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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE ______ – UF.
PROCESSO DE Nº XXXXXXXXXXXX
NOME (Tipo empresarial...) pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o nº (CNPJ...), com endereço eletrônico (e-mail...), sediado à (logradouro...), (nº...), (bairro...), São Paulo – SP, (CEP...), por meio de seu (sua) advogado (a) abaixo assinado com endereço eletrônico (e-mail...), com escritória à (logradouro...), (nº...), (bairro...), (cidade...), (CEP...), vem à presença de Vossa Excelência com fulcro no artigo 335 do Código de Processo Civil, apresentar CONTESTAÇÃO na presente AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS, promovida por NOME (tipo empresarial...), já qualificada nos autos, sob os fatos e fundamentos que se seguem.
BREVE RESUMO DOS FATOS
Em 02/01/2014 a Autora contratou os serviços da Ré de suporte à rede de informática da Autora, da qual incluía visitas semanais para a verificação dos equipamentos, cujo valor estipulado no contrato para os serviços prestados é de R$ 800,00 (oitocentos reais) mensais a serem pagos até o dia 10 de cada mês.
Absurdamente alega a Autora que suportou grandes prejuízos de ordem material nos meses de novembro e dezembro de 2014, pelo fato de ter a rede de informática da empresa permanecido inúmeras vezes “fora do ar”, o que provocou a perda de vários contratos com clientes, resultando o prejuízo em um montante equivalente a R$ 15.000,00 (quinze mil reais), e que não foram efetuadas as visitas semanais, relativas ao mes de dezembro de 2014, que a Ré teria se obrigado contratualmente. 
Dessa forma, pretende com a presente ação, rescindir do contrato de prestação de serviços, bem como receber indenização por danos materiais e morais, além da aplicação da multa contratual pelas supostas infrações praticadas pela Ré.
Todavia, conforme será esclarecido, tais alegações não devem prosperar, devendo os pedidos pretendidos pela Autora serem julgados totalmente improcedentes. 
PRELIMINARES
DA INCOMPETÊNCIA DO FORO DE MAUÁ
Conforme prevê no contrato firmado pelas partes que ora se junta, as partes elegeram o Foro da Comarca de São Paulo, para dirimir eventuais problemas oriundos do mesmo. 
O contrato faz lei entre as partes, assim, deve ser respeitado. 
Destarte, a ação deve ser julgada extinta sem resolução de mérito, visto que este juízo não tem competência relativa ex ratione loci, para resolver a presente ação, haja vista que o foro competente é o da Comarca de São Paulo.
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA
Argumenta a Autora que suportou grandes prejuízos de ordem material durante os meses de novembro e dezembro de 2014, pelo fato de ter a rede de informática da empresa permanecido inúmeras vezes “fora do ar”, o que provocou a perda de vários contratos com clientes, imputando culpa de seus prejuízos decorrentes de suposta falha na prestação de serviços da Ré. 
Todavia, tal alegação é infundada e não merece ser acolhida. 
Isto, pois, a Ré não tem legitimidade para compor no polo passivo da presente demanda, uma vez que o objeto do contrato firmado entre as partes é a manutenção e suporte de gerenciamento dos dados da rede de informática da empresa Autora e NÃO a manutenção da rede na internet, tendo em vista que esta é de responsabilidade da empresa fornecedora do serviço de internet , que no presente caso, a empresa que fornecedora deste serviço é a empresa Telefônica, visto que o acesso à internet pela Autora, é realizado por meio da conexão com o produto SPEEDY.
Sendo assim, a empresa Ré é ilegitima para compor o polo passivo da presente demanda, visto que, conforme confessa o Autor na inicial, os prejuízos foram causados por falhas na internet.
Desta feita, não há o que se falar na culpa da Ré devendo a presente ação ter sido ajuizada em face da empresa Telefônica.
Portanto, a presente ação deve ser julgada extinta sem resolução de mérito, conforme artigo 485 VI, tendo em vista a inequívoca ilegitimidade da Ré.
DA INEPCIA DA EXORDIAL 
De acordo com o que determinam os artigos 322 e 324 do Código de Processo Civil, o pedido constante na petição inicial deve ser certo e determinado, possibilitando o contraditório e a ampla defesa pela parte contrária. 
“Artigo. 322. O pedido deve ser certo”
 “Artigo 324. O pedido deve ser determinado”
A respeito da Inicial, o inciso III do artigo 319 dispõe:
“Artigo 319. A petição inicial indicará: [...]
III – O fato e os fundamentos jurídicos do pedido”
Assim, o Autor deveria instruir sua petição inicial possibilitando o Réu de exercer o contraditório e a ampla defesa. 
Fato este que não ocorreu, tendo em vista que a Autora incluiu em seus pedidos, a condenação da Ré na reparação de danos morais, contudo, sem trazer a exposição dos motivos e fundamentos legais da qual ensejariam na procedência do presente pedido. 
Sendo assim, resta claro que a exordial é inepta, visto que impossibilita a ampla defesa.
Com isso, deve a presente ação ser julgada extinta sem resolução de mérito, conforme artigo 485 I do Código de Processo Civil.
DA FALTA DE INTERESSE DE AGIR 
Com a simples análise dos fatos, é possível notar que não há o preenchimento de uma das condições da ação, qual seja a falta de interesse de agir da empresa Autora. 
A respeito do tema, assim leciona Humberto Theodoro Junior, em sua obra “Curso de Direito Processual Civil – Volume I – Teoria Geral do Direito Processual Civil e Processo de Conhecimento – 24ª Edição – Editora Forense: 
“A segunda condição da ação é o interesse de agir, que também não se confunde com o interesse substancial, ou primário, para cuja proteção se intenta a mesma ação. O interesse de agir, quue é intrumental e secundário, surge da necessidade de obter através do processo de proteção ao interesse substancial”
Vale Dizer que há a falta de interesse de agir da Autora, uma vez que em tempo algum a Autora procurou a Ré para resolver administrativamente seus supostos problemas com a prestação de serviço.
Leciona Marcus Vinicius Rios Gonçalves em sua obra “ Novo Curso de Direito Processual Civil 1 – Teoria geral e processo de conhecimento. 12ª edição – Saraiva - 2015. P. 157:
“[...] A escolha inadequada da via processual, torna inútil o provimento e enseja a extinção do processo sem resolução de mérito”
Sendo assim, a presente ação deve ser julgada extinta sem resolução de mérito, tendo em vista a falta de interesse de agir da empresa Autora. 
DO MÉRITO
DA INOCORRÊNCIA NA FALHA DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DA RÉ
Conforme relata a empresa Autora, entre os meses de novembro e dezembro de 2014, houve falha na prestação de serviços de internet, uma vez que ficou inúmeras vezes “fora do ar”, imputando indevidamente a culpa decorrente desta falha à Ré. 
Porém, tal alegação na falha da prestação dos serviços da Ré, não pode e não devem prosperar, haja vista que a Ré presta suporte à rede de informática e não o serviço de internet, que é de responsabilidade da empresa Telefônica. 
Afirma ainda a Autora absurdamente que a Ré não realizou as visitas semanais no mês de dezembro de 2014, das quais teria se comprometido contratualmente em realizar.
Todavia, não trouxe aos autos quaisquer provas do alegado, senão meras e infundadas reclamações. 
Conforme os relatórios das visitas semanais que se juntam aos autos, é possível observar que não houve falha nas visitas, inclusive no mês de dezembro de 2014. 
Importante destacar que tais relatórios estão assinados por um dos sócios da empresa Autora. 
Desta forma, não há o que se falar na falha da prestação dos serviços contratados, motivo pelo qual os pedidos da Autora não devem prosperar, ao revés, devem ser julgados totalmente improcedentes por este juízo. 
DO DESCABIMENTO DA RESPONSABILIZAÇÃO DOS DANOS MORAIS E MATERIAIS
Conforme devidamente exposto no tópico anterior, não houve quaisquer falhas na prestação dos serviços por parte da Ré. 
Assim, não há o que se falar na responsabilização da Ré pelos danos morais e materiais sofridos pela Autora.
Conformeleciona Maria Helena Diniz na obra “Curso de Direito Civil Brasileiro – 7 – Responsabilidade Civil. Saraiva. 26 ed. 2012. P 128”, a respeito do tema:
“A responsabilidade civil não pode existir sem a relação de causalidade entre o dano e a ação que provocou.”
Não há nexo causal entre os prejuízos que a Autora narra em sua exordial e a prestação de serviços da Ré.
Assim nossos Tribunais entendem:
“SEGURO DE VIDA COBERTURA PREVISTA EM CASO DE DIAGNÓSTICO DE CÂNCER RECUSA DA SEGURADORA, FUNDADA EM CLÁUSULA DO CONTRATO SENTENÇA QUE NÃO ACEITA A RECUSA E DETERMINA O PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO DANOS MORAIS INOCORRÊNCIA DESCUMPRIMENTO DE CONTRATO QUE, POR SI SÓ, NÃO CONFIGURA DANOS MORAIS SITUAÇÃO SEM POTENCIAL OFENSIVO PARA VIOLAR O PATRIMÔNIO MORAL DO SEGURADO AÇÃO JULGADA PROCEDENTE EM PARTE SENTENÇA CORRETA
- Recurso desprovido. APL 00090354220138260482 SP 0009035-42.2013.8.26.0482 25ª Câmara de Direito Privado SP. “
“RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS. NÃO CONFIGURAÇÃO. RECURSO PROVIDO.
O instituto dos danos morais é uma das ferramentas do direito privado que serve para a tutela dos direitos de personalidade. Deve ser preservado e incentivado nessa digna função. O que se deve evitar é a banalização de tal instituto, pois o mesmo, em tal circunstância restará fragilizado. Deve-se procurar separar o que representa simples incômodo, inerente à vida de relação ¿ hipótese dos autos - , de autêntico dano moral. (Recurso Cível Nº 71000745406, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Eugênio Facchini Neto, Julgado em 06/12/2005)”
Assim, os pedidos de danos morais e materiais são incabiveis, devendo tais pedidos serem julgados totalmente improcedentes. 
DA EXCEPCIO NON ADIMPLENTI CONTRACTUS
Segundo o Artigo 476 do Código Civil, nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes , asntes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. 
Conforme patentemente demonstrado, a Ré não infrigiu nenhuma cláusula contratual, mas não se pode dizer o mesmo da Autora, visto que esta deixou de pagar as mensalidades referentes aos meses de novembro e dezembro de 2014. 
Assim entende nossos Tribunais:
“PELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. CULPA. AÇÃO DE RECONVENÇÃO. PERDAS E DANOS. MÁ-FÉ PROCESSUAL.
Não havendo a contratante autora efetuado o pagamento de parte do preço no tempo ajustado no contrato, não lhe era lícito exigir o cumprimento da obrigação assumida pela prestadora de serviço contábil, consistente na entrega de relatório final relativo à auditoria em notas fiscais. Contrato que restou cumprido apenas em parte pela contratada prestadora de serviço, por culpa exclusiva da autora que não efetuou o pagamento do preço nos termos ajustados, além de não permitir à requerida acesso a todos os documentos necessários à realização do trabalho contratado. Sendo a autora a responsável pelo inadimplemento do contrato, deve ela arcar com os prejuízos daí decorrentes. Exegese do art. 402 do CC. Assim, além do pagamento pelo serviço prestado correspondente a 58% do trabalho contratado, faz jus a ré à indenização por metade do que deixou de lucrar. Analogia do art. 603 do CC. Petição inicial onde é dito pela autora que a contratada, uma vez autorizado o serviço, quedou-se inerte demonstrando desinteresse na realização do serviço contratado, quando esse fato não corresponde à verdade, vez que ciente da deficiência documental fornecida à requerida, revela agir de má-fé processual, por infração ao disposto no art. 17, II, do CPC. Condenação ao pagamento de multa e indenização à parte contrária. APELAÇÃO DA AUTORA IMPROVIDA E APELAÇÃO DA RÉ PARCIALMENTE PROVIDA. (Apelação Cível Nº 70038466090, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Victor Luiz Barcellos Lima, Julgado em 13/08/2013)”
Assim, não pode a Autora requerer o cumprimento do contrato se ela mesmo não o cumpriu, devendo os pedidos desta ação serem julgados improcedentes.
DA RECONVENÇÃO – DA FALTA DE PAGAMENTO POR PARTE DA AUTORA
Conforme demonstrado, a Autora não cumpriu com a quitação das mensalidades dos meses de novembro e dezembro de 2014, totalizando o débito de R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais).
Com isso, requer que a Autora seja condenada ao pagamento dos valores das mensalidades dos referidos meses. 
DOS PEDIDOS
Diante todo o exposto requer a total improcedência dos pedidos feitos pela Autora. 
Requer ainda que a Autora seja condenada ao pagamento das mensalidades do mês de novembro e dezembro de 2014, da qual deve, que totaliza a quantia de R$ 1.600,00 (mil seiscentos reais).
Requer a condenação da Autora nas custas e honorários advocatícios.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos por lei. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
(cidade...), (data...)
(assinatura advogado...)
(nome advogado...) (OAB...) (UF...)

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