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A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA ERA DIGITAL

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A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA ERA DIGITAL
Na Educação Infantil o trabalho pedagógico mostra-se desafiador, pois requer do profissional olhares de inovação e energia para ampliação do repertório de conhecimentos e aprendizagens dos alunos em todas as áreas do conhecimento, de forma intencional, significativa e lúdica. 
De acordo com a faixa etária, as histórias transmitem experiências, vivências e informações que envolvem as emoções, têm um papel significativo no respeito às diferenças, no desenvolvimento do senso de justiça social da criança, porque chegam ao seu coração e à sua mente, na medida do seu entendimento, de sua capacidade emocional, fascina, encanta, desperta o seu interesse e curiosidade, o faz de conta (ABRAMOVICH, 1997). 
Segundo Sampaio (2016), as práticas de contação de história e leituras devem ser planejadas previamente e bem pensadas, desde os materiais até os espaços e tempos que a escola pode proporcionar, possibilitam condições para ativação e desenvolvimento da memória, atenção, percepção, imaginação e tantas outras funções, cabendo ao professor criar condições para que a criança vivencie mediações com a cultura elaborada. 
Dessa maneira, a contação de histórias na era digital constitui-se uma ferramenta de socialização que provoca conflitos internos na criança, cujas situações apresentadas nos contos oportunizam identificar os acontecimentos e, reconhecer sentimentos e atitudes através dos personagens, fazer correlação com suas próprias vivências e compará-las, proporcionando uma maior compreensão de si mesma e do ambiente que a rodeia.
 Moraes e Teruya (2010, p.5) afirmam sobre esse aspecto que “ao assumir uma metodologia colaborativa, o professor deve incorporar o uso da internet como ferramenta auxiliar no processo de ensino e aprendizagem”.
 Acompanhar a evolução tecnológica exige um novo perfil do professor, que faça uso das ferramentas tecnológicas disponibilizadas em benefício da sua prática pedagógica, um mediador do conhecimento, melhorando seu desempenho, aproximando-se da realidade e aumentando a motivação. 
Os recursos tecnológicos e as mídias digitais têm disponibilizado no cotidiano do aluno da educação infantil os diversos modos de aprender e descobrir, refletindo nos aspectos educacionais. 
As reflexões empreendidas com relação às tecnologias e sua constituição no processo de contação de histórias, podem ser aprofundadas com base nos pesquisadores da área, para fundamentar melhor as atividades e práticas que são desenvolvidas com relação ao processo de contação de história. 
Dessa maneira, a prática pedagógica do professor tende a influenciar no aluno a utilização correta das tecnologias presentes no cotidiano, criar condições para que ele reconstrua, descreva e materialize seus pensamentos por meio da aquisição de novas linguagens, se desafie a transformar as informações em conhecimentos práticos para a vida e atender com aulas atrativas essa demanda que já nasceu na era digital (VALENTE, 1999).
 No início do século XXI, a contação de histórias envolve um encontro entre a narração tradicional de maneira oral e o suporte digital na medida em que a tecnologia informatizada, como a luz da tela do computador, traz a necessidade do uso de novos suportes para concretizar uma das artes mais antigas: a de contar histórias. 
A facilidade com que os alunos manipulam o computador sugere a observação que considere a linguagem do meio digital como por exemplo, as imagens coloridas, músicas, hipertextos, vídeos, entre outros, como um importante instrumento no contexto educacional, principalmente para a formação de leitores críticos. 
 Abordar a arte de contar histórias na era digital implica uma mudança nas perspectivas de aprendizagem, pois deve-se considerar que, desde o início do século XXI, crianças e jovens encontram-se envolvidos num imaginário construído pelas novas tecnologias, onde produções culturais chegam até eles através do computador: Internet, DVDROM, CD-ROM (com livros de imagem e histórias narradas), entre outras. 
Nas palavras de Busatto (2006: 29), “o contador de histórias encontra-se inserido no contexto de uma cultura letrada, se apropria da escrita, da impressão e das novas tecnologias” fazendo dessa arte, também, sua profissão pois frequenta encontros de narração oral buscando novidades na área, se prepara para a apresentação ajustando-se ao espaço físico e a um público específico. 
Por isso, o contador de histórias vem apropriando-se desses novos suportes digitais a fim de dar continuidade a uma das artes mais antigas que existe. 
Com a intervenção das novas tecnologias de entretenimento, ressignifica-se o contador de histórias e o que ele representa no âmbito educacional e social.

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