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PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

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DIFERENCIAR ENVELHECIMENTO FISIOLÓGICO/NORMAL, USUAL, INEVITÁVEL, PATOLÓGICO
DEFINIR ENVELHECIMENTO CRONOLÓGICO, BIOLÓGICO, PSICOLÓGICO E BEM-SUCEDIDO;
A velhice é o estado em que o indivíduo se encontra no momento do processo biológico, considerada como uma fase da vida, parte integrante de um ciclo natural, constituindo-se como uma experiência única e diferenciada.
O envelhecimento é um processo fisiológico que ocorre durante a vida, caracterizado como processo natural nas quais modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas designam um comprometimento da autonomia e adaptação do organismo diante do meio externo o que induz uma maior suscetibilidade ao indivíduo somado a uma maior vulnerabilidade a patologias.
O envelhecimento bem-sucedido é onde os idosos almejam um estilo de vida saudável, como a prática de exercícios físicos, boa alimentação, o hábito de não fumar, entre outros, obtendo uma melhor e maior expectativa de vida. 
No entanto, por mais que a pessoa na terceira idade adquira um estilo de vida saudável existem certos danos biológicos que não podem ser reparados, como o perfil do funcionamento do sistema imune observado em idosos
· O envelhecimento biológico pode ser fisiológico (senescência) ou patológico (senilidade). 
· O envelhecimento fisiológico pode ser subdividido em dois tipos: bem-sucedido e usual. 
· No envelhecimento bem-sucedido, o organismo mantém todas as funções fisiológicas de forma robusta, semelhante à idade adulta. 
· No envelhecimento usual, observa-se uma perda funcional lentamente progressiva, que não provoca incapacidade, mas que traz alguma limitação à pessoa.
· A senilidade (patológico) se refere a alterações resultantes de traumas e doenças que ocorrem no ciclo vital (podemos citar como exemplo a osteoartrite dos joelhos secundária à obesidade).
· Envelhecimento inevitável → senescência (fisiológico)
· Envelhecimento evitável → senilidade (patológico).
· Velhice cronológica: 60 anos de idade para países em desenvolvimento (OMS) e 65 em países desenvolvidos. É esse critério cronológico que é adotado na maioria das instituições devido à dificuldade de definir a idade biológica. Idade funcional: possui estreita relação com a idade biológica, e pode ser definida como grau de conservação do nível de capacidade adaptativa em comparação com a idade cronológica.
· Velhice psicológica: compatível com as capacidades intelectuais da pessoa tais como percepção, aprendizagem e memória, as quais prenunciam o potencial de funcionamento futuro do indivíduo. Tem sido relacionada também com o senso subjetivo de idade. Sob esse aspecto, não é raro o encontro de idosos que procuram passar a impressão de que sua idade psicológica seja menor do que a cronológica e, com isso, procuram preservar a autoestima e a imagem social.
· Velhice sociológica: imposta pela sociedade, varia com o quadro cultural, condições de vida e trabalho. Tem relação com a avaliação da capacidade de adequação de um indivíduo ao desempenho de papéis e comportamentos esperados para as pessoas de sua idade, em um dado momento da história.
· Velhice biológica: processo contínuo durante a vida, onde há modificações morfológicas e fisiológicas.
CONCEITUAR AUTONOMIA, INDEPENDENCIA E ENVELHECIMENTO ATIVO
· O envelhecimento traz a diminuição gradual da capacidade funcional, a qual é progressiva e aumenta com a idade. 
· Assim, as maiores adversidades de saúde associadas ao envelhecimento são a incapacidade funcional e a dependência, que acarretam restrição/perda de habilidades ou dificuldade/ incapacidade de executar funções e atividades relacionadas à vida diária.
· Tais dificuldades são ocasionadas pelas limitações físicas e cognitivas, de forma que as condições de saúde da população idosa podem ser determinadas por inúmeros indicadores específicos, entre eles a presença de déficits físicos e cognitivos.
A capacidade funcional pode ser definida como a manutenção da capacidade de realizar Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD) e Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD), ncessárias e suficientes para uma vida independente e autônoma → Para o idoso, a realização das ABVD aparece como algo presente e necessário para a sua sobrevivência, mantendo-o participativo na gestão e nos cuidados com a própria saúde, e no desenvolvimento de tarefas domésticas.4
A autonomia pode ser definida como a liberdade para agir e tomar decisões no dia a dia, relacionadas à própria vida e à independência → pode também ser entendida como a capacidade de realizar atividades sem a ajuda de outra pessoa, necessitando, para tanto, de condições motoras e cognitivas suficientes para o desempenho dessas tarefas.
No entanto, autonomia e independência não são conceitos interdependentes, haja vista que o indivíduo pode ser independente e não ser autônomo, como acontece, por exemplo, nas demências. 
Ou então, ele pode ser autônomo e não ser independente, como no caso de um indivíduo com graves sequelas de um acidente vascular cerebral, mas sem alterações cognitivas: nessa situação, ele é autônomo para assumir e tomar decisões sobre sua vida, mas é dependente fisicamente.
Envelhecimento ativo → é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas.
O envelhecimento ativo aplica-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais. Permite que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida, e que essas pessoas participem da sociedade de acordo com suas necessidades, desejos e capacidades; ao mesmo tempo, propicia proteção, segurança e cuidados adequados, quando necessários
DIFERENCIAR AS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO DAS CONDIÇÕES PATOLÓGICAS EM CADA SISTEMA ORGÂNICO (PELE, FANEROS, COMPOSIÇÃO CORPORAL, S. CARDIOVASCULAR, S. NERVOSO; S. RESPIRATÓRIO, S. URINÁRIO, S. HEMATOPOLÉTICO, S. IMUNOLÓGICO, S. ENDOCRINO E S. DIGESTIVO).
· O aumento da população com sessenta anos ou mais vem crescendo constantemente nas últimas décadas. 
· Esse envelhecimento, processo natural do organismo, modifica sua fisiologia devido à perda da homeostase, afetando assim o sistema imunológico. 
· Uma vez envelhecido, sua eficácia em proteger o organismo contra agentes exógenos e endógenos fica comprometido podendo desencadear no idoso condições patológicas como doenças infecciosas, autoimunes e neoplasias, processo denominado imunossenescência.
· Assim como o imune, outros sistemas também são prejudicados, entre eles, o endócrino e neurológico, visto que para um bom funcionamento, ambos necessitam trabalhar em homeostase. 
· A população idosa tem sido notada por seu gradual crescimento dentre as civilizações nos últimos tempos, sendo estimada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que em 2050 existirá um total de dois bilhões de pessoas com mais de sessenta anos, sendo 80% constituindo a população dos países em desenvolvimento
COMPOSIÇÃO CORPORAL 
· A água é o principal componente da composição corporal na criança, correspondendo a 70% do seu peso. Com o envelhecimento, há redução de 20% a 30% da água corporal total e 8% a 10% do volume plasmático. 
· A redução é maior no conteúdo intracelular. 
· Esta “desidratação crônica” é agravada pela menor sensação de sede, tornando o idoso mais vulnerável à desidratação aguda e às reações adversas das drogas, pela alteração do volume de distribuição das drogas hidrossolúveis. 
· Além da redução da água corporal, o envelhecimento provoca redução de 20% a 30% da massa muscular (sarcopenia) e da massa óssea (osteopenia/ osteoporose), causada pelas alterações neuroendócrina – menor responsividade renal ao hormônio antidiurético, redução dos níveis basais de aldosterona, redução do hormônio de crescimento (GH) e dos hormônios sexuais, aumento do paratormônio, redução da função renal, vitamina D – e inatividade física.
· Redução do peso corporal
· Redução na força muscular, na mobilidade, no equilíbrio e na tolerância ao exercício→ quedas
· Redução dos tecidos metabolicamente ativos, levando a uma diminuição do metabolismo basal
· 
· Diminuição da sensibilidade à insulina: intolerância à glicose;
· Comprometimento da resposta imunológica
· Ocorre aumento de 20% a 30% na gordura corporal total (2% a 5% por década, após os 40 anos)
· Modificação da sua distribuição, tendendo à localização mais central, abdominal e visceral. 
· Mulheres → região das nádegas e coxas (aparência de “pêra”)
· Homens → localizam-se mais na região abdominal (aparência de “maçã”). 
A principal complicação é o aumento da meia-vida das drogas lipossolúveis como os benzodiazepínicos (diazepam), aumentando o risco de toxicidade.
PELE E ANEXOS 
· O envelhecimento cutâneo é bastante pronunciado. 
· A hereditariedade e, principalmente, a exposição solar são responsáveis pelas alterações
· epiderme (redução de potencial proliferativo, melanócitos, células de Langerhans e da adesão dermo-epidérmica)
· derme (redução da espessura, da celularidade e vascularização, degeneração do colágeno), subcutâneo e anexos. 
· A pele do idoso torna-se ressecada e descamativa (xerodermia), precipitando o prurido (localizado ou generalizado), que, por sua vez, predispõe a fissuras, escoriações e infecções cutâneas. 
O prurido senil deve ser diferenciado daquele resultante de doenças sistêmicas, como colestase hepática, gota, diabetes, escabiose, entre outras. 
· Observa-se, ainda, pele fina, lisa, com pouca elasticidade e distensibilidade.
· A fragilidade capilar favorece o surgimento de equimoses e da púrpura nas regiões mais expostas a traumas senil (manchas roxas no dorso, punhos, mãos e antebraços). 
· A leucodermia puntiforme (“pontinhos brancos nas mãos”), secundária às alterações dos melanócitos, mais localizada nas mãos e antebraços, pode trazer bastante desconforto estético, principalmente às mulheres. 
· Em locais expostos à radiação solar podem ocorrer a ceratose actínica (lesão pré-maligna) e epiteliomas basocelular e espinocelular (lesões malignas). 
· A ceratose seborréica, também comum, é considerada neoplasia benigna da epiderme. 
· Úlceras em membros inferiores, devido à insuficiência vascular crônica (venosa e/ou arterial), devem ser pesquisadas, assim como as úlceras por pressão (escaras), mais comuns na região sacra, trocantérica e calcâneo, e em pacientes acamados. 
· Também merecem atenção as alterações dos pêlos, que se tornam mais finos, rarefeitos e quebradiços.
· As unhas se tornam frágeis, opacas, de crescimento mais lento, espessas e encurvadas nos pés (onicogrifose). 
· Micoses interdigitais são mais freqüentes e devem ser tratadas rotineiramente, pois representam porta de entrada para infecções bacterianas mais graves.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
· No coração normal morrem, por apoptose diariamente, cerca de três milhões de miócitos, sendo repostos pelas células-tronco cardíacas. 
· Ao longo da vida essa população de miócitos é reposta 18 vezes, independente de doenças cardíacas. 
· No coração idoso ocorre perda progressiva dos miócitos, devido a um declínio progressivo da habilidade de duplicação das células tronco cardíacas. 
· Entretanto, observa se aumento de seu volume celular. 
· A diminuição da capacidade contrátil causa aumento do coração que esconde a atrofia das células contráteis. 
· Em uma aparente contradição, as câmeras cardíacas dilatadas e o coração senil (velho), embora atrófico em número celular, morfologicamente, é hipertrófico. 
· Há redução progressiva do número de células do nódulo sinusal. 
· Comparada com uma pessoa de 20 anos, aos 75 anos permanecem somente 10% delas. 
· Observa se também perda de fibras na bifurcação do feixe de His. 
· Daí a maior chance de arritmias cardíacas 
SISTEMA NERVOSO 
· No decorrer do envelhecimento surge uma ausência recorrente das células nervosas ocasionando certo tipo de atrofia cerebral consequência da morte celular no córtex dos giros pré-centrais, nos giros temporais e no córtex no cerebelo. 
· Essa atenuação neural ocasiona uma transformação entre as conexões dos neurônios, sendo estes responsáveis pela transmissão de impulsos elétricos, através das sinapses que ocorrem mediante aos neurotransmissores. 
· O envelhecimento cerebral está relacionado com a deterioração da matéria branca e cinzenta nos lobos frontal, parietal e temporal, afetando a função motora primária e o córtex visual. 
Essas alterações são geralmente acompanhadas de transtornos cognitivos, como tarefas de coordenação, memória, planejamento. 
Estudos apontam a perda das coligações sinápticas como um fator bem mais determinante do que a redução da quantidade de células neurais. 
Como ocorre um espaçamento maior entre os elementos, devido à idade, há também falhas no processo de transmissão química provocando consequências no sistema nervoso central. 
· Dentre as alterações relacionadas com o SNC, estão → diminuição do fluxo sanguíneo e massa cerebral, redução da mielina e dos lipídios, modificações dos neurotransmissores, redução dos receptores hipocampais entre outros. 
· Já a associação com o sistema nervoso periférico → perda da sensibilidade, justamente pelo fato do aumento da densidade entre as conexões nervosas no SNC. 
Apesar das alterações recorrentes é existente a conservação da plasticidade cerebral e os declínios cognitivos parecem acentuados e tratáveis durante o envelhecimento. 
Alterações bioquímicas
· A acetilcolina diminui devido à diminuição dos neurônios colinérgicos e muscarínicos, reduzindo sua síntese e liberação. 
· A dopamina e seus receptores no estriato e na substância nigra também podem estar diminuídos.
· Há várias outras alterações metabólicas e circulatórias como diminuição da água extracelular e intracelular, lentidão da síntese proteica, alteração na membrana lipídica e na condução nervosa, alterações circulatórias relacionadas à aterosclerose, diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e da utilização da glicose. 
Alterações cognitivas e comportamentais
· As memórias processual e semântica são bem conservadas com o avançar da idade, assim como a habilidade de reconhecer objetos e faces. 
· As memórias episódicas e laborativa e a função executiva são as mais afetadas no envelhecimento.
· A capacidade de solucionar problemas e aprender informações novas diminui após os 30 anos; já a fluência verbal fica comprometida após os 70 anos. 
Marcha, postura e equilíbrio
· Com o avanço da idade, a marcha se altera. 
· É comum uma certa hesitação no andar, menor balanço dos braços e passos menores. 
· Ao mudar de direção no caminho faz a volta com o corpo em bloco. 
· A postura típica, mais rígida, como se estivesse em alerta para se defender de alguma queda, caracteriza-se pela base alargada, retificação da coluna cervical, um certo grau de cifose torácica, flexão do quadril e dos joelhos (esse conjunto de fatores indica piora da estabilidade). 
· O grande problema nos distúrbios da marcha é a queda e suas complicações. 
A prática regular de exercícios físicos é uma forma de driblar essas modificações impostas pela natureza, trazendo ainda benefícios tanto neurológicos quanto mentais, promovendo sensação de bem-estar e de saúde. 
Sono
· “o ciclo sono-vigília se modifica com o envelhecimento. 
· Há a tendência de dormir mais cedo e acordar mais cedo. 
· As queixas de insônia, sonolência diurna, despertares durante a noite e sono pouco reparador são frequentes. 
· Isso ocorre porque existem dois tipos de sono: REM, quando acontecem os sonhos, e o não REM, que se subdivide em quatro estágios. 
· No idoso, o sono REM praticamente não se altera. 
· Já no sono não REM ocorre aumento dos estágios 1 e 2 (facilidade no despertar) e diminuição dos estágios 3 e 4 que são exatamente os dois períodos de sono mais profundo.”
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
· Com o envelhecimento há grandes modificações tanto na arquitetura quanto na função pulmonar, contribuindo para o aumento da frequência de pneumonia, aumento da probabilidade de hipoxia e diminuição do consumo máximo de oxigênio pela pessoa idosa. 
· A força e a resistênciada musculatura respiratória diminuem, tornando a tosse menos vigorosa; a função mucociliar é lenta, prejudicando a limpeza de partículas inaladas e facilitando a instalação de infecções. 
· Os pulmões se tornam mais volumosos, os ductos e bronquíolos se alargam e os alvéolos se tornam flácidos, com perda do tecido septal.
· A consequência é o aumento de ar nos ductos alveolares e diminuição do ar alveolar com piora da ventilação e perfusão. 
· Aumento dos espaços aerados;
· Diminuição da superfície de troca gasosa;
· Aumento de tecido fibroso;
· Modificações do surfactante pulmonar;
· Fadiga fácil.
SISTEMA GENITOURINÁRIO
· Há perda do tecido renal, especialmente após os 50 anos. 
· Em seu lugar observam-se tecido gorduroso e fibrose. 
· Essa modificação inicia-se no córtex, comprometendo a concentração urinária, alcançando os glomérulos, piorando também a filtração renal. 
· “A função renal começa a diminuir de maneira progressiva, chegando a sua metade aos 85 anos. 
· Paralelamente ocorre diminuição do fluxo plasmático e, para compensar, os rins mantêm uma vasodilatação com o aumento das prostaglandinas contribuindo para o aumento da lesão renal com o uso de anti-inflamatórios não esteroides.” (FREITAS; 4aed.) 
· A função tubular é relativamente preservada com o passar dos anos, mas muitos idosos sofrem a perda na habilidade de diluir ou concentrar a urina. 
· Isso dificulta o alcance da homeostase em eventual desidratação ou sobrecarga hídrica. 
· Há ainda, a diminuição da capacidade renal de concentrar e conservar o sódio, estando os idosos mais propensos à hiponatremia ou hipopotassemia no caso de uso de diuréticos, por exemplo.
SISTEMA ENDÓCRINO
Tireoide
· Geralmente os valores de T4 e T3 estão em níveis normais baixos, e os do TSH normais altos. 
· A diminuição dos hormônios tireoidianos, especialmente a conversão de T4 em T3, sugere uma ação protetora para o organismo contra o catabolismo, o que leva à diminuição do metabolismo basal e ao aumento progressivo do tecido adiposo corporal. 
· Além disso, os efeitos calorigênicos dos hormônios tireoidianos diminui com o aumento da idade, predispondo os idosos à hipotermia. 
Hipófise
· Com o envelhecimento a hipófise aumenta de volume; os níveis de melatonina tanto diurnos quanto noturnos diminuem, interferindo no sono. 
Pâncreas
· As alterações morfológicas no pâncreas são pequenas. 
· A glicemia de jejum não apresenta grandes alterações, mas, após a ingesta de alimentos, a glicemia alcança níveis mais elevados e o tempo de retorno ao normal é mais longo quando comparado a adultos jovens. 
· A intolerância à glicose com o envelhecimento é devida a vários fatores, além da diminuição da insulina. 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
Boca
· Por volta dos 40 anos a circunferência da arcada dentária poderá estar um centímetro menor, fazendo com que os dentes tenham maior atrito entre si com lesão do esmalte provocando cáries e fazendo aparecer o amarelado da dentina. 
· Este amarelado, associado às manchas do esmalte, origina o escurecimento dos dentes que vemos com o envelhecimento. 
· “A maior alteração na maxila e na mandíbula com a idade é consequente às extrações dentárias com atrofia do osso alveolar trazendo como resultado a diminuição da altura da face e mudando o perfil facial. 
· Contribui para essa alteração a diminuição da força de mastigação pela redução da massa muscular do masseter e pterigoide.” (FREITAS; 4aed.) 
· A mucosa oral se torna fina, lisa e seca. 
· A língua também é lisa devido à perda das papilas, podendo apresentar varicosidades
Orofaringe
· Observa-se adelgaçamento da camada epitelial da mucosa, retração gengival e exposição das raízes dentárias predispondo a cáries. 
· Devido à alteração da musculatura esofágica há um aumento da resistência da passagem dos alimentos pelo esfíncter esofágico superior. 
Estômago
· Com a idade há diminuição das células parietais e aumento dos leucócitos intersticiais. 
· Com isso diminui a secreção do ácido clorídrico e de pepsina, dificultando a digestão de alimentos, principalmente, os ricos em proteína. 
· Além disso, há uma dificuldade no esvaziamento gástrico devido a diminuição de sua motilidade normal. 
· Em decorrência de todas essas modificações fisiológicas, o estômago fica mais exposto a lesões, com a gastrite e a úlcera péptica sendo responsáveis por metade dos sangramentos digestivos altos ocorridos nos pacientes acima de 60 anos. (Ahmed e Stanley, 2012) 
Intestino delgado 
· Com o avanço da idade, a absorção de várias substâncias está diminuída, mas a homeostase é mantida.
· A absorção do cálcio diminui devido à redução dos receptores da vitamina D no intestino. 
Intestino grosso 
· Há atrofia da mucosa, anomalias estruturais das glândulas da mucosa, hipertrofia da camada muscular da mucosa e atrofia da camada muscular externa. 
· A constipação é uma das queixas mais comuns, o que ocorre por alimentação pobre em fibras, baixa hidratação oral, falta da prática de exercícios físicos regulares, coordenação das contrações alterada e o aumento da sensibilidade aos opioides. 
· A diminuição do tônus e da força do esfíncter anal, associada a menor complacência retal, aumenta a chance de incontinência fecal nas pessoas idosas. 
SISTEMA IMUNOLÓGICO 
· O sistema imunológico é um conjunto de células, tecidos, órgãos e moléculas responsáveis pela defesa do organismo contra agentes infecciosos, nos quais os seres humanos utilizam para eliminar agentes endógenos e exógenos que comprometem a saúde humana. 
· O deterioramento do sistema de defesa em idosos é uma das possíveis causas da suscetibilidade a doenças. 
· Os recorrentes casos de doenças consideradas infecciosas na população em questão podem ser provenientes da queda significativa da resposta a diversas imunizações decorrente da involução do timo e diminuição do “pool” leucocitário induzindo a uma resposta imune alterada. 
· A esse processo é denominado imunossenescência. 
· No sistema imune, por exemplo, há uma redução significativa das células de defesa (Linfócitos B, T e células NK) subsequente da involução tímica, desse modo, às mesmas se tornam ineficientes no reconhecimento e combate de determinados antígenos. 
· A redução das respostas imunes nos idosos é resultado de um conjunto de alterações fisiológicas, dentre elas o declínio hormonal, bem como a diminuição da quantidade das células defesas. 
· O desequilíbrio desses conjuntos de células é responsável pela instabilidade homeostática, o que ocasiona a vulnerabilidade do organismo a doenças que não necessariamente sejam físicas, mas também psicológicas afetando a integridade emocional. 
REFERÊNCIA
· Ferreira, Olívia Galvão Lucena, et al. "Envelhecimento ativo e sua relação com a independência funcional." Texto & Contexto-Enfermagem 21 (2012): 513-518.
· Macena, Wagner Gonçalves, Lays Oliveira Hermano, and Tainah Cardoso Costa. "Alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento." Revista Mosaicum 27 (2018): 223-238.
· Princípios básicos de geriatria e gerontologia; Edgar Nunes de Moraes; 2008
· Tratado de geriatria e gerontologia; Elizabete Viana de Freitas; 4aed.
· Borges, Ana Paula Abreu, and Angela Maria Castilho Coimbra. "Envelhecimento e saúde da pessoa idosa." Rio de Janeiro: EAD/Ensp (2008).

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