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Sistema digestório FISIOLOGIA B 1

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FISIOLOGIA VETERINÁRIA B 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
Tipos de sistemas digestivos: 
Monogástricos, Ruminantes e Fermentadores 
Pós-gástricos. 
 
MECANISMOS DE REGULAÇÃO 
 O sistema gastrointestinal é regulado em dois 
níveis: 
-Sistema nervoso central e endócrino, 
semelhante aos outros órgãos do corpo (controle 
secundário ou extrínseco); 
 
-Sistema único para o TGI exercido pelos 
componentes endócrino e nervosos localizados 
na parede do TGI. (Intrínseco); 
 
 O controle do sistema nervoso central é 
principalmente secundário; o sistema nervoso 
central exerce influência sobre os sistemas 
intrínsecos, que então regulam diretamente a 
função intestinal. 
 
 O nível intrínseco permite que o intestino 
regule de algumas de suas funções com base nas 
condições locais, como a quantidade e tipo de 
alimento contido no lúmen (fatores químicos e 
físicos). 
 
 O TGI recebe inervação extrínseca do sistema 
nervoso autônomo. 
 Os sistemas nervosos simpático e 
parassimpático fazem a ligação entre o sistema 
nervoso intrínseco do intestino e o sistema 
nervoso central. 
 Algumas fibras simpáticas fazem sinapse com 
neurônios do sistema nervoso entérico, enquanto 
outras exercem efeito direto sobre os músculos e 
as glândulas do TGI. 
 
CONTROLE INTRÍNSECO 
 O sistema nervoso GI intrínseco é extenso e 
altamente sofisticado, contendo quase tantos 
neurônios quanto a medula espinhal. 
 Consiste em corpos celulares e seus neurônios 
associados, todos situados dentro da parede do 
TGI. 
 
 Dentro da parede intestinal, os corpos 
celulares do sistema nervoso intrínseco estão 
dispostos em dois sistemas de gânglios: 
-Plexo mioentérico (de Auerbach) (*responsável 
pela motilidade e está entre as camadas 
musculares*) 
-Plexo submucoso (de Meissner) (*responsável 
pela absorção e secreção e está entre a camada 
submucosa*) 
 
 Uma espessa rede de neurônios corre no 
plano entre as camadas musculares circular e 
longitudinal, conectando os gânglios do plexo 
mioentérico. (interneurônios – comunicação 
entre um plexo e o outro ). 
 
 Neurônios individuais deixam a rede neuronal 
para inervar estruturas situadas dentro da parede 
intestinal e intercomunicar-se entre os plexos 
mioentérico e submucoso . (“PEQUENO 
CÉREBRO”). 
 
*Sistema nervoso entérico: Atua de maneira 
intrínseca por ações locais (em algumas regiões 
do TGI tem um tipo de movimento e absorção e 
em outras tem outro, por exemplo depois de 2h 
do almoço pois em algumas regiões tem alimento 
e em outras não) 
*Algumas coisas vão causar dilatação mecânica 
enquanto outras não (bactérias, Salmonella), 
nesse caso o plexo mioentérico não vai estar 
ativo, pois não há o que contrair e o plexo 
submucoso possui quimioreceptores que vão 
perceber isso, e então ele manda essa 
informação através dos interneurônios para o 
plexo mioentérico. 
 
 Os plexos do sistema nervoso intrínseco 
contêm neurônios sensoriais (aferentes), 
interneurônios e neurônios motores (eferentes). 
 
 O plexo mioentérico (Auerbach) – entre 
camadas musc. circular e longitudinal controla 
principalmente os movimentos do TGI. 
 
 Os mecanorreceptores monitorizam a 
distensão da parede intestinal; 
 
 O plexo submucoso (Meissner) – camada 
submucosacontrola principalmente os a secreção 
gastrintestinal e o fluxo sanguíneo. 
 Quimiorreceptores na mucosa monitorizam as 
condições químicas no lúmen intestinal. 
Os Plexos Estão associados com controle da 
secreção local, Absorção local, Contração do 
musculo submucoso (local). 
 
 A informação sensorial provém de 
MECANORRECEPTORES dentro das camadas 
musculares e de QUIMIORRECEPTORES dentro da 
mucosa. 
 Os MECANORRECEPTORES controlam a 
distensão da parede gastrintestinal. 
 Os QUIMIORRECEPTORES controlam as 
condições químicas no lúmen gastrintestinal. 
 
 Nervos motores intrínsecos inervam músculos 
e glândulas dentro da parede do TGI 
 Há dois tipos de neurônios eferentes (motor): 
COLINÉRGICOS e NÃO COLINÉRGICOS. 
 Geralmente os neurônios COLINÉRGICOS são 
excitatórios: aumentam as contrações 
musculares e secreções das glândulas. (*pois o 
parassimpático serve para diminuir as outras 
funções e focar no TGI). 
 
 Os nervos COLINÉRGICOS secretam 
acetilcolina como substância neurorreguladora. 
(acetilcolina é do parassimpático, então os 
colinérgicos trabalham semelhante a ele*) 
Outras subst. Neuroreguladoras excitatórias: 
-Substância P 
-Substância K 
 
 Os neurônios NÃO COLINÉRGICOS são 
inibitórios, secretam diversas substâncias 
neurorreguladoras. 
 Dentre estas a mais importante é o peptídeo 
intestinal vasoativo (PIV): 
Provocando: relaxamento da musculatura lisa 
vascular e musculatura da parede gastintestinal. 
 
 Os interneurônios fazem comunicação entre 
os plexos para troca de informações e controle 
Ex; Se o conteúdo é alimento altamente nutritivo, 
deverá ocorrer: 
Maior secreção de enzimas digestivas, 
Maior absorção, 
Menor velocidade de condução, 
Mais movimentos de mistura. 
 
 Se o conteúdo é alimento altamente 
contaminado ou não digerível, deverá ocorrer: 
Menor secreção de enzimas digestivas, 
Menor absorção, (menor absorção de água = 
diarreia) 
Maior velocidade de condução, 
Menos movimentos de mistura. 
 
Tudo na intenção de retirar odo TGI este 
conteúdo o mais rápido possível 
Assim os plexos trabalham em conjunto 
exercendo funções diferentes. 
 
CONTROLE ENDÓCRINO INTRÍNSECO 
 O sistema GI tem grande número e variedade 
de células endócrinas. 
 Embora as células endócrinas em geral estejam 
agrupadas nas glândulas, as células endócrinas GI 
distribuem-se de maneira difusa por todo o 
epitélio intestinal. 
 O ápice estreito das células endócrinas fica 
exposto ao lúmen intestinal, permitindo que elas 
obtenham "amostras" ou "saboreiem" o 
conteúdo luminal. 
 A base dessas células contém grânulos 
secretores, uma forma de armazenamento de 
hormônios. 
 
Localizadas de acordo com a característica da 
secreção 
Ex: Células produtoras de gastrina – localizadas 
no fundo do estômago 
As células endócrinas podem ser de 3 tipos; 
Parácrinas – (locais) 
Autócinas – (nela própria) 
Endócrina - (atuam distante) 
 
 Da mesma forma que ocorre com o sistema 
nervoso entérico, o sistema endócrino entérico 
pode sofrer influencias de alguns hormônios. 
Ex: 
Colecistoquinina ( CCK ) 
Possui diversas ações como retardar o 
esvaziamento gástrico. 
Secretina: inibe a motilidade (fracamente) da 
maior parte do TGI 
 
 Hormônios enteroendócrinos exercem efeito 
trófico sobre as células gastrintestinais. (efeito de 
crescimento/modulação) 
 Este é um mecanismo pelo qual o organismo 
se adapta ao aumento das necessidades 
digestivas. 
 
ESTRUTURA DO SISTEMA GASTROINTESTINAL 
O sistema digestório é formado por um longo 
tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos 
e glândulas que participam da digestão. 
Apresenta as seguintes regiões 
- boca, esôfago, estômago, intestino delgado 
(duodeno, jejuno, íleo), intestino grosso e ânus. 
Anexos: glândulas salivares, pâncreas, fígado e a 
vesícula biliar (funções secretoras). 
 
BOCA: primeiro processo mecânico e químico da 
digestão 
Mastigação: os dentes reduzem os alimentos em 
pequenos pedaços misturando-os à saliva 
Salivação: inicia a ação das enzimas amilases. 
 
 O processo de digestão inicia-se com a 
introdução dos alimentos na cavidade oral, e o 
processo de apreensão ou preensão dos 
alimentos varia de acordo com as espécies 
animais. 
 Nos bovinos, a língua longa e móvel é o 
principal órgão de preensão. Estes animais 
enrolam a forragem com a língua, e com o 
movimento da cabeça para trás, arrancam o 
alimento e introduzem na cavidade oral. 
Em seguida, a forragem é cortada pela 
compressãodos dentes incisivos inferiores contra 
o palato duro superior. 
 
 Os ovinos e caprinos utilizam, principalmente, 
os dentes incisivos inferiores e a língua para 
apreensão, mas em menor grau que os bovinos. 
Estes animais podem captar pequenas partículas 
de alimentos graças a movimentos do lábio 
superior. 
 Ao ingerirem alimento líquido, os ruminantes 
colocam apenas a porção média da fenda labial 
sobre o líquido. Através da retração da 
mandíbula e da língua, produz-se uma pressão 
negativa que aspira o líquido para o interior da 
cavidade oral. 
 
 Cães e gatos ingerem líquidos de formas 
diferentes. Enquanto cães formam a concha na 
língua, os gatos usam somente a ponta dela para 
tocar a superfície da água e recolher a língua 
rapidamente para – com a ajuda da inércia – 
fazer um fio de água entrar na sua boca. 
 
Aves: preenche o bico com água 
e ergue a cabeça  gravidade 
 
 Os EQUINOS apresentam hábito de pastejo 
diferenciado em relação aos ruminantes, pois na 
apreensão dos alimentos a principal estrutura 
utilizada é o lábio superior, o que implica em um 
corte mais baixo da forragem. 
 Os equinos apreendem o alimento e cortam 
através de movimentos de laterais do pescoço e 
cabeça. 
 
FATORES QUE PODEM INTERFERIR: Papiloma, 
Aftosa, Rânula, Dentes 
 
LÍNGUA 
 Alem da função de apreensão do alimento em 
algumas espécies, é também responsável por 
movimentar o alimento empurrando-o em 
direção glote para a deglutição. 
 Na superfície da língua existem dezenas de 
papilas gustativas, cujas células sensoriais 
percebem os quatro sabores primários: amargo 
(A), azedo ou ácido (B), salgado (C) doce (D) 
Umami (E). De sua combinação resultam 
centenas de sabores distintos. 
 A distribuição dos cinco tipos de receptores 
gustativos, na superfície da língua, não é 
homogênea. 
 
 A gustação é o sentido capaz de reconhecer os 
sabores de substâncias colocadas sobre a língua, 
na qual existem várias papilas gustativas que 
reconhecem a substância e enviam a informação 
ao cérebro. 
O paladar é desenvolvido logo após o 
nascimento. 
 Os cães podem ser muito seletivos em relação 
ao seu alimento, uma vez que, quando o sabor ou 
a textura não forem do seu agrado, dificilmente 
eles comerão. A percepção gustativa é efetuada 
através de papilas gustativas. Essas papilas, não 
sendo específicas, envolvem um sistema que 
reage a estímulos químicos. 
 O cão apresenta particularidade com o 
“furaneol”, substância presente em algumas 
frutas, que o homem define como tendo sabor 
açucarado. A gustação é muito mais 
desenvolvida no homem do que no cão e no 
gato, consequentemente, a escolha alimentar 
dos cães e gatos é mais olfativa do que 
gustativa. 
 O número total de papilas gustativas é de 
1.700 no cão e 9.000 no homem. 
 
 A percepção do gosto varia conforme o sexo e 
a idade do animal. 
 As cadelas são mais receptivas do que os cães 
ao gosto doce, e a sensibilidade gustativa é 
menor no início e no final da vida do animal, com 
uma eficiência máxima na idade adulta. 
 Os cães distinguem cinco sabores: salgado, 
amargo, ácido, doce e umami, sendo que tendem 
a rejeitar sabores amargos e são atraídos pelos 
sabores doces. 
 O gosto umami é devido à presença de 
glutamato e de certos nucleotídeos, sendo 
responsável pelo sabor residual dos alimentos. 
 
Salgado – É pouco importante para o cão, uma 
vez que a carne já é naturalmente rica em sal, a 
importância deste gosto se limita aos cães sob 
regime vegetariano. Os limiares de percepção do 
gato aos sais são mais elevados que os do cão. Os 
gatos são estritamente carnívoros e esta 
sensibilidade reduzida reflete a menor 
necessidade de procurar sal na sua alimentação. 
 
Doce – A aquisição desta preferência é mais 
acentuada na cadela que no cão. No cão, ela é 
muitas vezes consequência de uma má educação 
alimentar dada pelo proprietário, que provoca 
este condicionamento ao utilizar recompensas 
alimentares doces. 
Amargo – A percepção deste gosto está 
localizada na parte posterior da língua. Esta 
percepção permite evitar substâncias tóxicas, 
cujo gosto é frequentemente muito amargo. 
Ácido – A percepção do gosto ácido está dispersa 
por toda a superfície da língua. Quanto mais 
longa for a cadeia molecular do ácido, mais será 
sentido o sabor ácido 
 
 
 
SALIVA 
 A saliva é composta basicamente de água, 
muco e enzima. 
 A água proporciona uma fluidificação no 
alimento. 
 O muco proporciona uma lubrificação, amacia 
o alimento e, com isso, facilita 
consideravelmente sua deglutição. 
A enzima presente na saliva é a ptialina, também 
conhecida como amilase salivar, que inicia o 
processo de digestão dos carboidratos presente 
no alimento. 
 A secreção salivar é controlada pelos núcleos 
salivatórios, localizados no tronco cerebral. 
Alimentos de consistência homogênea, lisos e 
de sabor agradável, estimulam a secreção 
salivar e, consequentemente, facilitam a 
deglutição dos mesmos. 
Bicarbonato – confere um ph de neutro até um 
pouco alcalino dependente da espécie. 
 
GLÂNDULAS SALIVARES 
Características: 
Estrutura lobular, ácinos com ductos 
convergentes, secreções aquosa e enzimática: 
primária (acinar), com posterior modificação da 
composição de eletrólitos (ductos), Regulação 
neural, Elevada taxa metabólica e de fluxo 
sanguíneo. 
Parótidas, Mandibulares e Sublinguais 
 
 A secreção salivar não é estimulada apenas 
pela presença dos alimentos na boca. 
 Mesmo antes do contato do alimento com a 
mucosa bucal, um simples pensamento a respeito 
de um desejado alimento, o seu aroma ou a visão 
do mesmo já estimula a secreção da saliva. Seria 
uma fase da secreção salivar denominada fase 
psíquica. (extrínseco) 
 Outra fase seria a fase gustativa ou fase oral, 
estimulada pelo contato do alimento na mucosa 
bucal, enquanto o mesmo seria degustado e 
apreciado. 
 Uma terceira fase (fase gastrintestinal) 
ocorreria durante a permanência do alimento no 
estômago ou até mesmo no intestino. Nesta fase, 
a saliva continuaria sendo produzida e, deglutida, 
continuaria atuando na digestão dos 
carboidratos. 
 
Composição da Saliva 
 Amilase salivar ou ptialina além de sais e 
outras substâncias (água, ions, bicarbonato, 
muco). 
 A amilase salivar digere o amido e outros 
polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os 
em moléculas de maltose (dissacarídeo). 
 Três tipos de glândulas salivares lançam sua 
secreção na cavidade bucal; parótida, 
submandibular e sublingual 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO DE CÃES E GATOS 
Por dentro de um carnívoro: estômago grande e 
ácido e intestino curto e simples, sem aparatos 
especiais para processar vegetais. 
Ausência da enzima amilase na saliva, aquela 
que dá início à digestão do carboidrato. 
 
SECREÇÕES DO TRATO GASTROINTESTINAL 
A saliva umedece, lubrifica e digere parcialmente 
o alimento: as secreções salivares se originam 
nas glândulas acinares. As glândulas salivares são 
reguladas pelo sistema nervoso parassimpático; 
Glândula gástrica – secreção gástrica 
Pâncreas – secreções pancreáticas 
Fígado – Secreção Biliar 
No caso de cães, a saliva aumenta o potencial de 
evaporação e resfriamento. 
 
Carnívoros: 
Boca 
Mastigação não muito importante (molares 
pontiagudos, sem mesa dentária) 
Salivação (sublinguais, paróticas, zigomáticas e 
mandibulares) 
Variação secreção de acordo com tipo de 
alimento, taxa de secreção, conteúdo água, 
temperatura corporal. Sem a-amilase (não inicia 
digestão). Ph= 7,34 e 7,8 
 
Mastigação: a maioria dos músculos da 
mastigação é inervada pelo ramo motor do 
quinto par craniano, sendo o processo da 
mastigação controlado por núcleos do tronco 
cerebral. Está associada com a satisfação de 
comer. 
 
 
 
MASTIGAÇÃO:funções correlatas – satisfação 
para comer, mistura para deglutição, redução em 
partículas menores para digestão. 
 
Digestão mecânica – resulta da mastigação na 
qual o alimento é manipulado pela língua, 
triturado pelos dentes e misturado com a saliva. 
 
 Ao serem devidamente mastigados e 
recebendo os efeitos da saliva, os alimentos se 
transformam em bolo alimentar passando a 
apresentar condições bastante satisfatórias para 
serem deglutidos. 
 Com a ajuda da língua os mesmos são 
empurrados para a região posterior da boca e, ao 
entrarem em contato com a mucosa nesta 
região, algumas terminações nervosas são 
excitadas, levando estímulos ao centro da 
deglutição, no tronco cerebral, que executa, por 
sua vez, o reflexo da deglutição. 
 
REFLEXO DA DEGLUTIÇÃO 
Deglutição pode ser dividida em: 
1. Fase voluntária, que inicia o processo de 
deglutição: 
 Com os dentes fechados e pressão da língua 
para cima e para trás contra o palato, ocorre a 
fase voluntaria. 
 Daí em diante o processo da deglutição torna-
se quase totalmente automático e, em geral, não 
pode ser interrompido 
 
2. Fase faríngea, que é involuntária e consiste na 
passagem do alimento pela faringe até o esôfago: 
Bolo alimentar pode tomar 4 caminhos 
diferentes: 
 
 
 Quando todas as aberturas da faringe estão 
fechadas, o bolo alimentar é empurrado para a 
abertura do esôfago. A medida que o alimento 
atinge o esôfago o esfíncter esofágico superior 
relaxa possibilitando a passagem do material. 
 Esse esfíncter, entre as deglutições, 
permanece fortemente contraído, impedindo, 
assim, que o ar penetre no esôfago durante a 
respiração. 
 
 
 
 
ESÔFAGO 
 O esôfago funciona apenas como uma espécie 
de canal de passagem para os alimentos, 
levando-os da boca ao estômago. 
 Não há secreção enzimas pelo esôfago. 
 A secreção esofageana consiste apenas em 
muco, que exerce um importante meio de 
proteção à mucosa contra os possíveis efeitos 
abrasivos de alguns alimentos e contra a ácida 
secreção gástrica que, eventualmente, reflui e 
entra em contato com sua mucosa. 
 Fracas ondas peristálticas se formam quando a 
parede esofageana é distendida e propelem o 
alimento em direção ao estômago (marca passo). 
 Na região inferior do esôfago, bem próximo ao 
estômago, existe um esfíncter esofágico inferior 
(cárdia), que tem a função de dificultar o refluxo 
do conteúdo gástrico para a luz esofageana. 
 
Inervação sensitiva e motora 
 
 
 
Pressões ao longo do esôfago 
 
(esfíncter esofágico inferior = relaxamento) 
 
ESTÔMAGO 
 
Funções do estômago: 
 Armazenamento, mistura e trituração do alimento, 
propulsão peristáltica e regulação da velocidade do 
esvaziamento. A parte proximal do estômago estoca 
alimentos o processamento gástrico na parte distal do 
estômago. Fases da motilidade gástrica: 
1. Relaxamento do fundo; 
2. Contração do corpo e antro; 
3. Contração do piloro; 
4. Mistura por retropulsão. 
Como ocorrem: 
 Primeiro há o Relaxamento do esfíncter esofágico 
inferior concomitante ao relaxamento do fundo do 
estômago (relaxamento receptivo). 
 Depois, há a Mistura do bolo alimentar com as 
secreções gástricas formando o quimo através de 
ondas peristálticas do corpo para o antro. Essas ondas 
peristálticas do corpo para o antro promovem o 
relaxamento do piloro que permite a passagem de 
pequenas quantidades de quimo para duodeno. 
Entretanto, ele se contrai rapidamente, induzindo 
uma onda peristáltica do antro para o corpo, gerando 
a trituração do alimento (sístole antral). 
 
 Em seu interior os alimentos podem 
permanecer desde alguns minutos até várias 
horas. 
As funções motoras do estômago são três: 
 
 Armazenamento de grandes quantidades de 
alimento até que possam ser acomodadas no 
duodeno, 
 Mistura desse alimento com as secreções 
gástricas até formar uma mistura semi-líquida, 
denominada quimo, e 
 Esvaziamento lento do alimento do estômago 
para o intestino delgado, com velocidade 
adequada para a digestão e a absorção eficientes 
pelo intestino delgado. 
 
 Do ponto de vista fisiológico, o estômago pode 
ser dividido em duas partes principais: O fundo e 
corpo e; o antro e piloro. 
 
 
 
 
FASES DA DIGESTÃO GÁSTRICA 
Fase digestiva – padrão de absorção 
Fase interdigestiva – padrão de limpeza 
Fase digestiva - Padrão de absorção 
 
 A parte proximal do estômago estoca 
alimentos o processamento gástrico na parte 
distal do estômago 
 
RELAXAMENTO ADAPTATIVO: 
 
 
 
Fase digestiva – Padrão de absorção 
 A parte distal do estomago tritura e separa o 
alimento que adentra no Intestino delgado. 
 Intensa atividade de ondas peristálticas em 
contraste com a parte proximal. 
Piloro fechado 
Motilidade proximal diferente de distal 
 
 
MOTILIDADE GÁSTRICA 
 A mistura (no corpo) e ondas peristálticas 
(desde o corpo e antro até o piloro) “bomba 
pilórica”). 
 
 
(piloro com 2mm de diâmetro) 
 
Fase interdigestiva – Padrão de limpeza 
Ocorre a inversão de ações 
 A parte proximal do estômago (fundo e corpo) 
contrai; A parte distal do estômago (antro e 
piloro) relaxam. 
 Uma onda de constrição provoca limpeza do 
órgão conduzindo o conteúdo ao duodeno. 
 
INERVAÇÃO VAGAL SOBRE O ESTÔMAGO 
 A via nervosa do vago para o estomago possui 
tanto vias colinérgicas quanto não colinérgicas, 
portanto suas secreções são duplas... 
 O estimulo vagal da motilidade distal é 
mediado pela acetilcolina, mas a inibição vagal da 
motilidade proximal é pelo (PIV) 
 
No estômago: mistura do bolo alimentar ao suco 
gástrico. 
 Esse suco contém o ácido clorídrico, que 
mantém a acidez estomacal, dando condição 
favorável ao trabalho das enzimas na digestão. 
 A pepsina, a principal enzima do estômago, 
atua na transformação das proteínas, 
intensificando a digestão química. O hormônio 
gastrina (produzido no estômago quando o 
alimento entra em contato com suas paredes) 
regula a ação da pepsina. 
 
 
 
A secreção gástrica consiste em: 
 Grande quantidade de água, que exerce um 
importante mecanismo fluidificador dos 
alimentos. 
 
 Muco, também em grande quantidade, que 
proporciona uma ótima proteção à mucosa do 
estômago contra o baixo pH da secreção gástrica. 
 
 Ácido clorídrico (HCL), que além de facilitar a 
fragmentação de diversos polímeros ou 
macromoléculas, ainda participa na ativação de 
enzimas presentes no suco gástrico. 
 
 HCl e pepsinogênio – digestão de proteínas; 
Fator intrínseco – absorção de B12 no íleo; 
 
Fases da secreção gástrica 
-Oral 
-Gástrica ou local (maior secreção) 
-Intestinal 
 
CÉLULA PARIETAL – secreção HCl 
Basolateral – trocador Cl-/ HCO3- 
Apical 
H+/K+ ATPase exclusiva célula parietal (inibidores 
da bomba de próton – ex. omeprazol) 
Transporte ativo de Cl- 
 
 
 
 O uso de inibidores da bomba de prótons 
(omeprazol, por exemplo) e de antagonistas do 
receptor H2 da histamina (cimetidina, por 
exemplo) pode levar à deficiência de vitamina 
B12 no organismo, o que em alguns casos pode 
desencadear demência. 
 Os inibidores da bomba de prótons (IBP) e os 
antagonistas do receptor H2 da histamina (H2RA) 
suprimem a produção de ácido gástrico e por isso 
podem levar à má absorção de vitamina B12. 
 
 A vitamina B12 é importante para a formação 
e maturação das hemácias e é necessária para o 
desenvolvimento e manutenção das funções do 
sistema nervoso. Sua principal fonte são os 
alimentos de origem animal. No entanto, para 
absorvê-la, o corpo depende de fatores 
intrínsecos presentes em um tipo especial de 
células que ficam no estômago (células parietais) 
e de receptores localizados no íleo. Em casos de 
deficiência de vitamina B12, pode haver anemia, 
acompanhada ou não por dificuldades de 
locomoção,formigamentos nas mãos, pés e 
pernas, palidez, fraqueza muscular, infertilidade, 
demência, dentre outros sintomas. 
 
ESTIMULADORES ENDÓGENOS DA CÉLULA 
PARIETAL 
Histamina, Acetilcolina e Gastrina – por 
diferentes vias de segundo mensageiros ativam a 
H+/K+ ATPase. 
 
 
 
 
 
 
 
A célula parietal é regulada por vias neurais, 
hormonais e parácrinas. 
1. Neural 
a) Ach diretamente na célula parietal (receptores 
muscarínicos) 
b) Ach na célula enterocromafin like (ECL) 
estimula a liberação de histamina. 
 
2. Parácrina: histamina produzida pela célula ECL 
estimula a célula parietal. 
 
3. Hormonal: as células G (antro gástrico) são 
ativadas pelo peptídeo liberador de gastrina 
(GRP) dos neurônios entéricos e liberam gastrina. 
A gastrina, então, atua por via humoral para 
estimular a célula parietal. 
 
 
 
 
 
 
INIBIDORES ENDÓGENOS DA CÉLULA PARIETAL 
 Presença de gordura, ácido ou solução 
hiperosmótica no duodeno e jejuno levam a 
mecanismos de feedback negativo na produção 
de HCl via hormônios do TGI. 
 
 
 
 
 
SECREÇÃO DE MUCO 
Barreira de mucosa gástrica: mucinas – 
produzidas e armazenadas em vesículas e 
secretadas por exocitose; composição de 80% 
CHO, 20% prot. 
 
Proteção do epitélio: barreira mucosa; HCO3-; 
Gel pegajoso, que adere à superfície do 
estômago. Estímulo vagal produz secreção de 
muco e do HCO3. 
 
 
 
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO EM CÃO SAUDÁVEL 
COM TRÊS ALIMENTOS DIFERENTES 
 
 
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO (liberação do quimo 
para o intestino delgado) 
Cão 72 a 240 min 
Gato 25 a 449 min 
Volume estomacal, conteúdo energético da dieta 
Viscolidade do alimento, temperatura. 
Densidade (conteúdo duodenal de ácidos graxos 
monossacarídes) 
Tamanho das partículas, peso corporal 
Conteúdo do ácido do duodeno, ingestão de água 
Tamanho da refeição e tipo de dieta. 
 
ESTÔMAGO 
Secreção gástrica é influenciada pela: 
Ingestão protéica, quantidade de alimento 
ingerido, hormônios (acidez). 
 
Gatos tem ph mais ácido (ph=1,5) que cães. 
Ph estomacal varia de acordo com a dieta 
(composição e capacidade tamponante do 
alimento) 
População bacteriana aeróbia gram+ 
(comunidade translente) 
 
CONTROLE DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
A finalidade básica do controle é reduzir a 
velocidade de esvaziamento gástrico. 
 
INIBIÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
 
 
 
 
 
 
As principais enzimas presentes no suco gástrico 
são: 
• Pepsina - inicia a digestão das proteínas. É 
formada através da ativação do 
pepsinogênio pelo ácido clorídrico. 
• Lipase gástrica - inicia a digestão das 
gorduras. 
• Renina - atua na digestão da caseína, uma 
das proteínas do leite 
 
 
 
CONTROLE DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
A finalidade básica é reduzir a velocidade do 
esvaziamento gástrico. 
 
Secretina: quando o quimo ácido chega ao 
duodeno (ph básico), os quimioceptores 
estimulam a secreção de secretina que contrai o 
piloro e provoca a liberação do suco pancreático 
para tamponar a solução. O piloro permanece 
contraído até que todo HCl seja tamponado; ou 
seja, até que a secretina pare de ser ativada. 
 
Colecictocinina: quando o quimo, rico em lipídeos 
chega ao duodeno é secretada a CCK que, além 
de contrair o piloro, estimula a produção do suco 
pancreático e contração biliar (relaxamento do 
esfíncter de Oddi), que libera a bile, 
emulsificando as gorduras presentes no quimo, 
facilitando a ação das lípases. 
 
Gastrina: quando o quimo, rico em proteínas, 
chega ao duodeno, é estimulada a gastrina que 
promove a contração do piloro. No estômago, a 
gastrina é secretada para estimular a secreção de 
HCl. 
 
 
VÔMITO 
Reflexo controlado e coordenado pelo centro do 
vômito (bulbo). 
Impulsos provenientes de várias partes do corpo 
são transmitidos por aferentes vagais e 
simpáticos até o centro do vômito. 
Estímulos: 
Excesso de distensão ou irritação do estômago e 
duodeno 
Fatores psíquicos 
Estimulação da zona de gatilho 
Quimioreceptora para o vômito 
 
Zona de gatilho quimioreceptora para o vômito: 
Estímulo direto por alguns fármacos (morfina, 
alguns digitálicos). Resposta bloqueada pela 
eliminação desta área. Reflexo mantido para 
estímulos Gls. 
 
 
 
 
 
Em resumo, a estimulação aferente vem de: 
Mecanoreceptores na faringe e 
Quimioreceptores na mucosa gástrica e duodenal 
 
Zona de gatilho (fora do TGI) (Tronco cerebral 
próximo ao 3ºventrículo): 
-Sensível a presença de drogas, toxinas ou 
produtos inflamatórios no sangue (fora do TGI) 
-Canais semicirculares (cinestesia) 
 
INTESTINO DELGADO 
MOTILIDADE 
 
Funções: regulação da tonicidade e pH do quimo 
(duodeno), mistura do quimo com as secreções 
biliares, gástricas e entéricas, renovação do 
contato do quimo com a mucosa e propulsão do 
quimo no sentido céfalo-caudal. 
 
Expõe os nutrientes à mucosa intestinal para a 
absorção e conduz o quimo não absorvido do 
intestino delgado para o intestino grosso. 
Fase digestiva: Porção do intestino delgado onde 
existe conteúdo capaz de ser digerido. Há dois 
padrões: contrações segmentares (não propulsivo; de 
mistura) e contrações peristálticas (propulsivas; ondas 
fracas; contração do músculo liso). 
Fase interdigestiva: Porção do intestino delgado onde 
não há conteúdo ou há e ele não é capaz de ser 
digerido. Contém ondas fortes e potentes que cobrem 
grandes extensões do intestino delgado chamadas de 
complexo de motilidade migratória (CMM) que tem 
função de limpeza. 
 
Funções: digestão e absorção de nutrientes. 
A motilidade serve então para misturar o quimo 
com as enzimas digestivas e com as secreções 
pancreáticas. 
Expõe os nutrientes à mucosa intestinal para a 
absorção. 
Conduz o quimo não absorvido do intestino 
delgado para o intestino grosso. 
 
INERVAÇÃO: 
Parassimpática: (nervo vago) aumenta a 
contração do músculo liso intestinal; 
Simpática: (fibras do gânglio celíaco e mesentério 
superior) diminui a contração. 
 
Fase digestiva 
Porção do ID onde existe conteúdo capaz de ser 
digerido. 
Dois padrões: 
Contrações segmentares (não propulsivo) 
 
Contrações peristálticas fracas (propulsivo) ondas 
fracas 
 
 
 
Fase interdigestiva 
 Porção do ID onde não existe conteúdo ou o 
conteúdo não é capaz de ser digerido. 
 Ondas fortes; ondas potentes que cobrem 
grandes extensões do ID, chamadas de complexo 
de motilida migartória CMM; função de limpeza. 
 
 
 
 
DIFERENÇA ENTRE DIGESTÃO E ABSORÇÃO 
 
Digestão 
É a degradação química dos alimentos ingeridos 
em moléculas que podem ser absorvidas. 
Enzimas digestivas são secretadas nas secreções 
salivar, gástrica e pancreática. 
Absorção 
É o movimento de nutrientes, água e eletrólitos 
da luz intestinal para o sangue. 
É realizada através das microvilosidades (borda 
em escova) das células epiteliais intestinais. 
 
 
MUCOSA INTESTINAL 
Extensa área superficial do intestino 
Válvulas coniventes, que possuem: projeções 
epiteliais chamadas Vilosidades, que aumentam a 
superfície em cerca de 10 a 15 X 
As vilosidades são recobertas por membrana 
superficial em forma de escova chamada: 
Borda em escova (que são microvilosidades) 
aumentam em mais cerca de 100 X a área 
absortiva. 
 
 
 
Na parede intestinal também encontramos umas 
glândulas tubulares denominadas Criptas de 
Lieberkhünn, responsáveis pela secreção de 
grande quantidade de água na luz intestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
DIGESTÃO DO NEONATO 
Durante as primeiras horas de vida as proteínas 
não são digeridas, mas sim absorvidas intactas 
 
 
HORMÔNIOS GASTROINTESTINAIS 
Secreções endócrinas (enteroendocrinas) 
 
GASTRINA (estômago) 
Estimula a secreção de H+ pelas células parietais 
do estômago; Estimula o crescimento da mucosa 
gástrica. 
 
COLECISTOCININA CCK (duodeno) 
Promove a digestão e absorção de lipídeos e 
proteinas: 
– Contração da vesícula biliar e 
relaxamento do E. Oddi= 
SECREÇÃO DE BILE 
– Secreção de enzimas pancreáticas 
(lipase e amilase) = SECREÇÃO DE 
SUCO PANCREÁTICO 
– Secreção de bicarbonato (HCO3) 
pelo pâncreas 
– Crescimento do pâncreas exócrino 
e da vesícula biliar 
– Inibição do esvaziamento gástrico 
 
SECRETINA (duodeno) 
Promove secreção pancreática de HCO3. 
 
PEPTÍDEO INIBIDOR GÁSTRICO (GIP) (estômago) 
Estimula a secreção de insulina pelo pâncreas. 
 
SECREÇÃO BILIAR 
 Uma das funções do fígado é de ser uma 
glândula secretora do sistema digestório. 
 Sua secreção, a bile, tem um papel importante 
na emulsificação de gordura. 
 A bile é secretada dos hepatócitos para os 
canalículos biliares, dos quais flui para o sistema 
de ductos biliares. 
 O epitélio do ducto biliar tem atividade 
metabólica e é capaz de alterar a composição da 
bile canalicular acrescentando-lhe mais água e 
eletrólitos, em especial bicarbonato. 
 
 A função dos ácidos biliares é emulsificar os 
lipídeos dietéticos e solubilizar os produtos da 
digestão de gordura. 
Os pigmentos biliares (bilirrubina) não exercem 
nenhuma função digestiva importante; 
 
A vesícula biliar armazena e concentra bile 
durante os períodos entre as refeições. 
A secreção de bile é iniciada pela presença de 
alimento no duodeno (CCK) e a sua produção é 
estimulada pelo retorno dos ácidos biliares para o 
fígado. 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DE GORDURAS 
 Como resultado, quase nenhum ácido biliar 
chega à veia cava e, em conseqüência, são 
encontrados na circulação sistêmica apenas em 
baixas concentrações. 
 O fluxo de ácidos biliares do fígado para o 
intestino, daí para o sangue porta para o fígado e 
de volta ao intestino é conhecido como 
circulação entero-hepática. 
 Os ácidos biliares que chegam ao fígado, via 
circulação porta estimulam a síntese de bile. 
Assim, inicia-se um sistema de retroalimentação 
positiva estimula a síntese adicional de bile pelos 
hepatócitos. 
 
 
REAPROVEITAMENTO DOS SAIS BILIARES 
 
 
 
SECREÇÃO PANCREÁTICA 
As secreções pancreáticas exócrinas são 
indispensáveis para a digestão de nutrientes 
complexos como proteínas, amidos e 
triglicerídeos. 
 
 As enzimas pancreáticas que digerem 
proteínas (tripsina), potencialmente danosas 
para as células pancreáticas, são sintetizadas 
como zimogênios (enzimas e pró-enzimas) ficam 
armazenadas em vesículas, ou grânulos de 
zimogênio. 
 Quando as células são estimuladas, os 
grânulos zimogênio fundem-se com a membrana 
plasmática e liberam seu conteúdo no lúmen da 
glândula e, por fim, no lúmen duodenal onde há 
conversão para a forma ativada da enzima pelo 
suco intestinal. 
 
 A estimulação vagal da secreção pancreática 
pode surgir como resultado de vários estímulos. 
 A visão e o aroma do alimento induzem 
respostas vagais integradas centralmente que 
acarretam secreção pancreática, o que se 
conhece como a fase cefálica da secreção 
pancreática. 
 A distensão do estômago causa um reflexo 
vagal que estimula a secreção pancreática, o que 
recebe o nome de fase gástrica da secreção 
pancreática. 
 
A Secretina e/ ou CCk estimula a secreção 
pancreática, o que recebe o nome de fase 
duodenal ou Intestinal da secreção pancreática. 
(maior voulme) 
 
SUCO PANCREÁTICO 
Promove alcalinidade 
Enzimas digestivas: proteínas, lipídeos e 
carboidratos 
 
Bicarbonato de sódio - exerce uma importante 
função de neutralizar a acidez do quimo 
proveniente do estômago, pois a mucosa do 
intestino delgado não é tão protegida contra o 
pH ácido quanto a mucosa do estômago. 
 
Tripsina - enzima que atua na digestão de 
proteínas. 
 
Quimiotripsina e carboxipeptidase - outras 
enzimas que também atua na digestão de 
proteínas. 
 
 Lipase - enzima que atua na digestão de 
gorduras (triglicerídeos). 
 
Amilase Pancreática - enzima responsável pela 
digestão de carboidratos. 
 
 
 
 
 
Ações da colicistocinina 
 Provoca secreção Pancreática rica em 
Bicarbonato 
 Provoca secreção Pancreática rica em enzimas 
 Aumenta o tônus do esfincter pilórico ao 
mesmo tempo em que reduz os movimentos do 
estômago e reduzindo, consequentemente, a 
velocidade do esvaziamento gástrico. 
 Aumenta as contrações da vesícula biliar ao 
mesmo tempo em que relaxa o esfincter de Oddi. 
Isso faz com que a bile, armazenada no interior 
da vesícula, seja drenada para o interior do 
duodeno. 
 
Tipos de Enzimas: 
São vários os tipos de enzimas e geralmente 
recebem nomes relacionados com o substrato 
sobre o qual atuam mais o sufixo ‘ase’, havendo 
exceções. 
o Catalase 
o DNA polimerase ou Transcriptase Reversa 
o Lactase 
o Lipase 
o Protease 
o Urease 
o Ptialina ou Amilase 
o Pepsina ou Protease 
o Tripsina 
o Quimiotripsina 
o Etc 
 
Classificação das enzimas 
 As enzimas podem ser classificadas de acordo 
com os vários critérios pelos quais elas estão 
envolvidas: 
Hidrolases: São aquelas enzimas que se associam 
às moléculas de água para promoverem a quebra 
das ligações covalentes, como a peptidases 
 
Ligases: São responsáveis por formar novas 
moléculas através da união de duas já pré-
existentes, como a sintetases 
 
Oxidoredutases: São responsáveis por efetuar a 
transferência de elétrons, o que podemos definir 
como oxi-redução. Exemplo: desidrogenases 
 
Transferases: São enzimas que têm como 
finalidade realizar a translocação de grupos 
funcionais como grupamento amina, carbonila, 
carboxila, fosfato, de uma molécula para outra. 
Podemos citar como exemplo a quinase. 
 
Liases: Atuam na remoção de molécula de água, 
gás carbônico e amônia, a partir da ruptura de 
ligações covalentes. Exemplo: descarboxilase 
 
Isomerases: Responsáveis por mediar a 
conversão de substâncias isoméricas, sejam elas 
geométricas ou ópticas, como a epimerases 
 
MOTILIDADE DO INTESTINO GROSSO 
Mistura, Retropropulsão, Propulsão 
 
Funções do intestino grosso (cólon): 
Absorção de água e eletrólitos, 
Armazenamento de fezes, 
Fermentação de matéria orgânica que escapa da 
digestão e absorção no ID (dependendo da 
espécie). 
 
 
 
 
REFLEXO DEFECAÇÃO 
 
 O enchimento das porções finais do intestino 
grosso estimula terminações nervosas presentes 
em sua parede. Impulsos nervosos, em 
intensidade e frequência cada vez maior, 
dirigidos a um segmento da medula espinhal 
(sacral) desencadeiam uma resposta motora que 
provoca aumento significativo e intenso nas 
ondas peristálticas no intestino grosso, ao 
mesmo tempo em que ocorre um relaxamento 
no esfincter interno do ânus. 
 Desta forma ocorre o reflexo da defecação. 
Se, durante este momento, o esfinter externo do 
ânus também estiver relaxado, as fezes serão 
eliminadas para o exterior do corpo. Caso 
contrário as fezes permanecem retidas no 
interior do reto e o reflexo desaparece, 
retornando alguns minutos ou horas mais tarde. 
Felizmente o esfincter externo é formado por 
músculo estriado e pode, portanto, ser 
controlado voluntariamente, de acordo com a 
nossa vontade. 
 
DIARRÉIA 
Ocorre quando há desequilíbrio entre a secreção 
e a absorção. 
 
 
 
 
 
SEGMENTAÇÃO X PERISTALTISMO 
 
Segmentação é quando o quimo chega ao 
duodeno, distende a parede do duodeno e 
promove contrações próximas a camada do 
músculo circular. 
Peristaltismo é quando ondas propulsoras 
envolvem pequenas extensões do intestino, 
contração progressiva de segmentos sucessivos 
do músculo liso circular. 
 
Como ocorrem? 
1. Reflexo gastroentérico, chegada do 
alimento no estômago estimula as 
contrações entéricas. 
2. Chegada do quimo no duodeno, gastrina, 
CCK e insulina estimulam a motilidade do 
intestino ao passo que a secretina e 
glucagon inibem essa motilidade. 
 
Obs: Esfíncter ileocecal está permanentemente 
fechado (contraído), impedindo que as bactérias 
que vivem por simbioseno intestino grosso 
invadam o intestino delgado. 
 
https://pt.slideshare.net/vanessaccs/fisiologia-do-
sistema-gastrointestinal-17037303 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.slideshare.net/vanessaccs/fisiologia-do-sistema-gastrointestinal-17037303
https://pt.slideshare.net/vanessaccs/fisiologia-do-sistema-gastrointestinal-17037303

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