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Histologia Vascular

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Vasos Sanguíneos
Vanessa Silva | Histologia Humana| 
5
	
	Artérias
	Vasos Capilares
	Veias
	
Definição
	Série de vasos que se tornam menores à medida que se ramificam
	Vasos sanguíneos muito delgados que constituem uma rede complexa de tubos muito delgados
	Resultam da convergência dos vasos capilares em um sistema de canais que se torna cada vez mais calibroso à medida que se aproxima do coração
	
Função
	Levam o sangue, com nutrientes e oxigênio, do coração para os tecidos
	Através de suas paredes ocorre grande parte d o intercâmbio entre o sangue e os tecidos adjacentes
	Transporta o sangue proveniente dos tecidos
Composição Tecidual das Paredes dos Vasos
Constituído por: endotélio + tecido muscular + tecido conjuntivo
A associação desses tecidos forma as camadas ou túnicas dos vasos sanguíneos
A quantidade e a organização desses tecidos no sistema circulatório são influenciadas por dois fatores:
Fatores Mecânicos - representados primariamente pela pressão sanguínea
Fatores Metabólicos – Que refletem a necessidade local dos tecidos
OBS: Todos esses tecidos são encontrados em diferentes proporções na parede dos vasos, exceto nos capilares e nas vênulas pós-capilares, nos quais os únicos elementos estruturais representados são o endotélio e sua membrana basal.
Endotélio
Tipo especial de epitélio
Forma uma barreira semipermeável interposta entre dois compartimentos do meio interno: o plasma sanguíneo e o fluído intersticial. 
Altamente diferenciado para mediar e monitorar ativamente as extensas trocas bidirecionais de pequenas moléculas e, ao mesmo tempo, restringir o transporte de macromoléculas.
As células endoteliais são funcionalmente diversas de acordo com o vaso que elas revestem. 
Os vasos capilares são frequentemente chamados vasos de troca, uma vez que é nestes locais que são transferidos oxigênio, gás carbônico, água, solutos, macromoléculas, substratos e metabólitos do sangue para os tecidos e dos tecidos para o sangue. Além de seu papel nas trocas entre o sangue e os tecidos, as células endoteliais executam várias outras funções, como:
· Conversão de angiotensina I para angiotensina II
· Conversão de bradicinina, serotonina, prostaglandinas, norepinefrina (noradrenalina), trombina etc., em compostos biologicamente inertes 
· Lipólise de lipoproteínas por enzimas localizadas na superfície das células endoteliais, para transformá-las em triglicerídios e colesterol (substratos para síntese de hormônios esteroides e para a estrutura da membrana) 
· Produção de fatores vasoativos que influenciam o tônus vascular, como as endotelinas, os agentes vasoconstritivos, como óxido nítrico, e os fatores de relaxamento.
Fatores de crescimento, como VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular), têm papel central na formação do sistema vascular durante o desenvolvimento embrionário, na regulação do crescimento capilar em condições normais e patológicas em adultos e na manutenção da normalidade da vascularização.
Saiba +
O endotélio também tem uma ação antitrombogênica, impedindo a coagulação de sangue. Quando, por exemplo, células endoteliais são danificadas por lesões provocadas pela aterosclerose, o tecido conjuntivo subendotelial é exposto, induzindo a agregação de plaquetas sanguíneas. Essa agregação inicia uma cascata de eventos que dão origem à fibrina, a partir do fibrinogênio do sangue. Dessa maneira, um coágulo intravascular, ou trombo, é formado e pode crescer até obstruir completamente o fluxo vascular local. Porções de massa sólida podem separar-se do trombo e ser levadas pelo sangue, podendo obstruir vasos sanguíneos distantes por um processo chamado embolia. Em ambos os casos, pode ocorrer parada do fluxo vascular, constituindo-se em uma potencial condição de ameaça à vida. Desse modo, a integridade da camada endotelial, que impossibilita o contato entre plaquetas e o tecido conjuntivo subendotelial, é um mecanismo antitrombogênico importante
Músculo Liso
O tecido muscular liso faz parte de todos os vasos sanguíneos com exceção dos capilares e vênulas pericíticas. 
Estão na túnica média dos vasos, onde se organizam em camadas helicoidais. 
Cada célula muscular é envolta por uma lâmina basal + quantidade variável de tecido conjuntivo produzido por elas próprias. 
As células musculares lisas vasculares, principalmente em arteríolas e pequenas artérias, são frequentemente conectadas por junções comunicantes (gap).
Tecido conjuntivo
Encontrados nas paredes dos vasos sanguíneos em quantidade e proporção que varia de acordo com as suas necessidades funcionais. 
Fibras Colágenas
Elemento abundante na parede do sistema vascular
Encontradas entre as células musculares, na camada adventícia e também na camada subepitelial de alguns vasos. 
Os colágenos dos tipos IV, III e I são encontrados nas membranas basais, túnica média e adventícia, respectivamente. 
Fibras Elásticas
Fornecem a resistência ao estiramento promovido pela expansão da parede dos vasos. 
Predominam nas grandes artérias, nas quais se organizam em lamelas paralelas regularmente distribuídas entre as células musculares em toda a espessura da camada média. 
Substância Fundamental
Forma um gel heterogêneo nos espaços extracelulares da parede dos vasos. 
Contribui com as propriedades físicas da parede dos vasos e, provavelmente, afeta a difusão e permeabilidade através da parede. 
OBS: A concentração de glicosaminoglicanos é mais alta nas paredes das artérias do que nas das veias.
Saiba +
Durante o envelhecimento, a matriz extracelular torna-se desorganizada em consequência do aumento da secreção dos colágenos tipo I e IlI e de alguns glicosaminoglicanos. 
Alterações na conformação molecular da elastina e outras glicoproteínas também ocorrem e podem facilitar a deposição de liproteínas e cálcio nos tecidos, com subsequente calcificação. 
Modificações de componentes da matriz extracelular associadas a outros fatores mais complexos podem levar à formação de placas de ateroma na parede dos vasos sanguíneos.
Plano Estrutural e Componentes dos Vasos Sanguíneos
A maioria dos vasos têm características estruturais em comum e mostram um plano geral de construção. Entretanto, o mesmo tipo de vaso apresenta variações estruturais ao longo de seu percurso. Dessa maneira, a distinção entre os tipos diferentes de vasos nem sempre é muito clara, uma vez que a transição de um tipo de vaso para outro se faz gradualmente.
Os vasos sanguíneos são normalmente compostos das seguintes camadas ou túnicas: túnica íntima, túnica média e túnica adventícia.
Túnica íntima
A íntima apresenta uma camada de células endoteliais apoiada em uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial, a qual pode conter, ocasionalmente, células musculares lisas. 
Em artérias, a túnica íntima está separada da túnica média por uma lâmina elástica interna, a qual é o componente mais externo da íntima. Esta lâmina, composta principalmente de elastina, contém aberturas (fenestras) que possibilitam a difusão de substâncias para nutrir células situadas mais profundamente na parede do vaso. 
Como resultado da ausência de pressão sanguínea e da contração do vaso por ocasião da morte, a lâmina elástica interna das artérias geralmente apresenta um aspecto ondulado nos cortes histológicos.
Túnica Média
Consiste principalmente de camadas concêntricas de células musculares lisas organizadas helicoidalmente e entre elas existem quantidades variáveis de matriz extracelular composta de fibras e lamelas elásticas, fibras reticulares (colágeno do tipo III), proteoglicanos e glicoproteínas. 
As células musculares lisas são as responsáveis pela produção dessas moléculas da matriz extracelular.
Nas artérias do tipo elástico a maior parte da túnica média é ocupada por lâminas de material elástico. 
Em artérias musculares menos calibrosas, a túnica média contém uma lâmina elástica externa no limite com a túnica adventícia. 
Túnica adventícia
A adventícia consiste principalmente em colágeno do tipo I e fibras elásticas. 
A camada adventícia toma-segradualmente contínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso sanguíneo está passando.
Vasa Vasorum
Vasos grandes normalmente contêm vasa vasorum (vasos dos vasos) que são arteríolas, capilares e vênulas que se ramificam profusamente na adventícia e, em menor quantidade, na porção externa da média. 
Os vasa vasorum proveem a adventícia e a média de metabólitos, uma vez que, em vasos maiores, as camadas são muito espessas para serem nutridas somente por difusão a partir do sangue que circula no lúmen do vaso. 
Vasa vasorum são mais frequentes em veias que em artérias. 
Em artérias de diâmetro intermediário e grande, a íntima e a região mais interna da média são destituídas de vasa vasorum. Essas camadas recebem oxigênio e nutrição por difusão do sangue que circula no lúmen do vaso.
Inervação
A maioria dos vasos sanguíneos que contêm músculo liso nas suas paredes é provida por uma rede profusa de fibras não mielínicas da inervação simpática (nervos vasomotores) cujo neurotransmissor é a norepinefrina. 
Descarga de norepinefrina por essas terminações nervosas resulta em vasoconstrição. Uma vez que as terminações nervosas eferentes geralmente não penetram a túnica média das artérias, o neurotransmissor precisa difundir-se por uma distância de vários micrômetros para poder atingir as células musculares lisas da túnica média. 
Esses neurotransmissores atuam abrindo espaços entre as junções intercelulares das células musculares lisas da média, e dessa maneira a resposta ao neurotransmissor propaga-se para as células musculares das camadas mais internas dessa túnica. 
OBS: Em veias, as terminações nervosas alcançam as túnicas adventícia e média, mas a densidade total das terminações nervosas é menor do que aquela encontrada nas artérias. 
As artérias de músculos esqueléticos também recebem urna provisão de terminações nervosas vasodilatadoras do tipo colinérgico. A liberação de acetilcolina por essas terminações colinérgicas leva as células endoteliais a produzir óxido nítrico, o qual se difunde através das células musculares lisas e vai ativar o sistema de mensageiros intracelulares, GMP cíclico. As células musculares então relaxam, e o lúmen do vaso é dilatado. 
As terminações nervosas aferentes (sensoriais) das artérias incluem:
· Barorreceptores (receptores de pressão},
· Seio carotídeo
· Arco da aorta
· Quimiorreceptores da carótida 
· Corpos aórticos.
Estrutura e funções dos vasos sanguíneos
Classificados de acordo com o seu diâmetro:
· Grandes artérias elásticas
· Artérias de diâmetro médio ou artérias musculares 
· Arteríolas
Grandes Artérias Elásticas
Contribuem para estabilizar o fluxo sanguíneo. 
Incluem a aorta e seus grandes ramos. 
Estes vasos têm cor amarelada decorrente do acúmulo de elastina na túnica média. 
Corte transversal que mostra parte de uma artéria elástica (artéria de grande calibre) exibindo uma túnica média bem desenvolvida contendo várias laminas elásticas. As setas apontam vaso vosorum da túnica adventícia.
A íntima, rica em fibras elásticas, é mais espessa que a túnica correspondente de urna artéria muscular. 
Uma lâmina elástica interna, embora presente, não pode ser facilmente distinguida das demais lâminas elásticas existentes entre as camadas musculares que se seguem. 
A túnica média consiste em uma série de lâminas elásticas perfuradas, concentricamente organizadas, cujo número aumenta com a idade (há em torno de 40 lâminas no recém-nascido e 70 no adulto). Entre as lâminas elásticas situam-se células musculares lisas, fibras de colágeno, proteoglicanos e glicoproteínas. 
A túnica adventícia é relativamente pouco desenvolvida.
A túnica média das grandes artérias contém várias lâminas elásticas que contribuem para a importante função de tornar o fluxo de sangue mais uniforme. 
Durante a contração ventricular (sístole), a lâmina elástica das grandes artérias está distendida e reduz a variação da pressão. 
Durante relaxamento ventricular (diástole), a pressão no ventrículo cai para níveis muito baixos, mas a propriedade elástica das grandes artérias ajuda a manter a pressão arterial. 
Como consequência, a pressão arterial e a velocidade do sangue diminuem e se tornam menos variáveis à medida que se distanciam do coração.
Referencias
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 13ª edição. Rio de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan, 2017.

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