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– Ao longo do tubo digestório tem vários componentes de musculo liso. Esses componentes são responsáveis por movimentos de mistura no estomago, movimentos peristálticos de esôfago e intestino, movimentos de mistura do conteúdo intestinal, conteúdo de ceco. Funcionamento de musculo, aplicação do sistema nervoso nos aparelhos Coordenação do sistema digestório é integrada com sistema nervoso Processo de fermentação diferente entre espécies, ruminantes apresentam rúmen desenvolvido para esse processo (fermentação pré-gástrica ocorre antes do estomago verdadeiro). Equino, roedores, a fermentação foca em ceco e intestino grosso (fermentadores pós-gástricos) Tipos de sistema digestório Estômago simples (cães e gatos); Fermentadores pré-gástricos (ruminantes e camelídeos); Tem uma câmara especializada antes do abomaso onde ocorre a fermentação Fermentadores pós-gástricos (equinos e lagomorphos). Fisiologia digestória do coelho é parecida com a dos equinos Apesar das diferenças entre espécies em todos destacam-se os seguintes processos no aparelho digestório: Motilidade -movimento) Secreção -liberação de produtos para o tubo digestório. Ex: saliva, bile, suco pancreático Digestão -quebra de componentes alimentares Absorção -repasse dos nutrientes do tubo digestório para o organismo CARNIVOROS Intestino grosso realiza fermentação e absorção de agua e minerais. Fermentação não é fundamental no processo digestório dos carnívoros EQUINO Intestino grosso bem desenvolvido –> fermentação SUINO Estomago com muita região cárdica, intestino grosso bem desenvolvido. Formato em espiral (cone) RUMINANTE Organizado em giros para compactar o espaço, rúmen ocupa todo o lado esquerdo. Os outros órgãos ficam no lado direito APREENSÃO E DEGLUTIÇÃO As estruturas da cavidade oral são necessárias para a preensão do alimento, a mastigação do material alimentar e a sua deglutição, enquanto protegem ao mesmo tempo o animal da inalação dos produtos alimentares. Nos equinos, os lábios superior e inferior são muito flexíveis e sensíveis e eles seguram o material vegetal e o introduzem na boca a uma distância suficiente para que os incisivos possam cortar os caules. Os suínos utilizam os lábios inferiores de modo semelhante. Os lábios dos ruminantes não são muito flexíveis e têm uma capacidade limitada na preensão do alimento. Em seu lugar, possuem línguas que são longas e flexíveis para segurar o material vegetal e introduzi-lo na boca para ser cortado ao pressionar os incisivos inferiores contra o palato duro dorsal (os ruminantes não têm incisivos na arcada dentária superior). Os cães, os gatos e muitos outros carnívoros não utilizam em grande parte os lábios para ajudar a introduzir o alimento na cavidade oral. Em seguida, eles seguram o alimento com os dentes, o arremessam no ar e movem a sua boca aberta para frente para apanhar o alimento na parte mais caudal da cavidade oral até que possa ser deglutido. A língua é essencial em muitos aspectos da preensão. Possui feixes de músculos que seguem o seu trajeto em quase todas as direções, permitindo uma grande flexibilidade e direção de movimento. Existem também músculos inseridos na parte posterior da língua, que ajudam a retrair ou protrair e a deprimir ou elevar a língua. Quase todas as funções motoras da língua são controladas por neurônios motores do nervo hipoglosso ou nervo craniano XII. Além do movimento, a língua desempenha um importante papel sensorial. Os dois terços rostrais da língua são inervados pelo ramo lingual sensitivo do nervo trigêmeo (nervo craniano V), que é sensível a temperatura, toque e dor, e pelo nervo facial (nervo craniano VII), que transmite a sensação do paladar e transporta fibras parassimpáticas até a base dos botões gustativos. O terço caudal da língua é inervado pelo ramo lingual do nervo glossofaríngeo (nervo craniano IX), que transporta a sensação do paladar dos botões gustativos, e por fibras eferentes parassimpáticas até os botões gustativos. A língua tem vários tipos de papilas, dependendo da espécie. Essas papilas são principalmente usadas para ajudar a propelir o alimento para a parte posterior da cavidade oral, embora também sejam úteis para limpeza (gato). Uma característica exclusiva da língua é a presença de botões gustativos. As partículas alimentares entram na fenda entre as papilas da língua e podem penetrar em cada botão gustativo por meio de um poro de abertura. No interior do botão gustativo, células especializadas reagem a um dos cinco sabores (salgado, azedo, doce, amargo) que podem estar entrando pelo poro gustativo. Isso cria um impulso nervoso sensitivo, que é transportado até os centros gustatórios do cérebro por meio dos nervos facial (nervo craniano VII) ou glossofaríngeo (nervo craniano IX). A mastigação do alimento pode ajudar acentuadamente a digestibilidade do material ingerido. Os incisivos da arcada dentária são importantes para cortar o alimento até o tamanho que possa entrar na cavidade oral. Os pré-molares e os molares são capazes de reduzir o material ingerido em partículas muito menores e mais finas, o que aumenta a área de superfície disponível para a ação das enzimas digestivas. SECREÇÃO – SALIVAÇÃO Quantidade de saliva varia de espécie p/ espécie, ruminantes cerca de 40L de saliva Todas as salivas têm os mesmos componentes Saliva serosa se assemelha ao soro, saliva mucosa se assemelha ao muco, é mais espessa Todas salivas produzem tampão, mas a serosa tem a maior proporção de tampão Glândulas parótidas (serosa) Alta concentração de amilase, enzima responsável pela degradação do amido e do glicogênio. Tampões, evitam a acidificação dos meios. Ex: bicabornato. Lipase, enzima de quebra de lipídeo. Presente principalmente em neonato, atua na digestão do leite (gordura do leite) IgA Glândulas salivares sublinguais e pequenas glândulas (mucosa) Mucina, deixa a saliva mais espessa e densa. Essa saliva não se mistura facilmente ao alimento, serve de revestimento pra mucosa. Cria uma película em volta do bolo alimentar, facilitando o processo de deglutição Também possuem amilase, tampão, lipase, IgA em menor quantidade que a serosa Glândula mandibular (mista) Saliva é hipotônica em relação ao plasma (redução das osmolariade da ingesta) - teor de eletrólitos menor comparado aos líquidos corporais -alimentos são hipertônicos em relação ao liquido corporal Todas as glândulas salivares estão associadas ao sistema nervoso parassimpático (nervo glossofaríngeo – parótidas / nervo facial mandibulares e sublinguais) Parassimpático é ativado nos momentos de repouso e deglutição Parassimpático aumenta a salivação durante a atividade digestória O simpático inerva a irrigação das glândulas A saliva é formada através do conteúdo do plasma sanguíneo Se o simpático diminuir o diâmetro dos vasos, diminuir a quantidade de sangue que vai para as glândulas salivares -> as glândulas vao produzir menos saliva Ausência de inevação simpática Em ruminantes o PH da saliva é alterado de acordo com a necessidade de tamponamento ruminal Elevação do PH duodenal: secretina (hormônio produzido pelo duodeno) Secretina: aumenta o PH da saliva em resposta de baixo PH duodenal. Ação: estimula reabsorção de Na+ e Cl-. Estimula a liberação de K+ e HCO3- na saliva -aumenta a quantidade de bicarbonato na saliva, diminuindo o PH duodenal Nos ruminantes a produção de tampão na saliva age em reflexo ao rúmen, maior parte da saliva que os ruminantes produzem é deglutida. Animal ingere grande quantidadede tampão que vai pro rúmen, a microbiota do rúmen não se adapta ao PH ácido. Fermentação também altera o PH do rúmen, o rúmen conta com a saliva pro PH não ficar tão acido O mesmo que ocorre no rúmen está associado ao duodeno nas demais espécies Células enteroendocrinas do rúmen e duodeno produzem o hormônio secretina DEGLUTIÇÃO 1- Inicialmente é uma atividade voluntária. 2 – Receptores faríngeos detectam a presença do bolo alimentar O alimento foi apreendido, mastigado, misturado a saliva serosa e mucosa. A deglutição ocorre de duas formas dependendo do seguimento da boca A deglutição na cavidade oral é uma atividade voluntária, coordenada por sistema nervoso somático, músculos esqueléticos A partir do momento que o alimento passa para orofaringe passa a ser um processo involuntário A região da faringe tem uma serie de receptores mecânicos que detectam o contato da mucosa com o alimento, esses receptores repassam informação para neurônio via aferente. Esses receptores estão ligados aos nervos cranianos V, IX e X que passam informação para o bulbo. O bulbo é um centro de controle do sistema nervoso autônomo, o bulbo detecta que o alimento chegou a faringe. Além de fazer controle dos movimentos de deglutição, controla os movimentos expiratórios. Quando percebe-se a chegada de alimento na faringe, o bulbo inibe os movimentos expiratórios, através dos nervos VII, IX, X E XII vai comandar os músculos lisos associados a região de laringofaringe para fazer os mecanismos associados a deglutição 1- receptores faríngeos detectam a presença do alimento 2- bulbo recebe a informação 3- bulbo aciona os músculos da deglutição que vao movimentar a epiglote no sentido de fechamento da laringe, fecha via respiratória e eleva o palato mole. Cria um caminho direcionando o alimento para o esôfago (movimento de reflexo autônomo) *Causas do refluxo: disfunção da válvula cárdica, obstrução intestinal, obstrução de válvula pilórica, grande quantidade de ingesta, animais gulosos, gastrite, infecção estomacal * O sistema nervoso autônomo é organizado em neurônios pré-ganglionares e neurônios pós- ganglionares. - série de gânglios ao longo da parede do tubo digestório, esses gânglios representam pontos onde existe processamento nervoso. Nos gânglios existe uma grande concentração de corpos de neurônio que também representam uma área de processamento nervoso. - o processamento nervoso é uma etapa que se complementa com sistema nervoso sensorial e motor, para deixar isso em ordem precisa de receptores que vão captar a informação, vias que vão mandar a informação para um local de processamento. O local de processamento vai enviar as respostas - no intestino tem elementos do sistema autônomo associado a função sensorial, processamento e função motora -> sistema nervoso entérico SNE - SNE é o principal componente regulador da motilidade após a deglutição - SNE vai do esôfago ao ânus MOTILIDADE SNE é uma divisão funcional do sistema nervoso, faz a base de funcionamento do sistema nervoso. Capta informação, processa informação e gera respostas Divisão somática e autônoma: elemento sensorial, processamento de informação, vias eferentes que ativam função motora Autônomo está associado com hipotálamo e bulbo, a resposta não é voluntaria Controlada pelo sistema nervoso entérico – SNE (inicialmente no esôfago, mas com maior importância do segmento estômago ao ânus) Organizado em dois plexos: Submucoso (Meissner) e Mioentérico (Auerbach) Submucoso: glândulas e músculo liso na mucosa. Mioentérico: Motilidade do trato: músculos lisos circular e longitudinal. Ligado ao SNC. Esses plexos funcionam como zona de funcionamento nervoso (aglomeração de neurônio), capacidade do intestino de ter um funcionamento nervoso local É formado por vias aferentes (receptores localizados na mucosa intestinal captando informações do processo digestório) e eferentes (encaminha estimulo motor) A medida que o bolo alimentar vai progredindo, o tubo intestinal é distendido. Receptores mecânicos que percebem o grau de estiramento das alças intestinais, sem conteúdo alimentar a osmolaridade e PH são diferentes de quando chega conteúdo alimentar Compostos por fibras sensorias (percepção de estiramento, alterações de pH, osmolaridade e presença de toxinas) e fibras motoras. As toxinas são capazes de interagir com esses receptores e mandam estimulação intensa para os plexos submucoso e mioentérico. Os plexos ajustam as funções do trato digestório Os estímulos do plexo submucoso são direcionados para as glândulas e para músculos liso presente na mucosa. E os do plexo mioentérico são direcionados para musculo liso circular e longitudinal (musculo do peristaltismo) Intestino nota a presença de toxina que estimula a atuação do plexo *Causa de diarreia associada a motilidade, parvovirose destrói a mucosa intestinal. Diarreia de natureza osmótica Causa de diarreia associada a digestão, paciente com obstrução do ducto colédoco, não tem bile no duodeno prejudicando a absorção de gordura. Causa de diarreia associada a absorção* Epitélio do intestino tem receptores de osmolaridade, PH, estiramento. Encaminham estímulos para elementos do sistema nervoso, esses estímulos são encaminhados para o plexo submucoso (informação do que está acontecendo a nível de mucosa) e para o plexo mioenterico. Estímulos eferentes para as camadas circulares (circular e longitudinal) O mioenterico comanda: Movimentos para misturar melhor o conteúdo intestinal Comandar conteúdo para seguir no tubo digestório Os plexos trabalham de forma integrada, compartilham os mesmos receptores e tem neurônios de integração entre si *sistema nervoso central – bulbo* O sistema nervoso entérico é supervisionado pelo sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático) - intensificar funções de digestão: parassimpático - atividade física, estresse: simpático O parassimpático é um estimulante dos elementos do sistema nervoso entérico e o simpático é inibidor Os dois plexos são altamente integrados, mas pela ação destes ser muito localizada ainda há ação do SNA no trato gastro intestinal. Parassimpático é o principal sistema de estímulo para secreção, digestão e motilidade. Possui ação direta (células alvo) e indireta (a partir do SNE) Simpático se contrapõe ao parassimpático. É um inibidor MOTILIDADE DO INTESTINO DELGADO Músculo liso da submucosa: responsável pelo movimento das vilosidades intestinais (fibras aferentes e eferentes do SNE), melhora a superfície de contato entre os vilos e o conteúdo alimentar (bolo alimentar – vilosidades) Contrações segmentares: Músculo liso circular interno. Importante para misturar os conteúdos do intestino, ex: alimento, saliva, bile, suco pancreático. Mistura com conteúdo enzimático, a composição química muda (atividade parassimpática). Peristaltismo: Contração coordenada entre músculo liso longitudinal externo e circular interno. Importante para propelir o conteúdo no sentido aboral. Peristaltismo retrogrado – vomito fecal (verme, obstrução, corpo estranho) Intussuscepção – um segmento “engolindo o outro *Para facilitar a motilidade: fluidoterapia endovenosa e oral. Umidifica o conteúdo *quanto mais tempo o animal fica obstruído maior o comprometimento sistêmico * no US abdominal, as alças intestinais ficam sobrepostas, de acordo com a espessura das camadas do intestino tem como identificar os segmentos. Algumas doenças alteram a topografia do órgão, para avaliar duodeno depende do grau de distensão dele, a camada do duodeno é a camada mais grossa. Se o intestino tiver muitodistendido perde-se parte da percepção *manobras que ajudam a desobstruir: enema – procedimento de lavagem retal, produto com glicerina e óleo mineral *identificar por exames de imagem qual a causa da obstrução *motilidade em excesso causa intussuscepção Os músculos lisos das camadas circular e longitudinal contraem como sinsício (junções comunicantes) e a força de contração depende da quantidade de cálcio extracelular que entra nas células. Musculo liso pode ser de dois tipos: Unitário Multiunitário: formado por fibras independentes O musculo liso do intestino é unitário, células tem junção comunicante entre si. Quando uma célula é estimulada todas trabalham juntas em forma de rede Sinsício – células apresentam canais de cálcio na superfície fazendo a contração ser mais forte Parassimpático aumenta a permeabilidade dos canais de cálcio -> contração forte Simpático diminui a permeabilidade dos canais de cálcio -> contração fraca As contrações estomacais e intestinais são estimuladas por ondas lentas que são geradas espontaneamente (ciclos de 16 a 20 vezes por minuto) Responsáveis pela emissão dessas ondas: células intersticiais de Cajal (similar a um marcapasso intestinal). A atividade das células de Cajal podem ser intensificadas por estiramento e acetilcolina (parassimpático) ou inibidas por noradrenalina (simpático) Parassimpático estimula, ciclo de pulsos aumentando a frequência das contrações intestinais Simpático inibe, pode diminuir as contrações ou paralisar o intestino MOTILIDADE DO INTESTINO GROSSO A distensão do íleo e a produção de gastrina (hormônio produzido em consequência da distensão do estômago) levam ao relaxamento de esfíncteres para passagem do conteúdo para o intestino grosso. A distensão de cólon/ceco cria reflexo de fechamento do esfíncter ileal. Cólon realiza peristaltismo anterógrado (sentido reto) e retrógradas (sentido ceco), além de contrações segmentares (principalmente no cólon descendente) Depende da composição do bolo alimentar para decidir se faz peristaltismo anterógrado ou retrogrado Ceco apresenta contrações segmentares (continuar a mistura) e peristálticas (para expulsar o conteúdo do ceco) A medida que o estomago fica cheio começa a produção da gastrina, o íleo sofre distensão a medida que o conteúdo alimentar chega até ele. O aumento de gastrina circulante e da distensão do íleo resulta no relaxamento do esfíncter ileal, quanto mais o estomago contrair mais o conteúdo segue para o intestino, enchendo as alças intestinais O íleo independente da espécie, passa o conteúdo do intestino delgado para o intestino grosso Equinos: íleo -> ceco Ruminantes: íleo -> transição de ceco e cólon Carnívoros: íleo -> cólon O conteúdo que passa do íleo para o cólon vai distender o intestino grosso, a distensão do intestino grosso fecha os esfíncteres O esfíncter íleal é uma via de passagem única, do intestino delgado para o intestino grosso Em espécies fermentadoras existe peristaltismo retrógrado natural –> ajudar o conteúdo a permanecer mais tempo no intestino grosso, quanto mais o conteúdo permanece no intestino grosso favorece a ação fermentativa da microbiota. O colón realiza peristaltismo anterógrado, sentido reto e peristaltisto retrógrado, sentido ceco. MOTILIDADE – DEFECAÇÃO A medida que o conteúdo alimentar foi devidamente fermentado, o cólon faz peristaltismo anterógrado. O reto é a porção final do intestino grosso, as fezes se acumulam até o momento da evacuação. Quanto mais ocorre peristaltismo no cólon descendente mais preenchido fica o reto, a distensão do reto começa a causar pressão do reto sob o esfíncter anal interno (musculo liso). Quando o reto está vazio, a medula manda estimulo para deixar o esfíncter interno fechado, quando ocorre pressão no reto o esfíncter relaxa. O esfíncter anal externo é voluntario Neonatos: conteúdo fica pouco tempo no reto, a absorção de agua é menor -> filhotes tem fezes mais pastosas *diarreia -> o esfíncter externo não consegue segurar conteúdos mais líquidos* VÔMITO Vomito não é doença, é sinal clinico Labirinto - orelha interna (equilíbrio e audição) Anestésicos atrapalham o funcionamento do labirinto interno causando vomito SECREÇÃO ESTOMAGO Regiões da mucosa gástrica: Região esofágica: aglandular (ausente em carnívoros / corresponde ao rúmen, retículo e omaso em ruminantes) Região cárdica: produção de muco espesso e tampão (NaHCO3). Região fúndica: produção de enzimas proteolíticas, ácido, hormônios (Muco em menor quantidade). Glândulas verdadeiras que produzem células parietais e principais Células principais: produção de enzimas Células parietais: produção do ácido clorídrico Região pilórica: produção de muco, tampão (NaHCO3) e o hormônio gastrina (em reflexo a distensão do estômago). SECREÇÃO FÚNDICA Estrutura estomacal organizada em: Fovéolas gástricas Revestidas por muco e tampão (proteção contra ácidos e enzimas proteolíticas). Ao fundo de cada fovéola encontram-se glândulas gástricas profundas. Forma de proteger a mucosa, garatindo que o produto do estomago seja liberado de forma que a ativação dos produtos não agrida o estomago Na glândula gástrica profunda encontramos as células principais e parietais (exclusivas da região fúndica). Células principais: produção de pepsinogênio (inativo) que é convertido à pepsina (ativo) pelo ácido clorídrico (presente em glândulas gástricas e lúmen estomacal). Outro produto dessas células é a renina, importante para a digestão de leite pelo neonato. Ácido clorídrico ativa o pepsinogênio fazendo se apresentar em forma de pepsina A medida que o animal cresce a produção de renina cai e a de pepsinogênio aumenta Leite – anticorpos Pepsina atua em todas proteínas Renina não age em anticorpos, renina atua em proteínas alimentares do leite Células parietais: Secreção de H+ e Cl- (formação do ácido clorídrico). Além disso produzem a ptn conhecida como fator intrínseco (Fator intrínseco + Vit B12 são absorvidas no íleo) Secretam íons de hidrogênio e íons de cloreto que se conjugam formando o ácido clorídrico. Só se associam na luz do estomago para evitar danos ao longo do caminho Fator intrínseco é uma proteína que se conjuga com a B12 para ser absorvida, no íleo é absorvida. A falta do fator intrínseco gera hipovitaminose de vitamina B12 A secreção das células parietais é feita por dois transportes diferentes, um transporte chamado de bomba de prótons (transporte ativo), as células parietais consomem ATP para captar potássio e liberar hidrogênio. Além disso realizam antiporte, trocam cloro por sódio, absorvem sódio e liberam cloro Medicamentos inibidores da bomba de próton -> servem para deixar o estomago menos acido Dentre os fatores estimulantes das células parietais tem a gastrina, histamina e acetilcolina Histamina: produzida pela células enterocromafins (enteroendócrionas) em reflexo ao aumento do pH estomacal. Essa estimúla a bomba de prótons. Produzem histamina em relação ao aumento do PH estomacal Gastrina: produzida pelas células enterocromafins em reflexo ao aumento do pH estomacal e distensão do piloro, segue pela corrente sanguínea e atua nas células parietais aumentando a liberação de HCl. Também atua as células enteroendócrinas aumentando a secreção de histamina. Gastrina é um fator de estimulo para histamina, quanto mais gastrina mais histamina (feedback negativo para regular PH estomacal) Atividade vagal (parassimpática):acetilcolina. Resposta gerada pelo bulbo distensão estomacal e alteração de osmolaridade do estômago. Além disso os centros superiores do cérebro (consciência) estimulam o nervo vago para a liberação de mais ácido. Acetilcolina: neurotransmissor das vias parassimpáticas Nervo vago representa 75% das fibras parassimpáticas do corpo -> faz inervação parassimpática Acetilcolina faz estimulação direta das células parietais Fatores que diminuem a secreção de ácido clorídrico: Hormônios duodenais, dentre eles destaca- se a colescistocinina (CCK). Estes atuam nas células parietias as inibindo. São produzidos pela entrada de gorduras e aminoácidos no duodeno Produzido em reflexo a chegada de conteúdo ácido no duodeno Obs: a secretina, produzida no duodeno não atua inibindo a produção de ácido clorídrico, mas atua aumentando secreções alcalina, como saliva, secreção pancreática e das glândulas duodenais (gl. De Brunner). Secretina age nas glândulas salivares estimulando a liberação de tampão Tampão via saliva neutraliza acidez no duodeno SECREÇÃO FÍGADO A grande maioria dos órgãos apresenta irrigação feita por artéria (musculo, ossos, coração, pulmão, rim). O fígado tem irrigação pela artéria hepática e pela veia porta hepática (75%) Vasos formadores da veia porta – veias de drenagem do intestino e estomago convergem para formar a veia porta hepática Fígado é o primeiro órgão a receber todos os nutrientes absorvidos na digestão Abastecido pelo sistema porta com o sangue e todos os nutrientes absorvidos pelas vísceras. Funções gerais Uma alta porcentagem dos aminoácidos é absorvido pelo fígado para a produção de proteínas (albumina, fatores de coagulação, ptns de fase aguda, globulinas) Hepatócitos absorve os aminoácidos que formam proteínas formadoras do sangue Lipídios absorvidos pelo fígado são armazenados (quilomícrons) ou formam lipoproteínas para serem transportados para outros órgãos. Armazenamento de vitaminas lipossolúveis *animais subnutridos: o fígado não consegue fornecer proteína para o sangue, sangue menos concentrado *acumulo de liquido em cavidade Bile Formada continuamente no organismo, mas estimulada pela colecistocinina (CCK) Composição: Sais biliares (emulsificante de gordura) Colesterol (Excesso de colesterol e bactérias = cálculos!) Pigmentos biliares (Principal: bilirrubina, que é uma forma degrada da hemoglobina) Produtos de que são removidos do sangue para serem excretados na bile (fármacos, hormônios esteroides, toxinas,…). Em primeira fase são oxidados (acréscimo de hidroxilas). Na segunda fase conjugação com glicuronídeos (o que o torna essas moléculas hidrossolúveis) Hepatócitos: atividade de produção dos sais biliares, captação de pigmento, neutralização de toxinas Acumulo nos canalículos forma as pedras A bilirrubina conjugada com glicuronídeo gera a cor verde da bile. A bilirrubina no intestino sob ação de bactérias é convertida em uribilinogênio e estercobilina. A estercobilina confere a cor marrom as fezes. Parte do urobilinogênio é reabsorvido para corrente sanguínea e é eliminada pelos rins (cor amarela da urina). *Disfunção hepática altera a cor das fezes, da urina *Icterícia é sinal clinico com causas pré- hepaticas, hepáticas e pós-hepáticas SECREÇÃO PÂNCREAS Parte exócrina é a parte mais desenvolvida do pâncreas O pâncreas produz um coquetel enzimático: amilase pancreática que digere amido e glicogênio, proteases que digere proteínas, lipases que digerem gorduras. Essas enzimas não são liberadas de forma ativa, são liberadas no estágio de pró-enzimas (inativas), são ativadas no duodeno A ativação de enzimas pancreáticas de forma precoce é uma das causas principais de pancreatite (processo inflamatório do pâncreas) - o principal ducto de drenagem do pâncreas desemboca junto com o ducto colédoco, obstrução vai estagnar conteúdo de bile e de suco pancreático Porção exócrina – 90% do parênquima pancreático (ácinos). Produtos dos ácinos: Amilases. Proteases. Lipases (triglicerídeos). Secretadas em forma inativa. Ativadas no duodeno (ativação antes do duodeno = pancreatite). Estímulo à produção: colescitocinina (CCK). Estimula contrações da vesícula biliar, faz a bile chegar até o duodeno Além das enzimas as células dos ductos acinais secretam NaHCO3 (neutralização do conteúdo para proteção intestinal). Estimulo para liberação de NaHCO3: secretina (produzida no duodeno em condições de baixo pH – lembrar de saliva) INTESTINO DELGADO Vilosidades: aumentar área de superfície do órgão Criptas: áreas associadas a secreção Enterócitos absortivos: presentes nas vilosidades Enterócitos secretores: presentes nas criptas. Liberam ions de sódio, cloreto e agua *diarreia: desidratação e perda de eletrólitos Enterócitos: maior população nas criptas e vilosidades. Os enterócitos das criptas (secretores) liberam Na, Cloreto e água para aumentar a função das enterócitos das vilosidades (absortivos), que não apresentam função secretora. A secreção desses íons é estimulada pelo parassimpático. Células caliciformes: semelhantes entre criptas e vilosidades. Secretoras de muco. Muco protege a mucosa intestinal Células enteroendócrinas: exclusivas das criptas. Produtoras dos hormônios secretina, CCK e diversos outros (somatomedina, peptídeo intestinal vasoativo, serotonina e enteroglucagon). Somatomedina: hormônio parácrino, regula secreções endócrinas do intestino Peptídeo intestinal vasoativo: aumento de fluxo sanguíneo durante o processo de digestão Serotonina e enteroglucagon: percepção encefálica de saciedade Secretina: tamponamento CCK: bile, conteúdo pancreático, inibição da acidez estomacal Células de Paneth: exclusivas das criptas. Produzem substâncias antibacterianas, antifúngicas e antivirais (lisozima e fosfolipases). Obs: cão, gato e porco não apresentam células de Paneth Todas as células da mucosa intestinal apresentam zônulas de oclusão, o que impede passagem de microorganismos, macromoléculas entre as células. Água e íons tem passagem dificultada. *parvovirose – zona proliferativa 1. Conteúdo hemorrágico cai no lumen do intestino, fezes escuras e fétidas devido ao sangue digerido * hematoquezia, sangue vivo nas fezes é indicativo de hemorragia no intestino grosso e reto. *corpo estranho, parasitas *diarreia no intestino delgado + lesão no intestino grosso (gastroenterocolite) *sangue vivo é sinal direto de lesão no intestino grosso As glândulas de Brünner são glândulas tubulares compostas encontradas na camada submucosa do duodeno. Secretam muco alcalino (contendo bicarbonato e urogastrona) - neutralização do pH ácido. *tampão de saliva, de suco pancreático e do intestino Presença de criptas, mas sem vilosidades. Nas criptas: Células caliciformes (muco alcalino). Células tronco Em toda mucosa: Células absortivas: água e eletrólitos *pancreatectomia, animal vai precisar de suplementação endócrina (insulina) e enzimas para fazer a digestão. Diabético tipo 1 (fisiologicamente) ABSORÇÃO Substancias que podem ser absorvidas sem digestão Diversos processos envolvidos com a absorção de nutrientes: Absorção paracelular: ocorre entre duas células, H2O e íons -> alto gradiente de concentração -barreiras, zonas de oclusão maioria das substancias não passam -glicose, ácidos graxos Absorção transcelular: ocorre através de uma célula, envolvimento de transporte ativo e difusão facilitada em duas etapas para a maioria dos nutrientes Difusão Difusão facilitada Transporte ativo Osmose Dragagem do solvente (modalidade de osmose) Endocitose ABSORÇÃO DE ELETRÓLITOS E MINERAIS Estômago tem capacidade parcial de absorção de Na e K. Maior absorção de eletrólitos e minerias ocorre no intestino delgado para monogástricos Cólon absorção de eletrólitos restantes no lúmen Cotransporte entre sódio e cloro sem gasto de ATP. Para o sódio sair da célula intestinal -> bomba entre sódio e cloro. Aquilo que entrou a favor do gradiente só sai da célula intestinal se utilizar ATP contra o gradiente de concentração Na+ e Cl-: juntos para a manutenção do equilíbrio elétrico Na+: o movimento deste por ação eletroquímica permite movimento de açúcares e aminoácidos (cotransporte Na+/Hexoses) K+: transportado em maior parte de forma paracelular A medida que a água vai sendo absorvida no intestino delgado os eletrólitos restantes vão se concentrando no lúmen, criando gradiente de concentração para absorção no intestino grosso Ca++: Apesar do gradiente de concetração deste ser a favor para a captação celular sua absorção é dependente de vitamina D (1,25-di-hidroxivitamina D3 – produzida no rim). Após absorção da membrana apical o transporte ocorre de forma ativa (ATP) A vitamina D age nos enterocitos afetando a transcrição de proteínas, atua formando os canais de cálcio, proteínas de ligação do cálcio responsável pelo transporte, estimula a bomba de cálcio. O segundo mecanismo é o transporte paracelular de Ca++, associado também ao rúmen. (Sem ATP). Rumen absorve alta taxa de de cálcio sem gasto de ATP Hipovitaminose de vit D: afeta as demais espécies menos ruminantes A porcentagem de cada um desses transporte oscila de acordo com teor dietético: Transporte paracelular predomina em dietas ricas nesse mineral. O transporte ativo predomina em dietas pobres em Ca++. HPO4- (Fosfato): Membrana apical – Contransporte Na++/ HPO4-. Isso permite o transporte do fosfato contra seu gradiente de concentração. A proteína que realiza o contransporte é produzida pela vitamina D. Falta de vitamina D e baixos níveis de fosfato na dieta -> hipofosfatemia (baixo nível de fosfato no sangue) Carência de Vitamina D -> Raquitismo. Osso: cálcio e fosfato Na membrana basal o fosfato sai por difusão. Em dietas balanceadas de fosfato 60 -80% do fosfato são captados por transporte paracelular. DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE PROTEÍNAS Proteínas: moléculas muito grandes formadas por centenas de aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Solução: hidrolise das ligações peptídicas, feitas por: HCl: além de hidrolisar algumas ligações peptídicas ele converte pepsinogênio em pepsina Pepsinogênio (forma inativa) > pepsina (forma ativa) Renina Ambos (pepsinogênio): Produtos das células principais estomacais. Ativação em pH ideal de 2 a 3 A entrada de peptídeos no intestino ativa receptores de célula enteroendócrinas estimulando a produção de colecistocinina (CCK). CCK: atividade endócrina > pâncreas = estimulação para produção e liberação de pró- enzimas (formas inativas): tripsinogênio, quimiotripsinogênio, proelastase e procarboxilases (A e B) CCK: atividade parácrina > enterócitos vilosos = produção de enteroquinase > conversão de tripsinogênio em tripsina (a tripisnia consegue ativar todas as formas inativas do coquetel pancreático, inclusive tripsinogênio) Tripsina / quimiotripsina / elastase e carboxilase: clivam ligações peptídicas diferentes, resultando em aminoácidos isolados ou cadeias de no máximo 12 aas Peptidases das microvilosidades cliva peptídeos que se ligam ao glicocálice *Di e tripeptídeos podem ser absorvidos por transporte ativo Transporte pela membrana basolateral livre ou acompanhado por sódio O estomago começa a digestão através de ação química, enzimática, HCL começa a quebrar peptídeo e pepsina. Conteúdo vai para o duodeno, as proteases pancreáticas entram em ação, precisa das peptidases do glicocálice para chegar nos canais de absorção de 2 a 3 unidades. Absorvido e passado para circulação sistema. Di e tripeptídeos precisam passar pelo fígado *encefalopatia hepática Imunoglobulinas (colostro): não podem ser digeridas, são absorvidas de forma integra. Capacidade de absorção de imunoglobulina: cavalos absorvem imunoglobulinas de colostro até 24 horas após o nascimento, se ele não mamar em 24 horas não recebe todo colostro que precisa *sucedâneo com plasma de cavalo adulto, coleta sangue, centrifuga e utiliza para fazer o plasma (rico em imunoglobulina) DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE CARBOIDRATO NÃO ESTRUTURAL CBH – NE: amido, glicogênio Carboidrato estrutural: celulose (fermentado) Digestão iniciada pela amilase salivar. Ação da amilase salivar termina no estômago (hidrolise pela acidez). A chegada de CBH e peptídeos no duodeno desencadeia estimulação parassimpática que aciona o pâncreas para liberar amilase. Os produtos de ação das amilases (principalmente dissacarídeos) se ligam ao glicocálise e enzimas deste terminam a separação. Enzimas do glicocálise (maltase, maltotriase, sacarase e lactase,) Digestão é finalizada pela ação do glicocálice intestinal DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE GORDURAS Início pela saliva (glândulas linguais produzem lipase). Importante para neonatos. Insignificante para animais que desmamaram. Primeira etapa: estômago = agitação mecânica formação de emulsão de água/gorduras Segunda etapa: intestino = percepção de gordura pelas células enteroendócrinas > CCK > estimulo para contração da vesícula biliar e para liberação de enzimas pancreáticas. Paralelo a isso a produção de secretina estimula a produção de bile. Enzimas pancreáticas: Sais biliares se ligam as gotículas emulsificadas de gorduras diminuindo-as, o que permite a ação das enzimas pancreáticas. A medida que a digestão prossegue mais sais biliares se ligam com os produtos de degração formando micelas Enzimas de membrana degradam os diglicerídeos e triglicerídeos em monoglicerídeos e ácidos graxos. Passagem livre pela membrana. Dentro da célula monoglicerídeos e ácidos graxos são convertidos em triglicerídeos no retículo endoplasmático liso. Objetivo: reduzir osmolaridade da célula e manter o gradiente para os monoglicerídeos e ácidos graxos. Transporte para fora da célula na forma de quilomícrons (triglicerídeos+colesterol+apoliproteínas). Quilomícrons são drenados para a circulação linfática e depois seguem para o sangue (ducto torácico) No sangue: Quilomícrons + HDL (produzida no fígado): perda de triglicerídeos para o HDL, passagem de apoliproteínas para o quilomícron). As apoliproteínas adquiridas fazem os quilomícrons se ligarem a receptores dos tecidos mamário, adiposo e muscular esquelético e cardíaco. Perda de triglicerídeos para os tecidos. Remanescente do quilomícron: endocitose nos hepatócitos -Fonte de vitaminas A, D e E além de triglicerídeos para reserva hepática. -Formação de VLDL (por adição de colesterol e triglicerídeos) VLDL: liberação de colesterol e triglicerídeos para tecidos mamário, adiposo e muscular esquelético e cardíaco. Sobra do VLDL: LDL rica em colesterol (Colesterol ruim) *VLDL E LDL colesterol ruim *composição da dieta *aterosclerose – deposição de gordura abaixo do endotélio, placa de gordura chamada de ateroma. Diminuição do diâmetro de uma artéria *consequências da aterosclerose: AVC (acidente vascular cerebral), homeostasia desse processo, o coração trabalha mais -> paciente hipertenso -> AVC. Acidente vascularisquêmico *aneurisma: fragiliza parede de um vaso cirando uma dilatação anormal. Pode ser a causa de um AVC. ABSORÇÃO DE AGUA Dois fatores principais: Pressão osmótica (auxiliada pela circulação das vilosidades em arranjo de contra- corrente) Pressão hidrostática vermelho: arteríola azul: vênula enterócitos absorvem eletrólitos, lado arterial da vilosidade que absorve os eletrólitos. Sangue carregado de eletrólitos, lado venoso hipertônico em relação ao intestino, agua vai ser absorvida pelo lado venoso da circulação *Fluidoterapia oral auxilia em casos de obstrução de equino -> diminui compactação FISIOLOGIA DIGESTIVA DOS RUMINANTES Dividido em 2 subordens: 1) Ruminantia: veado, alce, rena, antílope, girafa, bisão, bovinos, ovinos e caprinos 2) Tylopoda: camelo, lhama Caracterizados por apresentarem estomao plurilocular Tylopoda x Ruminantia: Tylopoda não apresenta omaso Rúmen: função fermentativa Reticulo: função fermentativa + seleção Omaso: maceração + extração de conteúdo liquido + absorção de agua e AGV Abomaso: estomago químico e enzimático. Fisiologia idêntica a dos estômagos monogástricos FERMENTAÇÃO Bactérias fermentativas conseguem romper as ligações beta dos carboidratos estruturais. Por serem anaeróbias estas utilizam de atividade fermentativa. Os produtos finais da fementação são os ácidos graxos voláteis, principalmente: acetato, propionato e butirato. Absorção por difusão pelo epitélio ruminal. PH ruminal varia de acordo com dieta (6,5 – 7 em predomínio de forragem, diminuindo com oaumento do concentrado. Limite mínimo para a saúde do rúmen 5,7). Problema: dieta rica em amido (grãos) sem tempo de daptação; Aumento da microbiota amilolítica; Produção de ácido lático; Diminuição do pH abaixo de 5,7 (Acidose ruminal); Morte da microbiota celulolíticas e lesões ruminais; Morte das bactérias > liberação de endotoxinas> circulação > choque. Mudança gradativa: desenvolvimento de microbiota degradadora de lactato (previnindo a formação de ácido láctico). Obs: fermentadores pós-gástricos tem digestão/absorção do amido antes do compartimento fermentativo (ainda no ID). Proteína Proteína dietética é utilizada pela microbiota (proteína degradável no rúmen). Bactérias ruminais combinam nitrogênio (amônia ou ureia) com esqueletos de carbono da dieta: formação de aminoácidos. Proteínas de alta qualidade Com a morte das bactérias ou passagem delas para o ID ocorre ação proteolítica Proteína não degradável no rumen: taxa variável (20 a 75%), dependente da dieta. Mas tratando-se de custo, para que se tenha maiores taxas de ptn não degradável no rumen a dieta encarece demais Fermentadores pós-gastricos: digestão e absorção de de ptns no ID. Contribuição das proteínas bacterianas para o cavalo??? Cecotrofismo: alta utilização de proteínas oriundas da microbiota fermentativa ABSORÇÃO DE AGV AGV são ácidos fracos. Podem se encontrar dissociados (hidrossolúvel e lipofóbico) quanto não dissociados (hidrossolúveis e lipossolúveis). Três movimentos principais no rúmen e retículo: mistura da ingesta; remoção de gases (eructação); regurgitação do conteúdo luminal (ruminação) Todos estão ligados a reflexos bulbares distintos associados ao nervo vago (aferente e eferente) Um reflexo inibe os outros Esôfago dotado de musculatura esquelética (tanto para movimento retrogrado quanto anterógrado) CONTRAÇÕES DE MISTURA Início no cárdia seguindo por um movimento completo até retornar pelo saco dorsal. Balsa e líquido seguem em movimentos separados Ritmo de contrações contínuas com duração média de 30 a 50 segundos (pequenos ruminantes e bovinos respectivamente) Materias de maior peso tendem a seguir para o retículo CONTRAÇÕES DE ERUCTAÇÃO Bovinos: a cada hora de fermentação são produzidos 2 L de gás Percepção da distensão da porção dorsal ruminal (Nervo vago aferente e eferente) Formação de onda de contração do sentido caudo-ventral para caudo-dorsal. Relaxamento do saco cego ventral. Diminuição do nível de líquido ruminal Quando o líquido não está em contato com a cárdia está relaxa sua musculatura, permitindo a saída de gás Parte do gás é inspirado e eliminado na próxima expiração (?) CONTRAÇÕES DE REGURGITAÇÕ (RUMINAÇÃO) Contração da porção média do saco dorsal posicionando a porção fibrosa próxima ao cárdia e a porção de gás mais distante. Abertura do cárdia que não está mais em contato com o líquido. Material fibroso aciona peristaltismo anterógrado no esôfago Mastigação estimula salivação (importante tampão ruminal) CONTRAÇÃO ABOMASAL Semelhante a estômago simples. Impele gases diluídos no líquido que chega ao abomaso de volta para os pré- estômagos. Contrações coordenadas com as ruminais (2 contrações abomasais para cada ruminal). Se a constrações ruminais diminuem as do abomaso também Falta de contração abomasal leva este a “Flutuar” causando seu deslocamento. REFLEXO DA GOTEIRA ESOFÁGICA Acionada pelos movimentos de sucção > acionamento de nervos faríngeos > contração e aproximação dos lábios da goteria no retículo Importante para a preservação dos componentes energéticos e proteínas (anti-corpos) do leite
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