serviços. Do ponto de vista de renda, a produção representa um agente produtor de renda: é exatamente da produção que sai toda a distribuição da renda social. � Produção de Bens Econômicos: alimentos, roupas, etc. � Produção de Serviços: transporte, assistência hospitalar, etc. 6.2. Produtividade Já vimos que a produção é o ato de fazer. Portanto, do ponto de vista econômico, produzir significa criar bens ou serviços. Produtividade vai representar o conjunto de todos os bens ou serviços obtidos durante certo período de tempo. Como está ligado diretamente a todos os fatores de produção (natureza, trabalho e capital), o denominado índice de produtividade, atualmente serve de base para o cálculo de reajustes salariais. 6.3. Fatores de Produção A palavra produção significa a criação de bens pelo aproveitamento de materiais que, pela extração, transformação ou manipulação passam a ter uma utilidade. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 17 ECONOMIA E MERCADO Desta forma, na criação de algum bem o homem lança mão dos fatores de produção. 6.3.1. Recursos Naturais A "natureza" constitui-se no primeiro fator de produção. A natureza é o mundo exterior que nos oferece grande quantidade de gêneros alimentícios e matéria prima para a produção de novos bens. Além disso, propicia a utilização de rios, mares, quedas d'água e todos seus recursos. Muitas coisas são encontradas na natureza, totalmente aproveitáveis imediatamente, tais como: frutas, ervas, legumes, etc. 6.3.2. Trabalho Devemos observar, porém, que até essas coisas exigem um esforço para sua obtenção, pois é necessário colher as frutas, cultivar as plantações, etc. Esse esforço constitui o segundo fator de produção, que em termos econômicos recebe o nome de trabalho. Portanto, o trabalho é o esforço físico e/ou mental na obtenção de novos bens econômicos. Assim, quando definimos trabalho queremos nos referir ao trabalho humano e não ao desempenho de uma máquina ou do esforço de animais. População Ativa A parcela da população de um país que trabalha, ou está procurando serviço é a população economicamente ativa. É aquela compreendida numa certa faixa de idade, capaz de produzir alguma coisa útil. As crianças, os velhos e os inválidos não fazem parte da população ativa. Mercado de Trabalho Mercado de trabalho é uma função da população ativa e do nível do desenvolvimento econômico e social de uma região. O mercado de trabalho representa as oportunidades de emprego entre as várias categorias profissionais. Tais fatores classificam-se em: A natureza (terra) , O trabalho e O capital Pleno Emprego O pleno emprego ocorre quando a população ativa de uma nação encontra emprego para se ocupar. Em outras palavras, quando não há desempregados. Economicamente, é interessante que haja pleno emprego, pois o nível de renda aumenta, aumentando com este último o nível de vida e o padrão social, além de promover a produtividade. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 18 COLÉGIO LAPA Elementos do Trabalho O trabalho apresenta-se na população ativa sob múltiplas formas: Trabalho invenção; trabalho de direção, trabalho de organização, trabalho de execução e trabalho de controle. Classificação Econômica do Trabalho Os economistas contemporâneos costumam dividir o trabalho, tendo em vista o planejamento, da seguinte maneira: � Mão de obra altamente classificada � Mão de obra qualificada � Mão de obra semi qualificada � Mão de obra não qualificada Relação: Trabalho/Renda O trabalho gera renda. No entanto a renda, não é somente fruto de trabalho, mas de capital. A riqueza, nas economias capitalistas, se forma, tanto do trabalho, quanto do capital aplicado economicamente. Em tese, nas economias socialistas, a riqueza da população é fruto exclusivamente do trabalho. 6.3.3. Capital "É todo o bem de produzir riquezas, rendas ou utilidades". Fischer definira o capital como “estoque de bens existentes em dado momento, ao passo que a renda seria fluxo de serviços emanado desse estoque durante certo período de tempo". Em termos de economia, denomina-se de capital a todos os bens que não se destinam à imediata satisfação de nossas necessidades, facilitando, porém, a produção de novas utilidades econômicas. Temos como exemplo de capital: máquinas, equipamentos e dinheiro. 6.3.3.1. Classificação do Capital � Capital Circulante é o capital que desaparece,aparentemente quando implantado o processo produtivo. É o capital em movimentação, em rodízio: dinheiro, matéria prima, mercadorias, etc. � Capital Produtivo é o capital econômico. O que gera produção e renda. É o que ativa e sustenta o processo produtivo: os investidos em prédios, na lavoura, em maquinaria, etc. Capital Fixo, os investidos em bens de produção ou uso, podendo participar do processo produtivo, reiteradamente, sem desaparecer ou transformar: edifícios, cercas, máquinas, etc. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 19 ECONOMIA E MERCADO � Capital Imobilizado, os investidos em capital fixo. � Capital Líquido ou Monetário é o capital em forma de dinheiro. � Capital Público ou Privado, quando pertence à empresa privada ou pública. � Capital Financeiro representa ações, títulos, etc. São capitais cedidos a terceiros. Também representam capitais próprios de financiamento. � Capital Mobiliário ou Imobiliário, os aplicados em bens móveis ou imóveis. � Capital Técnico são bens de produção que compõem o ativo fixo das empresas. � Capital Reprodutivo, o que tem a capacidade de produzir utilidades ou bens: capital técnico, capital financeiro, etc. 7. TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO A Teoria da Produção preocupa-se com o lado da oferta do mercado, com os produtos que vão oferecer aos consumidores, os bens e serviços por eles produzidos. A Produção pode ser definida como o processo que combina e transforma os fatores de produção, adquiridos pela empresa, visando a criar bens e serviços que serão oferecidos ao mercado. 7.1. Função da Produção É a relação técnica entre as quantidades empregadas dos fatores de produção e as quantidades produzidas do bem ou do serviço. Na produção, o empresário ao adquirir os fatores de produção, efetua despesas para remuneração ou pagamento destes fatores. Os custos de produção são apurados, pelo cálculo dos gastos dos empresários com os fatores de produção. É a quantidade produzida, multiplicada pelo preço de mercado do bem. Elemento que estimula a atividade empresarial é a diferença entre os custos de produção e a receita do empresário. 7.1.1. Custos de Produção 7.1.1.1. Conceito: "Ao valor monetário, dos fatores utilizados no processo de produção, denominamos custo". - Calmbach. Custos de Produção Receita Lucro w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 20 COLÉGIO LAPA 7.1.1.2. Classificação: Custos fixos Entende-se por custos fixos os encargos que a firma deve arcar, independente do volume de produção; mesmo para uma produção zero, os custos fixos estarão presentes. Ex.: o aluguel do prédio, a taxa mínima de energia, água e telefone, o seguro contra incêndio, etc. Custos variáveis São aquelas empresas que guardam certo tipo de relação com o volume de produção. Se a empresa estiver parada serão iguais a zero. Ex.: imposto sobre a produção, energia, combustíveis, matéria prima, etc. Custo total É a soma de todas as despesas realizadas pela firma para obter a sua produção. É igual ao custo fixo mais o custo variável. Custo médio (ou unitário) É o resultado da divisão dos custos totais pela quantidade produzida. Representa o custo da produção de uma unidade do produto. Os custos médios compreendem: a) Custo fixo médio É calculado dividindo-se o custo fixo total pelas correspondentes quantidades produzidas. b) Custo variável médio É calculado dividindo-se o custo variável total pelas correspondentes quantidades produzidas. c) Custo total médio É calculado dividindo-se o custo total pelas correspondentes quantidades produzidas. d) Custo marginal É o acréscimo ao custo total proveniente da produção de mais uma unidade do produto. É preciso atenção para não confundir o custo marginal com o custo médio (ou unitário); à medida que a produção aumenta o custo fixo médio reduz, por unidade, enquanto que o custo variável médio aumenta por unidade. O custo marginal só contém custo variável. Apenas em um dado nível da produção o custo marginal e o custo médio serão iguais. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 21 ECONOMIA E MERCADO 8. QUESTÕES ECONÔMICAS FUNDAMENTAIS 8.1. Renda A remuneração ao rendimento obtido da Natureza recebe o nome de renda. Trata-se, por exemplo, do pagamento que cabe ao proprietário do solo, no qual, encontramos as minas, as jazidas, quedas d’águas, etc. Comumente, utiliza-se também a denominação aluguel para caracterizar esse rendimento. Portanto, renda ou aluguel é a remuneração aos recursos próprios da Natureza. 8.2. Salários A remuneração prestada ao trabalho recebe o nome genérico de salário. A palavra salário deriva do fato de as antigas civilizações remunerarem as pessoas, pelos serviços prestados com certa quantia de sal, substância de grande importância na época. Portanto, devemos entender o salário como sendo a retribuição que o trabalhador recebe pelos seus serviços. Outros termos são também utilizados para denominar-se o salário, tais como: ordenado, honorário, vencimento, provento, soldo, etc. 8.3. Lucros A remuneração da empresa recebe o nome de lucro. Devemos entender o lucro como sendo a parte que cabe à empresa proveniente de suas atividades (vendas) depois de deduzidas todas suas despesas. A remuneração da empresa está na proporção direta com o risco da atividade empresarial, podendo tanto, constituir-se em lucro, como no caso de ser a organização mal sucedida, em prejuízo. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 22 COLÉGIO LAPA 8.4. Renda Nacional O Estado, através de sua atividade financeira arrecada impostos e taxas para alcançar suas finalidades. Devemos classificar os impostos em duas categorias: Os impostos diretos são aqueles que recaem diretamente sobre a renda do indivíduo, tais como: o imposto de renda na fonte e o imposto sobre serviços (ISS). Os impostos indiretos são pagos pelos indivíduos à medida que sua remuneração vai sendo gasta, tais como: o imposto sobre circulação de mercadoria (ICM) e o imposto sobre produtos industrializados (IPI) Quanto às taxas, somente recaem, sobre os contribuintes que se beneficiam de um determinado serviço público, como por exemplo, a canalização de gás, de água, correios, etc. 8.5. Balanço de Pagamentos 9. SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL 10. SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL Tem seu funcionamento dentro do esquema das taxas flutuantes de câmbio, (que são determinadas no mercado de divisas pela oferta e pela demanda por moedas estrangeiras). 10.1. Termos Importantes Taxa de Câmbio: preço em moeda doméstica de uma unidade de moeda estrangeira. � Impostos diretos; � Impostos indiretos. A partir do momento em que um país começa a comercializar com outros, surge a necessidade de se estabelecer um controle sobre o fluxo de pagamentos e recebimentos, realizados nas relações comerciais internacionais. Para realizar este controle e o de outros fluxos monetários existe o Balanço de Pagamentos, que é o registro contábil de todas as transações de um país com outros, num determinado período de tempo. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 23 ECONOMIA E MERCADO Sistema de Taxa de Câmbio Fixa: sistema em que as moedas domésticas e estrangeiras são fixadas. Sistema de Taxa de Câmbio Flexível: a taxa de câmbio flutua livremente para encontrar seu nível de equilíbrio, na intersecção das curvas de demanda e de oferta do mercado de divisas. Tarifa de Importação: imposto sobre importações. Termos de Troca: razão de intercâmbio comercial ou a taxa à qual uma mercadoria é trocada por outra. Vantagem Comparativa: capacidade de uma nação de produzir uma mercadoria a um custo relativamente baixo ou a um custo de oportunidade mais baixo que o de outra nação. Sistema Monetário Internacional: conjuntode regras que definem o padrão dos pagamentos internacionais. Padrão Ouro: sistema monetário no qual a unidade monetária de cada pais está lastreada em ouro. Foi encerrado em 1973. 10.2. Teoria e Organização do Comércio Internacional 10.2.1. A desigualdade de distribuição dos bens e serviços Os bens econômicos apresentam-se diversamente distribuídos nas várias áreas geoeconômicas do mundo. A desigualdade da distribuição das matérias-primas, das quedas d'água, da constituição do solo, do clima, dos meios de transporte, etc., bem como, as instituições e os Sistemas econômicos, constituem as raízes do comércio internacional. A ciência do marketing representa um recurso para fazer face a essas disparidades econômicas regionais. O comércio internacional tem uma função econômica social assaz importante, pois permite a capilaridade e a integração econômica dos povos, ora colocando excedentes de produção, ora acelerando os processos de produtividade, ora criando divisas. A troca internacional encontra duas razões fundamentais: vantagens de ordem econômica e deficiência interna do produto. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 24 COLÉGIO LAPA 10.3. Teoria do Comércio Internacional São três as teorias que procuram explicar as razões e as vantagens do comércio internacional, a saber. 10.3.1. Teoria clássica dos custos comparativos Esta teoria foi formulada durante a era mercantilista e pré-clássica. O seu pressuposto fundamental assenta-se na melhor vantagem que um país leva sobre o outro, quando comparados os seus custos de produção nacional. Isto significa dizer, que a vantagem da troca internacional está com o país que opera a custos inferiores aos demais. 10.3.2. Teoria das diferenças estruturais na disposição de recursos A teoria foi desenvolvida por Hecksher-Ohlin e, consiste basicamente no seguinte raciocínio: os ganhos do comércio internacional de uma nação para com outra, residem nas diferenças estruturais das disponibilidades de recursos que elas possuem. Segundo a teoria, as diferenças estruturais residem em dois princípios:] � Diferentes dotações de recursos de terra, capital e trabalho; � Diferentes intensidades de recursos necessários à produção de diferentes produtos. 10.3.3 Protecionismo, Nacionalismo, Autonomia Econômica e Livre Cambismo O protecionismo, o nacionalismo e a liberdade econômica, são princípios econômicos internos criados com a finalidade de regular as relações do comércio internacional. a- Protecionismo Sampaio conceitua protecionismo, a ação político-econômica, emanada do Estado, que grava determinadas mercadorias de importação com o fim de favorecer o produto nacional. b- Nacionalismo Nacionalismo é o sentimento político que pugna pelos interesses nacionais e que une o indivíduo com sua nação. c- Autonomia Econômica Pelo preceito da soberania, cada nação é livre para agir independentemente em tudo quanto se refira à sua vida interna. O preceito corresponde, no tratado internacional, ao preceito da liberdade no trato entre os indivíduos. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 25 ECONOMIA E MERCADO d- Livre-Cambismo Entende-se por livre-cambismo a circulação livre de mercadorias entre dois ou mais países. 10.4 Balança Comercial e Balança de Pagamentos Há uma diferença fundamental entre Balança Comercial e a Balança de Pagamentos. A Balança Comercial é o confronto de um país com o Resto do Mundo em termos de valores das exportações e importações de mercadorias, somente. A Balança de Pagamentos é o encontro dos valores das contas de um país para o Resto do Mundo, que, além de incluir os da Balança Comercial, inclui outras: Serviços, Transferências Líquidas, Transferências Correntes, Capitais, erros de omissões, apresentando, ao final de um período, déficit ou superávit. 10.5 Câmbio Em sentido genérico, é o confronto dos valores de todas as contas que possam envolver o relacionamento entre dois países. O câmbio é a expressão do valor de uma moeda em termos de outra. No comércio internacional, um indivíduo exporta uma determinada mercadoria, cujo valor estima na moeda de seu país, vinculada a essa mercadoria um titulo que se denomina letra de câmbio, que na espécie é uma cambial de exportação; e transfere este título a um banco que, como negócio próprio, o vende em moeda de outro país. A teoria cambial tem por objeto o estudo das causas das variações do valor da moeda nacional nas transações internacionais. A determinação do preço do câmbio é estabelecida pela lei da w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 26 COLÉGIO LAPA 10.6 Liquidez Internacional É o acerto em termos de moeda nacional que cada país tem disponível para acertar as transações internacionais que realiza. O sistema atual exige que cada país tenha uma reserva em ouro e moedas estrangeiras depositadas no FMI, para fazer face e servir de garantia à liquidez de suas transações. A liquidez se processa, portanto: 10.7 Instituições de Comércio Internacional Podem ser de representação oficial ou privada. As de representação oficial são: os Agentes Diplomáticos, os Cônsules e os Escritórios Comerciais. As de órgãos privados são: os Bancos, as Câmaras de Comércio e os Mercados Comuns. 10.7.3 Mecanismos dos pagamentos internacionais Os pagamentos internacionais são efetuados mediante utilização de um sistema de compensação de créditos contra débitos, junto às instituições bancárias no Exterior, não havendo, pois, necessidade de remeter moeda estrangeira, como julgam alguns, de um para outro país. 11 FLUXO CIRCULAR DA ATIVIDADE ECONÔMICA Podemos conceituar a circulação da seguinte maneira: Circulação é o fenômeno econômico do encaminhamento dos bens e serviços, da produção para o consumo. Pagamento com ouro depositado no FMI; Pagamento com moeda estrangeira depositada no FMI; Pagamento com moeda própria do seu país w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 27 ECONOMIA E MERCADO Geralmente, os bens materiais, quando entram no campo da circulação, recebem o nome de mercadorias, produtos ou artigos. Assim, simplificando a questão, podemos afirmar que quase todas as mercadorias e serviços que consumimos circulam desde a fonte produtora, isto é, das fábricas, das fazendas, etc., até chegarem às lojas ou armazéns, onde as adquirimos, para satisfação das nossas necessidades. Todavia, cumpre ter em mente dois aspectos da circulação das mercadorias, a saber: Trata-se, em última análise, da movimentação material, pois não é necessário que os bens se desloquem materialmente para que se dê a circulação. É o caso da circulação social, quando se verifica a transferência de propriedade; exemplo: os imóveis, os terrenos, quando vendidos, circulam economicamente falando, porque são transferidos de um a outro proprietário, sem mudarem de lugar. Por outro lado, a circulação real é feita por meio dos transportes, e, neste caso, as mercadorias passam de um lugar para outro. Há, portanto, um deslocamento do ponto A para o ponto B. Circulação Social Circulação Real w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 28 COLÉGIO LAPA Então, quando os bens e serviços passam do produtor para o consumidor, observa-se a realização do ato de troca ou permuta. Ato este originado da impossibilidade de produzirmos tudo o que necessitamos. Sendo a circulação a sucessão ou conjunto de trocas ou permutas, podemos adiantar que isto constitui o ponto principal da circulação. Do ponto de vista da economia global, podemos observar, de um lado, os produtores que oferecem seus bens e serviços (produzidos ao custo dos fatores contratados) e, de outro lado, os consumidores que procuram os bens e serviços (produzidos/adquiridoscom as rendas percebidas pelo fornecimento dos fatores de produção às empresas). 12 SÍNTESE DO CONTEÚDO Chegamos ao final desta unidade, você aprendeu o significado de economia que vem do grego οικονοµία (de οiκος, translit.oikos, 'casa' + νόµος, translit. nomos, 'costume ou lei', ou também 'gerir, administrar': daí "regras da casa" ou "administração doméstica", a qual possui grande importância. Também foi visto que a economia é geralmente dividida em dois grandes ramos: a microeconomia, que estuda os comportamentos individuais, e a macroeconomia que estuda o resultado agregado dos vários comportamentos individuais. Foi abordado a importancia da Ciência Econômica, que está voltada para a atividade social essencialmente preocupada em resolver as questões decorrentes dos desejos ilimitados dos indivíduos e os meios limitados dos agentes econômicos. Contudo, alguns pressupostos devem ser considerados quando da análise acerca do funcionamento eficiente de uma economia de mercado. São eles: a) os agentes econômicos devem ter liberdade de ação, não devendo existir qualquer tipo de coerção por parte de particulares ou de autoridades governamentais, salvo as necessárias regras do jogo; b) os preços vigentes devem necessariamente espelhar o grau relativo de escassez de bens e serviços; c) as trocas realizadas pelos agentes econômicos necessitam ser uma soma positiva; d) os agentes econômicos agem racionalmente, podendo internalizar os ganhos que teriam direito ou externalizar os custos de suas ações sobre terceiros; e) existência de divisibilidade na oferta e demanda por bens e serviços. Conclui-se que de forma simplificada, pode-se dizer que a Economia e Mercado possuem elementos que estudam os comportamentos individuais, do dinheiro no tempo, na história e na vida do ser humano em geral. Buscando também um papel de supervisão, regulação e de correção de falhas de mercado, assumindo um importante papel social de redistribuição de riqueza. Neste panorama global da circulação econômica dos bens e serviços vislumbramos, então, como dissemos anteriormente, o uso das moedas que são oferecidas e aceitas por todos, e cuja quantidade representa, em cada passo, o que chamamos de preços. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 29 ECONOMIA E MERCADO 13 BIBLIOGRAFIA CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO ARAÚJO, João da Silva – Curso Técnico em Transações Imobiliárias – Brasília/DF, Papelaria e Gráfica Ouro Preto. BARBELOS FRIZZO, Alexandre – Financiamentos Imobiliários no Sistema Financeiro de Habitação. BARROS MONTEIRO, Washington – Curso de Direito Civil. BORGES, Alberto de Campos – Prática das Pequenas Construções, Editora Edgard Blucher. CARVALHO, Irene Mello – Introdução à Psicologia das Relações Humanas, Ed. Fundação Getúlio Vargas. CHIAVENATO, Idalberto – Administração de Recursos Humanos, Editora Atlas COFECI – Guia Prático do Corretor de Imóveis. ENGELS, Friedrich – Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado – Civilização Brasileira. IOB – Direito Imobiliário – Cursos de Legislação Empresarial. IPPUC – Código de Edificações. KELLER, Edelwais – Noções de Relações Humanas e Ética, SCIEP. Legislação Básica do BACEN – Resolução 1.511/89. Legislação Básica do BNH – Lei 4.380/64 e Lei 5.762/71 LIMA, Ary Abussafi de – Transações Imobiliárias. LUIZ, Sinclayr e SILVA, César Ribeiro Leite da – Economia e Mercados – Introdução à Economia, Editora Saraiva. LUIZ, Sinclayr – Organização e Técnica Comercial – Introdução à Administração, Editora Saraiva. MEC – Leitura de Desenho Técnico. MONTEIRO, Washington de Barros – Curso de Direito Civil. MONTENEGRO, Gildo – Desenho Arquitetônico, Editora Edgard Blucher. NEUFERT, Ernest – Arte de Projetar em Arquitetura, Editora Gustavo Gili do Brasil. SENAC – Apostila de Transações Imobiliárias. SILVA, Adelphino Teixeira da – Administração e Controle – Editora Atlas. TEIXEIRA, Elias – Manual do Corretor de Imóveis. w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 30 COLÉGIO LAPA 14 VERIFIQUE SEUS CONHECIMENTOS 1. Complete as frases abaixo quanto ao item da síntese do capítulo 2. a) A __________________está voltada para a atividade social essencialmente preocupada em resolver as questões decorrentes dos ________________ilimitados dos indivíduos e os meios ______________dos agentes econômicos. b) "A promoção simultânea do _________________e da satisfatória repartição de seus frutos parece consubstanciar o objeto da ____________________________" c) A _______________dos ajustamentos e desequilíbrios parece ser, com efeito, a ____________________fundamental das Ciências Econômicas na atualidade. 2. Qual das alternativas abaixo não consta uma das principais necessidades primárias: a) Alimentação; b) Habitação; c) Higiene. d) Formação; e) Vestuário; 3. Marque “V” para Verdadeiro e “F” para Falso ( ) Capital Financeiro representa ações, títulos, etc. ( ) Capital Mobilizado, os investidos em capital fixo. ( ) Capital Líquido ou Monetário é o capital em forma de dinheiro. ( ) Capital Mobiliário, os aplicados em bens imóveis. ( ) Capital Produtivo é o capital econômico. O que gera produção e renda. ( ) Capital Público ou Privado, quando pertence à empresa privada ou pública. 4. Assinale a alternativa incorreta quanto ao custo médio a) Custo variável médio: É calculado dividindo-se o custo variável total pelas correspondentes quantidades produzidas. b) Custo total médio: É calculado dividindo-se o custo total pelas correspondentes quantidades produzidas. c) Custo marginal: É o acréscimo ao custo total proveniente da venda de mais uma unidade do produto. d) Custo fixo médio: É calculado dividindo-se o custo fixo total pelas correspondentes quantidades produzidas. 5. Complete a) Para realizar este controle e o de outros fluxos monetários existe o __________________________________que é o registro contábil de todas as transações de um país com outros, num determinado período de tempo. b) Os _______________________________ são pagos pelos indivíduos à medida que sua remuneração vai sendo gasta, tais como: o imposto sobre circulação de mercadoria (ICM) e o imposto sobre produtos industrializados (IPI) w w w .c ol eg io la pa .c om .b r 31 ECONOMIA E MERCADO c) Quanto às ___________________, somente recaem, sobre os contribuintes que se beneficiam de um determinado serviço público, como por exemplo, a canalização de gás, de água, correios, etc. d) Os ____________________________ são aqueles que recaem diretamente sobre a renda do indivíduo, tais como: o imposto de renda na fonte e o imposto sobre serviços (ISS). 6. Assinale a alternativa incorreta: a) A remuneração da empresa recebe o nome de lucro. b) Entende-se por livre-cambismo a circulação livre de pessoas entre dois ou mais países. c) Nacionalismo é o sentimento político que une o indivíduo com sua nação. d) O câmbio é a expressão do valor de uma moeda em termos de outra. e) Salário é a remuneração prestada ao trabalho recebe o nome genérico de salário. 7. Marque “V” para Verdadeiro e “F” para Falsosobre como a liquidez se processa: ( ) Pagamento com ouro depositado no FMI; ( ) Pagamento com moeda própria do seu país. ( ) Pagamento com mercadorias próprias do seu país. ( ) Pagamento cheques de empresas do seu país. ( ) Pagamento com moeda estrangeira depositada no FMI; Respostas: 1) Ciência Econômica, desejos, limitados; progresso, economia moderna; correção; preocupação 2) D 3) V, F, V, F, V, V 4) C 5) Balanço de Pagamentos,impostos indiretos,taxas, impostos diretos – 6) B – 7) V, V, F, F, V
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