Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA EDSON SERAFIM EMILY FERREIRA NUNES DE ARAÚJO JESSICA FARIA TAVARES MACIEL CARLOS DE LIMA MICHELE LEITE ASSIS MARINHEIRO VANDERLEI DE ALMEIDA SOROCABA 2021 2 UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA EDSON SERAFIM EMILY FERREIRA NUNES DE ARAÚJO JESSICA FARIA TAVARES MACIEL CARLOS DE LIMA MICHELE LEITE ASSIS MARINHEIRO VANDERLEI DE ALMEIDA Trabalho de Atividade Prática Supervisionada da disciplina de Tutela Provisória de Urgência e Evidência/Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa atendendo às exigências da Universidade Paulista, sob a supervisão do Prof. Dr. Ricardo José Orsi de Sanctis. SOROCABA 2021 3 1. INTRODUÇÃO A presente Atividade Prática Supervisionada será realizada a partir do problema e questões a seguir propostas: PROBLEMA APRESENTADO: O artigo 311 do Código de Processo Civil determina que a tutela de evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo e, determina em quatro incisos as situações em que isso ocorrerá. Com base no enunciado, as atividades que o grupo deverá realizar são: 1. Pesquisar três julgados em que o artigo 311 do CPC tenha sido aplicado. 2. Redigir um texto em que explique os casos, o julgamento, se concorda com a aplicação do artigo supracitado e quais os fundamentos da opinião. 3. O texto para resposta do item anterior deve mencionar eventuais obras e portais jurídicos consultados. 2. TUTELAS DE EVIDÊNCIA E COMENTÁRIOS DO ARTIGO 311 DO NCPC. Das lições do professor Thiago Fachini, estatui-se que “A tutela de evidência é um dos dois tipos de tutela provisória apresentados no novo Código de Processo Civil , que possibilita a antecipação total ou parcial do mérito de um processo judicial antes que a decisão final sobre o mesmo seja proferida.” Nas palavras do Ms. Bruno Vinícius Bodart, “Trata-se de uma novidade do Novo CPC, que definiu com mais clareza os tipos de tutela provisória e suas 4 aplicações. Enquanto a tutela provisória de urgência já existia, pelo menos na sua natureza, a tutela de evidência foi criada a partir do advento do CPC de 2015.” O referido Ms. esclarece ainda que “Sendo um dos tipos de tutela provisória, a tutela de evidência baseia a antecipação do mérito nas evidências que comprovam que o requerente tem direitos evidentes ou bastante prováveis dentro da demanda.” De acordo com o artigo 311 NCPC: Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. Ms. Bodart ainda nos explicita que “conforme indicado no início, a tutela comprobatória é uma das duas formas de tutela temporária apresentadas pelo novo CPC. Outra forma de alívio temporário é o alívio de emergência.” “Art. 294. A tutela provisória pode basear-se na urgência ou na prova” complementando que “a tutela emergencial, regida pelo art. 300 do novo CPC, é uma forma de tutela provisória que leva em conta a natureza da 5 situação. O caráter urgente da necessidade de antecipar os efeitos da legislação daquela parte, levando em consideração a possibilidade de risco ou dano caso tais efeitos ocorram.” “Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.” (https://www.projuris.com.br/tutela-de-evidencia) Assim, de acordo com Dr. Thiago Fachini, “a principal diferença entre a tutela de evidência e a tutela de urgência é justamente a natureza da formação e aplicação de cada uma, sendo a de urgência marcada pela necessidade da celeridade da decisão e a de evidência sendo comprovada a partir de documentação que torna os fatos e os direitos indubitáveis”. 3. JULGAMENTOS COM A APLICAÇÃO DO ARTIGO 311 DO NCPC. REsp 1760966/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/12/2018, DJe 07/12/2018 RECURSO ESPECIAL. PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE. ARTS. 303 E 304 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU QUE REVOGOU A DECISÃO CONCESSIVA DA TUTELA, APÓS A APRESENTAÇÃO DA CONTESTAÇÃO PELO RÉU, A DESPEITO DA AUSÊNCIA DE INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRETENDIDA ESTABILIZAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA. IMPOSSIBILIDADE. EFETIVA IMPUGNAÇÃO DO RÉU. NECESSIDADE DE PROSSEGUIMENTO DO FEITO. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO. REsp 1797365/RS, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, Rel. p/ Acórdão Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 6 03/10/2019, DJe 22/10/2019 PROCESSUAL CIVIL. ESTABILIZAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA CONCEDIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE. ARTS. 303 E 304 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. NÃO INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRECLUSÃO. APRESENTAÇÃO DE CONTESTAÇÃO. IRRELEVÂNCIA. REsp 1770124/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/05/2019, DJe 24/05/2019 RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. DESISTÊNCIA DA DEMANDA APÓS A CONCESSÃO DA TUTELA PROVISÓRIA. EXTINÇÃO DO FEITO, SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA FORMULADO PELA PARTE RÉ PLEITEANDO O RESSARCIMENTO DOS VALORES DESPENDIDOS EM RAZÃO DO DEFERIMENTO DA TUTELA PROVISÓRIA. CABIMENTO. DESNECESSIDADE DE PRONUNCIAMENTO JUDICIAL PRÉVIO NESSE SENTIDO. OBRIGAÇÃO EX LEGE. INDENIZAÇÃO QUE DEVERÁ SER LIQUIDADA NOS PRÓPRIOS AUTOS. ARTS. 302, CAPUT, INCISO III E PARÁGRAFO ÚNICO, E 309, INCISO III, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. REFORMA DO ACÓRDÃO RECORRIDO QUE SE IMPÕE. RECURSO PROVIDO. REsp 1780410/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Rel. p/ Acórdão Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/02/2021, DJe 13/04/2021 CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL MANEJADO SOB A ÉGIDE DO NCPC. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. MARCAS E PATENTES. DECISÃO LIMINAR QUE SUSPENDEU A COMERCIALIZAÇÃO DE MEDICAMENTO. POSTERIOR REVOGAÇÃO. ART. 811 DO CPC/73. PREJUÍZOS QUE PODEM SER LIQUIDADOS NOS PRÓPRIOS AUTOS. REPARAÇÃO INTEGRAL. RESPONSABILIDADE 7 PROCESSUAL OBJETIVA. DESNECESSIDADE DE PRONUNCIAMENTO JUDICIAL FIXANDO OBRIGAÇÃO DE REPARAR OS DANOS SOFRIDOS. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 4. REFLEXÕES SOBRE OS JULGAMENTOS COM A APLICAÇÃO DO ARTIGO 311 DO NCPC. ● REsp 1760966/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/12/2018, DJe 07/12/2018 1. A controvérsia discutida neste recurso especial consiste em saber se poderia o Juízo de primeiro grau, após analisar as razões apresentadas na contestação, reconsiderar a decisão que havia deferido o pedido de tutela antecipada requerida em caráter antecedente, nos termos dos arts. 303 e 304 do CPC/2015, a despeito da ausência de interposição de recurso pela parte ré no momento oportuno. 2. O Código de Processo Civil de 2015 inovou na ordem jurídica ao trazer, além das hipóteses até então previstas no CPC/1973, a possibilidade de concessão de tutela antecipada requerida em caráter antecedente, a teor do que dispõe o seu art. 303, o qual estabelece que, nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial poderá se limitar ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final,com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 2.1. Por essa nova sistemática, entendendo o juiz que não estão presentes os requisitos para a concessão da tutela antecipada, o autor será intimado para aditar a inicial, no prazo de até 5 (cinco) dias, sob pena de ser extinto o processo sem resolução de mérito. Caso concedida a tutela, o autor será intimado para aditar a petição inicial, a fim de complementar sua argumentação, juntar novos documentos e confirmar o pedido de tutela final. O réu, por sua vez, será citado e intimado para a audiência de conciliação ou mediação, na forma prevista no art. 334 do CPC/2015. E, não havendo autocomposição, o prazo para contestação 8 será contado na forma do art. 335 do referido diploma processual. 3. Uma das grandes novidades trazidas pelo novo Código de Processo Civil é a possibilidade de estabilização da tutela antecipada requerida em caráter antecedente, instituto inspirado no référé do Direito francês, que serve para abarcar aquelas situações em que ambas as partes se contentam com a simples tutela antecipada, não havendo necessidade, portanto, de se prosseguir com o processo até uma decisão final (sentença), nos termos do que estabelece o art. 304, §§ 1º a 6º, do CPC/2015. 3.1. Segundo os dispositivos legais correspondentes, não havendo recurso do deferimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente, a referida decisão será estabilizada e o processo será extinto, sem resolução de mérito. No prazo de 2 (dois) anos, porém, contado da ciência da decisão que extinguiu o processo, as partes poderão pleitear, perante o mesmo Juízo que proferiu a decisão, a revisão, reforma ou invalidação da tutela antecipada estabilizada, devendo se valer de ação autônoma para esse fim. 3.2. É de se observar, porém, que, embora o caput do art. 304 do CPC/2015 determine que "a tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso", a leitura que deve ser feita do dispositivo legal, tomando como base uma interpretação sistemática e teleológica do instituto, é que a estabilização somente ocorrerá se não houver qualquer tipo de impugnação pela parte contrária, sob pena de se estimular a interposição de agravos de instrumento, sobrecarregando desnecessariamente os Tribunais, além do ajuizamento da ação autônoma, prevista no art. 304, § 2º, do CPC/2015, a fim de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada. 4. Na hipótese dos autos, conquanto não tenha havido a interposição de agravo de instrumento contra a decisão que deferiu o pedido de antecipação dos efeitos da tutela requerida em caráter antecedente, na forma do art. 303 do CPC/2015, a ré se antecipou e apresentou contestação, na qual pleiteou, inclusive, a revogação da tutela provisória concedida, sob o argumento de ser impossível o seu cumprimento, razão pela qual não há que se falar em 9 estabilização da tutela antecipada, devendo, por isso, o feito prosseguir normalmente até a prolação da sentença. 5. Recurso especial desprovido. ● REsp 1797365/RS, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, Rel. p/ Acórdão Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/10/2019, DJe 22/10/2019 I - Nos termos do disposto no art. 304 do Código de Processo Civil de 2015, a tutela antecipada, deferida em caráter antecedente (art. 303), estabilizar-se-á, quando não interposto o respectivo recurso. II - Os meios de defesa possuem finalidades específicas: a contestação demonstra resistência em relação à tutela exauriente, enquanto o agravo de instrumento possibilita a revisão da decisão proferida em cognição sumária. Institutos inconfundíveis. III - A ausência de impugnação da decisão mediante a qual deferida a antecipação da tutela em caráter antecedente, tornará, indubitavelmente, preclusa a possibilidade de sua revisão. IV - A apresentação de contestação não tem o condão de afastar a preclusão decorrente da não utilização do instrumento processual adequado - o agravo de instrumento. V - Recurso especial provido. ● REsp 1770124/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/05/2019, DJe 24/05/2019 1. A questão jurídica discutida consiste em definir se é possível proceder à execução, nos próprios autos, objetivando o ressarcimento de valores despendidos a título de tutela antecipada, posteriormente revogada em virtude de sentença que extingue o processo, sem resolução de mérito, por haver a autora desistido da ação. 2. O Código de Processo Civil de 2015, seguindo a mesma linha do CPC/1973, adotou a teoria do risco-proveito, ao estabelecer que o beneficiado com o deferimento da tutela provisória deverá arcar com os prejuízos causados à parte adversa, sempre que: i) a sentença lhe for 10 desfavorável; ii) a parte requerente não fornecer meios para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias, caso a tutela seja deferida liminarmente; iii) ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; ou iv) o juiz acolher a decadência ou prescrição da pretensão do autor (CPC/2015, art. 302, caput e incisos I a IV). 3. Em relação à forma de se buscar o ressarcimento dos prejuízos advindos com o deferimento da tutela provisória, o parágrafo único do art. 302 do CPC/2015 é claro ao estabelecer que "a indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível", dispensando-se, assim, o ajuizamento de ação autônoma para esse fim. 4. Com efeito, a obrigação de indenizar a parte adversa dos prejuízos advindos com o deferimento da tutela provisória posteriormente revogada é decorrência ex lege da sentença de improcedência ou de extinção do feito sem resolução de mérito, como no caso, sendo dispensável, portanto, pronunciamento judicial a esse respeito, devendo o respectivo valor ser liquidado nos próprios autos em que a medida tiver sido concedida, em obediência, inclusive, aos princípios da celeridade e economia processual. 5. Recurso especial provido. ● REsp 1780410/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Rel. p/ Acórdão Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/02/2021, DJe 13/04/2021 1. Aplica-se o NCPC a este recurso ante os termos do Enunciado Administrativo nº 3, aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016: Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo CPC. 2. A obrigação de indenizar o dano causado pela execução de tutela antecipada posteriormente revogada é consequência natural da improcedência do pedido, dispensando-se, nessa medida, pronunciamento judicial que a imponha de forma expressa. 3. Nos termos da jurisprudência desta Corte, os danos causados a partir da 11 execução de tutela antecipada suscitam responsabilidade processual objetiva e devem ser integralmente reparados (art. 944 do CC/02) após apurados em procedimento de liquidação levado a efeito nos próprios autos. 4. Recurso especial provido. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Das lições citadas, pode-se apreender que “sendo o Direito um fenômeno social, a atividade judiciária deve responder aos anseios da sociedade, o que exige uma resposta rápida e eficaz do Poder Judiciário, pois o tempo despendido pelos jurisdicionados para obter uma solução definitiva para as demandas postas em juízo é verdadeira perda irreparável, irreversível, bem da vida cujo ressarcimento ou reparação é impossível. E a frouxidão na regulamentação legal cria vulnerabilidade e insegurança para as relações sociais, tornando as relações sociais impotentes e desestimulando a busca por assistência do Judiciário, preocupação que não existia no código anterior.” Neste contexto, a Custódia de Provas surge como uma ferramenta concebida para ser mais eficaz numa legislação emque o direito do autor de creditar o documento, para evitar a divulgação das Criaturas, se alega não ter de esperar muito, sinuoso. e o lento progresso do cansaço cognitivo em direção a uma decisão que não pode ser apelada à parte em vigor quando a existência da mesma for comprovada pelo plano. No entanto, deve-se lembrar que a evidência do direito de uma parte é baseada em evidência documental que é avaliada do ponto de vista da percepção sumária e não precisa ser dito sobre a certeza do direito, mas apenas sobre sua probabilidade. A certeza judicial não pode ser obtida em caso de percepção incansável. No entanto, essa medida não é um instrumento específico do demandante, pois o demandado também pode utilizá-la em determinadas situações, como reconvenção. E o mais importante: não só uma ferramenta que atende ao direito da parte 12 de ser provada, a proteção de provas é uma importante ferramenta de sanção que visa coibir a procrastinação, a deslealdade e a má-fé no processo, e que o Juiz pode conceder formalmente ao apresentar os requisitos legais. Dos julgados apresentados se abstrai que para a concessão da tutela antecipada necessita da comprovação dos fatos a partir de documentação que torne os mesmos e os direitos indubitáveis, além do que, conforme preceitua o art. 311 nos incisos I, II e IV, demonstrar estar caracterizado o abuso do direito de defesa, ou o manifesto propósito protelatório da parte, a comprovação documental das alegações do fato, com tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante, além da ausência de oposição probatória do réu, com escopo de causar dúvida razoável. Esses requisitos, estando ausentes na demanda, são ensejadores de denegação da lide. Nos julgados citados, em alguns, esses requisitos estavam ausentes, ou estavam latentes a incidência do inciso I, por parte da demandante, razão pela qual foram desprovidos seus recursos. Portanto, não basta que sejam arguidas tais fundamentações para que seja concedida a antecipação da tutela. É necessário a comprovação documental dos fatos, a fim de que seja garantida a efetivação do direito. REFERÊNCIAS CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Tutela antecipada antecedente somente se torna estável se não houver interposição de “recurso”. A mera contestação é apta a impedir a estabilização? Divergência entre a 1ª e 3ª Turmas do STJ.. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a87c11b9100c608b7f8e9 8cfa316ff7b>. Acesso em: 30/09/2021 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A contestação tem força de impedir a estabilização da tutela antecipada antecedente (art. 303 do CPC) ou somente a interposição de recurso, conforme prevê a redação do art. 304?. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ba0a4d6ecea3e9e126dd3 b6d77291c97>. Acesso em: 30/09/2021 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a87c11b9100c608b7f8e98cfa316ff7b https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a87c11b9100c608b7f8e98cfa316ff7b https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ba0a4d6ecea3e9e126dd3b6d77291c97 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ba0a4d6ecea3e9e126dd3b6d77291c97 13 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O ressarcimento dos prejuízos advindos com o deferimento da tutela provisória posteriormente revogada por sentença que extingue o processo sem resolução de mérito, sempre que possível, deverá ser liquidado nos próprios autos. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/4996dcc43b5be197b5887 a4e60817b1c>. Acesso em: 30/09/2021 FACHINI, Thiago. https://www.projuris.com.br/tutela-de-evidencia/ https://www.migalhas.com.br/depeso/243754/consideracoes-sobre-a-tutela-de-evidencia-do-n ovo-codigo-de-processo-civil. Acesso em 19/10/2021 https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/novo-codigo-de-proc esso-civil/tutela-provisoria-da-evidencia. Acesso em 19/10/2021 https://processo.stj.jus.br/processo/julgamento/eletronico/documento/mediado/?documento_ti po=integra&documento_sequencial=94025040®istro_numero=201300460523&peticao_nu mero=201800165678&publicacao_data=20190401&formato=PDF. Acesso em 19/10/2021 https://www.projuris.com.br/tutela-de-evidencia/ Acesso em 19/10/2021 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/4996dcc43b5be197b5887a4e60817b1c https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/4996dcc43b5be197b5887a4e60817b1c https://www.migalhas.com.br/depeso/243754/consideracoes-sobre-a-tutela-de-evidencia-do-novo-codigo-de-processo-civil https://www.migalhas.com.br/depeso/243754/consideracoes-sobre-a-tutela-de-evidencia-do-novo-codigo-de-processo-civil https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/novo-codigo-de-processo-civil/tutela-provisoria-da-evidencia https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/novo-codigo-de-processo-civil/tutela-provisoria-da-evidencia https://processo.stj.jus.br/processo/julgamento/eletronico/documento/mediado/?documento_tipo=integra&documento_sequencial=94025040®istro_numero=201300460523&peticao_numero=201800165678&publicacao_data=20190401&formato=PDF https://processo.stj.jus.br/processo/julgamento/eletronico/documento/mediado/?documento_tipo=integra&documento_sequencial=94025040®istro_numero=201300460523&peticao_numero=201800165678&publicacao_data=20190401&formato=PDF https://processo.stj.jus.br/processo/julgamento/eletronico/documento/mediado/?documento_tipo=integra&documento_sequencial=94025040®istro_numero=201300460523&peticao_numero=201800165678&publicacao_data=20190401&formato=PDF https://www.projuris.com.br/tutela-de-evidencia/
Compartilhar