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Módulo 1 - Folha

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1 
Estes trechos e figuras foram retirados da apostila de “Anatomia e Morfologia 
de Plantas Vasculares” (Menezes et al, 2004), fornecida aos alunos da Biologia 
na disciplina BIB121. 
 
FOLHA – MORFOLOGIA 
 
1. CONCEITO - FUNÇÕES 
Os organismos que apresentam clorofila (cianobactérias, alguns protistas=algas, 
e a maioria das plantas) são capazes de converter a energia luminosa em energia 
química, através da fotossíntese. Essa energia é acumulada nas ligações dos 
compostos orgânicos. Esses organismos são chamados autótrofos. 
Em geral, as folhas são os órgãos melhor estruturados para executar a 
fotossíntese.Elas apresentam uma superfície com estômatos, que regulam a entrada e 
saída de gases e vapor d’água e um tecido interno, denominado clorênquima 
(parênquima clorofiliano). Neste tecido estão os cloroplastos, organelas que captam a 
energia luminosa, convertendo-a em energia química. 
As folhas, em geral, são estruturas achatadas, de modo que o tecido clorofiliano, 
responsável pela fotossíntese, fica próximo à superfície. As folhas são também a 
principal fonte de perda de água das plantas. Tendo-se em conta que a transpiração 
excessiva pode levar à desidratação e até à morte, a forma e a anatomia da folha 
devem possibilitar uma relação que permita a captura de luz e absorção de gás 
carbônico, evitando a perda de água em excesso. 
 
2. CONSTITUIÇÃO 
Apesar das folhas de uma gimnosperma e angiosperma poderem apresentar 
diferenças entre si, elas apresentam as seguintes partes: lâmina ou limbo, pecíolo e 
base (Fig. 1), que freqüentemente desenvolve uma bainha e/ou estípulas. As formas e 
os tamanhos das folhas são muito variáveis. 
 
 
 
Fig. 1. Partes de uma folha. Retirado de 
Esau (1977). 
 
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 2 
Fig. 2. Tipos de folhas. 
As folhas podem ser simples (grande parte delas) e compostas. Neste caso, a 
nervura principal é chamada de raque e as divisões da folha são denominadas folíolos 
(Fig. 2). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma folha apresenta as seguintes partes: 
a) Lâmina ou limbo foliar. Caracteriza-se por ser uma superfície achatada e 
ampla, possibilitando maior área para captação da luz solar e do CO2. Na maioria 
das folhas é a parte mais evidente. 
b) Pecíolo. É a parte mais estreita e alongada da folha e que une o limbo ao caule. 
Ele esta preso, geralmente, à base do limbo, mas pode também iniciar-se no 
meio deste. Quanto ao pecíolo (Fig. 3), as folhas podem ser classificadas em: 
 
 
 
 
 
 
Fig. 3. Classificação das folhas quanto à 
inserção no caule. 
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 3 
b1) peciolada: quando o pecíolo está presente. 
b2) séssil: quando o pecíolo está ausente e o limbo prende-se diretamente ao 
caule. 
b3) peltada: quando o pecíolo está preso ao meio da lâmina foliar. 
c) Base foliar. É a porção terminal do pecíolo, que o une ao caule. Em 
monocotiledôneas ela é geralmente bem desenvolvida e denominada bainha. 
Em algumas famílias pode existir uma dilatação ou entumescimento na base da 
folha ou folíolos chamados respectivamente de pulvinos e pulvínulos. 
d) Estípulas (Fig. 4). São estruturas geralmente laminares, presentes na base das 
folhas. Têm importância na taxonomia. Há estípulas muito desenvolvidas, 
chegando até a envolver completamente o caule; nesse caso ela é chamada 
ócrea. Existem estípulas que se localizam entre os pecíolos de duas folhas 
opostas; são as estípulas interpeciolares (característico das Rubiáceas; café, 
Coffea spp.). Em algumas famílias, as estípulas recobrem as folhas jovens, 
protegendo a gema apical (característico das Moraceae, Cecropiaceae e 
Magnoliaceae). As estípulas também podem estar transformadas em espinhos, 
como em coroa-de-cristo (Euphorbia milii, Euphorbiaceae). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) Venação ou nervação. Corresponde ao arcabouço das folhas, responsável pela 
nutrição, sustentação e hidratação, representado pelas nervuras ou veias. 
Geralmente, a nervura mediana é proeminente e corresponde à nervura 
principal, que termina no ápice da folha. As nervuras menores que se originam 
Fig. 4. Estípulas. 
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 4 
na nervura principal são as nervuras secundárias. Estas podem anastomosar-
se através de uma série de nervuras menores ainda, formando os retículos. 
 
As folhas podem ainda apresentar heterofilia e anisofilia. Na heterofilia 
ocorrem folhas com mais de uma forma, produzidas em regiões distintas de uma 
mesma planta, em períodos diferentes do seu desenvolvimento (ex.: feijão, Phaseolus 
vulgaris, Fabaceae). No feijão, o primeiro para de folhas é simples e do segundo em 
diante, trifoliado. Na anisofilia, a planta produz regularmente folhas diferentes no 
mesmo ramo (ex.: cipreste, Cupressus sp., Cupressaceae, uma gimnosperma). 
Emprega-se o termo filoma para todos os tipos de folhas. Segundo esse 
conceito, o termo folha se restringiria aos órgãos fotossintetizantes. Os filomas podem 
apresentar muitas modificações, dentre as quais: 
 
 
 
 
 
 
 
a) Cotilédones (Fig. 5A). São as primeiras folhas do embrião. Podem acumular 
reservas, como no caso do feijão. Nas gramíneas, encontra-se o escutelo que 
é o cotilédone modificado para a transferência de reservas para o embrião 
(ex.: milho, Zea mays, Poaceae, uma monocotiledônea). 
b) Escamas ou catafilos (Fig. 5B). As folhas têm por função, além da 
fotossíntese, proteger as gemas (ex.: cebola, Allium cepa, Liliaceae, uma 
monocotiledônea). As escamas do bulbo da cebola, além da função de 
proteção, acumulam substâncias nutritivas. As escamas presentes nos 
cormos são membranáceas (ex.: palma-de-santa-Rita, Gladiolus sp., 
Liliaceae). 
c) Espinhos (Fig. 5C). São estruturas geralmente lignificadas, que apresentam 
tecido vascular e que correspondem à folha ou porção dela. Em muitas 
Fig. 5. Modificações das folhas. 
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 5 
cactáceas, as folhas podem estar transformadas em espinhos, como ocorre 
no figo-da-índia (Opuntia sp., Cactaceae). 
d) Gavinhas (Fig. 4). São estruturas que têm por função prender a planta num 
suporte, enrolando-se nele (tigmotropismo). Como exemplo, têm-se os 
folíolos da ervilha (Pisum sativum, Fabaceae). 
e) Brácteas ou hipsofilos (Fig. 5D). As folhas podem estar transformadas em 
estruturas vistosas ou atrativas, que auxiliam a polinização. Como exemplo 
podemos citar a primavera (Bougainvillea spectabilis, Nyctaginaceae). 
f) Folhas das plantas carnívoras (Fig. 6). São folhas que mostram uma 
grande variação morfológica, com formas especializadas para a captura de 
insetos e outros organismos. Como exemplos temos a Utricularia spp. 
(Lentibulariaceae), Dionea muscipula e Drosera sp. (ambas, Droseraceae). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
g) Filódio. Quando a folha é muito reduzida, o pecíolo adquire a forma e função 
do limbo, realizando até fotossíntese e, durante o desenvolvimento da 
Fig. 6 - A. Utrículos (armadilha para captura de microartrópodos) na planta aquática Utricularia 
(Lentibulariaceae); B. Ápice foliar com duas valvas que executam movimento rápido, quando 
estimuladas por animais, em Dionea (Droseraceae); C. Folha com tentáculos móveis de Drosera 
(Droseraceae). 
�
 
 6 
plântula, pode-se ver essa transformação (ex.: Acacia podaliriifolia, 
Fabaceae). 
h) Folhas coletoras (Fig. 7). Pertencem a um tipo de heterofilia que ocorre em 
plantas epífitas, as quais desenvolvem folhas especiais que servem como 
reservatório de substância húmica e detritos de onde as raízes absorvem 
água e sais minerais. Ex.: chifre-de-veado (Platycerium alcicorne, 
Ponkeniaceae, pteridófita), uma samambaia epífita (isto é, um organismo que 
cresce sobre outro, mas não é seu parasita). 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. FILOTAXIA (Fig. 7) 
 Filotaxia é o arranjo ou disposição das folhas no caule. Esta disposição é feitade 
modo a evitar o sombreamento da folha situada imediatamente abaixo. Existem 3 tipos 
de filotaxia: oposta, verticilada e alterna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Filotaxia oposta. Duas folhas se inserem no caule ao mesmo nível, mas em 
oposição, isto é, pecíolo contra pecíolo. Quando o par de folhas superior coloca-
Fig. 7. Heterofilia, samambaia chifre-de-veado com folhas 
fotossintetizantes eretas e com folhas coletoras prostradas. 
Fig. 7. Filotaxia. 
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 7 
se em situação cruzada em relação ao inferior, tem-se a filotaxia oposta-cruzada 
ou decussada. 
2) Filotaxia verticilada. Três ou mais folhas dispõem-se no mesmo nó. No caso 
específico das folhas de Pinus, no qual três folhas saem do mesmo ponto de 
ramos curtos (braquiblastos), fala-se em fasciculada. 
3) Filotaxia alterna. Quando as folhas colocam-se em níveis diferentes do caule. 
Tem-se ainda tipos especiais de filotaxia alterna. Quando as folhas apresentam-
se em uma roseta, temos a filotaxia rosulada, por exemplo. 
Independentemente da filotaxia, as folhas podem se dispor separadamente ao longo 
do caule ou podem se superpor, sendo nesse caso, imbricadas. 
 
4. TRICOMAS 
 Quanto à presença de tricomas na superfície das folhas, estas podem ser 
classificadas em: 
1) Glabras. Quando não têm tricomas. 
2) Pilosas. Quando possuem tricomas. Existem também denominações 
específicas no que se refere à forma, distribuição, freqüência e tipo de 
tricoma. 
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