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UNIVALI PROVA CONSTITUCIONAL

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UNIVALI
DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL
AVALIAÇÃO M1 (13/09/2021)
Prof. Jurandi Borges Pinheiro
Acadêmico Gilmar Alves de Siqueira
Observações:
1. Esta prova contém 10 questões objetivas, valendo um ponto cada, com peso 5, e duas questões discursivas, valendo 5 pontos cada, também com peso 5.
2. Enviar as respostas pelo e-mail jura@univali.br até às 12h do dia seguinte à prova, indicando no campo assunto Avaliação M1.
QUESTÕES OBJETIVAS
1) A obra The Federalist Papers reúne um conjunto de artigos elaborados por Alexander Hamilton, John Jay e James Madison em defesa da ratificação da Constituição dos Estados Unidos, na forma concebida pela Convenção da Filadélfia em 1787. O texto a seguir, extraído da referida obra (HAMILTON, Alexander; MADISON, James; JAY, John, Fifth printing. New York, Mentor Book/ The New American Library Inc., 1961. Tradução de Cid Knipell Moreira), escrito por Madison, reflete a atualidade e importância do legado federalista para o constitucionalismo contemporâneo.
Leia o texto e, ao final, marque opção correta:
“Freios e contrapesos
AO POVO DO ESTADO DE NOVA IORQUE
A que expediente, então, deveremos recorrer, a fim de assegurar na prática a necessária repartição de atribuições entre os diferentes poderes, conforme prescreve a Constituição? A única resposta que pode ser dada é que, se todas essas medidas externas se mostrarem inadequadas, o defeito deve ser corrigido alterando-se a estrutura interna do governo, de modo que as diferentes partes constituintes possam, através de suas mútuas relações, ser os meios de conservar cada uma em seu devido lugar. Sem pretender apresentar um amplo desenvolvimento deste importante tema, arriscarei algumas observações que talvez a esclareçam mais e nos habilitem a formar um juízo mais correto dos princípios e da estrutura do governo imaginado pela convenção. A fim de lançar os devidos fundamentos para a atuação separada e distinta dos diferentes poderes do governo — o que, em certa medida, é admitido por todos como essencial à preservação da liberdade — é evidente que cada um deles deve ter uma personalidade própria e, consequentemente, ser de tal maneira constituído que os membros de um tenham a menor ingerência possível na escolha dos membros dos outros. Para que este princípio fosse rigorosamente observado, seria necessário que todas as designações para as magistraturas supremas do executivo, do legislativo e do judiciário tivessem a mesma fonte de autoridade — o povo — através de canais sem qualquer comunicação uns com os outros. Talvez um projeto assim de organização dos poderes seja na prática menos difícil do que parece. Contudo, exigiria algumas concessões e ônus adicionais para ser levado a cabo, admitindo-se, inclusive, certos desvios do princípio. Na constituição do judiciário, particularmente, seria desaconselhável insistir na observância rigorosa do princípio: primeiro, porque, devendo ser atendidas as qualificações peculiares de seus membros, a consideração primordial seria que a seleção assegurasse a existência de tais qualificações; em segundo lugar, porque a vitaliciedade do mandato deve, em pouco tempo, destruir qualquer laço de dependência em relação à autoridade responsável pela nomeação.
É do mesmo modo evidente que os membros de cada um dos três ramos do poder devem ser tão pouco dependentes quanto possível dos demais, relativamente aos respectivos emolumentos. Se o magistrado executivo ou os juizes não forem independentes do legislativo neste particular, a independência sob qualquer outro aspecto será meramente nominal. Todavia, a grande segurança contra uma gradual ação de vários poderes no mesmo ramo do governo consiste em dar aos que administram cada um deles os necessários meios constitucionais e motivações pessoais para que resistam às intromissões dos outros. As medidas para a defesa devem, neste caso como em todos os demais, ser compatíveis com as ameaças de ataque. A ambição deve ser utilizada para neutralizar a ambição. Os interesses pessoais serão associados aos direitos constitucionais. Talvez seja um reflexo da natureza humana que tais expedientes sejam necessários para controlar os abusos do governo. Mas, afinal, o que é o próprio governo senão o maior de todos os reflexos da natureza humana?
Se os homens fossem anjos, não seria necessário haver governo. Se os homens fossem governados por anjos, dispensar-se-iam os controles internos e externos do governo. Ao constituir-se um governo — integrado por homens que terão autoridade sobre outros homens —, a grande dificuldade está em que se deve, primeiro, habilitar o governante a controlar o governado e, depois, obrigá-lo controlar-se a si mesmo. A dependência em relação ao povo é, sem dúvida, o principal controle sobre o governo, mas a experiência nos ensinou que há necessidade de precauções suplementares.
Esta política de jogar com interesses opostos e rivais, à falta de melhores recursos, pode ser identificada ao longo de todo o sistema das relações humanas, tanto públicas como privadas. Ela se evidencia particularmente na distribuição de poder em todos os escalões subordinados, onde o objetivo constante é dividir e dispor as várias funções de tal modo que uma possa ter um controle sobre outra — que o interesse privado de cada indivíduo seja uma sentinela dos direitos públicos. Tais artifícios da prudência não podem ser menos necessários na distribuição dos supremos poderes do Estado.
Não é possível, porém, atribuir a cada um dos ramos do poder uma capacidade igual de autodefesa. No governo republicano predomina necessariamente a autoridade legislativa. A solução para este inconveniente está em repartir essa autoridade entre diferentes ramos e tornálos — utilizando maneiras diferenciadas de eleição e distintos princípios de ação — tão pouco interligados quanto o permitir a natureza comum partilhada por suas funções e dependência em relação à sociedade. Talvez sejam até necessárias precauções adicionais contra perigosas usurpações. Como a importância da autoridade legislativa conduz a tal repartição, a fraqueza do executivo, por sua vez, pode exigir que ele seja reforçado. Um direito de veto absoluto sobre o legislativo parece, à primeira vista, ser o instrumento natural com que o executivo deva ser armado, mas isso talvez não seja nem inteiramente seguro nem unicamente suficiente. Em situações normais, o veto pode ser exercido sem a necessária firmeza e, nas extraordinárias, com abusiva perfídia. Poderá esta imperfeição do veto absoluto ser corrigida por alguma conexão entre o ramo mais fraco do governo e o setor mais fraco do ramo mais forte, através da qual este setor possa apoiar os direitos constitucionais do primeiro sem afetar demais os direitos de seu próprio ramo? [...]” (p. 320- 3)
Há, na Constituição brasileira de 1988, diversos exemplos de freios e contrapesos, entre os quais:
a) “Compete ao Supremo Tribunal Federal […] processar e julgar, originariamente […] a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual (Art. 102, I, a).
b) “Compete, privativamente, ao Senado Federal […] processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;” (Art. 52, II).
b) Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.” (Art. 66, §1º).
d) Todas estão corretas.
2) Todos os dispositivos da Lei Y, promulgada no ano de 1985, possuem total consonância material e formal com a Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 1/1969. O STF, no entanto, em sede de recurso extraordinário, constatou que, após a atuação do Poder Constituinte originário, que deu origem àConstituição de 1988, o Art. X da mencionada lei deixou de encontrar amparo material na atual ordem constitucional. Sobre esse caso, segundo a posição reconhecida pela ordem jurídico-constitucional brasileira, assinale a afirmativa correta.
a) Ocorreu o fenômeno conhecido como “não recepção", que tem por consequência a revogação do ato normativo que não se compatibiliza materialmente com o novo parâmetro constitucional.
b) Ao declarar a inconstitucionalidade do Art. X à luz do novo parâmetro constitucional, o STF realizou controle de constitucionalidade em abstrato e por isso devem ser reconhecidos os naturais efeitos retroativos (ex tunc) da decisão.
c) Na ausência de enunciado expresso, dá-se a ocorrência do fenômeno denominado “desconstitucionalização", sendo que o Art. X é tido como inválido perante a nova Constituição.
d) Terá ocorrido o fenômeno da inconstitucionalidade formal superveniente, pois o Art. X, constitucional perante a Constituição de 1967, tornou-se inválido com o advento da Constituição de 1988.
3) Considere a seguinte situação hipotética: Decreto Legislativo do Congresso Nacional susta Ato Normativo do Presidente da República que exorbita dos limites da delegação legislativa concedida. Insatisfeito com a iniciativa do Congresso Nacional e levando em consideração o sistema brasileiro de controle de constitucionalidade, o Presidente da República pode:
a) Recorrer ao controle preventivo jurisdicional mediante o ajuizamento de um Mandado de Segurança perante o Supremo Tribunal Federal
b) Deflagrar o controle político mediante uma representação de inconstitucionalidade, pois se trata de um ato do Poder Legislativo.
c) Deflagrar o controle concentrado mediante uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), uma vez que o decreto legislativo é ato normativo primário.
d) Não cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade de decreto legislativo.
4) Pedro, reconhecido advogado na área do direito público, é contratado para produzir um parecer sobre situação que envolve o pacto federativo entre Estados brasileiros. Ao estudar mais detidamente a questão, conclui que, para atingir seu objetivo, é necessário analisar o alcance das chamadas cláusulas pétreas. Com base na ordem constitucional brasileira vigente, assinale, dentre as opções abaixo, a única que expressa uma premissa correta sobre o tema e que pode ser usada pelo referido advogado no desenvolvimento de seu parecer.
a) As emendas à constituição não estão sujeitas a controle de constitucionalidade.
b) Norma introduzida por emenda à constituição se integra plenamente ao texto constitucional, não podendo, portanto, ser submetida a controle de constitucionalidade, ainda que sob alegação de violação à cláusula pétrea.
c) Mudanças decorrentes de emendas à Constituição estão sujeitas ao controle de constitucionalidade quando em dissonância com cláusulas pétreas.
d) Os direitos e as garantias individuais considerados como cláusulas pétreas estão localizados exclusivamente nos dispositivos do Art. 5º, de modo que é inconstitucional atribuir essa qualidade (cláusula pétrea) a normas fundadas em outros dispositivos constitucionais.
5) De acordo com entendimento consolidado do STF e da doutrina, qual, dentre os órgãos e entidades listados abaixo, não precisa demonstrar pertinência temática como condição para ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade?
a) Mesa de Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa (DF).
b) Conselho Federal da OAB.
c) Entidade de Classe de âmbito nacional.
d) Confederação Sindical.
6) Dentre as modalidades de controle constitucional, considera-se o controle:
a) difuso de constitucionalidade o que pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal.
b) concentrado de constitucionalidade aquele em que a declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade não é o objeto principal do processo judicial.
c) difuso, ou incidental, de constitucionalidade aquele do qual resulta decisão judicial aplicável a todos, e não somente às partes do processo em que foi proferida.
d) abstrato de constitucionalidade aquele do qual resulta decisão judicial aplicável somente às partes do processo em que foi proferida.
7) O Governador do Estado Alfa, ao tomar conhecimento de que o Supremo Tribunal Federal declarara a inconstitucionalidade da Lei X do referido Estado, decidiu ajuizar, no STF, ações diretas de inconstitucionalidade contra leis semelhantes, de outros Estados da federação, de teor praticamente idêntico, embora não tivessem qualquer correlação com o Estado Alfa. À luz da sistemática constitucional, o Governador do Estado Alfa:
a) Não tem legitimidade para ajuizar ações diretas de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal;
b) Tem legitimidade universal para ajuizar ações diretas de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal;
c) Deverá demonstrar a relevância da matéria para o Estado Alfa para que sua legitimidade seja reconhecida;
d) Somente tem legitimidade para ajuizar ações diretas de inconstitucionalidade contra leis do Estado Alfa;
8) A ideia segundo a qual todos os juízes de qualquer posição hierárquica estão em condições de revisar os atos dos demais órgãos constitucionais, para verificar se estão ajustados ao preceituado pela lei fundamental,
a) trata de violação do princípio da separação de poderes e consequente invalidade de decisão assim emitida.
b) expressa a forma de controle difuso de constitucionalidade, aceita em nosso sistema constitucional.
c) está limitada aos juízes dos Tribunais Superiores em julgamento específico de ação constitucional típica.
d) acha-se condicionada às hipóteses em que não houve prévio controle político de constitucionalidade pelo órgão de origem da norma ou ato.
9) A Jurisdição Constitucional brasileira foi muito influenciada pelo direito constitucional estadunidense e pelo direito constitucional europeu. Assim, o controle de constitucionalidade no Brasil é denominado de misto, pois possui um modelo de controle difuso de constitucionalidade, de influência estadunidense, e outro, de controle concentrado, influenciado pelo direito europeu. Assinale a alternativa correta quanto ao controle de constitucionalidade no Brasil:
a) No controle difuso de constitucionalidade, somente o Supremo Tribunal Federal é competente para realizá-lo.
b) No controle concentrado de constitucionalidade, o Juiz de primeira instância pode declarar determinada lei como inconstitucional.
c) No controle difuso de constitucionalidade, qualquer Juiz ou Tribunal é competente para declarar a inconstitucionalidade de lei.
d) O Brasil não adota o sistema de controle concentrado de constitucionalidade.
10. Assinale a opção incorreta:
a) A decisão do Supremo Tribunal Federal que declara, em sede de Adin, a inconstitucionalidade de uma lei com efeitos ex tunc tem a faculdade de provocar o retorno da legislação revogada, que, assim, voltará a produzir efeitos, desde que compatível com a Constituição em vigor.
b) A medida cautelar, proferida em sede de ADI, é dotada de eficácia contra todos, contendo, como regra, efeito ex tunc.
c) Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.
d) o controle de constitucionalidade poderá ser exercido de forma prévia ou preventiva pelos poderes Executivo e Legislativo ou, ainda, de forma posterior ou repressiva, exclusivamente pelo poder Judiciário.
QUESTÕES DISCURSIVAS
11) Discorra, no máximo em uma lauda, sobre o seguinte tema: “Ativismo judicial e separação de poderes”.
Desde o principio da historia do homem, a necessidade de viver em conjunto sempre ficou explicita. Os homens perceberam que atividades como caça, proteção e outras atividades necessárias para a sobrevivência tornavam-semais fáceis de serem executadas. Com o passar do tempo, iniciaram as formações de grupos que se identificavam por algum motivo, formando tribos, posteriormente vilas, que por sua vez se tornavam pequenas cidades e assim por diante. 
Assim, os relacionamentos humanos foram ganhando intensidade, gerando conflitos que eram resolvidos de acordo com o instituto da autotutela. Conforme a sociedade evoluía, o desenvolvimento de regras passou a ser consolidada e pôde-se notar que essa era uma forma de resolver os conflitos existentes. Surgindo assim, o Ativismo Judicial em nossa sociedade, que pode ser definido como sendo a maneira mais intensa do Judiciário aplicar as regras constitucionais com maior interferência no espaço de atuação dos outros dois poderes.
O ativismo judicial pode ser interpretado como sendo uma atitude, uma forma de interpretar a constituição ampliando seu alcance e vem sendo para suprir lacunas existentes em nosso ordenamento.
A teoria da separação dos poderes teve seu inicio com as manifestações de Montesquieu sobre os poderes: o poder legislativo, poder executivo das coisas que dependem do direito das gentes e o poder executivo daqueles que dependem do direito civil1. Montesquieu não elencava o poder judiciário. Nos ensinamentos de Locke, na democracia parlamentar o legislativo tinha o papel de limitar a ação do governo, que era o executivo, sendo que o judiciário atuaria como uma balança para equilíbrio das decisões. O cerne desta teoria se encontra no fato de que os três poderes que formam o Estado devem atuar de forma harmônica porem independentes e essa separação tem por objetivo evitar que o poder se concentre em apenas um lugar, para evitar abusos. 
MONTESQUIEU, Charles de Secondat. O espírito das leis. São Paulo: Martins Fontes. 1996, p. 167
12) Estabeleça a distinção entre inconstitucionalidade formal e inconstitucionalidade material.
Quando ocorre uma violação ao conteúdo constitucional diz-se que ocorreu uma inconstitucionalidade material. Por exemplo, se uma norma permite a exploração do trabalho em condições análogas a da escravidão, temos uma inconstitucionalidade. E esta inconstitucionalidade se estenderia até o fim do processo, mesmo que o desenrolar do processo seguisse todas as normas formais do processo legislativo.
Já a inconstitucionalidade formal se refere a forma de elaboração de uma determinada norma. A inconstitucionalidade acontece quando há um desrespeito das regras previstas na constituição para a criação de uma Lei ou de norma. É quando um atividade é realizada por outra que não tem capacidade jurídica para tal ato.

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