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1 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto ACLS BLS (Suporte Básico de Vida) C-A-B-D Ventilação + massagem cardíaca Deve ser iniciado o mais precoce possível Interromper apenas para: Desfibrilar Realizar intubação orotraqueal somente se o médico não estiver conseguindo intubar (para somente por alguns segundos) Infusão de medicamentos em cânula traqueal PCR Parada Cardio Respiratória Interrupção súbita da atividade cardíaca A falência cardiopulmonar aguda torna insuficiente o fluxo sanguíneo para manter a função cerebral Compressões aumenta taxa de sobrevivência Desfibrilação precoce Muda desfecho! O paciente pode iniciar parada cardíaca súbita de 3 formas: Cai inconsciente em apneia mais comum Cai consciente com respiração agônica (Gasping) – não efetiva Parada cardíaca + crise convulsiva crise convulsiva curta seguido por total inconsciência, flacidez e apneia Obs: NÃO HÁ PARADA CARDÍACA COM RESPIRAÇÃO! Sinais Clínicos: Inconsciência Ausência de movimentos respiratórios Ausência de pulso em grandes artérias (Checar pulso central – Carotídeo ou femoral) Sinais que Precedem: Dor torácica Sudorese Palpitações precordiais Tontura Alterações neurológicas O que fazer: 1. Verificar segurança do local (Esse é sempre o primeiro passo!) 2. Checar responsividade tocando nos ombros Respondeu: se apresentar e conversar com a pessoa, perguntando se precisa de ajuda. Não respondeu: checar pulso e respiração, observando se há elevação do tórax (Por não mais que 10s) Verificar rapidamente a respiração (gasping ou ausência de respiração) 3. Checar pulso central Carotídeo ou femoral durante < 10 segundos Presença de Pulso: 1 ventilação a cada 6 segundos e nova checagem de 2 em 2 minutos Ausência de pulso: RCP Obs: se ficar em dúvida em relação a se o paciente tem pulso ou não, deve-se realizar RCP mesmo assim, pois é muito pior não fazer compressões em um coração que está parado Obs: LEIGOS tem dificuldade de checar pulso. Então deve-se orientar apenas a realizar Hands only (apenas compressões) 4. Chamar ajuda: Extra hospitalar SAMU (192) DEA disponível no local ir buscar ou pedir a alguém para buscar Designar funções, caso não estiver sozinho. Alguém chama o SAMU e/ou pega o DEA Obs: Em determinados casos quando você está sozinho: Você viu a pessoa tendo a parada na sua frente chama ajuda Você encontrou a pessoa já caída e não se sabe a quanto tempo ela se encontra em parada (PCR por Hipóxia) Realiza 5 ciclos e depois vai chamar ajuda 5. Iniciar CABD: C – Compressão torácica externa Processo: o Colocar o paciente em decúbito dorsal e em superfície plana e rígida (se for em ambiente intra hospitalar, o carrinho de parada tem uma maca, denvendo-se coloca-la em baixo do paciente) o 2 dedos acima do apêndice xifóide o Região hipotênar da mão (mão dominante em baixo e mão não dominante em cima) o Levantar os dedos! risco de luxação costocondral o Cotovelos retos sem flexão o Peso do dorso do reanimados que produzirá a força necessária, diminuindo o esforço muscular e fadiga 2 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto o Esterno deve ser comprimido de forma rápida e forte, permitindo o retorno do tórax de volta a posição normal (afundar 5 cm e retornar os 5 cm Perfusão coronariana é na diástole!) o Comprimir forte e rápido O que não fazer: o Não se apoiar no tórax do paciente o Não interromper as compressões por mais de 10 segundos (cada minuto sem compressões reduz em 10% a chance de sobrevivência. Caso se inicie RCP de altíssima qualidade o paciente perderá apenas 3% a cada minuto) Mínimo: 100 compressões por minuto Realizar de 100 a 120 compressões por minuto Profundidade das compressões é de 5 a 6 cm: o Afundar sístole o Retornar diástole (esse retorno é importante porque o VENTRICULO ESQUERDO só tem circulação coronariana na diástole, enquanto o ventrículo direito tem na sístole e na diástol) Cada ciclo: 30:2 (sempre trocar o compressor a cada 2 minutos – 5 ciclos) Mais compressões maior taxa de sobrevivência Minimizar ao máximo as interrupções das compressões Complicações da massagem cardíaca (quando a técnica é feita de forma errada): o Fratura de costela o Ruptura do fígado (costelas flutuantes podem romper o fígado, baço, rins) Outros pontos de destaque: o Se o DEA não chegar até o fim dos 5 ciclos (2min), checa-se o pulso central e, se não houver pulso, repete mais 5 ciclos o No fim de cada 5 ciclos (2min) ou se o compressor cansar antes do final dos 5 ciclos trocar de compressor A – Abertura das vias aéreas Observar: o Se há obstrução das vias aéreas o Esforço respiratório o Movimentação paradoxal do tórax e do abdômen o Possibilidade de Cricotireoidostomia (Ex: paciente vítima de trauma, com lesão de crânio na qual é impossível ventilar ou intubar) o Apnéia não há ruídos e ar, com ausência de movimentação do tórax e abdômen o presença de secreções, corpos estranhos e prótese Abrir via aérea após compressão (30:2): o Chin Lift levantamento do queixo (Se com o AMBU: manobra do C e do E) - Uma mão na testa e outra levantando o queixo hiperextensão o Jaw Thrust anteriorização da mandíbula - Vítimas de Trauma cervical - Uma mão em cada ângulo da mandíbula deslocando-a para frente e inclinação da testa para baixo Cânula Orofaríngea (Guedel) para evitar queda da língua e obstrução da via aérea Manobra de Sellick (pressão cricóide) não é recomendada o Impede a aspiração de conteúdo gástrico, mas também pode impedir a ventilação ou retardar a 3 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto colocação de uma via aérea avançada B – Breath (VENTILAÇÃO) Ausência de movimentos respiratórios boca a boca ou boca-nariz 2 ventilações no final das 30 compressões com duração de 1s e com intervalo de 1s entre as duas (3s) em paciente sem pulso ATENÇÃO: Quando for realizar as 2 ventilações, basta ventilar a fim de visualizar uma leve distensão da caixa torácica sem hiperextendê-la. Isso é importante porque ventilar com alta pressão e elevando muito a caixa torácica o ar vai para o estomago, aumentando a pressão intragastrica e provocando a saída do conteúdo gástrico para a via aérea superior e o paciente brocoaspire, gerando uma pneumonia química e bacteriana (SÍNDROME DE MENDELSON) PACIENTE COM VIA AÉREA AVANÇADA 1 ventilação a cada 6/8s + compressões independentes Verificação da eficiência: o Elevação do tórax na insuflação/inspiração o Escape do ar das vias aéreas na expiração Técnica: Pocket mask (acessório protetor) diminui o risco de doenças infecciosas (na ausência do pocket mask, é escolha do socorrista fazer boca-a-boca ou não!) 1) socorrista inspira profundamente 2) coloca a boca aberta em cima da boca semi aberta do doente, fechando as narinas 3) soprar o ar do espaço morto (cerca de 500ml) ou utilizar AMBU Bolsa-válvula-máscara Não aplicar ventilações excessivas Complicações da Ventilação: o Hiperventilação (é um dos maiores males para o paciente crítico) pode causar a distensão do estômago, o que gera um reflexo vagal e, consequentemente, o paciente nunca sairá da parada cardíaca D – Desfibrilação Descarga elétrica continua, não sincronizada, no tórax Despolarização conjunta do miocárdio para o nó sinoatrial retomar o controle do ritmo cardíaco Aplicar 1 choque a cada 5 ciclos (a cada 2 minutos) Ritmos chocáveis: FV e TVSP Obs: Checar se tem pulso ao mesmo tempo em que vê no monitor (em caso intra hospitalar) TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO (TVSP) OBSERVAÇÕES: Colapsosúbito: Queda imediata da pessoa com perda de consciência A causa de Parada cardíaca por colapso súbito são 2 ritmos cardíacos: FV e TVSP (são identificados e revertidos pelo DEA) A causa mais comum de PC no adulto é a FV e a TVSP. A segunda causa é a insuficiência coronariana 4 D’s da morte: Dispneia 4 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto Diminuição do nível de consciência Dor torácica Diminuição da PA Paciente que apresentam TAQUIARRITMIA ou BRADIARRITMIA + 4D’s da morte INTERVENÇÕES: Taquiarritmia cardioversão sincronizada Bradiarritmia marcapasso transcutâneo Parada respiratória com pulso: Paciente inconsciente, não respira, mas tem pulso Está em apneia 1 ventilação a cada 5/6s A cada 2 min reavaliar o paciente Paciente ao final da RCP (5 ciclos) apresentou pulso: PARADA RESPIRATÓRIA COM PULSO Não faz mais compressões 1 ventilação a cada 5/6s e reavaliação a cada 2 minutos RITMOS DE PARADA CARDÍACA Todos são ventriculares FV FIBRILAÇÃO VENTRICULAR TVSP TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO Assistolia AESP ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO Protocolo: RCP deve ser reiniciada pelas compressões logo após o choque Checar pulso em 2 minutos ou 5 ciclos Onda de choque: preferencialmente bifásica ou pode ser monofásica (120 – 200J) A partir do segundo choque, a energia deve ser equivalente ou mais alta, se possível Posicionamento dos eletrodos: Tórax desnudo 4 posições das pás: - Anterolateral - Anteroposterior - Infraescapula anteroesquerda - Infraescapular anterodireita Não há relação comprovada do posicionamento das pás e a eficácia da desfibrilação 5 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto OBSERVAÇÕES: 1 – 8 anos: sistema atenuador de carga pediátrica (se não estiver disponível, faz-se o uso do DEA padrão) < 1 ano: desfibrilador manual desfibrilador com atenuação DEA padrão Carga inicia: 2J/Kg 4J/Kg Paciente retomou a consciência: Não desligar o DEA Colocar em posição de recuperação POSIÇAO DE PACHON PROTOCOLOS FV e TV São ritmos desfibriláveis: 200 J Bifásico (é o preferível) 360 J Monofásico ADRENALINA E EPINEFRINA (1 mg) Só faz uso após o 2º choque se administrar antes, pode desencadear outros tipos de arritmia Adrenalina deve ser aplicada a cada 3 a 5 minutos (1 ciclo sim e 1 ciclo não) AMIODARONA (300 mg em Bolus) Só faz 2 vezes e depois do 3º choque: 1ª vez 300 mg 2ª vez 150 mg Atenção! Toda vez que aplicar os medicamentos deve- se levantar o braço do paciente, pois ele não tem circulação RCP (2 min) RCP (2 min) ADRENALINA RCP (2 min) AMIODARONA RCP (2 min) AESP e ASSISTOLIA São ritmos não chocáveis EPINEFRINA (1 mg) precoce a cada 3/4 min (1 ciclo sim e 1 ciclo não) RCP (2 min) + EPINEFRINA ou ADRENALINA (1 mg) RCP (2 min) RCP (2 min) + EPINEFRINA ou ADRENALINA (1 mg) Quando o ritmo se altera no decorrer da RCP RCP (2 min) RCP (2 min) + ADRENALINA (1 mg) RCP (2 min) RCP (2 min) + ADRENALINA (1 mg) RCP (2 min) RCP (2 min) + AMIODARONA (300 mg) 1º Choque 2º Choque 3º Choque Pulso e ritmo chocáveis Pulso e ritmo chocáveis 300 mg 1 mg Pulso e ritmo chocáveis Não chocável Não chocável AESP/Assistolia FV/TV FV/TV AESP/Assistolia FV/TV 1º Choque 2º Choque 3º Choque Não chocável Não chocável 6 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto RITMOS DE PARADA TV monomórfica TV polimórfica chocável TVP / Torsades de Pointes chocável Fibrilação Ventricular (FV) Em qual derivação visualizar? Qualquer uma (DII V1) DESFIBRILAÇÃO Dose recomendada inicial e subsequente: DEA monofásico em FV/TV sem pulso 360J Bifásico 150 a 200J Obs: a segunda dose deve ser a mesma! Não há evidencia de superioridade entre o monofásico e o bifásico Chocar em TV polimórfica e FV O choque não deve ser adiado! Aplicar mesmo que não sincronizado VIA AÉREA Mascara laríngea e combitubo podem ser usados com segurança Com via aérea avançada 8 a 10 ventilações por minuto, não sincronizados com as compressões Volume corrente de 6 a 7 ml/kg COMPRESSÕES TORÁCICAS Compressões não devem ser interrompidas para verificação de pulso ou ritmo até o fim de 5 ciclos de RCP Períodos de 5 ciclos ou 2 minutos ininterruptos (100 – 120 compressões por minuto) Reiniciada imediatamente após o choque Verificação de ritmo e pulso após os 5 ciclos de RCP Relação 30 compressões para 2 ventilações VIAS DE INFUSÃO Preferíveis: via intravenosa (IV) e intraóssea (IO) Endotraqueal apenas se as outras não forem possíveis Se a via IV é demorada, recomenda-se IO, em adultos ou crianças IO regiões pretibial, maléolo interno e crista ilíaca INFUSÃO Não se deve interromper a RCP Preparar a próxima dose do medicamento antes do momento da próxima verificação de ritmo Permite administração imediatamente após verificação de ritmo VASOPRESSORES Administrados via IV ou IO estabelecidas Após o primeiro ou segundo choque Epinefrina 1 mg a cada 3 a 5 minutos 7 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto ANTIARRÍTIMICOS FV/TV sem pulso persistente após 2 a 3 choques AMIODARONA: 150 e 300 mg IV/IO em bolus Quando for repetir 150 mg Alternativa LIDOCAÍNA: 1 a 1,5 mg/kg e depois 0,5 a 0,75 mg/kg IV/IO Uso máximo: 3 mg/kg MONITORIZAÇÃO DURANTE A PCR Não há evidencias clinicas de melhora de desfechos na monitorização de parâmetros Capnografia Monitorização da PA risco de hipotensão pode piorar o quadro Saturação central de oxigênio Pressão diastólica de relaxamento arterial CASOS PONTUAIS AESP: Verificar se os cabos não saíram do lugar Aumentar ganho aumento das ondas do eletro para verificar se realmente se trata de um AESP Derivação analisar outras derivações, pois é provável que uma não esteja funcionando, por exemplo SACO PRECORDIAL: Só tem 1 indicação quando a pessoa para em sua frente e ela está sem monitorização OUTROS EXAMES USG durante a PCR: Em pacientes com derrame pericárdico tamponamento cardíaco que leva à parada ECMO circulação extracorporea CATE em SÍNDROME CORONARIANA COM SUPRA após a parada INTERRUPÇÃO DA RCP Tempo de colapso à RCP Tempo à 1ª tentativa de desfibrilação Presença de comorbidades Estado pré-parada Ritmo de parada inicial Respostas às medidas ETCO2 inferior a 10 após 20 min Maior tempo de RCP = diminuição da sobrevivência e aumento do dano neurológico MEDIDAS PÓS-RCP Proteção miocárdica vasopressores Hipotermia: Não deixar o paciente ter hipotermia Se ele não acordar 12h após a parada, pode ter hipotermia Evitar Hipertermia: Pacientes irresponsivos com PA adequada extra-hospitalar devem ser resfriados para resfriados para 32 a 34 graus por 12/24h Controle da glicose Sinais clínicos relacionados ao óbito/evolução neurológica insatisfatória (Evolução neurológica pós-parada): Resposta cortical, reflexo corneado, ausência de resposta a estimulo doloroso, falta de resposta motora Colocar o paciente em posição de recuperação posição de Pachon (decúbito lateral esquerdo) 5 H’s e 5 T’s H’s: Hipóxia História clínica, cianose, obstrução da via aérea Tratamento: ventilação/oxigenação Hipovolemia História, mucosas secas, baixo débito urinário, olhos fundos Tratamento: reposição intravenosa Hydrogem íon (íon hidrogênio acidose) Diarreia, DM, doença renal crônica Tratamento: hiperventilação, bicarbonato Hipo/hipercalemia Hipercalemia ECG com ondas T apiculadas, pacientes renais - Tratamento: beta 2 inalatório, solução polarizante, cálcio IV, bicarbonato Hipocalemia: câimbras, ECG com ondas T empastadas, prolongamento QT - Tratamento: reposição KCL de forma cautelosa Hipotermia: Temperatura central Tratamento: fluidos aquecidos, aquecimento externo, O2 aquecido Hipoglicemia História clínica, suor frio, ansiedade, palidez, midríase, parestesia, convulsões Tratamento: reposição de glicose T’s: Toxinas Uso de drogas Tratamento: a depender da substancia 8 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto Tamponamento cardíaco Tríade de Beck: hipofonese de bulhas + hipotensão + turgência jugular Tratamento: pericardiocentese Tension pneumothorax (pneumotórax hipertensivo) Trombose pulmonar Quadro súbito, ansiedade, alteração no ECG (S1Q3T3) Tratamento: trombolítico, cirurgia Trombose coronária Clínica, ECG Tratamento: algoritmo SCA Trauma História clínica + ferimentos Tratamento: reposição IV, transfusão, cirurgia 9 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto VIAS AÉREAS AVALIAÇÃO DO PACIENTE Via aérea permeável ofertar Oxigênio, caso o paciente precise Paciente que mantém respiração, não tem obstrução de via aérea e pode ter uma saturação mais baixa, podendo-se ofertar O2 Via aérea não permeável assistência manual ventilatória MMANOBRA TRIPLA DAS VIAS AÉREAS Abertura das vias aéreas Leve extensão do pescoço (pacientes que não foram vítimas de trauma) Elevação da mandíbula Abertura da boca JAW THRUST Anteriorização da mandíbula CHIN LIFT elevação da mandíbula e extensão do pescoço DISPOSITIVOS ACESSÓRIOS auxiliam na manutenção da via aérea pérvia Cânula Orofaríngea (Guedel) Medida: do ângulo da boca ao lobo da orelha Contraindicação: paciente consciente (reflexo do vômito) Cânula Nasofaríngea Medida: do nariz ao ângulo da mandíbula Contraindicações: Paciente com nível de consciência preservado Suspeita de fratura de base de crânio, coagulopatias ou apneia Bolsa-Valva-Máscara (AMBU) Se tiver uma válvula unidirecional capacidade de ofertar oxigênio a 100%, com pressão positiva (apertar a bolsa, para que tenha uma pressão positiva para a ventilação ocorrer) A máscara deve estar bem posicionada (não pode estar nem muito grande nem muito pequena, não pode existir vazamento ao redor da máscara e sempre pode existir) Sempre que fazer uso, também faz a manobra de descompressão da via aérea elevação do ângulo da mandíbula e leve hiperextensão do pescoço (manobra do C e do E) Uso: base da máscara acima do queixo e ponta da máscara sobre o nariz. Pressionar para baixo a máscara com a mão Normalmente, o manejo da via aérea pode ser feita com um socorrista, mas em situações pontuais faz-se com 2 socorristas para melhorar a qualidade de oferta à via aérea (um faz a pegada e outro faz a pressão positiva quando necessário): Barba grande Face desproporcional ao tamanho da máscara Suspeita de lesão cervical DISPOSITIVOS PARA ADMINISTRAÇÃO DE O2 (EM VIAS AÉREAS PERMEÁVEIS) Aumento de 1L/min aumenta cerca de 3 – 4% na oferta de O2 CÂNULA NASAL Sistema de oxigenação de baixo fluxo, mais para aumentar a concentração na inspiração Oferta: 1L/min a 6L/min (21% - 44% de O2) Limite de oferta 5 – 6L/min (41 - 44% de O2) (se colocar pra ofertar mais do que esse limite, estarei desperdiçando o O2) Indicação: 10 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto Pacientes que não tenham uma respiração bucal MÁSCARA FACIAL Oferta: 6 – 10L/min (35 – 60% de O2) Fluxo de O2 para boca e nariz Se for acoplada a um dispositivo que não tenha uma válvula unidirecional (bolsa reservatório acoplada) consegue-se ofertar em até 60% a quantidade de O2 (reinalação parcial) Máscara com reservatório com uma válvula unidirecional oferta de 100% de O2, se ofertar de 10 a 15L/min Indicações: Pacientes com respiração bucal Gravemente doentes, conscientes e com ventilação adequada, mas com necessidades de altas taxas Onde intervenções agudas produzam efeito clinico rápido Indicações relativas para IOT, mas com trismo ou outras barreiras físicas MÁSCARA DE VENTURI Cada válvula vem descrevendo a quantidade de O2 que ela oferta Fornecimento mais controlável e confiável de concentrações de O2 de 24 a 50% Indicações: Pacientes com DPOC situação em que o paciente tem certa toxicidade ao oxigênio. Esse paciente tem muito mais sensibilidade ao CO2 do que ao O2 (tem mais carboxi hemoglobina para carrear). Se ofertar muito oxigênio, acaba sendo tóxico, gerando piora clínica Pacientes em descmame da ventilação mecânica (retiro a dependência do ventilador e ligo uma máscara de venturi, dosando-se a quantidade de oxigênio que se oferta) Pacientes com retenção de CO2 Hipoxemia de leve a moderada Fluxo de 4 – 8L/min (24, 28, 35 e 40% de O2) Fluxo de 10 – 12 L/min (40 – 50% de O2) BOLSA-VALVA-MÁSCARA (AMBU) Bolsa auto inflada e válvula unidirecional (100% de O2) Usada com mascara facial ou com via aérea avançada Indicações: pacientes críticos Muito descompensados, dispneicos e que tem dificuldade em manter uma oximetria Se não for tratado logo o quadro ele pode evoluir para uma piora clínica e até mesmo precisar de uma IOT VIAS AÉREAS NÃO PERMEÁVEIS Usar via aérea definitiva ou semidefinitiva, pois o paciente está com um comprometimento maior Via aérea: Se for um paciente de parada cardiorrespiratória: deixa de ser 30:2 e passa a ser 100 – 120 compressões/min (200 – 240 compressões em 2 minutos) para cada 6 – 8 ventilações por minuto não sincronizadas com as compressões torácicas Volume corresponde de 6 a 8 ml/kg Evitar pressão muito positiva! Comprimo a bolsa e depois descomprimo de forma lenta e gradual VIA SUPRA-GLÓTICA OBS: sempre que se usa a via aérea como forma de administração de medicações (é possível caso não se consiga uma via intravenosa), porém as medicações devem ser de 2 a 2,5 vezes maior que ATENÇÃO! Não se prenda muito aos valores da saturação de O2 do paciente. Avalie também o quadro clínico dele, buscando saber a causa dessa redução da saturação, pois ofertar mais O2 não irá melhorar o quadro. 11 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto as doses que se fazem de forma periférica. Não se pode fazer VASOPRESSINA COMBITUBE Tubo de dupla saída Introdução às cegas Pode ser usado laringoscópio para facilitar (reduz complicações) Iniciar teste por ventilação do tubo azul MÁSCARA LARÍNGEA Tubo semicurvo que se inicia em um conector padrão de 15 mm e termina numa pequena máscara, com um suporte periférico inflável Dispositivo supra glótico para ventilação pulmonar Dispensa laringoscopia, com rapidez de acesso e controle de via aérea Não é um dispositivo definitivo pode facilmente sair do lugar quando infla o balão, ele se autoposiciona e se adapta à via aérea do paciente Aplicação: Sempre testar antes de introduzir (insuflar o balão para ver se não está furado) Segurar semelhante a como se segura uma caneta Introduzir ao máximo que conseguir Chegou ao limite Solta a máscara e insufla o balão Pode fazer uso de Xilocaína para facilitar Obs: ver o tamanho adequado ao peso (descrição na máscara) Avaliar o posicionamento correto (ausculta pulmonar, expansão do tórax, expansão epigástrica) - Epigástrica - Base Esquerda - Base Direita - Ápice Esquerdo - Ápice Direito - Epigástrica TUBO LARÍNGEO TUBO ESÔFAGO-TRAQUEAL INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL (IOT) Indicações: Reduzir o trabalho respiratório Facilitar a aspiração (toilete brônquica) Necessidade de ventilação mecânica Fornecimento de O2 Falência respiratória Desobstruir vias aéreas Proteção de vias aéreas Necessidade de hiperventilação Quando irei indicar? A (AIRWAY) paciente consegue manter ou proteger a via aérea? Quadros Clássicos: vomitar muito ou estar com o nível de consciência alterado (não se limitar ao Glasgow pois é uma escala para pacientes traumatizados, não é para pacientes clínicos. Ela ajuda a ter uma melhor avaliação de pacientes críticos POLITRAUMATIZADOS, mas nem todo paciente crítico irá seguir essa escala) Se consegue manter não há necessidade de IOT nesse momento Mantem coordenação da deglutição? peço para o paciente engolir Não mantem saliva na boca? perdendo saliva Se o paciente tem algum desse indícios ele precisa de uma via aérea definitiva independente do glasgow B (BREATHING) paciente consegue respirar e manter oxigenação? Esforço respiratório, com risco de fadiga da musculatura (uso de musculatura acessória) paciente em taquipneia considerável em algum momento vai apresentar fadiga muscular Não mantem boa saturação lembrar de pacientes que fumam ou que tem 12 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto DPOC, que vão ter uma saturação de 88%, por exemplo, e não precisam de intubação ou qualquer outro dispositivo que forneça O2) Longos períodos de apneia Cheyne- Stokes (hiperventilação compensatória + período de apneia) Obs: tratar o paciente, não o monitor! C (Curso Clínico Desfavorável) Consciente e orientado, conversando, mas a intubação é indicada devido ao seu quadro clínico, pois se não fizer a intervenção agora ele vai se prejudicar no futuro Acidente com piora progressiva (fratura de base de crânio, quebrou pescoço) indícios de piora + possibilidade de transporte (se for encaminhar o paciente para outra cidade) Anafilaxia edema de língua, Rouquidão (sinal de broncoespasmo superior) e Broncoespasmo (intubação o mais rápido possível, pois se houver piora do quadro – grande edema de glote – o tubo não passa, podendo, em caráter emergencial, ser necessária a realização de uma crico) - Ex: Paciente alérgico à camarão Lesão traumática em região anterior do pescoço Hematoma Intubação de sequência rápida: Análise do caso história e exames físicos suscintos Importância dos níveis de PA do paciente estudos sugerem alta mortalidade naqueles pacientes que cursam com HIPOTENSÃO no momento da intubação Paciente instável que precisa de via aérea definitiva e tem PA 6x4 primeiro deve-se estabilizá-lo (Soro + Droga vasoativa + monitorização e avaliação constante até conseguir estabilizar um pouco a pressão. Quando estabiliza via aérea definitiva) Os 7 P’s da Intubação: sempre deve seguir para fazer uma intubação perfeita! Lembrar: O profissional deve estar sempre com a roupa protetora (máscara, luvas) Paciente sempre deve estar sendo monitorizado (MOVAP): - M monitorização - O oximetria - V acesso venoso periférico - A avaliar via aérea - P pressão não invasiva (CUIDADO COM A HIPOTENSÃO! Estabilizar primeiro) Preparação Checar e preparar material Ao chegar no plantão, deve-se logo verificar o material! Laringoscopia: testar luz, selecionar lâminas Tubo endotraqueal: lubrificar, testar cuff Estilete: inserção, angulação Aspirador: testar Pré-oxigenação Sempre pré-oxigenar! Paciente instável, estabiliza ele e se ele chegou com oximetria abaixo de 90% deve-se ofertar oxigênio de forma passiva (estudos afirmam que intubações que cursaram com dessaturação tiveram um prognóstico pior) Se não tiver indicação de fazer ventilação com pressão positiva, não se deve fazer. Oferta de forma passiva! (coloca a máscara no paciente como o ambu, conecta no 100% de O2, mas não ambuza) quando se faz pressão positiva, aumenta a pressão e parte do ar vai para a via aérea e a outra parte vai para o estômago, ocorrendo dilatação do estômago e aumentando a suscetibilidade a complicações Não ventile! (ofertar de forma passiva) Se o paciente não consegue manter (não aumenta a saturação, mesmo com a oferta passiva de 100% de O2, ou está em apneia) ofertar pressão positiva (Ambuzar) Saturação < 90% ofertar O2 de forma passiva (ou com pressão positiva, quando infdicado) até atingir uma saturação > 94% (assim, estará seguro para continuar o procedimento de IOT) Se a saturação passou de 94%, pode-se passar para o próximo P OBS: se o paciente entrar em parada no meio da intubação, a prioridade são as compressões e a desfibrilação precoce Posicionamento: 13 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto Elevação do occipital com um coxim (se não apresentar suspeita de lesão de coluna cervical) deve- se fazer a elevação desde a parte dorsal até a parte occipital (tentar, na medida do possível, deixar o máximo paralelo para facilitar a visualização da via aérea) Graus de dificuldade: Micrognatia Lesão de coluna cervical Injurias faciais Distancia tireomentoniana Abertura da boca (classificação de MALLAMPATI) Visualização da valécula (epiglote) melhor forma para uma intução bem sucedida é essa visualização Laringoscópio pegar com a mão esquerda. Elevar de forma superior e lateral e nunca desmunhecando Monitorização adequada: oximetria, ECG Pré-tratamento Na IOT de sequência rápida, o pré- tratamento é com analgésico (FENTANIL) Seguido de sedativo e do relaxante muscular Atenção! Essa ordem sempre deve ser seguida: ANALGÉSICO SEDATIVO RELAXANTE MUSCULAR Obs: LIDOCAÍNA não é uma droga comum de ser usada, é mais utilizada em casos de arritmia Se for contraindicado o uso do analgésico, usa-se apenas o sedativo e o relaxante muscular Paralisia com sedação Sedativos (os usados no Brasil): nenhum precisa ser diluído Midazolam é o mais acessível e mais conhecido. Geralmente, se o Fentanil for indicado, faz-se 3 min após o Fentanil. Porém, é a pior droga. Etomidato é a droga de primeira escolha! Quetamina droga de segunda escolha Propofol FENTANIL Analgésico que tem capacidade de reduzir um pouco a inervação da via aérea Efeitos Adversos do uso: ação parassimpática! Hipotensão Bradicardia Contraindicações: Não se usa em todos os casos, procura-se desculpas para não usar o Fentanil pois é um analgésico que tira o efeito de resposta da via aérea (inervação simpática), sobressaindo o parassimpático (Bradicardia, hipotensão) (Ex: paciente instável, com PA baixa, FC baixa, fazer uso de analgésico só vai piorar o quadro) Indicações: Quando a hipertensão e a taquicardia são deletérias Dissecção aórtica quanto mais controlada a FC e a PA, menor a taxa de mortalidade AVC hemorrágico pois quanto maior a pressão, mais sangramento Edema Agudo de Pulmão principalmente os de etiologia hipertensiva Como usar o Fentanil: Ampolas: de 2 a 10 mL Apresentação: 50 mcg/mL Dose: 1 a 3 mcg/kg Não precisa ser diluído Dica: paciente com 60 Kg 3,5 mL 70 Kg 4 mL 80 Kg 4,5 mL 14 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto z MIDAZOLAM Inibe o sistema nervoso simpático vasodilatação, gerando grande diminuição da PA Depressora respiratória e cardíaca Se somada ao FENTANIL em pacientes hipotensos Desastre! Como usar o Midazolam: Apresentação: 5 mg/ml Ampolas: de 3,5 a 10 ml Dose: 0,3 mg/Kg Dica: 60 Kg 3,5 ml 70 Kg 4 ml 80 Kg 4,5 ml Se não conseguir estimar o peso do paciente, deve-se fazer o mínimo de dose possível, devido aos seus efeitos ETOMIDATO Melhor e mais segura droga usada na intubação Excelente estabilidadecardiovascular Início rápido Meia vida bem curta Dose: 0,3 mg/Kg Ampola: de 10 ml, com concentração de 2mg/ml Dica: 70 Kg 10 ml 80 Kg 12 ml Em caso de dúvida ampola de 10 ml OBS: causa o bloqueio reversível da enzima 11-beta- hidroxilase, que é responsável pelo metabolismo endócrino, causando diminuição da aldosterona e do cortisol, por isso que, as vezes, se o paciente tiver o quadro séptico, fizer o uso do etomidato e evoluir com choque, deve-se fazer doses suplementares de corticoide (cortisona). QUETAMINA Efeitos: Liberação de catecolaminas (ótimo para hipotensos, chocados e com broncoespasmo) Evita hipotensão Causa broncodilatação bom para Asma e DPOC Apresentação: Ampolas: de 2 ml Frascos: 10 ml Concentração: 50 mg/ml Dose: 1,5 mg/kg Dica: 60 Kg 1,8 ml 70 Kg 2 ml 80 Kg 2,2 ml Devido à liberação de catecolaminas, evitar em: Cardiopatas Em situações onde a hipertensão pode ser prejudicial PROPORFOL Medicação de difícil acesso, de centro cirúrgico Vantagens: Boa atividade anticonvulsiva Diminuição da resistência das vias aéreas Rápido efeito Maia vida curta Problema: risco de hipotensão grave Maior indicação: Jovens Asmáticos diminuição da resistência da via aérea Apresentação: 10 e 20 ml Concentração: 10 mg/ml Dose: 1,5 mg/kg Dica: 60 kg 9 ml 70 kg 10 ml 80 kg 12 ml 15 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto Relaxante muscular: SUCCINILCOLINA Passagem do tubo Laringoscopia: Pegar com a mão esquerda Segurar na base do laringo (menor utilização de força) Introduz da direita para a esquerda na cavidade bucal do paciente Inclinação opara frente e para diagonal Afastar a língua para a esquerda para não atrapalhar a via aérea Progredir com a lâmina até a valécula Só passar o tubo quando estiver vendo bem a via aérea e as cordas vocais Posicionamento do tubo: Se antes da passagem do tubo o paciente saturar menos de 90% para e volta a colocar a mascara do Ambu, aguardando até que a saturação volte a ficar > 94% antes de tentar novamente Inserir o Tubo até visualizar 23 a 25 cm ao nível da rima bucal Remover o estilete e laringoscópio e insuflar o cuff ou só insuflar o cuff depois de testar Só solta o tubo quando alguém fixar A melhor prova de que a intubação foi feita com sucesso é ver o tubo passando pela via aérea do paciente Prova (confirmação do posicionamento) Testar a intubação Confirmar a posição do tubo: Auscultando ruídos Epigástrico Base do pulmão direito Base do pulmão esquerdo Ápice do pulmão direito Ápice do pulmão esquerdo Epigástrico Detector de CO2 Oximetria Fixação do TOT obter raio x de tórax Erro: Ventilação volta suco gástrico pelo tubo Não vê expansibilidade torácica (vê a movimentação do abdômen) Pós-intubação (cuidados ao paciente intubado) VIA AÉREA IMEDIATA Situação tão grave, que não existe tempo para preparo e infusão de drogas Ex: PCR (lembrar que não é toda parada que precisa de intubação) Via aérea falha: Quando não consegue ventilar (>90%) ou consegue-se ventilar, mas não consegue intubar Nos protocolos fazer crico Ou pode-se fazer uso da mascara laríngea SUCCINILCOLINA Relaxante muscular despolarizante a resposta que se espera quando faz uso da succinilcolina é ver miofasciculações em músculos periféricos (se administrar succinilcolina e não ver as miofasciculações pode ter feito algo errado - dose) É em pó diluir em 10 ml de água destilada Frasco-ampolas: 100 mg Dose: 1,5 mg/kg Dica: 60 kg 9 ml 70 kg 10 ml 80 kg 11 ml Fasciculações ocorrem por mais ou menos 45 segundos, somente depois que terminarem essas miofasciculações é que se vai fazer a IOT Esse tempo de espera é justamente para ver se a droga vai fazer efeito. Se fizer a IOT antes desse tempo (45s), a via aérea não estará relaxada Devido ao seu efeito despolarizante aumento dos níveis séricos de potássio (não usar em pacientes com hipercalemia) Problema paciente já sedado relaxa tanto que há a perca do drive respiratório (paciente está respirando e do nada para de respirar). Assim, se não ofertar O2 rapidamente ele só tende a piorar. Então, se está inseguro de fazer a IOT, se é via aérea difícil, não faz succinilcolina (tenta fazer sem, mesmo tendo um pouco mais de dificuldade) Aplica na hora em que for intubar 16 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto Antes de tudo deve-se confirmar que a VA é falha: Máscara adequada? Dificuldade de IOT mais de 3 tentativas ou duração superior a 10 min, para o correto posicionamento do TOT utilizando Laringoscopia direta Via aérea difícil: Definição: situação clinica na qual o profissional treinado tenha dificuldade em intubar o paciente, manter ventilação manual sob máscara ou ambos Incidência: Geral: 1 – 5% Gestantes: 5 – 7% Trauma facial/cervical e neoplasias de cabeça e pescoço: 15 – 20% Sindrômicos (ex: Síndrome de Down): 10 – 15% COMPLICAÇÕES DA IOT Alterações hemodinâmicas: Hipertensão arterial Taquicardia Hipotensão arterial Por isso, sempre fazer as tentativas com o paciente bem monitorizado Erros mais comuns: Hiperextensão do pescoço Tracionar o laringoscópio “desmunhecando” ou puxando para trás e para cima Falta de preparação do profissional 17 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto BRADIARRITMIAS DEFINIÇÃO Bradicardia: FC < 50 bpm ( Existem casos individuais em que < 60 bpm é normal (ex: atletas, idosos) Limite individual Assintomáticos Quando tratar: Sinais de baixo débito Alterações do ritmo sintomáticas SINTOMATOLOGIA Pode levar a crer que essa bradiarritmia está tendo repercussão no paciente Sintomas: Dor torácica Dispneia Alterações do nível de consciência Astenia Tontura Lipotimia Sincope Sinais: Hipotensão Hipotensão ortostática Diaforese Congestão pulmonar IC ou Edema de Pulmão Ritmos de escape CUIDADO! sintomas mais importantes Prontamente tratados pacientes com: Hipotensão Dor torácica Alteração do estado de consciência IC Tremores Síncope Baixo débito IDENTIFICAÇÃO 1. Doença do nó sinusal 2. Síndrome bradi-taqui 3. Síndrome da hipersensibilidade do seio carotídeo 4. Bloqueios átrio ventriculares DESPOLARIZAÇÃO NORMAL DO CORAÇÃO - Marca passo fisiológico do coração - Retardo para dar o tempo dos átrios baterem antes dos ventrículos 18 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto SÍNDROME DO NÓ SINUSAL CAUSAS: Primária: é a maais comum. Mulheres, 60 – 70 anos (predisposição genética e envelhecimento) Secundária: Doença de Chagas (Brasil) Isquemia (EUA) coronária direita (irriga o sistema de condução nós sinusal e átrio ventricular) Pós-operatório de cirurgia cardíaca Doenças inflamatórias e infiltrativas (Miocardiofibrose, Sarcoidose) Cardiomiopatia reumática Doenças neuromusculares Quando se fala em infarto e bradiarritmias coronária direita Paciente com BAVT e infarto possivelmente coronária direita PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA Pode se manifestar como: BRADICARDIA SINUSAL FC < 50 bpm que tenham definição para ritmo sinusal PAUSA SINUSAL ritmo vem de forma sinusal e do nada faz uma pausa no ECG e, geralmente, pelo Holter consegue-se medir o tamanho dessa pausa INCOMPETÊNCIA CRONOTRÓPICA quando o sistema de condução não consegue aumentar a FC mais do que 80% do que deveria. Quando o coração não faz com que a FC aumente em situações de esforço físico, por exemplo. Exame que dápra ver isso é o teste ergométrico ETIOLOGIA: Desconhecida na maioria dos casos Associada a degeneração pela idade Outras causas: Isquemia do nó sinusal Processos infiltrativos Doença de Chagas acomete o sistema de condução Doenças sistêmicas Medicações (antiarritimicos podem levar ao atraso do sistema de condução) Nas bradiarritmias é necessário ver o que está causando, pois, muitas vezes, tratando essas causas reversíveis o problema se resolve (BUSCAR CAUSA REVERSÍVEL) SINTOMAS: Assintomática em casos leves Síncope / pré síncope em casos mais graves Síncope é a perda súbita e transitória do nível de consciência (de causa cardíaca pode estar relacionada a algum sintoma como palpitação, dor torácica) Intolerância ao exercício em insuficiências cronotrópicas Pode associar-se a fases de taquiarritmia que se alternam com períodos de bradicardia Síndrome bradi-taqui pessoa com baradiarritmias podem fazer episódios de taqui ao longo do dia (pode-se diagnósticas com o Holter) As taquicardias podem seguir por pausas prolongadas, podendo levar a síncope BRADICARDIA SINUSAL FC < 50/60 bpm É mais uma reação fisiológica que um estado patológico Comum em atletas, adultos jovens saudáveis e no repouso à noite Patológica quando FC < 40 bpm durante o dia e associada a sintomas Definição de ritmo sinusal: 1 onda P para cada QRS P positiva em DI, DII e aVF P com a mesma morfologia na derivação 19 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto PAUSA/PARADA SINUSAL Falha de ativação do Átrio Esquerdo (AE) Consequente a: Problema de geração do impulso Falha na condução ao AE Frequente na Síndrome Bradi-taqui Agravado por antiarrítmicos Pausas maior que 3 segundos em pacientes sintomáticos = MP - Para durante um tempo que não tenha uma repercussão muito significativa - Se a pausa for maior que 2-3 segundos, associado aos sintomas, têm-se uma pausa sinusal INCOMPETÊNCIA CRONOTRÓPICA Incapacidade de ajuste da FC conforme as necessidades Não alcançam 80% da FC máxima esperada em provas de esforço Diagnóstico teste ergométrico HIPERSENSIBILIDADE DO SEIO CARTÍDEO Localizado 2 dedos abaixo do ângulo da mandíbula Resposta parassimpática exacerbada (estímulo vagal) queda de FC e de PA (bradicardia e hipotensão) Atividades que envolvam “mexer” no seio carotídeo podem desencadear os sintomas fazer a barba, usar gola alta, gravata... Diagnóstico: Manobra do seio carotídeo coloca o paciente sentado e monitorizado, e faz a compressão do seio carotídeo. Se a FC cair ou Se apresentar pausas de mais de 3 segundos na monitorização ou Se a PA sistólica cair em torno de 50mmHg Cardioinibitória Queda FC pausas 3s VasodepressoraVasodilatação Hipotensão BLOQUEIOS ATRIO VENTRICULARES Acima do feixe de His tendem a ser benignas Abaixo do feixe de His tendem a ser malignas ALTERAÇÕES DA CONDUÇÃO AV Redução da FC < 50 bpm. Causas primárias: próprias alterações do sistema de condução Doença de Lev alterações no corpo fibroso do nó AV (comum em pacientes jovens) Doença de Lenegre infra-HIS (mais comum em idoso) Alterações congênitas Causas secundárias: IAM, DAC, miocardiopatias, congênito, trauma, PO cirurgia, doenças infiltrativas, doenças neuromuscrulares Bradicardia Sinusal: Intervalo PR normal (120 – 200 ms, até 5 quadradinhos) BAV 1º grau Atraso na condução do nó AV Prolongamento fixo do intervalo PR (> 200), se repete durante toda a condução Não é uma arritmia maligna, então não precisa de tratamento urgente (a menos que o paciente esteja muito sintomático) BAV 2º grau Dois tipos: MOBITZ I ou MOBITZ II MOBITZ I OU WENCKEBACH: “avisa que vai parar” Aumento progressivo do intervalo PR até que um QRS não é conduzido MOBITZ II: Bloqueio a jusante do nó AV PR constante antes de QRS não conduzido Pode progredir para BAVT BAVT tem um QRS vindo do ventrículo, com QRS largo 20 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto BAV 3º grau ou BAVT Dissociação completa da condução auricular e ventricular. P e PR normais. QRS por vezes alargado. ATENÇÃO! BAV 1º e 2º grau Wenckbach Vagotonia, jovem, medicação BAV 2 MII e BAVT Doença GRAVE! Nem todo BAVT tem indicação de marcapasso, pois as vezes colocar um marcapasso pode inibir o foco de escape a própria compensação que o coração teve, e isso pode piorar o quadro ou desestabilizar o paciente. Então: BAVT estável não colocar MPP (inibe foco de escape) AVALIAÇÃO INICIAL A (via aérea pérvia) B (O2 se necessário e monitorização) C (PA/FC – ECG – Acesso IV) D (história e exame físico) 21 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto 3 Paciente com bradiarritmia persistente causando: - Hipotensão - Alteração do estado mental - Sinais de isquemia - Sinais de falência aguda 4 (não apresenta) monitoriza e observa (ECG) 5 (apresenta) ATROPINA: inibidor muscarínico Primeira medida a ser feita Inibição parassimpática aumento da FC e aumento da PA Dose: 0,5 mg em bolus Máximo: 3 mg (3 ampolas) Repetir a cada 3 – 5 minutos Uso: pega duas ampolas, dilui, se o paciente não responder em 3 – 5 minutos, faz-se mais um mg depois Não tem boa resposta à atropina (devido ao bloqueio ser bem mais em baixo): se for uma arritmia maligna ela não vai responder bem à atropina BAVT BAV de 2º grau Mobitz tipo II OBS: se o paciente chegar e você ainda não souber qual o BAV que ele apresenta, pode fazer o uso da atropina, se ele for BAVT ou BAV 2º grau Mobitz II ele só não vai responder, não terá efeitos adversos Atropina tem resposta em: BAV 1º grau BAV 2º grau Mobitz I Caso a Atropina não resolva Dopamina ou Epinefrina (usar em casos de BAV de 2º grau Mobitz tipo II ou BAVT) Contraindicações: Isquemia desbalanceada DOPAMINA: Droga vasoativa que tem um espectro de ação complexo pode ter efeito dopa, beta e alfa (para o efeito da bradiarritmia usa-se o efeito dopa) Dopamina em dose dopa Dose: 2 – 10 mcg/kg (microgramas) Tem que ir titulando a dose para ver a resposta do paciente (varia de paciente para paciente) Não se pode adivinhar o efeito dela (varia de paciente para paciente) e pode-se acabar ativando outros tipos de receptores EPINEFRINA: Dose: 2 – 10 mcg por minuto Deve-se ir titulando até conseguir uma via mais avançada É uma droga mais segura do que a dopamina 6 se os demais passos derem errado ou se o bloqueio for maligno: Considerar um marcapasso transvenoso (é um marcapasso transitório até dar tempo do arritmologista avaliar o caso para passar um marcapasso definitivo) ou transcutâneo ATENÇÃO Pacientes com BAV II tipo 2 ou BAVT não usar atropina Estimulação externa ou infusão Beta-adrenérgica se sinais de PCR iminente (paciente chegou assim, então deve-se fazer epinefrina, por exemplo) MEDICAMENTOS ATROPINA Primeira linha para bradicardia aguda sintomática O,5 mg IV a cada 3 minutos Dose máxima de 3 mg Precaução em pacientes coronários Por ser antagonista muscarínico e inativar o sistema parassimpático pode servir como antídoto a outras drogas (principalmente aquelas em que estão com o sistema parassimpático ativado) Obs: Não é efetiva em pacientes transplantados, por causa da denervação que ocorre no transplante de coração DOPAMINA e ADRENALINA: drogas vasoativas que devem ser feitas em acesso venoso central Usadas quando o paciente não responde a atropina ou usa logo nesses bloqueios avançados, onde se sabe que a atropina não vai fazer efeito Medida temporária devem ser feitas até a instalaçãodo Marcapasso (transcutâneo ou intravenoso) Adrenalina – 2 a 10 mcg/Kg/min Dopamina – 2 a 10 mcg/Kg/min devem ser diluídas 22 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto ESTIMULAÇÃO TRANSCUTÂNEA Indicação: pacientes instáveis ou se o acesso intravenoso estiver ruim de se conseguir para passar um marcapasso intravenoso deve-se fazer os analgésicos e os sedativos para o controle da dor pois o paciente pode rebaixar tanto que pode chegar a ser necessário intubá-lo Contraindicação: Hipotermia intensa e Assistolia protocolo de parada! Aplicar os eletrodos no tórax Ligar o desfibrilador na função de marcapasso Ajuste FC (60bpm) Ajuste da intensidade da corrente (miliamperes) acima da dose de captura Observar resposta clínica 23 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto TAQUIARRITMIAS Arritmia: qualquer alteração elétrica que altera o ritmo dos batimentos FC > 100 bpm QRS estreito (< 120 ms) TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR (supra-hisciana) QRS largo (120 ms) TAQUICARDIA VENTRICULAR (infra-hisciana) TAQUICARDIAS DE QRS ESTREITO Taquicardias paroxísticas supraventriculares (TPSV): Taquicardia sinusal Taquicardia atrial Taquicardia juncional Taquicardia por reentrada átrio ventricular Taquicardia por reentrada nodal Fibrilação atrial Flutter atrial QRS estreito QRS < 120 ms Classificar se o QRS é (R-R): Regular: TRV / TRAV / Flutter / TA Irregular: FA (é a mais comum), Flutter e TA (esses dois podem vir irregular, mas não é comum de acontecer) Regular: TRN, TRAV TAQUICARDIAS DE QRS LARGO Abaixo do nó AV (80%) Taquicardia supraventricular com aberrância (20%) paciente com bloqueio de ramo que faz uma taquicardia supraventricular (o QRS vai continuar largo) Critérios de Brugada para taquiarritmias de QRS largo ARRITMIA SINUSAL Começa do nó sinoatrial Variação da FC relacionada a algum outro fator fisiológico, como a respiração Preenche critérios para ritmo sinusal TAQUICARDIA SINUSAL Resposta fisiológica compensatória (ex: infecção) Habitualmente não cursa com FC muito elevada (100 - 160) Tratar causa base, não o ritmo (pois essa elevação da FC é uma resposta compensatória) EXTRA SISTOLE ATRIAL Foco ectópico acima do nó AV QRS estreito e com onda P normal Tem um período de pausa compensatória Ver ausência de onda P ou onda P que vem “misturada” em outro canto com período de pausa compensatória EXTRA SISTOLE VENTRICULAR Ativação ectópica ventricular antes da ativação atrial QRS largo (>120ms) e prematuro Com período de pausa compensatória para depois ter batimento normal Bigeminismo (1 ritmo normal e 1 alterado, alternando), Trigeminismo e Salvas Exemplo de Bigeminismo: 24 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto FIBRILAÇÃO ATRIAL Microcircuito de reentrada Os átrios perdem a capacidade de contração apenas “tremem”/fibrilam Ritmo irregularmente irregular R-R não tem relações entre eles Se os átrios não contraem bem, o sangue passa a ser acumulado, sofrendo os fatores de estase sanguínea, coagulando (o coágulo pode se desprender e formar um trombo, indo para a circulação – risco de AVC, TEP, Trombose mesentérica...) Grande morbimortalidade trombo Nunca levar a FA diretamente de volta ao ritmo sinusal, devido ao risco da formação de trombos Se a FA for nova (< 48h) pode-se reverter Se a FA tiver mais de 48h, deve-se certificar de que não há formação de trombo (ECO transesofágico) para depois buscar a reversão do ritmo Frequência atrial de 300 – 600 bpm QRS estreito Sem onda P (ou não identificável) O átrio só “treme”, mas não contrai Todo paciente deve ser anticoagulado, devido ao risco de trombos FLUTTER ATRIAL Macrocircuito de reentrada Frequência atrial de 250 - 350 QRS estreito Ondas F em dente de serra Pode haver a formação de trombos Não pode ser revertido de cara, deve-se seguir um protocolo tal qual a fibrilação atrial Geralmente o ritmo é regular, mas pode acontecer certa irregulariadade TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR QRS estreito e ondas P não visualizadas R-R regular Geralmente a FC é bem elevada (>180 bpm) Wolf-Parkinson-White (WpW) Feixe anômalo outro feixe de condução em outra região do coração, fazendo com que o impulso elétrico chegue mais rápido sem sofrer o retardo do nó AV Circuito anômalo + circuito normal Impulso chega rapidamente ao ventrículo sem atraso do nós AV por via acessória Presença da onda delta QRS começa largo PR curto (<120) e QRS com a onda delta A síndrome de WpW a pessoa já teve uma taquicardia paroxística supraventricular antes Padrão eletrocardiográfico de WpW se essa for a primeira vez que ele apresenta esse padrão, se ele não tiver tido antes Feixe de KENT o padrão ouro do tratamento é a cauterização desse feixe anômalo Geralmente é um feixe de kent, mas pode ter mais de um Padrão ouro estudo eletrofisiológico + cauterização TAQUICARDIA VENTRICULAR 25 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto QRS alargado FC em torno de 120 – 150 bpm Definição: Mais de três impulsos ventriculares consecutivos alargados TV polimórfica – Torção das pontas (Torsades de Pointes) TV multiforme Alterações progressivas na amplitude dos complexos QRS Complexos QRS tem tamanhos diferentes Progressão para FV Síndrome do QT longo (canalopatia) síndrome genética onde os canais de sódio, potássio e cálcio tem alguma alteração que faz com que o intervalo QT fique longo Desfibrilação + Sulfato de Mg O QUE SABER NO ECG Avaliação de forma rápida e objetiva Traçado do monitor nem sempre é confiável apara o diagnóstico Tratar o paciente, não apenas o traçado O que avaliar? FC Ritmo sinusal ou não sinusal, R-R regular ou não QRS estreito ou largo Ritmo: Regular ou irregular – distancia R-R Sinusal ou não P positiva na maior parte das derivações P precede cada complexo QRS P positiva em DI, DII e aVF Complexo QRS: Duração: < 120 ms > 120 ms Distúrbio de condução em um dos ramos (Direito ou esquerdo) Arritmia ventricular ou supraventricular com abrerrância Estável ou instável: Dor torácica Dispneia (eminencia de Edema Agudo de Pulmão) Hipotensão (sintomas de baixo debito) Alterações do estado mental Se sim em pelo menos um = INSTABILIDADE (deve-se cardioverter o paciente: trazê-lo para um ritmo mais controlado) Cardioversão (≠desfibrilação) choque sincronizado no qual o aparelho identifica as espicular do complexo QRS e joga o choque exatamente onde é necessário Instabilidade: ABC Tratar ritmo Tratar causa Cardioversão se necessário (nada deve atrasar a cardioversão!) Estabilidade: ABC primário: O2 suplementar Monitorização dos sinais vitais acesso venoso ECG PROTOCOLO 1. Taquicardia com pulsos 2. Deve-se: Avaliar e controlar os ABC’s O2 suplementar para aqueles que precisam Monitorização ECG (identificar ritmo), PA SpO2 Identificar e tratar as causas 3. Paciente estável: Sinais de instabilidade incluem: Confusão mental 26 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto Dor precordial Hipotensão Sinais de choque Nota: incomuns com FC < 150 bpm O que fazer: Acesso venoso ECG de 12 derivações ou strip de ritmo (para avaliar melhor o ritmo) Determinar se o ritmo realmente é estreito Se QRS estreito: Regular Primeira coisa Manobra Vagal Segunda coisa Adenosina Irregular ou é FA ou é Flutter Atrial (não desfibrila, controla o ritmo) Controle do Ritmo: BETABLOQUEADOR IV inicialmente, se o paciente não apresentasinais de baixo débito ANTIARRITMICO o grande problema da Amiodarona é que ela pode reverter a arritmia, assim, geralmente, deixa pra usar amiodarona somente em último caso BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO não diidropiridínicos (Verapamil e Diltiazem) 4. Paciente instável IMEDIATA CARDIOVERSÃO SINCRONIZADA: Acesso venoso e sedação (NÃO RETARDE A CARDIOVERSÃO) Considere especialistas Se PCR ocorrer, siga o algoritmo de PCR CARDIOVERSÃO SINCRONIZADA: QRS regular 50 – 100J QRS irregular 120 – 200J (bifásico) ou 200J (monofásico) Largo e regular 100J Largo e irregular (ex: torção das pontas) Desfibrilação MANOBRAS VAGAIS Manobras de ativação parassimpática Deseja-se fazer uma descarga parassimpática onde aquela taquiarritmia está acontecendo São suficientes para reverter a arritmia, nos casos em que são indicadas MANOBRA DE VALSALVA Pede para o paciente soprar contra uma resistência, tapando o nariz o colocando a mão na boca MANOBRA DE VALSALVA MODIFICADA Paciente sentado, pega uma seringa e pede para ele assoprar para empurrar o êmbolo durante cerca de 10 a 15 segundos. Depois deita o paciente de dorso e eleva as pernas dele de forma rápida IMERSÃO EM ÁGUA GELADA Bacia com água gelada ou gelo e coloca o paciente com o rosto imerso por algum tempo COMPRESSÃO/MASSAGEM DO SEIO CAROTÍDEO Na bifurcação das artérias há muitas terminações parassimpáticas 2 dedos abaixo da mandíbula seio carotídeo Fazer uma compressão durante cerca de 1 min O grande problema é que a pessoa já pode ter alguma doença aterosclerótica instalada, e se eles tiverem placas ateroscleróticas com essa mobilização pode-se acabar desprendendo essas placas, que podem migrar para a cabeça e fazer um AVC Auscultar as carótidas para avaliar a presença de sopros Geralmente não se faz, pois a manobra de valsalva modificada é a melhor MEDICAÇÕES Se as manobras vagais falharem ADENOSINA: Age no nó AV É ultrarrápida (ocorre em segundos) Efeito também passa rápido Não usar em asma e DPOC broncoespasmo grande Ampola: 6 mg Pode-se fazer 3 vezes: em flush (com água destilada – 10 a 20ml) 1. Dose de 6mg 2. Dose de 12mg 3. Dose de 12 mg LEMBRETE! Desfibrilação: Monofásico 360J Bifásico 200J 27 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto 4. Não faz uma 4ª vez Administração de adenosina: esquema TRIWAY Via que tenha 3 locais: paciente, flush (10 a 20ml de água destilada) e adenosina Faz a medicação com a parte da água fechada, depois abre o da água de forma rápida, fechar e logo depois elevar o braço do paciente, pois ela é ultrarrápida e preciso garantir que ela chegue ao coração. Se não fizer esse procedimento ela pode se perder no meio do caminho ou não ser tão efetiva Tranquilizar a paciente, pois sentirá uma forte dor no peito ("sensação de morte iminente”) Se a adenosina não der certo: BCC (Verapamil ou Diltiazem) ou BB (Metoprolol) intravenosos muito difícil de encontrar IV, então usa outra coisa: AMIODARONA: Não pode fazer em Bolus, pois tem efeito de hipotensor então o paciente que estava com FC alta pode fazer rapidamente uma hipotensão e chocar, sendo necessário cardiovertê-lo de forma mais rápida Dose: 150mg em 10 minutos ou 300mg em 20-30 min Diluir 2 ampolas em 250ml de soro glicosado (A diluição tem que ser em soro glicosado!) para correr em 20- 30min Dessa forma, de forma lenta, vai tentando reverter (lembrar que vai depender muito da estabilidade do paciente) ECG’s Flutter Atrial ondas F em dente de serra Taquicardia Paroxística Supraventricular FC alta Não defino onda P QRS estreito e regular protocolo de manobra vasovagal, adenosina, verapamil, amiodarona, cardioversão Taquicardia Ventricular Complexos regulares e semelhantes A semelhança é vista na mesma derivação Sempre que estiver frente a uma TV, fazer os critérios de Brugada ou outro QRS largo 28 RESUMO DE HABILIDADES III Gizelle Felinto Taquicardia Supraventricular QRS estreito Se fizesse amiodarona ou manobra vasovagal não estaria errado Protocolos
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