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AULA 4 – DISTÚRBIOS DE POTÁSSIO DANIELA FRANCO Principal íon no meio intracelular (fosforo e proteínas é tampão), garantida pela bomba de sódio e potássio. O meio extracelular (cloro e bicarbonato é tampão) é sempre pobre em potássio. Isso cria uma diferença de potencial. Distribuição: [ ] extracelular: 3,5 – 5,0mEq/L (2%); [ ] intracelular: 140 – 150mEq/L (98%); Conteúdo corporal total: cerca 50mEq/kg (p. ex: 70kg → 3500mEq) Para manter quantidade de potássio normal, ingerimos por dia em média 100 mEq de potássio. O mínimo seria 40-50. No colón tem absorção da maior parte dos íons, aí ocorre distribuição, parte vai para intracelular e o excesso precisa ser eliminado, 5 a 10% é eliminado pelas fezes, 95% sai na urina (se tem insuficiência renal não consegue jogar fora, aí tem hipercalemia). Além disso, o K+ no meio intracelular tem influência de volume das células (acumula mais K+), metabolismo (usa mais ATP usa mais K+), hormonal (insulina) e crescimento celular (cabe mais). MECANISMOS DO K+ Se eu quero perder potássio do meio extracelular, tem que levar para dentro das células ou faz rim eliminar mais potássio. Se eu quiser acumular potássio (aumentar no meio extracelular) ou faz rim deixar de jogar fora ou faz K+ sair da célula (efluxo). Efluxo: Mecanismos que fazem sair da célula para meio extracelular, hipocalemia (tentativa de equilíbrio), acidose, hiper osmolaridade, alfa adrenérgico e exercício. Influxo: hipercalemia (está sobrando quer entrar), alcalose, agonistas betas adrenérgico, insulina e aldosterona. INFLUXO Quando a concentração de K+ aumenta no meio extra acontece algumas coisas: • Insulina: (transportador sódio glicose) Estimula o pâncreas a liberarem insulina, e essa provoca o influxo de K+, ativando a bomba 3Na+ 2K+. Insulina abre receptor para glicose entrar e entra sódio junto ]9é um cotransportador sódio-glicose), só que o lugar do sódio não é intracelular, ai precisamos que a bomba trabalhe jogando sódio para fora, e para fazer isso tem que trazer para dentro dois potássio (aumentando o K+ intracelula) • Catecolaminas Beta adrenérgica (age no receptor ativando bomba) também estimula jogando sódio para fora e botando K+ para dentro. Importante para tratamento de hipercalemia, usa Beta 2 adrenérgico (sabutamol, formaterol, droga para asma, causa taquicardia), isso ativa a bomba de sódio e potássio. O beta bloqueador (propranolol, atenalol) pode provocar hipercalemia. • Aldosterona: Excesso de potássio: induz liberação de aldosterona que reabsorve sódio e joga potássio fora. Então aldosterona absorve sódio e libera potássio (a espironalactona inibe isso, é um diurético poupador de K+). Aldosterona aumenta a tividade da Bomba Na K+ na membrana basal. FLUXO: EXTRA INTRA Tem que estimular a bomba sódio potássio (insulina, beta adrenergicos, hormônio tiroideano (hipertiroidismo tem hipocalemia, aumenta população de bomba Na K+), para o K+ entrar para dentro da célula. Se paciente chega com potássio muito alto, se eu der glicose e insulina conseguimos tratar (solução de glicoinsulina), não faz eliminar K+, só esconde dentro das células (tira o paciente da situações de risco), tem que tirar no rim o K+, tem que usar diurético de alça (furosemida, faz perder K+) (espironalactona poupa K+ serve para hipocalemia, não serve para hipercalemia). ACIDOSE: significa excesso de íons H+, se estou em acidose eu tenho muito no extra celular, tem passagem praticamente livre pela membrana e a tendencia é equilibrar entra intra e extra celular, se ele entra é + Tem que sair um + aí sai K+ (hipercalemia na acidose). Para cada redução de 0,1 no pH eu aumento 0,6 de K+. Se abaixar pH de 7,3 para 7,2 o K+ de 3,5 sobe para 4,1. ALCALOSE: provoca entrada de potássio pois seria a redução de carga + no meio extra, aí o H+ vai querer sair e quem entra para balancear é o K+. Obs: pacientes com hipercalemia e acidose podemos dar bicarbonato, pois vai abaixar o pH. RESUMINDO: O Beta 2 adrenérgico vai ativar bomba de sódio e potássio. Insulina também provoca acumulo de K+ pela cotransportador sódio glicose. Aldosterona ativa atividade de bomba e reabsorve na e joga K+ fora. Tem que saber mecanismos para saber conduta: • K+ alto: Ou coloca K+ dentro da célula (insulina, Beta adrenérgico), ou elimina no rim (tratamento mais efetivo) com diurético de alça (furosemida) Excesso de aldosterona deixa o paciente hipocalemico, causa de hipertensão secundária. • K+ baixo: pode dar um diurético poupador de potássio como espironolactona ou dar bicarbonato (vai deixar mais alcalose o H+ vai querer sair da célula e o K+ entra para compensar diminuindo o K+ no meio extracelular). No rim tem várias condições para eliminar K+: aldosterona, alcalose e glucagon. Para reabsorver potássio: perder muito K+, se perder muito sódio (gradiente + no meio extracelular), acidose tubular renal. 67% reabsorvido no túbulo proximal, não sofre ação hormonal é paracelular, vai junto com a água. 25% é reabsorvido na porção espessa ascendente de Henle, é onde age a furosemida, ela inibe bomba de sódio potássio 2 cloro. Normalmente (sem furosemida) é reabsorvido potássio, sódio e cloro, parte do K+ volta pra urina e parte é reabsorvido, e o sódio que entrou é reabsorvido na membrana basal das células tubulares. Tem grande quantidade de K+, mas não inibe, pois, continua tendo por onde sair caso estivesse em excesso. Com furosemida inibe a ação dessa bomba, aí os íons continuam seguindo (que seriam reabsorvidos). Quando da furosemida o sódio sobe e o K+ baixa e o cálcio também abaixa. Quase todo o K+ filtrado é reabsorvido até início do túbulo distal. No distal final, conexão e coletor ajustam a quantidade de K+ que deve ser eliminada para manter balanço. No túbulo contorcido distal: controle fino do K+, se tiver muito K+ na circulação parte pode ser secretado aqui. Se tem muito potássio no meio intra a tendencia é querer sair e se tem pouco K+ ocorre reabsorção (tudo isso é passivo) No coletor tem ação da aldosterona, ela insere canais de K+ nessa porção do tubo, tenho paciente hipervolêmico e hipocalemico, muito volume e pouco potássio não vou poder dar furosemida pra ele, pois vai perder mais K+ ainda, aí usamos espironolactona faz perder água reabsorver K+ e libera sódio. FATORES QUE INFLUENCIAM A EXCRESSÃO K+ • Aldosterona: age no túbulo distal e coletor, aldosterona age no núcleo da célula aumentando a quantidade de canais de sódio e bomba de sódio potássio, fazendo a gente reabsorver sódio e joga K+ fora. • Dieta, aporte de Na ao distal/coletor: (dieta com muito sódio joga sódio na urina, no coletor sódio acaba sendo absorvido em troca do K+, eliminado K+). Hipertensos e hipernatremico normalmente são hipocalemicos, usamos losartana que é bloqueador de angiotensina. • Fluxo intratubular: maior fluxo de urina maior excressão de K+, pois tem menos tempo para reabsorver sódio aí não troca com K+. • Bicarbonato (mais bicarbonato menor a excreção): quanto mais alcalina a urina menor a reabsorção de sódio, porém o excesso de carga negativa acaba puxando uma quantidade K+. Quando tem sobrecarga de K+ tem redução de renina e angiotensina e aumento de aldosterona. Se tiver doença onde a suprarrenal libera muita aldosterona (primário ou secundário), nesses pacientes vamos ter história de hipertensão. CASO CLÍNCO 1 Paciente masculino, 58 anos, obeso, diabético tipo II, hipertenso, etilista, asmático, vem ao pronto socorro por queixa de fraqueza generalizada e alguns episódios de câimbras. Familiares referem que o paciente está mais irritado e “paradão” que o habitual. Ele ainda diz que o intestino está devagar, que está sem evacuar há dias e que isso tem-lhe irritado e tirado o apetite; porémdiz estar urinando bastante, mas ainda mantém o inchaço de membros inferiores habitual, mesmo com a medicação. Refere que já não vinha bem, mas que tudo piorou no domingo, após a “Festa do Meio-Médico” do sobrinho, na qual “tomou algumas”. Diz usar: metformina (500mg 2x/dia), insulina NPH (60 – 0 – 40 UI) e regular (10 – 20 – 10 UI), hidroclorotiazida (50mg/dia), anlodipino (5mg, 2x/dia), furosemida (40mg/dia), enalapril (5mg, 2x/dia), Alenia (Formoterol + Budesonida, 1 caps, 2x/dia), Spiriva (Tiotrópio, 2 puffs 1x/dia) e prednisona (nas últimas semanas com 40mg/dia, por causa das crises de falta de ar pelo tempo muito seco), sinvastatina (20mg/dia), ácido acetilsalicílico (100mg 1x/dia). Com todas essas medicações, uso de furosemida, é hipertenso, usa insulina entre outros que leva a hipocalemia. EXAME FÍSICO Ao exame físico: PA: 170x110 mmHg, FC: 108 bpm, FR: 26 irpm, SatO2: 93%, Glicemia capilar: 78 mg/dL, corado, hidratado, acianótico, anictérico, afebril. BRNF em 2 T com extra-sístoles frequentes. MV + bilateralmente, com raros sibilos em ápices, edema simétrico de membros inferiores (++/4+) com cacifo positivo. Abdome globoso, sem alterações significativas. Esperamos que o K+ venha baixo, se tiver alto com ele tomando tudo isso de medicação é uma insuficiência renal. EXAMES Apesar de não ter queixa de dor torácica toda vez que desconfiamos de alteração de sódio e potássio temos que pedir ECG, pois K+ causa arritmia. ECG: Não tem onda T, que é a repolarização ventricular, quem faz a repolarização é a bomba sódio potássio, se está ruim de K+ fica sem repolarizar. Exames complementares: Gasometria: alcalose metabólica tem uma tendencia de compensação respiratória, mas não está bom não então tem alcalose respiratória (esperamos hipocalemia, é causa e consequência). OBS: Furosemida aumenta o fluxo de líquido no túbulo distal e isso reduz a reabsorção de H+ então tem alcalose metabólica. HIPOCALEMIA Distúrbio eletrolítico mais comum, pois, muita agente usa furosemida, tiazínicos (aumenta secreção de K+) e iECA. • É o distúrbio eletrolítico ambulatorial mais comum. • Somente 2% do K corporal se localiza no espaço extracelular. • Gera uma hiperpolarização do potencial de repouso transmembrana da célula • A hipocalemia reflete um grande déficit do K corporal. K de 0,3 mEq/L → 100 mEq K+ total Geralmente essa condição é crônica e o organismo vai se habituando, então é bem tolerada. O principal risco é aqueles que são portadores de doenças cardiovasculares. Pode ter hipocalemia porque jogou o potássio tudo pra dentro da célula, estimulei a perda renal de K+ (diuréticos) e perdas extra renais (muita diarreia, fístulas, adenomaviloso (tem absorção diminuída) OBS: magnésio anda de mãos dadas com o K+, sempre dosar o Mg se ele estiver baixo tem que repor ele primeiro e depois repor o K+. QUADRO CLÍNICO: maior parte assintomáticas depende do grau da hipocalemia e da rapidez de instalação. Sintomático: sintomas cardiovasculares, sintomas neuromusculares, sintomas gastrointestinais, sintomas pulmonares, sintomas endócrinos, sintomas renais OBS: Paralisia flácida (periódica quando faz exercícios) por hipocalemia familiar: pacientes perdem K+ na urina • Sintomas cardiovasculares Alteração do ECG: Onda T nivelada ou invertida, Presença de onda U, Depressão de ST, Arritmias (principalmente em pacientes com ICC, isquemia cardíaca, HVE), taquicardia atrial c/s BAV, Dissociação AV, Contração ventricular prematura, Taquicardia ventricular, Fibrilação ventricular K+ de 3,5 a 5,0: normal K+ de 2,5 a 3,5: diminui onda T e tem onda U K+ de 1,5 a 2,5: começa inverter a onda U fica alta que onda T K+ <1,5: onda T rebaixado DIAGNÓSTICO PRIMEIRO PASSO: rever histórico de drogas que o paciente possa ter ou estar usando (diuréticos). Caso não exista uso de medicações, geralmente pensar em: • Perda renal induzida por alcalose metabólica (pede gaso). Baixa quantidade de H+ no túbulo coletor → permuta de Na+ por K+. • Perda fecal induzida por diarreia (medicações para emagrecer causam isso). DOSAR: • Sangue: creatinina, ureia, Na, K, Cl, Mg, gasometria venosa (Bicarbonato) • Urina: Urina 1, Na, K, creatinina, ureia (quando houver a hipótese de perda renal de potássio) AVALIAÇÃO DA VOLEMIA: • Hipovolemia gerando alto nível de aldosterona → excreção de K+ urinário (tem que repor com soro) • Na U < 40 mEq/L (hiperaldosteronismo) • Fração de excreção de sódio < 1% • Fração de excreção de uréia < 35% pH: 7,56, PaO2: 84mmHg; PaCO2: 49 mmHg; HCO3: 44 mM/L; BE: +6,0; SatO2: 95%. K: 2,2 mEq/L Na: 140 mEq/L Cl: 106 mEq/L K Urin: 12 mEq/dia Cl Urin: 10mEq/dia OBS: Tem que repor K+ diluído pois causa dor! DOSAR POTÁSSIO URINÁRIO (KU): • Se Ku > 25 – 30 mEq/dia → perda de origem renal (ou pelo menos com a contribuição renal importante). • Na amostra de urina: Ku > 15 mEq/L. • Fração de excreção de K < 8,5% • OBS: Na U > 100 mEq/dia DOSAR GASOMETRIA • Acidose metabólica + Ku → perda intestinal baixa. • Acidose metabólica + Ku → Cetoacidose diabética, Acidose tubular renal tipo 1(distal) ou 2 (proximal). Nefropatia perdedora de sal • Alcalose metabólica + Ku: Vômitos repetidos, sonda nasogástrica de auto débito ou uso de diurético anterior. Alguns casos de uso de laxantes. • Alcalose metabólica + Ku sem HA: Vômitos repetidos Diuréticos Síndrome de Bartter, Gitelman • Alcalose metabólica + Ku com HA: Hiperaldosteronismo hiperreninêmico, Excesso de mineralocorticóide, Uso de diuréticos, Doença renovascular OBS: acidoses tubulares renais normalmente são acompanhadas de K+ alto, se o K+ no sangue está alto e na urina está baixo significa que o indivíduo está perdendo por outra via que não é renal (por via intestinal por ex). Se tiver K+ aumentado no sangue e na urina pode ser acidose tubular tipo I ou II, ou cetoacidose, ou nefropatia perdedora de K+. As alcaloses normalmente acompanhadas de hipocalemia, se o K+ está aumento tem perda renal, pensar ele usa diurético? Se não usa pensar em hiperaldosteronismo. Se o K+ está baixo pensar que está perdendo por outra via (vômitos, diarreia) TRATAMENTO PRIMEIRO CLASSIFICAR: • NORMAL: 3,5 – 5,5 • LEVE: 3,5 – 3,0 • MODERADO: 3,0 – 2,0 • GRAVE: < 2,0 (repor EV até chegar em moderado ou leve). Tem que diluir. CASO CLÍNICO 2 Paciente masculino, 28 anos, diabético tipo I, hipertenso, com doença renal crônica estagio 3, vem ao pronto socorro por queixa de fraqueza generalizada e dificuldade de movimentação das pernas e deambulação. Familiares referem que o paciente está mais “paradão” que o habitual. Ele ainda diz estar com dor abdominal, nauseado, com o intestino “solto”, que está sem apetite e sem conseguir tomar água, apesar da sede e que, por isso, reduziu a dose de insulina por conta própria; diz estar urinando pouco, mesmo com as medicações. Refere que tal mal-estar iniciou- se no domingo, após a feijoada de um amigo, na qual “tomou todas”. Diz usar: Insulina NPH (60 – 0 – 40 UI) e regular (10 – 20 – 10 UI), propranolol (40mg, 2x/dia), beta bloqueador losartana (100mg, 2x/dia), furosemida (40mg/dia), espironolactona (50mg, 2x/dia), sinvastatina (20mg/dia), ácido acetilsalicílico (100mg 1x/dia). EXAME FÍSICO PA: 90x60 mmHg, FC: 52 bpm, FR: 28 irpm, SatO2: 95%, Glicemia capilar: 88 mg/dL, desnutrido (+/4), descorado (+/4), desidratado (++/4), acianótico, anictérico, afebril. BRNF em 2 T com raras extra-sístoles. MV + bilateralmente, sem ruídos adventícios, sem edema de membros inferiores; abdome plano, normotenso, pouco doloroso à palpação difusamente, sem visceromegalias ou massas palpáveis, ruídos hidroaéreos aumentados.EXAMES COMPLEMENTARES No eletro anterior vemos nas derivações precordiais uma onda T quase do tamanho do complexo QRS, isso é um sinal de hipercalemia sintomática. A onda T fica mais alta e apiculada com hipercalemia. Se não tratar evolui para: Começa alargar onda T e começa a alargar complexo QRS também. Paciente evolui para parada cardíaca e morre. K+ com 10 fica ritmo sinusoidal (sem regra nenhuma) daqui pra frente já é parada. Gasometria e bioquímica: Tem uma acidose metabólica compensação respiratória. Tem creatinina e ureia alteradas tem uma insuficiência renal grave. Difícil ver hipercalemia sem insuficiência renal. Paciente tem suspeita de cetoacidose diabética (é uma causa de hipercalemia, muitas vezes repomos K+ antes de der insulina) CAUSAS DE HIPERCALEMIA COMUM, SILENCIOSA E POTENCIALMENTE LETAL Fácil tratamento, Além de reverter → descobrir a causa OBS: Hipercalemia refratária tem que fazer hemodiálise de urgência (não consegue abaixar K+). Homeostase: 98% do total de K: intracelular. Somente 2% no extracelular (cerca de 50 mEq de K). Facilmente alcançável numa refeição. O nível sérico do potássio é determinado por: Ingesta, Distribuição entre os espaços intra e extracelular, e Excreção renal de K+ Tamponamento do Potássio: O grande trunfo frente à ingesta de K: TRANSFERÊNCIA PARA O INTRACELULAR • INSULINA → Na-K-ATPase. Efeito independente do transporte de glicose • AGONISTAS 2 Determinantes da secreção renal de potássio: • Atividade mineralocorticóide (aldosterona inibida) • Oferta de Na+ no néfron distal (troca por K+), ânions não-absorvíveis • Ingesta crônica de potássio Pseudo-hipercalemia: hemólise de sangue temos hipercalemia, leucocitose, plaquetas altas. Suspeita quando não tiver achando causas. • K + hemólise, leucocitose ou trombocitose • Ausência de causas identificáveis • Ausência de alterações ECG • ERRO NA COLETA • Sangue hemolisado • Torniquete apertado com movimentação ativa da extremidade → 2 mEq/L do K sérico Ingesta excessiva • Causa infrequente → apenas se houver excreção renal inadequada • Todos alimentos contém K, Frutas e legumes, Suplementação com sais de K , Suplementos dietéticos orais e endovenosos • Medicamentos: KCl → 4% de incidência de hipercalemia. Citrato de K, penicilina G Redistribuição do K+: • ACIDOSE: Tamponamento intracelular do H (via Na-K ATPase) → potencial eletronegativo no extracelular → atrai K. Inibição de secreção renal K+ • HIPEROSMOLARIDADE: Manitol, hiperglicemia sem insulina ou com resistência. Desidratação celular (desidratação leve alcalose – hipocalemia, desidratação grave leva a acidose -hipercalemia ) • HIPOTERMIA: Morte celular, inibição da Na-K ATPase pH: 7,30, PaO2: 95 mmHg; PaCO2: 27 mmHg; HCO3: 14 mM/L; BE: -4,0; SatO2: 96%. K: 7,5 mEq/L; Na: 140 mEq/L; Cl: 106 mEq/L Cr: 3,8 mg/dL Ureia: 138 mg/dL K Urin: 22 mEq/dia Cl Urin: 15 mEq/dia • RABDOMIÓLISE: infecção com aumento de CPK, que vai no rim e quer ser filtrado, porém acaba com o rim, aí tem insuficiência renal e hipercalemia. Dor muscular, câimbra e febre, urina escura. CPK alta, K+ alta, fosforo alto e Creatinina aumentada. • SÍNDROME DE LISE TUMORAL: quimioterapia, célula morre muito, aí tudo que tem dentro da célula aumenta, aumenta K+, aumenta núcleo, aumenta fosforo e hiperuricemia. • HIPERTERMIA MALIGNA: muita lise celular aumenta K+. • SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA: estado de mal epilético e fica convulsionando muito tempo, tem lise celular e muito K+. • DROGAS: agonistas -adrenérgicos (agonista beta adrenérgico diminui K+) Excreção renal inadequada: Hipoaldosteronismo, Acidose Tubular Tipo 4, Insuficiência Renal, Do Volume Circular Efetivo, Uropatia Obstrutiva, Nefrotoxicidade Tubular Por Inibidores Da Calcineurina, Síndrome De Gordon, Ureterojejunostomia, Uso De Drogas Bloqueadoras Do Eixo Renina – Angiotensina – Aldosterona 4 PRINCIPAIS CAUSAS DE HIPERCALEMIA: • Aumento da liberação de potássio intracelular • Déficit importante da função renal (Cl Cr < 20 mL/min): Ausência de oferta de Na suficiente no néfron distal, Ausência de quantidade suficiente de túbulos coletores para secretar K, Déficit moderado da FR com oferta excessiva de K • Hipovolemia grave • Hipoaldosteronismo: Ou ausência de resposta à aldosterona. Investigar drogas que impeçam a liberação de aldosterona ou HIV. AINE, bloqueadores do SRA, heparina, ciclosporina. Após estimulo com diurético de alça: PRA, aldosterona, cortisol DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PATOGÊNESE DOS SINTOMAS • Diminuição do gradiente entre o K intra e extracelular • Lentificação da saída do K IC → retardo da entrada do Na • Diminuição da condução cardíaca • Retardo da transmissão neuromuscular • Paralisia muscular ou fraqueza • Sintomas: geralmente com K > 7,0 mEq/L Trata se não evolui para problemas cardíacos
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