APS JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL oficial

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Nome: Carolina Gonçalves de Almeida 
RA: 8557280 Turma: 3209C02
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL
1-A Associação Alfa, constituída há 3 (três) anos, cujo objetivo é a defesa do patrimônio social e, particularmente, do direito à saúde de todos, mostrou-se inconformada com a negativa do Posto de Saúde Gama, gerido pelo Município Beta, de oferecer atendimento laboratorial adequado aos idosos que procuram esse serviço. O argumento das autoridades era o de que não havia profissionais capacitados e medicamentos disponíveis em quantitativo suficiente. Em razão desse estado de coisas e do elevado número de idosos correndo risco de morte, a Associação resolveu peticionar ao Secretário municipal de Saúde, requerendo providências imediatas para a regularização do serviço público de Saúde. O Secretário respondeu que a situação da Saúde é realmente precária e que a comunidade precisa ter paciência e esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já que a receita prevista no orçamento municipal não fora integralmente realizada. Reiterou, ao final e pelas razões já aventadas, a negativa de atendimento laboratorial aos idosos. Apesar disso, as obras públicas da área de lazer do bairro em que estava situado o Posto de Saúde Gama, nos quais eram utilizados exclusivamente recursos públicos municipais, continuaram a ser realizadas. Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pela Associação Alfa, elabore parecer para o enfrentamento do problema, inclusive com providências imediatas, de modo que seja oferecido atendimento adequado a todos os idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde.
R: Em análise do caso elencado, a peça que deverá ser ajuizada é a de Ação Civil Pública. A respeito da Competência, deverá ser endereçada ao Juízo Cível da Comarca Y ou ao Juízo de Fazenda Pública, vez que o caso apresentado não indica.
Como demonstrado, tendo em vista que a Associação Alfa foi constituída há um período superior de um ano, esta terá legitimidade ativa. Por outro lado, a legitimidade passiva será do Município Beta, já que é o responsável pelo Posto de Saúde Gama. O intuito da ação terá como garantia a defesa do patrimônio social e do direito de saúde dos idosos, como determina o Artigo. 5º, inc V, alíneas a e b, da Lei nº 7.347/85. Uma vez que, o artigo 1º, inc IV e VIII da mesma Lei, dispõe sobre os danos causados ao patrimônio público. 
Trata-se de direitos fundamentais do cidadão, embasando-se no Principio da Dignidade da Pessoa Humana, o direito à vida e a saúde dos idosos devem ser respeitados, com previsão também no artigo. 1º inciso III art. 5º, caput, art. 6º e art. 196, todos da Constituição Federal. Para tanto, a peça deverá estar bem fundamentada no sentido de que as obras públicas na área de lazer não possuem urgência e resta claro ser de menor importância, priorizando por óbvio, a saúde e a vida dos idosos e, mais do que isso, cumprindo com a sua função constitucional de prestar o serviço publico adequado, como dispõe o art. 30, inc VII, art.196 e art.230, da Constituição Federal.
Por fim, nos pedidos, deverá ser requerido a concessão de medida liminar para os fins já mencionados anteriormente. Ao mais, será constatado como argumento a dignidade da pessoa humana, o direito à vida e o direito à saúde e, na hipótese de não receberem o tratamento que se requer, deverá restar demonstrado o risco de ineficácia da medida final, já que o fumus boni iuris e o periculum in mora já estão configurados na presente ação. Ainda, deverá também constar nos pedidos que a medida liminar passe a ter caráter definitivo.