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Angústia Respiratória

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Patologias próprias do RN prematuro 
Manual de neonatologia – cloherty 
Fundamentos de Pediatria – Oski 
Current – Pediatria – 20ed - 2012 
➔ Importante saber a HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA, isso é o principal 
ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA 
• Apresentação clinica comum em doenças respiratórias no RN (qualquer patologia pode 
demonstrar uma angustia respiratória, bebe vai estar gemente) 
• Sinais físicos: 
o Taquipneia (FR > 69MR/MIN) 
o Cianose 
o Retrações subcostais 
o Batimentos de asa de nariz (BAN - sinal de insuficiência respiratória!) 
o Gemência (bebe que está deitadinho mas como tem dificuldade de colocar o ar 
pra fora fica gemente) 
• Observação e investigação 
Principais Causas: 
• Obstrução de vias aéreas 
o Atresia de coanas (se ficou gemente depois que nasceu, passar a sondinha no 
nariz) 
o Estridor congênito (pode ser uma malácia, ar entra de maneira errada nas 
cordas vocais) 
• Distúrbios pulmonares 
o DMH (doença da membrana hialina - síndrome da angústia respiratória), TTRN 
(taquipneia transitória do recém-nascido), 
o Pneumonia congênita (ver se mãe tem estrepto ou não, se for positiva fazer atb 
antes do parto ou intraparto pra evitar que bebe desenvolva sepse ou 
pneumonia congênita), 
o Apnéia, 
o Síndrome de aspiração do mecônio (faz uma pneumonia aspirativa), 
o HPP, 
o Pneumotorax, 
o Malformações congênitas (hérnia diafragmática, hipoplasia pulmonar, enfisema 
lobar congênito e fístula traqueo-esofágica), 
o Atelectasia, 
o Hemorragia pulmonar, 
o DBP (displasia). 
• Causas não pulmonares 
o Doença cardíaca 
o Acidose metabólica 
o Distúrbios do SNC (sepse, infecção, meningite neonatal, tumor) 
o Hipotermia e hipertermia (bebe com tanta roupa, suando, pode ficar gemente 
por isso, ou quando está gelado, com frio, pode fazer com bebe gema) 
TAQPNEIA TRANSITÓRIA DO RN (TTRN) 
• Geralmente ocorre no bebe a termo ou nos pré-termo tardio (36 semanas) 
• É resultado do atraso na eliminação ou inabilidade de absorção do líquido alveolar no 
pulmão fetal (esse liquido pode demorar pra absorver e bebe aumenta taquipneia dele 
e a gemência para tentar ‘’compensar’’) 
• Também denominada: pulmão úmido – molhado ou síndrome de angústia respiratória 
tipo ll 
• Distúrbio relativamente leve, autolimitado e não infeccioso – NÃO ESTÁ RELACIONADO 
A BACTERIAS (NÃO USAR ATB) 
• Afeta RN a termo ou pré-termo tardio (nasce com 37 semanas) 
Fisiopatologia: 
• Edema pulmonar transitório (devido ao retardo na absorção do líquido pulmonar fetal) 
→ diminuição da complacência pulmonar (expansibilidade do pulmão) devido a 
obstrução respiratória com retenção de ar e desequilíbrio da ventilação/perfusão → 
taquipneia na tentativa de minimizar o esforço respiratório 
Fatores de risco: 
• Partos prematuros (36s, 37s, abaixo de 36 não é, daí é síndrome respiratória não é 
taquipneia transitória) 
• Cesáreas eletivas: ausência da compressão torácica que ocorre no parto normal 
• Retardo do clampeamento do cordão ou ordenha do cordão: aumenta transfusão 
placentária mãe-bebe → aumenta PVC 
• Outros: sexo masculino (meninos tem maior predisposição para TT), mãe asmática 
(alteração da sensibilidade às catecolaminas que atuam na eliminação do líquido 
pulmonar, catecolaminas fazem esse atraso na eliminação do liquido, as mães 
compensadas não desencadeiam isso na maioria das vezes), macrossomia, gestações 
múltiplas, excessiva sedação materna (na hora do nascimento mãe não conseguiu fazer 
a força necessária), trabalho de parto prolongado (não nasceu em 6-8h daí tem que tirar, 
o risco de reanimação neonatal quando tem um TP prolongado é maior), diabetes melito 
materno (bebe GIG, ganha peso, mas não é tão maturo, consome mais liquido) 
Apresentação clínica: 
• Inicia nas primeiras 6 horas de vida a gemencia 
• Dificuldade respiratória leve-moderada: taquipneia, cianose, retrações SC, BAN e 
aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax (retenção de ar), gemidos respiratórios, 
saturação 94-95% 
• AP: boa entrada de ar, com ou sem crepitações (escuto como se fosse borbulhações la 
dentro) 
• Podem apresentar aumento do diâmetro AP do tórax devido a hiperinsuflação (tórax 
em barril) – ar entra no alvéolo, mas tem dificuldade em sair por isso hiperinsuflação 
• Persiste por 12-24 horas nos casos leves e 2-5 dias nos graves – maior parte dos bebes 
em 2-3 dias já ficam super bem 
Diagnóstico diferencial: 
• Pneumonia (PN), sepse, SAM (síndrome da aspiração do mecônio) 
• Hipertensão pulmonar 
• Cardiopatia congênita cianótica 
• DMH (membrana hialina) – ‘’taquialina’’ nasceu com 36-37s, pode ter o desconforto 
respiratório por não ter a membrana hialina 100% (é um termo que não ta na 
literatura) 
• Enfisema lobar congênito 
• Hipoplasia pulmonar 
• Pneumomediastino e pneumotórax 
Diagnóstico: 
• Laboratoriais: hemograma (excluir sepse), gasometria arterial (acidose respiratória e 
hipoxemia discreta) 
• RX de tórax: pulmão bem ventilado com um padrão estriado irradiando-se a partir dos 
hilos (explosão estrelar – faz em direção a periferia a imagem de linhas de kerlig) e 
pequenas quantidades de líquidos nas fissuras (D) – pedir entre 4-6h de vida. 
 
Infiltrado bem grosseiro. 
Tratamento: 
• Sintomático/ suporte (internar na UCI ou na UTI) 
• Usar O2 suplementar (FiO2 40%) para manter saturação > 90% ou pO2 60-70mmHg por 
óculos nasal ou CPAP (pressão positiva da via área continua) 
• Saturação de oxigênio do RN não precisa ser 99% - oxigênio é benéfico e maléfico 
• Conforme FR → alimentar via oral ou sonda orogástrica (sonda orogástrica – se tiver 
muito taquipneico) – não naso porque bebe respira só pelo nariz, daí iria obstruir 
• Sem necessidade de atb! 
Prognóstico: 
• Processo autolimitado e de excelente prognóstico 
 
APNEIA 
• É a parada da entrada de ar, pausa respiratória de no mínimo 20s e associada ou a 
cianose ou a bradicardia (FC < 100 bpm) 
• Suspensão do fluxo de ar 
• Comum em prematuro: 
o 25%: < 2500g; 
o 50%: < 1500g; 
o 84%: < 1000g; 
o Praticamente 100% em < 28 semanas 
• Menores de 34 semanas tem pelo menos 1 episódio de apneia 
• Maior a idade menor a chance de desenvolver apneia 
• Apneia diminui com aumento da IG e começam a desaparecer com 35-36 semanas de 
IG – se houver dai investigar o que pode estar causando essa apneia 
Classificação: 
• CENTRAL: 10-25%. Não há esforços respiratórios. Associada a sequelas neurológicas 
• OBSTRUTIVA: 10-20%. Persistem com esforços respiratórios e há obstrução das vias 
aéreas 
• MISTA: 50-70%. Apresenta tanto central quanto obstrutiva 
Etiologia: 
• Prematuridade: principal causa de apneia – imaturidade central do desenvolvimento do 
impulso respiratório, bebe não sabe respirar direito 
• Distúrbios do SNC: hemorragia intraventricular (HIV) é uma patologia silenciosa, 
hemorragia que inibe os centros ventilatórios no cérebro. 
• Distúrbios cardiorrespiratórios: DMH, DBP (displasia bronco pulmonar), PCA 
(persistência do canal arterial) 
• Distúrbios metabólicos: hipoglicemia (prematuros, GIG e PIG são os principais que 
podem ter hipoglicemia, hgt menor que 40 pode dar apneia), alteração eletrolítica, erros 
inatos do metabolismo 
• Distúrbios hematológicos: anemia 
• A respiração é fortemente relacionada ao estado do sono do RN. O sono REM predomina 
nos neonatos prematuros e os episódios de apneia são mais frequentes nesse estado 
do que no estado não REM (sono profundo) → está relacionado a irregularidade do 
volume corrente e da frequência respiratória que ocorre no sono ativo ou com 
movimentos oculares rápidos (REM) 
• Infecções, sepse 
• Distúrbios gastrointestinais → ECN (enterocolite necrosante), RGE (refluxo 
gastroesofagico) 
• Medicamentos 
• Obstrução de vias aéreas 
• Alterações da temperatura (se está muito gelado ou muito quente) 
Diagnóstico: 
Em todo RN de risco 
• Monitorização cardíaca e torácica: todos RN menores de 35 semanas na primeira 
semana• Oximetria de pulso 
• Investigação de sepse, alteração de eletrólitos e glicose 
• Gasometria arterial 
• Ecografia cerebral – melhor maneira de ver através a fontanela os ventrículos (para 
diagnosticar mais precocemente a hemorragia intraventricular) 
Qualquer coisa que faz hipotensão arterial pode gerar uma hemorragia no cérebro do nenê 
Tratamento 
• A maioria responde a estimulação tátil: se persistir apneia → ventilar com balão auto 
inflável com FiO2 para evitar queda da TA 
Medidas gerais: 
1. Verificar e tratar causa subjacente 
2. Manter saturação de O2 88-92% e SN usar O2 suplementar 
3. Evitar aspiração da faringe (para não fazer reflexo vagal e bebe fazer mais apneia) e 
alimentação via oral (pode aspirar, dai colocar sonda oro) 
4. Evitar posições de flexão ou extensão extrema do pescoço 
5. Evitar oscilações de temperatura 
6. Transfusão de concentrado de hemácias (quando hematócrito menor de 25%) 
Perdas insensíveis do bebe – pode perder ate 20% de liquido (daí tem que aumentar a 
quantidade de liquido que a gente da pra ele) 
Tratamento: 
• CPAP (pressão contínua da via aérea superior positiva) nasal → com PEEP 4-6cm de água 
pra manter o alvéolo aberto → reduz apneias obstrutivas e mista. É útil em PMT menor 
de 32-34 semanas; 
• VM (ventilação mecânica) – naqueles extremos prematuros, menores de 1kg 
• Uso de metilxantinas (aminofilina, teofilina): diminuem os episódios de apneia e a 
necessidade de VM pois agem diretamente no centro respiratório pra fazer um estimulo 
pro bebe respirar, inibe (é antagonista) da adenosina (neurotransmissor que causa 
depressão respiratória) e melhora a contratilidade diafragmática. Tem efeitos colaterais 
(no estômago do bebe, irritabilidade deles) 
o Citrato de cafeína (também é metilxantina) 
▪ Seu uso diminui a taxa de displasia bronquiopulmonar, iniciar sempre 
nos RN menores que 1250g logo após o parto – o mais precoce possível! 
o A cafeína é menos toxica, tem meia vida maior e menos efeitos colaterais 
comparado com aminofilina

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