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UNIDADE 02

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Prévia do material em texto

Economia de empresas
Autoria
Rafael dos Santos da Silva /
Charlles Franklin Duarte
ECONOMIA DE 
EMPRESAS
Reitor:
Prof. Cláudio Ferreira Bastos
Pró-Reitor Administrativa Financeiro:
Prof. Rafael Rabelo Bastos
Pró-Reitor de Relações Institucionais:
Prof. Cláudio Rabelo Bastos
Pró-Reitor Acadêmico:
Prof. Valdir Alves de Godoy
Coordenação Pedagógica:
Profa. Maria Alice Duarte G. Soares 
Coordenação NEAD:
Profa. Luciana R. Ramos Duarte
Supervisão de Produção NEAD:
Francisco Cleuson do Nasc. Alves
EXPEDIENTE
Ficha Técnica
Autoria: Rafael dos Santos da Silva /
Charlles Franklin Duarte 
Designer Instrucional:
Antonio Carlos Vieira /
João Paulo S. Correia
Projeto Gráfico e Diagramação:
Francisco Erbínio Alves Rodrigues 
Capa:
Francisco Erbínio Alves Rodrigues
Tratamento de Imagens:
Francisco Erbínio Alves Rodrigues
Revisão Técnica:
Emanuelle Oliveira da Fonseca
Revisão Textual: 
João Paulo S. Correia 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou 
parcialmente, por quaisquer métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia 
fotostática ou outros, sem a autorização escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedi-
dos para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu objetivo, 
deverão ser dirigidos à Reitoria.
FICHA CATALOGRÁFICA
CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
BIBLIOTECA CENTRO UNIVERSITÁRIO ATENEU
SILVA, Rafael dos Santos da; DUARTE, Charlles Franklin. Economia de 
empresas. - Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2018. 
136 p.
ISBN: 978-85-5468-007-7
1. Economia. 2. Sistema econômico. 3. Empresa. 4. Intervenção. I. 
Centro Universitário Ateneu.
Caro estudante, 
Este material tem o objetivo de apresentar, de forma sucinta, 
elementos importantes e ajudá-lo a compreender, discutir e dialo-
gar com maior criticidade sobre assuntos da Economia que, muitas 
vezes, passam despercebidos no dia a dia. Se você, estudante, ao 
concluir a leitura que se segue, ficar interessado em interpelar seu 
professor, compreender a movimentação da ciranda da Economia 
que passa ao seu redor e tentar influenciá-la de alguma forma, este 
material terá cumprido seu papel, que é muito mais que decodificar 
informações e transferi-las; é também instigar novas reflexões, pen-
samentos e a capacidade de não aceitar “as coisas dadas”.
Pretendemos fazer com que a Economia seja útil a você, con-
duzindo-o a enxergar os processos econômicos a partir de sua re-
alidade. E mais, compreender como a realidade é modificada pelas 
atividades desta Ciência. Nos esforçamos em apresentar um assun-
to de tamanha extensão lançando um olhar para as coisas simples 
do dia a dia. “Por que precisamos compreender aspectos da micro-
economia? Quando esta parte da Ciência Econômica influencia mi-
nha vida? Será que ela está presente nos ônibus que circulam pela 
cidade, no combustível dos veículos ou no pão que consumimos?” 
É com essa pretensão que somaremos forças nesta etapa de sua 
vida. Queremos favorecer não apenas seu crescimento profissional, 
mas, sobretudo, sua capacidade humana de pensar e influenciar a 
vida da sociedade.
Rafael dos Santos da Silva
Charlles Franklin Duarte
Seja bem-vindo!
SU
M
Á
R
IO
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA
1. A economia ............................................................................. 8
2. Tipos de necessidades .....................................................14
2.1. Instituições das necessidades básicas...............16
2.2. Instituições das necessidades derivadas..........18
3. As atividades econômicas e a sua relação 
com os agentes econômicos ...................................... 20
3.1. A empresa como agente econômico .................21
3.2. A família como agente econômico ...................24
3.3. O setor público enquanto agente 
econômico ......................................................................25
Referências ................................................................................ 30
SISTEMA ECONÔMICO
1. Sistema econômico Material Complementar ........36
1.1. Quando o sistema econômico se reduz ao 
mercado...........................................................................38
 1.1.1. Competição X colaboração: ideias 
 para um comportamento inteligente 
 no mercado ...........................................................41
1.2. O funcionamento da empresa ...........no sistema 
capitalista de produção .......................................... 50
1.2.1. Demanda ................................................................52
1.2.2. Oferta ........................................................................53
1.3. Papel dos preços relativos .....................................55
Referências .................................................................................57
SU
M
Á
R
IO
ELASTICIDADE, A EMPRESA, A PRODUÇÃO
E O LUCRO, AS ESTRUTURAS DE MERCADO
1. Elasticidade: conceitos e aplicações ........................60
2. A empresa, a produção e o lucro ................................71
3. Teoria dos custos .............................................................78
4. Estruturas de mercado no curto e no 
longo prazos .........................................................................87
Referências .............................................................................. 96
O PAPEL INTERVENTOR DO ESTADO: 
RENDA NACIONAL E POLÍTICA SALARIAL
1. O enfoque macroeconômico: renda nacional e 
outros agregados .............................................................. 98
2. Intervenção do estado 
na economia: política fiscal ........................................... 101
3. O financiamento da economia: 
dinheiro e bancos .............................................................. 116
4. Controle da quantidade de moeda pelo 
banco central ....................................................................... 119
Referências ............................................................................... 133
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 31
Apresentação
Nesta unidade, você estudará a movimentação no sistema 
econômico e no mercado a partir de suas ramificações na empresa, 
na produção, na formação do preço e no lucro. O objetivo é con-
duzir a reflexões essenciais para compreender os comportamentos 
empresariais no mercado. Dentre os autores aos quais recorremos, 
está Polanyi (2000), que batizou o mercado de “moinho satânico”. 
Uma importante discussão consiste no comportamento de merca-
do, ou de forma competitiva ou de forma colaborativa. Mas qual 
será o melhor comportamento? 
Você verá que a empresa, um dos entes econômicos mais 
recentes, precisa responder às demandas e às ofertas e, a partir daí, 
decidir o que produzir, quanto produzir e, principalmente, quando 
realizar a sua produção. Como essa produção se relacionará com o 
seu público? Para responder a essa pergunta, trouxemos o instru-
mento do preço como elemento de ligação entre procura e oferta: 
como ele é composto e o que ele gera? Ele, possivelmente, irá gerar 
lucro, mas que tipo de lucro? De quem seria esse lucro? Como ele 
se compõe?.
CAPÍTULO 02
SISTEMA ECONÔMICO
32 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
• Estudar a movimentação no sistema econômico 
e no mercado a partir de suas ramificações na 
empresa, na produção, na formação do preço e 
no lucro;
• Compreender os comportamentos empresariais 
no mercado;
• Entender como a empresa, um dos entes eco-
nômicos mais recentes, precisa responder às 
demandas e às ofertas e, a partir daí, decidir o 
que produzir, quanto produzir e, principalmente, 
quando realizar a sua produção.
Objetivo de
Aprendizagem
1. SISTEMA ECONÔMICO
Conceitualmente, é interessante que você compreenda o 
significado de sistema enquanto instrumento que funciona a partir 
de redes interdependentes direcionadas a um objetivo comum. 
Esse objetivo, segundo Deming (1997), deve ser claro para todas 
as pessoas e possível de ser administrado. A partir dessadefinição, 
tem-se que o sistema econômico se dá em uma teia de relações 
combinadas entre técnicas e instituições para uma melhor defini-
ção social do que, como e para quem produzir.
Se analisarmos o sistema econômico de forma ampliada, pre-
cisamos compreender sua magnitude e suas diferenças. Em função 
das peculiaridades regionais e locais e de elementos da geopolítica, 
o Brasil funciona com seu sistema de forma diferenciada dos EUA, 
da Rússia ou da Etiópia. Porém, guarda semelhanças com alguns 
outros sistemas, como o da Argentina. Essas semelhanças acabam 
direcionando as principais decisões e, principalmente, quais ramos 
elas influenciarão em maior ou menor grau.
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 33
Toda preocupação dos sistemas econômicos reside em 
responder de forma clara e precisa quais serão os bens e as suas 
respectivas quantidades que serão produzidas em determinado 
momento. Um bom exemplo vem da pergunta: vamos construir 
mais estradas ou mais hospitais? Aumentar a produção de bens ou 
de capitais?
Bens de capital incluem fábricas, máquinas, ferra-
mentas e equipamentos utilizados em diversas constru-
ções. São incorporados diretamente na produção final. Atenção
Novas questões vão sendo suscitadas a partir da decisão de 
produzir bens e em quais quantidades, por exemplo: como produzir; 
quem será o responsável; quais os meios, os métodos e as organi-
zações a serem utilizados. Em seguida, fundamentada nas decisões 
estratégicas, encontra-se a definição das pessoas que se utilizarão 
das decisões contidas nas perguntas anteriores. Ou seja, para quem 
produzir? Esse processo é fundamental para definir como os agen-
tes econômicos serão afetados pela distribuição da capacidade 
produtiva. 
Levando em consideração os fatores de produção, quais são 
os movimentos realizados para se tomar uma decisão? Novamen-
te recorrendo a Troster e Mochón (2002), existem dois mecanis-
mos para instrumentalizar essa decisão: (I) sistema de mercado e 
(II) sistema de planificação central. Ao associar esses dois instru-
mentos como base de decisão, o sistema econômico define o com-
passo da evolução do crescimento da sociedade.
Para Baumgarten (2002), a desigualdade existente no planeta 
gera crescente exclusão e incapacidade dos estados em controlar 
de forma mais racional suas trocas. Isso ocorre no sistema de mer-
34 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
cado (produção e consumo) e carece de uma ação planificadora. 
Quando essa ação é realizada pelo Estado, chama-se de planificação 
central ou centralizadora. O clássico exemplo desse tipo de ação 
é o Estado socialista que assume, por característica central, a distri-
buição dos bens de consumo segundo o conceito de que “cada um 
segundo suas possibilidades; a cada um segundo suas necessidades”. 
Você já observou como o sistema econômico concorre para 
definir a relação entre produção e consumo? Mas como fazer para 
que haja circulação entre esses mecanismos? Nesse ponto, ganha 
relevo fundamental o subsistema das trocas, que é peculiar a cada 
sistema econômico.
Diferentemente do indivíduo ilhado, que deve trabalhar para 
conseguir tudo o que precisa e, mesmo assim, terá o consumo con-
dicionado aos produtos existentes na ilha, o indivíduo que vive em 
condições normais possui diversas fontes de recursos que, asso-
ciados às suas habilidades, combinam diversas possibilidades para 
atender suas necessidades, possibilitando escolhas e, consequen-
temente, trocas.
Ocorre que devem haver outros indivíduos e, com eles, um 
diversificado conjunto de desejos. Dentro desse cenário, é natural 
que seja colocado em troca todo tipo de bem que lhe esteja so-
brando. Esse intercâmbio, para Troster e Mochón (2002), é vanta-
joso para ambas as partes, pois facilita que cada um se especialize 
na obtenção de um único bem, contribuindo para a eficiência de 
produção e tornando a especialização e a divisão do trabalho ele-
mentos essenciais ao processo produtivo. 
Fique
Atento
Troca, do ponto de vista conceitual, significa transa-
ção entre pelo menos dois indivíduos. Na prática, alguém 
se desfaz de seus excessos para adquirir produtos que lhe 
estão faltando. 
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 35
Figura 01: A troca é a obtenção de um 
produto em troca de algo.
Fonte: https://goo.gl/ovwN61
Entretanto, podem haver sérios inconvenientes, dado que 
pode demorar muito tempo para que um indivíduo encontre al-
guém disposto a adquirir suas trocas. Isso ocorre principalmente 
em cenários que envolvem vários participantes, tornando o pro-
cesso demasiadamente complexo e dando limitações acentuadas, 
fazendo surgir duas condições básicas: (I) necessidade e (II) coinci-
dência. Esses dois instrumentos giram em altíssimas condições de 
probabilidades, o que torna o processo pouco praticável, fazendo 
surgir o valor monetário (o dinheiro) como instrumento apaziguador.
O dinheiro nada mais é do que um instrumento baseado no 
grau de confiança que o público lhe transfere a fim de utilizá-lo como 
meio de troca e redução do hiato entre necessidade e coincidência. 
Ou seja, esse mecanismo consiste no pagamento aceito pela per-
muta de bens, serviços ou quitação de dívidas. Esse instrumento, 
tal qual o reconhecemos hoje, surgiu na Idade Média do trato entre 
ourives e comerciantes que guardavam seus estoques como servi-
ços de custódia legitimados por notas de recibos. Nascia ali o que 
chamamos de papel-dinheiro conversível em ouro.
Caso houvesse quebra de confiança, o papel seria inútil; 
caso contrário, todos teriam a certeza da aceitação dos demais 
membros daquela sociedade em tal papel, facilitando as trocas 
entre os indivíduos.
36 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
Os clubes de troca são uma inovação recente na Economia. 
Eles foram inventados mais ou menos ao mesmo tempo, em Vancou-
ver (Canadá) e Bernal (Argentina), em meados dos anos 1980. Em 
ambos os casos, consistem em respostas ao desemprego e à queda 
da atividade econômica provocada por recessões. Os clubes de tro-
ca reúnem pessoas desocupadas que têm possibilidades de oferecer 
bens e serviços à venda e precisam adquirir outros bens e serviços, 
mas são limitados em realizá-los porque seu poder de compra está 
minguado. Isso implica haver pessoas sem poder comprar, pois não 
puderam vender antes. Em outras palavras, a falta de dinheiro inibe a 
divisão social do trabalho.
O clube de troca resolve o impasse pela criação de uma moeda 
própria, que recebe um nome (em geral a ideologia do clube, como 
green dollar, real solidário ou hora do trabalho). A partir de uma es-
colha democrática, em que seus líderes votam com o mesmo peso, 
seus dirigentes escolhem ainda a taxa de câmbio de sua moeda, o 
valor desta emissão e, principalmente, a sua repartição a partir de 
critérios equitativos. 
A partir de um conjunto de ações que visa estimular a aproxima-
ção dos participantes, o clube garante um mercado que havia somen-
te de forma potencial. Economicamente, há um conjunto de vantagens 
para todos, pois passam a trabalhar e a ganhar, e os que estavam ca-
rentes satisfazem suas necessidades. Outras vantagens são perceptí-
veis como culturais, dado que pessoas sem trabalho passam a se isolar 
socialmente e, com os clubes, voltam a se integrar. O clube de troca 
favorece contatos, amizades, favores e até afetos. 
Em sua dinâmica, o clube atrai novos membros e permite que 
vários se associem em outros empreendimentos, tais como coopera-
tivas, compras, vendas etc. Todas as transações são registradas por 
suas direções e são divulgadas aos membros periodicamente, o que 
dá total transparência à vida do clube. Pessoas desejosas de comprar 
serviços de alta responsabilidade. A direção do clube pode detectar 
matErial complEmEntar
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 37
Os clubes de troca são uma inovação recente na Economia. 
Eles foram inventados mais ou menos ao mesmo tempo, em Vancou-
ver (Canadá) e Bernal (Argentina), em meados dos anos 1980. Emambos os casos, consistem em respostas ao desemprego e à queda 
da atividade econômica provocada por recessões. Os clubes de tro-
ca reúnem pessoas desocupadas que têm possibilidades de oferecer 
bens e serviços à venda e precisam adquirir outros bens e serviços, 
mas são limitados em realizá-los porque seu poder de compra está 
minguado. Isso implica haver pessoas sem poder comprar, pois não 
puderam vender antes. Em outras palavras, a falta de dinheiro inibe a 
divisão social do trabalho.
O clube de troca resolve o impasse pela criação de uma moeda 
própria, que recebe um nome (em geral a ideologia do clube, como 
green dollar, real solidário ou hora do trabalho). A partir de uma es-
colha democrática, em que seus líderes votam com o mesmo peso, 
seus dirigentes escolhem ainda a taxa de câmbio de sua moeda, o 
valor desta emissão e, principalmente, a sua repartição a partir de 
critérios equitativos. 
A partir de um conjunto de ações que visa estimular a aproxima-
ção dos participantes, o clube garante um mercado que havia somen-
te de forma potencial. Economicamente, há um conjunto de vantagens 
para todos, pois passam a trabalhar e a ganhar, e os que estavam ca-
rentes satisfazem suas necessidades. Outras vantagens são perceptí-
veis como culturais, dado que pessoas sem trabalho passam a se isolar 
socialmente e, com os clubes, voltam a se integrar. O clube de troca 
favorece contatos, amizades, favores e até afetos. 
Em sua dinâmica, o clube atrai novos membros e permite que 
vários se associem em outros empreendimentos, tais como coopera-
tivas, compras, vendas etc. Todas as transações são registradas por 
suas direções e são divulgadas aos membros periodicamente, o que 
dá total transparência à vida do clube. Pessoas desejosas de comprar 
serviços de alta responsabilidade. A direção do clube pode detectar 
matErial complEmEntar
membros que só compram, mas não vendem, e vice-versa, o que lhe 
permite intervir para abrir pontos de estrangulamento da circulação 
do dinheiro do clube. Ela pode, por exemplo, comprar dos que nada 
vendem serviços para o próprio clube ou sugerir a eles que passem a 
oferecer bens e serviços que têm demanda. Quando o clube cresce e 
torna-se economicamente significativo, atrai atenção dos comercian-
tes, que tendem a se associar, enriquecendo a vida comunitária. 
No Brasil, a experiência mais difundida é a do Banco Palmas, 
reconhecido como Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil. 
Essa fundação confirmou os propósitos e as oportunidades geradas 
por aquele banco comunitário nos seus oito anos de existência e a 
sua capacidade de replicação. Tal iniciativa envolve comerciantes, mo-
radores e lideranças comunitárias, em especial, o público abaixo da 
linha da pobreza. Desenvolve atividades com jovens empreendedores 
e mulheres atendidas por programas sociais que queiram aplicar seus 
benefícios em pequenas ações empreendedoras (Fonte: Singer, 2010). 
1. Cite as preocupações dos sistemas econômicos.
2. Defina troca.
Pratique
38 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
1.1. Quando o sistema econômico se reduz ao mercado
O filósofo grego Aristóteles argumentou que a compreensão 
da natureza das coisas somente é possível quando alcança sua ma-
turação. Você deve compreender que acontecimentos, teorias e 
ações se entrelaçam em várias perspectivas, ressignificando a his-
tória, dando-lhe outros sentidos. Daí faz sentido parafrasear Polanyi 
(2000) quando este lembra modelos antigos de sistemas econômi-
cos baseados em três pilares: (I) reciprocidade, (II) redistribuição e 
(III) domesticidade.
Para saber mais acerca da filosofia desse autor, aces-
se http://goo.gl/IzD0cT
Link
Web
Para o autor, reciprocidade e redistribuição são instrumen-
tos garantidores de funcionalidade a um dado sistema econômico 
sem a ajuda de registros e de uma complexa administração, pois 
seu ponto de partida se dá, praticamente, em padrões de simetrias 
e centralidades como elementos institucionalizadores. A domes-
ticidade consiste na produção de uso próprio e sua instituciona-
lização é mais ampla; pode ocorrer pelo gênero, pela localidade, 
pelo poder político. O que esse autor observa nas suas colocações 
é que os princípios norteadores dos sistemas econômicos antigos 
(reciprocidade, redistribuição e domesticidade) guardavam estru-
turada uma produção ordenada cujas movimentações se davam 
nas motivações individuais, mas disciplinadas pelo comportamento 
humano. Esse disciplinamento era dado pelos costumes, pelas leis 
e pela religião. Entenda a diferença entre os sistemas primitivos no 
quadro a seguir.
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 39
Quadro 01: Descrição dos sistemas econômicos primitivos, 
suas padronizações e ocorrências na sociedade.
Sistema econômico 
primitivo
Padrão Ocorrência 
Reciprocidade Simétrico
Arranjo sociológico que não dá origem a 
instituições isoladas, mas apenas padroniza 
as já existentes.
Redistribuição Centralização
Cria com frequência instituições distintas, 
não implica em motivação que resulte em 
uma função distinta.
Domesticidade Autarquia
Traço assessório de um grupo fechado 
existente.
Fonte: Polanyi (2000).
A partir do século XVI, os sistemas econômicos ganharam 
outras conotações, como o sistema mercantil. Essa súbita mudança 
obrigou os governos a dedicarem preocupação singular ao processo 
de troca, na medida em que se concorreu para a compreensão da 
natureza do sistema econômico na civilização moderna, conhecen-
do sua maturação em meados do século XIX com a intensificação 
das trocas e o fortalecimento da economia de mercado.
Nessa parte do processo, houve um profundo reducionismo 
do ser humano à mão de obra e da natureza a lampejos da produ-
ção e do consumo. Parece que a ideia do cristianismo tradicional 
de pouco consumo falhou ou ficou impotente diante da superação 
insana que passou a explicar facilmente a ortodoxia da economia, 
cuja relação não necessariamente funcionava como sistema ideal, 
mas como uma abnegação da humanidade para legitimar o que Po-
lanyi (2000) chamou de “moinhos satânicos”.
Esse novo sistema econômico que, para Polanyi, não passa 
de uma função da organização social, violou, nas palavras do autor, 
o sacrário mais íntimo da condição humana e despejou seus efeitos 
sobre a natureza em seu ímpeto mais fugaz. As fórmulas liberais do 
sistema econômico no mercado deram o tom insuficiente para evi-
tar uma tragédia anunciada: o esgarçamento do tecido social. Caro 
estudante, eis a nova Economia: a Economia de mercado!
40 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
Obviamente, uma Economia de mercado somente pode 
existir em uma sociedade que possua características de Economia 
de mercado. Esse processo cria padrões incluindo componentes 
industriais e fatores de produção como o capital, a terra e o 
trabalho. Nessa etapa, esperamos (inocentemente) que esses 
fatores se autorregulem por meio da famigerada lei da procura e 
da oferta. Ora, quando associamos fatores humanos a fatores de 
produção, sub-rogamos os primeiros fatores aos demais, geran-
do todo descompasso registrado pela história. Isso ocorre, para 
Polanyi (2000), basicamente pela separação institucional da política 
e da Economia, indo de encontro à regra básica que prevê que ne-
nhuma sociedade sobreviva sem um sistema garantidor de ordena-
mento mínimo entre produção e distribuição de bens.
Figura 02: Oferta é a quantidade do produto disponível 
em mercado, enquanto procura é o interesse 
existente em relação ao mesmo.
Fonte: https://goo.gl/tT1CrX
Economia de mercado é um sistema econômico con-
trolado, regulado e dirigido apenas por mercados; a produ-
ção e a distribuição dos bens são confiadas inteiramente à 
autorregulação do sistema por meio da lei da procura e da 
oferta.
Memorize
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 41
Você estudou elementos suficientes para compreender me-
lhor a Economia de mercado. Agora, desbravará a descrição dos 
seus métodos de controle e a naturezados efeitos que tal mecanis-
mo provoca no tecido social.
Como você pôde perceber, há um engendramento inicial com 
o mecanismo de mercado e a produção industrial no limite da sua 
força produtiva, ou seja, suas mercadorias. Estas são, no fundo, 
objetos produzidos para serem ofertados no mercado, onde estão 
os compradores e os vendedores. Essa mercadoria define o grau 
de interesse entre aqueles que produzem e aqueles que vendem 
mediado pelo preço. Não há outras definições de organizações que 
sejam aceitas quando se fala de movimentações de mercadorias 
em Economias de mercados.
Na prática, espera-se que haja um mercado para cada ele-
mento produzido. Esses elementos são organizados em um con-
junto mais abrangente, formando uma parte substancial do sistema 
econômico. Mas, para Polanyi (2000), permitir que o mecanismo 
de mercado seja o único dirigente do destino dos seres humanos e 
da natureza (na medida em que precifica todas as coisas relacio-
nadas à terra, à força do trabalho e até ao dinheiro) pode resultar 
no desmoronamento do tecido social porque, segundo o autor, o 
progresso é feito à custa da desarticulação social.
1.1.1. Competição X colaboração: ideias para um 
 comportamento inteligente no mercado 
Precisamos aceitar o fato de que o capitalismo, por sua veia 
competitiva, tornou-se dominante, e isso, sob certa medida, tor-
nou-se natural ou normal. Neste sistema, a competitividade deve 
alcançar todos os ambientes. Cada vaga de emprego deve ser dis-
putada até as últimas circunstâncias. Os produtos devem ser ofer-
tados a todos e vendidos a quem possa pagar. O mesmo se apli-
ca às vagas universitárias, pelas quais cada vestibulando disputa 
como peso descomunal.
42 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
Figura 03: Com o capitalismo, vem a 
competitividade, presente em todas as áreas.
: https://goo.gl/25NhDs
Singer (2010) lembra que este movimento pode ser bom a 
partir de dois pontos de vista: o primeiro é que a competição per-
mite melhores escolhas aos consumidores, influenciando o preço. 
O segundo é que os melhores vencerão, pois aqueles que pres-
tam melhores serviços ou produtos galgarão melhores espaços. Isso 
gera, necessariamente, um vencedor e um perdedor. Está aí, talvez, 
o principal problema deste modelo: uma verdadeira apologia ao 
vencedor, enquanto o perdedor é relegado à penumbra.
Isso vale para a empresa que prestou melhor serviço, mas 
vale também para o aluno que não conseguiu vaga no vestibular 
público, levando à falsa sensação de que os vencedores acumulam 
vantagens e os perdedores acumulam desvantagens. Para Singer 
(2010), isso produz profundas desigualdades. O autor argumenta 
que este modelo se encaminha (talvez sem saber) para um abismo. 
A saída para isso é a cooperação em vez da competição gratuita.
Para estudar e compreender um pouco mais acerca 
do capitalismo, acesse http://goo.gl/pa4dGi
Link
Web
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 43
Esse pensamento não é assim tão distante. Por exemplo, você 
consegue imaginar qual a semelhança entre o Facebook, a Wikipé-
dia e a primeira campanha presidencial de Barack Obama? É que 
todos funcionam, ou funcionaram, sob o sistema de colaboração. 
O Facebook espera que as pessoas associadas em seu sistema pos-
tem, voluntariamente, suas mensagens; a Wikipédia permite, por 
meio de plataforma aberta, que pessoas espalhadas pelo mundo 
façam parte da construção dos seus bancos de dados; e não faltou 
quem atendesse aos chamados inéditos de um candidato à presi-
dência da república dos Estados Unidos para doar quantias míni-
mas, mas suficientes para conduzir o primeiro presidente negro à 
Casa Branca.
Certa vez, um professor falava para um grupo de 
alunos do primeiro ano de Administração sobre colabora-
ção. Falava basicamente assim: “antes de qualquer debate 
relacional, precisamos compreender um pouco a comple-
xidade das teias sociais que nos cercam. Então, vejamos, 
qual foi a primeira ideia de sociedade que tivemos? Para 
responder a essa pergunta, podemos tomar várias ba-
ses; uma delas, muito válida, é a bíblica. Ali, percebemos 
que nosso primeiro modelo de sociedade foi basicamen-
te constituído por um homem (Adão), uma mulher (Eva) 
e seus dois filhos (Caim e Abel). A complexidade sempre 
presente nos garantiu que, mesmo com estruturas tão bá-
sicas, tivéssemos conflitos. Mas o que isso quer nos dizer? 
Quer informar que toda sociedade, por mais simples que 
possa parecer, sempre está diante de dois caminhos: o da 
competição e o da colaboração. A escolha de um ou de 
outro caminho será determinante para sua sobrevida no 
mercado. Contudo, a partir desse pano de fundo, existem 
as premissas internas e externas. Ou seja, colaborar inter-
namente para competir externamente. Isso não satura, 
mas favorece nosso primeiro senso de rede.
Curiosidade
44 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
Ao falar de sociedade, isso fica mais complexo ainda e care-
ce de várias definições, mas é fundamental projetar ali as grandes 
transformações sociais, tecnológicas, econômicas, culturais, políti-
cas etc. Rapidamente, saímos do modelo de produção artesanal e 
alcançamos a fase industrial, a revolução da tecnologia e do conhe-
cimento e outros elementos que deram um tom confuso e transitó-
rio às formas de negociar, dominar e articular a dinâmica do mundo 
moderno que alcança a população de maneira multidimensionada.
Paralelo a isso, vimos o sistema capitalista se tornar perverso 
(in natura) com os excluídos e exigir crescente readaptação dos 
incluídos, que amplia e intensifica conflitos ao mesmo tempo em 
que dissemina mercados, negócios e mão de obra em um irreversí-
vel ciclo segmentado de poderes cada vez mais difusos. Tudo isso, 
quando analisado em conjunto, nos põe em uma única rota de so-
brevivência resumida em um termo: redes de relacionamentos. 
Na realidade moderna, o modelo de mercado capitalista, ou 
seja, o modelo que faz circular com mais velocidade tudo aquilo 
que agrega valor capital e com menos velocidade aqueles produtos 
que têm pouca ou nenhuma importância monetária, dá ao instru-
mento das redes importância sem igual. Se você tomar por base a 
Lei de Darwin, então pode imaginar que o maior organismo vivo irá 
se sobrepor aos organismos de menor porte. Isso explica, em parte, 
a cadeia alimentar naturalizada pela necessidade de sobrevivência. 
Contudo, é possível observar que o mesmo conceito do darwinis-
mo pode ser aplicado aos negócios. É o que chamamos de darwi-
nismo empresarial.
Para saber mais acerca do conceito de darwinismo 
empresarial, acesse http://goo.gl/U5ZrFQ
Link
Web
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 45
Utilizando a mesma sequência lógica de raciocínio, no da-
rwinismo empresarial, você pode observar as maiores empresas se 
sobrepondo às menores, em uma busca insana pela sobrevivência. 
A partir dessa realidade, colaborar em redes passou a ser a pauta 
do dia para os pequenos negócios, sobretudo no Brasil. Como você 
sabe, nem todos possuem tudo que querem; então, em determi-
nado momento, alguém vai comercializar mais do que os outros, 
gerando concentração de riquezas. Isso parece um processo na-
turalizado no modelo capitalista de mercados. O que pode ser fei-
to? Nossa reação ganha força nas redes colaborativas. Ou seja, não 
adianta mais somente o senso de redes, agora, é preciso que elas 
colaborem mutuamente.
Podemos citar várias formas de redes: associações, coopera-
tivas, Arranjos Produtivos Locais (APLs), Redes de Negócios etc., 
mas o fundamental é a liga que essas diferentes formas possuem 
para dar vida à primeira motivação de quem as procura, ou seja: a 
sobrevivência.
As redes colaborativas dão importância de vida ao empreen-
dedorismo no mercado. Esse mecanismo nada mais representa que 
uma capacidade humana muito relevante que, quando exposta a 
determinada necessidade, permite novas formas de fazer, reagindo 
ou antecipando o cenário dado. Como todo processo social, este 
não se apresenta de forma mais simples.O movimento de empre-
endedorismo se apresentou ao mundo moderno como instrumento 
alavancador de processos novos e descobridor de combinações e 
possibilidades pouco comuns até se reverberar em inúmeros desa-
fios, acentuando diversos mecanismos na estrutura social dentre 
eles a empresa.
Com isso, temos o empreendedor de negócios, o empreende-
dor social, o empreendedor ambiental e assim por diante. Em outras 
palavras, o ser humano possui extrema facilidade adaptativa e o 
empreendedorismo é, sem dúvidas, o seu instrumento mais efêmero. 
Para ilustrar, convém lembrar Castells (2000), quando afirma que 
as transformações sociais são tão drásticas que se irrompem em um 
46 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
conjunto de decisões estratégicas particularistas e historicamente 
enraizadas de relações cada vez mais bipolarizadas (erradamen-
te) entre a rede e o ser. Esse processo, de aspecto maniqueísta, 
desconfigura a possibilidade de avanços concretos representando 
quase uma alienação social, saindo do abstrato para o concreto, do 
universal para o particular. 
Fique
Atento
Empreendedorismo é o estudo voltado para o de-
senvolvimento de competências e habilidades relacionadas 
à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). 
Tem origem no termo empreender que significa realizar, 
fazer ou executar.
O empreendedor é aquele que apresenta determina-
das habilidades e competência para criar, abrir e gerir um 
negócio, gerando resultados positivos. São características 
do empreendedor:
• Criatividade;
• Capacidade de organização e planejamento;
• Responsabilidade;
• Capacidade de liderança;
• Habilidade para trabalhar em equipe;
• Gosto pela área em que atua;
• Visão de futuro e coragem para assumir riscos;
• Interesse em buscar novas informações, soluções 
e inovações para o seu negócio;
• Persistência (não desistir nas primeiras dificulda-
des encontradas);
• Saber ouvir as pessoas;
• Facilidade de comunicação e expressão (Fonte: 
https://goo.gl/UpKr7c).
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 47
Projetar uma resposta direta para definir empreendedorismo 
em rede talvez não seja de todo prudente neste momento, posto 
que apontamos apenas algumas noções introdutórias sobre esses 
dois conceitos de altíssima complexidade. Uma resposta direta 
também não seria interessante; nosso papel aqui é aflorar a discus-
são e o debate. Afinal, quem sabe não consigamos, juntos, nos con-
vencermos de que o fenômeno da colaboração, quando associada 
ao empreendedorismo, é um mecanismo importante para nossas 
novas demandas sociais, políticas, ambientais e institucionais?
Temos que admitir a necessidade de algumas ações de mobi-
lidade social nesta emaranhada dinâmica pós-fordista trazida à tona 
pelo capitalismo moderno. Entre esses mecanismos, encontra-se o 
empreendedorismo de mercado.
Dentro do processo empreendedor, parece que a sociedade 
está sempre posta à competição da forma mais predadora possível, 
causando profundos efeitos negativos no seu tecido. Tal apologia à 
competição, que muitos chamam de empreendedorismo, dá valor 
apenas aos ganhadores, e, lembrando-se do darwinismo empresa-
rial, esse valor se direciona apenas a alguns extratos da sociedade.
Precisamos ir de encontro a essa proposta moderni-
zadora. Brecht tem uma frase muito apropriada para isso: 
“Nada pode parecer natural; nada pode parecer impossível 
de mudar [...]”. Memorize
É preciso que predomine uma nova Economia, mais iguali-
tária, mais solidária e, sobretudo, mais significativa como alterna-
tiva aos mais pobres ou aos pequenos. Talvez possamos alcançar 
parte desse esforço dando uma nova cara ao empreendedorismo. 
Mas como isso seria possível? Singer (2010) afirma que a saída é “a 
associação entre os iguais em vez do contrato entre os desiguais”. 
48 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
Talvez um empreendedorismo solidário ao invés do competitivo ou 
de mercado contribua muito mais acentuadamente para esse louco 
processo de produção e consumo.
A condução de um projeto bem interessante de empreende-
dorismo juvenil de base tecnológica no Ceará permitiu fazer com 
que o jovem cearense pudesse criar “musculatura intelectual” e ven-
cer os novos desafios (social, econômico e ambiental) do nosso Es-
tado. De uma forma ou de outra, houve uma inversão da lógica dos 
seus planos de negócios, de modo que compreendessem que suas 
atividades empreendedoras, na sua cidade, teriam mais sucesso por 
seus impactos culturais e sociais do que pelo seu valor econômico. 
Trocando em miúdos, os jovens que, antes, eram vítimas do êxodo 
rural (realidade para a maioria dos jovens do semiárido cearense), 
agora, passaram a enxergar que, unindo forças, podem atender às 
demandas da sua própria localidade. Há um relato de um desses jo-
vens que fazia planos de ir embora para a capital (Fortaleza), mas, 
depois de compreender sua importância na cooperativa incubada 
no projeto, acabou ressignificando sua identidade, cooperando 
com seus colegas e assumindo uma nova postura diante da sua rea-
lidade. Em outras palavras, neste caso exclusivo, contribuímos para 
uma nova interpretação de empreendedorismo.
Figura 04: O jovem empreendedor é atento 
à evolução dos negócios como chave para 
se destacar no mercado competitivo.
Fonte: https://goo.gl/18vv1R
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 49
Perceba que o garoto deixou de ir para a capital, onde teria 
potencial de mercado muito maior, para ficar na sua região. Neste 
momento, ele preferiu a associação entre os iguais ao contrato entre 
os desiguais. Isso seria o novo tom do empreendedorismo. Caso 
contrário, estaremos reproduzindo meramente a ciranda do mer-
cado. Isso lembra Paulo Freire, que cunhou uma expressão muito 
própria para este debate: “quando a educação não é libertadora, 
o sonho do oprimido é se tornar opressor”. Você pode substituir a 
palavra “educação” por “empreendedorismo” no texto do pensador 
para uma melhor compreensão destes conceitos.
Para saber mais acerca de Paulo Freire, acesse 
http://goo.gl/ks5qCC
Link
Web
3. Defina Economia de mercado.
Pratique
50 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
4. Explique sobre a possível associação entre o Facebook e a 
Wikipédia.
1.2. O funcionamento da empresa
 no sistema capitalista de produção
Há um imenso pano de fundo que baliza as ações dos diver-
sos entes econômicos na sociedade moderna. Isso ocorre quando 
da organização das atividades econômicas e seus modos produti-
vos, geralmente associados a dois princípios: (I) propriedade indivi-
dual aplicada ao capital e (II) direito à liberdade individual.
Para Singer (2010), a aceitação desses princípios divide a 
sociedade em duas: aqueles que possuem propriedade individual 
e, portanto, capacidade de transformar em capital, e aqueles aos 
quais, não possuindo capital, resta a venda da sua força de trabalho. 
Quando a história registrou esse movimento, percebeu-se como 
resultado natural a competição e a desigualdade. 
A desigualdade social, chamada muitas vezes de desigualda-
de econômica, é um problema social presente em todos os países 
do mundo, decorrente da má distribuição de renda e, ademais, pela 
falta de investimento na área social. A desigualdade social ocor-
re, em sua maioria, nos países chamados subdesenvolvidos ou não 
desenvolvidos, mediante falta de uma educação de qualidade, de 
melhores oportunidades no mercado de trabalho, e também da di-
ficuldade de acesso aos bens culturais, históricos pela maior parte 
da população. Em outras palavras, a maioria fica à mercê de uma 
minoria que detém os recursos gerando as desigualdades.
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 51
Estudos afirmam que a desigualdade social surgiu 
com o capitalismo, ou seja, o sistema econômico que pas-
sa a perpetrar a ideia de acumulação de capital e de pro-
priedade privada; ao mesmo tempo que incita o princípio 
da maior competição e o nível das pessoas baseados no 
capital e no consumo.
Atenção
Contudo, há umlugar específico onde esses movimentos 
ocorrem: a empresa. Segundo Singer (2010), os empregados ga-
nham salários desiguais, cuja base reproduz o valor de cada tipo de 
serviço ofertado comparado à demanda no mercado. É bem ver-
dade que os trabalhadores são livres para mudar de emprego, mas, 
para o autor, é também verdade que os empregadores são livres 
para escolher seus empregados. Esse movimento resulta no escalo-
namento de salários, gerando variações diversas desde o valor mo-
netário até as expectativas de carreiras. Isso explica boa parte da 
cruel realidade das diferenças salariais que são fruto de discussões 
sindicais e patronais.
Além dessas diferenças, a empresa precisa agir em um mer-
cado altamente competitivo, definido por Mankiw (2000) como o 
ambiente em que vários compradores e vendedores compram e 
produzem produtos idênticos. Esse comportamento gera conse-
quências em que o comprador e o vendedor aceitam o preço de 
mercado dado.
Uma empresa no mercado competitivo tem um úni-
co objetivo: maximizar o lucro, que equivale ao total das 
receitas menos o total dos custos. Memorize
52 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
1.2.1. Demanda 
É fundamental que você domine o conceito de demanda por-
que ele influenciará diretamente na formação do preço do seu pro-
duto, bem ou serviço.
Observe que a racionalidade indica que em determinado mo-
mento do tempo haverá um dado conjunto de indivíduos que de-
mandará uma cesta de produtos. Quanto maior for o preço dessa 
cesta, menor será a quantidade que aquele grupo de indivíduos 
estará disposto a comprar.
Para simplificar o raciocínio e facilitar o poder de decisão do 
consumidor, tem-se a curva de demanda de mercado. Essa curva 
indica quantas unidades de um determinado bem o mercado está 
disposto a comprar.
Fique
Atento
A curva de demanda mostra a relação entre a quan-
tidade demandada e o preço que a sociedade estaria dis-
posta a pagar.
Tabela 01: Oferta de produtos em relação ao preço.
Preço por quilo Quantidade demandada (milhares de quilos)
A R$ 10,00 20
B R$ 7,00 50
C R$ 4,00 80
D R$ 2,00 110
E R$ 1,00 130
Fonte: adaptada de Troster e Mochón (2002).
Agora, observe o comportamento da tabela em forma de fun-
ção na figura a seguir, em que se pode acompanhar o comporta-
mento da curva da demanda.
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 53
Gráfico 01: Curva da demanda.
10,0
7,00
4,00
2,00
1,00
20 50 80 110 130
Preço (P)
Quantidade (Q)
Fonte: adaptada de Troster e Mochón (2002).
Perceba que a quantidade demandada cresce em função da 
redução do preço, sofrendo alterações na mesma proporção da 
quantidade demandada.
1.2.2. Oferta
Na mesma proporção da demanda, a oferta de um bem de-
pende de um conjunto de elementos externos quase sempre rela-
cionados à tecnologia, aos meios produtivos etc. Se estes fatores 
se mantiverem constantes no tempo e no espaço, com exceção 
do preço, será possível obter a relação existente entre o preço e o 
bem, e, possivelmente, alcançaremos a curva de oferta.
Fique
Atento
Curva de oferta é a relação entre quantidade de bens 
oferecida por todos os produtores sendo mantidos cons-
tantes todos os fatores como tecnologia, terra, capital e 
trabalho.
Tabela 02: Tabela da curva de oferta.
Preço por quilo Quantidade demandada (milhares de quilos)
F R$ 10,00 150
G R$ 7,00 120
54 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
H R$ 4,00 80
I R$ 2,00 40
J R$ 1,00 20
Fonte: adaptada de Troster e Mochón (2002).
Observe que a quantidade ofertada cresce em função da 
redução do preço, sofrendo alterações na mesma proporção da 
quantidade ofertada.
Gráfico 02: Curva de oferta.
10,0
7,00
4,00
2,00
1,00
20 50 80 110 130
Preço (P)
Quantidade (Q)
 Fonte: adaptada de Troster e Mochón (2002).
A figura indica que a cada aumento de preço, os produtores 
aumentam sua disposição em ofertar bens ou serviços. Isso é possí-
vel por haver relação numérica entre o preço e a demanda, confor-
me você observou nas tabelas e nas figuras anteriores.
i. Equilíbrio de mercado
A interação das curvas de demanda e de oferta determina o 
preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um 
dado mercado. Veja a tabela a seguir representativa da oferta e da 
demanda do bem X:
Tabela 03: Oferta X Demanda do Bem X.
Preço
Quantidade
Situação de mercado
Procurada Ofertada
1,00 11 1 Excesso de procura (escassez de oferta).
3,00 9 3 Excesso de procura (escassez de oferta).
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 55
6,00 6 6 Equilíbrio entre oferta e procura.
8,00 4 8 Excesso de oferta (escassez de procura).
10,00 2 10 Excesso de oferta (escassez de procura).
Fonte: adaptada de Troster e Mochón (2002).
Gráfico 03: Preço de equilíbrio.
10,0
7,00
4,00
2,00
1,00
20 70 90 110 130
Preço (P)
Quantidade (Q)
Excelente
Escassez
Equilíbrio
Fonte: adaptada de Troster e Mochón (2002).
Podemos concluir que o equilíbrio do preço dessa situação 
ocorre quando se atinge a quantia de quatro unidades monetárias. 
Se o preço for maior do que este valor, a quantidade oferecida 
excede a demanda, fazendo com que o preço diminua. Em contra-
partida, observe que qualquer preço inferior ao equilíbrio influen-
ciará na quantidade demandada, ocorrendo elevação do preço até 
o seu equilíbrio.
1.3. Papel dos preços relativos
Na análise microeconômica, o conceito de preços relativos 
é altamente relevante, isto é, os preços dos bens em relação aos 
preços de outros bens, comparando-os, diferente dos preços ab-
solutos (isolados) de cada mercadoria. Por exemplo: se o preço 
do Guaraná cair 10% mas também o da Soda, nada deve acontecer 
na demanda dos dois bens. Mas se cair apenas o preço do Guara-
ná, permanecendo inalterado o preço da Soda, deve-se esperar um 
aumento na quantidade procurada de Guaraná e uma queda na 
procura por Soda. Embora não tenha ocorrido alteração no preço 
absoluto da Soda, seu preço relativo aumentou quando comparado 
com o do Guaraná.
56 ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
5. Explique a diferença entre lucro econômico e lucro contábil.
Conecte-se
Pratique
ECONOMIA DE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS 57
5. Explique a diferença entre lucro econômico e lucro contábil.
Conecte-se
Pratique
Relembre
Nesta unidade, você estudou sobre o sistema eco-
nômico e a sua aproximação com o mercado, os efeitos 
para a empresa na sua movimentação de produção, for-
mação de preço e alcance do lucro. Vários autores dia-
logaram para lhe fazer compreender a diferença entre a 
competição e a colaboração, mostrar os riscos associados 
de se comportar somente pela competição e como isso 
ocorre no mercado. 
Deixamos as definições abstratas de mercado e sis-
tema econômico e abordamos os fatores de produção 
ilustrada pelos instrumentos que levam uma empresa a se 
comportar no mercado de competição (em que compe-
tição significa estar em concorrência). Discutimos a lei da 
procura e da oferta e, a partir daí, a produção.
Você viu também a composição do preço e, conse-
quentemente, o lucro. Observou os tipos de lucro, para quem 
ele se destina e a sua composição. Novamente, recorremos a 
teóricos como Troster, Mochón, Mankiw e Singer. 
Esperamos, com isso, ter promovido reflexões es-
senciais para você compreender os comportamentos em-
presariais no mercado, suas produções, composições téc-
nicas da formação do preço e composição do lucro. 
Referências
CASTELLS, Manuel. Toward a sociology of the Network Society. 
2000.
DEMING, W. E. Qualidade: a revolução da Administração. Rio de 
Janeiro: Saraiva, 1990.
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. São Paulo: Thomp-
son Learning, 2003.
MOCHÓN, Francisco; TROSTER, Roberto L. Introdução à Economia. 
São Paulo: Makron Books, 2002.
SINGER, P. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Editora 
Fundação Perseu Abramo, 2002.
58 ECONOMIADE EMPRESAS ECONOMIA DE EMPRESAS
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AT
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