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AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA

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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA X
 
João, cidadão, xxxxx, xxxxx , xxxxx xxxxxx , xxxxxx , xxxxxx, xxxxxx, xxxxx, xxxxxx, vem através da sua advogada, por meio desta, através do endereço xxxx, xxxxx, xxxxx, xxxxxx, xxxxxx, xxxxxx, xxxx, pelo direito que lhe dá Art. 5º, inciso XIV, da CRFB/88, interpor:
AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA C/C PEDIDO LIMINAR
Em face do Secretário Municipal de Educação do Município Alfa xxxx, xxxxx, xxxxx, xxxxx, xxxxxx, xxxxxx, xxxxxxx, conforme os fatos e fundamentos a seguir minudenciados. 
DOS FATOS
João, cidadão politicamente atuante e plenamente consciente dos deveres a serem cumpridos pelos poderes constituídos em suas relações com a população, decidiu fiscalizar a forma de distribuição dos recursos aplicados na área de educação no Município Alfa, sede da Comarca X e vizinho àquele em que residia, considerando as dificuldades enfrentadas pelos moradores do local. Para tanto, compareceu à respectiva Secretaria Municipal de Educação e requereu o fornecimento de informações detalhadas a respeito das despesas com educação no exercício anterior, a discriminação dos valores gastos com pessoal e custeio em geral e os montantes direcionados a cada unidade escolar, já que as contratações eram descentralizadas. 
O requerimento formulado foi indeferido por escrito, pelo Secretário Municipal de Educação, sob o argumento de que João não residia no Município Alfa; os gastos com pessoal eram sigilosos, por dizerem respeito à intimidade dos servidores; as demais informações seriam disponibilizadas para o requerente e para o público em geral, via Internet, quando estivesse concluída a estruturação do “portal da transparência”, o que estava previsto para ocorrer em 2 (dois) anos. João não informou de que modo usaria as informações.
DO DIREITO 
Como supramencionados, João estava no seu pleno gozo de cidadão, e requereu o município apenas informações públicas que é garantido dentro do art 5° inciso XIV da CF, e consoante o art 5° inciso XXXIII assegura que todos tem acesso à informação, e, por fim, direito de receber dos órgãos publico as informações tanto do direito coletivo ou geral. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XIV- é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XXIII- todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011) 
Ainda relato que os usuários do serviço publico vem assegurando o acesso dos atos de governo, nos termos do art. 37 §3º, inciso II, da CF.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3ºA lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II- o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)
"Como não existem antinomias no plano constitucional, sobretudo em relação aos direitos fundamentais, o confronto entre algum direito da personalidade (CF, art. 5º, V e X) e os direitos à manifestação do pensamento e à informação, enfeixados na liberdade de imprensa (CF, arts. 5º, IV, IX e XIV e 220), deve ser solucionado mediante a aplicação do princípio da proporcionalidade.
Por óbvio não há uma blindagem inexpugnável aos direitos da personalidade, pois isso equivaleria à completa supressão das liberdades de informação e de expressão, direitos igualmente assegurados constitucionalmente.
Nem se colhe do direito vigente uma fórmula jurídica apriorística que pode ser aplicada indistintamente a todos os casos, dada a ausência de hierarquia jurídica entre os direitos fundamentais.
À luz das particularidades das situações concretas e com as ferramentas hermenêuticas do princípio da proporcionalidade, incumbe ao juiz equacionar os conflitos de interesses dessa natureza com extrema cautela e sob a lente do conjunto de direitos fundamentais catalogados na Lei Maior. Só assim, por meio da denominada relação de precedência condicionada entre princípios constitucionais despontará o direito fundamental que, em dado litígio, deve episodicamente subjugar o outro que com ele atrita. (...)
Fixadas essas premissas hermenêuticas e incursionando pelo cenário fático da demanda, verifica-se que a matéria contra a qual se insurge a Autora desbordou dos limites dos direitos de informação e de crítica consagrados nos artigos 5º, incisos IV, IX e XIV e 220 da Constituição Federal, nela se detectando traços de ilicitude hábeis a plasmar a responsabilidade civil dos Réus.
Houve nítido excesso no exercício do direito de informação e de crítica. (...)"
(Acórdão 1010429, unânime, Relator: JAMES EDUARDO OLIVEIRA, 4ª Turma Cível, data de julgamento: 5/4/2017)
Ressalvo que as informações deve ser estabelecidas no mesmo instante ou no prazo de 20 (vinte) dias. Como relata o Art. 11 da lei 12.527/11 e Art. 10 da lei n° 12.527/11 sendo irrelevante qualquer informação que deve ser fornecida do que se trata o assunto, sendo a respeito dos motivos e da solicitação. 
Art. 11.O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível. 
Art. 10.Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida. 
§ 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público. 
Menciono ainda que, o assunto mencionado em momento algum feriria a questão da intimidade dos servidores, pois a única informação que gastaria de obter, refere sobre os gastos públicos a maneira de como está sendo gasto o dinheiro publico, isto é, nada mais que assunto de interesse ao publico. Sobre João não residir no município não cabe criar distinções entre brasileiros. Conforme o Art. 19, inciso III da CF.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
É direito líquido e certo de art. art. 5° inciso LXIX da CF, que João está tendo o seu direito violado, lastrado em prova pré-constituída, o que decorre do indeferimento, por escrito. 
DO PEDIDO LIMINAR
 
É de extrema urgência que seja concedido o pedido de liminar, devido o dando ser irrevisível, pois as informações servirão para que a população possa vir avaliar o prefeito, sendo que já é período de eleições. Então de fato é de total importância os esclarecimentos para toda sociedade, pois poderiam colocar avaliar com cautela a conduta do prefeito. Relato que a tutela será concedida sempre que houver elementos capazes de evidenciar a probabilidade do direito e dano ao resultado útil do processo. Art. 7° III lei 12.016/09.
Art. 7° Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.DOS PEDIDOS
a) conceder, inicialmente, o pedido da liminar ora requisitada. 
b) determinar a CITAÇÃO e INTIMAÇÃO da Promovida, no endereço constante do preâmbulo, para, no prazo de 05 (cinco) dias (novo CPC, art. 307, caput), apresentar, querendo, contestação aos pedidos aqui formulados e, mais, cumprir a tutela acautelatória pleiteada;
c) Valor da causa R$: 2.000,00 (dois mil) reais, Art. 292 II do CPC. 
Termos em que, aguarda deferimento.
07 de outubro de 2021.
OAB XXX

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