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SOI - Formação da urina

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– Bibiana Lima 
Introdução 
A formação da urina resulta na excreção de 
substâncias indesejadas ou tóxicas ao organismo e é 
composta por três processos renais: filtração 
glomerular, reabsorção tubular e secreção de 
substância do sangue para os túbulos renais. 
 
Além disso, vale relembrar os componentes 
hormonais do sistema renal: 
 
Filtração glomerular 
Taxa de filtração 
O primeiro passo na formação da urina é a filtração 
de grandes quantidades de líquidos através do 
capilares glomerulares da cápsula de bowman – 
quase 180 litros por dia. A maior parte desse filtrado 
é reabsorvido, deixando apenas cerca de 1 litro de 
líquido para excreção diária a depender da ingestão. 
A elevada taxa de filtração glomerular depende da 
alta taxa de fluxo sanguíneo renal, bem como 
propriedades especiais das membranas dos capilares 
glomerulares. 
 
 
 
Filtrado glomerular 
O filtrado glomerular possui uma composição bem 
parecida com o plasma sanguíneo, exceto pelas 
proteínas plasmáticas que são repelidas pela 
membrana basal dos capilares glomerulares. 
 
 
 
Membrana capilar glomerular 
Possui três camadas: 
Endotélio capilar fenestrado: a fenestração desses 
capilares permite uma alta intensidade de filtração 
pela membrana capilar. 
Membrana basal eletronegativa: é a principal 
camada de reabsorção de proteínas, uma vez que as 
outras duas também possuem componentes de 
repulsão das cargas negativas das proteínas. 
Células epiteliais (podócitos): os podócitos são 
células especializadas que possuem prolongamentos 
que, por sua vez, destacam fendas de filtração por 
onde o filtrado vai se deslocar. 
 
 
Determinantes da filtração glomerular 
Os dois principais determinantes são: 
(Kf) 
Não permite regulação da taxa de filtração 
glomerular, pois trata-se de uma propriedade do 
corpúsculo renal. Entretanto, doenças que acometem 
este corpúsculo podem reduzir esse coeficiente e, 
portanto, a taxa de filtração glomerular. 
 
É um componente que pode ser regulado e é 
determinada pela: 
 Pressão hidrostática nos capilares 
É diretamente proporcional à filtração glomerular, 
ou seja, um aumento da pressão hidrostática nos 
capilares, aumenta a filtração glomerular. 
DETERMINANTES: 
Pressão arterial: o aumento da PA, aumenta a 
pressão hidrostática. 
Resistência arteriolar aferente: quando há a 
diminuição da resistência na arteríola aferente, há um 
aumento no fluxo plasmático renal e, portanto, um 
aumento na filtração glomerular. 
Resistência arteriolar eferente: quando há a 
diminuição da arteríola eferente, há uma diminuição 
na quantidade de sangue dentro do glomério e, 
portanto, há a queda da pressão hidrostática nos 
capilares e uma queda na filtração. 
 
 Pressão hidrostática na cápsula de Bawman; 
O aumento desta pressão corre em situações 
patológicas, dificultando a saída do sangue do 
glomérulo para a cápsula e diminui, portanto, a 
filtração glomerular, sendo inversamente 
proporcionais. 
 Pressão coloidosmótica das proteínas 
plasmáticas 
É inversamente proporcional à taxa de filtração 
glomerular, uma vez que quanto mais proteínas 
estiverem no capilar, maior vai ser a resistência para 
que a água saia do capilar e vá para a cápsula. 
 Pressão coloidosmótica na cápsula de Bawman 
É nula em situações fisiológicas e só existe em casos 
de anomalia onde há falha na reabsorção de 
proteínas. 
 
 
 
Controle hormonal da filtração glomerular 
 
Além disso, a autorregulação da filtração é feita, 
principalmente, baseando-se na regulação da PA, por 
meio do sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona. 
 
- -
O sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona recebe 
esse nome porque trata-se de um ajuste do corpo para 
conseguir a regulação da pressão arterial sistêmica 
em médio e longo prazo, tendo como principais 
substâncias a renina, a angiotensina e a aldosterona. 
Entretanto, envolve o sistema renal, adrenal, o fígado 
a neuro-hipófise e o endotélio dos vasos sanguíneos. 
O mecanismo se inicia nas células justaglomerulares, 
encontradas, principalmente, nas arteríolas aferentes 
dos néfrons e que são responsáveis pela síntese da 
Renina. Além disso, essas arteríolas possuem fibras 
do sistema nervoso simpático e barorreceptores para 
monitoramento da PA. Concomitante a isso, ainda no 
sistema renal, as células da região da Mácula Densa, 
localizada na porção final da Alça de Henle, agem 
como sensores dos níveis de sódio sanguíneo. Dessa 
forma, obtém-se três fatores que servem como gatilho 
para a liberação de renina pelas células 
justaglomerulares: a queda da pressão arterial 
(barorreceptores), a ativação do sistema nervoso 
simpático (fibras nervosas nas arteríolas) e a redução 
de concentração de sódio nos túbulos distais (células 
da região da Mácula). 
Quando essa renina é liberada e toma a corrente 
sanguínea, age no fígado convertendo o 
angiotensinogênio em angiotensina I, essa, por sua 
vez, é um vasoconstrictor não muito potente e, por 
conta disso, é convertida em angiotensina II pelas 
enzimas conversoras e angiotensina (ECA), 
produzidas pelo endotélio pulmonar e pelo endotélio 
dos vasos sanguíneos. A angiotensina II possui quatro 
mecanismos de ação: 
1. Causa uma potente vasoconstricção geral; 
2. Em nível renal, causa a vasoconstricção 
preferencialmente da arteríola eferente, ou seja, 
aumenta a pressão hidrostática dos capilares 
glomerulares e a filtração glomerular, 
aumentando, portanto, a reabsorção renal; 
3. Estimula a secreção de aldosterona pela adrenal 
que, por sua vez, atua no túbulo distal, 
estimulando a reabsorção de sódio e excreção de 
potássio; 
4. Estimula a secreção de ADH na hipófise anterior 
que, por sua vez, atua nos ductos coletores, 
estimulando a reabsorção de água. 
De uma forma geral, têm-se o aumento da 
vasoconstricção e da reabsorção de sódio e água, 
aumentando, por consequência, a pressão arterial 
sistêmica. Caso essa PA esteja elevada, os estímulos 
para a secreção de renina são reduzidos, 
consequentemente, a vasoconstricção, a reabsorção e 
a pressão arterial sistêmica também irão diminuir. 
 
 
Reabsorção e secreção tubular 
É um processo altamente seletiva, diferente da 
filtração, uma vez que é mais fácil para o organismo 
identificar as moléculas essenciais, em detrimento de 
todas as nocivas. 
 
O processo de reabsorção pode ser realizado de duas 
formas: 
Via transcelular: passando por dentro da célula 
Via paracelular: passando entre as junções 
paracelulares das células 
 
Além disso, pode ocorrer de forma ativa, com gasto de 
ATP, de forma passivo, por meio da difusão e por 
osmose. 
O principal meio de transporte ativo no corpo é a 
bomba sódio-potássio, ou ATPase. Essa bomba se 
encontra na membrana basolateral da célula e muda 
o gradiente de concentração do meio intracelular com 
a exocitose de Na+ e a entrada de k+. Com essa 
mudança de gradiente, o sódio presente no lúmen 
tubular atravessa a membrana basomedial e entra na 
célula. 
Trata-se de um transporte de substâncias de uma 
região de maior concentração para um de menor 
concentração por meio de uma membrana 
semipermeável. 
 
Túbulo contorcido proximal 
Possui células altamente especializadas que realizam 
tanto transporte ativo, quanto passivo. 
São capazes de reabsorver 65% da carga filtrada de 
água e sódio, além de glicose, aminoácidos e outros 
íons. Ademais, excreta substâncias tóxicas como H+, 
ácidos e bases orgânicas, etc. 
Possuem borda em escova, para facilitar a 
reabsorção e o transporte de substâncias, e células 
ricas em mitocôndria, pelo auto uso de ATP. 
 
 
Alça de Henle 
É responsável pela reabsorção de cerca de 20% a 
25% de todo sódio, cloro e água filtrados. Possui duas 
porções principais: 
Onde ocorre a maior parte de reabsorção da água, 
por ser altamente permeável a mesma, assim como no 
túbulo proximal. 
 
É impermeávelà água e especializada na formação da 
medula renal concentrada, ocorrendo intensa 
reabsorção de solutos. Essa criação da medula renal 
altamente concentrada, permite a reabsorção de 
água pela parte descendente fina da alça e pela túbulo 
proximal. 
 
O transportador dessas células baseasse na absorção 
de Na+, K+ e 2Cl-, sendo bloqueado pelos diuréticos 
de alça. 
 
Túbulo contorcido distal 
Divide-se em duas porções principais: 
É parecida com a porção ascendente espessa da alça 
de Henle, também sendo especializada na reabsorção 
intensa de eletrólitos. Transportador pode ser 
bloqueado pelos diuréticos tiazídicos. 
 
+
É responsável pela regulação fina da urina. As células 
principais são especializadas na reabsorção de sódio 
e secreção de potássio. Por conta disso, sofrem 
grande influência da aldosterona. 
 
 
 
Ducto coletor 
É responsável pela regulação fina da quantidade da 
osmoralidade da urina, reabsorvendo água, por meio 
da expressão de vasopressina (ADH). 
 
 
Referência 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & 
Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2017.

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